Será que acontece com vocês o mesmo que acontece
comigo? É o seguinte, comprar livros é um dos meus maiores prazeres - mesmo
estando com a minha lista de leituras enorme -, mas o curioso é que “volta e
meia” essa vontade incontrolável e avassaladora (exagerei um pouquinho, né –
rs) some. Verdade! Se evapora como água; mas depois de um certo período, ela
volta ‘rasgando’.
A causa dessa oscilação são os livros que estou lendo
naquele momento. Eles podem ser considerados os termômetros do meu interesse ou
não por novas obras, novas compras.
Explicando melhor. Quando estou lendo um livro cujo
enredo acaba me fisgando fazendo com que eu o leve junto comigo em todos
lugares que for, imediatamente vem a tal vontade de comprar novos livros. E
assim, lá vou eu vasculhar nas livrarias virtuais novos interesses literários.
Agora se a narrativa de uma obra não me agrada e a leitura se torna penosa e
arrastada, o interesse por novas compras desaparece.
Lulu sempre me diz na brincadeira: “Quando você quiser
economizar dinheiro durante alguns meses, dando uma folga para o seu cartão,
basta comprar uma ou duas obras bem rebinhas”. É mole essa Lulu?! (rs)
Há pouco tempo acabei de ler O Único Avião no Céu que traz depoimentos de pessoas que
conseguiram sobreviver ao ataque de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas no
World Trade Center. A obra apresenta ainda testemunhos de familiares das
vítimas que estavam nos aviões e também de parentes e conhecidos dos bombeiros,
policiais e paramédicos que morreram no momento em que as duas torres
desmoronaram depois do impacto das aeronaves.
Não gostei da leitura num todo, como explico nesta
postagem. A narrativa até começa bem, mas depois achei que vai se tornando
cansativa. Como não tenho o hábito de desistir de um livro tão facilmente por
mais enfadonho que seja o seu enredo, fui até o fim com a obra de Garret M.
Graff. Resultado: enquanto durou a leitura – e garanto que durou muitos dias –
o meu interesse por novos livros se evaporou. Depois, quando terminei, fiquei
ainda curtindo uma baita ressaca literária. Tinha medo de que qualquer outro
livro não conseguisse fisgar o meu interesse, e assim, resolvi esperar um
pouco. Perdi até mesmo o interesse em ficar zapeando pela Net a procura de
sugestões por novas histórias.
Pois é, entonce, de repente, surgiu o meu amigo Uhtred
e disse: “Perdeu a confiança em mim?!! Será que os meus 12 livros não te
empolgaram o suficiente para você meter o pé na bun... dessa ressaca FDP?!!!” –
Bem no linguajar do guerreiro pagão, né? Mas deixando as brincadeiras de lado,
foi assim que comecei a ler O Senhor da
Guerra, 13º e até agora, o último volume da saga Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell (ver a resenha de toda a
saga aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui,
aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e finalmente aqui).
Após ter chegado em casa, depois do meu serviço,
fiquei olhando para a minha estante e “namorando” os livros da saga foi quando
decidi ler O Senhor da Guerra. Disse
para mim mesmo: ‘se gostei dos outros 12 volumes, com certeza, não irei me
decepcionar com o último’. Grudei o livro, comecei a leitura e... Cara! Adorei!
E quer saber mais? A vontade de comprar novos livros
chegou ‘babando’!
Por isso, tive a ideia de escrever um post explicando
como sinto ao ler um livro bom ou ruim. Cá entre nós, galera, ressaca literária
é uma merd... quando ela ataca, de fato faz estragos para a alma ou para o
bolso. Para alma, nos deixando abatidos e desanimados ao ponto de desistirmos
do prazer de novas compras de livros; e para o bolso, nos deixando empolgados
ao ponto de estourarmos os nossos cartões de crédito e entupindo as nossas
listas de novas obras. Ainda me lembro quando li Mentirosos: senti um desejo incontrolável de sair por aí comprando um "arsenal" de livros
que pelo menos chegassem perto da narrativa da escritora E. Lockhart.
Fazer o que, né? Vida de devorador de livros tem
dessas coisas.
Abração!
5 comentários
Entendo bem essa ressaca...
ResponderExcluirMas, ao menos comigo, ela ainda ganha uma outra vertente: a ressaca de um livro bom, mas tão bom que fico "ruminando" a história por dias! Aí não consigo ler outra coisa!
É como um filmaço que você quer ficar voltando nas melhores cenas e assistindo de novo.
Essa ressaca é punk...
Verdade, Samantha!
Excluir"Mentirosos" de E. Lockhart que o diga. Está acabando comigo. Ainda fico emocionado com a cena final.
Grande abraço e ótimo início de ano. Ah... e continue acompanhando as nossas postagens.
Olá Jam
ResponderExcluirFeliz Ano Novo!
Como sempre eu um tanto atrasado para comentar. Passei por uma ressaca literária em dezembro. Tanto livro que eu queria ler, tanta coisa boa e inteiro mesmo acabei lendo UM livro, unzinho só, acredita?
Bom, minha ressaca literária é um pouco diferente, não perco a vontade de pesquisar e/ou comprar livros. O que perco é aquele desejo de ler o livro, aquela capacidade de “entrar” na história, entende? Com isso mesmo que o livro seja maravilhoso, demoro pra ler e no final acho o livro bom, mas que não foi “aquela experiência”.
Bom, pelo menos coloquei algumas séries de streaming em dia, kk.
Ah, em dezembro pesquisei muito, mas não comprei nada, mas pura coincidência, ou melhor, é que em novembro comprei muuuito, demais.
E a ressaca passou, agora janeiro já comecei o terceiro livro.
Abraço
Olá Atas! E qual será esse terceiro livro que você começou? Conta aí pra gente. Suas dicas literárias sempre são boas.
ExcluirPor acaso, já leu "Mentirosos", "A Sombra do Vento", "Marina", "Até Você Ser Minha" e "A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert"? Na minha opinião, são livros excelentes para sair de ressacas literárias não agradáveis.
Grande abraço!
O que andei lendo este mês? Nada de tão diferente. Li por exemplo “A Última Festa” e gostei. E estou lendo “Os Primos”, que estou gostando. Pra falar a verdade, se é bem escrito e tem mistério, tô dentro.
ResponderExcluirAgora uma dica de um livro, que li acho em novembro, e que pelo que percebi nem está sendo muito divulgado é “Elementais” da Darkside. Recomendo a leitura, é bem diferente, tem um clima bem diferente. E falando de clima, o autor se utiliza muito bem dele, nada de frio ou noites escuras, pelo contrário, calor insuportável e sol abrasador em meio a casarões a beira-mar. Uma pena só o autor não ter explorado mais os fatos horrorosos acontecidos com os antepassados e relatados pelos membros da família. A história lembra muito aqueles livros de banca dos anos 80.
Aliás (Não sei se estou bem informado), parece que há uma editora americana resgatando essas obras publicadas em brochura de banca, antigas e “Elementais” é uma delas. A exemplo deste a Darkside devia traduzir e publicar mais dessas obras, muitas nunca publicadas por aqui.
Deixo outra dica lá no teu post de contos nacionais.
Abraço!