23 outubro 2016

As luzes de setembro

Ok galera, vou repetir o que já escrevi no post sobre “O Príncipe da Névoa”. Anote aí: “Se você leu “A Sombra do Vento”, “O Jogo do Anjo” ou “Marina” não vá com tanta sede ao pote quando encarar “O Príncipe da Névoa”. Vá com calma, sem expectativas exacerbadas. É fácil explicar esse chamado “pé no freio”, afinal de contas “A Sombra do Vento” é considerada a obra máxima de Carlos Ruiz Zafón, escrita no auge de sua carreira...”
Este mesmo trecho referente ao “Príncipe da Névoa” que escrevi em 2014 vale também para “As Luzes de Setembro”, terceiro romance de Zafon, ainda em início de carreira. Acredito que o estilo de escrita que conquistou leitores em todo o mundo, consagrando Zafon como um dos autores mais talentosos das últimas décadas, teve início com “Marina”, publicado originalmente em 1999. Este livro também fecha o ciclo de romances direcionados  aos leitores adolescente que começou com “O Príncipe da Névoa (1993), passando pelo “O Palácio da Meia Noite (1994), “As Luzes de Setembro (1995) e finalmente encerrando com “Marina”. Depois desses quatro livros juvenis, o escritor espanhol passou a publicar histórias para um publico mais adulto. “A Sombra do Vento” foi a porta de entrada para esse novo ciclo de escrita de Zafon, deixando evidente a sua evolução como autor. Nesta nova fase teríamos ainda “O Jogo do Anjo” e “Prisioneiro do Céu”.
Sei que muitos leitores discordam do meu ponto de vista, mas coloco “Marina” no mesmo nível de “A Sombra do Vento” e muito melhor do que “O Jogo do Anjo”. Não posso dizer o mesmo sobre os três primeiros livros do autor barcelonês. Eles são apenas razoáveis. Tem mistério? Sim. Tem terror? Também. Tem suspense? Claro. Mas apesar dos seus três primeiros livros possuírem todos os ingredientes que transformaram “A Sombra do Vento” e “Marina” em leituras prazerosas, eles não conseguem decolar. Digamos que as obras dão apenas um vôo rasante, nada mais que isso.
Não estou afirmando que “As Luzes de Setembro” seja um livro ruim. Estou apenas alertando a galera que já leu “A Sombra do Vento” que não espere encontrar um estilo semelhante. Vocês vão encontrar um Zafon ainda tímido, mas mesmo assim, com qualidades.
Em alguns trechos a leitura de “As Luzes de Setembro” fica um pouco arrastada, principalmente no início quando o autor ‘enrosca’ no romance entre Irene e Ismael. O enredo só esquenta nos últimos capítulos quando ganha um ritmo acelerado, com cara de filme de ação, suspense e terror. Tudo misturado. Mas até chegar nesse ponto quando também virão revelações importantes que esclarecerão o mistério inicial da trama, o leitor terá que ‘penar’ com o ritmo arrastado de várias páginas.
O enredo de “As Luzes de Setembro” se passa em 1937 quando Simone Sauvelle fica de repente viúva e abandona Paris junto com os filhos Irene e Dorian. Eles se mudam para uma cidadezinha no litoral, e Simone começa a trabalhar como governanta para Lazarus Jann, um fabricante de brinquedos que mora, com a esposa doente, numa sinistra mansão chamada Cravenmoore.
Tudo parece caminhar bem. Lazarus demonstra ser um homem agradável, trata com consideração Simone e os filhos, a quem mostra os estranhos seres mecânicos que criou: objetos bem-feitos que parecem poder se mover por conta própria. Irene tem uma atração imediata por Ismael, o pescador primo de Hannah, cozinheira da casa.
Todos estão animados com a nova vida quando acontecimentos macabros e estranhas aparições perturbam a harmonia de Cravenmoore: Hannah é encontrada morta, e uma sombra misteriosa toma conta da propriedade. O que Irene, Dorian e Ismael não sabem, é que a fabrica de brinquedos de Lazarus guarda um terrível segredo que precisa ser descoberto a qualquer custo para salvarem a vida de Simone.
Enfim, o resumo da obra é esse aí.

“As Luzes de Setembro” é um livro razoável, apenas. Só isso.

16 outubro 2016

O céu está caindo

Não é o melhor de Sidney Sheldon; é evidente, mas também não podemos apedrejar o livro como se fosse o pior dos piores do autor. Ainda acho que tal título pertence a malfadada e odiosa sequência de “O Reverso da Medalha” escrita por Tilly Bagshawe, batizada de “A Senhora do Jogo”.
“O Céu Está Caindo” é bom; apenas isso. Os personagens principais, vilões, mocinhos e mocinhas foram muito bem construídos – principalmente Dana Evans e Kemal - e criam uma grande empatia com o leitor. Os vilões, por sua vez, não negam fogo e também fazem a sua parte, deixando tensa a ‘galera leitora’. Pois é, mas se os personagens criados por Sheldon cumprem muito bem o seu papel, o enredo, por sua vez, só ‘pega no tranco’.
O início da história é bem arrastado com descrições de lugares e diálogos desnecessários que poderiam ter sido dispensados. Resultado: a história segue arrastada até mais ou menos o meio do livro. A partir daí, o enredo melhora e muito. Somente por isso, não considerei a obra ótima. Se a sua primeira metade não tivesse sido tão cansativa, com certeza, “O Céu Está Caindo” estaria no mesmo nível dos primeiros livros escritos pelo autor.
Mas os fãs de Sheldon não precisam ficar decepcionados porque a segunda metade do enredo vale à pena. A medida que vamos nos aproximando de descobrir quem é o vilão da trama e os seus objetivos obscuros, a adrenalina sobe; sem contar o final emocionante. Por isso, sejam generosos e perdoem a primeira parte de “O Céu Está Caindo”.
À exemplo de suas heroínas anteriores, Sheldon criou uma personagem que não foge dos grandes desafios e muito menos dos pequenos problemas. Uma mulher resiliente que a cada rasteira aplicada pela “Dona Vida” encontra forças para se levantar ainda mais forte. Cara, me apaixonei pela mulher. Com certeza, Dana Evans é uma das personagens mais cativantes desenvolvidas pelo autor. No mesmo nível de Tracy Whitney (Se Houver Amanhã), Catherine Alexander (Lembranças da Meia-Noite) e Jennifer Parker (A Ira dos Anjos). Só perde para as emblemáticas Noele Page (O Outro Lado da Meia Noite) e Kate Blackwell (O Reverso da Medalha).
Na trama, Dana Evans, é uma jornalista que após voltar de Saravejo onde realizou uma grande cobertura de guerra, trás consigo um menino órfão chamado Kemal que perdeu um braço em conseqüência do conflito. O garoto tenta se adaptar a vida de uma grande metrópole - no caso, Washington - ao lado de Dana e seu marido Jeff, que também é apresentador do mesmo jornal de Dana.
Após a sua missão jornalística em Saravejo, a jornalista começa a investigar um grande mistério envolvendo uma conhecida família americana: os Winthrop. Ricos, carismáticos e populares, eles conquistaram admiradores em todo o mundo por sua caridade e glamour. Mas em menos de um ano todos morreram em uma série de acidentes estranhos. Desconfiada de tamanha coincidência, Dana resolve investigar o caso profundamente, apesar de ninguém acreditar em suas teorias conspiratórias.
Envolvida na busca dos fatos, Dana viaja para a França, Alemanha, Itália, Alasca e Moscou, à procura do elo de ligação entre as mortes. Descobre, então, uma intriga de proporções gigantescas, que pode por em risco a segurança de todo o planeta. Mas para revelar a verdade, terá de arriscar a própria vida. E também das pessoas que mais ama.
“O Céu Está Caindo” foi lançado no Brasil pela editora Record há 16 anos. Apesar de ter decorrido uma década e meia, o livro ainda pode ser encontrado – em novas reedições – na maioria das livrarias.

Como já disse, um bom livro.

12 outubro 2016

Dan Brown anuncia data de lançamento de novo livro do simbologista Robert Langdon

Com certeza, Dan Brown é um dos autores que gaste mais tempo com pesquisas antes de escrever um livro. Enquanto temos verdadeiras “máquinas lançadoras de obras”, ou seja, autores que conseguem colocar no mercado literário um novo romance a cada semestre ou até menos, temos também uma galera morosa – no bom sentido – que demora ‘pacas’ para concluir um enredo, deixando os seus leitores assanhados.
Quase sempre, esse time de escritores compensa a longa espera com histórias muito bem contextualizadas. Resultado: Sucesso total, verdadeiros BestSellers. Brown é um desses autores seletos. Excetuando “O Símbolo Perdido”, que foi bombardeado de críticas negativas, os seus outros livros conquistaram não só os leitores como também a críticos especializados.
E agora, aproveitando a febre da chegada de “Inferno” aos cinemas, os agentes do escritor americano acabaram de confirmar a notícia que todos os fãs de Robert Langdon desejavam: a data de lançamento do novo livro do emblemático professor de iconografia religiosa e simbologia da Universidade de Harvard.
Depois de aproximadamente três anos de “Inferno”, vem aí “Origin”. Se a editora Arqueiro não resolver mudar nada, o título em português deverá se chamar “Origem”. Bem... melhor esperar.
Quer mais uma novidade para você sair pulando, dançando, rolando e gritando de felicidade? Ok, eu dou: os agentes de Brown já definiram dia, mês e ano de lançamento. Iahuuuuu!!Quer mais uma informação da hora? Cuidado com o coração, hein? A data prometida de lançamento está mais perto do que você possa imaginar: 26 de setembro de 2017.
 De acordo com a editora, o livro será escrito com os elementos que tornaram Dan Brown conhecido, entrelaçando códigos, ciência, religião, história, arte e arquitetura – revela oGuardian.
Escritor Dan Brown
 “Origin joga o simbologista Robert Langdon num cruzamento perigoso entre duas das questões mais complexas da humanidade e a descoberta de tremer o chão que irá respondê-las”, diz a nota da editora.
Origem será publicado simultaneamente no Reino Unido pela Transworld Publishers, uma divisão da Penguin Random House. Além disso, uma edição em língua espanhola EUA será lançada pela Vintage Español.
Opa! Você deve estar preocupado com relação a data de lançamento do livro no Brasil. Vamos lá; vou dar outra boa notícia para a galera. Geralmente, a Arqueiro não ‘embaça’ para colocar no mercado as obras de Brown por aqui. É rapi-10.
Agora chega de boas notícias.

Vamos somente, aguardar. 

09 outubro 2016

Dinheiro Sujo

Após assistir “Jack Reacher – O Ultimo Tiro” (2012) com Tom Cruise fiquei sabendo que o filme havia sido inspirado num livro de Lee Child. Como gostei das peripécias aprontadas por Mr. Cruise resolvi comprar o livro, mas com um pé atrás, já que Child não escreveu nada além de algo envolvendo Reacher. São vinte aventuras literárias do cara durão – ex militar americano - das quais, oito já lançadas no Brasil.
Digamos que ele tenha criado um personagem e só ficou nele. Fiquei na dúvida: Putz! Será que eu compro... não compro... Afinal de contas, o preço da obra não era nada convidativo, mais ou menos ‘uns’ R$ 55,00. Tudo bem, como havia gostado do filme resolvi adquirir o livro, mas não aquele que serviu de base para a produção cinematográfica, já que eu sabia o final da história. Lembro que os roteiristas mudaram pouca coisa na hora de transpor para as telas a história de Reacher. Dessa maneira, optei por comprar a primeira aventura escrita por Child envolvendo o seu único personagem. E olha... gostei. Muito, mesmo.
O que mais me chamou a atenção no enredo foram as “cenas” realistas envolvendo Reacher. Apesar do cara ser letal com as mãos ou com armas, ele está longe de ser um super-homem. Ele também sangra, se machuca, depende de outras pessoas para tirá-lo de situações de risco, etc. Em determinado trecho de “Dinheiro Sujo”, quando o ex-militar está enfrentando um brutamontes homicida, ele revela que esse lance de sair no braço contra um inimigo perigoso só aparece nos filmes. “Se você tem uma pistola, fuzil ou até mesmo um porrete, porque perder tempo em provar que você é mais homem que o seu adversário? Não perca tempo e nem dê sopa para o azar; já o elimine logo, do jeito mais prático”. Mais ou menos, é dessa maneira que Reacher age.
Por isso, a descrição das cenas de combate e ação são muito realistas e não lembram em nada os golpes mirabolantes de algumas artes marciais que lemos em várias histórias.
Em determinado momento do enredo, Reacher neutraliza um adversário da maneira mais simples possível: com um chute bem caprichado no meio de suas ‘ bolas’. Pronto, bem simples. Em outras ocasiões, quando percebe que o inimigo é muito mais forte, ele trapaceia. Por exemplo, ele diz: “Vou contar até três prá você dar o fora daqui”. Bem, ao ouvir isso, o cara que é uma verdadeira montanha de músculos, simplesmente ri, e fica ali parado. Então, Reacher começa a contar, mas ao chegar no “dois”, ele já entra em ação, pegando o cara desprevenido.
Mas “Dinheiro Sujo” não se resume a cenas de ação; o enredo é um verdadeiro thriller policial com revelações surpreendentes ao longo das páginas. Cada corrupto ou traidor revelado, é uma grande surpresa para o leitor. Cara, a história tem muitas reviravoltas; algumas de derrubar o queixo da galera.
Como já disse, “Dinheiro Sujo” é o livro de apresentação de Jack Reacher. Filho de militar, altamente capacitado física e tecnicamente para o combate, ele chegou até ser um agente dos mais durões, treinado para pensar rápido e agir com precisão.
Esse cara duro na queda acaba indo parar numa pequena cidade do estado da Georgia, onde é preso por engano e jogado numa cela. Por ser o único turista na cidade, acaba sendo acusado do primeiro homicídio no local em 30 anos. Mas na realidade, a sua prisão faz parte de uma conspiração para esconder um segredo terrível de alguns poderosos daquela cidade.
Reacher terá de usar todo o seu treinamento militar para descobrir a verdade e punir os criminosos.
Taí, gostei! E não só eu. Stephen King também adorou a obra.
Verdade!

Informações Técnicas
Título: Dinheiro Sujo
Páginas: 479
Edição: 1ª
Tipo de capa: Brochura
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2007
ISBN: 8528612244

04 outubro 2016

10 livros com finais surpreendentes

Acabei de assistir “A Órfã”. Cara, que final inesperado! Jamais pensei que iria acontecer aquilo. Após retirar o DVD do aparelho, parei para pensar em todos os filmes que assisti, cujos finais me derrubaram. Verdade! Não imaginava que aquela “criança” maquiavélica fosse na realidade... Caraca!!! Tô pasmo.
Pois é galera, mas não são apenas os filmes que tem esse poder, já li muitos livros com finais surpreendentes; daqueles de derrubar o queixo. Você vai seguindo a leitura normalmente, mas perto do final ou no próprio final, a história toma um rumo completamente diferente daquele que você imaginava, fugindo totalmente do convencional.
Admiro esses autores criativos que não tem medo ou receio de ousarem. Sendo assim, palmas para Stephen King, Sidney Sheldon, Dan Brown e tantos outros.
No post de hoje vou homenagear essa galera ousada. Selecionei dez livros que li e que tiveram finais incomuns. Suas últimas páginas foram chocantes ou  inesperadas, deixando-me de boca escancarada com aquele Ãaaaa?!
Bem, vamos à elas. Antes que me esqueça: procurei ao máximo evitar spoilers.
01 – O Planeta dos Macacos (Pierre Boulle)
Como já disse no post que escrevi sobre o livro (ver aqui), quando vi na TV “O Planeta dos Macacos” (1968), aquele tremendo filmaço com Charlton Heston, fiquei completamente atordoado com o final. Acho que tive contato com o filme nos meados dos anos 70 quando me preparava para começar a curtir a minha adolescência. E apesar de já ter passado tantas décadas, até hoje aquele desfecho perturbador não sai da minha cabeça. Ver o personagem de Charlton Heston numa praia abandonada observando de maneira espantada algo que ele jamais esperava encontrar em toda a sua vida foi chocante. Se o astronauta Taylor não esperava ver ‘aquilo’, as pessoas que assistiam ao filme, pela primeira vez, esperavam menos ainda.
Por isso quando comecei a ler o livro de Pierre Boulle, que serviu de inspiração para o filme, fiquei meio ‘cabreiro’, ainda mais depois que li algumas críticas sobre a obra que apontavam para o seu final, também surpreendente. E de fato, foi.
O “The End” do livro de Boulle, apesar de diferente do filme estrelado por Heston, é tão ou até mais avassalador. Nas últimas páginas – para não dizer na última – a minha queixada caiu. Não esperava por aquilo, mesmo.
02 -  Clube da Luta (Chuck Palahniuk)
A obra de Chuck Palahniuk também foi adaptada para o cinema. Livro e filme tem finais diferentes e ambos surpreendentes. A história é narrada por um personagem sem nome, vivido nos cinemas por Edward Norotn. O cara sofre de uma insônia braba e chega a passar noites consecutivas sem dormir. No desenrolar da história, ele conhece um sujeito chamado Tyler e torna-se seu amigo, passando inclusive a morar no mesmo apartamento.
É o tal Tyler que tem a idéia de formar o Clube da Luta no porão de um bar. Quando o clube não mais o satisfaz, ele cria um outro projeto bem mais ousado batizado de “Destruição” com o objetivo se rebelar contra autoridades e qualquer tipo de ordem estabelecida. Tyler também inventa regras para este novo projeto. Divide os seus seguidores em grupos, distribui tarefas e eles devem realizá-las sem as questionar.
Os finais de livro e filme são distintos, mas ambos surpreendentes.
03 – Hannibal (Thomas Harris)
Sabe aquele final de livro que fica martelando em sua cabeça, mesmo já tendo passado anos e anos? “Hannibal” se encaixa nessas características. PQP! Coitado daquele detetive que virou... E a Clarice Starling?! Quem diria...  O desenlace do livro de Thomas Harris não foi só surpreendente como também chocante. E bota chocante nisso cara! Como já disse, é um daqueles finais que ficam arranhando o nosso subconsciente.
Se você só assistiu ao filme de 2001 com Anthony Hopkins e Julianne Moore, recomendo que leia o livro porque o desfecho de ambos é tão diferentes quanto a água e vinho.
O final da obra literária é tão foda que os roteiristas do filme decidiram fazer mudanças drásticas, afirmando ser impossível filmá-lo.
04 - Psicose (Robert Bloch)
Robert Bloch narra a história de Norman Bates e sua mãe que ainda mantém um motel ativo, apesar do seu fraco movimento.  A propriedade está localizada num local esquecido, perto de uma rodovia recentemente construída e que acabou excluindo o motel da vista dos motoristas. Portanto, só os mais distraídos que erram o caminho, acabam indo parar no “Bates Motel”. Norman, com quarenta anos, trabalha com a mãe no motel e também mora com ela numa casa próxima ao mesmo. Por causa da mãe ser muito dominadora, a relação entre os dois é muito estranha e problemática. Norman  faz tudo o que ela manda e ainda recebe ‘pitos’ como se fosse uma criança indisciplinada.
A chegada de uma forasteira chamada Mary começa a mudar com a rotina do local e também com a cabeça de Norman. A conclusão do livro é daquelas de fazer Óooooh!! Tanto é que ‘reza a lenda' que Alfred Hitckcoch – diretor do famoso filme baseado no enredo de Bloch – chegou a comprar os direitos do livro e recolher todos os exemplares existentes no mercado, já que não queria que ninguém conhecesse o desfecho do enredo.
05 – Conte-me seus sonhos (Sidney Sheldon)
O livro prende o leitor e muito! Afinal, Sidney Sheldon foi um dos mestres da escrita. Ele narra uma série de assassinatos brutais onde as vítimas são mortas de maneira cruel. Os crimes ganham repercussão mundial e após várias investigações, a polícia chega a uma suspeita em potencial: Ashley Patterson, de 20 anos. Uma moça de bom coração, uma verdadeira samaritana. Resumindo: a moça é presa e vai a julgamento. De um lado, um promotor que afirma ter provas ferrenhas de que ela é a criminosa e por isso, exige a pena de morte. Do outro lado; um jovem advogado que coloca a sua carreira em jogo por defender Ashley, mas acredita veemente em sua inocência.
Com o “andar da carruagem”, surgem mais duas lindas mulheres que também podem estar envolvidas nos crimes: Toni Prescott e Allete Peters. Todas jovens e sem antecedentes criminais. A grande pergunta é quem cometeu os crimes brutais?
Bem, o autor poderia matar a sua história com um epílogo simples e frouxo. Coisa do tipo: uma das três foi a assassina e pronto! Simples, não? No! No! Seria simples desde que o escritor não fosse Sidney Sheldon. Ele reserva um final impensável aos seus leitores. Algo... sei lá... anormal.
06 – Harry Potter e o Enigma do Príncipe (J.K. Rowling)
Alguns leitores, me incluo nessa categoria, consideram o 6º livro o mais sombrio de toda a série. Apesar do tom pesado, J.K. Rowling escreveu  uma obra maravilhosa, cheia de reviravoltas e com um final  digno de uma saga.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe” começa, exatamente,  a partir do ponto onde o livro anterior parou. O poder de Voldemort e de seus seguidores, os Comensais da Morte, cresceu de tal maneira que já passou a afetar o mundo dos trouxas (não-bruxos, quer dizer, o nosso mundo). Também não poderia ser diferente, já que além dos Comensais, o Lord das Trevas conta ainda com o apoio dos malignos Dementadores, criaturas mágicas que "sugam" a esperança e a felicidade das pessoas.
Enquanto isso, Harry, que acabou de completar 16 anos, parte rumo ao sexto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, animado e, ao mesmo tempo, apreensivo com a perspectiva de ter aulas particulares com o professor Dumbledore, o diretor da escola e o bruxo mais respeitado em toda comunidade mágica.
Harry descobre também
descobre um antigo livro escolar que pertenceu aalguém que se intitula "O Príncipe Mestiço". O fim da história que deixa os leitores com as calças nas mãos está relacionado diretamente ao misterioso Príncipe Mestiço.
07 – A Ilha do Medo (Dennis Lehane)
A história se passa em 1954 quando o xerife Teddy Daniels acompanhado de seu novo parceiro Chuck Aule chegam a Shutter Island. A dupla deverá investigar a fuga de uma interna do Hospital Psiquiátrico Ashecliffe  (reservado à pacientes criminosos) em meio à angustiante expectativa de um furacão que precipita uma revolta e muito medo entre os presos. De forma bem sucinta esse é o enredo da obra de Dennis Lehane que acabou indo para nas telas dos cinemas com Leonardo di Caprio e Mark Ruffalo vivendo respectivamente Daniels e Aule.
Cara, a história tem muitas reviravoltas, mas o final: hohohô! É surpreendente. Aliás, aqui vale uma curiosidade: O livro foi publicado originalmente em 2003 com o título de “Paciente 67”, depois com o lançamento do filme em 2010, a Companhia das Letras relançou a obra com capa e o nome do filme.
Um spoiler inofensivo: o paciente 67 é a chave de todo o mistério da história.
08 – Novembro de 63 (Stephen King)
Tá bom. E você ainda acreditava que Stephen King não teria vez nesse post? Mêo, pode desacreditar). O mestre do terror e suspense não poderia, em hipótese alguma, ser rifado dessa lista.
O livro que escolhi foi “Novembro de 63” que tem um final arrebatador. Ao terminar de ler a última página do livro além de surpreso, fiquei angustiado. Me bateu uma tristeza muito grande e juro que uma lágrima insistiu em rolar. Não imaginava aquele final...
Pois é galera, King me fez chorar de emoção. Estranho não é? Afinal, o sujeito é o mestre do terror e suspense e não o mestre dos romances melosos! Taí, um ponto a mais para o autor que está sempre surpreendendo e inovando em suas histórias.
09 – Sobre Meninos e Lobos (Dennis Lehane)
E vamos com o segundo livro de Dennis Lehane em nossa lista. Muito merecido. O final da história vai causar impacto nos leitores. Apesar do autor  ter concluído o enredo de uma maneira cruel não dá para negar que ele mexe com a gente. Fiquei chocado com o final de “Sobre Meninos e Lobos”.
Lehane escreve sobre a amizade de Dave, Jimmy e Sean que foi marcada por um acontecimento trágico ocorrido há 25 anos. Naquela época, enquanto os três inseparáveis amigos brincavam na rua foram abordados por dois homens que disseram ser policiais e obrigaram Dave – que na adaptação cinematográfica foi vivido por Tim Robbins - a entrar no carro.
O fato ocorrido com ele no período do seqüestro marcou a sua vida e também a de seus amigos de maneira traumática. Nem mesmo a sua esposa sabe o que houve. Depois de certo tempo, os três ficam adultos e se distanciam até que o inesperado acontece, a filha de Jimmy é violentamente assassinada e um dos principais suspeitos é Dave. O detetive responsável pela investigação do crime é o outro dos três amigos do passado: Sean. Assim os três se aproximam novamente; mas em circunstâncias diferentes do passado, revelando detalhes amargos de suas vidas.
Livraço e com um final impremeditado.
10 – Anjos e Demônios (Dan Brown)
E fechamos a nossa lista com Dan Brown. Não só o final, mas todo o enredo das obras de Dan Brown são avassaladores. Costumo dizer que ele reserva um final surpreendente para cada capítulo de seus livros. Em “Anjos e Demônios” parece que estamos em uma montanha russa de emoções. Man, são muitos mistérios! E, então, no final... todos eles são revelados e de uma maneira bombástica porque o leitor não está aguardando por nada daquilo.
Esta é considerada a primeira aventura de Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard. No enredo desenvolvido por Brown, ele tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano.

Por hoje é só.

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