29 agosto 2022

"Mundo Perdido", mais uma releitura concluída. Foi uma pena o filme de Spielberg ter cortado, além de alterado personagens tão importantes

Vocês querem saber, de fato, quando um livro consegue ultrapassar um filme, deixando a película para trás comendo poeira? Ok, eu respondo na lata: leiam Mundo Perdido de Michael Crichton e depois assistam ao filme de Steven Spielberg. Cara, o livro é anos-luz melhor do que a produção cinematográfica de 1997, considerada a sequência direta do megassucesso “O Parque dos Dinossauros”, esse sim, uma adaptação à altura da obra literária.

Tudo no livro é melhor: enredo, personagens e claro, os dinossauros. Sinceramente acho que o roteirista David Koepp pisou feio na bola e entregou um material muito abaixo da expectativa para Spielberg dirigir. O livro é tão superior ao filme que eu já o reli três ou quatro vezes; quanto a película, assisti somente uma vez e confesso que após ter lido a obra de Crichton perdi, completamente, o interesse pelo filme.

Para variar, no mês passado bateu uma vontade enorme de reler – mais uma vez – Mundo Perdido o que consequentemente acabou resultando nessa postagem que você lê agora. Lembrando que já escrevi uma resenha sobre o livro nos primórdios do blog, em 2012; se quiser conferir acesse aqui.

Nessa nova resenha vou me ater mais na comparação da história escrita com o filme. Começando pelos personagens. Enquanto o roteirista da produção cinematográfica optou por centralizar a trama no personagem Ian Malcolm; no livro ele se apresenta quase como um personagem secundário, ou seja, um coadjuvante. Na minha opinião, os dois personagens principais no contexto idealizado por Crichton são Richard Levine e Sarah Harding. Justamente os mais prejudicados no filme. O primeiro deles foi cortado por Koepp e o segundo foi alterado pelo roteirista; diga-se, alterado para pior.

Talvez, para dar mais foco em Ian Malcolm, vivido por Jeff Goldblum, optou-se por cortar Richard Levine, o que achei um enorme erro. Sei lá, se essa decisão aconteceu por questões contratuais, exigência do ator ou o escambau a quatro. O que sei é que foi um grande erro. Na trama escrita, tudo gira em torno de Levine e Harding. Malcolm pouco faz no livro. Ele se apresenta como uma espécie de assessor. Fora isso, excetuando o trecho em que o Tiranossauro Rex ataca o trailer onde ele e Sara se encontram, suas aparições na trama são quase sem importância. Do meio da história em diante, ele pouco faz, a não ser ficar murmurando algumas frases desconexas sobre a “Teoria do Caos”.

O contexto muda quando nos referimos a Richard Levine, um paleontólogo autossuficiente e arrogante, mas por outro lado muito inteligente que resolve explorar uma ilha isolada onde acredita existir animais pré-históricos dos períodos Cretáceo e Jurássico. Levine acredita que a tal ilha chamada Sorna é o local onde os dinossauros da empresa de biotecnologia InGen eram clonados em suas várias instalações para depois serem transportados para o Sítio A, a Ilha Nublar, onde ficava o Jurássic Park. O paleontólogo crê que ainda existam alguns animais pré-históricos naquela ilha e assim, resolve montar uma expedição com veículos e equipamentos ultramodernos para explorar o local. Ele convida Malcolm e Sarah para participar, juntamente com outros integrantes. Tudo transcorre dentro da noirmalidade até que Levine é vencido por sua curiosidade e resolve partir para a ilha Sorna antes dos preparativos, acompanhado apenas de um guia. Chegando lá, “a coisa” se complicada.

Após receberem uma mensagem de Levine, onde supostamente entende-se que ele está em perigo, os seus amigos de expedição resolvem também partir para ilha na esperança de salvá-lo. Chegando lá, tem o início o “pega prá capá” o qual não pretendo estragar com spoillers.

Crichton foi muito feliz na criação de Levine. Ele é um personagem complexo e de muitas facetas: algumas você admira e outras você odeia. Crichton vai desconstruindo aos poucos um de seus personagens principais. No início vemos um Levine destemido, seguro e autossuficiente, mas conforme o enredo vai se desenrolando e chegando ao final, alguns fatos acabam mudando a sua determinação e com isso vamos conhecendo o verdadeiro Levine. Achei um put... de um personagem; um dos melhores criados pelo autor e que inexplicavelmente foi podado do filme.

Quanto a Sarah Harding fiquei super-fã da jovem bióloga e naturalista, especialista em estudo de campo dos predadores da África, no caso leões e hienas, mas que acaba indo parar na ilha de Sorna, lutando pela sua sobrevivência em meio a perigosos dinossauros carnívoros.

De maneira oposta ao personagem do filme de 1997 vivida por Julianne Moore (diga-se de passagem, uma excelente atriz), a Sarah das páginas do livro te conquista logo de cara. Ela não é afoita como a sua cara metade dos cinemas. Ela é muito corajosa, mas toda essa coragem tem como alicerce uma inteligência aguçada baseada no senso. Ela enfrenta qualquer obstáculo, por pior que seja, mas sempre com conhecimento de causa. Ela é muito segura. Tão segura que qualquer um dos personagens do livro acaba se sentindo bem perto dela. A sua empatia é incrível. E, infelizmente, faltou isso, para a Sarah Harding do filme.

Outro personagem importante cortado do filme foi o Dr. Thorne, engenheiro responsável pela construção e montagem dos veículos e demais equipamentos da expedição. Ele é presença constante no livro, mas Koepp também optou por tesoura-lo.

Além da poda e da alteração nos personagens, o plot do enredo escrito por Crichton foi profundamente modificado pelo roteirista. Mêo! Ficou uma caca, muito estranho. Que loucura (que loucura no pior sentido) ver aquele Tiranossauro Rex perdido no meio da cidade! My God! Ao contrário do filme, no livro, toda a ação se passa na Ilha de Sorna, no chamado Sítio B da InGen. Enquanto a expedição de cientistas quer apenas estudar os dinossauros para descobrir como eles foram extintos, os vilões comandados por Lewis Dodgson querem roubar dos ninhos os ovos dos dinossauros para criarem um novo Jurassic Park num novo local. Ao contrário,  no filme, o personagem John Hammond – que na duologia de Crichton morreu no primeiro livro - quer que Ian Malcolm e um grupo de cientistas observem e documente as criaturas antes que mercenários cheguem até eles. Hammond revela que quer descobrir uma nova ilha onde as criaturas possam viver longe do contato com as pessoas. Paralelamente a isso, um grupo de mercenários planeja invadir a Ilha Sorna para capturar os animais vivos e leva-los para a cidade onde planejam montar uma espécie de “Hopi Hari Jurássico”, mas com dinossauros no lugar de brinquedos. Os dois grupos acabam entrando em conflito.

Resumindo, o plot original da obra literária é muuuuuito, mas muuuuuito melhor do que aquele desenvolvido por Koepp.  Quanto ao vilão Lewis Dodgson que no filme foi substituído pelo insosso sobrinho de Hammond é outro ponto alto do livro; muito diferente do Dodgson de “O Parque dos Dinossauros” que teve apenas uma aparição relâmpago naquele filme e do Dodgson caricato ao extremo da recente produção “Jurassic World 3: Domínio”.

E para finalizar essa resenha, não posso me esquecer, é evidente, dos dinossauros dos livros que são muito mais aterrorizantes do que os animais do filme. Os Tiranossauros (são dois no livro, isso mesmo) e os velociraptores são muito amedrontadores e com elementos de terror em alguns trechos.

Achei uma heresia o corte, por parte do roteirista, da cena arrepiante em que os personagens, perto do final do livro, se escondem num galpão, apenas para descobrir que os Carnotauros que os cercam podem se camuflar no meio da vegetação como se fossem camaleões, tornando-se praticamente invisíveis e por isso mesmo, mais letais; tão letais que chegam ao ponto de intimidar os Velociraptores e os Tiranossauros duante a noite.

Adorei a releitura! Quanto ao filme... apenas razoável.

Valeu!

25 agosto 2022

Netflix confirma adaptação do livro “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”

Dois livros, cujos personagens e enredos, eu amaria ver nos cinemas são Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e Verity. Os livros de Taylor Jenkins Reid e Colleen Hoover, respectivamente, são fantásticos e na minha opinião seriam grandes sucessos de públicos e crítica, desde que fossem entregues para os cuidados de roteiristas e diretores competentes. Correndo por fora, tem outro livro da Jenkins Reid que eu também adoraria ver nas telonas: Daisy Jones & The Six. Revelo que fiquei um pouquinho triste porque na realidade eu desejava mesmo era ver Daisy Jones nas telonas e não como uma série de 12 capítulos como será apresentada pela Amazon Prime Video. Mas tudo bem, tá valendo.

As gravações de “Daisy Jones” já terminaram e a série está praticamente pronta para estrear o que deve acontecer ainda neste ano. Quanto a Verity  apesar de alguns sites e blogs afirmarem que o filme deve sair; até agora não há nada de concreto. Da mesma forma que não há nada certo quanto a uma sequência do livro, uma espécie de Verity 2. Portanto, filme e um novo livro não passam de especulações. Pode até ser que nos próximos dias ou semana seja noticiado algo concreto, mas por enquanto... melhor não se iludir.

Agora no que se refere aos Sete Maridos de Evelyn Hugo com toda certeza vale um grande Iahuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!! – fazia tempo que eu não dava esse grito de alegria, né? (rs) – porque o filme está mais do que confirmado. Uhau! Fui para as nuvens quando soube da novidade. Então vamos deixar as especulações de lado e revelar nessa postagem as novidades do que, realmente, virá por aí.

Taylor Jenkins Reid, autora de "Os Sete Maridos de Evelyn Hugo

O longa-metragem será bancado pela Netflix que confirmou a notícia no final de março. Como o filme ainda está em fase inicial de produção, ainda não há outras informações – como elenco, direção e data prevista de lançamento, por exemplo. 

Em uma das publicações, a equipe da plataforma de streaming revelou que a autora do best-seller, Taylor Jenkins Reid, será uma das produtoras executivas da obra. Ela irá trabalhar ao lado de Margareth Chernin (conhecida por seu trabalho em filmes como “O Retorno de Ben” e “O Pintassilgo”).

Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é um livro de Jenkins Reid, inicialmente publicado em junho de 2017. Traduzido em mais de dez idiomas, a obra entrou para a lista de mais vendidos em diversos países, incluindo o Brasil.

O enredo nos apresenta Evelyn Hugo, uma lendária estrela de Hollywood, que sempre esteve sob os holofotes. Agora, com quase 80 anos, a atriz vive reclusa em seu apartamento no Upper East Side.

Com a intenção de contar sua história para o público, ela escolhe uma repórter iniciante e desconhecida, Monique Grant, para relatar seu tempo na Era de Ouro de Hollywood; sua ascensão à fama e seus sete casamentos. Aceitando o desafio, a jornalista embarca em uma história que revela segredos e mentiras impressionantes.

O público tem apostado em adivinhar quem integrará o elenco do longa-metragem. Entre os nomes cotados, surgiram nas redes sociais menções à preferência por Ana de Armas, Camila Cabello e Sofia Vergara... São muitas as apostas para a protagonista de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo. Vamos aguardar.

O livro passou 32 semanas no topo da lista de best-sellers do New York Times, e também se tornou um fenômeno no TikTok.

22 agosto 2022

Sagas literárias que serão adaptadas para séries nos serviços de streaming

Gosto de ler sagas, mas confesso que já gostei mais, muito mais. Sei lá, acho que as sagas contemporâneas são menos interessantes do que aquelas que li há anos atrás. Devorei com toda avidez os quatro livros da “Saga Lecter” (aqui, aqui, aqui e novamente aqui), a trilogia “O Senhor dos Anéis” (ver essa, essa e mais essa), “As Crônicas de Artur” (aqui, aqui e aqui), “As Crônicas do Gelo e Fogo”, “Harry Potter” (confira aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e finalmente aqui), além de outras. Tudo bem que “A Rainha Vermelha”, “Filhos de Sangue e Osso” e “A Seleção” tenham os seus encantos, mas não me atraem nem um pouco. Mas tudo é uma questão de gosto. Com certeza, muitos leitores não sentem nenhum interesse por algumas ou muitas das sagas antigas que li.

Ok, mas vamos parar com essas divagações porque o objetivo da postagem é outro. Hoje, vou publicar cinco sagas literárias conhecidas por todos e que estarão sendo adaptadas para os serviços de streamings no formato de séries ou minisséries. Uma excelente oportunidade para você que leu os livros e apenas imaginou como era a aparência de seus personagens preferidos, agora ver como eles ficaram nas telas.

Sagas muito conhecidas e que independente de ter ou não atraído a minha atenção de leitor, fizeram muito sucesso tornando-se campeãs de vendas, e agora, com todas as chances de, também, explodir na TV. Vamos conferir.

01 – O Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien)

Eu estou na expectativa e “bota” expectativa nisso! Aliás, acho que todos nós que amamos a trilogia de J. R.R. Tolkien estamos contando nos dedos a chegada da série de TV baseada nos personagens antológicos criados pelo escritor.

A excelente notícia é que “O Senhor dos Anéis” deve estrear no dia 2 de setembro próximo no Amazon Prime Video em mais de 240 países e territórios, com novos episódios disponíveis semanalmente. As filmagens da primeira temporada foram concluídas no início de agosto na Nova Zelândia.

O novo drama épico traz às telas pela primeira vez a lendária história da Segunda Era da Terra-média de Tolkien. Começando em uma época de relativa paz, milhares de anos antes dos eventos dos livros O Hobbit e O Senhor dos Anéis (ver aqui, aqui e aqui), de Tolkien. A série segue um elenco de personagens, tanto familiares quanto novos, enquanto eles enfrentam o temido ressurgimento do mal na Terra-média.

O elenco principal é composto por Cynthia Addai-Robinson, Robert Aramayo, Owain Arthur e Maxim Baldry entre outros.

02 – Percy Jackson (Rick Riordan)

Atenção Olimpianos, depois de vários desencontros e desmentidos, finalmente foi confirmada a produção de uma série baseada na saga literária de Percy Jackson (ver aqui), a “menina dos olhos” do escritor Rick Riordan. A adaptação será produzida pela Disney+.

Na semana passada foi liberada a primeira foto dos atores Walker Scobell, Leah Sava Jeffries e Aryan Simhadri caracterizados como, respectivamente, Percy, Annabeth e Grover, o trio principal da saga.

O personagem apareceu pela primeira vez no livro Percy Jackson e O Ladrão de Raios, publicado em 2005 por Rick Riordan. Depois, foram mais quatro obras que compõem a série Percy Jackson e os Olimpianos.

Entre 2010 e 2014, o autor lançou a série Os Heróis do Olimpo, que continua com o protagonismo de Percy, mas expande o universo e os personagens em mais cinco livros.

O seriado do Disney+ vai adaptar, a princípio, apenas o primeiro livro da saga, O Ladrão de Raios. Na história, Percy é um garoto de 12 anos que costuma entrar em confusões e está sempre trocando de escola, até que ele descobre ser filho do deus grego Poseidon.

Ele vai até o Acampamento Meio-Sangue, local escondido e protegido onde adolescentes como ele, chamados de semideuses, treinam suas habilidades para virarem guerreiros. Depois de ser acusado de roubar o raio de Zeus, Percy precisa partir em uma missão com dois colegas: Grover, um sátiro protetor, e Annabeth, uma filha da deusa da sabedoria, Atena.

Caso a produção seja renovada para mais temporadas depois do lançamento, deve contar toda a história dos cinco livros da primeira série. Ainda não há informações sobre a possibilidade de adaptarem Os Heróis do Olimpo.

A primeira temporada da série terá oito episódios e até o momento, ainda não há uma data de estreia, mas Rick Riordan revelou ao site ScreenRant que acredita que o seriado será lançado no início de 2024.

03 – Academia de Vampiros (Richelle Mead)

Para quem gosta de vampiros, principalmente os leitores que amaram os livros da autora norte-americana, Richelle Mead, esta série será um prato cheio. Na saga literária, a história é narrada pela protagonista Rose Hathaway e conta a história da mesma e de sua melhor amiga, Lissa Dragomir, na academia para vampiros, St. Vladimir. A série, cujo primeiro livro foi lançado em 2007, tornou-se best-seller no jornal The New York Times.

A série de TV estreia em 15 de setembro pelo Peacock, serviço de streaming da NBC Universal.  A nova atração sobre vampiros terá Julie Plec (The Vampire Diaries) e Marguerite MacIntyre (The Originals) como showrunners, dupla que promete entregar uma adaptação mais fiel sobre a história de amizade, romance e perigo que conquistou diversos fãs ao redor do mundo.

Vale lembrar que a obra original já foi levada para as telas, com o filme “Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras” — disponível no HBO Max. Porém, o título lançado nos cinemas em 2014 não agradou grande parte dos fãs, que criticaram a essência e tom da adaptação. O projeto também se mostrou um fracasso nas bilheterias, cuja arrecadação mal pagou seu orçamento considerável de US$ 150 milhões.

Agora, vamos torcer para que a série do Peacock não repita o fracasso do filme. Os fãs dos livros de Mead esperam que os episódios tornem-se um grande sucesso.

04 – Entrevista com o Vampiro (Anne Rice)

Taí uma informação que deixou hiperfelizes os leitores do famoso livro de Anne Rice e os cinéfilos que adoraram o filme de 1994 com Tom Cruise, Brad Pitt e Antônio Banderas.

Agora chegou a vez do trabalho da escritora Anne Rice ganhar uma série de mesmo nome, adaptando a já conhecida história do relacionamento entre Louis e o vampiro Lestat.

No mês de julho, durante a “San Diego Comic Con 2022”, os fãs puderam conferir o esperado trailer da série, que conta com roteiro de Rolin Jones (Weeds) e presenças de rostos conhecidos de Hollywood, como Eric Bogosian (Joias Brutas) e Bailey Bass (Avatar: O Caminho da Água).

Produzida pela AMC, a série acompanhará Louis narrando ao jornalista Daniel Molloy a sua vida ao lado de Lestat, partindo de uma New Orleans de 1910. Decepcionado com os problemas de ser um homem negro na época em questão, Louis aceita a tentadora oferta de poder e eternidade, refletindo a respeito de tornar-se um vampiro e viver ao lado do misterioso Lestat.

A série será estrelada por Sam Reid como Lestat de Lioncourt e Jacob Anderson como Louis de Pointe du Lac. A sua estreia está prevista para o dia 02 de outubro.

05 – A Rainha Vermelha (Victoria Aveyard)

Fechamos essa lista com a famosa saga literária escrita pela norte-americana Victoria Aveyard. A autora criou um enredo onde o mundo é dividido em dois. O das pessoas chamadas de vermelhos e aquelas que são as prateadas. Os vermelhos são o povo comum, e os prateados os dominam com sua nobreza e poderes únicos.

Porém, tudo isso será colocado à prova pela protagonista Mare Barrow, ao ser levada para o perigoso mundo da realeza. Ela descobrirá que nem tudo é como lhe ensinaram, e terá a responsabilidade do futuro dos dois povos em suas mãos.

A adaptação da série Rainha Vermelha caberá ao Peacock, serviço de streaming da NBC. Elizabeth Banks vai estrelar e dirigir o seriado. Ela também trabalhará como produtora executiva, junto de Max Handelman.

Conforme o Deadline, a série será escrita por Beth Schwartz e Victoria Aveyard, autora dos livros originais. Schwartz é mais conhecida por ter sido showrunner de Arrow, da DC.

A produção de “A Rainha Vermelha” é da Warner Bros. TV junto da Universal Television. Ainda não há uma data de estreia definida.

Agora, só resta aguardar a chegada dessas sagas nos serviços de streaming e curtir ao máximo.

 

18 agosto 2022

Cinco livros sobre a vida de Elvis Presley para você ler após ter assistido ao filme de Baz Luhrmann

Olá galera! Como prometi na postagem anterior sobre Elvis Presley,, sem mais delongas vamos aos livros sobre o rei do rock que não podem faltar nas prateleiras de todo fã de “the king”. Livros especiais para você ler após ter assistido ao filme “Elvis” do diretor Baz Luhrmann, grande sucesso de público e crítica. 

É do conhecimento de todos que desde a morte de Elvis em 16 de agosto de 1977 aos 42 anos de idade surgiram muitos livros sobre a sua vida, mas a maioria deles apelando para o sensacionalismo com os seus autores não se preocupando em separar a verdade da mentira o que resultou em obras pra lá de medíocres.

Nesta postagem vou publicar alguns livros que tiveram a aprovação de críticos e leitores, cujos autores procuraram se pautar nos fatos deixando o sensacionalismo de lado. Vamos que vamos:

01 Elvis – Último Trem para Memplis (Peter Guralnick)

Começo com a obra de Peter Guralnick que foi tema da minha postagem anterior (ver aqui). A biografia Elvis: Último Trem para Memphis (Elvis: Last Train to Memphis) é um de seus trabalhos mais reconhecidos e elogiados.

O livro lançado em 1994 era inédito no Brasil, até gora. Ele chegou por aqui, em maio, para ser exato em 13 de maio, e agora com o sucesso do filme, passou a liderar a lista de mais vendidos das principais livrarias e sites literários.

A obra de Guralnick, mostra a vida de Elvis Presley desde o nascimento até 1958. Há um segundo volume (ainda não lançado no Brasil), que vai até a morte do cantor.

O que impressiona no livro é o nível de detalhes que o autor conseguiu reunir. Segundo a crítica especializada, o jeito de Guralnick escrever dá ao leitor a impressão de praticamente estar vendo, ali na frente, Elvis e todos os outros personagens que o cercavam. A grande maioria garante que é um grande livro para quem gosta de Elvis, mas também para quem se interessa por música em geral e de ler uma história bem contada.

02 Elvis e Eu (Priscilla Beaulieu Presley e Sandra Harmon)

Alguns amigos discordaram do que escrevi na resenha de Elvis e Eu. Enquanto eu considero a obra escrita por Priscilla Presley com a supervisão da jornalista Sandra Harmon séria, confiável e uma das mais completas sobre a vida do cantor; eles a consideram sensacionalista e nada confiável. 

Na minha opinião Priscilla preservou a imagem do rei em respeito aos fãs. Todos os fãs de Elvis sabem que o seu relacionamento com Priscila foi muito tóxico, permeado de traições e acontecimentos bizarros, além de abusivo. Mas apesar desses detalhes percebi que o que permeou toda narrativa foi o amor genuíno e o respeito da autora por Elvis. Respeito a opinião daqueles que não concordam comigo, mas esse é o meu modo de pensar.

Vale lembra que Priscilla foi o grande e único amor na vida de Elvis. Tudo bem, que a vida do casal com o passar dos anos se transformou num verdadeiro inferno recheado de traições, brigas e ofensas, mas apesar do relacionamento tempestuoso, os dois, mesmo após a separação, nunca deixaram de se respeitar e de gostar um do outro. Elvis deixa isso evidente em sua música “Always on my mind” e “Separate Ways”, onde faz uma verdadeira declaração de amor à sua ex-mulher; e Priscilla, por sua vez, afirma em sua obra que Elvis foi o seu único e verdadeiro amor; a pessoa mais importante de toda a sua vida.

Mesmo separados, Elvis e Priscilla continuaram sendo verdadeiros amigos, com Elvis dando uma importância enorme aos conselhos de Priscilla, e vice-versa.

Acho que por tudo isso, o livro escrito por ela tem todas as credenciais de uma biografia honesta e verdadeira, sem sensacionalismo. Infelizmente, a obra não pode ser encontrada facilmente. Há vários anos, Elvis e Eu é considerado raro. O preço de um exemplar no portal Estante Virtual custa aproximadamente R$ 195,00. O livro foi publicado no Brasil em 1986 pela editora Rocco.

03 – Elvis e a Revolução do Rock (Sebastian Danchin)

Biografia muito elogiada sobre Elvis Presley. Para alguns críticos, a melhor já escrita até a gora. Destaque para a abordagem de temas delicados, como a relação do cantor com sua esposa e a morte da mãe, além de problemas com amigos etc. Quem já leu afirma que Sebastian Danchin não demonstrou em nenhum momento a intenção de criar polêmica ou então ser sensacionalista, procurando apenas revelar a verdade.

Danchin conseguiu não apenas lançar um olhar objetivo sobre a vida de Presley como também foi capaz de mostrar com riqueza de detalhes qual foi a sociedade que o moldou e como ele, por outro lado, acabou por influenciá-la profundamente.

04 - Retorno do rei: A grande volta de Elvis Presley (Gillian G. Gaar)

Este livro é destinado somente para aqueles fãs de Elvis Presley que tem curiosidade em saber como eram produzidos os seus shows e algumas gravações de discos. Gillian G. Gaar desvenda esses bastidores.  Neste sentido, trata-se de um livro excelente.

A autora dá detalhes, por exemplo, do antológico show da NBC TV em dezembro de 1968 que marcou o retorno de Elvis Presley aos palcos. Em 1967, o cantor estava com sua carreira na obscuridade, graças a uma série de papéis em filmes e gravações. Mas em um ano ele se levantou, livrou-se das amarras na criatividade imposta por seu empresário, Coronel Tom Parker, e se conectou de novo ao público de rock graças a um especial de TV produzido pela NBC dirigido por Steve Binder e produzido pelo próprio Binder em parceria com Bones Howe.

A partir dessa apresentação se seguiu um florescimento artístico, porém breve, em que ele criou algumas de suas gravações consideradas mais duradouras. A autora revela vários detalhes da produção do programa e também desse período da vida do artista. O livro descreve como foram montados os shows, sequência de músicas e outros fatos de bastidores.

05 – Elvis: Mito ou Realidade (Maurício Camargo Brito)

Elvis: Mito e Realidade é fruto de mais de duas décadas de pesquisas por parte de seu autor. O escritor Maurício Camargo Brito é considerado no Brasil e também no exterior uma fonte respeitável de informações sobre Elvis Presley. Ele não só acompanhou de perto um show de Elvis na Califórnia, como também teve a oportunidade de tocar com os seus músicos, o que lhe dá as devidas credenciais para abordar temas ligados ao “The King”.  

Emprestei esse livro de um colega que havia acabado de compra-lo. Li, gostei e aprovo. Linguagem direta e objetiva sem enrolação, além de conter informações preciosas sobre a vida artística e particular de Elvis.

Fechou galera. Agora é só assistir ao excelente filme de Baz Luhrmann com Austin Butler e Tom Hanks e logo depois maratonar esses cinco livros.

Vamos que vamos!

15 agosto 2022

"Elvis - Último Trem para Memphis": Biografia definitiva do rei do rock chega ao Brasil

Todo mundo está elogiando o filme “Elvis” do diretor Baz Luhrmann e que tem como protagonistas Austin Butler no papel do rei do rock, e Tom Hanks como Coronel Parker, empresário do cantor. Assisti e adorei. Achei fantástico. Aliás, fiquei sabendo que em vários cinemas – vejam bem, eu escrevi em “vários” – logo após o término da película, o público aplaudiu o filme de pé.

Pelo o que eu li, até o momento, nas redes sociais, há uma forte campanha para que tanto o filme quanto Butler sejam indicados para o prêmio Oscar. Pois é galera, temos que concordar que o filme “Elvis” é a bola da vez. Por isso, apesar de já ter publicado algumas resenhas e listas de livros sobre o cantor (ver aqui e também aqui) não poderia deixar de indicar novas obras, mesmo porque nesses últimos anos surgiram muitos livros excelentes a respeito de Elvis Presley.

Estou com duas postagens para o blog na ponta da agulha: uma lista sobre algumas obras literárias contando detalhes e curiosidades sobre o rei do rock e outra sobre um livraço inédito que foi lançado há pouco tempo no Brasil. A postagem que você está lendo agora é sobre esse tal livraço. Prometo que logo na sequência vem a lista com os livros. Combinado?

O livraço ao qual me refiro se chama Elvis – Último Trem para Memplis. Ele foi escrito por Peter Guralnick considerado um especialista em música americana, já tendo publicado várias reportagens e livros fundamentais sobre o tema. A biografia Elvis: Último Trem para Memphis (Elvis: Last Train to Memphis) é um de seus trabalhos mais reconhecidos e elogiados.

O livro lançado em 1994 era inédito no Brasil, até gora. Ele chegou por aqui, em maio, para ser exato em 13 de maio, e agora com o sucesso do filme, passou a liderar a lista de mais vendidos nas principais livrarias e sites literários.

A obra de Guralnick, mostra a vida de Elvis Presley desde o nascimento até 1958. Há um segundo volume (ainda não lançado no Brasil), que vai até a morte do cantor.

O que impressiona no livro é o nível de detalhes que o autor conseguiu reunir. Segundo a crítica especializada, o jeito de Guralnick escrever dá ao leitor a impressão de praticamente estar vendo, ali na frente, Elvis e todos os outros personagens que o cercavam. A grande maioria garante que é um livro indispensável para quem gosta de Elvis, mas também para quem se interessa em ler uma história bem contada.

Confira um trecho da obra: “Fiquei simplesmente fascinado por ele. Uma manhã fiquei vendo o ritual de Elvis para pentear os cabelos. Usava três óleos de cabelo diferentes, cera modeladora para o topete... como se fosse um corte militar, um tipo de óleo capilar para a frente, outro para trás. Perguntei por que ele usava aquela cera e ele respondeu que, assim, durante o show o cabelo dele cairia de uma certa maneira. Ele achava isso legal. Também me lembro que, quando ele usava um par de meias, em vez de lavá-lo, ele o enrolava e jogava na mala, e se você abrisse a mala, quase caía para trás. Estava cheia de coisas sujas, e muitas vezes ele simplesmente jogava fora e você se perguntava como esse garoto de aparência limpa podia ser tão desorganizado, mas ele sempre cuidava do cabelo. Às vezes, tirava as meias e você podia estar na cama ao lado, o cheiro dominava o quarto inteiro, mas as mulheres não se importavam. Ele era Elvis.”

Pois é, não acredito que deixei de comprar esse livro em maio quando foi lançado. Distração imperdoável para os fãs de Elvis, não acham (rs). Mas já reparei a minha falha. Acabei de adquiri-lo numa livraria online, apesar do cartão estourado e do preço do livraço. Afinal, R$ 75,00 é dinheiro, muito dinheiro para um livro, mas no caso de Elvis, vale a pena, claro que vale.

Detalhes do Produto

Ano: maio/2022

Editora: Belas-Letras

Páginas: 640

Capa: Brochura

 

 

11 agosto 2022

Cinco obras que me deixaram com uma profunda 'Depressão Pós Livro'

Vocês já tiveram “Depressão Pós Livro” ou simplesmente DPL? Eu já. Aliás, tenho certeza, que todos os leitores de carteirinha tiveram. Esta síndrome acontece quando não conseguimos aceitar o fim de um livro incrível, então, ficamos incapacitados de começar um outro. Como já expus acima, todos os leitores já sofreram de DPL ao se agarrar à história e não saber mais viver sem ela. Para combater esse mal só mesmo um novo livro, um novo enredo, tão bom quando aquele que causou a DPL.

Nesta postagem vou publicar cinco livros que me causaram uma DPL profunda e difícil de curar. Fica, aqui, o conselho para a galera que lê esse post: se não quiserem ganhar uma Depressão Pós Livro profunda, fujam dessas cinco indicações literárias, mas se por outro lado, desejarem ‘topar’ com narrativas maravilhosas e que certamente irão lhe proporcionar uma viagem inesquecível, fiquem à vontade para encarar essas obras. Vamos a elas.

01 – Mentirosos (E. Lockhart)


Existem finais de livros que ficam guardados em nossa memória por toda a vida. Nós podemos ficar velhos, e diga-se, muito velhos, e mesmo assim aquele final sempre fará parte das nossas recordações. Aliás, os meus olhos se encheram de lágrimas por dois finais trucões: Mentirosos de E. Lockhart e Marina de Carlos Ruiz Zafon.

Vou escrever primeiramente sobre Mentirosos, cujo ‘The End” me arrebentou e foi o principal culpado pela minha DPL. Posso dizer que já me emocionei com muitos livros e com certeza irei me emocionar com outros, mas até agora, Mentirosos está um passo à frente, até mesmo de Marina.

Além do final emocionante, se preparem, também, para uma virada avassaladora na história, daquelas viradas que tiram o chão do leitor. A tal virada acontece no último capítulo intitulado ‘Verdade’. Posso garantir que é algo bombástico. É a partir daí que todos os esclarecimentos chegam à tona. Mesmo a autora, em alguns trechos da trama, liberando algumas pistas sobre esse final surpresa, certamente a galera nem irá imaginar o que o último capítulo lhes reserva. É algo... sei lá, que não passa pela cabeça de nenhum leitor. E quando você descobre a verdade, o seu queixo cai.

Olha...Até agora, a DPL causada pela obra de Lockhart foi a mais difícil de superar.

02 – Marina (Carlos Ruiz Zafon)

Taí outro enredo que me deixou com os olhos úmidos. Infeliz hora que decidi ler as últimas páginas de Marina num clube de campo da minha cidade que estava lotado num domingo. As lágrimas vieram e acabei passando ‘carão, pois quem não é leitor de verdade nunca vai aceitar que algumas páginas de uma narrativa ficcional tenha o poder de fazer alguém chorar.

Acreditem, os três últimos capítulos da obra de Carlos Ruiz Zafon arrebentam o mais duro dos corações. É nessa hora que todo o mistério envolvendo a personagem Marina é revelado.

Sei que é estranho alguém derramar lágrimas ao ler um enredo criado por um autor especialista em tramas de suspense, mistério sobrenatural como aconteceu nos Best-Sellers A Sombra do Vento e O Jogo do Anjo. Ocorre que Marina é uma obra que foge, um pouco, das características de Zafon. Tudo bem que ele mantenha o seu estilo narrativo direcionado para o suspense e o sobrenatural, mas por outro lado, também acrescenta um outro elemento desconexo de suas obras tradicionais: o amor incondicional.

03 – O Reverso da Medalha (Sidney Sheldon)

Na minha opinião trata-se do melhor livro de Sidney Sheldon. Uma saga maravilhosa que faz o leitor mergulhar de cabeça no enredo querendo que a narrativa nunca termine.

Classifico O Reverso da Medalha como uma ‘obra épica’, já que aborda os dramas, alegrias, conquistas e derrotas de quatro gerações de uma poderosa família: os Blackwell.

Trata-se de um livrão para ser devorado em poucas horas. Um enredo que prende o leitor da primeira à última página, bem diferente do desastroso A Senhora do Jogo, de Tilly Bagshawe, considerado a sequência oficial da obra prima de Sheldon.

Prestem atenção no prólogo da história, talvez, um dos melhores se não o melhor de todos os livros de Sheldon. Aliás, o autor é mestre em escrever prólogos. A cena em que Kate já bem velhinha reúne todos os familiares em sua mansão para revelar um grande segredo é fantástica.

“O Reverso da Medalha” é DPL garantida.

04 – Presa (Michael Crichton)

Caramba! Como esse livro me fisgou! O curioso é que se trata de uma das obras menos conhecidas de Michael Crichton que morreu em 2008, aos 66 anos, quando se encontrava no auge de sua carreira. Mais curioso ainda que é uma das postagens menos acessadas aqui no blog. Apesar dessas agravantes, Presa foi um dos melhores livros que li.

A obra é um thriller tecnológico de tirar o folego, algo... sei lá, frenético. Ainda me lembro que demorei menos de dois dias para ler o livro que tem mais de 450 páginas. Cara, eu não conseguia parar, simplesmente isso. Gostei tanto que já reli a história diversas vezes e não me canso de indica-la para os meus amigos e também para os leitores do blog.

Na história, acompanhamos o casal Jack e Julia. Jack é um programador desempregado, pai de família e dono de casa. Já a sua esposa, é vice-presidente de uma empresa de tecnologia chamada Xymos e está participando de um projeto envolvendo inteligência artificial, nanotecnología e biotecnología.

A tecnologia se refere a nano máquinas ou micro robôs, que juntas formariam uma câmera que poderia ser usada para vasculhar a corrente sanguínea ou todo o corpo humano. O problema é que os militares querem usar esse conhecimento para fins bélicos. Então num “belo dia”, num descuido de um grupo de cientistas, uma nuvem dessas nanopartículas inteligentes escapam de um laboratório localizado no deserto de Nevada espalhando o pânico.

Simplesmente, não conseguia parar de ler. Resultado: ganhei mais uma DPL.

05 – Eles Merecem a Morte (Peter Swanson)

Aqueles que acompanham o “Livros e Opinião” há algum tempo já sabem que eu adoro histórias com plot twists. Por isso, já li muitos livros com essa característica, mas nenhum deles superou, pelo menos até agora, Eles Merecem a Morte de Peter Swanson.

A obra tem porradas para nocautear qualquer leitor. Quando digo ‘porradas’ estou me referindo as reviravoltas na trama. E três dessas porradas, com certeza, deixarão a galera completamente desorientada e de queixo caído.

Logo no início de seu enredo, Swanson nos conduz para um desfecho dentro da normalidade, ‘entonce’, a partir da página 136, de sopetão, vem a primeira pancada. Esta primeira reviravolta mexe com toda a trama e modifica o chamado ‘modus operandi’ de alguns personagens.

As outras duas outras porradas, no decorrer do romance, não tiram o chão do leitor, como a primeira, mas também são ‘trucões pesados’ e desnorteiam. O autor faz com que você pense que irá acontecer algo, mas esse algo não acontece. Então, você para e diz: “ué, cadê?!” Quando se recupera dessa surpresa e prossegue com a leitura, chega o ‘golpaço’ inesperado: Páaaaaahh!! Pancadaço de tirar de fôlego.

Eles Merecem a Morte conta a história de Ted Severson que em um voo atrasado de Londres para Boston acaba conhecendo a bela e misteriosa Lily Kintner. Depois de vários martinis, os dois estranhos decidem fazer um jogo: cada um deve contar os seus segredos mais íntimos a respeito de si mesmo. Ted revela, então, que está sendo traído por sua esposa, Miranda. Porém, o que começa apenas como uma brincadeira inocente entre dois desconhecidos acaba tomando proporções perigosas quando Ted sugere que sente vontade de matar a sua mulher, e Lily surpreendentemente decide ajuda-lo.

Um livro recheado de plot twists que garantem uma DPL para ninguém botar defeito.

E aí pessoal? Prontos para sofrer um pouquinho? No bom sentido, claro (rs).

 

08 agosto 2022

Oito livros para presentear os vários estilos de pai no seu dia

O Dia dos Pais está chegando e o nosso blog não poderia deixar passar em branco essa data tão importante para nós que somos filhos. No meu caso, não tenho mais o meu velho por perto. Neste momento ele se encontra nos braços do Pai. Putz, que saudades do Kid Tourão. O meu pai era uma parte de mim, prova disso é que dediquei várias postagens a ele. Quer ler algumas delas? Então é só acessar aqui, aqui e mais aqui.

Você que tem o privilégio de ter o seu pai ao seu lado, poder abraça-lo, beijá-lo, enfim, desfrutar da sua companhia, aproveite cada momento. O post de hoje tem endereço certo. Vai para os filhos que tem pais leitores. Isso mesmo, pais que adoram ler. Neste caso que presente melhor para marcar essa data do que um livro?

Selecionei oito obras literárias de gêneros diferentes para pais com gostos diferentes. Seu pai adora livros de autoajuda? Seu pai é fã de Stephen King? Seu pai tem como hobby cozinhar? Fiquem tranquilos porque nessa lista tem livros para todos os “tipos” de papais. Espero que as sugestões atendam as expectativas dos seguidores do blog que estão à procura de uma obra para presentear o seu ‘pai-devorador de livros’.  Vamos com a nossa lista.

01 – Comida Caseira (Jamie Oliver)

Os pais que adoram cozinhar irão amar esse livro. Nele, o chef inglês Jamie Oliver selecionou 100 receitas de comida caseira, que recolheu entre companheiros de gastronomia, amigos, além das redes sociais. Também recheou o livro com sua experiência afetiva, adicionando relatos pessoais aos pratos com os quais cresceu e, segundo ele, foram responsáveis pela sua paixão pela cozinha.

Comida caseira é um livro para ser aproveitado com paciência e envolvimento. As receitas são pensadas para momentos especiais: trata-se da perfeição dos pratos, de como servi-los, com quais acompanhamentos, em que momento, onde e para quem.

A obra é dividida em um capítulo para cada emoção: Nostalgia, Para ficar feliz, Mais saúde e energia, Ritual, Prazeres secretos e Doces indulgências. Tudo para garantir uma experiência em família e a delícia de saborear um prato especial.

02 – Histórias Lindas de Morrer (Ana Cláudia Quintana Arantes)

A Drª Ana Cláudia Quintana Arantes é médica geriatra formada pela USP e especialista em Cuidados Paliativos e Suporte ao Luto. Ela é a autora da trinca de livros de autoajuda mais badalada do momento: A morte é um dia que vale a pena viver, Para a vida toda vale a pena viver e Histórias lindas de morrer. Os três livros são fantásticos, mas o último dessa lista é insuperável. Livraço! A obra é tão boa que até mesmo aqueles leitores que não apreciam histórias de autoajuda irão gostar, imagine, então, se o seu pai for um fã incondicional do gênero literário. Nesse caso, o presente, com toda a certeza vai atingir o alvo.

Os depoimentos de pacientes – através das palavras da autora - que estão em fase terminal de determinadas doenças são por demais emocionantes e nos ensinam muitas lições, entre elas, a importância do perdão e do amor incondicional. Dedicada a quebrar o tabu sobre a morte no Brasil, Ana Claudia nos traz uma coleção de emocionantes histórias reais, colhidas em sua prática diária, em que a proximidade do fim nos revela em toda a nossa profundidade.

São pacientes de várias idades, crenças e origens que estão em fase terminal e mesmo assim, deixam aos leitores verdadeiras lições de vida.

03 – O Papai é Pop (Marcos Piangers)

O livro de Marcos Piangers lançado há cinco anos provou que continua sendo sucesso entre todos os tipos de pais: os de primeira viagem e aqueles já com uma certa experiência. Trata-se de um presente certeiro para o seu velho. Ele irá adorar a escrita inteligente e humorada de Piangers.

O autor revela que ao descobrir que ia ser um pai jovem começou a ficar preocupado porque teria que comprar uma casa maior para que a criança tivesse mais espaço, além de um quarto novo no apartamento; pensou também que o berço teria que ser novo e não aquele que a vizinha se dispôs a emprestar; o carro teria que ser trocado por outro mais novo e seguro, de preferência com seis airbags e ar condicionado de fábrica; e por aí afora.

Mas o que Pingers descobriu ao ser pai jovem é que essas preocupações não fazem diferença nenhuma. O que vale mesmo não é pagar pela melhor creche, se você é o último a buscar seus filhos. Não é comprar os melhores brinquedos, porque as crianças gostam mesmo é das brincadeiras que não custam nada. No fundo, o que importa, de fato, como os textos divertidos e emocionantes de O Papai é Pop mostram, é você estar com seus filhos, não pensando em outra coisa, mas estar lá. De verdade.

04 – John Lennon em Nova York (James A. Mitchell)

Seu papai é ligado num som? Gosta de música? Bem... se ele for fã dos Beatles, melhor ainda. Agora... se ele achava John Lennon, o máximo do máximo, fechô!!

O livro de James A. Mitchell revela como foi a pouco conhecida fase pós-Beatles vivida por um dos maiores artistas do século XX. O ativismo político, a evolução musical, a relação com a esposa Yoko Ono e com os antigos companheiros de banda foram alguns dos temas abordados com deliciosas minúcias pelo autor.

Mitchell revela em seu livro que em 1971, Lennon se mudou para Nova York na expectativa de assumir o papel de artista solo e produtor, ávido por se juntar à luta por justiça social e pelo fim da Guerra do Vietnã. Acolhido pelos líderes do movimento contra a guerra, estabeleceu-se no Greenwich Village e rapidamente tornou-se porta-voz do Movimento, inspirando solidariedade e defendendo causas.

Visto como salvador por uma geração carente de heróis culturais, foi perseguido por Nixon e um governo sedento por silenciar seus inimigos e temeroso de que Lennon pudesse influenciar decisivamente a eleição presidencial que se avizinhava. Na mesma época, Lennon aprendeu a defender os ideais feministas e lançou “Imagine” e “Some Time in New York City”.

Esta biografia ilustrada se baseia em entrevistas inéditas feitas pelo autor com os membros da banda underground norte-americana de Lennon, a Elephant’s Memory; com a escritora e líder feminista Gloria Steinem; com o cofundador da Bancada Negra do Congresso, Ron Dellums; com o veterano dos “Sete de Chicago” Rennie Davis; com o advogado especializado em imigração Leon Wildes; além de muitas outras pessoas ilustrres que tiveram a oportunidade de conviver com o ex-Beatle.

05 – Realidades Adaptadas (Philip K. Dick)

 


Nenhum autor contemporâneo foi mais roteirizado do que Philip K. Dick, nem mesmo mestres do gênero como Isaac Asimov e Arthur C. Clarke. Pouco conhecido no Brasil por sua obra literária, Dick é um sucesso entre as plateias de cinema, que vai muito além de “Blade Runner - O caçador de androides”, ícone cult dos anos 1980 inspirado em um de seus romances. 

Por esse motivo, Realidades Adaptadas é o presente ideal para pai que é leitor e também cinéfilo e que curte o gênero ficção científica. Por que para o pai “leitor e cinéfilo? Simples: Todos os contos desse livro foram transformados em filmes de grande sucesso nos cinemas. Os papais que curtiram os filmes: “O Vingador do Futuro”, “Minority Report”, “O pagamento”, “Os agentes do destino”, “O Vidente”, “Impostor” e “Screamers” terão a oportunidade de conhecer as histórias escritas por K. Dick que serviram de inspiração para a produção desses filmes.

Mesmo os contos guardando pouquíssima semelhança com as adaptações cinematográficas, a premissa que permeia a obra é bem interessante.

06 – Ainda Estou Aqui (Marcelo Rubens Paiva)

Marcelo Rubens Paiva conta em Ainda Estou Aqui uma parte da história dramática de sua família durante o período da ditadura quando seu pai, o deputado federal paulista Rubens Paiva, foi dado como desaparecido num dos períodos mais tristes da história do Brasil.

Sua morte só foi confirmada 40 anos após o sumiço, depois de serem prestados depoimentos dos ex-militares envolvidos no caso, à Comissão Nacional da Verdade.

Paiva foi torturado e assassinado nas dependências de um quartel militar entre 20 e 22 de janeiro de 1971, seu corpo foi enterrado e desenterrado diversas vezes por agentes da repressão até ter seus restos jogados ao mar, na costa da cidade do Rio de Janeiro, em 1973, dois anos após sua morte.

Em Ainda Estou Aqui, o autor revela a luta de sua mãe, Eunice Paiva, nesse período. Marcelo Rubens Paiva diz que ela é uma mulher de muitas vidas. Eunice esteve ao lado do marido quando ele foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto.

Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento negro da história recente brasileira para contar – e tentar entender – o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.

07 – Fusca: O Carro Mais Popular do Mundo (Richard Copping)

Este livro vai agradar em cheio os pais que gostam de carros. Richard Copping conta a história do veículo mais querido do mundo, o Fusca. Ele narra a trajetória do carro desde a Segunda Guerra Mundial até seus últimos dias de vida no Brasil, durante os anos 1990.

Imagens de toda sua estrutura abrangem e deixam ainda mais bela a história do carro, que ainda possui uma legião de fãs e é um marco da história automotiva.

A trajetória do Fusca é uma das mais complexas e longas da história do automóvel. Diferente da maioria dos outros carros, o projeto do Fusca envolveu várias empresas e até mesmo o governo da Alemanha, e levaria à fundação de uma fábrica inteira de automóveis no processo.

Uma curiosidade muito interessante é que o carro deveria carregar dois adultos e três crianças (uma típica família alemã da época, já que Hitler não queria separar as crianças de seus pais). Copping conta tudo isso em seu livro e muito mais.

08 – Creepshow (Stephen King)

Encerro essa lista com uma sugestão para os pais que são fãs de histórias de terror, principalmente aquelas escritas por Stephen King. Creepshow é uma excelente ideia para presentear o papai que adora o mestre o terror. 

Creepshow é considerada a primeira História em Quadrinhos (HQ) escrita pelo autor. Tudo começou em 1982 quando King juntou forças com outro gênio do terror, o diretor George A. Romero (“A Noite dos Mortos-Vivos”), para realizarem um filme inspirado em quadrinhos clássicos dos anos 1950, como “Contos da Cripta”, da EC Comics.

O longa-metragem marcou a estreia de King como roteirista ― e, curiosamente, sua segunda aparição como ator. “Creepshow” (que no Brasil ganhou o subtítulo Show de Horrores) se tornaria um cult movie instantâneo. E, no mesmo ano, Stephen King quis deixar ainda mais explícita sua homenagem à fonte original. Assim, ele adaptou seu roteiro de cinema para os quadrinhos, contando com a arte do magistral Bernie Wrightson, um dos criadores e primeiro ilustrador de O Monstro do Pântano, e capa de Jack Kamen, autor da EC Comics.

A história em quadrinhos era a maneira perfeita para os fãs reviverem todos os pesadelos do filme em casa. Quarenta anos depois, seu pai poderá fazer o mesmo ― até porque o mais provável é que a fita VHS do velho já esteja desmagnetizada.

Creepshow vai deixar os pais fãs de King piradíssimos! Pode acreditar, será um presentaço.

E para encerrar essa postagem desejo, de coração, um feliz Dia dos pais para toda a galera que segue o Livro e Opinião: no blog e também nas redes sociais.

Valeu!

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