06 dezembro 2013

“O Caminho de Jedi” e “O Livro dos Sith” chegam para a alegria da geração Star Wars


Há momentos mágicos em nossa infância ou adolescência que jamais esquecemos. São lembranças tão especiais que chegam a criar raízes em nossa alma, fazendo daquele cantinho tão íntimo a sua morada. Posso dizer que as lutas estupendamente coreografadas com os sabres de luz envolvendo os guerreiros Jedi e os integrantes do lado negro da Força fazem parte das lembranças que marcaram a minha pré-adolescência. Cara! Como eu ficava fascinado com aquelas cenas. E o confronto final entre Luke Skywalker e Darth Vader?! Definitivamente fantastic!
Com certeza, a trilogia de George Lucas revolucionou toda a uma geração, a minha geração. Por isso, quando soube que a editora Bertrand Brasil iria lançar dois livros sobre a saga mais lucrativa dos cinemas, disparei rojões para todos os lados. E quando descobri detalhes sobre o contexto desses livros... meu amigo... simplesmente troquei os rojões por morteiros e recomecei o tiroteio.
“O Caminho de Jedi” e “Os livros dos Sith”prometem uma verdadeira revolução, fugindo totalmente do convencional. Esqueça aquelas obras “feijão com arroz” que mostram os bastidores de uma produção cinematográfica ou então aquelas entrevistas chatas com atores, diretores e produtores ou ainda os ‘mexericos da Candinha’ que  irritam o mais pacato dos leitores. Os dois livros da Bertrand vão bem mais além. Numa jogada mercadológica e editorial hiper-inteligente, o contexto dos dois livros mostra, sim, os bastidores, mas os bastidores dos cavaleiros Jedi e dos integrantes do lado negro da Força. Algo para deixar o mais abelhudo dos leitores mais abelhudo ainda ou será que você nunca teve a curiosidade de conhecer os segredinhos dos treinamentos dos cavaleiros Jedi? E quanto a roupa utilizada pelos personagens, principalmente por Darth Vader? Quais eram os costumes dos clãs Jedi? E por aí afora. Enfim, um verdadeiro dossiê sobre esse personagens lendários.
“O Caminho Jedi”, do escritor Daniel Wallace, trata-se de um manual de treinamento da Ordem com histórias dos clãs, vestuário e lutas. O livro que foi lançado em 29 de novembro e custa em média R$ 50,00, tem capa dura e 160 páginas. Uma autêntica obra de colecionador com todos ensinamentos necessários para quem deseja trilhar os caminhos da Força.
O livro funciona como um almanaque dos guadiões da paz nas galáxias. Nele são apresentados os maiores mestres, a história dos clãs, os armamentos, o vestuário, os golpes de lutas, entre outros. Em O Caminho Jedi, o leitor vai desvendar os segredos e partilhar do conhecimento passado de geração para geração – aprendendo, inclusive, as nuances do combate de sabre de luz e a hierarquia Jedi. Além disso, conhecerá novos personagens, novas criaturas e novas naves. Passado de mão em mão de Mestre para Padawan, de Yoda e Obi-Wan Kenobi para Anakin e Luke Skywalker, este exemplar recebeu as anotações de cada Jedi que tocou e estudou suas páginas — adicionando suas experiências pessoais e as lições aprendidas. Ah! Ah! Ah! Legal né galera?! Bem diferente.
Quanto ao “Livro dos Sith”, também de Wallace,  o contexto é praticamente o mesmo, mas mostrando o lado dos inimigos, os clãs, o treinamento e os demais segredos dos Sith.
Os menos iniciados no universo Star Wars podem estar se perguntando: “Afinal de conta quem são os Sith?”. Vamos lá. Os Sith foram uma seita de usuários do lado negro da Força determinados a dominar a galáxia e destruir os Jedi. Eles eram caracterizados pela sua busca pelo poder, ambição, e métodos brutos que estavam dispostos a usar para conseguir o que quisessem. Pelo que sei é mais ou menos isso, ou então, basta dizer que os Sith são a troupe de Darth Vader e companhia limitada.
A Bertrand avisa que “O Livro dos Sith” deverá ser lançado em fevereiro de 2014.
Taí galera, amantes de Star Wars, preparem os bolsos, façam uma economia e depois divirtam-se!!


02 dezembro 2013

Holocausto Brasileiro – Genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil


O meu espírito ficou tão alquebrado que não tive condições de escrever esse post tão logo terminei a leitura de “Holocausto Brasileiro – genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil”, livro da jornalista Daniela Arbex. Cara, sei lá... Fiquei com raiva, revoltado, puto da vida, mas principalmente com uma sensação de impotência diante de toda a barbárie e desumanidade que ocorreram durante décadas atrás dos muros do maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, localizado na cidade mineira de Barbacena.
Com raiva dos políticos e coronéis das décadas de 30 a 80, aqueles covardes infelizes que apesar de enxergarem um campo de extermínio à sua frente, nada fizeram para mudar a situação, preferindo colocar um tapume sob os olhos. Raiva de alguns diretores e psiquiatras do Colônia que se omitiram diante de uma verdadeira matança que acontecia à sua frente, optando por cruzar os braços e virar as costas. Sabem por quê? Porque a chamada “indústria da loucura” era muito lucrativa para essas pessoas, portanto, fomentá-la ao invés de aboli-la, obviamente, era bem mais interessante. Revoltado com a sociedade que não se mobilizou para reverter esse quadro, tão logo tomou conhecimento do campo de concentração do Colônia através de reportagens publicadas nas revistas e jornais da época. Revoltado com os meios de comunicação das décadas de 60 e 70 que não insistiram no assunto, preferindo publicar apenas uma ou no máximo duas reportagens sobre a horrível barbárie. E finalmente, estou ‘P... da Vida” comigo mesmo, por não ter uma máquina do tempo para voltar naquela época e quem sabe... quem sabe... e quem sabe... Putz, José Antônio! Larga a mão de ser babaca e garganteador! Cai na real meu! O que você poderia fazer? Com certeza nada. Os tempos eram outros, os costumes e hábitos da sociedade também e isso e mais aquilo... e blá, blá, blá. E... Arghhhhhhhhhhh!!! Melhor ficar aqui no meu cantinho curtindo o meu misto de raiva e decepção.
Cara, ta vendo só o que a revolta provoca na gente? Ódio, inconformismo e finalmente impotência. Foi assim que me senti após ler o livro de Arbex. Pois é galera, como são as coisas, né? Nós, brasileiros – quer dizer, os nossos antepassados – ficaram horrorizados com o holocausto nazista, mas não percebiam que um holocausto similar ocorria em nosso país, bem debaixo de seus narizes. Se na Alemanha, os judeus eram as vítimas de atrocidades, por aqui, os desajustados socialmente, os alcoólatras, as vítimas de estupros, os desabrigados, os renegados pela própria família e os doentes mentais eram os escolhidos para serem enviados ao campo de extermínio do Colônia.
O livro de Arbex escancara as portas da verdade sobre tudo o que aconteceu atrás dos muros e das portas daquela casa de horrores, principalmente no pavilhão Afonso Pena, onde eram registradas cenas que mais se pareciam com um filme de terror.
A autora foi muito corajosa ao remexer em feridas purulentas, trazendo à tona a verdade sobre o Colônia. O leitor passa a saber de tudo o que aconteceu no hospício mineiro, além de conhecer os poucos, mas importantes “heróis da resistência”,  pessoas que se opuseram ao regime de barbárie e fizeram de tudo para mudar a situação, pagando um alto preço por isso, sofrendo as piores retaliações, desde demissões, calúnias e ameaças.
Internos no pátio do Colônia, vivendo em condições sub-humanas
Para ler a obra de Arbex, o leitor deve preparar o seu espírito porque realizará uma verdadeira viagem ao inferno, inclusive, é dessa maneira, ou seja, no âmago do inferno, que uma funcionária do Colônia se sente ao iniciar o seu primeiro dia de trabalho no hospício. Marlene Laureano revela em entrevista à autora do livro que ao entrar pela primeira vez na instituição imaginou estar abrindo as portas da casa de Lúcifer. “Um cheiro insuportável alcançou a sua narina... Marlene foi surpreendida pelo odor fétido, vindo do interior do prédio. Nem tinha se refeito de tamanho mal estar, quando avistou montes de capim espalhados pelo chão. Junto ao mato havia seres humanos esquálidos. Duzentos e oitenta homens, a maioria nu, rastejavam pelo assoalho branco com tozetos pretos em meio à imundície do esgoto aberto que cruzava o pavilhão. Marlene sentiu vontade de vomitar. Queria gritar, mas a voz desapareceu da garganta”.
Optei por narrar boa parte do que a funcionária sentiu para que o leitor sinta um pouco o clima do livro e o que irá encontrar à partir do momento em que ingressar nessa “viagem”.
Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa história: as atrocidades inimagináveis, praticadas durante a maior parte do século 20 no maior hospício do Brasil.
Ao resgatar essa história terrível, a autora e jornalista mineira, traz à luz um genocídio cometido, sistematicamente, pelo Estado brasileiro, com a conveniência de médicos, funcionários e também da população, pois como diz a própria Arbex, “nenhuma violação dos direitos humanos mais básicos se sustenta por tanto tempo sem a omissão da sociedade”.
Jornalista e escritora mineira, Daniela Arbex
Como o próprio subtítulo da obra revela, pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros do Colônia. Em sua maioria, haviam sido internadas à força. Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava ou que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas violentadas por seus patrões, esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento, homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos. E pasmem: pelo menos 33 eram crianças que ficavam confinadas junto com os adultos, a maioria deles nus, vivendo com verdadeiros animais!
Quando chegavam ao hospício, suas cabeças eram raspadas, suas roupas arrancadas e seus nomes descartados pelos funcionários, que os rebatizavam. O cartão de visitas para os novos “moradores” era o temível eletrochoque, quando os internos eram amarrados pelas mãos e pelos pés ao leito. Os gritos de medo e pavor das pobres vítimas eram calados pela borracha colocada à força entre os lábios, única maneira de garantir que não tivessem a língua cortada durante as descargas elétricas.
Os pacientes do Colônia às vezes comiam ratos, bebiam água do esgoto ou urina, dormiam sobre capim, eram espancados e violados. Nas noites geladas da Serra da Mantiqueira, eram deixados, nus ou cobertos apenas por trapos. Pelo menos 30 bebês foram roubados de suas mães. As pacientes conseguiam proteger sua gravidez passando fezes sobre a barriga para não serem tocadas. Mas, logo depois no parto, os bebês eram tirados de seus braços e doados.
Paciente bebe água do esgoto que corta o pavilhão
Um dos capítulos mais revoltantes do livro é aquele que retrata a fábrica de cadáveres do Colônia. O hospício se transformou no período de 1969 a 1980 numa macabra indústria de venda de corpos. Neste período, a sua direção negociou mais de 1.800 corpos para dezessete faculdades de medicina do país. Como a subnutrição, as péssimas condições de higiene e de atendimento provocaram mortes em massa no hospital, onde registros da própria entidade apontam  dezesseis falecimentos por dia, em média, no período de maior lotação. Os corpos dos indigentes eram negociados por aproximadamente R$ 200,00 a peça (valores atualizados). Quando os corpos começaram a não ter mais interesse para as universidades, que ficaram abarrotadas de cadáveres, eles passaram a ser decompostos em ácido, na frente dos pacientes, dentro de tonéis que ficavam no pátio do Colônia.
Outro momento que mexe com as estruturas do leitor são as fotos feitas nos anos 60 pelo repórter-fotográfico Luiz Alfredo, da revista “O Cruzeiro”, que teve acesso ao interior do hospital. Cara... cada foto... elas, de fato, incomodam. A lente de Alfredo retrata todo o sofrimento daqueles pacientes, vítimas de um holocausto que não difere em nada de um outro que você, certamente, já conhece.
Talvez para dar uma quebrada no clima tenso de sua narrativa, Arbex decidiu dedicar um capítulo inteiro ao fotógrafo Luiz Alfredo, onde descreve momentos importantes de sua vida. Na minha opinião, esse capítulo destoou do restante do livro, fugindo de seu contexto principal que era retratar a história do Colônia e não a história do repórter-fotográfico. Mas isso não tira os méritos de “Holocausto Brasileiro”: um livro-reportagem que devolve nome, história e identidade aos pacientes, verdadeiros sobreviventes de um holocausto, além de revelar toda a verdade que estava escondida atrás dos muros do maior hospício do Brasil.
Como costumo dizer ou escrever: um livro “fantastic”.


24 novembro 2013

10 livros que estão em pré-venda nas livrarias e que serão lançados até dezembro



O post de hoje é para a galera que aguarda com expectativa o lançamento de novos livros; de preferência de autores conhecidos. Mas sabemos que após a invasão do mercado literário pelos marinheiros de primeira viagem, a coisa ficou feia. Cara, tem autores que eu nunca vi ou ouvi espalhados aos montes por esse mundão de Deus. Meu! Como ta fácil publicar livros hoje em dia! O sujeito , mal saiu da casca do ovo e pimba, já consegue colocar o seu escrito nas livrarias.
Quer saber de uma coisa? Vamos deixar isso prá lá, mesmo porque o tema do post é outro, completamente diferente. Talvez um dia, acabe explorando esse assunto, mas agora, o ‘papo-reto’ é outro: os lançamentos literários que desembarcarão até o final do ano nas livrarias físicas e virtuais.
Fiz uma lista de dez obras que estão em pré venda e muito comentadas na mídia. Algumas boas, outras nem tanto. Vamos à elas...
01 – A Queda dos Cinco (Pittacus Loren)
Lançamento: 28/11/2013
Editora: Intrínseca
A obra de James Frey e Jobie Hughes – Pittacus Loren é apenas o pseudônimo escolhido pela dupla para escrever a série de livros - é direcionada para aquelas pessoas que já leram os três primeiros volumes da série “Os Legados de Lorien: “Eu sou o número quatro”, “O poder dos seis” e “A ascenção dos nove”.
A saga dos lorienos é dirigida exclusivamente aos leitores teen, não fugindo em nada de tantas e tantas outras séries caça níqueis com histórias superficiais e inteiramente descartáveis que fazem a alegria da juventude desse novo milênio.
Não entendo como essas historietas atraem tanto os estúdios de Hollywood. É algo inexplicável, coisa do outro mundo mesmo! Mal sai um livro de um autor desconhecido, com uma história fraca e cheia de furos, que a obra já está lá na ‘boca da botija’ para ser filmada. Enquanto isso, uma infinidade de grandes romances de autores consagrados continuam esquecidos pela Meca do cinema.
“O poder dos quatro”, primeiro livro da série escrita por Frey, Hughes ou Pittacus, sei lá, foi adaptada para os cinemas e não recebeu muitos elogios, mas o livro, como já disse, fez sucesso entre os leitores teen. Ah! E pasmem. Sabem quem foi um dos produtores da ‘peça rara’? Ninguém menos do que Steven Spielberg! Putz! Que direta no maxilar. Essa doeu mesmo. No que Spielberg estava pensando ao produzir um projeto desses? Bem, deixa pra lá.
Voltando ao assunto do post. Para os interessados segue o enredo do quarto livro dos lorienos: “A queda dos cinco”.
“John Smith, o Número Quatro, achou que tudo seria diferente quando os lorienos se juntassem. Eles parariam de fugir. Lutariam contra os mogadorianos. E venceriam.
Mas Quatro estava errado. Depois de enfrentarem Setrákus Ra e quase serem dizimados, os membros da Garde reconhecem que estão despreparados e em minoria. Escondidos na cobertura de Nove, em Chicago, eles planejam os próximos passos.
Os seis são poderosos, porém não são fortes o suficiente para vencer um exército inteiro, mesmo com a ajuda de um antigo aliado. Para derrotar os mogadorianos, cada um deles precisará dominar seus Legados e aprender a trabalhar em equipe. O futuro incerto faz com que eles busquem a verdade sobre os Anciões e seu plano para os nove lorienos escolhidos.
O tempo está se esgotando, e quando a Garde recebe uma mensagem do Número Cinco - um símbolo lórico em uma plantação - a única certeza dos sobreviventes é que é preciso encontrar Cinco antes que seja tarde demais. A Garde pode ter perdido batalhas, mas não perderá a guerra.”
Chega né?!
02 - Zelota: A vida e a época de Jesus de Nazareth (Reza Aslan)
Lançamento: 05/12/2013
Editora: Zahar
Cara! É incrível como Jesus ajudou tantos autores a ganharem fama, ficando assim, um pouquinho, mais ricos. Explico melhor. A cada ano aumenta a batelada de livros de escritores que tentam apresentar uma nova faceta da vida do Nazareno. Até Dan Brown embarcou nessa onda com o seu “Código da Vinci”, passando a explorar o Filho de Deus. Agora chegou a vez de um muçulmano se agarrar a Jesus para pedir uma ajudazinha. Podem acreditar, é isso mesmo que você acabou de ler: um escritor muçulmano falando sobre Jesus Cristo! Inclusive essa polêmica deu um quibroquó danado entre uma âncora da rede de televisão americana Fox News e o autor da obra, Reza Aslan. Com frequência, a moça questionava duramente  Aslan se ele tinha direito, por ser um muçulmano, de escrever um livro sobre Jesus. Muito P... da Vida com o preconceito da âncora, o autor argumentou que escreveu o livro como acadêmico com doutorado e especializações em história das religiões e 20 anos de estudo das origens do cristianismo.
A tese que Aslan defende em seu livro é a seguinte: Jesus, ao contrário do que prega a Igreja Católica, não foi um pacifista que, diante da violência, “oferecia a outra face” e amava os inimigos. Segundo Aslan, Jesus foi um revolucionário, cujo objetivo principal era expulsar os romanos da Judeia, criar um reino de Deus na Terra e assumir seu trono. Ele recupera com novas cores uma antiga versão de cristianismo – em voga nos anos 1960 graças à Teologia da Libertação, que misturava cristianismo com marxismo. Era um Jesus mais para Che Guevara do que para Madre Teresa de Calcutá. “Ele era um zelote revolucionário, que atravessou a Galileia reunindo um exército de discípulos para fazer chover a ira de Deus sobre os ricos, os fortes e os poderosos”, escreve Aslan no começo de seu livro. Zelote é uma palavra derivada do aramaico. Significa “Alguém que zela pelo nome de Deus”. Outra possível tradução para o termo é fervoroso, ou mesmo fanático. Sua origem está ligada ao movimento político judaico que defendia a rebelião do povo da Judéia contra o Império Romano. Os zelotes pretendiam expulsar os romanos pela força.
Segundo Aslan, Jesus compartilhava algumas das idéias igualitárias dos zelotes e, assim que se estabeleceu numa vila de pescadores em Cafarnaum, começou a procurar seus discípulos “entre aqueles que se viram lançados à margem da sociedade, cujas vidas tinham sido interrompidas pelas mudanças sociais e econômicas que ocorriam por toda a Galileia”. Na interpretação de Aslan, entre seus discípulos recolhidos nas franjas da sociedade da época, Jesus, como muitos revolucionários, tornou-se amado não apenas por seus ensinamentos, mas pelo carisma.
Em resumo, esse é a essência de “Zelota: A vida e a época de Jesus de Nazareth” que chega as livrarias no comecinho de dezembro.
03 – Assassin’s Creed: Bandeira Negra (Oliver Bowden)
Lançamento: 01/12/2013
Editora: Galera Record
Nunca vi em toda a minha vida, uma franquia de games se tornar algo tão viral, tão invasivo como Assassin’s Creed. Hoje, de cada 10 pessoas em todo o mundo, mais da metade já teve contato com algum produto da franquia, quer seja game ou livro.
“Assassin's Creed - Bandeira Negra”  é a mais recente novelização inspirada na série de games. Escrito por Oliver Bowden, o livro começa em 1715 e conta a história de Edward Kenway, um notável pirata e corsário que viveu na Era Dourada dos Piratas. Ele é o pai de Haytham Kenway e avô e Ratonhnhaké: Ton (Connor Kenway), personagens apresentados aos leitores em Assassin’s Creed: Renegado.
Assassin's Creed: Bandeira negra mistura exploração naval com combate e aventuras, tanto em terra quanto no mar das Caraíbas.
“Bandeira Negra” já é o sexto livro da franquia. Ufaaa!! Aja fôlego para tanto assunto, tanta história! Lembrando que tudo o que é demais enjoa.
04 – Origem Mortal (Nora Roberts)
Lançamento: 12/12/2013
Editora: Bertrand Brasil
Que me desculpem os fãs de Nora Roberts, mas não dá... sei lá pessoal, não consigo ‘viajar’ com os seus enredos. Já tentei, mas não deu. E olha que insisti bastante, mas acabei parando no meio do caminho.
Sei que se trata de uma escritora hiper-consagrada e que vende milhões de livros em todo o mundo, mas não faz parte do meu universo literário. Acontece que não sou o dono da verdade e tenho plena convicção de que muitos dos seguidores do blog e da Fan Page do Livros e Opiniões são fãs da escritora, por isso não poderia deixar de registrar o seu próximo lançamento.
Para os interessados segue release de divulgação distribuído pela Bertrand Brasil. Anote aí:
“Um suspense que pode colocar em risco até mesmo o futuro da raça humana
Com vinte títulos já publicados da série no Brasil, chega às livrarias o novo sucesso de Nora Roberts sob o pseudônimo de J.D. Robb: Origem Mortal. Segundo a própria autora, este novo capítulo apresenta uma das tramas com maior dose de ação e mistério até agora.
A tenente Eve Dallas recebeu um chamado do Centro para Reconstrução Corporal e Cirurgia Estética: uma popular estrela de cinema foi espancada até seu rosto virar uma massa disforme de sangue. Para sorte da polícia, a vítima acabou matando seu agressor ao tentar se defender. No interrogatório, a tenente confirma se tratar de um caso inconfundível de assassinato em legítima defesa. Tudo se complica, porém, quando, antes de sair do prédio, outro caso macabro surge das mais sinistras sombras: o dono da clínica acabou de ser encontrado morto em seu consultório. Foi assassinado com um estilete cravado em seu coração.
Qual será a relação das duas mortes? Será que o assassino da artista foi realmente morto no ataque? Com a tenacidade de sempre, Dallas segue seus instintos mais obscuros e mergulha no passado das duas vítimas, descobrindo os segredos de um mundo, até então, desconhecido para ela.
Com muita ação e um desfecho surpreendente, Origem Mortal é a leitura ideal para os fãs dos clássicos da literatura policial - e, é claro, para os fieis leitores da vasta e fantástica bibliografia de Nora Roberts, que prova mais uma vez a sua versatilidade.”
É isso aí. Quem quiser pode ficar à vontade para comprar e ler. Como já escrevi acima, nesse livro Nora Roberts escreve como J.D. Robb. Santos pseudônimos!!
05 – Jony Ive – O gênio por trás dos grandes produtos da Apple (Leander Kahney)
Lançamento: 03/12/2013
Editora: Portfólio Penguin
Depois dos estrondosos sucessos das dezenas de livros sobre Steve Jobs que foram lançados neste ano, chegou a hora e a vez de outra biografia, digamos que... quase semelhante, à ser lançada nos próximos dias. Desta vez, os holofotes estarão iluminando um outro mago da Apple: Jony Ive, um cara tão importante e indispensável para a empresa quanto Jobs, mas que trabalhava quietinho nos bastidores, sem aparecer.
Ive foi o vice-presidente de design da Apple e pode ser considerado o mais famoso designer industrial desta galáxia. No livro, o autor não nega que Jobs era um gênio, mas acontece que ele não entendia nada de código porque não era um engenheiro, por isso mesmo, nunca projetou nada. Kahney explica que “a razão pela qual a Apple surgiu com tantos avanços na era Jobs é porque ele tinha um sistema de gênio. Ele iria criar pequenas equipes dentro da empresa e dar-lhes o máximo de liberdade possível para fazer as coisas”. E essas equipes tinham um líder: Jony Ive; a fera que criava tudo.  Cara, acredita nisso?!
A colaboração de Jony Ive com Steve Jobs produziria alguns dos mais desejados produtos tecnológicos de todos os tempos - entre eles o iMac, o iPod, o iPhone e o iPad. Esses projetos não apenas reverteram a queda livre das ações da Apple - tornando-a uma das empresas mais valiosas do mundo -, mas transformaram indústrias inteiras, criando uma base leal de fãs e uma marca de poder global. Nesse percurso, Jony Ive se tornou o maior inovador de tecnologia do mundo, ganhou incontáveis prêmios de design, conquistou um lugar na lista das cem pessoas mais influentes da revista Time - além de ter sido condecorado com o título de Sir pela rainha da Inglaterra, por seus serviços prestados ao design e ao empreendedorismo. Leander Kahney oferece ao leitor um retrato vívido do aluno disléxico de uma escola de arte inglesa que se tornou o maior designer industrial do mundo, redefinindo a maneira de como milhares de pessoas em todo o mundo trabalham, se divertem e se comunicam.
Se você leu o “batalhão de biografias” sobre Steve Jobs, evidentemente não pode menosprezar a obra de Kahney. Acho que é essencial para que o leitor entenda como funcionava os bastidores da Apple.
06 – Demi Lovato – 365 dias do ano – Staying Strong (Demni Lovato)
Lançamento: 02 de dezembro
Editora: Best Seller
À primeira vista, muitos leitores podem enquadrar essa obra na categoria de supérfluas e vazias; mais um livrinho desses astros teen que mal acabaram de sair das fraudas. E pior, metidos à besta e arrogantes, iguais ao tal Bieber. Mas na realidade, o contexto da obra escrita por Lovato (será que foi ela mesma que escreveu ou um ghost rider?) é bem diferente. No livro “Demi Lovato – 365 dias do ano – Staying Stron”, a jovem estrela que conquistou milhares de fãs adolescentes e também adultos ao redor do planeta, abre o coração. Vejam bem, eu ainda não li o livro, mas vi comentários muito favoráveis de críticos rigorosos do The New York Times, que adoram moer, quebrar e descadeirar essas biografias de jovens astros do mundo pop. Mas no caso do  livro de Lovato, aconteceu o contrário. Os críticos estão se derretendo todos. Entonce...
Quanto a vida atribulada da cantora e apresentadora, eu já posso meter o bedelho, pois foi manchete em jornais e revistas de vários países. A megastar teve conquistas fantásticas e perdas terríveis. Esqueçam aquela Demi carismática, bonitinha, educada e controlada que vemos na TV, nas fotos ou então ouve no rádio. Ela já foi internada em uma clínica de reabilitação em 2010 para se recuperar de bulimia, transtorno bipolar e do hábito de se cortar. Revelou numa entrevista surpreendente que os promoters de seus shows lhe davam drogas e álcool em restaurantes à vontade. Resumindo: com apenas 19 anos e conhecida em todo o mundo, a cantora já era viciada em cocaína e álcool, além de ser diagnosticada como depressiva, carregando ainda como bônus um transtorno bipolar acompanhado de bulimia. Barra né galera?!
Resta saber se a cantora vai abrir o coração em seu livro, relatando toda a sua luta para sobreviver à tantos problemas, apesar da pouca idade, ou se vai optar por um relato água com açúcar como tantas outras biografias inóspitas de astros lançadas recentemente. Mas pelos comentários, tudo indica que a obra será do tipo trucão, pesadona mesma. Tomara.
07 – A Eclosão do Twitter: Uma aventura de dinheiro, poder, amizade e traição (Nick Bilton)
Lançamento: 28/11/2013
Editora: Companhia das Letras 
Apesar de ser um adepto do facebook e ao mesmo tempo não curtir muito o twitter, AC abei me interessando pelo enredo desse livro escrito por um famoso colunista e repórter do jornal The New York Times. Nele Nick Bilton conta o lado obscuro da coisa. Parece que o surgimento e a eclosão do twitter em todo o mundo – o que transformou os seus criadores que não passavam de simples engenheiros de programação em celebridades milionárias, estampando capas de revistas e jornais e aparecendo em programas de televisão – esta cercada de uma aura não muito boa, para não dizer bem sinistra.
O autor diz em seu livro que nos bastidores da fama se desenvolvia uma trama perversa que foi devidamente acobertada e até agora não havia se tornado de conhecimento público. Vixe todos os santos! O que será que rolou de tão mau?!
Num dos trechos do livro que acabou vazando pela Internet, Bilton conta que Mark Zuckerberg, criador do Facebook, o ex-vice-presidente americano Al Gore e o ex-presidente da Microsoft Steve Ballmer tentaram comprar o Twitter. Além disso, um dos co-fundadores do microblog foi cortado da empresa antes mesmo de sua fundação. Veja só: Noah Glass, que teria dado o nome ao serviço de microblog, foi mandado embora da empresa logo no início do serviço por Dorsey. Glass vive hoje em um apartamento pequeno, que servia de abrigo para terremotos, com namorada e filha. Bilton diz que quando ocorrer o IPO do Twitter, Glass receberá uma quantia muito pequena. Caraca! Que rasteira deram no pobre coitado!
Mesmo não sendo fã do twitter não há como negar o poder de fogo desse microblog que em 2013 ostentava em torno de 300 milhões de usuários ativos em todo o mundo. Hoje em dia, figuras notáveis como o papa e o presidente dos Estados Unidos usam o Twitter regularmente.
Bilton promete trazer ao leitor, pela primeira vez, um retrato íntimo de quatro amigos que, acidentalmente, fundaram uma mina de dinheiro (para eles, é claro) que mudou o mundo.
OBS: Quando acabei de concluir o post, na madrugada desse domingo, o livro de Bilt já havia saído de pré venda nas livrarias, o que leva a crer que já esteja disponível para envio – dentro de 7 dias – o que venhamos e convenhamos não deixou de estar em pré-venda. Aiiii!! Que complicação! Nem eu entendi (rs).
08 – Stars Wars: O Caminho de Jedi (Daniel Wallace)
Lançamento: 12/12/2013
Editora: Bertrand Brasil
“Um manual para os estudantes da Força”. É desse jeito que o livro de Wallace vem sendo anunciado no Brasil numa tentativa de atrair a atenção dos aficionados pelos filmes de George Lucas que marcaram época. E que fique bem claro que esse livro serve apenas para os fãs da franquia Guerra nas Estrelas. Portanto se você não assistiu aos filmes (o que eu acho bem difícil) ou não gostou  (o que também acho bem difícil) não compre. Melhor esquecer. Mas se você é ‘doidinho de pedra’ por Star Wars, não pense duas vezes, reserve já o seu exemplar que será liberado para venda no Brasil no dia 12 de dezembro.
“Star Wars: O Caminho de Jedi” trata-se de um manual de treinamento da Ordem com histórias dos clãs, vestuário e lutas. O livro funciona como um almanaque dos guadiões da paz nas galáxias. Nele são apresentados os maiores mestres, a história dos clãs, os armamentos, as características do vestuário, os golpes de lutas, entre outros.
Em O Caminho Jedi, o leitor vai desvendar os segredos e partilhar do conhecimento passado de geração para geração - aprendendo, inclusive, as nuances do combate de sabre de luz e a hierarquia Jedi. Além disso, conhecerá novos personagens, novas criaturas e novas naves.
A editora está usando um super golpe de mestre para divulgar a obra no Brasil, o que vem dando certo. O ‘lance’ é dizer que “O Caminho de Jedi” passou pelas mãos de vários mestres Jedi que ajudaram a constituir a obra. Algo mais ou menos assim: “Passado de mão em mão de Mestre para Padawan, de Yoda e Obi-Wan Kenobi para Anakin e Luke Skywalker, este exemplar recebeu as anotações de cada Jedi que tocou e estudou suas páginas - adicionando suas experiências pessoais e as lições aprendidas”.
E atenção fãs da saga Star Wars. O livro de Wallace é apenas a ponta do iceberg, já que está previsto para fevereiro de 2014, o lançamento de “Sith”, com as mesmas características de “O Caminho de Jedi”, mas dessa vez, trazendo registros do lado negro da Força.
09 – Vip (Kathryn Harvey)
Lançamento: 06/12/2013
Editora: Universo dos Livros
A autora garante que “Vip” é o último livro da saga Butterfly, depois zefini. Vamos esperar prá ver. Apesar de ser tachada como uma saga erótica, os dois primeiros livros de Harvey receberam boas críticas do público e também da imprensa.
Aqueles que leram – o que não é o meu caso – garantem que “Butterfly” e “Stars” possuem um enredo de alto nível e que não abusa do erotismo, ao contrário de “50 Tons de Cinza” que manda a ver no “corpo a corpo” e que por isso dividiu a opinião publica.
A trilogia centra-se em um clube privado chamado Butterfly, onde mulheres estão livres para realizarem seus desejos mais eróticos. Apenas as mulheres mais bonitas e poderosas de Beverly Hills são convidadas a participar.
Cara, confesso que estou meio que balançando pelo livro, mas provavelmente não irei ler, porque já tenho outras prioridades literárias e a fila de obras para encarar já está bem grandinha. E tem mais; no meu caso seria obrigado a encarar a trilogia inteira. Acho que não dá mesmo, mas aqueles que quiserem dar uma arriscada, fiquem à vontade.
10 – Na Estrada com os Ramones (Monte Melnick e Frank Meyer)
Lançamento: Dezembro (sem data definida)
Editora: Edições Ideal
Se você é fã dos Ramones, definitivamente não pode perder essa oportunidade; e que oportunidade! O livro escrito pelo empresário da antológica banda em parceria com Meyer será lançado em dezembro, mas sem uma data definida. Poder ser que o livro sai no começo ou no final do mês. O que se sabe é que a editora Edições Ideal garantiu para dezembro a chega da obra nas livrarias.
O livro traz depoimentos de todos os integrantes, jornalistas, amigos, parentes, namoradas, equipe e membros de outras bandas. A edição brasileira é ilustrada com dezenas de fotos, cartazes, mapas de palco, credenciais e memorabilia do quarteto de Forest Hills.
Na estrada com os Ramones é baseado na história de Monte A. Melnick que foi empresário de turnê da banda durante 22 anos. Em outras palavras, ele esteve em cada um dos 2.263 shows que a banda fez (a lista completa de shows faz parte da edição nacional).
Monte A. Melnick viu tudo: as prisões, as overdoses, as brigas, as separações, as reconciliações, as namoradas, os hotéis e as farras. Como empresário de turnê da banda desde sua estreia no CBGB em 16 de agosto de 1974 até seu último show em Los Angeles em 6 de agosto de 1996, Monte realmente foi o quinto Ramone. Na estrada com os Ramones é a sua história.
Livraço para os fãs da banda punk. Para comprar, ler e guardar. Vale à pena.
Galera, taí os pré-lançamentos; agora é só escolher os seus preferidos e se agarrar na leitura.
Inté!

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