29 dezembro 2024

1808 (1º volume da trilogia Família Real no Brasil)

Um baita livro-reportagem sobre a história do Brasil. É assim que defino 1808 do jornalista Laurentino Gomes. Que livraço!  Todos nós sabemos que aprender História do Brasil seguindo métodos acadêmicos não é lá muito atrativo e quase sempre os assuntos acabam se tornando enfadonhos. Agora, em 1808 você aprende História do Brasil de uma maneira fluida, bem longe do academismo, e o mais importante: se divertindo. Isso mesmo; o autor recheia o seu texto de tantas curiosidades interessantes, algumas delas, muito engraçadas - como por exemplo, os momentos íntimos de dom João que na realidade não tinham nada de íntimos – que faz com que os leitores não leiam, mas devorem o enredo.

Outro ponto importante a ser destacado na obra – acredito também que seja uma característica comum nos outros dois livros (1822 e 1889) que fecham a trilogia Família Real no Brasil – é o seu lado desmistificador que mostra como personagens importantes da história como o Príncipe Regente D. João VI, a princesa Carlota Joaquina e até mesmo Napoleão Bonaparte eram na realidade ou como diz o velho ditado popular: como eram “entre quatro paredes”.

1808 narra a fuga da família real portuguesa para o Brasil. Nunca algo semelhante havia acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu. Em tempos de guerra, reis e rainhas haviam sido destronados ou obrigados a se refugiar em territórios alheios, mas nenhum deles foi tão longe quanto o príncipe regente dom João, forçado a cruzar um oceano com toda a família real portuguesa para viver e reinar do outro lado do mundo, enquanto as tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte marchavam sobre Lisboa.

Podemos afirmar que a chegada da família real de dom João ao Rio de Janeiro, acossada pelas tropas de Napoleão marcou o início da rápida e profunda transformação do Brasil colonial, cujo resultado seria a Independência, em 1822, tema esse abordado no segundo livro da trilogia.

Ao chegar ao Brasil, dom João determinou, entre outras medidas, a abertura dos portos, fundou escolas, mandou construir estradas e fábricas, autorizou a publicação de livros e jornais, incentivou a ciência e as artes. Ao retornar para Portugal, em 1821, deixava para trás um país transformado e pronto para a independência.

Laurentino Gomes descreve em detalhes como foi a fuga da corte para o Brasil, em 1808, em um dos momentos mais apaixonantes e transformadores da história da humanidade. Milhares de pessoas acompanharam dom João na viagem. Foram cem dias entre o céu e o mar até chegarem ao Brasil colônia. Uma viagem que se transformou numa verdadeira aventura e ao mesmo tempo num verdadeiro suplício e sofrimento. A corte portuguesa fugiu para o Brasil em navios improvisados, abarrotados, infestados de pragas e piolhos, comida estragada, enfim, sem conforto algum.

A obra também conta com ilustrações fantásticas dos principais momentos da chegada da corte ao Brasil, além de gravuras representando o cotidiano da época do Brasil colônia.

Depois de 1808 já iniciei a leitura de 1822 que narra os fatos relacionados a independência do Brasil. Espero que seja uma “viagem” tão apaixonante como foi ao ter lido o primeiro livro da trilogia.

25 dezembro 2024

Beijo, de Roald Dahl tem contos tão bons, mas tão bons que merecem ser relidos várias vezes

Olá galera, tudo na boa? Por aqui o “na boa” está um pouco devagar, mas não posso reclamar. Aliás, os meu bons e saudosos pais me ensinaram uma lição básica: “antes de reclamar de seus problemas, procure ver os problemas dos outros”. Depois, essa lição foi aprimorada por uma outra pessoa, também muito importante em minha vida, a qual amo de paixão. Lulu sempre me diz – por coincidência, hoje mesmo ela me falou – antes de reclamar, espernear ou maldizer, pegue o seu problema atual coloque num dosador imaginário e meça, comparando esse seu problema com os problemas de outras pessoas que que você conhece. Certamente, você irá encontrar problemas muito piores do que o seu. Portanto, pare de reclamar, erga a cabeça e siga com a vida. 

Você pode até achar que essa atitude não passe de conformismo, mas o que importa é que para mim, ela funciona como alavanca para tocar a vida pra frente e com isso... parar de ficar se lamuriando.

Mas vamos deixar as divagações de lado e partir, de fato, para o assunto principal dessa postagem que é o livro Beijo, de Roald Dhal – isso mesmo, Beijo com vírgula – que acabei relendo. Optei pela sua releitura enquanto aguardava a chegada de um box que havia comprado com os três livros sobre História do Brasil escritos pelo jornalista Laurentino Gomes, ganhador do Prêmio Jabuti. Como a minha prioridade eram esses três livros, não queria começar a leitura de nenhuma outra obra com muitas páginas; achei melhor aguardar a chega do box para dar início a leitura de 1808, 1822 e 1889. Assim, para preencher esse espaço de tempo, tive a ideia de reler alguns contos curtos. Optei por Beijo,. Inicialmente, pretendia ler dois ou três contos apenas, até a chegada do box, mas entonce...

Cara, os contos são tão interessantes, mas tão interessantes que mesmo sendo uma releitura, acabou me conquistando ou melhor, reconquistando. Resultado: o box do Laurentino Gomes chegou e acabei optando por deixa-lo um pouquinho mais na embalagem da Amazon até terminar a releitura de Beijo,.

Um dos motivos que me prendeu ao livro - não o soltando por nada – foi o caos intermitente presente das histórias, ou seja, você começa a ler e quando tudo parece seguir para um determinado caminho que o leitor espera; pronto; a história dá uma reviravolta que lhe deixa de queixo caído.

Ler os 11 contos de Beijo, é como andar por uma estrada de madrugada, sem luar e na completa escuridão, não sabendo se o caminho que você segue lhe reserva uma curva, um buraco ou pedras.

Vale frisar que não são histórias de terror, mas histórias que exploram a literatura fantástica e algumas, até mesmo abordando o lado cotidiano das nossas vidas. Só que o ‘simples’ nas mãos de um escritor como Dahl acaba se transformando em joia lapidada já que ele foi um dos escritores mais aclamados do mundo.

Como já publiquei a resenha de Beijo, em 2011 (veja aqui); na postagem de hoje vou fazer uma rápida análise de cada um dos seus onze contos. Vamos nessa.

01 – A dona da pensão

A Dona da Pensão é o conto que abre o livro e apresenta aos leitores, o personagem Billy Weaver, um jovem de 17 anos, alto, bonito e com dentes brancos. Ele chega numa pequena cidade e procura um lugar para passar a noite quando dá de cara com uma placa que diz "Hospedaria".

Fascinado com a coincidência, pois mal havia começado a busca, ele conhece uma senhora simpática, a dona da casa. Ela o recebe com chá e biscoitos, apresenta os cômodos impecáveis e o valor que cobra é ridículo de tão baixo.

Billy acaba descobrindo que outros dois jovens estiveram nessa misteriosa pensão antes dele e... sumiram. Isto faz com que ele comece a investigar e quando descobre o segredo daquela simpática senhora e dona de casa...

O conto tem um final abrupto, mas ao mesmo tempo muito interessante.

02 – William e Mary

A surpresa sempre está presente, como no conto Willian e Mary, sobre uma mulher fumante que sempre é censurada pelo marido ao pegar um cigarro; até o dia em que ele morre e um amigo cientista opta por guardar o seu cérebro vivo em um pote. É a hora da reprimida viúva dar o troco.

03 – A ascensão aos céus

A sra. Foster é uma esposa dedicada que sofre de uma ansiedade extraordinária sempre que precisa pegar um avião ou um trem. O problema é que o marido, o sr. Foster, parece sentir um prazer especial em torturar a mulher. Mesmo sabendo que ela está tensa porque vai pegar um voo para visitar a filha em Paris. O homem sente prazer em castigar psicologicamente a esposa, não tendo pressa nenhuma para se arrumar. Sempre lembra de apanhar algo no último minuto, caminhando lentamente em direção ao carro, parando no meio do caminho para sentir o ar fresco da manhã.

A sra. Foster toma então uma decisão inesperada e muda a maneira de se portar com o marido o que acaba causando um final trágico, mas narrado com elegância.

04 - O prazer do pastor

No conto O Prazer do Pastor, Dahl nos ensina que querer levar vantagem em tudo nas custas de outras pessoas, principalmente das mais humildes, pode custar caro. O Sr. Boggis, personagem central da história, que o diga. Ele é um comerciante de antiguidades que se disfarça de sacerdote para pode aplicar o golpe nos incautos e inocentes moradores de um vilarejo. A maioria das casas desse local tem móveis ou peças antiguíssimas e de raro valor. E assim, ele vai comprando essas peças, enganando os moradores, e se enriquecendo. Sua sorte muda quando encontra uma família mais do que ingênua e tenta dar o golpe da sua vida e que lhe renderá milhões. Só que o tiro sai pela culatra. Dei muitas gargalhadas com esse conto. Coitado do falso sacerdote.

05 – A srª Bixby e o casaco do coronel

Fiquei surpreso com o final do conto e a exemplo de O prazer do pastor também dei boas gargalhadas. Fiquei imaginando a cara de espanto da Srª Bixby. Nesta história, uma mulher casada com um pacato dentista – a tal da srª recebe um casaco de vison glamoroso de um homem com quem teve um caso. Ela espera levar o casaco para sua casa sem despertar as suspeitas do marido, mas logo descobre que o marido tem seus próprios planos.

06 – Geleia real

Um conto de terror com elementos fantásticos que me agradou muito. Um jovem casal, Albert e Mabel, têm uma filha recém-nascida. A criança não come e vem perdendo peso desde o nascimento. Albert, um apicultor, extrai das colmeias, um produto chamado geleia real, usado para fazer larvas de abelhas crescerem, e adiciona ao leite do bebê. O bebê, então, começa a beber vorazmente, ficando cada dia mais gordo. O final é aterrorizante.

07 – Georgy Porgy

A história é narrada por um vigário sexualmente reprimido, George, que tem um grande problema com mulheres. Por um lado, ele é louco por elas - a mera visão de uma mulher de salto alto é o suficiente para excitá-lo enormemente. Por outro lado, ele não suporta tocá-las ou estar perto delas. George não entende o motivo desse paradoxo. Isso se torna um problema na vila onde fica sua paróquia, pois as solteironas locais tentam seduzi-lo de todas as maneiras. Ele resiste, mas uma finalmente coloca algo em sua bebida e...

08 – Gênese e catástrofe

Conto baseado numa história real.  Nesta história, Dahl deixa evidente que até uma mulher legal pode ter um filho que acaba sendo um assassino em massa. Em Gênesis e catástrofe, de Dahl, Klara Hitler teve 4 filhos que acabaram morrendo antes de completarem três anos.

Ela acabou de dar à luz e fica muito ansiosa quando seu novo bebê está com o médico sendo examinado porque ela não quer que outro de seus bebês morra. Os médicos dizem que o bebê é normal e que não há nada de errado com ele. Eventualmente, eles revelaram que o nome do bebê é Adolf. Acho que não preciso escrever mais nada, não é?

09 – Edward, o conquistador

Neste conto, um casal se dedica silenciosamente à vida no campo quando um gato aparece de repente em suas vidas. Por vários motivos, a esposa, Louisa, começa a acreditar firmemente que o gato é a reencarnação do compositor Franz Liszt, crença que se baseia nos gostos musicais do gato na música que Louisa toca ao piano, gostos que parecem coincidir. com o gato do compositor.

Neste ponto, a tensão entre o casal aumenta. Edward não apenas fica cético, mas também começa a demonstrar uma pitada de ciúme do gato que em poucas horas conquistou o coração de sua esposa e que parece monopolizar sua atenção. Este clima tenso rola até o desfecho final, um tanto... trágico.

10 – Porco

Porco foi o conto de Beijo, que mais me impressionou. Dahl escreve sobre um garoto criado por uma tia vegetariana que o alerta dos perigos de se comer carne. O menino cresce seguindo os conselhos da tia e quando a parente morre, ele vai para a cidade em busca de sua herança.

O encontro do inocente jovem com o advogado golpista é outro momento cômico do livro. Depois disso, a história é puro terror. Quando o rapaz vegetariano para em uma lanchonete e em seguida num frigorífico.

Dahll deixa evidente nesse conto como a violência contra os animais é legitimada, aceita como parte de um “processo natural”, a partir de nossos hábitos de consumo.

11 – O campeão do mundo

Para, pode parar tudo. Cara, dei muita, mas muita risada ou melhor, gargalhadas com essa história que fecha a coletânea de “Beijo,”. O final é apoteótico e não há como reprimir as gargalhadas.

No conto, Danny é um garoto muito inteligente, leal e prestativo. Ele ajuda seu pai, um mecânico, a consertar carros de outras pessoas num posto de gasolina. O pai de Danny é descrito como "brilhante" no livro, porque ele sempre tem ideias incrivelmente interessantes. Assim como seu avô, seu pai é um caçador furtivo mestre de faisões e tem muitas maneiras criativas de pegá-los; até que num belo dia resolve colocar em prática uma dessas “belas” ideais, entonce... o inesperado acontece.

Taí galera, um resumo dos onze contos de Beijo, de Roald Dahl. Um livro que certamente recomendo.

18 dezembro 2024

Primeiro Sangue, livro que deu origem aos filmes da saga Rambo, será relançado em janeiro pela Pipoca & Nanquim

Antes de começar esse post, antes de dar essa baita informação que, certamente, deixará a maioria dos leitores eufóricos e em ponto de ebulição, deixe-me dar também um Ipi-Ipi-Hurra para a editora Pipoca & Nanquim, então lá vai: IPI-IPI-HURRA!! Valeu Alexandre Callari, Bruno Zago e Daniel Lopes; mas valeu, de fato, por essa iniciativa que fará milhares de leitores radiantes e felizes. O motivo de toda essa euforia é que a Pipocas e Nanquim conseguiu os direitos de publicação de uma obra antológica que estava fora de catálogo há quase cinco décadas: Primeiro Sangue de David Morrell. O livro deve “desembarcar” no Brasil já no início de 2025.

Primeiro Sangue foi adaptado para os cinemas e o seu personagem principal acabou se transformando num dos maiores ícones – senão o maior – dos filmes de ação: John Rambo ou simplesmente, Rambo.

Tomei conhecimento do relançamento da obra através de um seguidor do blog, o Gabriel Ferrari. Se não fosse o “Santo Gabriel”, como diz o velho ditado popular, eu teria ‘comido a maior bronha’ e só ficaria sabendo da novidade quando o livro fosse lançado. Como até o mês de fevereiro estarei mais focado na causa dos aposentados por invalidez permanente, uma causa que decidi abraçar como jornalista, após ver tantas injustiças cometidas contra essa classe, sendo a última delas o tapa na cara dado pelo presidente Lula ao vetar o Projeto de Lei 5332, fiquei um pouco relapso em minhas visitas aos sites das principais editoras brasileiras – incluindo a Pipoca e Nanquim – para me inteirar das novidades; e assim, a notícia do relançamento de “Primeiro Sangue” acabou passando batida. Por isso Gabriel, valeu muito pelo alerta.

Primeiro Sangue foi lançado pela primeira vez no Brasil em 1972 pela editora Record. Dez anos depois viria o primeiro filme baseado na obra de Morrell. Em 1988 com o personagem no auge já transformado um verdadeiro ícone dos filmes de ação, a editora Nova Cultural relançaria o livro, mas com o nome do personagem, ou seja, sairia Primeiro Sangue e entraria Rambo. Devido ao sucesso da trilogia cinematográfica idealizada por Sylvester Stallone, a publicação da Nova Cultural vendeu “horrores”. Este fenômeno também acabou por transformar Primeiro Sangue da Record numa obra cult. Mas infelizmente, depois disso, não tivemos nenhum outro relançamento do livro. Como os direitos autorais estavam presos com a Record e a Nova Cultural, um novo relançamento se tornava praticamente impossível. Quero dizer, até ter surgido a Pipoca & Nanquim.

Ouvi uma entrevista do Alexandre Callari onde ele afirmou que vinha mantendo contatos constantes com David Morrell, dizendo estar interessado em relançar o seu livro, mas o autor sempre respondia que infelizmente os direitos estavam presos. Mas num belo dia, o tom conversa mudou quando Morrell respondeu a Callari que os direitos haviam sido liberados. Pronto! A Pipoca e Nanquim não pensou duas vezes e agarrou com unhas e dentes a oportunidade de adquirir os direitos do livro e relança-lo.

Primeiro Sangue é tão diferente dos filmes da saga Rambo como água e óleo. Podemos dizer que ambos não se misturam (explico em detalhes essas diferenças aqui e mais aqui). Quem leu o livro e depois assistiu ao filme ou vice-versa, vai ter a sensação de ter visto duas obras distintas.

Uma curiosidade interessante é que Primeiro Sangue se tornou, na época de seu lançamento, leitura obrigatória em várias universidades americanas devido a sua análise crítica da Guerra do Vietnã e as suas consequências na sociedade americana.

E aí galera, gostaram da novidade? Impossível não gostar, não é mesmo? Fecho esse post dando uma outra informação relacionada ao relançamento de Primeiro Sangue que certamente fará com que os leitores deem um HIPI-HIPI-HURRA bem mais forte do que aquele que dei ao iniciar esse texto. Callari disse em sua entrevista que o livro deve entrar na fase de pré-venda já no início de janeiro.

Vamos ficar na expectativa.

Por hoje é só galera.

 

15 dezembro 2024

Cinco livros excelentes adaptados para o cinema que devem ser lidos, obrigatoriamente, antes dos filmes e jamais depois.

Se existe uma frase que me irrita e muito, é aquela que comumente também irrita a maioria dos leitores: “Para que ler o livro se eu já assisti ao filme”. Não vá me dizer que essa bendita, ou melhor, maldita frase não lhe tira do sério? Se for um leitor assíduo – daqueles que de fato podem ser chamados de leitores – garanto que tal afirmação vai conseguir lhe tirar do sério.

Mesmo o filme sendo um clássico, é impossível deixar de ler o livro que originou esse clássico. Aliás, vou mais além, o correto seria ler primeiramente a obra literária para somente depois, assistir a produção cinematográfica.

O principal motivo é que o livro proporciona uma riqueza detalhes relacionadas ao enredo e aos personagens que os filmes não apresentam. Detalhes que no cinema pelas modificações necessárias - devido ao fator tempo -, vão ser provavelmente ignorados.

Ler o livro primeiro também melhora a experiência de visualização, proporcionando uma exploração mais profunda de temas, motivações de personagens e histórias de fundo que podem ser perdidas na adaptação cinematográfica. Ler o livro antes leva o leitor ao filme com um bom conjunto de conhecimentos prévios. Dessa forma, vejo o filme como um complemento do que li.
Na minha opinião, as pessoas que primeiro assistem ao filme, acabam matando o enredo do livro tornando-o desinteressante. O mesmo não acontece quando você dá prioridade ao livro e somente depois, assisti ao filme. Isto faz com que a produção cinematográfica fique mais completa. Vejam bem, não se trata de uma regra básica ou imutável, sei que muitos não pensam assim; mas... paciência;  é dessa forma que me sinto ao inverter as bolas, ou seja, deixar o livro como um complemento do filme.

Para aqueles que tem uma linha de raciocínio parecida com a minha, escrevi essa postagem onde indico cinco adaptações cinematográficas de grande sucesso, as quais você deveria ler o livro primeiro; e só depois, assistir ao filme.

01 – O Silêncio dos Inocentes (1991)

Acho interessante ler O Silêncio dos Inocentes antes do filme porque o livro traz informações importantes sobre alguns personagens que foram praticamente suprimidas na adaptação cinematográfica de Jonathan Demme. O maior exemplo disso diz respeito ao agente Jack Crawford, chefe de Clarice Starling, que no filme passa quase despercebido, mas nas páginas tem uma participação destacada. Ele atua como um importante mentor sobre a jovem agente; passando-lhe seu legado de anos de experiência como agente do FBI. No filme, não aprendemos muito sobre sua história de fundo, também aprendemos muito pouco sobre o quanto ele se sacrifica por seu trabalho e, o mais importante, a conexão com o enredo de Dragão Vermelho, onde Crawford vê Clarice como uma forma de se redimir de seu tratamento com Will Graham que deixou a desejar, colocando a vida daquele agente em perigo.

No filme também não fica claro o que o Dr. Chilton, diretor do manicômio - onde o Dr. Lecter está encarcerado - faz com as fitas das gravações clandestinas das conversas entre Lecter e Clarice. Mas no livro os leitores ficam sabendo o destino dessas fitas.

Um livraço que complementa um filmaço e que deve ter a sua leitura priorizada.

02 – O Grande Gatsby (2013)

A narrativa forte e envolvente de F. Scott Fitzgerald é o grande diferencial do livro - publicado originalmente em 1925 - para o filme de Baz Luhrmann que tem nos papéis principais Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire e Carey Mulligan.

O narrador Nick Carraway tem um papel fundamental no livro ao mostrar aos leitores todo o mundo de luxo e intrigas do personagem Jay Gatsby, além de apresentar em detalhes alguns personagens do enredo. Sem a força desta prosa, o espectador não consegue criar os laços com alguns desses personagens, nem conhecê-los o suficiente para sentir e entender vários de seus sentimentos como medo, dúvidas ou insegurança.

Não posso negar que o visual extravagante dos anos 20 no filme de Luhrmann é fantástico e embriagador, mas sem a narrativa de Nick que temos a oportunidade de ver no livro, esse visual acaba ficando vazio. Por isso, acho importante ler a obra literária primeiro para que possamos entender as verdadeiras motivações desses personagens e depois... nos deliciarmos com o visual do filme de 2013 que muitos críticos consideram a melhor adaptação do livro de Fitzgerald.

03 – O Diário de Uma Paixão (2004)

Se você ler o livro de Nicholas Sparks antes do filme, ficará conhecendo os detalhes da doença e do tratamento de Allie. Enquanto o livro dedica tempo para explorar o diagnóstico e a jornada da doença da personagem, o filme opta por uma abordagem mais simplificada, não especificando a natureza de sua condição e focando mais na emoção de seus momentos de lucidez.

Dois personagens presentes no livro, publicado pela primeira vez em 1996, não aparecem no filme de 2004: o cão Clem e um personagem chamado Gus. O cinema não mostra a amizade de Noah com Gus e no filme, Noah se envolve com uma viúva, a qual no livro ela apenas é amiga dele.

O final do enredo literário é completamente diferente daquele que vocês viram nos cinemas. Juro que chorei lendo o final do livro. Cara, emocionante demais. Você também poderá comparar os dois finais, mas prepare as lágrimas ao ler o “The End” do livro.

04 – A Garota do Trem (2016)

O filme com Emily Blunt adaptado do livro de grande sucesso da autora Paua Hawkins mantém o cerne do livro, mostrando o crescente envolvimento da alcoólatra e divorciada Rachel (Emily Blunt) com um casal perfeito que vê diariamente pela janela em seu trajeto de trem para o trabalho. Apesar de não destoar tanto do livro, a produção cinematográfica enxugou e também suprimiu vários trechos, alguns importantes, da obra de Hawkins.

Enquanto o livro é extremamente fluido, o longa-metragem dá a impressão  de ser um pouco arrastado, principalmente para quem não leu a obra original. No livro, Rachel pega o trem diariamente em direção à Londres todos os dias. No filme, o cenário foi mudado para Manhattan.

Diferentemente do livro, em que Hawkins consegue pela narrativa prender a atenção do leitor, o longa abusa dos recursos de slow motion e até da trilha sonora para criar a situação, soando tudo muito exagerado.

Por ter uma narrativa muito mais completa e envolvente, aconselho ler o livro de Hawkins primeiro, depois mergulhe no filme.

05 – Rambo – Programado par Matar (1982)

Primeiro Sangue (1972) de David Morrel publicado dez anos antes do filme “Rambo – Programado para Matar” - que transformou Sylvester Stallone num ícone das produções de ação em Hollywood - é muito mais profundo e sério do que a sua adaptação para os cinemas. Primeiro Sangue é uma reflexão sobre os traumas da guerra, a alienação dos veteranos, o abuso de poder e a moralidade da violência.

David Morrell, de fato, caprichou em seu enredo o qual considero um dos thrillers de ação sobre a Guerra do Vietnã mais importantes das últimas décadas. Creio que esteja no mesmo nível de O Franco Atirador de E.M. Corder. Curiosamente esses dois livraços que exploram os terrores psicológicos enfrentados por alguns soldados americanos no Vietnã acabaram sendo ofuscados por suas adaptações cinematográficas: “Rambo – Programado para Matar” (1982) e “O Franco Atirador” (1978)

No filme “Rambo”, o diretor  Ted Kotcheff foca principalmente na ação, deixando de lado as origens do personagem e os seus traumas vividos no Vietnã. O plot do filme gira em tono do conflito de Rambo com o xerife de uma pequena cidade do Kentucky.

Um dos pontos fortes do livro é a construção dos personagens principais. Rambo não é retratado como um herói ou um vilão, mas como um homem traumatizado pela guerra e pela rejeição da sociedade.

Ao ler o livro antes, os leitores terão a oportunidade de conhecer os traumas enfrentados pelo personagem e que até certo ponto, transformaram a sua personalidade. Depois disso... divirta-se com o filme que nada mais é do que um festival de explosões, tiros e pancadaria.

Bônus: Tubarão (1975)

Por que ler Tubarão (ver resenhas aqui e também aqui) antes do filme? Simples. Vários conflitos interpessoais, vários núcleos do romance e várias situações foram podadas para transformar o filme num blockbuster de aventura e suspense. Acrescente-se a isso, as alterações significativas na personalidade de personagens importantes da trama. Quer mais? Ok; vamos lá: o livro de Peter Benchley é um estudo do medo com personagens mais desenvolvidos deixando à mostra, de maneira escancarada, todos os seus medos, receios e inseguranças.

Por exemplo, quando os personagens Brody, Quint e Hooper saem em alto mar à caça do grande tubarão branco que fez várias vítimas na praia da pequena cidade de Amity, os três vivem uma série de conflitos que foram cortados do filme. Além disso, os receios, dúvidas e inseguranças tanto da tripulação quanto de outros personagens que vivem na cidade costeira de Amity são explorados de maneira mais profunda na obra literária de Benchley. Um desses conflitos envolve o xerife Brody e sua esposa Ellen que literalmente foi cortado da produção cinematográfica.

Na minha opinião, a galera que optar por assistir ao filme depois de ter completado a leitura do livro, verá na tela personagens mais completos com muitas de suas qualidades e principalmente defeitos expostos de maneira bem clara. Resumindo: o livro é muito mais completo. Por isso deve ser lido antes.

07 dezembro 2024

Veto 38: por amor ou por interesse, esse veto que prejudica muitos aposentados tem que ser derrubado

Galera, prometo que a próxima postagem será sobre livros, prometo mesmo; na semana que vem, vocês estarão vendo por aqui um post literário, mas hoje, ainda, preciso escrever sobre esse veto presidencial do último dia 28, o qual “batizei” de ‘veto maldito’ que acabou prejudicando uma classe de brasileiros tão sofrida, portadores de doenças irrecuperáveis. Enfermidades que geram dores atrozes ou então grande sofrimento mental (só os familiares de portadores de esquizofrenia paranoide, em grau avançado, sabem o que é conviver com esse sofrimento; imagine então, o sofrimento dos próprios doentes). Pessoas que além de carregar a cruz das suas doenças, ainda são obrigadas a carregar uma outra cruz tão pesada quanto a primeira: a cruz da pressão psicológica de serem convocadas para uma perícia médica e periciadas por um médico do INSS inepto que faça pouco caso do laudos médicos, receitas e exames que lhe são entregues para serem analisados. Medo, também, de serem humilhadas nessas perícias, se passando por mentirosas.

Pois é, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, surpreendentemente, vetou esse projeto, o PL 5332 que já havia passado pela Câmara dos Deputados e na sequência pelo Senado, tendo recebido, inclusive, elogios de vários parlamentares.

Lula disse que o PL 5332 é inconstitucional – se equivocou; porque o PL foi analisado pela Comissão de Constituição e Justiça do Congresso que o considerou legal e por isso o aprovou.

Ele também argumentou que a sanção geraria aumento da despesa pública por causa dos fraudadores – se equivocou novamente. Em primeiro lugar, Lula inverteu duas lógicas importantes, a da ‘racionalidade’ e a da ‘solidariedade’, ou seja, o nosso presidente se preocupou muito mais com os fraudadores do que com aqueles que, de fato, estão doentes. Faltou para o presidente entender que esses doentes não podem pagar pelos pecados dos fraudadores. É difícil acreditar que um presidente que sempre afirmou se preocupar com os mais excluídos, tenha tomado tal atitude direcionando a sua atenção, primeiramente, para os fraudadores do que para com os beneficiários que estão pelejando com as suas doenças. O PL 5332 não vai impedir de que o INSS prossiga em a sua busca pelos fraudadores. Pelo contrário, essa busca continuará ainda mais rigorosa; é importante frisar, também, que o órgão tem mecanismos muito avançados para se chegar a esses golpistas. Lembrando que a maioria das fraudes envolvem os auxílios por incapacidade temporária e não as aposentadorias por invalidez permanente.

Finalmente, Lula justificou o seu veto com a hipótese dos avanços terapêuticos e novas tecnologias que podem eliminar barreiras ao exercício de direitos – E... se equivocou, mais uma vez. Galera, todos nós sabemos que não podemos duvidar dos avanços da medicina e da ciência, mas até esses avanços tem limite. Não duvido que daqui a tantos e tantos anos, sejam esses tantos e tantos anos mensurados em séculos ou milênios, teremos a cura para muitas doenças, hoje consideradas incuráveis, mas até  que esse horizonte distante possa ser visualizado... poxa vida, vamos pensar naqueles que estão sofrendo hoje. Concordam?

Por tudo isso que coloquei acima, confesso que não esperava por esse veto presidencial, o “maldito veto 38”. 

Não esperava essa atitude de Lula, mas esperava de Simone Tebet, Fernando Haddad e Carlos Lupi; o que me leva a crêr que eles dobraram o nosso presidente e... muito bem dobrado. Se isso, realmente, aconteceu, a culpa de Lula é ainda maior porque faltou personalidade para se impor e defender aqueles que ele sempre jurou defender em suas campanhas, antes das eleições.

Portanto, apelo para o bom senso dos nossos deputados e senadores que estarão se reunindo em fevereiro de 2025 para analisar se derrubam ou não o Veto 38. Ainda ontem, disse para um amigo que acredito muito que esse veto será derrubado: pelo amor ou pelo interesse. E não importa por qual dessas duas razões, pois ambas estarão ajudando os aposentados por invalidez permanente.

Este meu amigo me pediu para que explicasse o que significava essas duas maneiras. Eu lhe respondi que era algo bem simples. Os congressistas que votarem na derrubada do veto ‘pelo amor’, estarão – com toda a certeza – preocupados com o sofrimento de milhares de pessoas que convivem com enfermidades atrozes e incuráveis correndo ainda o risco de perderem os seus benefícios após toparem com um perito médico do INSS completamente inepto e injusto. Quanto aos congressistas que votarem pela derrubada do veto, unicamente por interesse, serão aqueles com o pensamento direcionado no “mar de votos” que poderão perder nas eleições de 2026 já que são nove milhões de aposentados que fazem parte dessa categoria, incluindo aqueles do BPC Loas. Vamos somar, também, à esses nove milhões de aposentados, os seus familiares. Você acha que essas pessoas irão esquecer daqueles congressistas que votaram contra a sua causa? Tenho convicção que não, mesmo porque grande parte dos youtubers, influencers digitais e blogueiros envolvidos nessa causa, da qual eu também apoio, já afirmaram que estarão divulgando em suas redes sociais os nomes e partidos dos deputados e senadores que votarem contra e também daqueles que votarem a favor dos aposentados por incapacidade permanente.

Mas, não importa, por amor ou interesse, o importante é que o Veto38 seja derrubado.

Encerro essa postagem, mais uma vez pedindo o apoio de todos os seguidores do nosso blog e também daqueles que seguem o “Livros e Opinião” nas redes sociais para que façam a sua adesão ao manifesto que serás levado até Brasília em fevereiro para ser entregue pessoalmente aos deputados e senadores. Basta acessar o link no final desse post.

Aproveito também para agradecer todos aqueles que estão engajados nessa luta em prol a derrubada do Veto 38, em especial a três canais no Youtube: “Milton Dantunes” (@MiltonDantunes), Caco Siqueira (@AGIRcomCacoSiqueira) e Verusa Figueiredo (@canalVFNews) q ue assumiram a posição de lutar pelos direitos desses aposentados por invalidez permanente; tanto é que Milton e Caco estarão em Brasília no mês fevereiro mantendo contato com parlamentares e acompanhando de perto a votação para a derrubada do ‘Veto 38’.

Valeu!

Link para votar na petição em prol da causa:

https://chng.it/6Sxtxx48mS

#DerrubaVeto38

01 dezembro 2024

Um veto presidencial que significa uma virada de costas para todos os aposentados por invalidez

Galera, eu sei que ficar fugindo dos assuntos propostos pelo blog, no caso resenhas de livros e listas literárias, não agrada alguns dos nossos seguidores nas redes sociais, mas hoje eu preciso dar uma nova divagada e deixar os livros, um pouco, de lado. O motivo é mais do que justo; e por falar em justo, a essência do tema que estarei abordando neste post pode ser considerado a antítese da justiça, ou seja uma baita injustiça cometida por um presidente da República que sempre disse acreditar nos mais excluídos.

Antes que os leitores dessa postagem me questionem se eu sou “Bolsonarista” – porque acho que o início desse texto deixa essa dúvida ou quase certeza pairando no ar – eu respondo na lata: Não. Não sou Bolsonarista e nem Lulista. Completo a minha resposta fazendo dela uma rima: “Não sou Bolsonarista, nem Lulista, sou Jornalista”; ou seja, quero criticar quando houver injustiças e elogiar quando houver justiça. E cá entre nós, Lula cometeu uma baita injustiça na quinta-feira (28) ao vetar o Projeto de Lei 5332 que beneficiaria diretamente um grande número de aposentados por invalidez permanente com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Parkinson, Esquizofrenia Paranóide, além de outras doenças graves e incapacitantes. Ele literalmente virou as costas para essa categoria sofrida de pessoas, a maioria delas vivendo em vulnerabilidade social.

Ao ver uma injustiça tão grande, resolvi me engajar na luta pelos direitos dessas pessoas. Taí a explicação para mais uma divagada com uma postagem fugindo do contexto desse blog. Aproveito para explicar que estarei postando bem menos - mas menos, de fato - até o final de fevereiro porque será no dia 7 daquele mês que o Congresso Nacional estará se reunindo para analisar se derruba o veto do presidente Lula. E até lá quero focar os meus esforços apenas nessa luta.

Para aqueles que desconhecem o teor do Projeto de Lei 5332, basta “dizer” resumidamente que ele isenta de perícias revisionais todos os aposentados por invalidez permanente portadores de graves enfermidades como por exemplo aquelas que eu já descrevi acima. O projeto explica que essas pessoas já passaram por vários peritos do próprio INSS ou judiciais que comprovaram que as suas enfermidades são permanentes. Mas mesmo assim, continuam sendo chamadas para perícias médicas revisionais, quase sempre humilhantes.

Como jornalista vi de perto situações que me chocaram. Imagine, primeiriamente, pessoas com esquizofrenia paranoide; pessoas amparadas por andadores; pessoas obrigadas a saírem de suas camas e literalmente se escorando em seus familiares ou cuidadores; pessoas com sintomas graves de Parkinson. Agora imagine todas essas pessoas desorientadas psicologicamente ou então com dores atrozes sendo obrigadas a se deslocarem até uma agência do INSS para enfrentar filas e também a ira ou então o pouco caso de médicos peritos. Triste, não? Foi para essas pessoas que o nosso presidente virou as costas ao vetar o PL 5332.

Pôxa vida Lula, no dia de sua posse, me lembro muito bem, o senhor subiu a rampa do Planalto tendo ao lado uma pessoa com deficiência. Para aqueles que viram esse gesto – assim como eu vi – passaram a ter a certeza de que o Sr. estaria sempre apoiando as necessidades dessa categoria. Não quero acreditar que foi tudo hipocrisia. Prefiro acreditar que o nosso presidente não teve personalidade suficiente para se impor diante de Simone Tebet, Fernando Haddad e Carlos Lupi; três pessoas que até agora só ignoraram os clamores dos aposentados por invalidez. Prefiro acreditar na falta de personalidade em se impor diante desses três assessores. É melhor do que pensar na hipótese de hipocrisia. Confesso que antes disso tudo, tinha muita fé de que Lula faria um bom governo; acreditava, de fato. Mas depois dessa atitude... juro que fiquei impactado e já estou mudando as minhas convicções.

Lula colocou em sua justificativa de veto que o PL 5332 era inconstitucional. Inconstitucional como?! Como, se ele foi aprovado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados?! Se houvesse alguma inconstitucionalidade no projeto, ele já teria parado ali! Está ficando difícil, mas novamente, não quero acreditar em hipocrisia, mas dessa vez, em desinformação do presidente ou ineptidão de seus assessores jurídicos e parlamentares.

Espero de coração que o nosso Congresso corrija essa injustiça com mais de nove milhões de aposentados. No próximo dia 7 de fevereiro, deputados e senadores estarão se reunindo para analisar se derrubam o veto presidencial do PL 5332. Lembrando que para derrubar um veto presidencial são necessários os votos contrários da maioria absoluta de ambas as Casas. Isto é, de 257 deputados e 41 senadores.

Com certeza, os parlamentares que votarem pela derrubada do veto estarão a favor dos direitos de aproximadamente 9 milhões de brasileiros que se encontram nessa triste situação. Já aqueles que votarem pela manutenção do veto, estarão contra esses 9 milhões de brasileiros.

Lembrando que a eleição de 2026 já está batendo na porta e esses nove milhões pessoas, somados a outros milhões de familiares podem se transformar num “divisor de águas” nessas eleições.

Para finalizar não posso deixar de registrar o trabalho marcante de três canais do Youtube que estão defendendo dignamente e com “unhas e dentes” os direitos dos aposentados por invalidez. Dois de seus representantes, inclusive, estarão em Brasília no dia da votação da derrubada de veto. Grande abraço e gratidão aos ‘guerreiros’ Milton Dantunes (@MiltonDantunes), Caco Siqueira (@AGIRcomCacoSiqueira) e Verusa Figueiredo (@canalVFNews). Milton e Caco, boa sorte e que Deus os acompanhe nesta viagem à Brasília em fevereiro.

Os leitores e seguidores do “Livros e Opinião” que quiserem ajudar nessa causa podem contribuir assinando uma petição solicitando o apoio do Congresso (https://chng.it/6Sxtxx48mS) e também espalhando em suas redes sociais a Hashtag: #DerrubaVeto38

Valeu galera!

 

 

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