31 julho 2017

Pesadelos e Paisagens Noturnas (Volumes 1 e 2)

Analisar um livro de contos de Stephen King é complicado, muito complicado. O bom pra mim pode ser ruim para outra pessoa. Tomo por base, a última postagem que fiz sobre “O Bazar dos Sonhos Ruins” – o mais recente lançamento do autor - onde afirmei que não havia gostado do livro que me decepcionou em muitas partes, tanto é verdade que dos vintes vinte contos, apenas dez me agradaram.
No dia seguinte à postagem recebi quatro e-mails de leitores; todos eles discordando do meu ponto de vista, afirmando que o livro de contos tinha sido um dos melhores já escritos por King. Agora, recentemente, recebi outras duas mensagens de leitores do blog, dessa vez, dizendo que o livro deixou a desejar.
Cheguei a conclusão há muito tempo que os contos do mestre terror sempre irão causar divergências em seus leitores, e algumas dessas divergências, é importante dizer, são bem díspares.
Vejam só o caso de “Pesadelos e Paisagens Noturnas – Volumes 1 e 2” lançadas pela primeira vez em 1993. Muitos fãs de King não gostaram dos dois livros ou pelo menos, da maioria dos contos, mas eu amei. É claro que não se compara com “Tripulação de Esqueletos” – este insuperável, acredito que King e, também, nenhum outro autor do gênero conseguirão escrever uma obra de contos de terror tão perfeita e arrepiante – mas as histórias dos dois volumes são muito boas. É evidente que alguns contos são fracos, mas isso é normal numa coletânea, fator do qual nem “Tripulação de Esqueletos” escapa, mas o importante é que após colocá-los todos na balança, você perceba que a maioria são bons.
“Pesadelos e Paisagens Noturnas” representa um dos períodos mais profícuos de King no que se refere a produção de contos. Ele estava com muitas idéias na cabeça o que acabou gerando histórias em grande profusão. Graças a essa fase produtiva nasceram os livros Sombras da Noite (1978), Tripulação de Esqueletos (1985) e Pesadelos e Paisagens Noturnas (1993). Podemos dizer que as idéias que saíam da cabeça do autor eram tantas que em 15 anos eles conseguiu escrever – além de outros 25 romances – mais três livros de contos de terror, considerados os seus primeiros do gênero.
“Pesadelos e Paisagens Noturnas faz parte dessa ‘leva’. O livro foi lançados nos States em volume único, mas no Brasil, a Objetiva optou por dividir as histórias em dois volumes. Para faturar mais? Provavelmente.
Os dois volumes contem uma coleção de histórias inquietantes com a marca inigualável do mestre do terror. Logo nas primeiras páginas, o leitor é levado para um mundo onde reinam o grotesco e o extraordinário, um lugar de pesadelos sombrios. Todo esse clima dark foi transferido para as telas de TV em 2006, quando alguns executivos do canal TNT decidiram criar uma série de terror baseada em contos do livro. A série teve apenas oito episódios e no Brasil, foi exibida pelo Warner Channel a partir de 17 de julho de 2007 e também pelo SBT nas madrugadas de quarta para quinta, às 02H30m, no Tele-Seriados, substituindo “O Exterminador do Futuro – Crônicas de Sarah Connor”. E olha eu, aqui, novamente do contra: a série de TV foi malhada pela crítica e também pelo público, mas... eu gostei.
Com relação aos livros, também apreciei a maioria dos contos. No livro 1, destaco “O Cadillac de Dolan” onde um homem decide vingar o assassinato de sua esposa, enterrando o assassino e seus cupinchas vivos no deserto de Nevada. Querem saber onde o Cadillac entra nessa trama macabra? Melhor lerem o conto. Apesar de não ser uma história de terror, propriamente dita, a trama engendrada pelo personagem para revidar a morte da mulher arrepia. Este conto foi adaptado para o cinema em 2009 com o nome “Sede de Vingança” com Christian Slater. Além desse, o livro tem ainda outros contos de qualidade:
* O Piloto da Noite: Um jornalista investiga várias mortes brutais cometidas por um estranho serial killer. As vítimas são encontradas em aeroportos remotos com dois furos no pescoço e sem sangue. A suspeita é de que os assassinatos sejam cometidos por um piloto-vampiro que conduz um misterioso avião.
* Que Sofram as Criancinhas: Uma professora pensa que as crianças de sua classe podem se transformar em monstros. Acreditando nessas visões, ela consegue matar várias delas até ser trancafiada num sanatório. Dúvida cruel: será que tudo não passava de um delírio ou as crianças, de fato, podiam se transformar em monstros horrendos.
* Popsy: Para conseguir pagar uma dívida à um perigoso criminoso, um homem começa a seqüestrar crianças e entregá-las para um pedófilo. Ao avistar um menino perdido num shopping, o seqüestrador vê uma oportunidade de ouro, mas após seqüestrar o garoto, ele percebe o erro que cometeu. A criança não estava esperando ‘alguém’ no shopping, mas algo sobrenatural que iniciará uma perseguição implacável ao seqüestrador
* O Dedo Semovente: Certo dia. Howard vê um dedo humano saindo do ralo da pia. Assustado, ele foge. A partir daí, o misterioso dedo começa a aparecer para ele todos os dias e cada vez mais cumprido. Mas que mistério é esse? Como aquele dedo foi aparecer num ralo de pia?
* Par de Tênis: Um homem, John Tell, que trabalha num estúdio de gravação, toda vez que necessita ir ao banheiro, no 3º andar, um lugar isolado e calmo, percebe que a mesma pessoa , usando o mesmo tênis ocupa o mesmo box. O tênis era velho e sujo, cheio de moscas. Independente da hora que Tell ia ao banheiro, o par de tênis estava lá. De quem eram? Por que nunca se mexiam? Ele conseguirá descobrir de uma maneira terrível.
No tocante ao volume 2 de “Pesadelos e Paisagens Noturnas” os contos também são ótimos, entre eles:
* Estação Chuvosa: Achei o máximo a atmosfera de terror e suspense criada por n King nesse conto. Ela vai crescendo à medida em que você lê o conto. Um casal, Elise e John Graham decidem passear, por alguns dias, numa pequena cidade. Ao chegarem, são recebidos por um velho e por uma mulher que os alertam para dormirem fora da cidade durante aquela noite. O motivo seria uma chuva misteriosa que acontece no lugarejo a cada sete anos. Uma chuva não só misteriosa, mas também bizarra e macabra. Elise e John ignoram o conselho e decidem passar a noite na cidadezinha. Eles irão se arrepender amargamente.
* As Pessoas das Dez Horas
Imagine o mundo sendo invadido por uma raça de mutantes ou monstros, mas somente um grupo de pessoas é capaz de ver essas estranhas criaturas e por isso mesmo, enfrentá-las de maneira astuciosa sem que elas percebam. Esta é a premissa do conto. As tais ‘pessoas das dez horas’ formam o grupo que tem o poder de identificar os invasores.
* O Caso do Doutor
Nesta história não há monstros ou seres estranhos. “O caso do Doutor” nos mostra um King experimentando novos gêneros, neste caso, o policial. E se saindo muito bem. Os personagens principais da história são Sherlock Holmes e o seu inseparável parceiro, Watson. 
No conto é Watson quem resolve o crime e não a mente aguçada de Holmes. Achei diferente e muito interessante.
* A Casa da Rua Maple
Quatro irmãos que juntamente com a mãe são agredidos com freqüência pelo padrasto violento descobrem que a casa em que moram está se transformando lentamente numa ‘coisa’ metálica. 
Assim, eles decidem utilizar esse estranho fenômeno para planejar uma vingança terrível contra o homem.
Galera, tudo bem, pode ser que a maioria não tenha aprovado os dois livros, mas no meu caso, gostei muito.
Inté! 

28 julho 2017

Editora Scortecci comemora 35 anos em agosto com ampla programação

A editora paulista Scortecci estará comemorando 35 anos no dia 12 de agosto, sábado, com uma programação especial que começa as 15 horas e tem o seu término previsto para as 21 horas. O evento acontece no Espaço Scortecci localizado na rua Dep. Lacerda Franco, 96, Pinheiros, São Paulo.     Além de intensa programação com o lançamento da Antologia Scortecci 35 Anos contendo 102 autores, recital lítero-musical e lançamento de vinte novos títulos dos mais variados gêneros, a editora prestará homenagem à jornalista Adriana Pedrozo Neme, autora do livro Caminhos, primeira publicação da Scortecci, em outubro de 1982.
A programação completa será a seguinte:
- 15h00 às 17h00:  Lançamento da Antologia de Poesia, Contos e Crônicas Scortecci 35 Anos com a presença de vários auto res participantes.
- 17h00 às 19h00: Recital lítero-musical no Jardim Literário.
- 19h00: Solenidade de abertura oficial
•    Palavras do Diretor-Presidente João Scortecci.
•    Entrega de máquina fotográfica da Canon do Brasil e curso Canon College à ganhadora do sorteio do evento de lançamento do Guia do Ciclista Urbano de Alex Gomes.
•    Entrega de diplomas do Mérito Cultural Amigos do Livro.
•    Homenagem a Adriana Pedrozo Neme, autora da obra Caminhos, primeiro livro publicado pela Scortecci, em 1982.
- 18h às 20h30:  Lançamento coletivo de vinte novos títulos com a presença de seus autores.
- 21h00: Encerramento.
João Scortecci, Diretor Presidente do Grupo Editorial Scortecci
A Scortecci é uma editora laureada com mais de 8.700 títulos publicados em primeira edição. Já recebeu os prêmios: Jabuti, APCA, FBN, ABL e PEN Clube.
Possui gráfica própria com tecnologia digital Canon, acabamento de qualidade, sofisticado cont role de vendas, livraria, escola para escritores, espaço para lançamento, cursos e eventos culturais.
Em sua história conserva os mesmos objetivos e propósitos desde a sua fundação: publicar livros, organizar e apoiar concursos e prêmios literários, realizar recitais e eventos culturais, editar e coordenar antologias de novos talentos, desenvolver o mercado literário através de cursos, palestras e oficinas, trabalhar pela formação de bibliotecas e fomentar o hábito da leitura. 

Maiores informações sobre a programação de aniversário da Scortecci poderão ser obtidas através dos telefones: (11) 3032-1179 ou (11) 3032-8848 ou no e-mail: marketing@scortecci.com.br. com Janaína Alves.

25 julho 2017

Professor capixaba lança “Charuto Cubano”, seu 4º livro

Fico feliz quando surgem novos escritores brasileiros e procuro, na medida do possível, ajudá-los na divulgação de suas obras. Acredito que uma das funções dos blogs literários é apoiar essas iniciativas. Pena que grande parte dos nossos colegas blogueiros (as) se perdem no mundo das parcerias com as grandes editoras e acabam ficando mais preocupados em produzir conteúdos de lobby visando aumentar o seu ‘arsenal’ livros ganhos. Resultado:  fecham os olhos para os escritores iniciantes que dependem muito desses blogs para um primeiro empurrãozinho em suas carreiras.
Durante a semana recebi uma mensagem em minha caixa de e-mail de uma representante da editora Multifoco que está lançando o livro “Charuto Cubano” de Jaci Alvarenga através do selo Mil Palavras.
Segundo nota da editora, a obra está focada na crítica social e política, que teimam em permanecer fora da agenda dos governantes. “Charuto Cubano”, nasceu da idéia de descrever o quadro político atual do país através dos colóquios de um grupo social. O livro traz temas como corrupção, evergetismo, cultura, alcoolismo, violência doméstica e cinismo social em diálogos entre os personagens, com uma pitada de dramaturgia teatral sem ser uma obra destinada aos palcos.
A editora também explica que o lançamento reproduz a realidade do sujeito diante da vida. Os personagens discutem, dentro de um bar, tudo o que ouvem e lêem cada qual com seus pontos de vistas. Neste cenário, colocam em pauta suas alegrias, amarguras, sonhos, realidades e indignações. “Charuto Cubano é uma crítica político-social em linguagem metafórica contra o capitalismo, relatando fatos atuais com o objetivo de abrir debate e deixar um legado social para as próximas gerações”, diz a nota da editora distribuída aos blogs.
Por sua vez, o autor da obra faz questão de frisar que não é dramaturgo e pouco
Jaci Alvarenga
entende desta forma de arte. Simplesmente criou um argumento, imaginou as cenas e inseriu as palavras nas falas de cada personagem. “Em suma, esta obra não se destina à realização teatral”, diz ele.
Jaci Alvarenga Theodoro Filho é capixaba de Muqui, e sempre teve o sonho de escrever. Sua carreira no mundo das grandes empresas foi fundamental para colocar em prática as suas duas primeiras obras: Teoria J – uma abordagem ousada sobre empreendedorismo (2013) e Empreendedorismo: dilemas, fatos, fachadas e os mistérios da vida (2015).
Após este período, Jaci resolveu enveredar para o mundo literário buscando sua inspiração em temas sociais e políticos, principalmente da época da ditadura e de uma sociedade massacrada por crises econômicas. Assim, em 2016, nasceu Servos Modernos - revolucionários silenciosos, que serve como base para a sua mais nova obra: Charuto Cubano.
Engenheiro Eletricista com ênfase em Telecomunicações e mestrado no Uruguai, Jaci passou por várias corporações, mas se apaixonou pela carreira de professor. Ele leciona desde 2006 na Fai – Centro de Ensino Superior, Tecnologia e Educação, em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. O escritor é casado, tem três filhas e reside na cidade de Campinas. 
“Charuto Cubano” está sendo distribuído pela editora Multifoco. Os interessados poderão adquirir o seu volume nesse endereço.

Boa leitura!

22 julho 2017

O Historiador

Não gostei. Achei descritivo demais, enrolado demais e longo demais. Aqueles que discordarem até poderão dizer o seguinte: - As obras de Patrick Rothfuss e Tolkien também são descritivas... e muito!. – Tudo bem galera, eu concordo que elas também possuem essa característica, mas por outro lado os momentos de ação, o chamado ‘pega prá capá’, estão lá, entremeando-se com os instantes descritivos. Já o clássico Drácula de Bram Stoker, mesmo com raras cenas de ação, brinda os seus leitores com uma carga enorme de tensão, ansiedade e principalmente medo que é o ingrediente principal de uma obra de terror.
Já em “O Historiador” de Elizabeth Kostova, o exagero nas descrições de lugares, paisagens e situações somados a falta de ação ou tensão deixam a história muito enfadonha. Admito que foi difícil concluir a leitura das 541 páginas do livro. E agradeço a minha qualidade de leitor persistente que esporadicamente abandona uma história no meio, caso contrário...
O engraçado é que a proposta inicial de Kostova é ótima e assim, as pessoas que tem o hábito de lerem a sinopse oficial de uma obra, antes de encará-la, com certeza acabarão sendo fisgadas como eu fui. Mas após mergulhar na essência do enredo, essa proposta inicial acaba se diluindo por causa dos problemas que já citei no início do post.
Se “O Historiador” tivesse, pelo menos, ‘uns’ 30% de ação e tensão das páginas finais e ‘bem finais’, a história seria ótima; devorativa, como costumo dizer. A impressão que fica é que a autora resolveu concentrar todo o clímax da saga envolvendo Vlad ou Drácula – tanto faz – nas últimas páginas.
O livro narra a trama de uma jovem que, após explorar a biblioteca do pai, encontra um livro antigo e um maço de cartas amareladas. As cartas são todas endereçadas a “Meu caro e desventurado sucessor”.  Estas correspondências fazem alusão a um dos poderes mais maléficos que a humanidade jamais conheceu, e a uma busca secular pela origem desse mal e sua erradicação. Trata-se de uma caça sobre a verdade de Vlad, o Empalador, o governante medieval cujo bárbaro reinado gerou a lenda de Drácula.
Esta introdução chamativa da obra de Kostova pega o leitor – aficionado por relatos sobre vampiros –  no contra-pé, deixando a sua curiosidade borbulhando, à flor da pele. Na contra capa do livro, a autora já tasca: “Gerações de historiadores arriscaram reputação, sanidade, e até mesmo as próprias vidas para conhecer a verdade sobre Vlad e sobre Drácula. Agora, uma jovem precisa decidir continuar ou não essa busca – e seguir seu pai em uma caçada que quase o levou à ruína anos antes, quando ele era um enérgico estudante universitário e sua mãe ainda era viva”. Agora, para um pouquinho e me responda com toda sinceridade: Não é o tipo de introdução que fisga o sujeito como um peixe? Pois é, foi dessa forma que eu fui fisgado.
É claro que uma obra literária jamais pode ser considerada unanimidade. Por melhor que seja um livro sempre haverá um grupo de leitores destoantes que não irá gostar de alguns trechos ou da obra inteira. E por pior que seja um livro, também teremos leitores que irão aprová-lo, chegando muitas vezes a transformá-lo em Cult.
No meu caso, com relação ao “O Historiador”, friso que não gostei.
Indo!

19 julho 2017

Vem aí os novos mangás da editora Draco e com frete grátis!

Se você é fã de mangás, certamente irá gostar dessa novidade. Uma editora brasileiríssima - com desenhistas e autores também brasileiríssimos - que está fazendo bonito no concorrido mercado de histórias em quadrinhos de origem japonesa promete grandes novidades do gênero para esse ano. Estou me referindo a Draco. Quer uma prova de que a editora é fera nesta arte? Vamos lá: em 2016, ela faturou o ‘Troféu HQ Mix’ na categoria ‘especial mangá’ com a obra  “Quack – Patadas Voadoras” de Kaji Pato.
E agora, em 2017, a Draco anunciou mais novidades sobre sua linha de mangás originais. Dentre elas, o lançamento de duas novas séries: JaPow!, de Jun Sugiyama e Eduardo Capelo; e Divisão 5, de Rafa Santos e Wagner Elias. Ambas em pré-venda exclusiva e com frete grátis no site da própria editora.
JaPow! é um mangá é uma história da fantasia urbana ambientada no bairro da Liberdade, onde heróis e vilões convivem com comerciantes, turistas e comidas típicas. Já Divisão 5 mostra uma organização secreta fundada nas margens da História do Brasil e que resolve os mais acachapantes mistérios que surgem nas sombras da sociedade!

Outra novidade é que um segundo volume do mangá Zikas, de Raphael Fernandes e Alessio Esteves, será lançado com arte de Silveira JR. Retomando a série de fantasia dos orcs do rolezinho e levando os personagens para invadir um parque de uma região rica da cidade de San Paulo.

Também foram confirmados os quartos volumes de Quack, de Kaji Pato, e Tools Challenge, de Max Andrade. A dupla terá mesa no Artist’s Alley da CCXP e levará os novos mangás impressos para o evento.
Os envios dos mangás – com frete grátis – adquiridos através do site da Draco está previsto para o dia 10 de agosto. A boa notícia é que as obras já estão em pré-venda.
Os interessados em conhecer melhor o catálogo de quadrinhos e mangás da Editora Draco podem visitar o site e até mesmo ler HQs gratuitas no site Dracomics.com.

Grande pedida para os fãs de mangás.

16 julho 2017

O Bazar dos Sonhos Ruins

Logo na introdução do livro, Stephen King se apresenta como o dono de um bazar que vende histórias de terror bem peculiares como mercadorias. Porque peculiares? É que elas, às vezes, tem dentes e podem morder ferindo o leitor. E de que maneira um conto de terror pode ferir? Simples. Quando ele incomoda, impedindo o leitor de levantar da cama durante a noite para ir ao banheiro. O pavor, após ler algumas páginas, é tão grande que a ‘vítima’ chega a ter receio de colocar os pés no chão, temendo de ter alguém ou alguma coisa escondido debaixo da cama, pronto para dar o bote. Este é o tipo de história que tem dentes.
Mas em “O Bazar dos Sonhos Ruins”, faltam dentes para a maioria dos contos. Cara, não acredito que estou falando escrevendo isso, porque sou um fã extremado de King. Tenho quase todos os seus livros, além disso, um punhado de posts desse blog faz referencia ao autor, mesmo quando o assunto não tem nada à ver com Mr. King. É sério; eu o considero um mestre do gênero, mas ao escrever esse post prefiro optar pela sinceridade e deixar o meu ‘lado-fã’ um pouco esquecido.
Dos 20 contos que compõem o livro gostei da metade, mas dessa metade, eu dispenso três que não tem elementos de terror em suas tramas, pelo menos para mim. Portanto, apesar de bons, eles não mereciam fazer parte da coletânea. São eles: “Batman e Robin tem uma discussão”, “Herman Wouk ainda está vivo” e “Fogos de artifícios e bebedeiras”. Inclusive, me diverti muito com esse último. Dei boas risadas. A disputa entre duas famílias para saber quem é capaz de soltar os fogos de artifício mais poderosos durante os finais de ano é gostosamente hilária. Achei o máximo, mas... a história não tem dentes.
No outro extremo, encontra-se “Batman e Robin” tem uma discussão” que aborda o relacionamento de um filho com o seu pai que se encontra num asilo. No final, o velho que está com Alzheimer – vive trocando poucos momentos de lucidez com muitos momentos de esquecimento – acaba salvando a vida do filho de maneira inusitada. Emocionei-me muito com a história, mas... novamente faltam os dentes.
E finalmente, um outro conto  com muita qualidade, mas que não pode ser enquadrado no gênero terror é “Herman Wouk” ainda está vivo”. Nele, King relata a rotina de vida de um casal de poetas idosos que vive em harmonia e muito feliz, contrastando com duas amigas frustradas, com problemas na vida sentimental e também no trabalho. A vida dessas quatro pessoas se cruza de maneira trágica durante  uma viagem. Apesar da narrativa forte e tensa, principalmente no final do conto, faltou a palavrinha mágica chamada terror.
Eliminando esses três, sobraram sete contos muito bons que fazem jus ao gênero. Estes sim, com dentes. “Milha 81”, “Duna”, “Ur”, “Indisposta”, “Obituários”, “O Pequeno deus verde da agonia” e “Garotinho malvado”, de fato assustam, mas os dois últimos ‘arrebentam’ e lembram o King do  arrepiante “Tripulação de Esqueletos”, que eu considero o melhor livro de contos de terror  já escrito pelo autor.
O garotinho malvado do conto homônimo arrepia todos os cabelinhos do corpo. E olha, que eu disse todos os cabelinhos, até os mais secretos. O pestinha que usa um boné com uma hélice pode ser considerado a essência da própria maldade;  mas apesar do autor, durante toda a narrativa, não atribuir ao personagem características sobrenaturais, no final da história, o leitor fica na dúvida se ele é desse mundo ou não. Pelo menos, eu fiquei.
Outro conto que dá calafrios é “O pequeno deus verde da agonia”. Nele, nós temos a volta do velho King das histórias sobrenaturais – prefiro o King do sobrenatural ao o King do terror psicológico. Nesta história, uma enfermeira incrédula que cuida de um paciente que sofre dores atrozes por todo o corpo, após ter sofrido um grave acidente, muda as suas convicções depois de presenciar um estranho exorcismo praticado por um religioso que insiste em dizer que a dor é um demônio que está escondido no corpo do pobre homem. Caraca, esse conto me assustou e muito!
“Ur” – os fãs da série ‘A Torre Negra’ irão gostar -, “Milha 81”, “Duna”, “Indisposta” e “Obituários”, apesar de não assustarem tanto, também são bons. “Obituários” lembra muito aquelas histórias da antológica série de TV “Além da Imaginação”. Quanto a “Indisposta”, com a aproximação do final do conto, o queixo do leitor vai caindo aos poucos.
No tocante a “Premium Harmony”, “Uma morte”, “Igreja de ossos”, “Moralidade”, “Vida após a morte”, “Mister Delícia”,”Tommy”, “Aquele ônibus é do outro mundo”, “Trovão de Verão” e “Blockade Billy”, melhor esquecer. Este último, para aqueles que não gostam ou desconhecem completamente as regras do beisebol, decerto será um tormento.
Na minha opinião, acredito que será difícil surgir um livro de contos tão bom quanto “Tripulação de Esqueletos”. Este sim, tem dentes e também garras.

Inté!

11 julho 2017

Livros didáticos dos anos 70 que deixaram saudades das nossas antigas escolas

Tem dias que estamos voltados para o saudosismo. Acontece comigo, com você, enfim, com qualquer um. Pode ser saudades daquela festa de décadas atrás com os amigos que já se foram, saudades da boemia universitária, saudades das arruaças da infância, e por aí se vai.
No final da tarde de ontem, bateu forte uma nostalgia dos meus tempos de alunos do primário e secundário. Saudosos anos 70. Época das desajeitadas e pesadonas  carteiras de madeira e ferro onde os alunos sentavam-se em duplas ou sozinhos; das canetinhas Sylvapen – aquelas, brancas e decoradas com pequenas flores das cores da respectiva tinta -, da cola goma arábica, do mimeógrafo e saudades, principalmente, do material didático daqueles tempos. Putz, que Santa Nostalgia! Sinto não ter mais nenhum desses livros e cartilhas escolares do passado que contribuíram tanto para a minha formação.
No post de hoje, resolvi recordar vários materiais de leitura que foram responsáveis pelo meu aprendizado e consequentemente num grande devorador de livros. Acredito, também, que muitas  pessoas que estão lendo esse post se tornaram leitores ávidos graças as nossas saudosas obras didáticas dos anos 70.
E aí? Prontos para começarmos a retroceder no tempo? Então, vamos lá.
01 – Desenhocop
Este caderninho espiral de capa grossa surgiu no final dos anos 60 e imperou também no início de 1970. O tal do Desenhocop causou uma verdadeira revolução no ensino daquele período, provocando frisson em alunos e professores de educação Artística (nos anos 70, eles eram chamados de professores de Desenho). Como eu não tinha nenhuma aptidão para desenhar, confesso que devo à esse santo caderninho mágico, as minhas notas, pelo menos, razoáveis na matéria.
O Desenhocop tinha um conjunto de folhas finas de papel vegetal com desenhos que abrangiam grande variedade de temas escolares e também do nosso dia a dia. Cada série escolar tinha o seu Desenhocop específico, por isso, o conjunto de temas tinha uma grande variedade, entre os quais vultos da nossa história, religião, ciências, etc.
Como ele funcionava? Simples. Bastava o aluno passar o lápis no contorno do desenho para que ele fosse reproduzido no caderno ou no papel almaço. Depois era só reforçar as linhas copiadas e pronto! A cópia do desenho estava pronta para encarar a fase de pintura. O Desenhocp fazia todos nós, estudantes dos anos 60 e 70 nos sentirmos grandes “artistas”.
02 – Geografia Ativa Vol. 03 – Os Continentes
Depois de Português, as minhas matérias preferidas no primário e no ginasial eram Literatura, Geografia e História do Brasil. Ainda me lembro que em meados dos anos 70, tínhamos uma professora de Geografia muito severa. Tão severa quanto competente. Quando ela entrava na sala de aula, o mais bagunceiro dos alunos virava um santo. Ela não admitia conversas paralelas, jamais. E ai daquele que arriscasse quebrar as regras. Apesar desse ‘regime militar’, eu adorava as suas aulas. Uma teacher fantástica!
Daquela época me recordo de um livro didático de capa azul do 1º Grau – com o desenho de uma nave espacial passando pelo planeta Terra - da Zoraide Victorello Beltrame, publicado pela editora Ática em 1978. Cara, viajei muito com a ‘troupe’ daquele livro. Recordo, vagamente, que para ilustrar o enredo didático da obra e assim, facilitar o aprendizado dos alunos, a autora criou vários personagens (um grupo de crianças) que viajavam pelos continentes em uma nave espacial, enquanto explicavam as características de cada um desses continentes.
A autora escreveu ainda em 1982, outro livro para o 2º Grau com os mesmos personagens chamado Geografia Ativa – As Regiões Brasileiras, mas o que marcou época, pelo menos pra mim, foi o livro do 1º Grau.
03 – Cartilha Caminho Suave
Acho que eu tinha 10 ou 11 anos quando tive o privilégio de ter em mãos essa cartilha fantástica. Nos últimos 60 anos, “Caminho Suave” foi responsável pela alfabetização de aproximadamente 40 milhões de brasileiros.
Esta obra didática que se tornou um verdadeiro fenômeno editorial teve a sua primeira edição em 1948, sendo retirada de mercado pelo Ministério da Educação em 1995 em favor da alfabetização baseada no construtivismo. Apesar de não ser mais o método "oficial" de alfabetização dos brasileiros, a cartilha idealizada pela educadora Branca Alves de Lima ainda vende cerca de 10 mil exemplares por ano. Quer ter uma idéia do valor dessa cartilha, mesmo após ter saído de circulação? O exemplar lançado em 1974 – que infelizmente eu doei – está cotado no Mercado Livre à R$ 299,99, ou seja, R$ 300 pilas. Resumindo: nem sem compara com as cartilhas didáticas atuais.
Foi observando a dificuldade de seus alunos, a maioria oriundos da zona rural, que Branca Alves criou o método que ela própria denominou "alfabetização pela imagem". A letra "a" está inserida no corpo de uma abelha, a letra "b", na barriga de um bebê, o "f" fica instalado no corpo de uma faca, a letra "o", dentro de um ovo e assim por diante.
Especialistas em pedagogia afirmam que "Caminho Suave" e "Sodré" ( de Benedita Stahl Sodré, autora da Cartilha Sodré) são os únicos métodos realmente brasileiros de alfabetização em português. 
A marca registrada na capa de “Caminho Suave” sempre foi um menino e uma menina seguindo rumo à escola.
Que saudades da minha professora dona Conceição, do grupo escolar ‘Olavo Bilac’, do lanche quentinho com queijo que a minha mãe me levava durante o recreio.
“Caminho Suave” fez com que eu voltasse no tempo.
04 – Tabuada – Ensino prático para aprender aritmética
Ah!Ah!Ah! Lembrei-me da ‘Boquinha de Peixe’. Vichiii! Tomara que ela não esteja lendo esse post agora. A origem do apelido da minha professora do primário que me ensinou a tabuada surgiu por causa da sua boca pequena, parecida com a de um peixinho. Entonce, já viu né?
Matemática nunca foi o meu forte. Pra vocês terem uma idéia, já no secundário, nos dias que antecediam as provas, eu chegava a ter pesadelos com números e fórmulas.
Tudo bem que eu detestava a matéria, mas não poderia deixar de incluir nessa relação o famoso livrinho “Tabuada – Ensino prático para aprender aritmética”, responsável por iniciar nas ‘contas de vezes’ várias gerações de estudantes, inclusive a minha que viveu os anos 60 e principalmente os 70.
05 – Atlas Geográfico
Em 1978, a internet nem mesmo era um sonho. Ela só daria os seus primeiros passos no Brasil, 10 anos depois. Quanto ao ‘Santo Google’? Piorou. Nós, estudantes primários e secundários, tínhamos de recorrer às enciclopédias, cartilhas e atlas. E que saudades daquele tempo.
Nas aulas de geografia um de nossos amigos inseparáveis era o Sr. Atlas, grande parceiro de trabalhos escolares. E quantos!
Mesmo após quase 40 anos, ainda me lembro do Atlas Geográfico Escolar da editora Fename. Esta relíquia foi um presente de meus pais. Acho que ao comprarem O Trópico ou A Barsa, o vendedor deu como brinde esse Atlas. Cara, fiquei muito feliz. O ‘livrão de mapas’ acabou me ajudando muito nos trabalhos escolares.
06 -  Emília no País da Gramática
Apesar de não ser considerado um livro didático oficial, “Emilia no País da Gramática” fez parte da minha vida escolar durante o período primário. Minha professora da época, dona Cecília recomendou a leitura dessa obra e orientou os pais dos alunos a 
adquirirem o livro. Para aqueles alunos que não tinham condições financeiras para comprá-lo, a nossa professora dava um jeitinho e levava dois ou três livros – adquiridos por ela – para serem lidos em grupo por essas crianças. O livro que eu tinha era aquele de capa amarela com Pedrinho, Emilia, Narizinho e o Visconde de Sabugosa montados no rinoceronte Gramático. A obra foi publicada pela Editora Brasiliense. É provavelmente o livro mais original que já se escreveu sobre a Gramática, pois a língua é figurada como um país, o "País da Gramática", povoado por sílabas, pronomes, numerais, advérbios, verbos, substantivos, preposições, conjuções e interjeições.
Quindim, o rinoceronte, é quem leva o pessoal do Sítio do Picapau Amarelo para lá, e é ele quem tudo mostra e tudo explica.
Alguns críticos afirmam que o motivo para Lobato escrever este livro foi "vingança", por ter sido reprovado aos quatorze anos de idade na prova de de Português.
“Emília no País da Gramática” sempre trás grandes recordações.
07 – Português – Terceira Série Ginasial
Meu irmão mais velho, hoje advogado, tinha vários livros didáticos de Português guardados em seu armário particular. Imagine se na minha infância, eu não ia dar uma fuçadinha no local?
Mesmo sendo livros didáticos antigos, o seu conteúdo era muito bom, talvez, até melhor do que os da minha época. Por isso, sempre estava dando uma folheadinha básica para reforçar os meus conhecimentos da língua portuguesa. Um desses livros tinha um lusitano caolho que eu achava o maior barato. Conhecem Camões? (rs). A obra escrita por Aída Costa era um show. As tais folheadinhas básicas me ajudaram muito a eliminar alguns vícios de linguagem e consequentemente, passar de ano.
08 – Atlas de Educação Moral e Cívica
No início dos anos 1970, este Atlas era distribuído gratuitamente nas escolas para os alunos da 2ª a 4ª série do primário. A obra foi um verdadeiro presentaço para os alunos que cursaram o primário em 1972 e 1973. Publicado pela Editora Formar com 184 páginas, trazia detalhes sobre a vida dos principais personagens históricos do Brasil.
A obra tinha uma verdadeira miscelânea de vultos históricos importantes para o País até o ano de 1972, tais como Casemiro de Abreu. D.Pedro I, Floriano Peixoto e muitos outros.
O layout da capa dura era fantástico, quanto ao ‘recheio’ também não ficava para trás. Cada página – amarela – trazia a biografia de um personagem histórico juntamente com a sua foto.
Este Atlas fez história.
09 – Matemática – Escola Primária
Olha a Dona Matemática aparecendo novamente. Apesar de detestar a matéria, sempre tirando notas apenas razoáveis e passando espremido no final do ano, reconheço que ela é indispensável na grade escolar. A disciplina está presente não só nas escolas, mas também em qualquer concurso que você faça, do mais simples ao mais complexo.
No primário, a ‘dona matemática’ já começa a dar as cartas, tanto para  aqueles que gostam do ‘jogo’ como para aqueles que destestam, assim como eu.
Teve um livro do antigo ensino primário que fez muito sucesso no início dos anos 70. Trata-se de uma publicação da editora Tabajara que ensinou adição, subtração, multiplicação e outras fórmulas para os alunos que estavam dando os primeiros passos escolares. A obra se chamava “Matemática – Escola Primária” de Margarida Souza Sirângelo e Florisbela Machado Barbosa Faro. A capa tinha a ilustração de um professor mirim ao lado de um quadro negro ensinando a famosa matemática.
Por acaso, vocês se recordamdesse livro?
10 – Meu Pé de Laranja Lima
Este livro de José Mauro de Vasconcelos foi indicado por uma de minhas professoras
do primário. Foi também um dos primeiros que li e por isso, contribuiu demais para a minha formação de leitor.
A obra retrata a história de um menino de cinco anos chamado Zezé, que pertencia a uma família muito pobre e numerosa. Sua mãe trabalhava numa fábrica e o pai estava desempregado. A criança tem como companheiro de prosa um pé de laranja lima com que desabafa as suas magoas, angustias e esperanças.
Gostei tanto da obra que anos depois, acabei assistindo a novela exibida em 1980 pela TV Bandeirantes. Vale lembrar que 10 anos antes, a extinta TV Tupi já havia produzido uma tele-lágrima baseada no livro de José Vasconcelos. Merece fazer parte dessa lista.
Espero que tenham gostado do post e principalmente viajado no tempo com tantas recordações.

Galera, inté! 

07 julho 2017

Se Houver Amanhã


Como a maioria dos contos de “O Bazar dos Sonhos Ruins”, de Stephen King, não estavam prendendo a minha atenção, resolvi intercalar a leitura deses contos com um outro livro. Escolhi um de Sidney Sheldon: “Se Houver Amanhã”. Putz!!! Acredite: não o li; simplesmente o devorei. Conclui a leitura num piscar de olhos. Somente depois percebi que o meu propósito era fazer um rodízio entre King e Sheldon, mas no final acabei me desligando dos contos do mestre do terror. C-a-r-a-c-a! Ainda não acredito que eu disse uma heresia dessas, mas ocorre que as histórias do bazar de Mr.King, pelo menos a maioria, estavam decepcionantes.
Bem, mas o assunto desse post é o livro de Sheldon; por isso vamos à ele. Como disse, a história é fantástica, bem ao estilo do velho Sheldon. Quando digo ‘velho’ estou pedindo; pedindo não; estou implorando que vocês esquecem o novo Sheldon representado pela escritora Tilly Bagshaw dos sofríveis ‘A Senhora do Jogo” e “Anjo da Escuridão”. O curioso é que antes de Bagshaw ter concordado em substituir o autor, ela era uma escritora muito boa; boa, de fato.
A personagem principal de “Se Houver Amanhã” é Tracy Whitney: bonita, talentosa, com um futuro brilhante em sua profissão, prestes a se casar com o homem de seus sonhos, enfim, tudo o que uma mulher pode sonhar. Então, de repente o seu mundo desaba. Numa paulada só, a sua mãe morre,  ela se vê envolvida num crime que não cometeu, perde o emprego, o casamento e finalmente vai parar atrás das grades. O seu mundo desaba, literalmente. Só resta descobrir quem armou toda essa conspiração e se vingar de todas aquelas pessoas que destruíram a sua vida.
Se esse enredo caísse não mãos erradas, acabaria virando um verdadeiro dramalhão mexicano, mas para a alegria geral da nação acabou indo parar nas mãos da fera Sheldon que o transformou numa história de tirar o fôlego.
A escrita impecável de Sheldon juntamente com os seus prólogos viciantes tem o poder de fazer com que você viva e participe as angústias, dramas e vitórias da  da personagem. É como se o autor conseguisse jogar o leitor dentro da trama. Só mesmo lendo para entender.
Leitura recomendadíssima. Conseguiu recarregar a minha bateria para que eu possa concluir a leitura de “O Bazar dos Sonhos Ruins”.
Fui!




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