30 outubro 2015
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Depois de transformar uma tia chata e arrogante num
balão – só podia ser parente dos Dursley – e ficar no meio de uma briga boba
entre Rony e Hermione, seus dois melhores amigos, Harry parte com tudo para o
seu terceiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E que ano!
Considero “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”
o melhor livro de toda a série, superando até mesmo “A Câmara Secreta” e “As
Relíquias da Morte”. Cara, o enredo é demais! Não consegui desgrudar os olhos
das páginas e confesso que foi difícil manter o meu desafio literário de pé,
pois o que eu mais queria era mandar a minha ‘releitura-foguete’ as favas e
reler o livro na tranqüilidade do meu quarto, sem nenhum compromisso com o
tempo. A história é por demais viciante. Mêo! Com certeza, J.K. Rowling estava
inspirada quando escreveu essa sequência.
A obra traz um de meus personagens preferidos:
Sirius Black.
Não quero começar falar escrever muito sobre
Sirius para não liberar os malditos spoilers que, certamente, irão estragar o
prazer daqueles que ainda não leram “O Prisioneiro de Azkaban”. Basta dizer que
o personagem é muito profundo e intimamente ligado aos pais de Potter. Leiam o
livro e desvendem vocês, os muitos segredos de Sirius. Ele retorna em “O Cálice
de Fogo” – não pessoalmente, mas em sua forma de ‘animago’ e através de cartas escritas
por ele e que são lidas por Potter – e ainda em “A Ordem da Fenix” onde tem o
seu destinado selado.
Outro personagem fera que surge com destaque no
terceiro volume da saga é o professor Remo Lupin. O cara é um... PQP! Também
não dá pra falar do cara sem cuspir spoilers! Tá bem, ta bem, vou dizer apenas
que o seu apelido é “Aluado”. Ele é um dos professores de Harry em Hogwarts. O
seu segredo, à exemplo de Sirius, também será desvendado durante a história.
Sirius, Lupin e Peter Pettigrew – esse último um
sujeito sacana da moléstia e como não bastasse, ainda com cara de rato –
formavam um grupo que no passado ficou conhecido em Hogwarts como “Os Marotos. Eles
criaram um mapa mágico, conhecido por “Mapa do Maroto” ou “Mapa do Salteador” que mostra o castelo de Hogwarts e os terrenos da
escola, incluindo passagens secretas de dentro e de fora da escola. O mapa
também mostra o nome e a localização das pessoas nos terrenos de Hogwarts,
mesmo que estejam sob Capas de Invisibilidade ou disfarçados de qualquer outra
maneira, como por Poção Polissuco, por exemplo. Os trechos da história em que os
personagens usam o Mapa do Maroto são fantásticos.
Por tantas nuances, mistérios e
reviravoltas é que “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” é considerado, por
muitos, o melhor dos sete livros da saga; uma verdadeira montanha russa de
emoções.
Neste terceiro volume, para
sua surpresa, Harry é procurado pelo próprio Ministro da Magia que está
preocupado com o garoto, pois fugiu da prisão de Azkaban um perigoso bruxo
chamado Sirius Black, que teria assassinado treze pessoas com um único feitiço
e traído os pais de Harry, entregando-os a Voldemort. Sob forte escolta, o
garoto é levado para Hogwarts. Para
piorar a situação, os terríveis guardas de Azkaban, conhecidos por dementadores
– seres malignos que se alimentam da alma e da vontade de viver das pessoas -
estão de guarda nos portões da escola, caso Sirius Black tente algo contra
Harry. E é, então que as reviravoltas na história chegando ‘rasgando’, como diz
um velho ditado.
Sem choro, nem vela:
“Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” é o melhor livro de toda a saga.
E é só.
27 outubro 2015
Os Senhores do Norte (Crônicas Saxônicas – Livro III)
Caramba, no meu outubro só está dando Uhtred e Harry
Potter! Não tenho tempo para encarar outros livros. Culpa – no bom sentido, é
claro – do desafio literário ‘a La Potter’ que resolvi inventar (confira aqui).
No final tive que encaixar os sete livros do menino bruxo no meu dia a dia de
leitor que vinha sendo inteiramente dedicado às “Crônicas Saxônicas”. Mas como
se trata de duas sagas antológicas, estou me deliciando com a releitura de
Potter e a leitura de Uhtred, Alfredo e Cia.
Ontem terminei de ler o terceiro livro das Crônicas
Saxônicas, chamado “Os Senhores do Norte”. Cara, que show!! Eu não conseguia
largar o livro; aliás, acredito que concluirei a leitura da saga em tempo
recorde. Mal esquentei e já dei início ao 4º volume: “A Canção da Espada”.
Pelo que eu pude ver nas redes sociais, a maioria
dos internautas consideram “A Canção da Espada” o melhor dos oito livros das
‘Crônicas’ lançados no Brasil -
lembrando que o 9º volume da saga de Bernard Cornwell desembarca em terras
tupiniquins ‘loguinho da Silva’.
Comecei a ler “A Canção da Espada” agora, ainda
estou na página 53, mas estou em dúvida se conseguirá superar “Os Senhores do
Norte”. Tomara que consiga, pois assim, quem terá a ganhar será o meninão aki
(rs).
Cornwell arrebentou no terceiro livro. O enredo tem
aventura, intrigas, traições e romance. Juntos, esses ingredientes, tecem uma
teia de aranha que consegue prender em seus fios o mais disperso dos leitores.
Desta vez
Uhtred é traído por um amigo e acaba sendo vendido como escravo numa galé. O guerreiro sofre horrores na
embarcação durante dois anos, sendo chicoteado, espezinhado e marcado como
escravo por um senhor cruel auxiliado por uma tripulação mais bárbara ainda.
Putz que dózinha do Uthred. Mêo, desta
vez, o cara sofreu!
Mas quando tudo parecia perdido na vida do guerreiro
pagão, eis que Cornwell dá uma reviravolta na história que tonteia o leitor.
Cara, a reviravolta é tão inesperada, tão gostosa, tão improvável que você
vibra como se estivesse assistindo uma matinê. Neste trecho do livro eu soltei
um Iahuuuuu enorme e dei um soco no ar gritando PQP! Valeu!
Uhtred acaba sendo salvo por pessoas que você, e
principalmente ele, jamais esperava. – “Ele tirou o elmo e riu para mim. Disse
algo, mas não escutei. Só estava olhando incrédulo enquanto ele ria mais
largo... e então comecei a chorar. Chorei porque estava livre... Saí da água e
o abracei, ele deu tapinhas desajeitados em minhas costas, sem conseguir parar
de rir porque também estava feliz”. Ehehehe! Tá curioso pra saber à quem Uthred
está se referindo, não é?
Pois é, passada a emoção do salvamento, uma fúria
guerreira invade a alma de Uhtred e os
mercadores de escravos comem o pão que o diabo amassou. Iaahuuu, novamente!!
Mas as emoções e as surpresas de “Os Senhores do
Norte” não param por aí. A batalha travada pelos guerreiros de Uhtred e Ragnar
com o apoio de Alfredo para tomar a fortaleza de Dunholm, onde vive o cruel
Kjartan e seu filho Sven, o “Caolho”, é impagável. Coisa de loko cara! O trecho
do ataque dos cães selvagens de Kjartan aos invasores de sua fortaleza é de
fechar os olhos. Nesta hora, novamente, Uhtred e seus guerreiros contam com a
sorte e, prá variar, Cornwell nos brinda, mais uma vez, com algo deliciosamente
improvável envolvendo Thyra, irmã de Ragnar. Alguns críticos de Cornwell acusam
que ele fantasiou muito nessa parte do enredo, mas fantasiando ou não, a
entrada de Thyra em cena é algo divinamente inesperado e triunfal. Mil vezes
Putz!
Além da “Batalha de Dunholm” há também o embate
entre Uhtred e Ivarr, comandante do exército dinamarquês, aliado de Kjartan.
Cornwell descreve as cenas de duelo de espadas e batalhas com uma perfeição
incrível. Tão perfeitas que dão a impressão de que o leitor está ali, no centro
de uma parede de escudos.
Ah! E como se esquecer de Gisela. Não tem como!!
Depois de Brida, Mildrith, Iseult e Hild, ela é mais uma mulher de Uthred que
entra na história. Gisela é doce e amorosa, mas ao mesmo tempo guerreira, temida
e forte. Apaixonei-me por ela, pois de todas que conviveram com ‘O Senhor da
Guerra’, Gisela é a que mais se parece com Brida. Ela tem um papel de destaque
na trama.
Neste 3º volume de “Crônicas Saxônicas”, o leitor
também conhece novos guerreiro de Uhtred que passarão a fazer parte de seu
exército, tornando-se seus homens de confiança. Entre eles estão Clapa,
Sithtric (filho bastardo de Kjartan), Rypere e Finan.
Em “Os Senhores do Norte”, a história se passa em
878, período em que o reino de Wessex de Alfredo está – pelo menos,
temporariamente – livre dos vikings. Por isso, agora, Uhtred decide voltar as
terras do Norte para vingar a morte do pai adotivo (Ragnar, O Velho), além de
resgatar a irmã de seu melhor amigar, Ragnar, O Jovem. Para isso, terá enfrentar
o seu velho inimigo, Kjartan, um renegado chefe dinamarquês que se esconde
na intransponível fortaleza de Dunholm.
Que livro!
25 outubro 2015
Harry Potter e a Câmara Secreta
E vamos que vamos com o nosso desafio literário, o
qual já batizei de “Desafio Mea Culpa” (leiam aqui e vocês entenderão melhor).
Olha aí heinn galera, torcendo por mim; afinal terei que reler toda a saga do
menino bruxo em uma semana. Santo Antão!! Um livro por dia! Será que eu
consigo. Tudo bem que seja uma leitura dinâmica do tipo vapt-vupt, mas acontece
que também estou encarando as “Crônicas Saxônicas”, entonce... já viu né?!
Mas tudo bem, vamos ao que interessa. Já conclui a
releitura do segundo livro da saga: “Harry Potter e a Câmara Secreta”. Olha,
confesso que foi muito difícil fazer uma leitura do tipo ‘rapi-10’ porque a
história é envolvente demais, mesmo para aqueles leitores que, assim como eu,
já conhecem o enredo. A minha vontade era reler a história de J.K. Rowling
tranquilamente, sem o compromisso de atrelá-la à um desafio literário.
Acho “Câmara Secreta” o livro mais denso da saga, o
mais...digamos tenebroso. Por quê? Vejam bem; Harry tem apenas 12 anos e apesar
da pouca idade enfrenta um de seus maiores desafios e chega a ver a morte de
perto. Desta vez, o garoto encara algo, de fato, abominável; uma criatura
maligna à altura do Lord das Trevas, Voldemort.
Além do enredo apresentar perigos inomináveis para o
pequeno Harry; “A Câmara Secreta” introduz pela primeira vez no chamado
“Universo Potter”, personagens e detalhes importantes que passarão a ser
abordados com freqüência nos próximos livros. A famosa “Poção Polissuco” é um
deles. Neste segundo livro, o professor Severo Snape ensina os seus alunos prepararem
a fórmula antológica que permite que o consumidor assuma a forma física de
outra pessoa, desde que se consiga uma parte individual do corpo da pessoa para
adicionar à poção.
O Diário de Riddle também é outro objeto mágico importante
que dá as caras pela primeira vez em “Harry Potter e a Câmara Secreta”. É um
diário escrito por Tom Roddle (Voldemort) durante o período em que estudou na
escola de Hogwarts. Meio século depois, Voldemort deixou o perigoso livro nas mãos de seu fiel
seguidor Lúcio Malfoy, pai de Draco, que mais tarde o entregou a Gina Wesley,
irmã de Roney, sem ela perceber. À medida que Gina
escreve no diário em branco, a tinta apaga-se e surge uma nova frase escrita
por Riddle, ao que ela respondia. Isso fez a garota ser possuída por Voldemort
e levada à Câmara Secreta.
O livro ainda faz uma pequena referência à prisão de
Azkaban que terá um papel muito importante no próximo livro da saga. Ah!! Não
posso me esquecer também do elfo doméstico Dobby aprontando das suas neste
segundo volume da série.
Todos esses objetos mágicos voltam a aparecer com
destaque nos próximos livros, por isso, além de denso também considero “Harry
Pottrer e a Câmara Secreta” referência de toda a saga.
O enredo da obra, traz Harry vivendo o seu segundo
ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e enfrentando um de seus maiores
desafios. Ele tem que localizar uma
câmara secreta e liquidar um monstro que está atacando estudantes do colégio
Hogwarts, sem contar que Gina, irmã de seu melhor amigo, foi capturada por
Voldemort e levada à tal câmara onde vive ‘amoitado’ a terrível criatura.
Harry contará com importantes aliados nessa
empreitada, entre eles uma Fênix, a ave mágica de Dumbledore, aquele velhinho
simpático e cheio de enigmas que é diretor de Hogwarts.
O final da história é tenso, mas também engraçado e
emocionante.
Falou galera! Volto em breve com “O Prisioneiro de
Azkaban.
24 outubro 2015
Harry Potter e a Pedra Filosofal
E como promessa é divida, certamente terei de
cumpri-la, mas cumpri-la com louvor e feliz da vida. Há alguns dias publiquei
um ‘mea-culpa na fanpage do blog, reconhecendo a minha omissão com relação a Harry
Potter, uma das melhores sagas que já li em minha vida. Pois é, mesmo tendo
amado os sete livros, não resenhei nenhum deles. Caramba, que falha! Por isso,
para amenizar esse tremendo ‘furo n’água’ decidi fazer um desafio literário:
ler de maneira dinâmica todos os livros do menino bruxo e depois publicar as
respectivas resenhas. Nada mais justo, não é?. Sei lá, acredito que seja uma
forma de espiar o meu ‘pecado mortal’... o da omissão (rs).
Quero aproveitar para agradecer o Príncipe Charles.
É! Aquele mesmo que era casado com Diana Spencer ou simplesmente Lady Di (como
era mais conhecida), que morreu num acidente de carro. Mas o que o Duque da
Cornualha (ôooo nomezinho de cidade suspeito!) tem a ver com tudo isso. Simples
galera. Foi o tal príncipe ou duque, tanto faz, que há aproximadamente uma
década e meia me incentivou a ler Harry Potter. Lembro que na época o cara
estava em alta na mídia. Só dava ele e a sua ‘mulher-princesa’. Certo dia, um
jornal publicou a notícia que um dos livros de cabeceira do sujeito era “Harry
Potter e A Pedra Filosofal”.
- Mil vezes caraca!! Como um príncipe, um homem tão
austero e sério iria ler um livro desses – exclamei – já que na minha vã
filosofia, Potter e toda a sua magia não passava de literatura infantil. Então,
movido pela curiosidade, comprei o livro e embarquei na viagem ao mundo mágico
de Hogwarts.
Cara, me surpreendi! “Zilhões de vezes obrigado grande
príncipe da Cornualha!” (olha o nomezinho suspeito de novo aí!). “Harry Potter
e a Pedra Filosofal” é fantástico. Depois de devorá-lo, não pensei duas vezes em
adquirir os outros seis volumes que são tão fantásticos quanto o primeiro.
Costumo dizer que você não lê as aventuras de Harry
Potter, mas simplesmente, as devora com avidez. Considero-me um leitor de sorte,
já que li os sete livros da saga antes de assistir aos filmes. Portanto, pude
aproveitar cada segredo contido nas entrelinhas das obras literárias, antes que
as produções cinematográficas os detonassem com spoillers.
“Harry Potter e a Pedra Filosofal é o início de
tudo. O livro serve de introdução aos personagens principais: Harry, Hermione
Granger, Ron Weasley, Draco Malfoy, Severo Snape, Dumbledore, Voldemort e
tantos outros. A leitura do livro é fundamental para que você possa seguir
lendo os demais da saga, pois tudo começa nele, a infância de Harry, a tragédia
envolvendo seus pais, sua iniciação na escola de bruxaria de Hogwarts, seus
primeiros laços de amizade, o surgimento de Voldemort, etc. A autora britânica
J.K. Rowling escreveu sete livros dependentes um do outro.
Harry Potter é um garoto comum de 11 anos que após a
morte de seus pais passou a morar com os seus tios e o primo. Eles tratam Harry
muito mal, como um verdadeiro estorvo, tanto é que ele vive num armário debaixo
da escada da casa. Mas a sua vida muda quando ele é resgatado por uma coruja e
levado para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lá ele descobre tudo
sobre a misteriosa morte de seus pais, além de aprender a jogar quadribol que é
uma versão do jogo de futebol com os jogadores atuando sobre vassouras de
bruxos.
Com ajuda de seus amigos Rony e Hermione ele enfrenta Lord
Voldemort, considerado o mais poderoso
bruxo das trevas dos últimos tempos, que
muitos anos antes matou os pais de Harry, e falhou quando tentou matar o garoto
que na época tinha apenas um ano.
Um livraço para todas as idades!
22 outubro 2015
Cinzarela e o sapatinho de vidro
Desculpem-me por minha opinião leiga sobre o
assunto, mas acredito que o gosto pela leitura chega quando ainda somos aqueles
pirralhinhos que mal aprendemos a andar. Se esses tais pirralhinhos tiverem
pais que incentivem a leitura nessa fase – vejam bem, disse pais que incentivem
a leitura e não pais que ‘gostem de ler sem nada fazer’, pois pouco adianta
devorar zilhões de livros e deixar o filho grudado na frente da TV vendo
desenhos e mais desenhos – com certeza se tornarão ávidos leitores.
Cara, não pergunte como me lembro de ter lido todas
essas histórias porque não sei; simplesmente não sei e só. São insights que
chegam em minha mente e cada vez que eles ‘dão as caras’, sinto um prazer
enorme e um gosto maior pela leitura. É por isso que disse no início do post
que acredito que o gosto pela leitura surge nesta fase de nossas vidas.
Novamente, me perdoe os pedagogos de educação infantil se eu estiver errado.
Bem, mas porque estou dizendo escrevendo tudo
isso? Eu explico. Galera, há dois dias, recebi um exemplar de “Cinzarela e o
Sapatinho de Vidro” da Poetisa, uma nova editora brasileira especializada em
traduções literárias, principalmente histórias para crianças. Caraaaca! Que
saudades bateu da minha infância.
Ao pegar o livro em minhas mãos, pensei na sorte das
nossas ‘crianças-leitoras’ do século XXI, quer dizer... desde que tenham pais
que incentivem a sua leitura, deixando a TV, um pouquinho, de lado.
O livro infantil lançado recentemente é muito bom e
o seu projeto gráfico - guardadas as mínimas proporções - lembram o livro de
capa amarela do Pinóquio que li há mais de meio século. A ilustradora Marcela
Fehrenbach fez um excelente trabalho.
A Poetisa inovou na história de Cinderela e o seu
famoso sapatinho perdido que percorreu o mundo ganhando tanta fama que acabou,
até mesmo, indo parar nos antológicos estúdios da Disney.
A gata borralheira idealizada por Charles Perrault em
1697 sofreu mudanças ousadas e também necessárias para os dias atuais, deixando
a personagem com um jeitinho brasileiro.
A história é a que você já conhece: irmãs más, uma
linda fada, bailes românticos e um sapatinho perdido. O que o leitor não
espera, porém é a tradução inovadora de kall Salles e o projeto gráfico de
Fehrenbach que traz uma linda princesa morena (Uhauuu! Acredite se quiser:
m-o-r-e-n-a! Quer homenagem melhor do que essa para nós brasileiros?!)
Cynthia Beatrice Costa, uma das editoras da Poetisa
explica que quando o grupo envolvido no projeto refletiu sobre o visual da
“gata borralheira à lá Século 21”, decidiu fugir do padrão
loirinha-com-cara-de-gringa. Ela esclarece que o texto de Perrault não faz
referência às características físicas da protagonista. Só diz que ela é linda.
Então, a galera da Poestisa deve ter pensado numa garota de olhos grandes,
cabelos volumosos, charmosa e principalmente morenaça da gema como a maioria
das mulheres brasileiras.
Mas você deve, também, estar se perguntando: porque
Cinzarela e não Cinderela? A explicação da Poetisa é que Cendrillon, o nome da
personagem em francês, descende de cenze (cinza, em português), porque a
personagem dorme sobre as cinzas de uma lareira. Dessa maneira, a editora
decidiu que era hora de retraduzir o nome para algo que fizesse mais sentido em
português, já que Cinderela é o nome da heroína em inglês. E, assim, surgiu
“Cinza-Rela. Além do sentido, o nome mantém, também, a sonoridade da letra “R”,
presente no original. Capiche?
Parabéns para a Poetisa pela coragem em modificar –
com sucesso – uma história que ao longo desses séculos ganhou o status de
antológica.
Agora, só resta aos pais fazerem a sua parte e
apresentarem a “gata borralheira brasileira” aos seus futuros devoradores de
livros.
Detalhes
do livro
Título:
Cinzarela e o sapatinho de vidro
Autor: Charles Perrault
Tradutor: Kall Salles
Ilustradora:
Marcela Fehrenbach
Editora: Poetisa
Ano:
2015
Número
de Páginas: 20
Formato:
25x27,8 cm.
Preço:
R$ 34,90
19 outubro 2015
O Cavaleiro da Morte (Crônicas Saxônicas – Livro II)
Não esperem grandes batalhas e lutas em “O Cavaleiro
da Morte” – aqui, vale uma exceção ao seu final, onde o ‘bicho’ pega - mas nem
por isso o segundo volume de “Crônicas Saxônicas”, narrado em primeira pessoa
por Uhtred – aliás toda a saga segue esse estilo narrativo – é ruim. Muito pelo
contrário. Cara, é um livraço! Taí, um ponto a mais para Bernard Cornwell que
prova a força de seu estilo narrativo que não precisa ficar se agarrando a
lutas de espadas, machados ou nos confrontos entre as famosas paredes de
escudo (ver aqui e aqui).
Em “O Cavaleiro da Morte”, o autor explora ao máximo
os relacionamentos conflituosos de Uhtred, além de mostrar um Alfredo mais
humilde, muito diferente daquele rei auto-suficiente que não aceita ser
questionado em hipótese alguma. Humildade que chega com a derrota, já que o rei
de Wessex é obrigado a fugir para os pântanos, após a invasão de seu reino
pelos dinamarqueses. Cornwell também dá preferência para as mulheres que passam
a fazer parte da vida de Uthred. Se em “O Último Reino” conhecemos Brida e
Mildred, agora, em “O Cavaleiro da Morte” é a vez de Iseult e Hild.
No avançar das 391 páginas, Uhtred vai conhecendo
pessoas que julga ser amigos, mas acabam provando o contrário, e também outras;
melhor dizendo, ‘outra’, que acredita ser inimiga mortal, mas após uma
reviravolta incrível - só mesmo Cornwell para fazer isso – acaba se tornando
seu fiel seguidor.
Cara, o enredo cheio de reviravoltas e com uma
narrativa muito forte, faz com que o leitor não sinta nem um pouco a falta das
grandes batalhas tão características do estilo de Cornwell.
O trecho em que Alfredo, O Grande, após a sua fuga, resolve
abrir o coração para Uhtred conversando com ele como um igual, despido de toda
a arrogância e auto-suficiência, é impagável. Uhtred, por sua vez, aproveita
para dizer ao rei, tudo o que está entalado na garganta, sem ao menos chamá-lo
de ‘Senhor’. Mas o final do ‘papo’ é antológico e até mesmo emocionante quando
Alfredo pede algo para Uhtred e ele... Cara, cara, olha os spoilers!! Vai
parando por aí, vai!
Prestem atenção também no temível guerreiro Steapa,
um gigante com espada de ‘uma tonelada’ e escudo com o dobro desse peso que
enfrenta Uhtred numa luta de vida ou morte. Prestem atenção mesmo, porque...
Putz e putz!! É duro querer escrever algo, mas ficar com medo dos temíveis
spoilers. Dexapralá! Leiam, só isso.
Bem galera, o livro começa no dia seguinte aos
eventos de “O Último Reino”,
primeiro volume da série.
São tempos terríveis para os saxões. Derrotados
pelos vikings, Alfredo e seus seguidores sobreviventes procuram refúgio em
Æthelingæg, uma região pantanosa e esquecida a que ficou reduzido o seu reino. Encobertos
pela neblina, viajam em pequenos barcos entre as ilhas na esperança de se
reagruparem, e encontrarem mais apoio.
Ao reunir o Grande Exército, os vikings têm apenas
uma ambição: conquistar definitivamente Wessex. É então que a história de Davi
e Golias se repete: o poderoso exército dinamarquês comandado por Svein e
Guthrum versus o exército juntado as pressas e desorganizado de Alfredo. Só que
esse exército desorganizado tinha Uhtred; então já viu né?
Se no primeiro livro de “Crônicas Saxônicas”, Uhtred
enfrentou Ubba; em “O Cavaleiro da Morte”, ele topa com outro osso duro: Svein.
Mêo, que livro!
17 outubro 2015
O Último Reino (Crônicas Saxônicas – Livro I)
Vinha enrolando ‘pacas’
para comprar o primeiro livro da saga “Crônicas Saxonicas” de Bernard Cornwell.
Cara, eu estava muito temeroso. E como! Além de ser uma saga enooooorme com
oito livros - pelo menos até agora, já que o 9º está a caminho e sabe-se quantos
outros virão – o enredo não me atraia muito. Eu pensava que a história girava somente
em torno de Alfredo, O Grande, que de fato existiu, e que livrou o território
britânico dos invasores vikings. Aliás, se não fosse o monarca, hoje, a
Inglaterra não existiria, já que a fúria avassaladora dos invasores dinamarqueses
subjugava ao seu domínio toda força anglo-saxão opositora, quer dizer... menos,
Alfredo; que conseguiu unificar os exércitos de várias regiões de seu reinado e
encarar os destemidos e furiosos invasores.
- “Caraca!! Esse rei é
o fodástico!” – exclamei. foi assim que acabei se interessando pela história,
apesar da sua infinidade de livros. Mas como sou um cara desconfiado, antes de
adquirir o primeiro volume de “Crônicas Saxonicas”, procurei dar uma
investigada na vida de Alfredo. E... bem, foi aí que me decepcionei. Ok,ok que
ele foi considerado o bam-bam-bam de toda a Inglaterra e o grande responsável
pelo país existir nos dias de hoje, mas a vida do nosso rei era muito chata
cara; aliás, chata demais. Pra começar, ele não era guerreiro. Tudo bem que o
sujeito fosse astuto, inteligente, além de um estrategista incomparável, mas no
campo de batalha, nada a ver. Então, pensei comigo: - “Meo! Pera aí! Os heróis
mais carismáticos criados por Bernard Cornwell são guerreiros e ‘da gema’,
daqueles que encaram qualquer tipo de batalha – por mais difíceis e até mesmo impossíveis
que sejam -, além de assumir numa boa, sem nenhum temor, a primeira fila de uma
parede de escudos”. Cara, eu não imaginava Alfredo como personagem principal
num enredo desses. Capiche?
Quando já estava quase
desistindo de encarar a saga, resolvi dar uma zapeada em algumas redes sociais e
blogs específicos sobre as famosas crônicas e foi então que conheci Uhtred. E
após conhecer esse guerreiro arrogante, convencido, sem papas na língua e nada
leal – já que ora luta pelos dinamarquês e ora pelos saxões – entendi que
Cornwell não iria jamais mijar foram do penico nesta nova saga. Afinal, ele é considerado
o “Rei dos Escritores” quando se trata de romance medieval. Resultado: comprei
o box com os cinco primeiros livros e, na semana passada, fechei a compra de
mais três, restando, agora, apenas o 9º volume que ainda será lançado.
Ao misturar personagens
reais com fictícios, o autor teve uma sacada de gênio, pois conseguiu contar a
história real de um dos mitos da formação do povo britânico, sem torná-la
enfadonha. Se temos um Alfredo cauteloso que prefere negociar com o inimigo,
antes de levar a disputa para um campo de batalha; por outro lado, temos um
Uhtred, cuja lei é a ponta de ‘Bafo de Serpente” (nome de sua espada). Para
ele, o lugar de qualquer negociação é num campo de batalha entre duas paredes
de escudos.
São dois personagens
complexos que vão muito além do tradicional “me ame ou me deixe”. Algumas
vezes, o leitor considera Alfredo o ‘cara dos caras’ e Uhtred um crápula. Em
outras, a situação se inverte. Acredito que seja é dubiedade dos dois personagens
que atrai o leitor. Mas posso garantir prá você: Uhtred superou todas as minhas
expectativas neste primeiro livro; o sujeito é o máximo.
“O Último Reino” é
o romance de abertura da série que conta a história de Alfredo, o Grande, e
seus descendentes. Cornwell reconstrói a saga do monarca pelos olhos do órfão
Uthred, um garoto nascido na aristocracia da Nortúmbria no século IX – um dos
vários reinos ingleses - que aos 9 anos, após uma batalha que culminou com a
morte de seu pai e de seu irmão, foi capturado e adotado por um poderoso
guerreiro dinamarquês. Após viver mais de dois anos nas gélidas planícies do
norte, apesar da pouca idade, Uhtred aprende a ‘maneira viking’ de sobreviver,
as suas crenças e também como lutar. No entanto, seu destino está
indissoluvelmente ligado a Alfredo, rei de Wessex, governante do único reino
inglês a não se dobrar a fúria dos guerreiros do norte.
O primeiro volume de “Crônicas Saxônicas” dedica a
maior parte de seu enredo à infância e adolescência de Uhtred entre os
dinamarqueses. Mesmo seu pai e irmão sendo mortos pelo grupo de guerreiros do
qual fazia parte o intrépido Ragnar, o garoto aprende a respeitar o dinamarquês,
o qual, por sua vez, passa a tratá-lo como um filho.
Paralelamente, também na vida de Uhtred, seu tio
Aelfric se apodera do reino de seu pai e chega a tramar a morte do sobrinho
para consolidar o seu domínio. A traição do tio, serve para lembrar Uhtred de
seu dever de reaver as terras da família, apesar de sentir cada vez mais
dinamarquês. Isto o faz se aproximar ainda mais de Alfredo, mas a razão
principal que o leva para o lado inglês é uma chacina que acontece numa fria
manhã de inverno, promovida por um
dinamarquês, da qual só Uhtred e uma outra garota sobrevivem.
“O Último Reino” também serve ainda para apresentar
Alfredo, o frágil, mas valente príncipe que assume o trono, após a morte de seu
irmão. Alfredo é astuto, inteligente e um brilhante estrategista, além de um
cristão fervoroso ao extremo e que vive cercado de padres e bispos, as vezes
nada confiáveis. Já Uhtred é um pagão convicto que acredita apenas nos deuses
nórdicos. Este é um dos motivos principais das brigas e desentendimentos entre
os dois, mas o legal nisso tudo é que no fundo ambos se respeitam.
As cenas de lutas e as batalhas descritas por
Cornwell em “O Último Reino” são fantásticas e dispensam comentários,
principalmente a batalha de Cynuit que fecha o primeiro volume. O confronto
entre Uhtred e Ubba que comanda os exércitos dinamarqueses é de tirar o fôlego.
Ubba é considerado um lutador invencível, um verdadeiro deus para os dinamarqueses,
mas adivinhe só quem é vai puxar a espada para desafiálo? Preciso dizer?
Gostei tanto de “O Último Reino” que o li em poucos
dias e já comecei a encarar “Os Senhores do Norte”.
Inté pessoal!
11 outubro 2015
Padre Marcelo Rossi ganha duas biografias não autorizadas. Livros revelam detalhes curiosos sobre a vida do sacerdote e como ele conseguiu vencer a depressão
Sempre dei mais crédito para as biografias não
autorizadas – quer dizer, desde que o seu autor seja um profissional respeitado
no meio jornalístico e não um “Zé Mané” sensacionalista – porque as considero
mais autênticas e menos artificiais. É claro que a maioria dos biografados que
concordam em expor publicamente as suas vidas, procurarão filtrar as
informações, autorizando, somente, a
publicação de fatos de seu interesse. Este é um dos motivos que me faz tão
cético às biografias.
É muito difícil encontrarmos uma biografia que valha
a pena aplicarmos os nossos reais, principalmente agora neste momento de crise
econômica que o Brasil está enfrentando, onde cada centavo deve ser muito bem
gasto. A maioria das biografias autorizadas não passa de livros promocionais
para enaltecer a imagem do biografado; enquanto que grande parte das não
autorizadas é escrita por ex-guarda costas, motoristas ou cônjuges ressentidos
com ex e que saem por aí em busca de vingança.
Por isso, estou meio escaldado com duas biografias
sobre o padre Marcelo Róssi que já entraram em fase de pré-venda nas livrarias.
Perceberam que eu disse apenas meio escaldado e não escaldado inteiro. O que me
transmite essa “meia” segurança em um dos livros – perceberam que eu disse “um”
dos livros e não os dois - é que,
primeiro: são biografias não autorizadas, por isso o biografado não teve o
poder de censurar trechos que julgasse prejudiciais à sua imagem; segundo:
conheço o jornalista Edison Veiga, do Estadão e li várias de suas reportagens e
deu pra perceber que se trata de um profissional sério e imparcial. Quanto a
Heloisa Marra, desculpe a minha ignorância, mas não a conheço. Por isso, não
posso ser leviano ao ponto de julgar o seu trabalho.
Entonce, só resta torcer para que Veiga tenha
mantido a qualidade de seu profissionalismo nesta biografia sobre o padre e que
Marra deixe de se tornar uma desconhecida – pelo menos para mim – e conquiste a
confiança através desse blogueiro. Digo isso porque pretendo comprar as duas obras.
Vamos ver...
Bem, falando escrevendo sobre os dois livros.
Em “Padre Marcelo Róssi: A Superação pela Fé”, assinado por Veiga, o repórter
do Estadão apresenta o perfil do padre mais famoso do Brasil, desde a escolha
tardia pelo sacerdócio até o reconhecimento nacional.
O autor explica que, ao contrário de muitos padres
que entram no seminário ainda na juventude, a vocação de Róssi surgiu apenas na
fase adulta – depois da vontade de ser bombeiro ou piloto de fórmula 1.
Segundo release publicado no portal da Livraria
Folha, desde 1997 que Veiga nunca deixou de prestar atenção nos passos do padre
Marcelo Rossi: a princípio por curiosidade, depois com interesse jornalístico.
Quanto a segunda biografia: “Padre Marcelo Róssi:
Uma Vida Dedicada a Deus” escrita por Marra, narra como Marcelo, um menino
modesto da periferia de São Paulo, tornou-se um dos evangelizadores mais
relevantes do Brasil.
No livro, a autora descreve o percurso íntimo que
Marcelo Rossi percorreu em sua jornada, desde a infância pacata aos traumas da
adolescência, até a ordenação contra a vontade dos pais e a posterior
consagração como sacerdote.
Em trecho da obra, a autora conta que Rossi, antes
de seguir a vida religiosa - teve quatro relacionamentos, porém, apenas um foi
sério. Ela conta detalhes desses relacionamentos . Segundo Marra, o tema das namoradas sempre desperta a
curiosidade da mídia e o padre não foge da resposta, mas só menciona o nome de
uma, Simone, com quem teria tido um relacionamento mais sério. Inclusive, entrevistado por Roberto Cabrini
para o SBT em 2012, contou que teve poucas namoradas - três ou quatro. “Uma, séria, Simone. Faz tanto
tempo que não a vejo. Se eu tenho 45, ela deve estar com seus 43 anos.”
No livro, ela ainda diz que em
março de 2012, ao conceder uma entrevista coletiva em Portugal, Róssi afirmou: ‘Sou celibatário convicto. Já vivo
assim há quase vinte anos. É uma vida de coração. Se você buscar as coisas,
assistir a filmes pornográficos, é óbvio que vai acabar se sujando. Mas se,
pelo contrário, olhar as pessoas com carinho e amor verdadeiro, nem pensa
nisso. E, mesmo se os padres pudessem casar, coitada da mulher que estivesse
comigo. Ia sofrer muito. Trabalho para Jesus a toda hora. Nenhuma mulher iria
entender isso’”.
As duas biografias abordam o
episódio de depressão enfrentado pelo sacerdote, que o fez engordar muito, e da
dieta rigorosa a que se submeteu e que lhe fez pesar apenas 60 quilos.
Para os leitores interessados, as
duas obras já estão em pré venda na maioria das livrarias virtuais. O lançamento
de “Padre
Marcelo Róssi: A Superação pela Fé” está prevista para o dia 15 de outubro; “Padre
Marcelo Róssi: Uma Vida Dedicada a Deus”, chega nas livrarias um dia depois.
Escolham o seu ou então, comprem os dois.
Inté!
08 outubro 2015
“As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata” chega as livrarias e com direito a booktrailer ‘animal’
Flavio St Jayme um dos autores de “As Crônicas de
Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata” deu-me duas boas notícias via facebook.
A primeira: a obra já chegou às livrarias físicas e virtuais; e a segunda: não
sei quem – autores, editora, avó do dono da editora, filhos dos autores (se os
tiverem), vizinho, primo, amigo do peito ou da onça, sei lá... – fizeram um booktrailer
animal do livro. Cara, que beleza. Muito bem produzido, desde imagens ao áudio.
Fiquei feliz com a notícia porque venho acompanhando
desde o início a luta desses dois jovens escritores – Flávio St Jayme e
Wemerson Damásio – para publicar o seu primeiro livro. Quem quiser conhecer
mais a fundo a saga dessa dupla basta acessar aqui e aqui. E agora, que eles
conseguiram dar esse passo tão importante na vida de qualquer escritor que é o
de ver a sua obra publicada, explodindo nas livrarias de todo o País, cara...
só resta comemorar e muito.
Torço muito para o surgimento de novos escritores
brasileiros com talento que possam fazer frente à essa avalanche de lançamentos
literários de autores e autoras americanos ou europeus fraquíssimos que judiam
dos nossos neurônios com as suas distopias e sagas infinitas.
Quanto “As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu
de Prata”, o enredo promete e tudo leva a crer que irá conquistar a galera, da
mesma forma que “A Irmandade de Copra” da
carioca Caroline Defanti conseguiu conquistar milhares de leitores.
“E se você fosse levado a um lugar que
ninguém sabe onde fica exatamente? Governado por Caroline Corin, o lugar abriga
pessoas com dons e habilidades especiais. Adolescentes são levados para lá com
os pais a convite de Caroline com a desculpa de que devem “treinar” estas
habilidades, porém suas idéias são outras e estes jovens desaparecem
misteriosamente sem que isso pareça incomum aos olhos de todos. Exceto para
Liz, Dan, Isaac, Sara e Gabriel, que, além dos conflitos da adolescência, têm
que lutar para desvendarem os mistérios de Miramar.”
E aí? O que acharam da sinopse? Promete, não é
mesmo?
Pois é galera, confiram agora o booktrailer do livro
de St Jayme e Damásio, como já disse
escrevi acima muito bem produzido.
Inté!
07 outubro 2015
Editora BestSeller lançará em 2016 biografia de Hebe Camargo
Se a minha mãe estivesse viva, com certeza, iria amar essa novidade.
Cara, como ela gostava da Hebe Camargo! Aliás, aprendi a admirar a loiruda
graças a influencia da saudosa mama. Você acredita que ela conseguiu, até
mesmo, fazer a cabeça do Kid Tourão?! Pois é, volta e meio lá estávamos nós –
de frente para a TV - de olho no antológico sofá da Hebe e seus convidados.
Pena que my mother não está mais aqui para poder folhear as
páginas do livro que contará toda a trajetória da vida da artista. A obra tem
previsão para ‘aterrissar’ nas livrarias de todo o País em 2016.
A biografia – que já está ganhando o status de oficial
– escrita pelo jornalista Artur Xexéo
será uma parceria entre a Hebe Forver,
empresa responsável por cuidar do legado da artista, e a Editora BestSeller. Para quem não sabe, Xexéo é comentarista da rádio CBN e
da Globonews e voltou a assinar, recentemente, uma coluna no jornal "O
Globo".
De acordo com o
comunicado da BestSeller, a biografia "pretende cultivar o legado da
estrela, que começou sua carreira cantando no rádio, foi convidada para a
primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira e nela ficou até sua
ultima gravação em 2012". Hebe entrevistou as maiores personalidades do
país, entre artistas, políticos e celebridades do mundo da cultura e do
futebol.
O livro deverá trazer inúmeras curiosidades sobre a vida de
Hebe que apresentou o primeiro programa feminino da televisão brasileira: “O
Mundo é das Mulheres”. Também deverão estar presentes nas páginas, detalhes não
só dos bastidores de sua vida profissional como também particular, entre as
quais o seu casamento com o empresário Décio Capuano em julho de 1964,
considerado uma das cerimônias mais bonitas que a cidade de São Paulo já viu.
Após a união, a artista tomou uma decisão radical. Decidiu abandonar a
carreira.
Enquanto era pressionada para
voltar à TV, a apresentadora realizou o sonho de ser mãe. Em setembro de 1965,
nasceu Marcello, seu único filho.
Quando voltou à carreira
artística, Hebe passou a comandar um programa na Rádio Excelsior direto de sua
casa. Depois, estreou uma atração no Canal 7, TV Record: o “Programa Hebe” que
contou com a presença de Roberto Carlos na estréia e chegava a alcançar 70% de
audiência, um verdadeiro fenômeno na época. Foi a partir daí que o sofá se
tornou uma das marcas registradas da comunicadora e um dos maiores símbolos da
televisão brasileira.
No período em que morou com Décio, antes de
se casar oficialmente, Hebe engravidou duas vezes, mas sofreu aborto espontâneo. O marido e ela brigavam muito, e ele a acusava de
estar trabalhando demais na televisão, acusando-a de ser a culpada pelos dois abortos sofridos.
Depois de casada e conseguir ter seu filho, o jeito do marido não mudou, se
tornando infeliz no casamento. Não aguentando a oposição de Décio à sua
carreira e as crises conjugais, Hebe saiu de casa levando o filho do casal em
1971, e se divorciaram no mesmo ano. Morando sozinha com o filho Marcello,
conheceu o empresário Lélio Ravagnani. Começaram a namorar e em 1973 casou-se
com Lélio, que ajudou-a a criar seu filho, mesmo o pai indo vê-lo às vezes.
Hebe e Lélio viveram juntos por 29 anos, até a morte dele, em 2000.
Este e muitas outros detalhes
deverão aparecer na obra de Xexeo, mas tudo não passa de especulações, já que
os detalhes do livro estão sendo guardados a sete chaves.
Hebe Camargo faleceu 29 de setembro de 2012, de falência dos
órgãos. Sua saúde estava fragilizada desde 2008, quando ela foi diagnosticada
com câncer no peritônio, membrana que reveste a cavidade abdominal.
Agora só resta aos fãs aguardar a chegada de 2016 para
conferir a biografia da “Rainha da TV Brasileira”.
Torço para que seja uma biografia democrática que aborde a
vida da artista num todo – que foi muito polêmica devido a sua forte
personalidade - e não apenas os bons momentos.
Esperemos.
03 outubro 2015
Super-heróis dos quadrinhos invadem os livros
Man! Man! Man! Tô
parecendo uma bomba atômica de alegria! Aliás, já deu pra perceber neste início
de post, não é? Cara, durante as minhas habituais zapeadas na net acabei
descobrindo – tardiamente - que as editoras Marvel e Novo Século decidiram unir
forças e lançar romances baseados no universo dos quadrinhos.
Quando citei, há pouco, que descobri esta novidade tardiamente
quis dizer que os livros já estão nas estantes das livrarias há algum tempo, ou
seja, desde novembro do ano passado quando atingiu a marca de 50 mil exemplares
vendidos. Pois é, devido ao estrondoso sucesso de vendas, em agosto de 2015, os
romances chegaram às bancas com uma tiragem de 25 mil exemplares.
Putz, não acredito que ‘comi bronha’ e deixei passar
em brancas nuvens esses lançamentos que ocorreram no ano passado. Ainda bem que
as livrarias virtuais contam com alguns livros em estoque. Infelizmente até
agora, não vi os ‘super-livros’ na banca de minha cidade, mas torço para que
chegue logo.
A minha alegria tem um motivo. É que sempre amei as
histórias em quadrinhos da Marvel e da DC Comics. Homem Aranha (o meu
preferido), Capitão América, Homem de Ferro, X-Men, Batman, Thor e companhia
fizeram parte da minha infância. E agora, nesta nova fase de ‘devorador de livros’ terei a oportunidade de revê-los,
mas nas páginas de uma obra literária.
A série contará, em sua maioria, com histórias
inéditas no Brasil e terá publicada 10
romances até novembro. Os enredos serão independentes, não havendo assim, a obrigação de adquirir toda a série.
romances até novembro. Os enredos serão independentes, não havendo assim, a obrigação de adquirir toda a série.
Mêo, pelo que eu vi, os livros são
c-a-p-r-i-c-h-a-d-o-s ao ‘máximo do extremo’; coisa de deixar os leitores
babando, principalmente os colecionadores. Só um detalhe legal para nós
leitores tupiniquins: as ilustrações da capa foram feitas pelo artista
brasileiro Wil Conrad. Legal ter brasileiro participando dessa inovação
literária, né?
Os livros que já estão bombando nas livrarias e
também em algumas bancas: “Homem-Aranha Entre Trovões”, “X-Men – Espelho Negro”,
“Homem de Ferro – Vírus”, “Vingadores – Todos Querem Dominar o Mundo”,
“Homem-Formiga”, “Guerra Civil”, “Wolverine – Arma X”, “Capitão América – A
Morte do Capitão”. Até o final do ano estão previstos mais dois livros: “Novos
Vingadores – Fuga” e “Homem-Aranha – A Última Caçada de Kraven”.
Taí galera! Escolham os seus super-heróis preferidos e façam a festa!
Taí galera! Escolham os seus super-heróis preferidos e façam a festa!
01 outubro 2015
Decadência
Muitos perguntam o porquê do livro “Decadência” -
escrito por Dias Gomes e lançado em 1995 - mesmo sendo tão bom, ter passado despercebido
tanto pela crítica especializada quanto pelos leitores. Quer saber quem foi o
culpado? OK, eu conto. O carrasco que degolou a obra literária foi a minissérie
homônima que passou na TV Globo, na mesma época.
Cara, juro que eu não entendi o samba do crioulo
doido que editora, televisão, produtores e o próprio Dias Gomes (que Deus o
tenha) fizeram em 1995. Que confusão, eles aprontaram, mêo!! Cara, veja só,
enquanto a minissérie passava na TV, o livro estava sendo vendido nas bancas. É
verdade! Dias Gomes escreveu o livro, lançou o dito cujo e simultaneamente
mandou ver a mesma história na TV. O que estou querendo dizer é que o autor
autorizou que a “toda poderosa”, a “plin-plin” ou a “Venus platinada” –
entendam como quiserem – fizesse a adaptação do livro no momento em que ele
estava chegando nas estantes das livrarias. Resultado: a maioria dos
brasileiros – que na época, eram mais chegados numa televisão do que num livro –
deram preferência à história dirigida por Roberto Farias e protagonizada por
Édson Celulari.
Outro fator que contribuiu para o esquecimento do
livro foi a preguiça dos produtores da minissérie que absolutamente não mudaram
nada do que estava nas páginas. Dessa maneira, os leitores que optaram por ler e
simultaneamente assistir Decadência, perceberam com muito desgosto que um era
cópia do outro.
Penso que se a minissérie não tivesse existido, a
obra escrita de Dias Gomes entraria para o rol dos maiores sucessos literários
nacionais. Mas... não foi bem isso que aconteceu.
No meu caso, como já havia assistido a minissérie há
muuuuito tempo e nem me lembrava mais dos seus detalhes, acabei amando o livro.
Por isso, aqueles que não se recordam das peripécias do pastor Mariel na TV,
certamente, irão devorar com avidez o
livro que, repito, é fantástico.
Minissérie baseada no livro que passou na TV Globo em 1995 |
“Decadência” gira em torno da família Tavares
Branco, outro imponete e tradicional, mas atualmente em franco processo de
desagregação. É no seio dessa família que o jovem órfão Mariel é acolhido. Sua
ambição desenfreada faz com que não se contente com a humilde posição de
motorista e passe a buscar avidamente o amor de Carla, uma das filhas de Albano
Tavares Franco Filho, patriarca da família e conceituado advogado. O romance
entre os dois esbarra no moralismo da família que não admite em hipótese alguma
que a sua filha caçula namore um simples motorista. Dessa forma, Mariel acaba
sendo expulso da mansão dos Tavares Branco. A trajetória de Mariel segue um
caminho tortuoso que o faz buscar respostas no misticismo, tornando-se
meteoricamente um importante pastor evangélico, bem mais preocupado em aumentar
o seu império e poder do que difundir a mensagem divina. Após alcançar o topo
do sucesso e do prestígio, Mariel decide buscar vingança contra os Tavares
Branco que o humilharam no passado. Uma vingança que terá sérios reflexos em
sua vida.
O pano de fundo do romance de Dias Gomes é a crise
de valores e a busca pela ética, deflagradas a partir dos absurdos cometidos na
Era Collor.
Enfim, galera, um livraço que por culpa de uma puta
falta de estratégia de marketing acabou naufragando.
Inté!
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