27 novembro 2017
Leandro Narloch lança livro que desmistifica a escravidão. “Escravos: a vida e o cotidiano de 28 brasileiros esquecidos pela história” já está à venda
Quando soube que o escritor e jornalista Leandro Narloch
havia lançado mais um livro, sem pestanejar, sacrifiquei o meu horário de
almoço para escrever esse post. Galera, o cara merece mais do que isto. Ele
escreve demais. Cavuca demais. Desmascara demais. Quem leu os vários ‘Guias Politicamente
Incorretos’ lançados por ele, sabe do que estou falando. Narloch abandona a
praia segura dos historiadores e professores de História em geral para ir à
fundo na busca de informações inéditas sobre determinados fatos relacionados ao
nosso País.
Costumo comparar o seu trabalho ao lado submerso de
um iceberg que não conseguimos ver. No momento em que arriscamos a abandonar a
ponta da montanha de gelo para vermos o seu lado oculto, o susto é grande porque
a outra ponta – a submersa - é quase vinte vezes maior. As revelações feitas pelo
jornalista em seus livros são tão surpreendentes quanto esse lado camuflado de
um iceberg.
Depois dos Guias Politicamente Incorretos da
História do Brasil, da América Latina, do Mundo e da Economia Brasileira, eis
que o ‘inquieto’ jornalista e escritor decidiu escarafunchar na história da
escravidão brasileira que foi abolida oficialmente há quase 130 anos atrás.
O livro “Escravos: a vida e o cotidiano de 28
brasileiros esquecidos pela história”, novamente chega para estraçalhar
determinados paradigmas relacionados a esse período que é considerado uma
ferida na história do Brasil. Em sua obra, lançada há poucos dias, Narloch
manda para os ares aquela versão marxista da escravidão que aprendemos nas
escolas e que envolvia a luta entre opressor e oprimido. O autor mostra o
período da escravidão no Brasil de uma maneira que a maioria de nós jamais viu.
Um dos exemplos simbólicos da complexidade do regime
escravagista em nosso País, contidos em seu livro diz respeito a Joanna
Batista, uma mulher livre de Belém que se vendeu como escrava. Segundo
pesquisas realizadas por Narloch, ela se vendeu por 80 mil réis, sendo 40 mil
réis em jóias e à vista e 40 mil à prazo. Ela teria se comprometido a passar um
recibo de quitação de si própria quando o dono pagasse. Mas por que, Joanna
havia decidido se vender como escrava? Uma
resposta tradicional é que ela era tão pobre, estava tão miserável, que precisou
de alguma casa. De algum lugar que pelo menos tivesse abrigo, roupa e comida
para ela.
Mas de acordo com uma historiadora americana, citada
pelo autor, chegou-se a uma outra conclusão: anos atrás, naquela época, era
muito comum ter remoção de população. O governador falava: “Olha, essas pessoas
estão aí, esses vagabundos, sem fazer nada. Então vamos levá-los para o
trabalho forçado assalariado para alguma região de fronteira”. Esses
deslocamentos eram muito comuns na história. Como todo mundo preferia morar na
cidade do que na floresta, talvez a Joanna Batista tenha se vendido como
escrava para preservar sua liberdade diante do estado.
![]() |
Leandro Narloch |
O autor explicita também que se os ‘patrões’ quisessem explorar ao máximo o trabalho de um escravo,
valia a pena não incitá-lo à revolta. Esta atitude evitaria que ele fugisse e o
seu dono não gastasse muito dinheiro
para capturá-lo depois. Por isso mesmo, pensando no próprio bolso, os senhores
tentavam não pegar muito pesado com os escravos. "A gente tem que pensar "escravo" como uma propriedade. A gente tem um carro. Você vai arregaçar o seu carro, colocar uma gasolina ruim, quebrar o seu carro na parede? Claro que não. Justamente por pensar em si próprio, você vai tentar cuidar de seu carro. Mas as pessoas não são 100% racionais. Conheço muita gente, por exemplo, que trata o próprio carro da pior forma possível. E isso também era muito comum na escravidão. Então, nós temos aí dois cenários. O senhor que castiga muitos escravos, e os escravos que em vingança retaliam, onde se forma uma tragédia dos comuns: os dois lados saem perdendo. E o contrário também: o senhor era um pouco generoso e isso causava uma lealdade no escravo", explica o autor.
Tudo bem que Narloch não seja um
historiador de formação, mas o livro está muito bem embasado em pesquisas
sérias e na obra dos principais nomes de nossa historiografia moderna, como
Katia de Queirós Mattoso, Sandra Lauderdale Graham, João José Reis, entre
outros.
Enfim, vale a pena ser lido para
quebrar, pelo menos um pouco, a visão estereotipada do que teria sido a
escravidão.
Inté!
Detalhes
Técnicos
Título:
Achados e Perdidos da História – Escravos
Subtítulo:
A Vida e o Cotidiano de 28 Brasileiros Esquecidos pela História.
Autor:
Leandro Narloch
Editora:
Estação Brasil
Edição:
1
Ano:
2017-11-27
Especificação
B rochura
Páginas:
208
24 novembro 2017
Pesquisador lança livro sobre Bob Dylan. Obra estabelece uma ligação entre o músico e nomes renomados da filosofia
E olha ‘nois aqui traveis’ com novas dicas
literárias. Juro que estava em dúvida se escrevia a resenha de “Cujo”, livraço
de Stephen King, relançado recentemente pela Suma de Letras, ou se publicava
alguma dica de livro. Bem... como acabei de chegar do trabalho, hiper cansado
e com alguns problemas profissionais mal
resolvidos, optei por escolher o caminho mais fácil: o da dica literária.
Vamos lá, sem muita enrolação, porque estou com a
cabeça inchada e não vejo a hora de tomar um banho e depois uma breja gelada
para tentar apagar algumas ‘frustrações profissionais’.
Então, na lata: Bob Dylan – o cara, o mito, a lenda –
acabou de ganhar um livro e o lançamento aconteceu hoje. Iahuuuuu!! Verdade! Só
mesmo quem é fã do cara para entender toda essa empolgação. Pois é, e eu sou.
A obra escrita pelo pesquisador Daniel Lins,
professor do departamento de Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC),
traz um conjunto de ensaios que estabelece uma ligação entre o músico e nomes
renomados da filosofia, como Nietzsche e Foucault.
O autor imergiu na arte de Dylan por cinco anos,
pesquisando vida, música e livros do cantor. Depois da conclusão do trabalho,
Daniel afirma: “Bob Dylan é filósofo”. O lançamento da obra será na galeria Sem
Título Arte, nesta sexta, 24, com discurso do autor e apresentação musical de
André Henrique, doutorando em filosofia. Resumindo, “Bob Dylan – A Liberdade
que Canta” estabelece uma ligação entre o músico e nomes renomados da filosofia.
A atitude de Bob Dylan foi uma das características
que iniciou o interesse de Daniel pela história. “As pessoas perguntavam ‘de
onde veio esse menino fanhoso, desajeitado e mal vestido?’, enquanto isso Bob
estava questionando, criando problemas”, afirma. A liberdade aparece logo no
título e é discutida em toda a obra, pois Lins acredita que as “rebeldias
dylanianas” ajudaram o músico a se reinventar e a transformar pensamentos. Para
Daniel, isso é “ser livre”.
O autor ainda apresenta e desenvolve o amor de Dylan
pela poesia, de Rimbaud à Baudelaire, passando por Whitman, pela música,
pintura, pela literatura beat de Kerouac e Ginsberg e demostra como a
personalidade artística de Dylan se constrói através dessas referências.
O livro foi lançado pela editora Ricochete, mas...
Putz, sempre tem esse FDP de ‘mas’
que azara a maioria das frases. E o tal ‘mas’,
relacionado ao livro de Daniel, Lins diz respeito ao preço. Que pancada! Segurem-se
para não capotarem da cadeira. A maioria das livrarias está vendendo “Bob Dylan
– A Liberdade que Canta” por ‘meros’ R$ 78,00.
Complicou.
20 novembro 2017
Jô Soares lança autobiografia desautorizada. Primeiro volume deve chegar nas livrarias ainda nesta semana
E a febre das autobiografias de personalidades
brasileiras continua. Depois de “Hebe –
A Biografia”, de Artur Xexéo que vendeu horrores em todo o País, além de
receber críticas favoráveis da imprensa especializada, agora chegou a hora e a
vez de Jô Soares. Isto mesmo, o velho e grande Jô – considerado um dos artistas
mais respeitados em todo o Brasil – estará lançando a sua biografia, aliás uma
autobiografia desautorizada. Epa, pêra aí? Que confusão é essa? Autobiografia
desautorizada?! Ok, eu explico. O livro ganhou esse subtítulo porque o
apresentador percebeu que estará contando também muitas histórias alheias. Capisce?
É evidente que ao longo dos 79 anos de vida do Jô, muitas pessoas conhecidas
cruzaram o seu caminho durante os bons e
também nos maus momentos. De acordo com o artista, não tem como ocultar alguns
detalhes dessas pessoas.
Cara, confesso que estou curioso para ler esse
livro, afinal de contas, Jô Soares se tornou ao longo dos anos um patrimônio
histórico da televisão brasileira.
Apesar de ser uma autobiografia, o “O Livro de Jô –
Uma Autobiografia Desautorizada” não foi escrita por ele, mas por uma outra
pessoa e, diga-se, muito competente. Foi o jornalista Matinas Suzuki Jr. quem
organizou toda a história de vida do humorista, ator, apresentador, escritor e
etc e mais etc.
![]() |
Jô Soares |
Nos encontros que manteve com Matinas foram mais de
150 horas de gravação em encontros diários e longas conversas. Jô falou sobre
tudo. Sobre ele e sobre os que passaram sobre a sua vida. E olha que deve ter
muita história na vida do sujeito, já que a editora Companhia das Letras optou
por dividir a obra em dois volumes.
O primeiro livro resgata fatos, lugares e pessoas
marcantes da juventude de Jô e reconstitui seus primeiros passos no mundo dos
espetáculos, nas décadas de 1950 e 1960.
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Matinas Suzuki |
Entre a infância dourada no Copacabana
Palace e a dura conquista do estrelato, acompanhamos o autor do nascimento aos trinta
anos. Os antecedentes familiares, a meninice privilegiada nos palácios da elite
carioca, a mudança para um internato na Suíça, os marcos da formação cultural
do futuro showman na adolescência, a paixão pelo jazz, a estreia modesta em
pontas no cinema e na televisão, o primeiro casamento e, finalmente, a
conquista do sucesso em São Paulo.
O livro terá 480 páginas e deve ‘desembocar’ nas
prateleiras das livrarias já nesta quarta-feira, dia 22 de novembro.
Boa leitura!
17 novembro 2017
Um blogueiro que trocou o prazer pela obrigação de ler livros
Foi um colega internauta, participante ativo de
grupos de discussões literárias nas redes sociais, que me inspirou escrever
esse post que serve de alerta aos blogueiros que sonham fechar parcerias com
várias editoras. Se você defende ferrenhamente o jargão: “quanto mais melhor”.
Cuidado. Aliás, muito cuidado.
Percebi que na semana passada, enquanto “jogávamos
conversa fora” pelo telefone, o Josué (nome fictício desse internauta - ele
pediu para não revelar o seu nome verdadeiro e nem de seu blog), estava muito
diferente. Estranho, mesmo.
Vejam bem, sempre em nossas conversas, o assunto
preferido são os livros, mas nessa última vez, percebi que o Josué estava
desanimado como se o ato de ler tivesse perdido toda a magia e se transformado
em algo mecanizado. Ele estava frio, desinteressado, sei lá, muito diferente
daquele ‘blogueiro-leitor’, um verdadeiro devorador de livros. Após alguma
insistência da minha parte, ele decidiu abrir o jogo e revelar o motivo de
tanto abatimento.
- Cara, consegui fechar mais uma parceria, editora
de ponta - disse ele desanimadamente. – Agora, tenho seis no blog.
- Mêo! Que beleza! Meus parabéns! – Cumprimentei-o
euforicamente.
- Ah Jam, se eu pudesse voltar no tempo... – Estas
palavras que saíram da boca de Josué caíram como bombas em minha cabeça.
O impacto de sua resposta foi tão grande que cheguei
a ficar mudo por alguns segundos do outro lado da linha. Caraca, o sujeito
conseguiu despertar o interesse de grandes editoras, recebe livros de graça e
ainda reclama?!
Após o susto, antes de meu desanimado colega
explicar o motivo de tanta decepção, a
minha ficha caiu e eu ‘pesquei’ tudo.
O que aconteceu foi que o Josué trocou o prazer pela obrigação da
leitura. Isto por causa da pressão de quatro das seis editoras com as quais tem
parceria. - Jam, a coisa é braba! Algo massacrante, cara - disse-me ele.
As tais quatro editoras, de fato enviavam ótimos
livros – alguns antes de chegarem nas livrarias - mas com o compromisso do
blogueiro ler as obras num curto espaço de tempo e resenhá-las, caso contrário,
perderia o direito de solicitar os lançamentos do mês seguinte. Cada editora
enviava, em média, dois livros totalizando oito. Agora, eu lanço uma
perguntinha básica: você consegue ler oito livros em dois meses? Pronto, ta
explicada a ‘depressão literária’ do Josué.
Pois é, com
certeza, muitos blogueiros estão enfrentando esse mesmo problema que poderia
ser minimizado ou até mesmo solucionado se houvesse um melhor planejamento
antes de fechar algumas parcerias com editoras.
O conselho que dou é para a galera ter muito cuidado
e ler com toda a atenção as regras da parceria antes de enviarem o formulário.
Existem editoras conscientes e que não pressionam os seus parceiros a resenharem
os livros enviados num curto espaço de tempo, pelo contrário, deixam que eles
exerçam o livre arbítrio: ‘resenhe quando quiser, mas se não quiser, tudo bem,
publique apenas o release do livro e estamos conversados’; por outro lado, temos também os editores que exigem o
impossível dos blogueiros, como se eles fossem máquinas e não seres humanos.
Não vou ser
hipócrita ao ponto de afirmar que abomino parcerias. É evidente que elas são
salutares e contribuem para o crescimento dos blogs, mas desde que gerem um
relacionamento sadio, onde prevaleça o respeito e a honestidade. Respeito por
parte das editoras – não pressionando o blogueiro a elogiar os seus lançamento
ou então a publicar resenhas em prazos apertados - e honestidade por parte dos
blogueiros – não enaltecer um enredo que detestou, somente para não perder a
parceria.
Encerro esse post com um pedido aos meus amigos
blogueiros: jamais troquem o prazer pela obrigação de ler.
Melhor comprar um livro e lê-lo com todo o prazer do
mundo, do que ganhá-lo e ser forçado a fazer uma leitura dinâmica – mecanizada
– perdendo todo o tesão e a magia da leitura.
13 novembro 2017
O Labirinto dos Espíritos (4º volume da saga O Cemitério dos Livros Esquecidos)
Cara... Tô emocionado. O final de “O Labirinto dos
Espíritos” é definitivamente fodástico. Daqueles finais que encerram o ciclo de
uma geração de personagens com chave de ouro. Personagens que estiveram
presentes na vida de muitos leitores que durante anos fizeram da saga “O
Cemitério dos Livros Esquecidos” os seus livros preferidos de cabeceira. Não
cheguei a chorar, mas fiquei melancólico e muito triste ao saber que nunca mais
iria poder desfrutar de novas aventuras envolvendo Daniel Sempere, Fermin e Bia.
Antes que alguém me
acuse de estar implodindo o post com spoillers maquiavélicos, quero esclarecer
que ao me referir a um encerramento de ciclo não quis dizer que esses três
personagens fantásticos morreram. Nada disso. Um ciclo pode ser encerrado de
várias maneiras, sem que a morte faça parte dele. Só mesmo lendo o livro para
entender o que estou dizendo.
Mas antes do leitor ficar emocionado com as
páginas finais, Carlos Ruiz Zafón preparou muitas surpresas e reviravoltas
neste ultimo volume da saga. Zafón segue
o seu famoso estilo de ‘ludibriar’ – no bom sentido – o leitor que pensa estar
seguindo o caminho certo, então, de repente... o que ele acreditava ser óbvio,
não é nada daquilo. Zafon é mestre nesse estilo de escrita. Cada segredo
desvendado, a cada reviravolta, ganhava uma exclamação: “Putz! Mas como!!” Meo!
Com isso, foram muitas derrubadas de queixo ao longo das quase 800 páginas.
Olha, juro que nunca vi
um, escritor fazer tantas inversões de enredo e com tanta maestria quanto
Zafón.
A trama principal de “O
Labirinto dos Espíritos” trata do desaparecimento misterioso do ministro
Maurício Valls, o vilão de “O Prisioneiro do Céu”, acusado de envenenar
Isabella, a mãe de Daniel, além de submeter os prisioneiros do Castelo de
Montjuic - onde era diretor, antes de se tornar ministro - a torturas
terríveis, das quais muitos não conseguiam sobreviver.
Uma das personagens
principais da história é Alícia Gris, uma alma nascida das sombras da guerra,
que lhe tirou os pais e lhe deu em troca uma vida de dor crônica provocada pelo
ferimento de uma explosão de bomba durante um bombardeio em Barcelona.
Investigadora talentosa, é a ela que a polícia recorre quando Valls desaparece;
um mistério que os meios oficiais falharam em solucionar.
Enquanto isso, Daniel
Sempere não consegue escapar dos enigmas envolvendo a morte de sua mãe,
Isabella. O desejo de vingança se torna uma sombra que o espreita dia e noite,
enquanto mergulha em investigações inúteis sobre seu maior suspeito – o agora
desaparecido ministro Valls.
Os fios dessa trama aos
poucos unem os destinos de Daniel e Alicia, conduzindo-os de volta ao passado,
às celas frias de Montjuic e através desses flashbacks, passamos a conhecer
tudo o que aconteceu com David Martin enquanto esteve preso; a explicação para
a sua fuga misteriosa da prisão; os últimos dias da vida de Isabella, com seus
arrependimentos e confissões; além de uma intriga pérfida e asquerosa de Valls
– enquanto diretor da prisão – que culminou com a execução de muitos
prisioneiros com o objetivo de colocar em prática um plano terrível que é
revelado bem antes do final do livro.
Enfim, a obra une todos
os fios soltos dos livros anteriores, além de desenterrar os últimos segredos
da família Sempere.
Se preparem para as
reviravoltas na trama envolvendo os fatos relacionados a prisão de Maurício
Valls, além da revelação de um segredo bombástico ligado a David Martin e a
família Sempere.
Ah! Antes que me
esqueça. Com certeza, os fãs da saga irão ganhar o dia com o retorno de um
personagem muito, mas muito querido e andava sumido ultimamente. Quando percebi
que ele voltaria. Uhauuuuu! Quase tive um treco. É emocionante vê-lo interagir
com Julián Sempere, filho de Daniel e Bia.
No mais, boa leitura à
todos!
09 novembro 2017
O Prisioneiro do Céu (3º volume da saga O Cemitério dos Livros Esquecidos)
Já escrevi em posts anteriores que considero David
Martín o personagem mais instigante da saga “O Cemitério dos Livros
Esquecidos”; e após ter lido “O Prisioneiro do Céu”, esta opinião ganhou ainda
mais força.
O atormentado escritor que vende barato o seu
talento, além de fazer um estranho acordo com um ser misterioso onde concorda
vender a sua alma em troca de saúde, sucesso e dinheiro, é o meu preferido dos
três livros da saga – “A Sombra do Vento”, “O Jogo do Anjo” e “O Prisioneiro do
Céu - que li até o momento. Creio que Carlos Ruiz Zafón estava inspirado quando
decidiu compor esse personagem.
Se em “O Jogo do Anjo”, Martín provocava no leitor sentimentos
ambíguos que vão do respeito ao desprezo , agora, em “O Prisioneiro do Céu”,
aprendemos a admirá-lo, pois passamos a entender melhor a sua relação com
Isabella Sempere, a mãe de Daniel, o protagonista da saga. Na realidade, Martín
chegou a doar a sua própria vida para proteger toda a família Sempere –
Isabelle e o seu marido Sr. Sempere, além de Daniel, filho do casal. Ficamos
sabendo, por exemplo, que Martín no período em que esteve preso sob os olhares
atentos do vilão Mauricio Valls - diretor do Castelo Montjuic, para onde, em
1938, durante a Guerra Civil, iam os presos de todas as classes sociais para
serem executados ou então esquecidos em calabouços fétidos e impregnados de
peste - concordou em atender as terríveis exigências de Valls com a promessa de
que o seu algoz não iria criar um ardil para prender a família Sempere.
Grande parte da história de “O Prisioneiro do Céu”
se passa atrás das paredes de Montjuic onde acontece um encontro emblemático
entre David Martin e ninguém menos do que Fermín Romero de Torres, amigo inseparável
de Daniel. C-a-r-a! Juro que não acreditei quando estas duas lendas da saga de
Zafón se encontram. Mêo! Só mesmo quem está familiarizado com a saga para
entender a dimensão desse encontro, dessa interação. Os diálogos entre os dois
personagens são verdadeira pérolas: ora tensos, ora engraçados.
O relacionamento entre Fermin e Sebastian Salgado,
outro preso de Montjuic também merece destaque. Apesar da situação de penúria
em que vive Salgado, é de seu personagem que vem as ‘tiradas’ mais engraçadas. O
sujeito engole qualquer tipo de sofrimento ou tortura para não revelar onde
esconde a chave de um cofre que guarda uma fortuna incomensurável em algum lugar secreto fora da prisão. Quando
Fermin descobre onde Salgado guarda a chave. Dei altas risadas. Melhor,
gargalhadas. Imagine só jeito de Fermin ao descobrir o precioso segredo.
Impagável.
“O Prisioneiro do Céu” amarra alguns pontos que
haviam ficados soltos em “A Sombra do Vento” e “O Jogo do Anjo” – os restantes,
acredito que serão ‘amarrados’ em “O Labirinto dos Espíritos”, livro que fecha
a trilogia. O leitor fica conhecendo mais detalhes sobre a morte de Isabella; parte
das raízes de Fermín e os motivos que o levou a se transformar num morador de
rua. Entre outras revelações, também está o verdadeiro motivo daquele primeiro
encontro entre Fermín e Daniel na Plaza Real, após o filho de Sempere ter sido
expulso a pontapés da mansão de Dom Gustavo pelo amante de Clara Barceló. Todas
essas linhas soltas são costuradas neste terceiro livro.
A história começa pouco antes do Natal, na Barcelona
de 1957, um ano depois do casamento de Daniel Sempere e Bea. Eles agora tem um
filho, Julián, e vivem com o pai de Daniel em um apartamento em cima da
livraria Sempere e Filhos. Fermin ainda trabalha na Livraria Sempere e Filhos e
está ocupado com os preparativos para seu casamento com Bernarda no ano-novo.
No entanto, ele guarda um segredo que o vem deixando muito triste, o qual ele
acaba revelando para Daniel no decorrer da história.
O enredo de “O Prisioneiro do Céu”, em grande parte,
se resume à esse segredo de Fermín que ele vai desvendando aos poucos para
Daniel, dando a oportunidade de seu amigo conhecer a história de sua mãe,
Isabelle; do escritor David Martin, do vilão Maurício Valls e também do próprio
Fermín.
O livro tem um final aberto e que certamente
prosseguirá com “O Labirinto dos Espíritos.
Fui.
05 novembro 2017
Os 10 livros de ficção mais vendidos em outubro de 2017
E aí galera, tudo bem? No post de hoje vamos
conferir os livros mais vendidos no mês de outubro. Pois é, já começamos subir
os degraus da escadaria de novembro, mas nem por isso somos obrigados a
esquecer o mês passado que, pelo menos para nós leitores, foi muito positivo.
O objetivo dessa postagem é servir de referencia
para todos os ‘internautas-leitores’- que acompanham o nosso blog – no momento
de comprar as suas cotas mensais ou bimestrais de livros. E vamos a elas!
Ah! Antes que me esqueça procurei utilizar o site da
revista Veja que semanalmente publica o seu toplist com os livros mais
vendidos. Como tenho o hábito de arquivar esse ‘paradão lietrário’ todas as
semanas, foi fácil fazer uma média das 10 obras mais vendidas em outubro. Quero
frisar que a maioria das sinopses foi fornecida pelas editoras.
01º
Lugar: Origem (Dan Brown)
Editora:
Arqueiro
Sinopse:
De Onde Viemos? Para Onde Vamos? Robert Langdon, o famoso professor de
Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para
assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete “mudar para
sempre o papel da ciência”. O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário
Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas
previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de
Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível
revolução no conhecimento… algo que vai responder a duas perguntas fundamentais
da existência humana. Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas
Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia
imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um
caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.
Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao
lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do
evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a
desvendar o segredo de Edmond Kirsch. Em meio a fatos históricos ocultos e
extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado
cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que
não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo. Numa jornada marcada
por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que
vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch… e com a verdade
espantosa que ignoramos durante tanto tempo.
02º
Lugar: A Coisa (Stephen King)
Editora:
Suma de Letras
Sinopse:
Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine,
Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da
amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais profundo e tenebroso medo.
Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural
e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos
depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a
pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal.
Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a
promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do
enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto,
mas somente eles podem vencer a Coisa. Em 'It - A Coisa', clássico de Stephen
King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique
ultrapassar os próprios limites.
03º
Lugar: Os outros jeitos de usar a boca
(Rupi Kaur)
Editora:
Planeta
Sinopse:
“Outros
jeitos de usar a boca” é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a
experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é
dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente.
Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de
usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da
vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente
de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer
canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste
volume –, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos
Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.
04º
Lugar: O Homem mais inteligente da
história (Augusto Cury)
Editora:
Sextante
Sinopse:
“O homem mais inteligente da história” é fruto de 15 anos de estudos e
pesquisas. Considerado por Augusto Cury a obra mais importante de sua carreira,
este é o primeiro volume de uma nova coleção lançada pelo escritor. Psicólogo e
pesquisador, Dr. Marco Polo desenvolveu uma teoria inédita sobre o funcionamento
da mente e a gestão da emoção. Após sofrer uma terrível perda pessoal, ele vai
a Jerusalém participar de um ciclo de conferências na ONU e é confrontado com
uma pergunta surpreendente: Jesus sabia gerenciar a própria mente? Ateu
convicto, Marco Polo responde que ciência e religião não se misturam. No
entanto, instigado pelo tema, decide analisar a inteligência de Cristo à luz
das ciências humanas. Ele esperava encontrar um homem simplório, com poucos
recursos emocionais. Mas ao mergulhar na inquietante biografia de Jesus
presente no Livro de Lucas, suas crenças vão sendo pouco a pouco colocadas em
xeque. Para empreender essa incrível jornada, Marco Polo vai contar com uma
mesa-redonda composta por dois brilhantes teólogos, um renomado neurocirurgião
e sua assistente, a psiquiatra Sofia. Juntos, eles irão decifrar os sentidos
ocultos em um dos textos mais famosos do Novo Testamento. Os debates são
transmitidos via internet e cativam espectadores em todo o mundo – mas nem
todos estão preparados para ver Jesus sob uma ótica tão revolucionária. Agora
os intelectuais terão que lidar com seus próprios fantasmas emocionais e
encarar perigos que jamais imaginaram enfrentar.
05º
Lugar: Coluna de fogo (Ken Follet)
Editora:
Arqueiro
Sinopse:
“Coluna de Fogo”, do britânico Ken Follett retoma a série que o fez famoso,
iniciada com “Pilares da Terra” e seguida por “Mundo Sem Fim”. O
enredo se passa em 1558 durante a coroação da Rainha Elizabeth, no momento em que a Europa está
contra a Inglaterra e o extremismo religioso cresce de maneira assustadora. O
livro é uma história de amor mesclada com muitos fatos históricos.
Enquanto católicos e protestantes lutam pelo poder,
a única coisa que Ned Willard deseja é se casar com Margery Fitzgerald. No
entanto, quando os dois se veem em lados opostos do conflito, Ned escolhe
servir à princesa Elizabeth da Inglaterra. Assim que Elizabeth ascende ao
trono, a Europa inteira se volta contra a Inglaterra e se multiplicam complôs
de assassinato, planos de rebelião e tentativas de invasão. Astuta e decidida,
a jovem soberana monta o primeiro serviço secreto do país, para descobrir as ameaças
com a maior antecedência possível. Ao longo das turbulentas décadas seguintes,
o amor de Ned e Margery não arrefece, mas parece cada vez mais fadado ao
fracasso. Enquanto isso, o extremismo religioso cresce, gerando uma onda de
violência que se alastra de Edimburgo a Genebra. Protegida por um pequeno e
dedicado grupo de talentosos espiões e corajosos agentes secretos, Elizabeth
tenta se manter no trono e continuar fiel a seus princípios.
06º
Lugar: O livro dos ressignificados (João
Doederlein)
Editora:
Paralela
Sinopse:
Antes aprisionadas na formalidade dos dicionários, palavras como “girassol”,
“Deus”, “sonho”, “tatuagem”, “cafuné” e muitas outras são libertadas por João
Doederlein — que assina com o pseudônimo AKAPoeta — neste seu primeiro livro.
Elas são repensadas a partir das experiências pessoais do autor, de vinte anos,
e de sua geração, mesclando romantismo bem resolvido, paixão, isolamento e um
dia a dia que respira tecnologia e cultura pop. Combinando textos que se
tornaram sucesso nas redes sociais com material inédito, o autor acha novos
significados para os signos do zodíaco, para clichês indispensáveis como
“paixão” e “saudade” e para as atualíssimas “match” e “crush”. Uma história de
amor correspondido entre um jovem e sua musa — a escrita.
07º
Lugar: A dança dos dragões (George R.R.
Martin)
Editora:
Leya
Sinopse:
“A Dança dos Dragões” é o quinto volume da saga “As Crônicas de Gelo e
Fogo” idealizada pelo autor norte-americano, George R.R. Martin. retoma a
história onde “A Tormenta de Espadas” terminou, e corre simultaneamente com os
eventos de “O Festim dos Corvos”. A Guerra dos Cinco Reis parece estar
acabando. No Norte, Rei Stannis Baratheon se instalou na Muralha e pretende
ganhar o apoio dos nortenhos para continuar sua luta para obter o Trono de
Ferro. Na Muralha, Jon Snow foi eleito como o nongentésimo nonagésimo
oitavo Senhor Comandante da Patrulha da Noite, mas possui inimigos na própria
Patrulha, e Para Lá da Muralha. Tyrion Lannister atravessou o Mar Estreito até
Pentos, mas seus futuros objetivos são desconhecidos até mesmo para ele. Na
Baía dos Escravos, Daenerys Targaryen conquistara a cidade de Meereen, e decide
ficar e governar a cidade, aprimorando suas habilidades de liderança, que serão
necessárias quando ela viajar para Westeros. Mas a presença de Daenerys é
conhecida agora por muitos, e das Ilhas de Ferro, Dorne, Vilavelha e das
Cidades Livres, emissários partiram para encontrá-la e usarem sua causa para
seus próprios fins...
08º
Lugar: Depois de você (Jojo Moyes)
Editora:
Intrínseca
Sinopse: “Depois de Você” é a sequência da história
que conta o relacionamento entre Will Traynor e Louisa Clarke em “Como eu era
antes de você”. Nesta continuação, Lou
ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha
como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do
terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas
também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com
a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la.
Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece começar a se encaixar, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.
Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece começar a se encaixar, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.
09º
Lugar: O conto da aia (Atwood Margaret)
Editora:
Rocco
Sinopse: Escrito em 1985, o romance distópico O conto
da aia, da canadense Atwood, ganhou, no mês de junho, uma nova edição pela
editora Rocco. E nova edição quer dizer novo projeto gráfico com uma capa
espetacular. Não li o livro, mas tive oportunidade de sentir a sua textura nas
mãos. Neste ponto, fantástico! A obra
inspirou a série homônima produzida pelo
canal de streaming Hulu. O enredo de Atwood é ambientado num Estado teocrático
e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão,
tornando-se propriedade do governo.
Neste futuro distópico, não existem mais jornais,
revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há
advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados
criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para
servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer
esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar
qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado totalitário, as mulheres tem
apenas a função de procriar. Elas são transformadas em aias e entregues a algum
homem casado do alto escalão do exército, sendo obrigadas a fazer sexo com eles
até engravidar. Depois de dar à luz, elas amamentam a criança por alguns meses,
sendo o bebê propriedade do casal que as escravizou, e então são entregues a
outro homem, agora com outro nome – Offred significa “of Fred” (“de Fred”) ou
“pertencente ao homem chamado Fred”. Assim, ao longo da vida, uma aia pode ter
vários donos e, portanto, vários nomes: Ofglen, Ofcharles, Ofwayne...
10º
Lugar: A irmã da pérola (Lucinda Riley)
Editora:
Arqueiro
Sinopse: “A irmã da pérola”, da escritora holandesa Lucinda Riley, é o quarto volume da série
As Sete Irmãs, onde duas jovens de séculos diferentes têm seus destinos
cruzados numa história sobre amor, arte e superação.
Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes.
A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada.
Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.
Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes.
A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada.
Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.
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