28 dezembro 2015

O Trono Vazio (Crônicas Saxônicas – Livro VIII)

A mulher é a bola da vez no oitavo volume de “Crônicas Saxônicas” de Bernard Cornwell. E pode esquecer esse lance de sexo frágil. Definitivamente não cola. Aethelflaed, Stiorra e Eadith são mais fortes do que você imagina, capazes de fazer o mais bruto dos homens se dobrar aos seus pés. Apaixonei-me por elas. Inteligentes, bonitas, perseverantes, sedutoras e corajosas. Ufaaa! É muita areia para a minha carroça!
Em “O Trono Vazio”, Uhtred cede parte de seu protagonismo para o trio de beldades que passa a dar as cartas na estória. Aethelflaed busca conquistar o trono de seu marido Ethelred – que está com o pé na cova - e assim, tornar-se a ‘Senhora da Mércia”. Stiorra, apesar de ainda ser uma criança, tem a mesma personalidade do pai. Isto fica evidente em suas atitudes ousadas e corajosas tomadas ao longo da história: uma dessas decisões, inclusive, me deixou boquiaberto. Se Stiorra fosse do sexo masculino, certamente eu diria: “Stiorra, você é o cara!”. E por fim, a estonteante Eadith. Caraca, como esse Uhtred só se relaciona com mulheres bonitas! Vai ter sorte assim lá na Conchinchina! Eadith é um vislumbre. Conwell a descreve como uma verdadeira deusa loira, daquelas de deixar louco de desejo o mais frívolo dos homens. Ela começa como aliada do Senhor da Mércia - o ‘mala’ e traiçoeiro Ethelred - mas depois passa a apoiar Uhtred de Uhtred, ajudando-o na busca pela lendária espada ‘Cuspe de Gelo’ que o feriu gravemente no duelo com Cnut no livro anterior. Reza a lenda que Uhtred só poderá se libertar do ferimento que o está levando á morte, se conseguir encontrar essa espada encantada e reverter o feitiço.
O relacionamento - ora amoroso, ora conflituoso - com essas três personagens femininas é o que dá o tom ao enredo, deixando-o tão atrativo ao ponto de não sentirmos falta das memoráveis batalhas presentes nos últimos volumes.
Aethelflaed juntamente com Uhtred – que também é o seu amante – planejam dar um golpe no Witan (grupo de conselheiros do reino da Mércia) para que ela passe a assumir todas as responsabilidades do reino, assumindo o lugar de seu marido após a sua morte. A princesa usa toda sua perspicácia para conseguir esse objetivo considerado praticamente impossível, já que em toda a história da Mércia, nenhuma mulher assumiu o trono. Então, quando você julga que está tudo perdido, lá vem o ‘jogador de xadrez’ Uhtred e aplica um ‘golpaço’, mas daqueles de deixar o leitor com um Óoooooo!! Na boca. Golpaço, diga-se de passagem, dado com a ajuda de Aethelflaed que consegue, assim, o trono da Mércia”.
Cara, Aethelflaed é fodástica. Não tem como não se apaixonar por essa mulher. Enquanto seu marido Ethelred é um covardão de ‘mão cheia’, ela é uma guerreira nata; uma combatente de fazer inveja para muitos brutamontes com escudo e machado nas mãos. Como não bastasse, ela ainda é inteligente e perspicaz. Cornwell faz questão de destacar todos esses atributos da moça em “O Trono Vazio. É ela que salva Uhtred, em cima da hora, da humilhação de ter de se entregar – juntamente com as suas tropas – para um asqueroso inimigo à mando de Ethelred. Cara, ela sozinha, somente com a sua espada e a sua formosa égua branca Gast,  esculhamba o sujeito e seus homens, mandando ele seguir as suas ordens e não as de Ethelred. Uhauuuu! Como vibrei nessa hora.
Stiorra, por sua vez, segue os passos do pai ao vingar um inimigo que tentou abusá-la. Quando Uhtred lhe diz que matar um homem é mais difícil do que ela imagina e que apesar do cara merecer morrer, ele deveria ter um fim rápido; a garota lhe pergunta despreocupadamente: “Por quê? Ele pensou em desfrutar de mim. Isso seria rápido?”. Stiorra, então, mostra um de seus seios para o cara e pergunta se era aquilo que ele queria olhar e tocar; depois, ela simplesmente o estripa.
Também é a filha de Uhtred que salva o pai de uma enrascada ao tentar libertar a filha de Aethelflaed. A garota está presa no castelo do pai para se casar à força com o ambicioso chefe da guarda de Ethelred que cobiça o trono da Mércia. Quando o plano de Uhtred está fadado ao fracasso, lá vem Stiorra com uma estratégia brilhante e inesperada, livrando o seu pai do fiasco.
Quanto a Eadith, fico imaginando em meus sonhos essa beldade. PQP, Uhtred! Assim não vale! A mulher é muito bonita. De acordo com Cornwell, ela estonteia qualquer pobre mortal do sexo masculino, colocando no chinelo outras teúdas e manteúdas que apareceram ao longo da saga como: Brida, Iseult, Skade, Erce e outras, excetuando Gisela, mulher de Uhtred que morreu em “Terra em Chamas” e da qual sou fã inconteste.
É Eadith que livra o guerreiro pagão de seu pior destino. E este pior significava a ‘morte’, já que o ferimento provocado por “Cuspe de Gelo” estava levando, aos poucos, o nosso guerreiro para a cova. Eadith decide ajudar Uhtred a encontrar a lendária espada que pertenceu a Cnut e que sumiu após o duelo de vida ou morte entre os dois em “O Guerreiro Pagão”, 7º volume da saga Crônicas Saxônicas.
A aventura de Uhtred, seus guerreiros e Eadith que saem pelo mar afora, navegando por terras desconhecidas, em busca de ‘Cuspe de Gelo” deixa o leitor com o coração na mão, já que as dificuldades encontradas ao longo do caminho são muitas, deixando no ar a pergunta: “Será que essa espada desapareceu para sempre?”
Após ter lido “O Trono Vazio” posso afirmar com convicção que a reputação de Uhtred só manteve-se viva por causa dessas três mulheres. Portanto, não há como negar que Aethelflaed, Stiorra e Eadith foram os principais destaques dessa 8ª parte de “Crônicas Saxônicas”.
Neste volume da saga, o autor narra a história de uma Mércia dividida. E sua maior ameaça não tem origem nos selvagens guerreiros irlandeses nem nos nórdico pagãos, mas sim em uma disputa interna. Ethelred, o senhor da Mércia, está definhando, prestes a morrer, e não deixa nenhum herdeiro legítimo.
Ainda que a senhora Athelflaed, sua esposa e inimiga, seja uma combatente formidável e uma grande líder, a Mércia jamais foi comandada por uma mulher. Além disso, ela não conta com seu guerreiro mais poderoso, o infame Uhtred, gravemente ferido em seu último combate com Cnut. Para ajudar sua senhora, ele precisa antes se recuperar, e para isso deve ir atrás da espada que o perfurou, desviando ainda mais das questões políticas.
Enquanto rola a luta pelo trono da Mércia em disputadas internas, seus inimigos pagãos se aproveitam desse ‘relaxo’ para organizar uma nova tentativa de conquistar os reinos saxões. Com isso, o futuro se torna incerto e o sonho de unificação dos reinos de Wessex, Mércia e Nortumbria, dando origem a Inglaterra, se torna cada vez mais distante.
Sinceridade? Apesar da leitura dos oito livros, ainda não me cansei da saga. Pelo contrário, não vejo a hora do lançamento do 9º intitulado “Warriors of the Storm”.

E que venha logo!

25 dezembro 2015

Editora Poetisa lança “Alice Através do Espelho – e o que ela encontrou lá” com tradução e design inéditos

Cara, meu queixo caiu. E caiu de tal maneira que acabou colando no chão. Há poucos dias, recebi da Editora Poetisa o livro “E O Que Ela Encontrou Lá”, a sequência de “Alice no País das Maravilhas”, clássico escrito por Lewis Carrol.
Não há como não se apaixonar pelo visual da obra. A designer Marcela Fehrenbach, criadora de “O Coelho de Veludo”, também da Poetisa, deu um show de diagramação e criou um projeto ousado, interativo e em total harmonia com o texto de Carroll.  A obra pode ser considerada um verdadeiro objeto de decoração: perfeito para colecionadores, agradando tanto adultos  como crianças.
A Poetisa investiu pesado em “Alice no Espelho – E o Que Ela Encontrou Lá”. O livro de 140 páginas foi impresso em papel couchê-brilho, considerado um dos melhores papéis – para não dizer o melhor – para trabalhos de impressão atualmente. Possui brilho acetinado em ambas as faces e revestimento com alta lisura.
Fehrenbach optou pela capa dura, deixando de lado o formato brochura: outra escolha acertada, pois de nada adiantaria ter uma impressão de alto nível num papel de última geração, mas com uma capa no formato brochura. A capa dura toda vermelha e com um retângulo na posição vertical – com letras invertidas - representando um espelho é fantástica.
Ao folhear cada página, temos a sensação de estarmos no interior de um espelho, tal como a personagem Alice. A designer da Poetisa brinca com as frases e parágrafos, conferindo-lhe as mais variadas formas. Frases escritas em ondas, sombreadas, invertidas, com tipos diferentes de letras. Ufaaa! São muitas formas diferentes, aumentando a curiosidade do leitor em saber qual será a surpresa a cada página virada.
Mas não é apenas o designer de “Alice Através do Espelho – e o que ela encontrou lá” que atrai; a tradução do texto de Carroll também recebeu uma atenção especial. Realizada por uma das editoras da Poetisa, Cynthia Beatrice Costa, a tradução integral do texto do autor ingles – incluindo todos os poemas, entre os quais o famoso “Jabberwocky” – foi baseada nos estudos aos quais se dedica: seu mestrado abordou, justamente, traduções de Carroll no Brasil. Com toques abrasileirados e ênfase no bom humor carrolliano, a tradução prioriza as rimas, a melodia e o ritmo do texto.
Li a obra de Carroll publicada pela Poetisa em apenas um dia e confesso que foi um verdadeiro mergulho do outro lado do espelho. Uma viagem ou uma leitura mágica, tanto faz.
Já havia lido e assistido “Alice no País das Maravilhas”, mas confesso que desconhecia a existência de uma continuação da história. Lewis Carroll (1832-1898) escreveu a continuação desta história seis anos após finalizar o livro que deu origem à célebre personagem. Movida pela curiosidade e enquanto suas gatinhas brincavam na sala, Alice observava o espelho e se perguntava o que encontraria do outro lado: uma sala igual à que ela estava sentada, mas totalmente ao contrário, onde os livros são escritos de trás pra frente e não se enxerga o que existe além do corredor? Será tudo como na casa de Alice ou completamente diferente?
Impulsionada pela aventura, a menina atravessa a camada de vidro e se depara com um mundo novo, onde as peças do tabuleiro de xadrez falam e agem como pessoas reais.
Alice parte numa viagem por esse mundo de fantasia acompanhada dos gêmeos gorduchos fugidos de uma canção infantil, um ovo que prefere presentes de "desaniversário", flores falantes, um cavaleiro de triste figura, rainhas brancas e pretas, todos vivendo ao contrário. E assim, lá vai Alice em mais uma aventura.
A edição luxuosa da história lançada pela Poetisa é para ser lida e guardada. Um livro com tradução e design inéditos para comemorar os 150 anos de criação da emblemática personagem Alice, de Lewis Carroll.
Ah! Antes que me esqueça. A Poetisa lançou uma tiragem inicial com apenas 1.000 exemplares, por isso, compre logo o seu.
Confira aqui, o link da loja virtual da Poetisa onde você poderá encontrar o livro.

Inté!

24 dezembro 2015

Obrigado por tudo galera! Um feliz Natal do Livros e Opinião

Gostaria, antes de tudo, de agradecer à todos vocês que apoiaram o meu trabalho nestas quase quatro décadas de "livros e Opinião". Agradecer aos amigos da minha página pessoal do Facebook que aceitaram o meu convite para seguirem a fan page do blog, logo quando estava no início. Agradecer também à todos que passaram por aqui e disseram: - “Vou seguir essa página!” Pois é, é graças a essa galera do bem que o blog está vivo, muito vivo.
Sinceridade pessoal? Ok. Quando enfrentei noites traiçoeiras, cheguei a pensar em abandonar o blog, mas cada vez que ia tomar a decisão definitiva, recebia um seguidor a mais ou então uma mensagem especial e resolvia ‘tocar em frente’ Pois é, são coisas de Deus e que só ele na sua infinita sabedoria pode explicar. Não encaro como coincidências. Não; pelo contrário. Acho que tudo na vida tem um significado. Não acham?
Uma barra enorme que enfrentei em 2015 foi a perda de meu pai: o Kid Tourão. Cara, como eu gostava daquele velho! Gostava tanto que até o inclui em diversos posts. E não é que o velhinho agradou?! Suas peripécias contribuíram para que o blog ficasse ainda mais conhecido. E quando o inimitável ‘Tourinho’ partiu para a sua viagem definitiva, tenho certeza, que muitos de vocês também choraram comigo.
Amigos internautas, valeu pelo apoio à distância nessa hora. Apesar de não conhecer a maioria da galera pessoalmente, considero-os amigos do peito, amigos de fé, pois acredito que vocês também ficaram tristes com a partida do Kid Tourão. Isto ficou evidente nas manifestações de apoio que recebi.
Quero ainda mandar thanks e thanks para a Lulu. Luluuuuuuu I Love you!!!!!!!!!!! Você também tem uma grande parcela de responsabilidade no sucesso do blog e da Fan Page. Obrigado pelo incentivo para continuar e também na luta pela divulgação da página.
Vocês, seguidores e visitantes do "Livros e Opinião" são verdadeiros anjos em terra, pois me dão a força necessária para continuar nessa luta diária. Não é mole trabalhar até de madruga, queimando os neurônios na elaboração de duas ou três reportagens cobradas á exaustão pelo ‘carrasco’ do meu editor (eheheh, brincadeirinha) e logo na sequência preparar algumas postagens para o blog. Mas, no final, o cansaço some e o ânimo fica revigorado porque sei que estou escrevendo para um grande numero de internautas que acessam o blog
Aprendi, também, muito com as críticas construtivas. Portanto, obrigado, á você que me alertou com relação a alguns erros cometidos em posts, por causa da distração ou do cansaço das madrugadas.
Após todo esse blá, blá, blá já posso dizer: Feliz Natal à todos e conto com vocês nesse restinho de 2015 e também no ano que vem.

Brigaduuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!

20 dezembro 2015

O Guerreiro Pagão (Crônicas Saxônicas – Livro VII)

Em “O Guerreiro Pagão”, Uhtred está cada vez mais parecido com um jogador de xadrez. O cara prova para todos nós que é um baita estrategista, muito, mas muuuuito inteligente e perspicaz. O golpe de mestre que é revelado, mais ou menos, no meio da história é um verdadeiro olé nos vikings dinamarqueses comandados por Cnut - o lendário espadachim das Terras do Norte, dono da temida e mortal espada ‘cuspe de gelo’ – que dessa vez, planejam invadir a Mércia.
Com isso, os seguidores de “Crônicas Saxônicas” sacam que Uhtred não é só músculos e brutalidade , mas também neurônios – e da melhor qualidade – sempre em funcionamento.
Neste 7º volume de “Crônicas Saxônicas”, o lendário guerreiro saxão enfrenta, com certeza, o seu pior inimigo, pelo menos até aqui, superando de longe Ubba, Harald Cabelo de Sangue, Ivar ( O ‘Sem Ossos’), Sigfried, Svein do Cavalo Branco, Kjartan, entre outros. Cnut é tão esperto quanto o “Senhor da Guerra”, mais do que isso: é extremamente letal numa luta de espadas.
O leitor passa o livro inteiro imaginando como será o duelo entre as duas famosas espadas: bafo de serpente x cuspe de gelo. Afinal de contas qual delas vencerá? A cada página, a cada capitulo, o autor Bernard Cornwell vai aumentando essa expectativa até atingir o climax. Juro que temi por Uhtred, já que o infame guerreiro está velho e a sua agilidade não é mais a mesma do passado quando derrotou inimigos poderosos. Enquanto isso, Cnut está no ápice de sua forma como guerreiro. Isso só faz crescer a ansiedade pelo duelo final.
Cara, se o enredo não fosse tão bom de um modo geral, com certeza, eu teria pulado páginas e mais páginas para conferir a embate final entre as duas feras que acontece no capítulo intitulado “Cuspe de Gelo”. Caraca! Que ‘péga pra capá’ (como costumava dizer o saudoso Kid Tourão). Cornwell descreve todas as nuances de uma luta de espadas entre dois grandes guerreiros. Cada golpe, cada defesa, cada ferimento é narrado com maestria.
Mas falando escrevendo dessa maneira, a impressão que fica é que o livro se resume a essa luta. Nada á ver. Ela é apenas um dos temperos do enredo. “O Guerreiro Pagão” tem muitos outros trunfos: intrigas, traições, romance e claro, paredes de escudos.
O autor ainda introduz um novo personagem nesse volume das ‘Crônicas’: o filho caçula de Uhtred que se torna um guerreiro como pai. O Uhtred ‘filho’ é tão ‘empolgante’ quanto o seu ‘velho’. Não foge de uma escaramuça, por pior que seja, e gosta de tirar ‘onda’ na cara de seus inimigos enquanto os enfrenta em duelos de espada. – Você é gordo como um bispo; igual a um porco engordado para o Yule. É um pedaço de merda inchado. – O caçula de Uhtred disse tudo isso, rindo debochadamente, em seu primeiro duelo de espadas, enquanto enfrentava  Sigurd, um experiente guerreiro e comandante viking. Agora, responde: Não é a cara do pai?
A descrição da Batalha de Teotanheale, entre saxões e dinamarqueses, é outro presente magnífico com que Cornwell nos brinda. “Tripas e sangue, espirais brilhantes fedendo bosta, derramando-se da barriga de um homem para serem pisoteados na lama, homens gritando e escudos rachando, e só estávamos lutando havia alguns instantes. Não sabia quais se meus homens estavam morrendo, ou se o inimigo havia rompido nossa parede de escudos”... “Eu tinha uma leve consciência dos sons de batalha atrás de mim, o trovão de escudos encontrando escudos, o choque de lâminas, mas não ousava me virar porque um inimigo estava girando seu machado de cabo comprido para baixá-lo sobre minha cabeça, de modo que Uhtred passou por cima do homem morto à minha frente e acertou o sujeito com o machado em baixo do queixo”.
A descrição envolvente de Cornwell tem o poder de colocar o leitor no centro da batalha. Realmente, fantástico.
A narrativa de “O Guerreiro pagão” começa com Uhtred indo a uma igreja para deserdar o seu filho, mais velho, Uhtred (que passa a ser chamado de Judas) por este ter se tornado padre, a maior afronta que ele poderia fazer para o seu pai. Na confusão, um abade se coloca entre a ira do pai e seu filho e acaba sendo morto, por acidente. Uhtred, sem querer, fere mortalmente o religioso e acaba conquistando o ódio dos cristãos que queimam a sua propriedade e o expulsam da Mércia, juntamente com alguns poucos guerreiros que decidem segui-lo.
Dessa maneira, Uhtred, um dos últimos senhores pagãos entre os saxões, se vê hostilizado como nunca pela Igreja, cujo poder aumenta. Desprovido de suas terras, da maioria de seus guerreiros e de quase todos os seus aliados, ele se apega às antigas crenças, à habilidade na guerra e ao poder de seu nome para sobreviver em um mundo que voltou a se tornar agressivo de um dia para outro.
Sua única esperança é concretizar um plano ousado e arriscado: recuperar, contando com apenas alguns homens, Bebbanburg, a fortaleza onde cresceu, legado deixado por seu pai e usurpado por seu tio muitos anos antes; mas como ele próprio costuma dizer: “O destino é inexorável”  e, assim, acaba criando uma situação que o coloca, novamente, no meio de um novo conflito entre saxões e dinamarqueses pela conquista do território inglês. É chance da volta por cima de Uhtred, e que volta!
Novamente, valeu a leitura.

Inté

17 dezembro 2015

Adaptação cinematográfica do livro “A 5ª Onda” estréia nos cinemas brasileiros em 21 de janeiro de 2016

Lançado em 2013 pela editora Fundamento, o livro “A 5ª Onda” se tornou uma verdadeira febre no Brasil, conquistando um número avassalador de leitores teens. Não li a obra de Rick Yancey, portanto, não posso dizer se é boa ou ruim, mas a maioria das críticas  publicadas nas redes sociais derramaram elogios ao enredo que conta a história de uma invasão alienígena ao planeta terra.
O que mais atraiu a atenção dos críticos e também dos leitores foi a forma inteligente como o autor concebeu essa invasão, fugindo dos tradicionais clichês de guerras entre naves interestelares ou então de vírus que chegam do espaço para dizimar a população transformando-a em zumbis ou vampiros. Nada disso.
No romance de Yancey, o ataque dos seres extraterrestres chega de maneira seqüencial, dividida em partes ou se preferirem, em ondas de ataques.
Na primeira onda, um pulso eletromagnético retira a eletricidade do planeta. Na segunda onda, um tsunami gigantesco mata 40% da população. Na terceira, os pássaros passam a transmitir um vírus que mata 97% das pessoas que resistiram aos ataques anteriores. Na quarta, os próprios alienígenas se infiltram entre os humanos restantes, espalhando a dúvida entre todos.
Com a proximidade cada vez maior da quinta onda, que promete exterminar de vez a raça humana, uma adolescente precisa proteger seu irmão mais novo e descobrir em quem pode confiar num planeta perto da devastação.
Cá, entre nós, achei bem interessante essa premissa do autor  e confesso que fiquei ‘tentado’ em adquirir o livro.
Bem, o enredo de Yancey deve ter atraído a atenção de algum produtor de Hollywood que decidiu comprar os direitos para a adaptação da obra. Com isso, “A 5ª Onda” conseguiu migrar das páginas para as telas. O filme estréia nos cinemas brasileiros no dia 21 de janeiro de 2016.
A trama que será fiel ao livro, segue a adolescente Cassie Sullivan – que será vivida pela atriz Chloe Moretz -, uma adolescente de 16 anos que sobrevive a invasão alienígena e acaba em busca do seu irmão, que pode ter sido abduzido por extraterrestres humanóides. A heroína acaba recebendo ajuda de um garoto que pode ser um alienígena disfarçado.
Liev Schreiber, Maika Monroe, Nick Robinson e Maria Bello completam o elenco. A direção é de J. Blakeson. 
Antes de ‘fechar’ o post, gostaria de lembrar que “A 5ª Onda” faz parte de uma trilogia. O segundo livro foi lançado recentemente, também pela editora Fundamento, no Brasil e se chama “O Mar Infinito”. Quanto ao terceiro volume, ainda não há nenhuma previsão de lançamento em terras tupiniquins.
Ah! Tem mais uma! Aproveitando o clima de estréia no cinema, a Fundamento lançou o livro com a capa e sobrecapa contendo os posteres do filme (ver aqui).
Fui!


16 dezembro 2015

Uma Aventura Perigosa

Um grande número de escritores brasileiros - muitos deles talentosos e capazes de colocar no bolso qualquer figurão american metido a besta com as suas distopias – quase sempre vivem uma saga pior do que a de Frodo, Sam e Cia em busca do anel encantado. Cara, é muito murro em ponta de faca, rasteiras, desilusões, chateações e etc e mais etc. Mas de todas as desilusões nada se compara ao ver recusado o manuscrito de seu primeiro romance, mesmo sabendo que a história acabou se tornando viral nas redes sociais ou então muito elogiada pela maioria dos leitores virtuais.
Devido ao pouco caso das grandes editoras, só resta algo a ser feito por esses autores: aderir aos ebooks. Cara, o que tem de gente boa publicando os seus romances com o apoio de editoras de ebooks independentes, é algo incomensurável.
E diga-se que o Brasil se transformou, nos últimos anos, num celeiro de escritores talentosos que estão à espera de uma oportunidade para se transformarem em verdadeiras feras consagradas da literatura tupiniquim.
George dos Santos Pacheco é um deles. Apesar de, recentemente, já ter conseguido publicar um livro físico, acredito que a pouca divulgação em torno de seu nome ou de sua obra, ainda não fez com que se tornasse conhecido em todo o Brasil; mas o cara é fera.
Quando vi em meu correio eletrônico uma mensagem perguntando se eu não tinha interesse em analisar o ebook de “Uma Aventura Perigosa”, segundo livro do autor; juro que fiquei na dúvida. Ocorre que todos que acompanham o ‘ Livros e Opinião’ já sabem da minha incompatibilidade com os ebooks. Não gosto de ler histórias nos Kindle’s da vida, para mim, ler é sentir a textura do papel nas mãos. Podem me chamar do que for: atrasado, ignorante ou brucutu, eu não ligo; mas se eu quiser embarcar  numa viagem literária tenho que estar na companhia do bom e velho livro de papel.
- PQP! Encarar um ebook agora vai ser barra. Não tô com saco pra isso! – disse ao receber o e-mail com a proposta do autor. Apesar da má vontade, decidi começar a ler. E gostei. “Uma Aventura Perigosa” é muito bom e reforça a tese de que o nosso País tem verdadeiras jóias lapidadas no campo literário aguardando serem descobertas pelas grandes editoras.
George apresenta a história de Max de Castro, um funcionário público que enfrenta os dilemas mais comuns da sociedade: a insatisfação com o trabalho e problemas em seu casamento. Após ter um surto, resultado do estresse, em pleno expediente, ele é aconselhado por um psicanalista, durante um programa de entrevistas, a escrever uma carta na qual ele deveria confessar os seus maiores segredos. No entanto, ela deveria ser escondida e destruída em 24 horas. Max que tem uma vida sexual bem ativa e sue generis decide, então, despejar no papel tudo o que aprontou, apronta e quem sabe aprontará no âmbito sexual em sua vida. Entonce... as coisas não saem exatamente como Max esperava. Para seu desespero, a carta desaparece, antes que ele possa concluir a sua “missão”.
O ‘garanhão Don Juan” fica completamente desesperado pela possibilidade de seus maiores segredos serem descobertos, ou por sua esposa, ou por sua cunhada, a jovem Sophia, por quem se sente fortemente atraído. Uma série de coincidências atinge a vida de Max e ele descobre que nem tudo que ele sabe é verdade, e que todos tem segredos que precisam ficar escondidos a sete chaves.
Ao longo da trama, Max se envolve com vários tipos de mulheres, sendo que ao fim de cada relacionamento, sempre acaba sobrando algumas farpas para o personagem orgulhoso e machista.
O autor utiliza uma linguagem ousada para mostrar a vida de Max, o que poderá incomodar alguns leitores mais conservadores. Mas se você leu “50 Tons de Cinzas” e sobreviveu, fique em paz porque, nesse caso, o enredo de “Uma Aventura Perigosa” não irá lhe chocar.
A versão impressa do romance foi publicado pela editora Buriti. O livro tem 166 páginas e uma capa muito legal que lembra o clima daqueles filmes policiais noir dos anos 60 e 70.

George dos Santos Pacheco, 34 anos, nasceu em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro,  e é um dos autores da Coletânea “Assassinos S/A Vol. II”, e do romance “O fantasma do Mare Dei”, ambos pela Editora Multifoco. Publicou também o conto "Nem só de pão vive o homem" na edição do 3º trimestre de 2011 da Revista Marítima Brasileira. 
Valeu galera!

13 dezembro 2015

Box com os dois volumes de “As Mil e Uma Noites” retorna às livrarias após ter ficado esgotado durante anos

Novo box lançado pela Nova Fronteira
Em junho desse ano, escrevi um post chamado “Livros nascem, crescem e morrem por isso, se tiver que comprá-los aproveite enquantoestão vivos”. O assunto de hoje tem tudo a ver com esse tema. Ainda me lembro que no dia em que comprei o box contendo os dois volumes de “As Mil e Uma Noites”, publicado pela Ediouro há quase 15 anos, as livrarias estavam abarrotadas com a maravilhosa obra elaborada pelo orientalista Antoine Galland que ficou famoso por fazer a tradução para o francês dos famosos contos árabes e orientais em 1704. Esta publicação da Ediouro contava ainda com a introdução de Malba Tahan, o que não deixava de ser um ponto a mais para a obra.
Parecia que o famoso box alaranjado nunca se esgotaria. Passaram-se cinco anos de seu lançamento e ele continuava marcando presença nas livrarias físicas e virtuais de todo o País, até que de repente pimba!! Sumiu! Recordo que em 2009, poucas lojas ofereciam o box. No ano seguinte, só os sebos e em 2011, a ‘coisa pegou’, porque nem livraria, nem sebo, nem Mercado Livre e muito menos livreiros particulares. Cara, você podia publicar um anuncio pago no Facebook, expressando o seu desespero em adquirir a obra, que mesmo assim, “As Mil e Uma Noites” não dariam sinal de vida.
Mas entonce... dia desses quase cai da cadeira ao ver o box das fantásticas histórias narradas por Sherazade voltar com carga máxima às livrarias. – Não é possível! – exclamei. O meu susto foi enorme porque o famoso box contendo os dois livros estava praticamente morto e enterrado. Na minha concepção, dificilmente outra editora lançaria uma nova edição do luxuoso box publicado em 2002.
Mas aí, em 2015, sem nenhum estardalhaço ou campanha promocional, a Nova Fronteira surpreendeu todos nós leitores, ao colocar no mercado literário uma nova versão tão ou até mais fodástica do que a antológica caixa alaranjada da Ediouro.
Posso dizer que esse relançamento é ainda melhor porque os dois volumes do box da Nova Fronteira tem capas duras, ao contrário do lançado em 2002 pela Ediouro que tinha o formato de brochura.
São 1.120 páginas da mais pura magia. As histórias são narradas em cadeia por Sharazade, esposa do sultão Shariar que ficou louco ao ser traído pela sua primeira mulher que sempre dormia com um escravo toda vez que o sultão viajava. Um dia, Shariar descobriu a traição e matou a sua esposa e o escravo, passando a se convencer que nenhuma mulher era digna de confiança e por isso, mereciam ser punidas. A partir daí ele desposa uma noiva diferente todas as noites, mandando matá-la logo pela manhã. Vendo o medo e o sofrimento das mulheres do reino, Sharazade, a filha do
vizir (uma espécie de conselheiro do sultão) se oferece para se casar com Shariar, mesmo contra a vontade de seu pai que passa a temer pela vida da filha. Sharazade, então, combina com a sua irmã que ela lhe peça, na presença do sultão, que lhe conte uma história. E assim é feito. A história contada por Sharazade e interrompida ao amanhecer, prende a atenção do marido que implora para que a sua esposa revele o final antes de ser enviada para a morte; mas a moça, muito esperta, avisa que só continuará quando a noite chegar. E assim, ela vai adiando a sua morte contando, a cada noite, uma história diferente, mas sempre é interrompendo-a pela manhã.

Os dois volumes do box seguem essa premissa com a personagem interrompendo o conto quando ele está perto de atingir o “clímax”, deixando o leitor impaciente e ao mesmo tempo curioso para saber o que aconteceu com o herói ou vilão do conto.
“As Mil e Uma Noites” é uma obra-prima da literatura oriental e ganhou destaque também no Ocidente a partir da versão de Galland, no qual esta edição da Nova Fronteira – e também da Ediouro -  é baseada. Galland selecionou as lendas mais curiosas e de enredo mais palpitante, traduzindo-as para o francês. O livro alcançou êxito extraordinário, sendo a partir daí traduzido para vários idiomas. 
Com apresentação de Malba Tahan, admirador da cultura árabe e um de seus principais divulgadores no Brasil, esta edição reúne as histórias exóticas e maravilhosas que vem povoando o imaginário de muitas gerações de leitores
Volumes que compunham o antigo box da Ediouro lançado em 2002
O volume I tem a lombada vermelha e a capa com detalhes em branco, azul, vermelho e dourado. Já o volume II tem a lombada roxa e a capa em verde, branco, roxo e dourado. O box que acondiciona os dois volumes segue os mesmos padrões.
E agora o melhor de tudo: o preço. Apesar da edição luxuosa, a Nova Fronteira ‘tirou o pé do freio’ no valor que está pra lá de módico. Apenas R$ 73,90. Ocorre que a maioria das livrarias virtuais – para não dizer todas –  estão com preços promocionais que variam de R$ 49,90 a R$ 67,00.
Quer um conselho? Compre logo o seu box de “As Mil e Uma Noites” porque vai ser difícil surgir outra oportunidade como esta.
Não fique esperando que a Fenix renasça das cinzas pela terceira vez. Entendeu?
Inté!
Informações Técnicas
Título: Box As Mil e Uma Noites  - Vol. 1 e 2
Autor: Antoine Galland
Páginas: 1.120
Edição: 1ª
Tipo de capa: Capa Dura
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2015


12 dezembro 2015

Livros de Stephen King: “Cell” e “A Torre Negra” chegam aos cinemas em 2016 e 2017

Após uma hiper-crise de rinite que ‘tamponou’ todos os meus orifícios superiores, dos mais simples aos mais complicados, além de ter transformado o meu nariz numa torneira ambulante quebrada - não pingando, mas esquichando ‘água’ - cá estou eu, novamente. E dessa vez para falar escrever sobre dois livros de Stephen King que serão adaptados para os cinemas. Não, no, não, no....infelizmente, pelo menos ainda, não se trata do remake de “It – Uma Obra Prima do Medo” que já está virando uma novela com dispensa de diretores atrás de diretores, troca de atores, roteiros e o escambau a quatro.
Calma galera, não há motivos para ficarem tristes. Se “It” deve demorar um pouco mais para estourar nas telonas, por outro lado, teremos  Cell (Celular) e “A Torre Negra” bombando nos cinemas em 2016 e 2017, respectivamente.
Das duas adaptações, sem dúvida nenhuma, a saga do “Pisotoleiro” é a mais aguardada pelos fãs. Uhauuuu!! Não acredito que terei a oportunidade de ver em IMAX – ou quem sabe numa tecnologia de imagem bem mais avançada daqui a dois anos – o man Roland Deschain implodindo a cambada de Walter Padic, o temível Homem de Preto.
Depois de vários anúncios e desanúncios’, acho que dessa vez, a adaptação de “A Torre Negra”, de fato, irá sair do fundo do baú, mesmo porque a Sony já definiu dia, mês e ano do de lançamento do filme. Anotem aí: 13 de janeiro de 2017.
Idris Elba deverá viver "O Pistoleiro" nas telonas
De acordo com o portal Deadline, Idris Elba é o candidado principal a viver o ‘o cara’, ‘a fera’, ‘a lenda’ Roland Deschain. Para quem não sabe, o ator viveu Heimdall, o guardião de Asgard, nos dois filmes de “Thor, O Deus do Trovão”. Já o vilão da história, Walter Padick (O Homem de Prêto), pode ser interpretado por Matthew McConaughey, ganhador do Oscar de 2014 pela sua atuação no filme “Clube de Compras Dallas”. A Torre Negra será o primeiro de uma planejada multi-franquia pela Sony, que envolve pelo menos três filmes e uma série de TV. A trama é centrada em Deschain, o último de uma linhagem de pistoleiros e também a última esperança da humanidade para deter o poderoso feiticeiro Homem de Preto.
Akiva Goldsman e Jeff Pinkner assinaram o roteiro. A direção da primeira parte ficará a cargo de Nikolaj Arcel (O Amante da Rainha), enquanto Ron Howard assume como produtor.
Quanto a “Cell”, cara, olha... estou assim meio que... digamos, desconfiado. Sabe aquela estória do cachorro que foi picado por uma cobra e acabou ficando com medo de salsicha ou lingüiça? Pois é, cabe bem pra mim e também pra você que se decepcionou com as notícias sobre a, até agora, frustrada adaptação de “It”.
Mêo, a chegada de “Cell” (Celular) nas telas vem sendo proclamad desde 2013!! O que me deixa mais tranqüilo é que os atores que foram anunciados nos papéis principais, há dois anos, ainda estão sendo mantidos. Quer outro ponto positivo? Ao contrário de “It” que já trocou atores, diretores, roteiristas e até mesmo maquiadores, camarareiras, figurinistas e isso e mais aquilo, “a maioria do ‘cast’ de Cell continua do mesmo jeito desde 2013; o que não deixa de ser um bom sinal. Ah! Sem contar, algumas fotos da produção do filme que já estão circulando na Rede.
A estréia está prevista para o início do primeiro semestre de 2016.
O livro de King trata de um evento apocalíptico, onde um pulso ouvido por qualquer pessoa que está em um telefone celular, a certo momento, pode ser transformado em zumbi.

Pessoal, aguardemos!

08 dezembro 2015

Morte dos Reis (Crônicas Saxônicas – Livro VI)

Os leitores que já estavam familiarizados com as emocionantes batalhas dos livros anteriores poderão estranhar e até mesmo se decepcionar com o 6º volume de “Crônicas Saxônicas”. As escaramuças, desafios, lutas de espada e, claro, as antológicas paredes de escudos ficam pingadas no enredo de “Morte dos Reis”. Isto me faz lembrar de um colega que disse o seguinte: - Comparar “Morte dos Reis” com “Os Senhores do Norte” (3º volume da saga) é o mesmo que comparar um cãozinho poodle com um pitbull treinado para matar.
Se levarmos para o lado da ação, das batalhas emocionantes, onde ‘Bafo de Serpente’ e ‘Ferrão de Vespa’, as espadas de Uhtred, comiam soltas, beliscando e matando os seus oponentes, esse meu colega de serviço, também amante das Crônicas Saxônicas, está mais do que certo.
Mas nem, por isso, o livro é ruim. Longe disso. Acredito que Bernard Cornwell optou por escrever um enredo mais político e voltado para a emoção. O Uhtred das paredes de escudos cedeu lugar para um Uhtred mais estrategista. Apreciei muito essa reviravolta na história, pois até o melhor de todos os doces do mundo enjoa se comermos demais. E com as batalhas, também é assim. É claro que as lutas descritas por Cornwell são incomparáveis e conseguem transportar os leitores para um campo de batalha, mas nesse livro, ele preferiu mostrar uma outra qualidade do guerreiro pagão: a inteligência e a perspicácia.
E foi, então, que percebi o golpe de mestre dado por Cornwell. Cara, veja só: Talvez, Crônicas Saxônicas seja uma das  sagas mais longas da literatura mundial – até agora com nove livros escritos, sendo que o último ainda não foi lançado no Brasil – por isso é evidente que os personagens envelheçam, já que o autor optou por seguir uma linha cronológica, ou seja, cada livro tem em média uma passagem de três a cinco anos. Capiche? Prosseguindo: Tá na cara que não podemos ver um Uhtred em plena forma, rompendo paredes de escudos eternamente. Portanto, a saída encontrada por Cornwell – para continuar escrevendo a sua saga ‘interminável’ - Deus sabe quantos outros livros ainda serão publicados - foi compensar a velhice e a perda de vigor físico do personagem com outros atributos também interessantes aos leitores.
Mêo! Confesso que essa sacada do Cornweel deu certo. Muito certo! Ver o nosso “Senhor da Guerra” planejando as batalhas ou então escapando com inteligência das armadilhas preparadas por seus inimigos é tão saborosamente emocionante quanto vê-lo arrebentando tudo numa batalha.
Em minha opinião, nos próximos livros da saga, veremos um Uhtred ainda mais estrategista do que guerreiro. Creio que alguém deverá substituí-lo, talvez o seu filho caçula Osbert. Por falar nisso, acho melhor parar por aqui para não soltar spoillers, já que estou lendo o 7º volume.
“Morte dos Reis” é isso: Uhtred vencendo os seus inimigos não só pela espada, mas também com inteligência. O livro marca também o encerramento de um ciclo e o início de outro. Sai de cena Alfredo, O Grande, e em seu lugar assume o trono de Wessex, seu filho Eduardo.
Caraca e dizer que só fui gostar de Alfredo em seu leito de morte quando ele, finalmente, reconhece todo o valor de seu principal guerreiro, mesmo não sendo cristão. Antes de morrer, o soberano lhe dá um presente fantástico que deixa o guerreiro pagão de boca aberta, mas... não sem antes lhe pedir um ultimo favor.
A batalha ‘meia-boca’ no final do livro, ‘deixa de ser meia-boca’, graças as peripécias do estrategista Uhtred que consegue descobrir qual é o ousado plano dos dinamarqueses que sonham conquistar Wessex. Então, ele dá um verdadeiro golpe de mestre, revertendo a situação à favor do exército do recém empossado Rei Eduardo.
No 6º livro de Crônicas Saxônicas”, Uhtred já está com 45 anos e após a morte de Alfredo, ele acaba sendo ‘convidado’ – para não dizer obrigado – a fazer um novo juramento. Desta vez, à Eduardo, filho do rei morto que sempre sonhou com a unificação da Inglaterra. Agora, esta missão é passada para o seu primogênito que infelizmente, não tem a mesma astúcia, inteligência e autoridade de seu pai. Por isso, Alfredo - mesmo em seu leito de morte – consegue dar uma última cartada de gênio: ‘ganhar o juramento do feroz guerreiro para Eduardo.
Com a morte do monarca, os dinamarqueses decidem reunir o maior exército de todos os tempos com milhares de homens, com o objetivo  de conquistar Wessex, depois de várias tentativas frustradas. Mas o maior perigo está dentro do reino onde pessoas que Uhtred, Alfredo e Eduardo julgavam serem amigas, na realidade tramam a favor dos inimigos.

Faltou ação? Faltou; mas nem por isso “Morte dos Reis” deixa de ser um livraço.

06 dezembro 2015

10 livros de autores nacionais que merecem ser lidos e relidos

Após o post sobre as Torres Gêmeas vamos com mais uma listinha “básica”. Já estava sentindo saudades delas. Verdade! Como assumi alguns compromissos literários, entre eles, o “Desafio Potter”, além de encarar numa ‘paulada só os oito livros das “Crônicas Saxônicas” (ver aqui, aqui, aqui, esse outro aqui e mais esse) – neste momento, estou lendo o sexto – acabei ficando com o meu tempo restrito para postar as minhas listas. Agora que o céu deu uma clareada, vamos que vamos.
A lista de hoje é sobre autores nacionais, ou melhor, sobre os livros aqui da terrinha que li nos últimos anos e gostei. Aliás, gostei tanto que já reli alguns, quanto aos que restam, com certeza, estarei relendo em algum momento de minha vida.
Antes que algum internauta critique o post, afirmando que tal livro é fraco ou então que estaria faltando esta ou aquela obra, gostaria de avisar que se trata de uma lista pessoal. Foram enredos que curti muito e por isso recomendo para a galera.
Nos comentários, vocês também poderão – sem problema nenhum – colaborar, acrescentando outros livros de autores nacionais que foram especiais em suas vidas.
Mas chega de lero-lero e blá-blá e vamos ao que interessa, a minha lista pessoal de obras escritas por autores tupiniquins que merecem serem lidas novamente.
01 – Holocausto Brasileiro (Daniela Arbex)
O livro da jornalista mineira, Daniela Arbex, revela as atrocidades que aconteceram, no passado, atrás dos muros do Colônia, maior hospício do Brasil, localizado na cidade mineira de Barbacena. As maldades e torturas cometidas contra os internos, transformou aquela instituição numa verdadeira casa de horrores, principalmente no pavilhão Afonso Pena, onde eram registradas cenas que mais se pareciam com um filme de terror gore.
A autora foi muito corajosa ao remexer em feridas purulentas, trazendo à tona a verdade sobre o Colônia. O leitor passa a saber tudo o que aconteceu no hospício mineiro, além de conhecer os poucos, mas importantes “heróis da resistência”, pessoas que se opuseram ao regime de barbárie e fizeram de tudo para mudar a situação, pagando um alto preço por isso, sofrendo as piores retaliações, desde demissões, calúnias e ameaças.
Para ler “Holocausto Brasileiro”, o leitor deve preparar o seu espírito porque realizará uma verdadeira viagem ao inferno, inclusive, é dessa maneira, ou seja, no âmago do inferno, que uma funcionária do Colônia se sente ao iniciar o seu primeiro dia de trabalho no hospício. Marlene Laureano revela em entrevista à autora do livro que ao entrar pela primeira vez na instituição imaginou estar abrindo as portas da casa de Lúcifer. 
Livro forte, revelador e que mexeu muito comigo.
(Confira aqui o post da obra)
02 – Feliz Ano Velho (Marcelo Rubens Paiva)
“Feliz Ano Velho” foi um diamante lapidado que caiu em minhas mãos. Antes de ler a obra, tinha uma vaga noção de que se tratava do relato de um estudante universitário que gostava de curtir a vida, mas após sofrer um acidente acabou ficando ‘condenado’ à uma cadeira de rodas. Comecei a ler o livro do Marcelo Rubens Paiva, já me preparando para uma sessão lacrimosa e bem down, coisa do tipo “Uma Janela para o Céu” ou “Love Story”, onde tragédias, tristezas, sofrimento e desespero se fundem numa coisa só. Resultado: o leitor termina de ler a obra – se conseguir terminar! - completamente extenuado, acabado e arrebentado.  Foi com essa desconfiança que comecei a ler “Feliz Ano Velho”.
 A obra de Paiva é totalmente o oposto do que eu imaginava. O autor descreve o seu drama com muito bom humor, não dando tanta ênfase somente ao lado down do fato. É claro que há os momentos de tristeza e até mesmo lencinhos nas mãos, mas são raros pacas! E Graças à Deus, porque caso contrário, se transformaria num verdadeiro vale de lágrimas: “ Um Janelão para o Céu”.
O autor tratou a sua situação de uma maneira realista e sem auto-piedade. Mais ou menos assim: “Putz! Me quebrei inteiro, fui parar numa cadeira de rodas e estou dependendo da ajuda de amigos e familiares para reaprender a viver. Êpa! Mas pêra aí... a vida continua! Tenho que dar o melhor de mim para se tornar cada vez menos dependente. 
Li a obra do cara meio que por acaso, emprestado de uma amiga, mas gostei tanto que resolvi comprar “Feliz Ano Velho” num sebo para relê-lo.
(Confira aqui o post da obra)
03 – O Alienista (Machado de Assis)
O meu primo levou um susto quando eu lhe disse que pretendia reler o Alienista. – Santa Pernilonguilda do Boné Vermelho! – exclamou ele – Meu primo quando fica surpreso tem o hábito de inventar nomes engraçados de santos que não existem e jamais existirão.
- Você disse que vai reler o Machado?! – Vou, afirmei. - O velho quase fez com que eu repetisse de ano em literatura com aquela sua linguagem rebuscada! – Disse meu primo, se referindo ao famoso escritor brasileiro.
Mas ao contrário do que muita gente pensa – incluindo o meu primo ‘criador de santos’ – “O Alienista” é uma obra de leitura fácil e agradável. Tudo bem que tenha um pouco de eruditismo, mas esse ligeiro rebuscamento não atrapalha em nada a leitura, pelo contrário, a história de Simão Bacamarte e a sua famosa Casa Verde é fascinante.
O Alienista, segundo a maioria dos críticos literários, pode ser considerada a primeira obra do escritor com caráter realista. Alguns a consideravam inclusive, como um conto. 
No enredo, Simão Bacamarte – o Alienista do título – decide criar na cidade fluminense de Itaguaí um lugar para estudar os limites da razão e da loucura dos seres humanos. Nasce assim, a Casa Verde ou Casa de Orates onde o cientista interna todas as pessoas que ele julga serem loucas. Ocorre que com o passar do tempo, Bacamarte vai prendendo no local a maioria dos moradores da cidade, incluindo sua mulher Evarista. Para o alienista, todos são loucos. É quando ocorre uma rebelião dos moradores de Itaguaí comandada por um barbeiro.
Estarei relendo a obra de Machado de Assis brevemente; com certeza.
04 – As Crônicas de Miramar – O Segredo do Camafeu de Prata (Flávio St Jayme e Wemerson Damásio)
Este livro fez com que eu voltasse ao tempo e revivesse um dos períodos mais felizes da minha saga de leitor inveterado: a época de ouro da “Coleção Vaglume”. É isso aí galera, ler “As Crônicas de Miramar – O Segredo do Camafeu de Prata” é o mesmo que ter em mãos os melhores enredos daquela coleção que entrou para a antologia da literatura brasileira.
Não tem como você parar de ler “As Crônicas de Miramar”. O enredo misterioso, de fato, prende a atenção do leitor, pois todos querem, desesperadamente, saber o que acontece na estranha cidade de Miramar. É para lá que vão as crianças e jovens que descobrem ter algum tipo de poder.
Estes adolescentes não podem estudar em escolas comuns ou conviver com outras pessoas em suas cidades por serem ‘diferentes’. Por causa desses dons, elas acabam sendo rotuladas de estranhas ou até mesmo aberrações. Para evitar que seus filhos acabem sendo excluídos da nossa sociedade, eles acabam sendo obrigados a levá-los para Miraramar, após receber um estranho convite, prometendo novo emprego, uma nova casa, enfim, uma nova vida cheia de prosperidade.
Mas ao chegarem à misteriosa cidade, eles começam a descobrir segredos terríveis que colocam em cheque todas as promessas de prosperidade feitas anteriormente.
Recomendo a obra de olhos fechados!
(Confira aqui o post da obra)
05 – A Corrente, Passe Adiante (Estevão Ribeiro)
Tudo bem que a Draco deu uma pisada feia comigo e deixou o menino aqui na mão, mas isso não me impede de dizer que a obra do Estevão Ribeiro lançada pela editora é  o fino do terror. Quanto a pisada, foi bem frustrante, do tipo pouco caso. Comprei o livro, louquíssimo para lê-lo, e depois de alguns dias, ao iniciar a história, percebo que estão faltando 15 páginas (da 33 a 48). Como havia perdido a nota fiscal, fiquei impossibilitado de trocar o produto na Livraria Folha, por isso entrei em contato com a Draco na esperança de me atenderem. Eles atenderam, enviando um e-mail, exatamente com as páginas faltantes, nem uma a mais! Caraca Draco! Cadê a consideração? Juro que estava esperando o envio de um outro livro, dessa vez, com todas as páginas. Mas...
Chega de lamentações. O livro do Estevão Ribeiro é uma jóia rara do terror. Bruna é tão maligna que não fica devendo nada para as personagens criadas pelos grandes mestres das histórias de terror. A garota é uma lasca de ruindade. Um ser sobrenatural que mata por prazer. Ela é um fantasma demoníaco que vive dentro dos computadores. Juro que após ler o livro fiquei com receio de ligar o meu PC e principalmente verificar as minhas mensagens eletrônicas, temendo encontrar alguma daquelas famigeradas correntes.
Bruna tem o hábito de enviar uma corrente amaldiçoada nos e-mails de suas vítimas. Aqueles que se negam passar a mensagem morrem, além de ficarem amaldiçoados, já os que passam acabam condenando outras pessoas. Enquanto a corrente não for quebrada, o fantasma demoníaco de Bruna sempre continuará ativo e atormentando outras pessoas.
Confesso que estou com uma vontade enorme de reler o meu livro de páginas faltantes.
(Confira aqui o post da obra)
06 – Irmandade de Copra (Caroline Defanti)
A “Irmandade de Copra” é um dos melhores livros de ficção cientifica que já li em toda a minha vida de leitor. E o melhor: escrito por uma jovem autora brasileira!
A história de Caroline Defanti já começa conquistando o leitor em seu prólogo, onde a autora, em apenas três páginas, explica numa narrativa cheia de suspense como são criados os super-soldados que irão combater os alienígenas que se apossaram do planeta Terra. A transformação de Gabriel em Arcanjo e de Aeris em Musa, de fato prende o leitor, e já dá uma noção de como funciona o polêmico e questionado projeto que une o DNA alienígena ao dos humanos, alterando toda a sua genética e conferindo-lhes  poderes especiais, mas não sem antes cobrar um alto preço por isso. Dos inúmeros aspirantes à “Irmãos” – é assim que são conhecidos os super-soldados já que fazem parte de uma Irmandade – nem todos conseguem sairem vivos do processo de mudança. Após adquirirem os seus dons, eles ainda são obrigados a passar por uma prova final de vida ou morte para testar a suas novas habilidades.
Defanti explica de uma maneira crua – sem meias palavras – o processo de ‘amadurecimento forçado’ desses jovens que ao ingressarem na escolinha da Irmandade são obrigados a esquecer que são crianças ou adolescentes para se tornarem adultos prematuros, queimando etapas importantes de suas vidas. Neste aspecto, a autora foi muito feliz ao beber na mesma fonte de Orson Scott Card e seu fantástico "O Jogo do Exterminador".
Quando bater aquela vontade de ler alguma história de ficção científica, já sei o lugar certo onde procurar em minha estante.
Confira aqui o post da obra)
07 – Canibais: Paixão e Morte na Rua do Arvoredo (David Coimbra)
Em seu primeiro romance, David Coimbra revisita um episódio célebre do passado porto-alegrense que ficou conhecido como o “Caso do Linguiceiro”. Em meados do século 19, o açougueiro Ramos e sua mulher, Catarina, assassinaram dezenas de pessoas e utilizaram os cadáveres para fazer linguiça, transformando os habitantes da Porto Alegre de então em involuntários canibais.
O fato foi tão macabro, mas tão macabro que apesar de ter ocorrido no século 19, quando Porto Alegre ainda estava engatinhando – contando com menos de 20 mil habitantes – nem mesmo a aura de tecnologia ultra moderna do século 21 conseguiu apagar.
A obra de Coimbra foge inteiramente do convencional, à começar que não se trata de um livro técnico, pelo contrário, o autor optou por transformar a história do linguiceiro da Rua do Arvoredo num romance, mas nem por isso, menos interessante; pelo contrário, o livro prende a atenção do leitor com facilidade.
Recomendo a releitura, com certeza.
(Confira aqui o post da obra)
08 – Além da Carne: Contos Insanos (César Bravo)
“Além da Carne – Contos Insanos” é mais um livro de histórias curtas de terror do escritor brasileiro e taubatense, César Bravo. uma das gratas revelações da literatura fantástica, pra ser mais exato, do gênero terror. Prova que temos grandes talentos escondidos, aqui na terrinha, aguardando apenas que algum figurão de uma grande editora os descubram. Enquanto isso, eles vão publicando os seus e-books na Amazon e nos deliciando. César Bravo é um desses autores.
“Além da Carne – Contos Insanos” com as suas seis histórias é a essência do gore. As histórias não só assustam como também incomodam. E o que é ficar incomodado nesse caso? Simples. É se lembrar de determinada cena 10, 20, 30 ou 40 anos depois.
O conto que mais me agradou foi “A Expressão da Desgraça”, o penúltimo do livro. A história gira em torno de um quadro maldito pintado por um cigano muito velho e que já morreu há tempos. A obra é tão demoníaca que por mais de dois séculos ficou com a sua tela coberta para que ninguém a visse. Até o dia em que algum curioso metido a besta resolveu provar que tudo não passava de bobagens. Entonce...
Logo, logo estarei relendo esse livro.
(Confira aqui o post da obra)
09 – De a’Ha a U2 (Zéca Camargo)
Eu vivo relendo “De a-Há a U2” do Zeca Camargo. Volta e meia, lá estou eu devorando algumas das entrevistas do livro. Elas são muito boas e realizadas na época em que o Zeca era um repórter e apresentador  muito competente. Mas, então, a Dona Globo cavou a sepultura do moço, retirando-o do comando do Fantástico para apresentar um já falido Video-Show e aí, deu no que deu.
Neste livro, Zeca reúne histórias interessantíssimas dos bastidores de várias entrevistas que realizou com astros do pop-rock do mundo todo. Ele conta tudo o que rolou antes dessas entrevistas serem levadas ao ar ou publicadas nas páginas de um jornal. Coisas do tipo: O entrevistado foi um “mala” ou educado?, “Quais exigências ele fez?”, “O Zeca pagou algum mico?”, além de outras “cositas”.
Ele não poupa críticas para alguns figurões do mundo pop que apesar de não cantarem nada ou então estarem numa fase decadente, ainda se julgavam os reis da cocada preta fazendo exigências absurdas para conceder uma entrevista curtíssima. Mas nem tudo é crítica; o autor também elogia os astros talentosos, mesmo aqueles que foram arrogantes e antipáticos durante a entrevista.
“De a-ha a U2” pode ser lido sem a necessidade de seguir uma ordem cronológica, mas já adianto que todas as histórias de bastidores narradas por Zéca são imperdíveis.
(Confira aqui o post da obra)
10 – Análise da Inteligência de Cristo (Augusto Cury)
Cara, amei a coleção de Augusto Cury. Li os cinco livros que formam a obra em apenas um mês. São espetaculares, quer você goste ou não de livros de auto ajuda.
Cury que além de escritor é um conceituado psiquiatra promove em sua coletânea uma abordagem do lado psicológico e comportamental de Jesus com aplicação nas diversas áreas do conhecimento humano. Em outras palavras: ele analisa a mente de Jesus à partir das atitudes tomadas pelo Cristo durante a sua jornada de vida até o momento de sua crucificação.
A coleção é formada pelos livros: “O Mestre dos Mestres”, “O Mestre da Sensibilidade”, “O Mestre da Vida”, “O Mestre do Amor” e “O Mestre Inesquecível”. Eles nos proporcionam uma perspectiva filosófica e psicológica do comportamento de Jesus.
O autor analisa como o Cristo conseguiu liderar e modificar as atitudes de 12 pessoas complicadíssimas ou será que você acreditava que os 12 apóstolos eram todos anjinhos? Tomemos Pedro como exemplo. Ele era impulsivo, impetuoso e vacilante, indo de um extremo a outro com a maior facilidade. Em sua natureza humana, Jesus conseguiu mudar o comportamento de Pedro e também de seus outros apóstolos, transformando-os em seres humanos de qualidades múltiplas, verdadeiros exemplos para todos nós.

Acabei de reler “O Mestre Inesquecível” – livro que fecha a coleção - há poucos dias.
(Confira aqui o post da obra)
Pessoal, inté!

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