28 dezembro 2015
O Trono Vazio (Crônicas Saxônicas – Livro VIII)
A mulher é a bola da vez no oitavo volume de
“Crônicas Saxônicas” de Bernard Cornwell. E pode esquecer esse lance de sexo
frágil. Definitivamente não cola. Aethelflaed, Stiorra e Eadith são mais fortes
do que você imagina, capazes de fazer o mais bruto dos homens se dobrar aos
seus pés. Apaixonei-me por elas. Inteligentes, bonitas, perseverantes,
sedutoras e corajosas. Ufaaa! É muita areia para a minha carroça!
Em “O Trono Vazio”, Uhtred cede parte de seu
protagonismo para o trio de beldades que passa a dar as cartas na estória.
Aethelflaed busca conquistar o trono de seu marido Ethelred – que está com o pé
na cova - e assim, tornar-se a ‘Senhora da Mércia”. Stiorra, apesar de ainda
ser uma criança, tem a mesma personalidade do pai. Isto fica evidente em suas
atitudes ousadas e corajosas tomadas ao longo da história: uma dessas decisões,
inclusive, me deixou boquiaberto. Se Stiorra fosse do sexo masculino,
certamente eu diria: “Stiorra, você é o cara!”. E por fim, a estonteante
Eadith. Caraca, como esse Uhtred só se relaciona com mulheres bonitas! Vai ter
sorte assim lá na Conchinchina! Eadith é um vislumbre. Conwell a descreve como
uma verdadeira deusa loira, daquelas de deixar louco de desejo o mais frívolo
dos homens. Ela começa como aliada do Senhor da Mércia - o ‘mala’ e traiçoeiro Ethelred
- mas depois passa a apoiar Uhtred de Uhtred, ajudando-o na busca pela lendária
espada ‘Cuspe de Gelo’ que o feriu gravemente no duelo com Cnut no livro
anterior. Reza a lenda que Uhtred só poderá se libertar do ferimento que o está
levando á morte, se conseguir encontrar essa espada encantada e reverter o
feitiço.
O relacionamento - ora amoroso, ora conflituoso -
com essas três personagens femininas é o que dá o tom ao enredo, deixando-o tão
atrativo ao ponto de não sentirmos falta das memoráveis batalhas presentes nos
últimos volumes.
Aethelflaed juntamente com Uhtred – que também é o
seu amante – planejam dar um golpe no Witan (grupo de conselheiros do reino da
Mércia) para que ela passe a assumir todas as responsabilidades do reino, assumindo
o lugar de seu marido após a sua morte. A princesa usa toda sua perspicácia
para conseguir esse objetivo considerado praticamente impossível, já que em
toda a história da Mércia, nenhuma mulher assumiu o trono. Então, quando você
julga que está tudo perdido, lá vem o ‘jogador de xadrez’ Uhtred e aplica um
‘golpaço’, mas daqueles de deixar o leitor com um Óoooooo!! Na boca. Golpaço,
diga-se de passagem, dado com a ajuda de Aethelflaed que consegue, assim, o trono
da Mércia”.
Cara, Aethelflaed é fodástica. Não tem como não se
apaixonar por essa mulher. Enquanto seu marido Ethelred é um covardão de ‘mão
cheia’, ela é uma guerreira nata; uma combatente de fazer inveja para muitos
brutamontes com escudo e machado nas mãos. Como não bastasse, ela ainda é
inteligente e perspicaz. Cornwell faz questão de destacar todos esses atributos
da moça em “O Trono Vazio. É ela que salva Uhtred, em cima da hora, da
humilhação de ter de se entregar – juntamente com as suas tropas – para um
asqueroso inimigo à mando de Ethelred. Cara, ela sozinha, somente com a sua espada
e a sua formosa égua branca Gast,
esculhamba o sujeito e seus homens, mandando ele seguir as suas ordens e
não as de Ethelred. Uhauuuu! Como vibrei nessa hora.
Stiorra, por sua vez, segue os passos do pai ao
vingar um inimigo que tentou abusá-la. Quando Uhtred lhe diz que matar um homem
é mais difícil do que ela imagina e que apesar do cara merecer morrer, ele
deveria ter um fim rápido; a garota lhe pergunta despreocupadamente: “Por quê?
Ele pensou em desfrutar de mim. Isso seria rápido?”. Stiorra, então, mostra um
de seus seios para o cara e pergunta se era aquilo que ele queria olhar e tocar;
depois, ela simplesmente o estripa.
Também é a filha de Uhtred que salva o pai de uma
enrascada ao tentar libertar a filha de Aethelflaed. A garota está presa no
castelo do pai para se casar à força com o ambicioso chefe da guarda de
Ethelred que cobiça o trono da Mércia. Quando o plano de Uhtred está fadado ao
fracasso, lá vem Stiorra com uma estratégia brilhante e inesperada, livrando o
seu pai do fiasco.
Quanto a Eadith, fico imaginando em meus sonhos essa
beldade. PQP, Uhtred! Assim não vale! A mulher é muito bonita. De acordo com
Cornwell, ela estonteia qualquer pobre mortal do sexo masculino, colocando no
chinelo outras teúdas e manteúdas que apareceram ao longo da saga como: Brida,
Iseult, Skade, Erce e outras, excetuando Gisela, mulher de Uhtred que morreu em
“Terra em Chamas” e da qual sou fã inconteste.
É Eadith que livra o guerreiro pagão de seu pior
destino. E este pior significava a ‘morte’, já que o ferimento provocado por
“Cuspe de Gelo” estava levando, aos poucos, o nosso guerreiro para a cova. Eadith
decide ajudar Uhtred a encontrar a lendária espada que pertenceu a Cnut e que
sumiu após o duelo de vida ou morte entre os dois em “O Guerreiro Pagão”, 7º
volume da saga Crônicas Saxônicas.
A aventura de Uhtred, seus guerreiros e Eadith que
saem pelo mar afora, navegando por terras desconhecidas, em busca de ‘Cuspe de
Gelo” deixa o leitor com o coração na mão, já que as dificuldades encontradas
ao longo do caminho são muitas, deixando no ar a pergunta: “Será que essa
espada desapareceu para sempre?”
Após ter lido “O Trono Vazio” posso afirmar com
convicção que a reputação de Uhtred só manteve-se viva por causa dessas três
mulheres. Portanto, não há como negar que Aethelflaed, Stiorra e Eadith foram
os principais destaques dessa 8ª parte de “Crônicas Saxônicas”.
Neste volume da saga, o autor narra a história de
uma Mércia dividida. E sua maior ameaça não tem origem nos selvagens guerreiros
irlandeses nem nos nórdico pagãos, mas sim em uma disputa interna. Ethelred, o
senhor da Mércia, está definhando, prestes a morrer, e não deixa nenhum
herdeiro legítimo.
Ainda que a senhora Athelflaed, sua esposa e inimiga,
seja uma combatente formidável e uma grande líder, a Mércia jamais foi
comandada por uma mulher. Além disso, ela não conta com seu guerreiro mais
poderoso, o infame Uhtred, gravemente ferido em seu último combate com Cnut.
Para ajudar sua senhora, ele precisa antes se recuperar, e para isso deve ir
atrás da espada que o perfurou, desviando ainda mais das questões políticas.
Enquanto rola a luta pelo trono da Mércia em
disputadas internas, seus inimigos pagãos se aproveitam desse ‘relaxo’ para
organizar uma nova tentativa de conquistar os reinos saxões. Com isso, o futuro
se torna incerto e o sonho de unificação dos reinos de Wessex, Mércia e
Nortumbria, dando origem a Inglaterra, se torna cada vez mais distante.
Sinceridade? Apesar da leitura dos oito livros,
ainda não me cansei da saga. Pelo contrário, não vejo a hora do lançamento do
9º intitulado “Warriors of the Storm”.
E que venha logo!
25 dezembro 2015
Editora Poetisa lança “Alice Através do Espelho – e o que ela encontrou lá” com tradução e design inéditos
Cara, meu queixo caiu. E caiu de tal maneira que acabou
colando no chão. Há poucos dias, recebi da Editora Poetisa o livro “E O Que Ela
Encontrou Lá”, a sequência de “Alice no País das Maravilhas”, clássico escrito
por Lewis Carrol.
Não há como não se apaixonar pelo visual da obra. A
designer Marcela Fehrenbach, criadora de “O Coelho de Veludo”, também da
Poetisa, deu um show de diagramação e criou um projeto ousado, interativo e em
total harmonia com o texto de Carroll. A
obra pode ser considerada um verdadeiro objeto de decoração: perfeito para
colecionadores, agradando tanto adultos
como crianças.
A Poetisa investiu pesado em “Alice no Espelho – E o
Que Ela Encontrou Lá”. O livro de 140 páginas foi impresso em papel couchê-brilho,
considerado um dos melhores papéis – para não dizer o melhor – para trabalhos
de impressão atualmente. Possui brilho acetinado em ambas as faces e
revestimento com alta lisura.
Fehrenbach optou pela capa dura, deixando de lado o
formato brochura: outra escolha acertada, pois de nada adiantaria ter uma
impressão de alto nível num papel de última geração, mas com uma capa no
formato brochura. A capa dura toda vermelha e com um retângulo na posição
vertical – com letras invertidas - representando um espelho é fantástica.
Ao folhear cada página, temos a sensação de estarmos
no interior de um espelho, tal como a personagem Alice. A designer da Poetisa
brinca com as frases e parágrafos, conferindo-lhe as mais variadas formas.
Frases escritas em ondas, sombreadas, invertidas, com tipos diferentes de
letras. Ufaaa! São muitas formas diferentes, aumentando a curiosidade do leitor
em saber qual será a surpresa a cada página virada.
Mas não é apenas o designer de “Alice Através do
Espelho – e o que ela encontrou lá” que atrai; a tradução do texto de Carroll
também recebeu uma atenção especial. Realizada por uma das editoras da Poetisa,
Cynthia Beatrice Costa, a tradução integral do texto do autor ingles –
incluindo todos os poemas, entre os quais o famoso “Jabberwocky” – foi baseada
nos estudos aos quais se dedica: seu mestrado abordou, justamente, traduções de
Carroll no Brasil. Com toques abrasileirados e ênfase no bom humor carrolliano,
a tradução prioriza as rimas, a melodia e o ritmo do texto.
Li a obra de Carroll publicada pela Poetisa em apenas
um dia e confesso que foi um verdadeiro mergulho do outro lado do espelho. Uma
viagem ou uma leitura mágica, tanto faz.
Já havia lido e assistido “Alice no País das
Maravilhas”, mas confesso que desconhecia a existência de uma continuação da
história. Lewis Carroll (1832-1898) escreveu a continuação desta história seis
anos após finalizar o livro que deu origem à célebre personagem. Movida pela
curiosidade e enquanto suas gatinhas brincavam na sala, Alice observava o
espelho e se perguntava o que encontraria do outro lado: uma sala igual à que
ela estava sentada, mas totalmente ao contrário, onde os livros são escritos de
trás pra frente e não se enxerga o que existe além do corredor? Será tudo como
na casa de Alice ou completamente diferente?
Impulsionada pela aventura, a menina atravessa a
camada de vidro e se depara com um mundo novo, onde as peças do tabuleiro de
xadrez falam e agem como pessoas reais.
Alice parte numa viagem por esse mundo de fantasia
acompanhada dos gêmeos gorduchos fugidos de uma canção infantil, um ovo que
prefere presentes de "desaniversário", flores falantes, um cavaleiro
de triste figura, rainhas brancas e pretas, todos vivendo ao contrário. E
assim, lá vai Alice em mais uma aventura.
A edição luxuosa da história lançada pela Poetisa é
para ser lida e guardada. Um livro com tradução e design inéditos para
comemorar os 150 anos de criação da emblemática personagem Alice, de Lewis
Carroll.
Ah! Antes que me esqueça. A Poetisa lançou uma
tiragem inicial com apenas 1.000 exemplares, por isso, compre logo o seu.
Confira aqui, o link da loja virtual da Poetisa onde
você poderá encontrar o livro.
Inté!
24 dezembro 2015
Obrigado por tudo galera! Um feliz Natal do Livros e Opinião
Gostaria, antes de
tudo, de agradecer à todos vocês que apoiaram o meu trabalho nestas quase
quatro décadas de "livros e Opinião". Agradecer aos amigos da minha
página pessoal do Facebook que aceitaram o meu convite para seguirem a fan page
do blog, logo quando estava no início. Agradecer também à todos que passaram
por aqui e disseram: - “Vou seguir essa página!” Pois é, é graças a essa galera
do bem que o blog está vivo, muito vivo.
Sinceridade pessoal?
Ok. Quando enfrentei noites traiçoeiras, cheguei a pensar em abandonar o blog,
mas cada vez que ia tomar a decisão definitiva, recebia um seguidor a mais ou
então uma mensagem especial e resolvia ‘tocar em frente’ Pois é, são coisas de
Deus e que só ele na sua infinita sabedoria pode explicar. Não encaro como
coincidências. Não; pelo contrário. Acho que tudo na vida tem um significado.
Não acham?
Uma barra enorme
que enfrentei em 2015 foi a perda de meu pai: o Kid Tourão. Cara, como eu
gostava daquele velho! Gostava tanto que até o inclui em diversos posts. E não
é que o velhinho agradou?! Suas peripécias contribuíram para que o blog ficasse
ainda mais conhecido. E quando o inimitável ‘Tourinho’ partiu para a sua viagem
definitiva, tenho certeza, que muitos de vocês também choraram comigo.
Amigos internautas,
valeu pelo apoio à distância nessa hora. Apesar de não conhecer a maioria da
galera pessoalmente, considero-os amigos do peito, amigos de fé, pois acredito
que vocês também ficaram tristes com a partida do Kid Tourão. Isto ficou
evidente nas manifestações de apoio que recebi.
Quero ainda mandar
thanks e thanks para a Lulu. Luluuuuuuu I Love you!!!!!!!!!!! Você também tem uma
grande parcela de responsabilidade no sucesso do blog e da Fan Page. Obrigado
pelo incentivo para continuar e também na luta pela divulgação da página.
Vocês, seguidores e
visitantes do "Livros e Opinião" são verdadeiros anjos em terra, pois
me dão a força necessária para continuar nessa luta diária. Não é mole
trabalhar até de madruga, queimando os neurônios na elaboração de duas ou três
reportagens cobradas á exaustão pelo ‘carrasco’ do meu editor (eheheh,
brincadeirinha) e logo na sequência preparar algumas postagens para o blog. Mas,
no final, o cansaço some e o ânimo fica revigorado porque sei que estou
escrevendo para um grande numero de internautas que acessam o blog
Aprendi, também,
muito com as críticas construtivas. Portanto, obrigado, á você que me alertou com
relação a alguns erros cometidos em posts, por causa da distração ou do cansaço
das madrugadas.
Após todo esse blá,
blá, blá já posso dizer: Feliz Natal à todos e conto com vocês nesse restinho
de 2015 e também no ano que vem.
Brigaduuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!
20 dezembro 2015
O Guerreiro Pagão (Crônicas Saxônicas – Livro VII)
Em “O Guerreiro Pagão”, Uhtred está cada vez mais
parecido com um jogador de xadrez. O cara prova para todos nós que é um baita
estrategista, muito, mas muuuuito inteligente e perspicaz. O golpe de mestre que
é revelado, mais ou menos, no meio da história é um verdadeiro olé nos vikings
dinamarqueses comandados por Cnut - o lendário espadachim das Terras do Norte,
dono da temida e mortal espada ‘cuspe de gelo’ – que dessa vez, planejam
invadir a Mércia.
Com isso, os seguidores de “Crônicas Saxônicas”
sacam que Uhtred não é só músculos e brutalidade , mas também neurônios – e da
melhor qualidade – sempre em funcionamento.
Neste 7º volume de “Crônicas Saxônicas”, o lendário
guerreiro saxão enfrenta, com certeza, o seu pior inimigo, pelo menos até aqui,
superando de longe Ubba, Harald Cabelo de Sangue, Ivar ( O ‘Sem Ossos’),
Sigfried, Svein do Cavalo Branco, Kjartan, entre outros. Cnut é tão esperto
quanto o “Senhor da Guerra”, mais do que isso: é extremamente letal numa luta
de espadas.
O leitor passa o livro inteiro imaginando como será o
duelo entre as duas famosas espadas: bafo de serpente x cuspe de gelo. Afinal
de contas qual delas vencerá? A cada página, a cada capitulo, o autor Bernard
Cornwell vai aumentando essa expectativa até atingir o climax. Juro que temi
por Uhtred, já que o infame guerreiro está velho e a sua agilidade não é mais a
mesma do passado quando derrotou inimigos poderosos. Enquanto isso, Cnut está
no ápice de sua forma como guerreiro. Isso só faz crescer a ansiedade pelo
duelo final.
Cara, se o enredo não fosse tão bom de um modo geral,
com certeza, eu teria pulado páginas e mais páginas para conferir a embate
final entre as duas feras que acontece no capítulo intitulado “Cuspe de Gelo”. Caraca!
Que ‘péga pra capá’ (como costumava dizer o saudoso Kid Tourão). Cornwell
descreve todas as nuances de uma luta de espadas entre dois grandes guerreiros.
Cada golpe, cada defesa, cada ferimento é narrado com maestria.
Mas falando escrevendo dessa maneira, a
impressão que fica é que o livro se resume a essa luta. Nada á ver. Ela é
apenas um dos temperos do enredo. “O Guerreiro Pagão” tem muitos outros
trunfos: intrigas, traições, romance e claro, paredes de escudos.
O autor ainda introduz um novo personagem nesse
volume das ‘Crônicas’: o filho caçula de Uhtred que se torna um guerreiro como
pai. O Uhtred ‘filho’ é tão ‘empolgante’ quanto o seu ‘velho’. Não foge de uma
escaramuça, por pior que seja, e gosta de tirar ‘onda’ na cara de seus inimigos
enquanto os enfrenta em duelos de espada. – Você é gordo como um bispo; igual a
um porco engordado para o Yule. É um pedaço de merda inchado. – O caçula de
Uhtred disse tudo isso, rindo debochadamente, em seu primeiro duelo de espadas,
enquanto enfrentava Sigurd, um
experiente guerreiro e comandante viking. Agora, responde: Não é a cara do pai?
A descrição da Batalha de Teotanheale, entre saxões
e dinamarqueses, é outro presente magnífico com que Cornwell nos brinda.
“Tripas e sangue, espirais brilhantes fedendo bosta, derramando-se da barriga
de um homem para serem pisoteados na lama, homens gritando e escudos rachando,
e só estávamos lutando havia alguns instantes. Não sabia quais se meus homens
estavam morrendo, ou se o inimigo havia rompido nossa parede de escudos”... “Eu
tinha uma leve consciência dos sons de batalha atrás de mim, o trovão de
escudos encontrando escudos, o choque de lâminas, mas não ousava me virar
porque um inimigo estava girando seu machado de cabo comprido para baixá-lo
sobre minha cabeça, de modo que Uhtred passou por cima do homem morto à minha
frente e acertou o sujeito com o machado em baixo do queixo”.
A descrição envolvente de Cornwell tem o poder de
colocar o leitor no centro da batalha. Realmente, fantástico.
A narrativa de “O Guerreiro pagão” começa com Uhtred
indo a uma igreja para deserdar o seu filho, mais velho, Uhtred (que passa a
ser chamado de Judas) por este ter se tornado padre, a maior afronta que ele
poderia fazer para o seu pai. Na confusão, um abade se coloca entre a ira do
pai e seu filho e acaba sendo morto, por acidente. Uhtred, sem querer, fere
mortalmente o religioso e acaba conquistando o ódio dos cristãos que queimam a
sua propriedade e o expulsam da Mércia, juntamente com alguns poucos guerreiros
que decidem segui-lo.
Dessa maneira, Uhtred, um dos últimos senhores
pagãos entre os saxões, se vê hostilizado como nunca pela Igreja, cujo poder
aumenta. Desprovido de suas terras, da maioria de seus guerreiros e de quase
todos os seus aliados, ele se apega às antigas crenças, à habilidade na guerra
e ao poder de seu nome para sobreviver em um mundo que voltou a se tornar
agressivo de um dia para outro.
Sua única esperança é concretizar um plano ousado e
arriscado: recuperar, contando com apenas alguns homens, Bebbanburg, a
fortaleza onde cresceu, legado deixado por seu pai e usurpado por seu tio
muitos anos antes; mas como ele próprio costuma dizer: “O destino é
inexorável” e, assim, acaba criando uma
situação que o coloca, novamente, no meio de um novo conflito entre saxões e
dinamarqueses pela conquista do território inglês. É chance da volta por cima
de Uhtred, e que volta!
Novamente, valeu a leitura.
Inté
17 dezembro 2015
Adaptação cinematográfica do livro “A 5ª Onda” estréia nos cinemas brasileiros em 21 de janeiro de 2016
Lançado em 2013 pela editora Fundamento, o livro “A
5ª Onda” se tornou uma verdadeira febre no Brasil, conquistando um número
avassalador de leitores teens. Não li a obra de Rick Yancey, portanto, não
posso dizer se é boa ou ruim, mas a maioria das críticas publicadas nas redes sociais derramaram
elogios ao enredo que conta a história de uma invasão alienígena ao planeta
terra.
O que mais atraiu a atenção dos críticos e também
dos leitores foi a forma inteligente como o autor concebeu essa invasão,
fugindo dos tradicionais clichês de guerras entre naves interestelares ou então
de vírus que chegam do espaço para dizimar a população transformando-a em
zumbis ou vampiros. Nada disso.
No romance de Yancey, o ataque dos seres
extraterrestres chega de maneira seqüencial, dividida em partes ou se
preferirem, em ondas de ataques.
Na primeira onda, um pulso eletromagnético retira a
eletricidade do planeta. Na segunda onda, um tsunami gigantesco mata 40% da
população. Na terceira, os pássaros passam a transmitir um vírus que mata 97%
das pessoas que resistiram aos ataques anteriores. Na quarta, os próprios
alienígenas se infiltram entre os humanos restantes, espalhando a dúvida entre
todos.
Com a proximidade cada vez maior da quinta onda, que
promete exterminar de vez a raça humana, uma adolescente precisa proteger seu
irmão mais novo e descobrir em quem pode confiar num planeta perto da
devastação.
Cá, entre nós, achei bem interessante essa premissa
do autor e confesso que fiquei ‘tentado’
em adquirir o livro.
Bem, o enredo de Yancey deve ter atraído a atenção
de algum produtor de Hollywood que decidiu comprar os direitos para a adaptação
da obra. Com isso, “A 5ª Onda” conseguiu migrar das páginas para as telas.
O filme estréia nos cinemas brasileiros no dia 21 de janeiro de 2016.
A trama que será fiel ao livro, segue a adolescente
Cassie Sullivan – que será vivida pela atriz Chloe Moretz -, uma adolescente de
16 anos que sobrevive a invasão alienígena e acaba em busca do seu irmão, que
pode ter sido abduzido por extraterrestres humanóides. A heroína acaba
recebendo ajuda de um garoto que pode ser um alienígena disfarçado.
Liev Schreiber, Maika Monroe, Nick
Robinson e Maria Bello completam o elenco. A direção é de J.
Blakeson.
Antes de ‘fechar’ o post, gostaria de lembrar que “A
5ª Onda” faz parte de uma trilogia. O segundo livro foi lançado
recentemente, também pela editora Fundamento, no Brasil e se chama “O Mar
Infinito”. Quanto ao terceiro volume, ainda não há nenhuma previsão de lançamento
em terras tupiniquins.
Ah! Tem mais uma! Aproveitando o clima de estréia no cinema, a Fundamento lançou o livro com a capa e sobrecapa contendo os posteres do filme (ver aqui).
Fui!
16 dezembro 2015
Uma Aventura Perigosa
Um grande número de escritores brasileiros - muitos
deles talentosos e capazes de colocar no bolso qualquer figurão american metido
a besta com as suas distopias – quase sempre vivem uma saga pior do que a de
Frodo, Sam e Cia em busca do anel encantado. Cara, é muito murro em ponta de
faca, rasteiras, desilusões, chateações e etc e mais etc. Mas de todas as
desilusões nada se compara ao ver recusado o manuscrito de seu primeiro
romance, mesmo sabendo que a história acabou se tornando viral nas redes
sociais ou então muito elogiada pela maioria dos leitores virtuais.
Devido ao pouco caso das grandes editoras, só resta
algo a ser feito por esses autores: aderir aos ebooks. Cara, o que tem de gente
boa publicando os seus romances com o apoio de editoras de ebooks independentes,
é algo incomensurável.
E diga-se que o Brasil se transformou, nos últimos anos,
num celeiro de escritores talentosos que estão à espera de uma oportunidade
para se transformarem em verdadeiras feras consagradas da literatura tupiniquim.
George dos Santos Pacheco é um deles. Apesar de,
recentemente, já ter conseguido publicar um livro físico, acredito que a pouca
divulgação em torno de seu nome ou de sua obra, ainda não fez com que se
tornasse conhecido em todo o Brasil; mas o cara é fera.
Quando vi em meu correio eletrônico uma mensagem
perguntando se eu não tinha interesse em analisar o ebook de “Uma Aventura
Perigosa”, segundo livro do autor; juro que fiquei na dúvida. Ocorre que todos
que acompanham o ‘ Livros e Opinião’ já sabem da minha incompatibilidade com os
ebooks. Não gosto de ler histórias nos Kindle’s da vida, para mim, ler é sentir
a textura do papel nas mãos. Podem me chamar do que for: atrasado, ignorante ou
brucutu, eu não ligo; mas se eu quiser embarcar
numa viagem literária tenho que estar na companhia do bom e velho livro
de papel.
- PQP! Encarar um ebook agora vai ser barra. Não tô com
saco pra isso! – disse ao receber o e-mail com a proposta do autor. Apesar da má
vontade, decidi começar a ler. E gostei. “Uma Aventura Perigosa” é muito bom e reforça
a tese de que o nosso País tem verdadeiras jóias lapidadas no campo literário aguardando
serem descobertas pelas grandes editoras.
George apresenta a história de Max
de Castro, um funcionário público que enfrenta os dilemas mais comuns da
sociedade: a insatisfação com o trabalho e problemas em seu casamento. Após ter
um surto, resultado do estresse, em pleno expediente, ele é aconselhado por um
psicanalista, durante um programa de entrevistas, a escrever uma carta na qual
ele deveria confessar os seus maiores segredos. No entanto, ela deveria ser
escondida e destruída em 24 horas. Max que tem uma vida sexual bem ativa e sue
generis decide, então, despejar no papel tudo o que aprontou, apronta e quem
sabe aprontará no âmbito sexual em sua vida. Entonce... as coisas não saem
exatamente como Max esperava. Para seu desespero, a carta desaparece, antes que
ele possa concluir a sua “missão”.
O ‘garanhão Don Juan” fica completamente
desesperado pela possibilidade de seus maiores segredos serem descobertos, ou
por sua esposa, ou por sua cunhada, a jovem Sophia, por quem se sente
fortemente atraído. Uma série de coincidências atinge a vida de Max e ele
descobre que nem tudo que ele sabe é verdade, e que todos tem segredos que
precisam ficar escondidos a sete chaves.
Ao longo da trama, Max se envolve com
vários tipos de mulheres, sendo que ao fim de cada relacionamento, sempre acaba
sobrando algumas farpas para o personagem orgulhoso e machista.
O autor utiliza uma linguagem ousada
para mostrar a vida de Max, o que poderá incomodar alguns leitores mais conservadores.
Mas se você leu “50 Tons de Cinzas” e sobreviveu, fique em paz porque, nesse
caso, o enredo de “Uma Aventura Perigosa” não irá lhe chocar.
A versão impressa do romance foi
publicado pela editora Buriti. O livro tem 166 páginas e uma capa muito legal
que lembra o clima daqueles filmes policiais noir dos anos 60 e 70.
George dos Santos Pacheco, 34 anos, nasceu em Nova
Friburgo, no Rio de Janeiro, e é um dos
autores da Coletânea “Assassinos S/A Vol. II”, e do romance “O fantasma do Mare
Dei”, ambos pela Editora Multifoco. Publicou também o conto "Nem só de pão
vive o homem" na edição do 3º trimestre de 2011 da Revista Marítima
Brasileira.
Valeu galera!
13 dezembro 2015
Box com os dois volumes de “As Mil e Uma Noites” retorna às livrarias após ter ficado esgotado durante anos
Novo box lançado pela Nova Fronteira |
Em junho desse ano, escrevi um post chamado “Livros nascem, crescem e morrem por isso, se tiver que comprá-los aproveite enquantoestão vivos”. O assunto de hoje tem tudo a ver com esse tema. Ainda me lembro
que no dia em que comprei o box contendo os dois volumes de “As Mil e Uma Noites”,
publicado pela Ediouro há quase 15 anos, as livrarias estavam abarrotadas com a
maravilhosa obra elaborada pelo orientalista Antoine
Galland que ficou famoso por fazer a tradução para o francês dos famosos contos
árabes e orientais em 1704. Esta publicação da Ediouro contava ainda com
a introdução de Malba Tahan, o que não deixava de ser um ponto a mais para a
obra.
Parecia que o famoso box alaranjado
nunca se esgotaria. Passaram-se cinco anos de seu lançamento e ele continuava
marcando presença nas livrarias físicas e virtuais de todo o País, até que de
repente pimba!! Sumiu! Recordo que em 2009, poucas lojas ofereciam o box. No
ano seguinte, só os sebos e em 2011, a ‘coisa pegou’, porque nem livraria, nem
sebo, nem Mercado Livre e muito menos livreiros particulares. Cara, você podia
publicar um anuncio pago no Facebook, expressando o seu desespero em adquirir a
obra, que mesmo assim, “As Mil e Uma Noites” não dariam sinal de vida.
Mas entonce... dia desses quase cai da cadeira ao
ver o box das fantásticas histórias narradas por Sherazade voltar com carga
máxima às livrarias. – Não é possível! – exclamei. O meu susto foi enorme
porque o famoso box contendo os dois livros estava praticamente morto e
enterrado. Na minha concepção, dificilmente outra editora lançaria uma nova
edição do luxuoso box publicado em 2002.
Mas aí, em 2015, sem nenhum estardalhaço ou campanha
promocional, a Nova Fronteira surpreendeu todos nós leitores, ao colocar no
mercado literário uma nova versão tão ou até mais fodástica do que a antológica
caixa alaranjada da Ediouro.
Posso dizer que esse relançamento é ainda melhor
porque os dois volumes do box da Nova Fronteira tem capas duras, ao contrário do
lançado em 2002 pela Ediouro que tinha o formato de brochura.
São 1.120 páginas da mais pura magia. As
histórias são narradas em cadeia por Sharazade, esposa do sultão Shariar que
ficou louco ao ser traído pela sua primeira mulher que sempre dormia com um
escravo toda vez que o sultão viajava. Um dia, Shariar descobriu a traição e
matou a sua esposa e o escravo, passando a se convencer que nenhuma mulher era
digna de confiança e por isso, mereciam ser punidas. A partir daí ele desposa uma
noiva diferente todas as noites, mandando matá-la logo pela manhã. Vendo o medo
e o sofrimento das mulheres do reino, Sharazade, a filha do
vizir (uma espécie de conselheiro do sultão) se
oferece para se casar com Shariar, mesmo contra a vontade de seu pai que passa
a temer pela vida da filha. Sharazade, então, combina com a sua irmã que ela
lhe peça, na presença do sultão, que lhe conte uma história. E assim é feito. A
história contada por Sharazade e interrompida ao amanhecer, prende a atenção do
marido que implora para que a sua esposa revele o final antes de ser enviada
para a morte; mas a moça, muito esperta, avisa que só continuará quando a noite
chegar. E assim, ela vai adiando a sua morte contando, a cada noite, uma
história diferente, mas sempre é interrompendo-a pela manhã.
Os dois volumes do box seguem essa premissa com a personagem
interrompendo o conto quando ele está perto de atingir o “clímax”, deixando o
leitor impaciente e ao mesmo tempo curioso para saber o que aconteceu com o
herói ou vilão do conto.
“As Mil e Uma Noites” é uma obra-prima
da literatura oriental e ganhou destaque também no Ocidente a partir da versão de
Galland, no qual esta edição da Nova Fronteira – e também da Ediouro - é baseada. Galland selecionou as lendas mais
curiosas e de enredo mais palpitante, traduzindo-as para o francês. O livro
alcançou êxito extraordinário, sendo a partir daí traduzido para vários
idiomas.
Com apresentação de Malba Tahan, admirador da cultura árabe e um de seus principais divulgadores no Brasil, esta edição reúne as histórias exóticas e maravilhosas que vem povoando o imaginário de muitas gerações de leitores
Com apresentação de Malba Tahan, admirador da cultura árabe e um de seus principais divulgadores no Brasil, esta edição reúne as histórias exóticas e maravilhosas que vem povoando o imaginário de muitas gerações de leitores
Volumes que compunham o antigo box da Ediouro lançado em 2002 |
O volume I tem a lombada vermelha e
a capa com detalhes em branco, azul, vermelho e dourado. Já o volume II tem a
lombada roxa e a capa em verde, branco, roxo e dourado. O box que acondiciona
os dois volumes segue os mesmos padrões.
E agora o melhor de tudo: o preço.
Apesar da edição luxuosa, a Nova Fronteira ‘tirou o pé do freio’ no valor que
está pra lá de módico. Apenas R$ 73,90. Ocorre que a maioria das livrarias
virtuais – para não dizer todas – estão com
preços promocionais que variam de R$ 49,90 a R$ 67,00.
Quer um conselho? Compre logo o seu
box de “As Mil e Uma Noites” porque vai ser difícil surgir outra oportunidade
como esta.
Não fique esperando que a Fenix renasça
das cinzas pela terceira vez. Entendeu?
Inté!
Informações Técnicas
Título: Box As Mil e Uma
Noites - Vol. 1 e 2
Autor: Antoine Galland
Páginas: 1.120
Edição: 1ª
Tipo de capa: Capa
Dura
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2015
12 dezembro 2015
Livros de Stephen King: “Cell” e “A Torre Negra” chegam aos cinemas em 2016 e 2017
Após uma hiper-crise de rinite que ‘tamponou’ todos
os meus orifícios superiores, dos mais simples aos mais complicados, além de
ter transformado o meu nariz numa torneira ambulante quebrada - não pingando,
mas esquichando ‘água’ - cá estou eu, novamente. E dessa vez para falar
escrever sobre dois livros de Stephen King que serão adaptados para os cinemas.
Não, no, não, no....infelizmente, pelo menos ainda, não se trata do remake de “It – Uma Obra
Prima do Medo” que já está virando uma novela com dispensa de diretores atrás
de diretores, troca de atores, roteiros e o escambau a quatro.
Calma galera, não há motivos para ficarem tristes. Se
“It” deve demorar um pouco mais para estourar nas telonas, por outro lado, teremos
Cell (Celular) e “A Torre Negra” bombando
nos cinemas em 2016 e 2017, respectivamente.
Das duas adaptações, sem dúvida nenhuma, a saga do “Pisotoleiro”
é a mais aguardada pelos fãs. Uhauuuu!! Não acredito que terei a oportunidade
de ver em IMAX – ou quem sabe numa tecnologia de imagem bem mais avançada daqui
a dois anos – o man Roland Deschain implodindo a cambada de Walter
Padic, o temível Homem de Preto.
Depois de vários anúncios e desanúncios’, acho que
dessa vez, a adaptação de “A Torre Negra”, de fato, irá sair do fundo do baú,
mesmo porque a Sony já definiu dia, mês e ano do de lançamento do filme. Anotem
aí: 13 de janeiro de 2017.
Idris Elba deverá viver "O Pistoleiro" nas telonas |
De acordo com o portal Deadline, Idris Elba é o candidado principal
a viver o ‘o cara’, ‘a fera’, ‘a lenda’ Roland Deschain. Para
quem não sabe, o ator viveu Heimdall, o guardião de Asgard, nos dois filmes de “Thor,
O Deus do Trovão”. Já o vilão da história, Walter Padick (O Homem de
Prêto), pode ser interpretado por Matthew McConaughey, ganhador do Oscar de
2014 pela sua atuação no filme “Clube de Compras Dallas”. A Torre
Negra será o primeiro de uma planejada multi-franquia pela Sony, que
envolve pelo menos três filmes e uma série de TV. A trama é centrada em Deschain,
o último de uma linhagem de pistoleiros e também a última esperança da
humanidade para deter o poderoso feiticeiro Homem de Preto.
Akiva Goldsman e Jeff Pinkner assinaram o roteiro. A direção da primeira
parte ficará a cargo de Nikolaj Arcel (O Amante da Rainha), enquanto Ron Howard
assume como produtor.
Quanto a “Cell”, cara, olha... estou assim meio
que... digamos, desconfiado. Sabe aquela estória do cachorro que foi picado por
uma cobra e acabou ficando com medo de salsicha ou lingüiça? Pois é, cabe bem pra
mim e também pra você que se decepcionou com as notícias sobre a, até agora,
frustrada adaptação de “It”.
Mêo, a chegada de “Cell” (Celular) nas telas vem
sendo proclamad desde 2013!! O que me deixa mais tranqüilo é que os atores que
foram anunciados nos papéis principais, há dois anos, ainda estão sendo
mantidos. Quer outro ponto positivo? Ao contrário de “It” que já trocou atores,
diretores, roteiristas e até mesmo maquiadores, camarareiras, figurinistas e
isso e mais aquilo, “a maioria do ‘cast’ de Cell continua do mesmo jeito desde
2013; o que não deixa de ser um bom sinal. Ah! Sem contar, algumas fotos da
produção do filme que já estão circulando na Rede.
A estréia está prevista para o início do primeiro
semestre de 2016.
O livro de King trata de um evento apocalíptico,
onde um pulso ouvido por qualquer pessoa que está em um telefone celular, a
certo momento, pode ser transformado em zumbi.
Pessoal, aguardemos!
08 dezembro 2015
Morte dos Reis (Crônicas Saxônicas – Livro VI)
Os leitores que já estavam familiarizados com as
emocionantes batalhas dos livros anteriores poderão estranhar e até mesmo se
decepcionar com o 6º volume de “Crônicas Saxônicas”. As escaramuças, desafios,
lutas de espada e, claro, as antológicas paredes de escudos ficam pingadas no
enredo de “Morte dos Reis”. Isto me faz lembrar de um colega que disse o
seguinte: - Comparar “Morte dos Reis” com “Os Senhores do Norte” (3º volume da
saga) é o mesmo que comparar um cãozinho poodle com um pitbull treinado para
matar.
Se levarmos para o lado da ação, das batalhas
emocionantes, onde ‘Bafo de Serpente’ e ‘Ferrão de Vespa’, as espadas de
Uhtred, comiam soltas, beliscando e matando os seus oponentes, esse meu colega
de serviço, também amante das Crônicas Saxônicas, está mais do que certo.
Mas nem, por isso, o livro é ruim. Longe disso.
Acredito que Bernard Cornwell optou por escrever um enredo mais político e
voltado para a emoção. O Uhtred das paredes de escudos cedeu lugar para um
Uhtred mais estrategista. Apreciei muito essa reviravolta na história, pois até
o melhor de todos os doces do mundo enjoa se comermos demais. E com as batalhas,
também é assim. É claro que as lutas descritas por Cornwell são incomparáveis e
conseguem transportar os leitores para um campo de batalha, mas nesse livro,
ele preferiu mostrar uma outra qualidade do guerreiro pagão: a inteligência e a
perspicácia.
E foi, então, que percebi o golpe de mestre dado por
Cornwell. Cara, veja só: Talvez, Crônicas Saxônicas seja uma das sagas mais longas da literatura mundial – até
agora com nove livros escritos, sendo que o último ainda não foi lançado no
Brasil – por isso é evidente que os personagens envelheçam, já que o autor
optou por seguir uma linha cronológica, ou seja, cada livro tem em média uma
passagem de três a cinco anos. Capiche? Prosseguindo: Tá na cara que não
podemos ver um Uhtred em plena forma, rompendo paredes de escudos eternamente. Portanto,
a saída encontrada por Cornwell – para continuar escrevendo a sua saga
‘interminável’ - Deus sabe quantos outros livros ainda serão publicados - foi
compensar a velhice e a perda de vigor físico do personagem com outros
atributos também interessantes aos leitores.
Mêo! Confesso que essa sacada do Cornweel deu certo.
Muito certo! Ver o nosso “Senhor da Guerra” planejando as batalhas ou então
escapando com inteligência das armadilhas preparadas por seus inimigos é tão
saborosamente emocionante quanto vê-lo arrebentando tudo numa batalha.
Em minha opinião, nos próximos livros da saga, veremos
um Uhtred ainda mais estrategista do que guerreiro. Creio que alguém deverá
substituí-lo, talvez o seu filho caçula Osbert. Por falar nisso, acho melhor
parar por aqui para não soltar spoillers, já que estou lendo o 7º volume.
“Morte dos Reis” é isso: Uhtred vencendo os seus
inimigos não só pela espada, mas também com inteligência. O livro marca também
o encerramento de um ciclo e o início de outro. Sai de cena Alfredo, O Grande,
e em seu lugar assume o trono de Wessex, seu filho Eduardo.
Caraca e dizer que só fui gostar de Alfredo em seu
leito de morte quando ele, finalmente, reconhece todo o valor de seu principal
guerreiro, mesmo não sendo cristão. Antes de morrer, o soberano lhe dá um
presente fantástico que deixa o guerreiro pagão de boca aberta, mas... não sem
antes lhe pedir um ultimo favor.
A batalha ‘meia-boca’ no final do livro, ‘deixa de
ser meia-boca’, graças as peripécias do estrategista Uhtred que consegue
descobrir qual é o ousado plano dos dinamarqueses que sonham conquistar Wessex.
Então, ele dá um verdadeiro golpe de mestre, revertendo a situação à favor do
exército do recém empossado Rei Eduardo.
No 6º livro de Crônicas Saxônicas”, Uhtred já está
com 45 anos e após a morte de Alfredo, ele acaba sendo ‘convidado’ – para não
dizer obrigado – a fazer um novo juramento. Desta vez, à Eduardo, filho do rei morto
que sempre sonhou com a unificação da Inglaterra. Agora, esta missão é passada
para o seu primogênito que infelizmente, não tem a mesma astúcia, inteligência
e autoridade de seu pai. Por isso, Alfredo - mesmo em seu leito de morte –
consegue dar uma última cartada de gênio: ‘ganhar o juramento do feroz
guerreiro para Eduardo.
Com a morte do monarca, os dinamarqueses decidem
reunir o maior exército de todos os tempos com milhares de homens, com o
objetivo de conquistar Wessex, depois de
várias tentativas frustradas. Mas o maior perigo está dentro do reino onde
pessoas que Uhtred, Alfredo e Eduardo julgavam serem amigas, na realidade
tramam a favor dos inimigos.
Faltou ação? Faltou; mas nem por isso “Morte dos Reis”
deixa de ser um livraço.
06 dezembro 2015
10 livros de autores nacionais que merecem ser lidos e relidos
Após o post sobre as Torres Gêmeas vamos com mais
uma listinha “básica”. Já estava sentindo saudades delas. Verdade! Como assumi
alguns compromissos literários, entre eles, o “Desafio Potter”, além de encarar
numa ‘paulada só os oito livros das “Crônicas Saxônicas” (ver aqui, aqui, aqui,
esse outro aqui e mais esse) – neste momento, estou lendo o sexto – acabei ficando com o meu tempo restrito para postar as minhas listas. Agora
que o céu deu uma clareada, vamos que vamos.
A lista de hoje é sobre autores nacionais, ou
melhor, sobre os livros aqui da terrinha que li nos últimos anos e gostei.
Aliás, gostei tanto que já reli alguns, quanto aos que restam, com certeza,
estarei relendo em algum momento de minha vida.
Antes que algum internauta critique o post, afirmando
que tal livro é fraco ou então que estaria faltando esta ou aquela obra,
gostaria de avisar que se trata de uma lista pessoal. Foram enredos que curti
muito e por isso recomendo para a galera.
Nos comentários, vocês também poderão – sem problema
nenhum – colaborar, acrescentando outros livros de autores nacionais que foram
especiais em suas vidas.
Mas chega de lero-lero e blá-blá e vamos ao que
interessa, a minha lista pessoal de obras escritas por autores tupiniquins que merecem
serem lidas novamente.
01
– Holocausto Brasileiro (Daniela Arbex)
O livro da jornalista mineira, Daniela Arbex, revela as
atrocidades que aconteceram, no passado, atrás dos muros do Colônia, maior hospício do Brasil, localizado na cidade mineira de
Barbacena. As maldades e torturas cometidas contra os internos, transformou aquela
instituição numa verdadeira casa de horrores, principalmente no pavilhão Afonso
Pena, onde eram registradas cenas que mais se pareciam com um filme de terror
gore.
A autora foi muito corajosa ao remexer em feridas purulentas, trazendo à
tona a verdade sobre o Colônia. O leitor passa a saber tudo o que aconteceu no
hospício mineiro, além de conhecer os poucos, mas importantes “heróis da
resistência”, pessoas que se opuseram ao regime de barbárie e fizeram de
tudo para mudar a situação, pagando um alto preço por isso, sofrendo as piores
retaliações, desde demissões, calúnias e ameaças.
Para ler “Holocausto Brasileiro”, o
leitor deve preparar o seu espírito porque realizará uma verdadeira viagem ao
inferno, inclusive, é dessa maneira, ou seja, no âmago do inferno, que uma
funcionária do Colônia se sente ao iniciar o seu primeiro dia de trabalho no
hospício. Marlene Laureano revela em entrevista à autora do livro que ao entrar
pela primeira vez na instituição imaginou estar abrindo as portas da casa de
Lúcifer.
Livro
forte, revelador e que mexeu muito comigo.
(Confira
aqui o post da obra)
02 – Feliz Ano Velho (Marcelo Rubens Paiva)
“Feliz Ano Velho” foi um diamante lapidado que caiu em minhas mãos.
Antes de ler a obra, tinha uma vaga noção de que se tratava do relato de um
estudante universitário que gostava de curtir a vida, mas após sofrer um
acidente acabou ficando ‘condenado’ à uma cadeira de rodas. Comecei a ler o
livro do Marcelo Rubens Paiva, já me preparando para uma sessão lacrimosa e bem
down, coisa do tipo “Uma Janela para o Céu” ou “Love Story”, onde tragédias,
tristezas, sofrimento e desespero se fundem numa coisa só. Resultado: o leitor
termina de ler a obra – se conseguir terminar! - completamente extenuado,
acabado e arrebentado. Foi com essa
desconfiança que comecei a ler “Feliz Ano Velho”.
A obra de Paiva é totalmente o
oposto do que eu imaginava. O autor descreve o seu drama com muito bom humor,
não dando tanta ênfase somente ao lado down do fato. É claro que há os momentos
de tristeza e até mesmo lencinhos nas mãos, mas são raros pacas! E Graças à
Deus, porque caso contrário, se transformaria num verdadeiro vale de lágrimas:
“ Um Janelão para o Céu”.
O autor tratou a sua situação de uma maneira realista e sem
auto-piedade. Mais ou menos assim: “Putz! Me quebrei inteiro, fui parar numa
cadeira de rodas e estou dependendo da ajuda de amigos e familiares para
reaprender a viver. Êpa! Mas pêra aí... a vida continua! Tenho que dar o melhor
de mim para se tornar cada vez menos dependente.
Li a obra do cara meio que por
acaso, emprestado de uma amiga, mas gostei tanto que resolvi comprar “Feliz Ano
Velho” num sebo para relê-lo.
(Confira aqui o post da obra)
03 – O Alienista (Machado de Assis)
O meu primo levou um susto quando
eu lhe disse que pretendia reler o Alienista. – Santa Pernilonguilda do Boné Vermelho!
– exclamou ele – Meu primo quando fica surpreso tem o hábito de inventar nomes
engraçados de santos que não existem e jamais existirão.
- Você disse que vai reler o
Machado?! – Vou, afirmei. - O velho quase fez com que eu repetisse de ano em
literatura com aquela sua linguagem rebuscada! – Disse meu primo, se referindo
ao famoso escritor brasileiro.
Mas ao contrário do que muita
gente pensa – incluindo o meu primo ‘criador de santos’ – “O Alienista” é uma
obra de leitura fácil e agradável. Tudo bem que tenha um pouco de eruditismo,
mas esse ligeiro rebuscamento não atrapalha em nada a leitura, pelo contrário, a
história de Simão Bacamarte e a sua famosa Casa Verde é fascinante.
O Alienista, segundo a maioria dos
críticos literários, pode ser considerada a primeira obra do escritor com
caráter realista. Alguns a consideravam inclusive, como um conto.
No
enredo, Simão Bacamarte – o Alienista do título – decide criar na cidade
fluminense de Itaguaí um lugar para estudar os limites da razão e da loucura
dos seres humanos. Nasce assim, a Casa Verde ou Casa de Orates onde o cientista
interna todas as pessoas que ele julga serem loucas. Ocorre que com o passar do
tempo, Bacamarte vai prendendo no local a maioria dos moradores da cidade,
incluindo sua mulher Evarista. Para o alienista, todos são loucos. É quando
ocorre uma rebelião dos moradores de Itaguaí comandada por um barbeiro.
Estarei
relendo a obra de Machado de Assis brevemente; com certeza.
04 – As Crônicas de Miramar – O Segredo do Camafeu de Prata
(Flávio St Jayme e Wemerson Damásio)
Este
livro fez com que eu voltasse ao tempo e revivesse um dos períodos mais felizes
da minha saga de leitor inveterado: a época de ouro da “Coleção Vaglume”. É
isso aí galera, ler “As Crônicas de Miramar – O Segredo do Camafeu de Prata” é
o mesmo que ter em mãos os melhores enredos daquela coleção que entrou para a
antologia da literatura brasileira.
Não tem como você parar de ler “As Crônicas de Miramar”. O enredo
misterioso, de fato, prende a atenção do leitor, pois todos querem,
desesperadamente, saber o que acontece na estranha cidade de Miramar. É para lá
que vão as crianças e jovens que descobrem ter algum tipo de poder.
Estes adolescentes não podem estudar em escolas comuns ou conviver com
outras pessoas em suas cidades por serem ‘diferentes’. Por causa desses dons,
elas acabam sendo rotuladas de estranhas ou até mesmo aberrações. Para evitar
que seus filhos acabem sendo excluídos da nossa sociedade, eles acabam sendo
obrigados a levá-los para Miraramar, após receber um estranho convite,
prometendo novo emprego, uma nova casa, enfim, uma nova vida cheia de
prosperidade.
Mas ao chegarem à misteriosa cidade, eles começam a descobrir segredos
terríveis que colocam em cheque todas as promessas de prosperidade feitas
anteriormente.
Recomendo a obra de olhos fechados!
(Confira
aqui o post da obra)
05 – A
Corrente, Passe Adiante (Estevão Ribeiro)
Tudo bem que a Draco deu uma pisada feia comigo e deixou o menino aqui
na mão, mas isso não me impede de dizer que a obra do Estevão Ribeiro lançada
pela editora é o fino do terror. Quanto
a pisada, foi bem frustrante, do tipo pouco caso. Comprei o livro, louquíssimo
para lê-lo, e depois de alguns dias, ao iniciar a história, percebo que estão
faltando 15 páginas (da 33 a 48). Como havia perdido a nota fiscal, fiquei
impossibilitado de trocar o produto na Livraria Folha, por isso entrei em
contato com a Draco na esperança de me atenderem. Eles atenderam, enviando um
e-mail, exatamente com as páginas faltantes, nem uma a mais! Caraca Draco! Cadê
a consideração? Juro que estava esperando o envio de um outro livro, dessa vez,
com todas as páginas. Mas...
Chega de lamentações. O livro do Estevão Ribeiro é uma jóia rara do
terror. Bruna é tão maligna que não fica devendo nada para as personagens criadas
pelos grandes mestres das histórias de terror. A garota é uma lasca de
ruindade. Um ser sobrenatural que mata por prazer. Ela é um fantasma demoníaco
que vive dentro dos computadores. Juro que após ler o livro fiquei com receio
de ligar o meu PC e principalmente verificar as minhas mensagens eletrônicas,
temendo encontrar alguma daquelas famigeradas correntes.
Bruna tem o hábito de enviar uma corrente amaldiçoada nos e-mails de
suas vítimas. Aqueles que se negam passar a mensagem morrem, além de ficarem
amaldiçoados, já os que passam acabam condenando outras pessoas. Enquanto a
corrente não for quebrada, o fantasma demoníaco de Bruna sempre continuará
ativo e atormentando outras pessoas.
Confesso que estou com uma vontade enorme de reler o meu livro de
páginas faltantes.
(Confira
aqui o post da obra)
06 –
Irmandade de Copra (Caroline Defanti)
A “Irmandade de Copra” é um dos melhores livros de ficção cientifica que
já li em toda a minha vida de leitor. E o melhor: escrito por uma jovem autora
brasileira!
A história de Caroline Defanti já começa conquistando o leitor em seu prólogo,
onde a autora, em apenas três páginas, explica numa narrativa cheia de suspense
como são criados os super-soldados que irão combater os alienígenas que se
apossaram do planeta Terra. A transformação de Gabriel em Arcanjo e de Aeris em
Musa, de fato prende o leitor, e já dá uma noção de como funciona o polêmico e
questionado projeto que une o DNA alienígena ao dos humanos, alterando toda a
sua genética e conferindo-lhes poderes especiais, mas não sem antes
cobrar um alto preço por isso. Dos inúmeros aspirantes à “Irmãos” – é assim que
são conhecidos os super-soldados já que fazem parte de uma Irmandade – nem
todos conseguem sairem vivos do processo de mudança. Após adquirirem os seus
dons, eles ainda são obrigados a passar por uma prova final de vida ou morte
para testar a suas novas habilidades.
Defanti explica de uma maneira crua – sem meias palavras – o processo de
‘amadurecimento forçado’ desses jovens que ao ingressarem na escolinha da
Irmandade são obrigados a esquecer que são crianças ou adolescentes para se
tornarem adultos prematuros, queimando etapas importantes de suas vidas. Neste
aspecto, a autora foi muito feliz ao beber na mesma fonte de Orson Scott Card e seu fantástico "O Jogo do Exterminador".
Quando bater aquela vontade de ler alguma história
de ficção científica, já sei o lugar certo onde procurar em minha estante.
Confira aqui o post da obra)
07 – Canibais: Paixão e Morte na Rua do Arvoredo (David Coimbra)
Em seu primeiro romance, David
Coimbra revisita um episódio célebre do passado porto-alegrense que ficou conhecido
como o “Caso do Linguiceiro”. Em meados do século 19, o açougueiro Ramos e sua
mulher, Catarina, assassinaram dezenas de pessoas e utilizaram os cadáveres
para fazer linguiça, transformando os habitantes da Porto Alegre de então em
involuntários canibais.
O fato foi tão macabro, mas tão
macabro que apesar de ter ocorrido no século 19, quando Porto Alegre ainda
estava engatinhando – contando com menos de 20 mil habitantes – nem mesmo a
aura de tecnologia ultra moderna do século 21 conseguiu apagar.
A obra de Coimbra foge inteiramente
do convencional, à começar que não se trata de um livro técnico, pelo
contrário, o autor optou por transformar a história do linguiceiro da Rua do
Arvoredo num romance, mas nem por isso, menos interessante; pelo contrário, o
livro prende a atenção do leitor com facilidade.
Recomendo a releitura, com certeza.
(Confira
aqui o post da obra)
08 – Além da Carne: Contos Insanos (César Bravo)
“Além da Carne – Contos Insanos” é
mais um livro de histórias curtas de terror do escritor brasileiro e
taubatense, César Bravo. uma das
gratas revelações da literatura fantástica, pra ser mais exato, do gênero
terror. Prova que temos grandes talentos escondidos, aqui na terrinha,
aguardando apenas que algum figurão de uma grande editora os descubram.
Enquanto isso, eles vão publicando os seus e-books na Amazon e nos deliciando.
César Bravo é um desses autores.
“Além da Carne – Contos Insanos”
com as suas seis histórias é a essência do gore. As histórias não só assustam
como também incomodam. E o que é ficar incomodado nesse caso? Simples. É se
lembrar de determinada cena 10, 20, 30 ou 40 anos depois.
O conto que mais me agradou foi “A
Expressão da Desgraça”, o penúltimo do livro. A história gira em torno de um
quadro maldito pintado por um cigano muito velho e que já morreu há tempos. A
obra é tão demoníaca que por mais de dois séculos ficou com a sua tela coberta
para que ninguém a visse. Até o dia em
que algum curioso metido a besta resolveu provar que tudo não passava de
bobagens. Entonce...
Logo,
logo estarei relendo esse livro.
(Confira
aqui o post da obra)
09 – De a’Ha a U2 (Zéca Camargo)
Eu vivo relendo “De a-Há a U2” do Zeca Camargo. Volta e meia, lá estou
eu devorando algumas das entrevistas do livro. Elas são muito boas e realizadas
na época em que o Zeca era um repórter e apresentador muito competente. Mas, então, a Dona Globo
cavou a sepultura do moço, retirando-o do comando do Fantástico para apresentar
um já falido Video-Show e aí, deu no que deu.
Neste livro, Zeca reúne histórias
interessantíssimas dos bastidores de várias entrevistas que realizou com astros
do pop-rock do mundo todo. Ele conta tudo o que rolou antes dessas entrevistas
serem levadas ao ar ou publicadas nas páginas de um jornal. Coisas do tipo: O entrevistado
foi um “mala” ou educado?, “Quais exigências ele fez?”, “O Zeca pagou algum
mico?”, além de outras “cositas”.
Ele não poupa críticas para alguns
figurões do mundo pop que apesar de não cantarem nada ou então estarem numa
fase decadente, ainda se julgavam os reis da cocada preta fazendo exigências
absurdas para conceder uma entrevista curtíssima. Mas nem tudo é crítica; o
autor também elogia os astros talentosos, mesmo aqueles que foram arrogantes e
antipáticos durante a entrevista.
“De a-ha a U2” pode ser lido sem a
necessidade de seguir uma ordem cronológica, mas já adianto que todas as
histórias de bastidores narradas por Zéca são imperdíveis.
(Confira
aqui o post da obra)
10 – Análise da Inteligência de Cristo (Augusto Cury)
Cara, amei a coleção de Augusto Cury. Li os cinco livros que formam a
obra em apenas um mês. São espetaculares, quer você goste ou não de livros de
auto ajuda.
Cury que além de escritor é um conceituado psiquiatra promove em sua
coletânea uma abordagem do lado psicológico e comportamental de Jesus com
aplicação nas diversas áreas do conhecimento humano. Em outras palavras: ele
analisa a mente de Jesus à partir das atitudes tomadas pelo Cristo durante a
sua jornada de vida até o momento de sua crucificação.
A coleção é formada pelos livros: “O Mestre dos Mestres”, “O Mestre da
Sensibilidade”, “O Mestre da Vida”, “O Mestre do Amor” e “O Mestre
Inesquecível”. Eles nos proporcionam uma perspectiva filosófica e psicológica
do comportamento de Jesus.
O autor analisa como o Cristo
conseguiu liderar e modificar as atitudes de 12 pessoas complicadíssimas ou
será que você acreditava que os 12 apóstolos eram todos anjinhos? Tomemos Pedro
como exemplo. Ele era impulsivo, impetuoso e vacilante, indo de um extremo a outro com a maior
facilidade. Em sua natureza humana, Jesus conseguiu mudar o comportamento
de Pedro e também de seus outros apóstolos, transformando-os em seres humanos
de qualidades múltiplas, verdadeiros exemplos para todos nós.
Acabei de reler “O Mestre
Inesquecível” – livro que fecha a coleção - há poucos dias.
(Confira aqui o post da obra)
Pessoal, inté!
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