30 janeiro 2022
Livro sobre traição contra Anne Frank e família será lançado pela Harper Collins em fevereiro
25 janeiro 2022
10 livros excelentes com edições esgotadas que ainda podem ser encontrados nos sebos por preços módicos
01
– Duro de matar (Roderick Thorp)
02
- O destino do Poseidon – O desastre mais incrível da história do mar (Paul
Gallico)
O Destino do Poseidon foi publicado originalmente em 1969, dois anos depois viria o filme de grande sucesso mundial. A história idealizada por Gallico sobre uma catástrofe em alto mar consegue prender o leitor da primeira à última página. O S.S. Poseidon, um antigo e gigantesco transatlântico convertido em navio de cruzeiro, transportando mais de 500 passageiros numa viagem de réveillon, é atingido por uma gigantesca onda que acaba virando o navio de cabeça para baixo.
No meio dessa tragédia temos dois grupos de sobreviventes: um composto por pessoas conformadas que preferem aguardar o salvamento no meio dos destroços e outro grupo formado por aventureiros que decidem encarar uma viagem cheia de perigos até o casco do navio que se encontra na superfície. O livro é sobre esses aventureiros. Suas vitórias, derrotas, tristezas, alegrias, desentendimentos, traições, provas de amizade e coragem durante essa jornada suicida.
Paul Gallico, autor do livro em que o filme foi baseado, escreveu a história inspirado por um incidente verídico, ocorrido com o navio Queen Mary durante a 2ª Guerra Mundial. Certa vez, enquanto levava tropas americanas para a Europa, o navio foi atingido por uma onda gigante em pleno Atlântico Norte. Posteriormente foi calculado que se o navio tivesse girado mais 12,7 centímetros, ele teria virado.
O livro de Gallico também foi lançado no Brasil com o título Tragédia no Mar – O Destino do Poseidon. Deixei o melhor para o final. Segura essa: Descobri 10 exemplares na Estante Virtual com preços que variam de R$ 4,50 a R$ 20,00. Gostaram? Então, corre!
03
– Inferno na torre (Richard Martin Stern)
Após o lançamento de O Destino do Poseidon (1972), o filme-catástrofe voltou a estar em alta em Hollywood. Com isso, a Warner Bros comprou por US$ 390 mil os direitos da adaptação cinematográfica do livro The Tower de Richard Martin Stern, enquanto a Fox adquiriu por US$ 400 mil os direitos de The Glass Inferno deThomas N. Scortia. Como ambos os livros falavam de incêndio em um grande edifício, Warner e Fox resolveram unir forças e dividir os custos da produção de Inferno na Torre, com a distribuição ficando a cargo da Fox nos Estados Unidos e da Warner no restante do planeta.
Nascia assim, em 1974, um dos maiores blockbusters da história do cinema de todos os tempos: “Inferno na Torre” com um elenco arrassa-quarteirões: Steve McQueen, Paul Newman, William Hoklden, Faye Duynaway, Richard Chamberlain, Fred Astaire, Robert Wagner... Ufa! Deixe-me parar por aqui.
O roteirista, Stirling Silliphant, usou sete dos principais personagens dos livros, além de manter o clímax de cada obra no roteiro do filme - Spoiler : o resgate do topo do prédio de "The Tower" e a explosão dos tanques de água de "The Glass Inferno".
Aproveitando o sucesso do blockbuster, a editora Record lançou a obra escrita por Martin Stern com a capa do filme. No Brasil, o livro ganhou o mesmo título da produção cinematográfica. Escrevi uma resenha sobre a publicação; confira aqui.
04
– Médicos em perigo (Frank G. Slaughter)
05
– A besta (Peter Benchley)
A Besta de Peter Benchlet, que também escreveu o megassucesso Tubarão, tem o foco de sua trama direcionado para uma fera feroz que surge dos abismos do oceano levando medo e pânico para os moradores de uma pequena cidade costeira, outrora tranqüila.
Para conter o ímpeto assassino da fera, um grupo de homens destemidos decidem sair em sua caça – um pescador experiente, um pesquisador especialista em ‘monstros marinhos’, além de um membro da comunidade. Todos esses clichês temperados com um final emocionante fazem parte da narrativa do livro. Resumindo: tudo o que você encontrou em Tubarão, também irá encontrar em A Besta. A diferença entre as duas obras é que em Tubarão, Benchley optou por explorar mais a fundo os conflitos entre os personagens.
A besta que empresta o nome ao título do livro é uma Architeuthis dux, ou seja, uma lula gigante que devido ao desequilíbrio ecológico provocado pelo homem, começa a atacar e matar banhistas de uma cidade praiana localizada nas costas das Bermudas. Após uma sucessão de ataques fatais, Whip Darling, um pescador especialista em vida marítima, que quer apenas levar uma vida normal ao lado de sua esposa e filha, acaba sendo forçado a caçar o mostro marinho.
O pai de uma das vítimas, um poderoso banqueiro, promete 200 mil dólares se Darling aceitar a empreitada de sair em alto mar num barco ultra-equipado juntamente com ele e um professor de oceanografia. Somente os três, num embate de vida ou morte contra a lula gigante. Ação e suspense mesclam a caçada do trio a Architeuthis dux, acredito que bem mais do que em Tubarão.
Um livro tenso, repleto de aventura e muito gostoso de ler. Corram porque só restam 10 exemplares na Estante Virtual por preços mais do que camaradas variando de R$ 10,00 a R$ 35,00.
06
– Instinto assassino (William Randolph Stevens)
07
– O Paladino (Brian Garfield)
Brian Garfield é o mesmo autor de Desejo de Matar – obra que deu origem ao filme homônimo com Charles
Bronson - mas pode esquecer esse livro porque ele não existe mais já que entrou
para o rol das obras extintas. Talvez, você ainda encontre o livro na Amazon
mas em inglês.
Outra publicação do autor que está seguindo o mesmo
caminho da extinção é O Paladino.
Localizei apenas trinta livros, sinal que a fonte está esgotando. Os preços,
por enquanto, estão absurdamente baixos para uma história com tão poucos
exemplares: de R$ 4,00 a R$ 23,00.
Inspirado em fatos reais, O Paladino conta a extraordinária história de um homem que desde os
quinze anos foi agente secreto a serviço de Winston Churchill, na época, primeiro-ministro
do Reino Unido.
Em 1940 o famoso político inglês confiou algumas
missões secretas a um rapaz que conhecera por acaso. Pouco a pouco, o que havia
começado como uma divertida aventura juvenil se transformou em uma perigosa
carreira de espionagem, na qual abundavam crimes, assassinatos, perseguições e
torturas.
O jovem, que usava o nome de Christopher Robin,
recebeu ordens do próprio Churchill e do chefe de espionagem britânico, e as
executou com grande imaginação e coragem em um momento particularmente crítico
da história britânica, os anos da Segunda Guerra Mundial. Assim, sua
intervenção foi decisiva na retirada das tropas de Dunquerque,
08
– O ultimato de Bourne (Robert Ludlum)
Só 13. Isto mesmo. No momento em que escrevia essa
postagem, a Estante Virtual tinha apenas 13 exemplares de O Ultimato Bourne de Robert Ludlum. Tudo leva a crer que eles estão
com os seus dias finais cronometrados nas prateleiras dos sebos. Então, porque ficar
enrolando a compra se nesse momento, você tem a oportunidade de adquiri-lo por
apenas R$ 12,00 ou R$ 20,00, que seja. Quanto aos dois primeiros livros da
série – A Identidade Bourne e A Supremacia Bourne, podem ser
encontrados mais facilmente.
Para quem não conhece essa série de livros, Jason
Bourne é um agente secreto treinado por uma organização do governo, mais
secreta ainda, com o objetivo de perseguir e eliminar o mais perigoso
terrorista do mundo: Carlos, “O Chacal”. Este é o resumo do resumo porque em
cada um dos seus três livros, Ludlum nos mostra um Bourne diferente.
No primeiro, sofrendo de amnésia, o personagem tenta
descobrir o seu passado e recuperar a sua identidade; no segundo livro, já
livre da amnésia, ele tem que enfrentar um impostor que pretende criar um
conflito internacional entre China e Estados Unidos; e no terceiro, que fecha a
saga; “O Chacal”, seu tradicional inimigo volta com o firme propósito de
elimina-lo e também toda a sua família.
Deu para perceber como os três livros escritos por
Ludlum são diferentes dos filmes com o Matt Damon. Enquanto no livro, o herói
enfrenta um determinado vilão tão letal quanto ele, contando, às vezes, com a
ajuda de agentes da organização Tradstone que o treinou; nos filmes, o
personagem de Damon combate vários vilões e o governo em si, assim como a
própria Tradstone que quer eliminá-lo numa queima de arquivo.
09
– A marca do Zorro (Johnston Mcculley)
Está à procura de uma história simples, mas com o
poder de prender a sua atenção como se fosse uma teia de aranha? O livro de
Johnston Mcculley é a pedida certa.
Em A Marca do Zorro publicada originalmente em 1924 o que vale, de fato, é a “AVENTURA” e
com todas as letras maiúsculas. O enredo é uma verdadeira montanha russa
permeado de duelos de espada, traições, paixões desenfreadas, vinganças e
personagens que convencem.
Na narrativa de McCulley, o jovem fidalgo Don Diego
Vega assume a identidade secreta de “El Zorro” (“a raposa”) para defender o
povo explorado pelos soldados espanhóis que dominam a região de San Juan
Capistrano, no México. O cavaleiro mascarado enfrenta os homens do Sargento
Gonzales e cruza sua espada com o capitão Ramón na disputa pelo coração da bela
Lolita Pulido. Quem lê esse enredo mais do que simples pensa, a primeira vista,
que se trata de uma história infantil e sem atrativos. Mero engano. Para
começar nunca vi descrição de duelos de esgrima tão bem narrados quanto os do
livro de McCulley. O autor provou que é expert no assunto.
Na Estante Virtual temos nove exemplares de A Marca do Zorro. Na Amazon mais dois.
Os preços variam de R$ 20,00 a... pasmen: R$ 458,00! Entonce... tô percebendo
que alguns livreiros já entenderam que tem em mãos uma obra muito rara. Acho
melhor não esperar que os outros livreiros também tenham a mesma percepção?
Então, acorda, galera!
10 – O Enxame (Arthur Herzog)
Publicado originalmente em 1976 pela editora Artenova,
A Invasão das Abelhas teve uma
receptividade muito boa por parte dos leitores. Esta receptividade aumentou após
o lançamento do filme “O Enxame”, em 1978, baseado na obra de Arthur Herzog.
Neste mesmo ano, a Artenova relançaria o livro, mas desta vez com a capa e o
mesmo nome do filme.
Herzog usou um método inovador na época, deixando de
lado introdução, prólogo, prefácio e outros inícios convencionais de obras,
para estampar logo de cara em seu livro notícias de ataques de abelhas
africanas em várias partes do mundo. As duas páginas, antes do 1º capítulo,
contem textos jornalísticos sobre os estragos provocados pelas abelhas, além de
relatos que indicam o surgimento de uma nova espécie mortífera do animal.
O Enxame é um romance cheio de tensão e para ler numa só
tacada. Como já disse uma verdadeira joia rara que só será encontrada nas
prateleiras de algum sebo.
O livro sumiu das livrarias há tempos, mas felizmente
ainda pode ser encontrados nos sebos.
Taí galera, agora é só escolher os seus livros
preferidos e partir para a leitura, antes que eles sumam dos sebos.
21 janeiro 2022
Patrick Rothfuss libera o prólogo de "As Portas de Pedra"
Os fãs de carteirinha de Kvothe, Bast, Denna, Auri,
Elodin e companhia limitada já estão com o saco transbordando de impaciência
com relação ao lançamento do terceiro e último livro que fechará a saga do
famoso arcano. Também não é para menos, pois já se passaram mais de dez anos
que O Temor do Sábio, segundo livro
da saga Crônicas do Matador do Rei, foi lançado no Brasil. De lá para cá,
Patrick Rothfuss usou e abusou da paciência de seus leitores.
Cara nunca vi um troço desses! Ao longo dessa década, em
cada ano surgia uma data diferente para o lançamento do livro, todas elas
falsas ou se preferirem o termo da moda: fakenews. Então quando Rothfuss
aparecia em algumas de suas raras entrevistas, ele simplesmente lançava um
balde de gelo na cabeça de seus leitores dizendo que ainda estava trabalhando
na narrativa de Kvothe e não tinha nenhuma previsão de lançamento da obra. E
foi assim no decorrer desses dez anos. Até a Amazon tentou dar um empurrãozinho
ao anunciar uma provável data de lançamento em sua página; mero engano. Nem
mesmo isso conseguiu tirar o impassível Rothfuss do seu sossego.
Mas tudo indica que uma luz está surgindo no fundo do
túnel. Tudo bem, que seja uma lamparina bem fraquinha; mas está surgindo. Não,
não é isso. Ainda não foi definida uma data de lançamento de As Portas de Pedra (alguns como meu,
insistem em chamar de Os Portões de Pedra)
por isso, nada de comemorações antes do tempo.
O que acontece é que o autor decidiu liberar para a
galera o prólogo de seu livro. Acredita nisso?! Verdade! Autor de O Nome do Vento e O Temor do Sábio leu no dia 21 de dezembro de 2021 o prólogo do
terceiro livro. O fato considerado épico pelos fãs da saga aconteceu durante a
live no Twitch para arrecadar fundos para o “Heifer International” que ajuda
comunidades ao redor do mundo. Nem preciso dizer que a galera foi à loucura.
Rothfuss também deixou no ar que As Portas de Pedra terá, praticamente, o mesmo número de páginas de
seu antecessor, O Temor do Sábio. Por
isso, os leitores já podem ir esperando perto de 1.000 páginas já que a edição
do segundo volume da saga lançado no Brasil pela editora Arqueiro teve 960
páginas.
Recentemente, Rothfuss disse numa entrevista que está numa
fase de intensa revisão da narrativa. Ele quer garantir que não haja nenhum
furo na história, por isso diversos aspectos do chamado “Universo Kvothiano”
estão sendo criados e recriados para que tudo se encaixe perfeitamente no final
do livro 3.
Mas vamos ao que interessa, a divulgação do prólogo de
“As Portas de Pedra”, traduzido em português. Segura aí galera!
“Ainda
era noite no meio de Nalgures. A Pousada Marco do Percuso encontrava-se num
silêncio profundo e era um silêncio de três partes. Se o horizonte já mostrasse
o mais suave tom de azul, a pequena cidade estaria toda agitada; haveriam
gravetos crepitando, o tranquilo sussurro de água fervendo para mingaus ou
chás; e o ruído lento e úmido, de pessoas caminhando pela grama, já teria
varrido o silêncio dos degraus das casas com a aspereza de uma velha vassoura
de bétulas..
Se
Nalgures fosse grande o suficiente para merecer vigias, eles teriam reclamado e
resmungado como se esse silêncio fosse um estranho indesejado. Se houvesse
música... mas não, claro que não havia música. Na verdade, não havia nenhuma
dessas coisas, e então o silêncio permaneceu.
No
porão da Pousada Marco do Percuso, havia o cheiro de fumaça de carvão e ferro
queimado. Em todos os lugares havia evidência de trabalho apressado,
ferramentas espalhadas, garrafas deixadas em desordem, um derramamento de ácido
sibilou baixinho para si mesmo, tendo derramado sobre a borda de uma grande
tigela de pedra. Perto, os tijolos de uma pequena forja faziam pequenos e doces
ruídos de ping enquanto esfriavam. Esses pequenos ruídos esquecidos adicionaram
um silêncio furtivo a um grande eco. Eles o amarraram como pequenos pontos de
fio de latão brilhante. O contraponto desse silêncio era uma batida suave de tambores
por trás de uma música.
O
terceiro silêncio não foi algo fácil de notar. Se você ouvisse o suficiente,
poderia começar a senti-lo no frio do cobre das fechaduras da Pousada Marco do
Percurso, apertadas, para manter a noite afastada. Ele se escondia nas madeiras
grossas da porta e se aninhava nas pedras cinzentas da fundação do prédio. E
estava nas mãos do homem que projetou a pousada enquanto se despia lentamente
ao lado de uma cama nua e estreita. O homem tinha cabelos ruivos de verdade, vermelhos
como chamas. Seus olhos estavam escuros e cansados e ele se movia com o
cuidado lento de um homem que está gravemente ferido, ou cansado, ou velho além
de sua idade.
A
Pousada Marco do Percurso era dele, assim como o terceiro silêncio era dele.
Isso era apropriado, pois era o maior silêncio dos três, mantendo os outros
dentro de si. Era profundo e largo como o fim do outono. Era pesado como uma
grande pedra lisa de rio”.
Taí galera, gostaram?!
Pois é, fica, agora, a esperança de que Rothfuss
também libere um capítulo extra para o deleite de todos nós. Ahahaha!! Podem
acreditar esse sonho é possível, já que o autor disse que há essa
possibilidade.
Quanto a data de lançamento de “As Portas de Pedra”...
repito, por enquanto nada.
19 janeiro 2022
Verity
16 janeiro 2022
E vamos com novas divagações: livros, mudanças no blog e a herpes cruel de Lulu
Hoje, estou afim de divagar, pelo menos um pouquinho.
Fugir de resenhas, listas, lançamentos literários e outras coisas mais e me
abrir com vocês. Sei que o “Livros e Opinião” não é um blog pessoal, mas um
espaço para escrever sobre literatura, mesmo assim, às vezes, bate uma vontade
de me abrir com a galera e contar alguns momentos alegres ou tristes que estou
vivendo. Desabafar... Isso mesmo! A palavra certa é desabafar. Colocar para fora
algo bom ou não muito legal que eu esteja vivendo, como se estivesse numa mesa
de bar conversando com um amigo. É assim que me sinto quando exponho algumas
particularidades sobre mim no blog, coisas que não estejam relacionadas com livros.
Afinal, fiz muitos amigos por aqui – alguns recentes e
outros já antigos, desde os primórdios do blog, há 11 anos. Dessa forma, tenho
certeza, que muitos já sorriram e também já choraram comigo. Sorriram, riram ou
até gargalharam com as peripécias do saudoso Kid Tourão, mas também derramaram
lágrimas com a sua morte.
E da mesma forma que vocês conheceram o Kid Tourão,
também passaram a conhecer, há pouco tempo, outro personagem real da minha
vida: Lulu. Kid Tourão, meu pai; Lulu, minha mulher, amiga, companheira, enfim,
meu grande amor. Pois é, volta e meia, ela aparece em algumas postagens dando
as suas pitadas literárias.
Vamos lá, puxe uma cadeira aí; imagine-se sentado
comigo numa mesa de um point qualquer. Como já disse, hoje estou precisando
desabafar. Cara, o negócio está trash. Pense numa pessoa cheia de vida,
sorrindo na maior parte do tempo, com disposição para participar e promover
projetos filantrópicos que possam ajudar comunidades ou outras pessoas mais
necessitadas. Uma pessoa ativa, ou melhor, super-ativa. Agora, imagine essa
pessoa doente, com dores excruciantes, com uma doença que veio do nada, agindo
sorrateiramente em seu organismo. Está é a situação atual de Lulu. O culpado
dessa mudança? Eu respondo qual: Herpes Zoster. Para ser mais exato: neuralgia
pós-herpética.
Lulu teve herpes no rosto e por pouco não atingiu um
de seus olhos. A fase das bolhas e da coceira infernal já passou. E quando
pensávamos que o sofrimento já tinha ido embora, eis que surge de sopetão uma
neuralgia pós herpética. Cara, repito, a ‘coisa’ é trash e bota trash nisso.
Alguns neurologistas afirmam que a dor do nervo trigêmeo que passa pelo nosso
rosto é uma das dores mais excruciantes que se tem conhecimento. ‘Entonce’,
segundo o médico que está cuidando de Lulu, parte da ramificação de seu nervo
trigêmeo foi atingido pelo vírus da herpes o que está lhe rendendo uma sensação
de formigamento constante na sua face esquerda intercalada com dores na forma
de agulhadas. Na semana passada, a dor de cabeça era tanta que eu pensei que
ela estava tendo um AVC. Putz, viu só? Taí a prova de como nós, seres humanos,
pensamos sempre no pior. Mas após ter sido examinada pelo médico, ele disse que
não tinha nada a ver. A dor era mesmo provocada pela neuralgia herpética.
Lulu é uma pessoa de muita fé. Vou recordar para vocês
um momento que nós vivemos do qual não tenho vergonha de revelar que chorei.
Cara, chorei; tudo bem que foi em silêncio, mas chorei. Sabem, aquele choro que
fica entalado na garganta impedindo que você abra a boca para dizer qualquer
coisa porque se fizer isso, as lágrimas acabam vindo aos borbotões? Foi esse
tipo choro que tive quando no pico da dor, enquanto a levava para o Pronto
Socorro, desesperado, ao passarmos em frente a uma igreja, Lulu pediu que eu
parasse o carro um pouquinho. Ela se virou, e mesmo com muita dor, uniu as mãos
e em lágrimas fez a sua oração em silêncio. Carambolas! Toda vez que me lembro
dessa cena, fico com a voz embargada.
Há quatro dias, procuramos um médico especialista em
neurologia da dor. Ele passou alguns medicamentos e pediu para que ela
retornasse depois de 15 dias. As dores na face continuam, não em um estágio
avançado, mas continuam. Principalmente à noite quando chega “babando”, como
diz o velho ditado popular. Enquanto redijo esse texto, ela está no sofá da
sala com os olhos fechados, mas percebo que as dores também se fazem presente.
Galera, tenho vários colegas ateus e respeito a sua
opção religiosa, mas, no meu caso, não posso negar que acreditar em Deus faz um
bem incrível. Sou fã do apresentador da Globo, Marcos Mion que não tem receio
nenhum em afirmar para todo o Brasil que é devoto de Nossa Senhora – assim como
eu sou – e o quanto essa fé lhe deu sustentáculo para enfrentar vários
problemas em sua vida. Meu! É muito bom saber que nos momentos de perrengues em
sua vida, você tem Alguém com quem conversar e lhe dar esperança. Costumo dizer
que Deus é como um carregador de pilhas e nós somos as pilhas. Quando as pilhas
estão fracas, sem energia, basta conectá-las ao carregador para renovar essa
energia. É muito triste quando você está na pior, descarregado, sem motivação, desesperado
e não tem por perto nenhum carregador de pilhas. E convenhamos, esse Carregador
de Pilhas é fantástico!
Vejo esse drama de Lulu como uma fase das nossas
vidas. Sei que o sofrimento vai passar e que novas alegrias virão. Tenho o
hábito de dizer que as nossas vidas são como uma roda gigante: na frente passam
as cadeiras com os problemas e logo atrás estão as cadeiras trazendo a solução
para esses problemas. Se Lulu não pode,
no momento, tomar uma gelada comigo como fazíamos todas as noites em nossos
happy hours particulares ou com os amigos, pelo menos, as dores não estão tão
intensas como antes.
Aproveitando esse clima “Up”, apesar das dores não
terem melhorado no seu todo, resolvi mudar o layout do blog. Sei lá, trocar a
casca. Quero que esse novo visual que ainda está por vir seja lembrado como a
primeira vitória de uma batalha contra um gigante cruel. Faço essa colocação
porque não tem como dissociar o “Livros e Opinião” dos eventos que ocorrem em
minha vida. Apesar de ser um blog literário, em muitos momentos ele acaba se
transformando num diário pessoal.
Para essa reformulação entrei em contato com a web
designer Daniela Milagres do “Emporium Digital”. Encontrei a Dani por meio de
uma indicação da Karol da “MK Designer” que era a responsável pelo layout da
minha página. Como ela parou de trabalhar com a plataforma Blogger, acabou me
redirecionando para a Dani.
Sabem de uma coisa? Eu tenho muito esse lance de
confiança à primeira vista: pessoas que eu bato o olho ou então num primeiro
contato, eu passo a confiar ou não. No caso da Emporium Digital, a sensação de
confiança veio nesse primeiro contato. Além do mais, gostei muito do portifólio
da Dani. Achei os seus trabalhos bonitos e profissionais. Assim, acabei
fechando com a sua empresa. Já estamos na fase de briefing. Logo, logo, o “Livros
e Opinião” ganhará “cara” nova. Espero que gostem.
Enfim é isso, aí galera. Obrigado por terem sentado
nessa mesa de bar e me escutado. Precisava muito conversar. Ufaaaa! Thanks e
mais Thanks!
Ah! Continuem torcendo pela recuperação de Lulu: esta
pessoa maravilhosa que eu amoooooooo!
Inté!
12 janeiro 2022
Tubarão: uma releitura que valeu a pena
Hoje quero escrever sobre um dos livros que mais li e
reli em minha vida. Um livro criticado por muitas pessoas, inclusive por Steven
Spielberg que dirigiu a adaptação cinematográfica da obra. Estou me referindo a
Tubarão de Peter Benchley. Acredito
que você deve estar curioso para saber o que Spielberg disse sobre a obra. Pois
é, o conhecido diretor e produtor cinematográfico revelou, pouco depois das
filmagens, que ao ler o livro, se pegou torcendo para o tubarão, porque todos
os personagens humanos eram muito desagradáveis.
Não penso dessa forma, eu trocaria a palavra
desagradável por profundo. Isto mesmo, porque na minha opinião, Peter Benchley
explorou de uma maneira completa o perfil dos principais personagens de sua
obra, mostrando as qualidades e também os defeitos de cada um deles. E quando
ele explora, os defeitos, explora de uma maneira realista. E é esse detalhe que
deixa os personagens de Tubarão mais
interessantes e verossímeis conseguindo prender a atenção dos leitores. A
caricatura passa bem longe deles.
Apesar do final apressado e sem o “up” do The End do
filme, adorei a narrativa de Benchley. Prendeu tanto a minha atenção que já
reli o livro várias vezes, e com direito a resenha publicada no blog (ver
aqui).
Quando de seu lançamento, em 1974, o livro Tubarão se tornou um verdadeiro Best Seller
ficando no primeiro lugar das listas dos mais lidos em todo o mundo. A obra
transformou Benchley em multimilionário da noite para o dia. Fez tanto sucesso
que o seu autor foi convidado para adaptar as páginas de sua obra para o
cinema. E mais! Num filme que teria como diretor o gênio Steven Spielberg, que
naquela época já era considerado um “menino-prodígio” da indústria
cinematográfica de Hollywood.
O livro, ao contrário do filme, explora ao máximo a relação
conflituosa entre os personagens Matt Hopper, Quint e o xerife Martin Broody.
Enquanto a produção da Universal Pictures opta por centrar-se na aventura
envolvendo os ataques e a caça ao tubarão assassino, o livro procurar explorar,
ao máximo, os conflitos entre os seus personagens principais, com direito a uma
pulada de cerca por parte da mulher do xerife Broody.
A obra literária de Benchley deu origem ao primeiro
blockbuster de Steven Spielberg. A partir daí a carreira do chamado “menino
prodígio de Hollywood” deslancharia definitivamente.
A história se passa em Amity, um balneário ficcional
situado em Long Island, Nova York. Quando o corpo de uma turista é encontrado
na praia, o chefe de polícia Martin Brody ordena o fechamento das praias da
região. O prefeito Larry Vaughan, porém, mais preocupado com o dinheiro dos
veranistas, consegue abafar a notícia e libera o banho de mar na cidade. O
banquete está servido. O impacto do livro e do filme foram tão violentos que
gerações passaram a pensar duas vezes antes de entrar no mar.
Não tem como deixar de comentar a belíssima edição de
40 anos da obra que a DarkSide Books
trouxe para o público brasileiro. Eu adquiri, recentemente, a ‘Limited
Edition’ que é a edição capa dura com a imagem do cartaz do filme de 1974.
Um livro imperdível que vale muitas releituras.
09 janeiro 2022
Seis livros que vão virar filmes, séries ou minisséries em 2022
Pois é galera, entra ano e sai ano e a curiosidade dos
“leitores cinéfilos” quanto aos livros que irão virar filmes no decorrer dos
365 dias vindouros só aumenta. E o “Livros e Opinião”, claro né, não poderia
deixar de embarcar nessa onda. Por isso, nos últimos anos sempre elaborei
listas sobre os filmes e minisséries baseados em obras literárias que explodirão
nas telas de todo o mundo, incluindo o Brasil.
Então, apertem os cintos para levantarmos voo. Vamos
conferir alguns livros que serão adaptados para o cinema ou TV neste ano de
2022.
01
– Daisy Jones & The Six (Taylor Jenkins Reid)
Daisy
Jones & The Six pode ser considerado um dos romances
contemporâneos mais aclamados pelos amantes do universo literário.
Li o livro e amei! Da mesma forma como acontece em Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, outro
livro fantástico de Taylor Jenkins Reid, os personagens de Daisy Jones são tão carismáticos que parecem reais. A ilusão que
temos ao ler a obra literária é que o “The Six”, grupo musical fictício dos
anos 70, de fato, existe. A minha sensação foi a de que Daisy Jones, Billy
Dune, Graham Dunne, Karen Sirko e os demais integrantes do grupo eram de carne
e osso. Parecia que eu estava lá no meio da gritaria dos fãs assistindo um show
da banda, vivendo o clima contagiante de uma apresentação ao vivo; presenciando
os desentendimentos, erros e acertos do “The Six”; vendo uma Daisy Jones tão
real que a minha impressão era de que a personagem estava se abrindo comigo
revelando os seus segredos, as suas alegrias e principalmente as suas
tristezas.
Cara, um livro tão bom assim só poderia ir parar no
cinema ou na TV. E assim será. A obra literária de Jenkins Reid vai ganhar uma
minissérie de 12 capítulos no Prime Video, streaming da Amazon. Entre os
produtores do projeto está a atriz e produtora Reese Witherspoon – ganhadora do
Oscar de 2006 pela sua participação em “Johnny e June”, filme sobre a vida do
cantor Johnny Cash - que já assumiu ser fã da obra e até incluiu o título em
seu renomado Clube do Livro.
As gravações da minissérie estavam previstas para começar
por volta de março de 2020 mas devido a pandemia de Covid-19 acabou atrasando –
a exemplo de outros projetos de Hollywood – mas a produção retomou os trabalhos
e as filmagens no segundo semestre de 2021.
Curiosos quanto aos atores que darão vida aos
protagonistas? Ok. Vamos, então, matar essa curiosidade. Sam Claflin (Como Eu
Era Antes de Você) foi confirmado no papel de Billy Dunne e Riley Keough (The
Girlfriend Experience) será a icônica Daisy Jones. Ah! Antes que me esqueça:
Keough é filha de Lisa Marie Presley e consequentemente neta do eterno rei do
rock. Vamos lá, porque tem mais gente boa no elenco: Camila Morrone (Desejo de
Matar) viverá Camila Dunne, Suki Waterhouse (Simplesmente Acontece) será Karen
Sirko, Josh Whitehouse (Um Passado de Presente) será Eddie Roundtree, Will
Harrison (It's Perfect Here) como Graham Dunne e Sebastian Chacon (Penny
Dreadful) viverá Warren Rhodes. A atriz brasileira-jamaicana Nabiyah Be
(Pantera Negra), filha do músico Jimmy Cliff, vai interpretar Simone Jackson.
Quanto ao lançamento da minissérie ainda não há uma
data exata definida, apenas o ano: 2022.
02
– Morte no Nilo (Agatha Christie)
Se “Daisy Jones & The Six” vai para a TV, o
destino de “Morte no Nilo” será os
cinemas. A produção cinematográfica baseada na obra icônica de Agatha Christie
tem estreia confirmada para o dia 10 de fevereiro, inclusive, os trailers sobre
o filme estão bombando á mil no Youtube.
O longa acompanha o detetive Hercule Poirot (Kenneth
Branagh) de férias no Egito. Mas é claro que ele não iria conseguir folga.
Durante sua estadia, acontece o assassinato de uma jovem herdeira.
De acordo com a sinopse divulgada pelos estúdios da 20th Century Fox, “durante sua viagem de lua de mel pelo rio Nilo, o casal Linnet Ridgeway (Gal Gadot) e Simon Doyle (Armie Hammer), convidaram os entes mais queridos para embarcar no barco Karvak e celebrar a união do casal. Porém a rica herdeira é misteriosamente morta de noite e por quase todos os passageiros têm motivos para matá-la. Mas um dos convidados, por coincidência, é o mais famoso detetive do mundo, Hércules Poirot, que começa a investigar o caso.
Enquanto as investigações têm início no próprio barco,
novas mortes acontecem com o intuito de encobrir a verdade e o caso acaba sendo
mais difícil de se solucionar a cada tempo que passa. Situado em uma paisagem
épica de vistas panorâmicas do deserto egípcio e das majestosas pirâmides de
Gizé, este conto de paixão desenfreada e ciúme incapacitante apresenta um grupo
cosmopolita de viajantes impecavelmente vestidos entre voltas e reviravoltas”.
Gal Gadot - a “Mulher-Maravilha” - lidera o elenco,
que ainda tem Armie Hammer, Rose Leslie, Tom Bateman, Emma Mackey e Letitia
Wright. A curiosidade é que Kenneth Branagh, além de dar vida ao famoso
detetive Hercule Poirot também dirige o filme.
03
– Um Lugar Bem Longe Daqui (Delia Owens)
Um
Lugar Longe Daqui de Delia Owens, lançado em 2019, é um dos
livros mais comentados dos últimos dois anos. Quem leu, adorou a história; e
Reese Witherspoon que de boba não tem nada também adquiriu os direitos de
filmagens da obra, à exemplo do que fez com Daisy
Jones & The Six.
No livro, boatos sobre Kya Clark, a “Menina do Brejo”,
assombram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no
entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por
anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a
areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido
abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na
companhia negligente e, por vezes, brutal do pai, que acabou também por
deixá-la. Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua
beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o
impensável acontece e um deles é encontrado morto.
As gravações da adaptação do livro acontecem desde de abril
do ano passado e a Sony Pictures liberou algumas fotos de bastidores do longa
que tem Daisy Edgar-Jones no papel principal.
O elenco conta também com Taylor John Smith, Harris
Dickinson, Garret Dillahunt (Fear the Walking Dead), Michael Hyatt (Snowfall),
Ahna O’Reilly (The Morning Show), Sterling Macer Jr. (Dragon: The Bruce Lee
Story) e a novata Jojo Regina.
O filme é dirigido por Olivia Newman com roteiro de
Lucy Alibar. A Sony Pictures marcou a estreia para 2022 mas não definiu uma
data exata. Vamos aguardar e... com muita expectativa.
04
– Em Águas Profundas (Patricia Highsmith)
O filme baseado na obra homônima de Patricia Highsmith
foi comprado pelo streaming Hulu, eles ficarão responsáveis pela transmissão do
longa neste ano de 2022. O Amazon Prime Video fará o lançamento internacional. À
princípio, a produção deveria ser lançada nos cinemas, mas a 20th Century
Studios acabou desistindo da ideia. Com isso, o destino de Em Águas Profundas será mesmo o streaming.
Após mais de 15 anos, o diretor Adrian Lyne retorna a
uma produção, esse é o marco de sua volta na direção de um longa. Ele também
foi responsável por outros trabalhos considerados verdadeiras obras primas dos
cinemas, como por exemplo “Atração Fatal”.
Em
Águas Profundas, Highsmith narra a história de um casal
muito estranho e misterioso: Vic e Melinda. Eles estão longe de ser um casal
feliz ― seu casamento é mantido por um acordo nada convencional: Melinda pode
ter quantos amantes quiser contanto que não arraste os dois e a filha para o
caos de um divórcio. Tudo parece bem, mas, com o passar do tempo, Vic começa a
se incomodar com os homens escolhidos pela esposa e adota uma estratégia
inusitada para afugentá-los, assumindo a autoria do assassinato de um deles. Só
que a notícia se espalha por toda a cidade do interior dos Estados Unidos e o
antes cidadão-modelo, benfeitor, marido mais do que tolerante e empreendedor
abnegado vira alvo da maledicência de todos.
Tudo levava a crer que a vida voltaria ao normal
quando o verdadeiro assassino é descoberto, mas a revelação da mentira de Vic é
o estopim de uma reviravolta nas convicções do próprio e nas relações que
mantém com a comunidade, com os amigos e com Melinda e seus vários amantes. O
que se cria é uma trama intrincada, repleta de segredos, manipulação
psicológica e sangue.
A autora explora os abismos mais sombrios da psique
humana e lança luz para o fato de que sob a superfície das personalidades mais
pacatas e exemplares podem se esconder as mais sórdidas psicopatias.
O filme será protagonizado por Ben Affleck (“Batman
versus Superman” e “Liga da Justiça”) e Ana de Armas (“007: Sem Tempo Para
Morrer”).
05
– Sandman (Neil Gaiman)
Sandman
é
uma das histórias em quadrinhos mais celebradas da história, publicada pela
Vertigo, antigo selo da DC Comics e escrita por Neil Gaiman.
A história é vista do ponto de vista de Sonho (que
também é conhecido como Morpheus ou Sandman - um dentre os sete perpétuos, a
representação antropomórfica do sonho). Sandman é o governante do Sonhar. Ele é
um Pérpetuo - os Perpétuos são manifestações antropomórficas de aspectos comuns
a todos os seres vivos: Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e
Delírio. Os 7 perpétuos não são deuses, mas sim entidades além, responsáveis
pelo ordenamento da realidade conhecida. Só sua existência mantém coeso o
universo físico e todos os seres vivos.
Em 1916, Sandman foi aprisionado durante um ritual de magia pelo britânico Roderick Burgess. A intenção do mago inglês era capturar a Morte, irmã de Morpheus, mas algo deu errado e o atraído foi o rei dos sonhos. Morpheus ficou aprisionado por mais de 70 anos, até ser libertado devido a um descuido de seus guardas.
Quando voltou ao Sonhar, descobriu que seu reino
estava semidestruído. Para restaurá-lo e também restaurar seu poder, Morpheus
partiu atrás de três poderosos artefatos que foram roubados durante seu exílio
forçado. Após aventuras que o levaram até o inferno e ao redor do mundo,
Morpheus recuperou seus apetrechos, mas uma série de fatores o levariam a
enfrentar situações perigosas ao longo dos anos seguintes.
A Netflix que está responsável pela adaptação dos
quadrinhos para uma série de TV já divulgou parte de seu elenco principal. São
eles: Tom Sturridge como Sonho/Sandman; Gwendoline Christie como Lúcifer;
Vivienne Acheampong como Lucienne; Charles Dance como Roderick Burgess; Boyd
Holbrook como o Coríntio; Asim Chaudhry como Abel; e Sanjeev Bhaskar como Caim.
Segundo a Netflix, a série que estreia nesse ano terá
10 episódios (mais um), totalizando 11 capítulos.
06
– Persuasão (Jane Austen)
E a Netflix não para, hein?! Taí mais uma produção
financiada pela conhecida plataforma de streaming. O filme será baseado na obra
Persuasão da escritora Jane Austen. Na
trama, Dakota Johnson (50 Tons de Cinza) interpreta Anne Elliott, personagem
que se reconecta com um antigo amante sete anos após ter sido persuadida por
familiares e amigos a encerrar seu noivado com ele. Diante de novas
circunstâncias, o casal arriscará então renovar o compromisso.
Os atores Cosmo Jarvis e Henry Golding serão,
respectivamente, o interesse amoroso e o primo de Anne. O elenco conta ainda
com Richard E. Grant e Suki Waterhouse em papéis secundários. O longa é
dirigido pela estreante Carrie Cracknell.
Essa é a mais recente tentativa da Netflix de
atualizar uma obra de Austen para atrair o público. A plataforma já desenvolve
“The Netherfield Girls”, adaptação contemporânea de Orgulho e Preconceito.
Persuasão
será lançado na Netflix em 2022.
Taí galera, leiam os livros e vejam os filmes. De
preferência, leiam primeiro as obras literárias, afinal de contas, antes de
sermos cinéfilos, somos leitores.
Inté.