29 agosto 2022
"Mundo Perdido", mais uma releitura concluída. Foi uma pena o filme de Spielberg ter cortado, além de alterado personagens tão importantes
Vocês querem saber, de fato, quando um livro consegue
ultrapassar um filme, deixando a película para trás comendo poeira? Ok, eu
respondo na lata: leiam Mundo Perdido
de Michael Crichton e depois assistam ao filme de Steven Spielberg. Cara, o
livro é anos-luz melhor do que a produção cinematográfica de 1997, considerada
a sequência direta do megassucesso “O Parque dos Dinossauros”, esse sim, uma
adaptação à altura da obra literária.
Tudo no livro é melhor: enredo, personagens e claro,
os dinossauros. Sinceramente acho que o roteirista David Koepp pisou feio na
bola e entregou um material muito abaixo da expectativa para Spielberg dirigir.
O livro é tão superior ao filme que eu já o reli três ou quatro vezes; quanto a
película, assisti somente uma vez e confesso que após ter lido a obra de
Crichton perdi, completamente, o interesse pelo filme.
Para variar, no mês passado bateu uma vontade enorme
de reler – mais uma vez – Mundo Perdido
o que consequentemente acabou resultando nessa postagem que você lê agora.
Lembrando que já escrevi uma resenha sobre o livro nos primórdios do blog, em
2012; se quiser conferir acesse aqui.
Nessa nova resenha vou me ater mais na comparação da
história escrita com o filme. Começando pelos personagens. Enquanto o
roteirista da produção cinematográfica optou por centralizar a trama no
personagem Ian Malcolm; no livro ele se apresenta quase como um personagem
secundário, ou seja, um coadjuvante. Na minha opinião, os dois personagens
principais no contexto idealizado por Crichton são Richard Levine e Sarah
Harding. Justamente os mais prejudicados no filme. O primeiro deles foi cortado
por Koepp e o segundo foi alterado pelo roteirista; diga-se, alterado para
pior.
Talvez, para dar mais foco em Ian Malcolm, vivido por Jeff
Goldblum, optou-se por cortar Richard Levine, o que achei um enorme erro. Sei
lá, se essa decisão aconteceu por questões contratuais, exigência do ator ou o
escambau a quatro. O que sei é que foi um grande erro. Na trama escrita, tudo
gira em torno de Levine e Harding. Malcolm pouco faz no livro. Ele se apresenta
como uma espécie de assessor. Fora isso, excetuando o trecho em que o
Tiranossauro Rex ataca o trailer onde ele e Sara se encontram, suas aparições
na trama são quase sem importância. Do meio da história em diante, ele pouco
faz, a não ser ficar murmurando algumas frases desconexas sobre a “Teoria do
Caos”.
O contexto muda quando nos referimos a Richard Levine,
um paleontólogo autossuficiente e arrogante, mas por outro lado muito
inteligente que resolve explorar uma ilha isolada onde acredita existir animais
pré-históricos dos períodos Cretáceo e Jurássico. Levine acredita que a tal
ilha chamada Sorna é o local onde os dinossauros da empresa de biotecnologia
InGen eram clonados em suas várias instalações para depois serem transportados
para o Sítio A, a Ilha Nublar, onde ficava o Jurássic Park. O paleontólogo crê
que ainda existam alguns animais pré-históricos naquela ilha e assim, resolve
montar uma expedição com veículos e equipamentos ultramodernos para explorar o
local. Ele convida Malcolm e Sarah para participar, juntamente com outros
integrantes. Tudo transcorre dentro da noirmalidade até que Levine é vencido
por sua curiosidade e resolve partir para a ilha Sorna antes dos preparativos,
acompanhado apenas de um guia. Chegando lá, “a coisa” se complicada.
Após receberem uma mensagem de Levine, onde
supostamente entende-se que ele está em perigo, os seus amigos de expedição
resolvem também partir para ilha na esperança de salvá-lo. Chegando lá, tem o
início o “pega prá capá” o qual não pretendo estragar com spoillers.
Crichton foi muito feliz na criação de Levine. Ele é
um personagem complexo e de muitas facetas: algumas você admira e outras você
odeia. Crichton vai desconstruindo aos poucos um de seus personagens
principais. No início vemos um Levine destemido, seguro e autossuficiente, mas
conforme o enredo vai se desenrolando e chegando ao final, alguns fatos acabam
mudando a sua determinação e com isso vamos conhecendo o verdadeiro Levine.
Achei um put... de um personagem; um dos melhores criados pelo autor e que
inexplicavelmente foi podado do filme.
Quanto a Sarah Harding fiquei super-fã da jovem
bióloga e naturalista, especialista em estudo de campo dos predadores da
África, no caso leões e hienas, mas que acaba indo parar na ilha de Sorna,
lutando pela sua sobrevivência em meio a perigosos dinossauros carnívoros.
De maneira oposta ao personagem do filme de 1997
vivida por Julianne Moore (diga-se de passagem, uma excelente atriz), a Sarah
das páginas do livro te conquista logo de cara. Ela não é afoita como a sua
cara metade dos cinemas. Ela é muito corajosa, mas toda essa coragem tem como
alicerce uma inteligência aguçada baseada no senso. Ela enfrenta qualquer
obstáculo, por pior que seja, mas sempre com conhecimento de causa. Ela é muito
segura. Tão segura que qualquer um dos personagens do livro acaba se sentindo
bem perto dela. A sua empatia é incrível. E, infelizmente, faltou isso, para a
Sarah Harding do filme.
Outro personagem importante cortado do filme foi o Dr.
Thorne, engenheiro responsável pela construção e montagem dos veículos e demais
equipamentos da expedição. Ele é presença constante no livro, mas Koepp também
optou por tesoura-lo.
Além da poda e da alteração nos personagens, o plot do
enredo escrito por Crichton foi profundamente modificado pelo roteirista. Mêo! Ficou
uma caca, muito estranho. Que loucura (que loucura no pior sentido) ver aquele
Tiranossauro Rex perdido no meio da cidade! My God! Ao contrário do filme, no
livro, toda a ação se passa na Ilha de Sorna, no chamado Sítio B da InGen.
Enquanto a expedição de cientistas quer apenas estudar os dinossauros para
descobrir como eles foram extintos, os vilões comandados por Lewis Dodgson
querem roubar dos ninhos os ovos dos dinossauros para criarem um novo Jurassic
Park num novo local. Ao contrário, no
filme, o personagem John Hammond – que na duologia de Crichton morreu no
primeiro livro - quer que Ian Malcolm e um grupo de cientistas observem e
documente as criaturas antes que mercenários cheguem até eles. Hammond revela
que quer descobrir uma nova ilha onde as criaturas possam viver longe do
contato com as pessoas. Paralelamente a isso, um grupo de mercenários planeja
invadir a Ilha Sorna para capturar os animais vivos e leva-los para a cidade
onde planejam montar uma espécie de “Hopi Hari Jurássico”, mas com dinossauros
no lugar de brinquedos. Os dois grupos acabam entrando em conflito.
Resumindo, o plot original da obra literária é
muuuuuito, mas muuuuuito melhor do que aquele desenvolvido por Koepp. Quanto ao vilão Lewis Dodgson que no filme
foi substituído pelo insosso sobrinho de Hammond é outro ponto alto do livro;
muito diferente do Dodgson de “O Parque dos Dinossauros” que teve apenas uma
aparição relâmpago naquele filme e do Dodgson caricato ao extremo da recente
produção “Jurassic World 3: Domínio”.
E para finalizar essa resenha, não posso me esquecer,
é evidente, dos dinossauros dos livros que são muito mais aterrorizantes do que
os animais do filme. Os Tiranossauros (são dois no livro, isso mesmo) e os
velociraptores são muito amedrontadores e com elementos de terror em alguns
trechos.
Achei uma heresia o corte, por parte do roteirista, da
cena arrepiante em que os personagens, perto do final do livro, se escondem num
galpão, apenas para descobrir que os Carnotauros que os cercam podem se
camuflar no meio da vegetação como se fossem camaleões, tornando-se
praticamente invisíveis e por isso mesmo, mais letais; tão letais que chegam ao
ponto de intimidar os Velociraptores e os Tiranossauros duante a noite.
Adorei a releitura! Quanto ao filme... apenas
razoável.
Valeu!
25 agosto 2022
Netflix confirma adaptação do livro “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”
Dois livros, cujos personagens e enredos, eu amaria
ver nos cinemas são Os Sete Maridos de
Evelyn Hugo e Verity. Os livros
de Taylor Jenkins Reid e Colleen Hoover, respectivamente, são fantásticos e na
minha opinião seriam grandes sucessos de públicos e crítica, desde que fossem
entregues para os cuidados de roteiristas e diretores competentes. Correndo por
fora, tem outro livro da Jenkins Reid que eu também adoraria ver nas telonas: Daisy Jones & The Six. Revelo que
fiquei um pouquinho triste porque na realidade eu desejava mesmo era ver Daisy
Jones nas telonas e não como uma série de 12 capítulos como será apresentada
pela Amazon Prime Video. Mas tudo bem, tá valendo.
As gravações de “Daisy Jones” já terminaram e a série
está praticamente pronta para estrear o que deve acontecer ainda neste ano.
Quanto a Verity apesar de alguns sites e blogs afirmarem que
o filme deve sair; até agora não há nada de concreto. Da mesma forma que não há
nada certo quanto a uma sequência do livro, uma espécie de Verity 2. Portanto, filme e um novo livro não passam de
especulações. Pode até ser que nos próximos dias ou semana seja noticiado algo
concreto, mas por enquanto... melhor não se iludir.
Agora no que se refere aos Sete Maridos de Evelyn Hugo com toda certeza vale um grande
Iahuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!! – fazia tempo que eu não dava esse grito de alegria,
né? (rs) – porque o filme está mais do que confirmado. Uhau! Fui para as nuvens
quando soube da novidade. Então vamos deixar as especulações de lado e revelar
nessa postagem as novidades do que, realmente, virá por aí.
Taylor Jenkins Reid, autora de "Os Sete Maridos de Evelyn Hugo
O longa-metragem será bancado pela Netflix que
confirmou a notícia no final de março. Como o filme ainda está em fase inicial
de produção, ainda não há outras informações – como elenco, direção e data
prevista de lançamento, por exemplo.
Em uma das publicações, a equipe da plataforma de
streaming revelou que a autora do best-seller, Taylor Jenkins Reid, será uma
das produtoras executivas da obra. Ela irá trabalhar ao lado de Margareth
Chernin (conhecida por seu trabalho em filmes como “O Retorno de Ben” e “O
Pintassilgo”).
Os
Sete Maridos de Evelyn Hugo é um livro de Jenkins Reid,
inicialmente publicado em junho de 2017. Traduzido em mais de dez idiomas, a
obra entrou para a lista de mais vendidos em diversos países, incluindo o
Brasil.
O enredo nos apresenta Evelyn Hugo, uma lendária
estrela de Hollywood, que sempre esteve sob os holofotes. Agora, com quase 80
anos, a atriz vive reclusa em seu apartamento no Upper East Side.
Com a intenção de contar sua história para o público,
ela escolhe uma repórter iniciante e desconhecida, Monique Grant, para relatar
seu tempo na Era de Ouro de Hollywood; sua ascensão à fama e seus sete
casamentos. Aceitando o desafio, a jornalista embarca em uma história que
revela segredos e mentiras impressionantes.
O público tem apostado em adivinhar quem integrará o
elenco do longa-metragem. Entre os nomes cotados, surgiram nas redes sociais
menções à preferência por Ana de Armas, Camila Cabello e Sofia Vergara... São
muitas as apostas para a protagonista de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo. Vamos
aguardar.
O livro passou 32 semanas no topo da lista de
best-sellers do New York Times, e também se tornou um fenômeno no TikTok.
22 agosto 2022
Sagas literárias que serão adaptadas para séries nos serviços de streaming
Gosto de ler sagas, mas confesso que já gostei mais,
muito mais. Sei lá, acho que as sagas contemporâneas são menos interessantes do
que aquelas que li há anos atrás. Devorei com toda avidez os quatro livros da
“Saga Lecter” (aqui, aqui, aqui e novamente aqui), a trilogia “O Senhor dos Anéis” (ver essa, essa e mais essa), “As Crônicas de Artur” (aqui, aqui e aqui), “As
Crônicas do Gelo e Fogo”, “Harry Potter” (confira aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e finalmente aqui), além de outras. Tudo bem que “A
Rainha Vermelha”, “Filhos de Sangue e Osso” e “A Seleção” tenham os seus encantos,
mas não me atraem nem um pouco. Mas tudo é uma questão de gosto. Com certeza,
muitos leitores não sentem nenhum interesse por algumas ou muitas das sagas
antigas que li.
Ok, mas vamos parar com essas divagações porque o
objetivo da postagem é outro. Hoje, vou publicar cinco sagas literárias
conhecidas por todos e que estarão sendo adaptadas para os serviços de
streamings no formato de séries ou minisséries. Uma excelente oportunidade para
você que leu os livros e apenas imaginou como era a aparência de seus
personagens preferidos, agora ver como eles ficaram nas telas.
Sagas muito conhecidas e que independente de ter ou não
atraído a minha atenção de leitor, fizeram muito sucesso tornando-se campeãs de
vendas, e agora, com todas as chances de, também, explodir na TV. Vamos
conferir.
01
– O Senhor dos Anéis (J.R.R. Tolkien)
Eu estou na expectativa e “bota” expectativa nisso!
Aliás, acho que todos nós que amamos a trilogia de J. R.R. Tolkien estamos
contando nos dedos a chegada da série de TV baseada nos personagens antológicos
criados pelo escritor.
A excelente notícia é que “O Senhor dos Anéis” deve
estrear no dia 2 de setembro próximo no Amazon Prime Video em mais de 240
países e territórios, com novos episódios disponíveis semanalmente. As
filmagens da primeira temporada foram concluídas no início de agosto na Nova
Zelândia.
O novo drama épico traz às telas pela primeira vez a
lendária história da Segunda Era da Terra-média de Tolkien. Começando em uma
época de relativa paz, milhares de anos antes dos eventos dos livros O Hobbit e O Senhor dos Anéis (ver aqui, aqui e aqui), de Tolkien. A série
segue um elenco de personagens, tanto familiares quanto novos, enquanto eles
enfrentam o temido ressurgimento do mal na Terra-média.
O elenco principal é composto por Cynthia
Addai-Robinson, Robert Aramayo, Owain Arthur e Maxim Baldry entre outros.
02
– Percy Jackson (Rick Riordan)
Atenção Olimpianos, depois de vários desencontros e
desmentidos, finalmente foi confirmada a produção de uma série baseada na saga
literária de Percy Jackson (ver aqui), a “menina dos olhos” do escritor Rick Riordan. A
adaptação será produzida pela Disney+.
Na semana passada foi liberada a primeira foto dos
atores Walker Scobell, Leah Sava Jeffries e Aryan Simhadri caracterizados como,
respectivamente, Percy, Annabeth e Grover, o trio principal da saga.
O personagem apareceu pela primeira vez no livro Percy Jackson e O Ladrão de Raios,
publicado em 2005 por Rick Riordan. Depois, foram mais quatro obras que compõem
a série Percy Jackson e os Olimpianos.
Entre 2010 e 2014, o autor lançou a série Os Heróis do Olimpo, que continua com o
protagonismo de Percy, mas expande o universo e os personagens em mais cinco
livros.
O seriado do Disney+ vai adaptar, a princípio, apenas
o primeiro livro da saga, O Ladrão de
Raios. Na história, Percy é um garoto de 12 anos que costuma entrar em
confusões e está sempre trocando de escola, até que ele descobre ser filho do
deus grego Poseidon.
Ele vai até o Acampamento Meio-Sangue, local escondido
e protegido onde adolescentes como ele, chamados de semideuses, treinam suas
habilidades para virarem guerreiros. Depois de ser acusado de roubar o raio de
Zeus, Percy precisa partir em uma missão com dois colegas: Grover, um sátiro
protetor, e Annabeth, uma filha da deusa da sabedoria, Atena.
Caso a produção seja renovada para mais temporadas
depois do lançamento, deve contar toda a história dos cinco livros da primeira
série. Ainda não há informações sobre a possibilidade de adaptarem Os Heróis do Olimpo.
A primeira temporada da série terá oito episódios e até
o momento, ainda não há uma data de estreia, mas Rick Riordan revelou ao site
ScreenRant que acredita que o seriado será lançado no início de 2024.
03
– Academia de Vampiros (Richelle Mead)
Para quem gosta de vampiros, principalmente os
leitores que amaram os livros da autora norte-americana, Richelle Mead, esta
série será um prato cheio. Na saga literária, a história é narrada pela
protagonista Rose Hathaway e conta a história da mesma e de sua melhor amiga,
Lissa Dragomir, na academia para vampiros, St. Vladimir. A série, cujo primeiro
livro foi lançado em 2007, tornou-se best-seller no jornal The New York Times.
A série de TV estreia em 15 de setembro pelo Peacock,
serviço de streaming da NBC Universal. A
nova atração sobre vampiros terá Julie Plec (The Vampire Diaries) e Marguerite
MacIntyre (The Originals) como showrunners, dupla que promete entregar uma
adaptação mais fiel sobre a história de amizade, romance e perigo que
conquistou diversos fãs ao redor do mundo.
Vale lembrar que a obra original já foi levada para as
telas, com o filme “Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras” — disponível no
HBO Max. Porém, o título lançado nos cinemas em 2014 não agradou grande parte
dos fãs, que criticaram a essência e tom da adaptação. O projeto também se
mostrou um fracasso nas bilheterias, cuja arrecadação mal pagou seu orçamento
considerável de US$ 150 milhões.
Agora, vamos torcer para que a série do Peacock não
repita o fracasso do filme. Os fãs dos livros de Mead esperam que os episódios tornem-se
um grande sucesso.
04
– Entrevista com o Vampiro (Anne Rice)
Taí uma informação que deixou hiperfelizes os leitores
do famoso livro de Anne Rice e os cinéfilos que adoraram o filme de 1994 com
Tom Cruise, Brad Pitt e Antônio Banderas.
Agora chegou a vez do trabalho da escritora Anne Rice
ganhar uma série de mesmo nome, adaptando a já conhecida história do
relacionamento entre Louis e o vampiro Lestat.
No mês de julho, durante a “San Diego Comic Con 2022”,
os fãs puderam conferir o esperado trailer da série, que conta com roteiro de
Rolin Jones (Weeds) e presenças de rostos conhecidos de Hollywood, como Eric
Bogosian (Joias Brutas) e Bailey Bass (Avatar: O Caminho da Água).
Produzida pela AMC, a série acompanhará Louis narrando
ao jornalista Daniel Molloy a sua vida ao lado de Lestat, partindo de uma New
Orleans de 1910. Decepcionado com os problemas de ser um homem negro na época
em questão, Louis aceita a tentadora oferta de poder e eternidade, refletindo a
respeito de tornar-se um vampiro e viver ao lado do misterioso Lestat.
A série será estrelada por Sam Reid como Lestat de
Lioncourt e Jacob Anderson como Louis de Pointe du Lac. A sua estreia está
prevista para o dia 02 de outubro.
05
– A Rainha Vermelha (Victoria Aveyard)
Fechamos essa lista com a famosa saga literária
escrita pela norte-americana Victoria Aveyard. A autora criou um enredo onde o
mundo é dividido em dois. O das pessoas chamadas de vermelhos e aquelas que são
as prateadas. Os vermelhos são o povo comum, e os prateados os dominam com sua
nobreza e poderes únicos.
Porém, tudo isso será colocado à prova pela
protagonista Mare Barrow, ao ser levada para o perigoso mundo da realeza. Ela
descobrirá que nem tudo é como lhe ensinaram, e terá a responsabilidade do
futuro dos dois povos em suas mãos.
A adaptação da série Rainha Vermelha caberá ao
Peacock, serviço de streaming da NBC. Elizabeth Banks vai estrelar e dirigir o
seriado. Ela também trabalhará como produtora executiva, junto de Max Handelman.
Conforme o Deadline, a série será escrita por Beth
Schwartz e Victoria Aveyard, autora dos livros originais. Schwartz é mais
conhecida por ter sido showrunner de Arrow, da DC.
A produção de “A Rainha Vermelha” é da Warner Bros. TV
junto da Universal Television. Ainda não há uma data de estreia definida.
Agora, só resta aguardar a chegada dessas sagas nos
serviços de streaming e curtir ao máximo.
18 agosto 2022
Cinco livros sobre a vida de Elvis Presley para você ler após ter assistido ao filme de Baz Luhrmann
Olá galera! Como prometi na postagem anterior sobre
Elvis Presley,, sem mais delongas vamos aos livros sobre o rei do rock
que não podem faltar nas prateleiras de todo fã de “the king”. Livros especiais
para você ler após ter assistido ao filme “Elvis” do diretor Baz Luhrmann,
grande sucesso de público e crítica.
É do conhecimento de todos que desde a morte de Elvis
em 16 de agosto de 1977 aos 42 anos de idade surgiram muitos livros sobre a sua
vida, mas a maioria deles apelando para o sensacionalismo com os seus autores
não se preocupando em separar a verdade da mentira o que resultou em obras pra
lá de medíocres.
Nesta postagem vou publicar alguns livros que tiveram
a aprovação de críticos e leitores, cujos autores procuraram se pautar nos
fatos deixando o sensacionalismo de lado. Vamos que vamos:
01
Elvis – Último Trem para Memplis (Peter Guralnick)
Começo com a obra de Peter Guralnick que foi tema da
minha postagem anterior (ver aqui). A biografia Elvis: Último Trem para Memphis (Elvis: Last Train to Memphis) é um de seus trabalhos mais
reconhecidos e elogiados.
O livro lançado em 1994 era inédito no Brasil, até
gora. Ele chegou por aqui, em maio, para ser exato em 13 de maio, e agora com o
sucesso do filme, passou a liderar a lista de mais vendidos das principais
livrarias e sites literários.
A obra de Guralnick, mostra a vida de Elvis Presley
desde o nascimento até 1958. Há um segundo volume (ainda não lançado no
Brasil), que vai até a morte do cantor.
O que impressiona no livro é o nível de detalhes que o
autor conseguiu reunir. Segundo a crítica especializada, o jeito de Guralnick
escrever dá ao leitor a impressão de praticamente estar vendo, ali na frente,
Elvis e todos os outros personagens que o cercavam. A grande maioria garante
que é um grande livro para quem gosta de Elvis, mas também para quem se
interessa por música em geral e de ler uma história bem contada.
02
Elvis e Eu (Priscilla Beaulieu Presley e Sandra Harmon)
Alguns amigos discordaram do que escrevi na resenha de
Elvis e Eu. Enquanto eu considero a
obra escrita por Priscilla Presley com a supervisão da jornalista Sandra Harmon
séria, confiável e uma das mais completas sobre a vida do cantor; eles a
consideram sensacionalista e nada confiável.
Na minha opinião Priscilla preservou a imagem do rei
em respeito aos fãs. Todos os fãs de Elvis sabem que o seu relacionamento com
Priscila foi muito tóxico, permeado de traições e acontecimentos bizarros, além
de abusivo. Mas apesar desses detalhes percebi que o que permeou toda narrativa
foi o amor genuíno e o respeito da autora por Elvis. Respeito a opinião
daqueles que não concordam comigo, mas esse é o meu modo de pensar.
Vale lembra que Priscilla foi o grande e único amor na
vida de Elvis. Tudo bem, que a vida do casal com o passar dos anos se
transformou num verdadeiro inferno recheado de traições, brigas e ofensas, mas
apesar do relacionamento tempestuoso, os dois, mesmo após a separação, nunca
deixaram de se respeitar e de gostar um do outro. Elvis deixa isso evidente em
sua música “Always on my mind” e “Separate Ways”, onde faz uma verdadeira
declaração de amor à sua ex-mulher; e Priscilla, por sua vez, afirma em sua
obra que Elvis foi o seu único e verdadeiro amor; a pessoa mais importante de
toda a sua vida.
Mesmo separados, Elvis e Priscilla continuaram sendo
verdadeiros amigos, com Elvis dando uma importância enorme aos conselhos de
Priscilla, e vice-versa.
Acho que por tudo isso, o livro escrito por ela tem
todas as credenciais de uma biografia honesta e verdadeira, sem
sensacionalismo. Infelizmente, a obra não pode ser encontrada facilmente. Há
vários anos, Elvis e Eu é considerado
raro. O preço de um exemplar no portal Estante Virtual custa aproximadamente R$
195,00. O livro foi publicado no Brasil em 1986 pela editora Rocco.
03
– Elvis e a Revolução do Rock (Sebastian Danchin)
Biografia muito elogiada sobre Elvis Presley. Para
alguns críticos, a melhor já escrita até a gora. Destaque para a abordagem de
temas delicados, como a relação do cantor com sua esposa e a morte da mãe, além
de problemas com amigos etc. Quem já leu afirma que Sebastian Danchin não demonstrou
em nenhum momento a intenção de criar polêmica ou então ser sensacionalista,
procurando apenas revelar a verdade.
Danchin conseguiu não apenas lançar um olhar objetivo
sobre a vida de Presley como também foi capaz de mostrar com riqueza de
detalhes qual foi a sociedade que o moldou e como ele, por outro lado, acabou
por influenciá-la profundamente.
04
- Retorno do rei: A grande volta de Elvis Presley (Gillian G. Gaar)
Este livro é destinado somente para aqueles fãs de
Elvis Presley que tem curiosidade em saber como eram produzidos os seus shows e
algumas gravações de discos. Gillian G. Gaar desvenda esses bastidores. Neste sentido, trata-se de um livro excelente.
A autora dá detalhes, por exemplo, do antológico show
da NBC TV em dezembro de 1968 que marcou o retorno de Elvis Presley aos palcos.
Em 1967, o cantor estava com sua carreira na obscuridade, graças a uma série de
papéis em filmes e gravações. Mas em um ano ele se levantou, livrou-se das
amarras na criatividade imposta por seu empresário, Coronel Tom Parker, e se
conectou de novo ao público de rock graças a um especial de TV produzido pela
NBC dirigido por Steve Binder e produzido pelo próprio Binder em parceria com Bones
Howe.
A partir dessa apresentação se seguiu um florescimento
artístico, porém breve, em que ele criou algumas de suas gravações consideradas
mais duradouras. A autora revela vários detalhes da produção do programa e
também desse período da vida do artista. O livro descreve como foram montados
os shows, sequência de músicas e outros fatos de bastidores.
05
– Elvis: Mito ou Realidade (Maurício Camargo Brito)
Elvis:
Mito e Realidade é fruto de mais de duas décadas de
pesquisas por parte de seu autor. O escritor Maurício Camargo Brito é
considerado no Brasil e também no exterior uma fonte respeitável de informações
sobre Elvis Presley. Ele não só acompanhou de perto um show de Elvis na
Califórnia, como também teve a oportunidade de tocar com os seus músicos, o que
lhe dá as devidas credenciais para abordar temas ligados ao “The King”.
Emprestei esse livro de um colega que havia acabado de
compra-lo. Li, gostei e aprovo. Linguagem direta e objetiva sem enrolação, além
de conter informações preciosas sobre a vida artística e particular de Elvis.
Fechou galera. Agora é só assistir ao excelente filme
de Baz Luhrmann com Austin Butler e Tom Hanks e logo depois maratonar esses
cinco livros.
Vamos que vamos!
15 agosto 2022
"Elvis - Último Trem para Memphis": Biografia definitiva do rei do rock chega ao Brasil
Todo mundo está elogiando o filme “Elvis” do diretor Baz
Luhrmann e que tem como protagonistas Austin Butler no papel do rei do rock, e
Tom Hanks como Coronel Parker, empresário do cantor. Assisti e adorei. Achei
fantástico. Aliás, fiquei sabendo que em vários cinemas – vejam bem, eu escrevi
em “vários” – logo após o término da película, o público aplaudiu o filme de
pé.
Pelo o que eu li, até o momento, nas redes sociais, há
uma forte campanha para que tanto o filme quanto Butler sejam indicados para o
prêmio Oscar. Pois é galera, temos que concordar que o filme “Elvis” é a bola
da vez. Por isso, apesar de já ter publicado algumas resenhas e listas de
livros sobre o cantor (ver aqui e também aqui) não poderia deixar de indicar
novas obras, mesmo porque nesses últimos anos surgiram muitos livros excelentes
a respeito de Elvis Presley.
Estou com duas postagens para o blog na ponta da
agulha: uma lista sobre algumas obras literárias contando detalhes e
curiosidades sobre o rei do rock e outra sobre um livraço inédito que foi
lançado há pouco tempo no Brasil. A postagem que você está lendo agora é sobre
esse tal livraço. Prometo que logo na sequência vem a lista com os livros.
Combinado?
O livraço ao qual me refiro se chama Elvis – Último Trem para Memplis. Ele
foi escrito por Peter Guralnick considerado um especialista em música americana,
já tendo publicado várias reportagens e livros fundamentais sobre o tema. A
biografia Elvis: Último Trem para Memphis
(Elvis: Last Train to Memphis) é um
de seus trabalhos mais reconhecidos e elogiados.
O livro lançado em 1994 era inédito no Brasil, até
gora. Ele chegou por aqui, em maio, para ser exato em 13 de maio, e agora com o
sucesso do filme, passou a liderar a lista de mais vendidos nas principais
livrarias e sites literários.
A obra de Guralnick, mostra a vida de Elvis Presley
desde o nascimento até 1958. Há um segundo volume (ainda não lançado no Brasil),
que vai até a morte do cantor.
O que impressiona no livro é o nível de detalhes que o
autor conseguiu reunir. Segundo a crítica especializada, o jeito de Guralnick escrever
dá ao leitor a impressão de praticamente estar vendo, ali na frente, Elvis e
todos os outros personagens que o cercavam. A grande maioria garante que é um livro
indispensável para quem gosta de Elvis, mas também para quem se interessa em
ler uma história bem contada.
Confira um trecho da obra: “Fiquei simplesmente
fascinado por ele. Uma manhã fiquei vendo o ritual de Elvis para pentear os
cabelos. Usava três óleos de cabelo diferentes, cera modeladora para o
topete... como se fosse um corte militar, um tipo de óleo capilar para a
frente, outro para trás. Perguntei por que ele usava aquela cera e ele
respondeu que, assim, durante o show o cabelo dele cairia de uma certa maneira.
Ele achava isso legal. Também me lembro que, quando ele usava um par de meias,
em vez de lavá-lo, ele o enrolava e jogava na mala, e se você abrisse a mala,
quase caía para trás. Estava cheia de coisas sujas, e muitas vezes ele
simplesmente jogava fora e você se perguntava como esse garoto de aparência
limpa podia ser tão desorganizado, mas ele sempre cuidava do cabelo. Às vezes,
tirava as meias e você podia estar na cama ao lado, o cheiro dominava o quarto
inteiro, mas as mulheres não se importavam. Ele era Elvis.”
Pois é, não acredito que deixei de comprar esse livro
em maio quando foi lançado. Distração imperdoável para os fãs de Elvis, não
acham (rs). Mas já reparei a minha falha. Acabei de adquiri-lo numa livraria
online, apesar do cartão estourado e do preço do livraço. Afinal, R$ 75,00 é
dinheiro, muito dinheiro para um livro, mas no caso de Elvis, vale a pena,
claro que vale.
Detalhes
do Produto
Ano:
maio/2022
Editora:
Belas-Letras
Páginas:
640
Capa:
Brochura
11 agosto 2022
Cinco obras que me deixaram com uma profunda 'Depressão Pós Livro'
Vocês já tiveram “Depressão Pós Livro” ou simplesmente
DPL? Eu já. Aliás, tenho certeza, que todos os leitores de carteirinha tiveram.
Esta síndrome acontece quando não conseguimos aceitar o fim de um livro
incrível, então, ficamos incapacitados de começar um outro. Como já expus
acima, todos os leitores já sofreram de DPL ao se agarrar à história e não
saber mais viver sem ela. Para combater esse mal só mesmo um novo livro, um
novo enredo, tão bom quando aquele que causou a DPL.
Nesta postagem vou publicar cinco livros que me causaram
uma DPL profunda e difícil de curar. Fica, aqui, o conselho para a galera que
lê esse post: se não quiserem ganhar uma Depressão Pós Livro profunda, fujam
dessas cinco indicações literárias, mas se por outro lado, desejarem ‘topar’
com narrativas maravilhosas e que certamente irão lhe proporcionar uma viagem
inesquecível, fiquem à vontade para encarar essas obras. Vamos a elas.
01
– Mentirosos (E. Lockhart)
Existem finais de livros que ficam guardados em nossa
memória por toda a vida. Nós podemos ficar velhos, e diga-se, muito velhos, e
mesmo assim aquele final sempre fará parte das nossas recordações. Aliás, os
meus olhos se encheram de lágrimas por dois finais trucões: Mentirosos de E. Lockhart e Marina de Carlos Ruiz Zafon.
Vou escrever primeiramente sobre Mentirosos, cujo ‘The End” me arrebentou e foi o principal culpado
pela minha DPL. Posso dizer que já me emocionei com muitos livros e com certeza
irei me emocionar com outros, mas até agora, Mentirosos está um passo à frente, até mesmo de Marina.
Além do final emocionante, se preparem, também, para
uma virada avassaladora na história, daquelas viradas que tiram o chão do
leitor. A tal virada acontece no último capítulo intitulado ‘Verdade’. Posso
garantir que é algo bombástico. É a partir daí que todos os esclarecimentos
chegam à tona. Mesmo a autora, em alguns trechos da trama, liberando algumas
pistas sobre esse final surpresa, certamente a galera nem irá imaginar o que o
último capítulo lhes reserva. É algo... sei lá, que não passa pela cabeça de
nenhum leitor. E quando você descobre a verdade, o seu queixo cai.
Olha...Até agora, a DPL causada pela obra de Lockhart
foi a mais difícil de superar.
02
– Marina (Carlos Ruiz Zafon)
Taí outro enredo que me deixou com os olhos úmidos. Infeliz
hora que decidi ler as últimas páginas de Marina
num clube de campo da minha cidade que estava lotado num domingo. As lágrimas
vieram e acabei passando ‘carão, pois quem não é leitor de verdade nunca vai
aceitar que algumas páginas de uma narrativa ficcional tenha o poder de fazer
alguém chorar.
Acreditem, os três últimos capítulos da obra de Carlos
Ruiz Zafon arrebentam o mais duro dos corações. É nessa hora que todo o
mistério envolvendo a personagem Marina é revelado.
Sei que é estranho alguém derramar lágrimas ao ler um
enredo criado por um autor especialista em tramas de suspense, mistério sobrenatural
como aconteceu nos Best-Sellers A Sombra
do Vento e O Jogo do Anjo. Ocorre
que Marina é uma obra que foge, um
pouco, das características de Zafon. Tudo bem que ele mantenha o seu estilo
narrativo direcionado para o suspense e o sobrenatural, mas por outro lado, também
acrescenta um outro elemento desconexo de suas obras tradicionais: o amor
incondicional.
03
– O Reverso da Medalha (Sidney Sheldon)
Na minha opinião trata-se do melhor livro de Sidney
Sheldon. Uma saga maravilhosa que faz o leitor mergulhar de cabeça no enredo
querendo que a narrativa nunca termine.
Classifico O Reverso da Medalha como uma ‘obra épica’, já que aborda os dramas,
alegrias, conquistas e derrotas de quatro gerações de uma poderosa família: os
Blackwell.
Trata-se de um livrão para ser devorado em poucas
horas. Um enredo que prende o leitor da primeira à última página, bem diferente
do desastroso A Senhora do Jogo, de
Tilly Bagshawe, considerado a sequência oficial da obra prima de Sheldon.
Prestem atenção no prólogo da história, talvez, um dos
melhores se não o melhor de todos os livros de Sheldon. Aliás, o autor é mestre
em escrever prólogos. A cena em que Kate já bem velhinha reúne todos os
familiares em sua mansão para revelar um grande segredo é fantástica.
“O Reverso da Medalha” é DPL garantida.
04
– Presa (Michael Crichton)
Caramba! Como esse livro me fisgou! O curioso é que se
trata de uma das obras menos conhecidas de Michael Crichton que morreu em 2008,
aos 66 anos, quando se encontrava no auge de sua carreira. Mais curioso ainda
que é uma das postagens menos acessadas aqui no blog. Apesar dessas agravantes,
Presa foi um dos melhores livros que
li.
A obra é um thriller tecnológico de tirar o folego,
algo... sei lá, frenético. Ainda me lembro que demorei menos de dois dias para
ler o livro que tem mais de 450 páginas. Cara, eu não conseguia parar,
simplesmente isso. Gostei tanto que já reli a história diversas vezes e não me
canso de indica-la para os meus amigos e também para os leitores do blog.
Na história, acompanhamos o casal Jack e Julia. Jack é
um programador desempregado, pai de família e dono de casa. Já a sua esposa, é
vice-presidente de uma empresa de tecnologia chamada Xymos e está participando
de um projeto envolvendo inteligência artificial, nanotecnología e
biotecnología.
A tecnologia se refere a nano máquinas ou micro robôs,
que juntas formariam uma câmera que poderia ser usada para vasculhar a corrente
sanguínea ou todo o corpo humano. O problema é que os militares querem usar
esse conhecimento para fins bélicos. Então num “belo dia”, num descuido de um
grupo de cientistas, uma nuvem dessas nanopartículas inteligentes escapam de um
laboratório localizado no deserto de Nevada espalhando o pânico.
Simplesmente, não conseguia parar de ler. Resultado:
ganhei mais uma DPL.
05
– Eles Merecem a Morte (Peter Swanson)
Aqueles que acompanham o “Livros e Opinião” há algum
tempo já sabem que eu adoro histórias com plot twists. Por isso, já li muitos
livros com essa característica, mas nenhum deles superou, pelo menos até agora,
Eles Merecem a Morte de Peter Swanson.
A obra tem porradas para nocautear qualquer leitor.
Quando digo ‘porradas’ estou me referindo as reviravoltas na trama. E três dessas
porradas, com certeza, deixarão a galera completamente desorientada e de queixo
caído.
Logo no início de seu enredo, Swanson nos conduz para
um desfecho dentro da normalidade, ‘entonce’, a partir da página 136, de
sopetão, vem a primeira pancada. Esta primeira reviravolta mexe com toda a
trama e modifica o chamado ‘modus operandi’ de alguns personagens.
As outras duas outras porradas, no decorrer do
romance, não tiram o chão do leitor, como a primeira, mas também são ‘trucões
pesados’ e desnorteiam. O autor faz com que você pense que irá acontecer algo,
mas esse algo não acontece. Então, você para e diz: “ué, cadê?!” Quando se
recupera dessa surpresa e prossegue com a leitura, chega o ‘golpaço’
inesperado: Páaaaaahh!! Pancadaço de tirar de fôlego.
Eles
Merecem a Morte conta a história de Ted Severson que em
um voo atrasado de Londres para Boston acaba conhecendo a bela e misteriosa
Lily Kintner. Depois de vários martinis, os dois estranhos decidem fazer um
jogo: cada um deve contar os seus segredos mais íntimos a respeito de si mesmo.
Ted revela, então, que está sendo traído por sua esposa, Miranda. Porém, o que
começa apenas como uma brincadeira inocente entre dois desconhecidos acaba
tomando proporções perigosas quando Ted sugere que sente vontade de matar a sua
mulher, e Lily surpreendentemente decide ajuda-lo.
Um livro recheado de plot twists que garantem uma DPL
para ninguém botar defeito.
E aí pessoal? Prontos para sofrer um pouquinho? No bom
sentido, claro (rs).
08 agosto 2022
Oito livros para presentear os vários estilos de pai no seu dia
O Dia dos Pais está chegando e o nosso blog não
poderia deixar passar em branco essa data tão importante para nós que somos
filhos. No meu caso, não tenho mais o meu velho por perto. Neste momento ele se
encontra nos braços do Pai. Putz, que saudades do Kid Tourão. O meu pai era uma
parte de mim, prova disso é que dediquei várias postagens a ele. Quer ler
algumas delas? Então é só acessar aqui, aqui e mais aqui.
Você que tem o privilégio de ter o seu pai ao seu lado,
poder abraça-lo, beijá-lo, enfim, desfrutar da sua companhia, aproveite cada
momento. O post de hoje tem endereço certo. Vai para os filhos que tem pais
leitores. Isso mesmo, pais que adoram ler. Neste caso que presente melhor para
marcar essa data do que um livro?
Selecionei oito obras literárias de gêneros diferentes
para pais com gostos diferentes. Seu pai adora livros de autoajuda? Seu pai é
fã de Stephen King? Seu pai tem como hobby cozinhar? Fiquem tranquilos porque nessa
lista tem livros para todos os “tipos” de papais. Espero que as sugestões atendam
as expectativas dos seguidores do blog que estão à procura de uma obra para
presentear o seu ‘pai-devorador de livros’.
Vamos com a nossa lista.
01
– Comida Caseira (Jamie Oliver)
Os pais que adoram cozinhar irão amar esse livro.
Nele, o chef inglês Jamie Oliver selecionou 100 receitas de comida caseira, que
recolheu entre companheiros de gastronomia, amigos, além das redes sociais.
Também recheou o livro com sua experiência afetiva, adicionando relatos
pessoais aos pratos com os quais cresceu e, segundo ele, foram responsáveis
pela sua paixão pela cozinha.
Comida
caseira é um livro para ser aproveitado com paciência e
envolvimento. As receitas são pensadas para momentos especiais: trata-se da
perfeição dos pratos, de como servi-los, com quais acompanhamentos, em que
momento, onde e para quem.
A obra é dividida em um capítulo para cada emoção:
Nostalgia, Para ficar feliz, Mais saúde e energia, Ritual, Prazeres secretos e
Doces indulgências. Tudo para garantir uma experiência em família e a delícia
de saborear um prato especial.
02
– Histórias Lindas de Morrer (Ana Cláudia Quintana Arantes)
A Drª Ana Cláudia Quintana Arantes é médica geriatra
formada pela USP e especialista em Cuidados Paliativos e Suporte ao Luto. Ela é
a autora da trinca de livros de autoajuda mais badalada do momento: A morte é um dia que vale a pena viver, Para a vida toda vale a pena viver e Histórias lindas de morrer. Os três
livros são fantásticos, mas o último dessa lista é insuperável. Livraço! A obra
é tão boa que até mesmo aqueles leitores que não apreciam histórias de
autoajuda irão gostar, imagine, então, se o seu pai for um fã incondicional do
gênero literário. Nesse caso, o presente, com toda a certeza vai atingir o
alvo.
Os depoimentos de pacientes – através das palavras da
autora - que estão em fase terminal de determinadas doenças são por demais
emocionantes e nos ensinam muitas lições, entre elas, a importância do perdão e
do amor incondicional. Dedicada a quebrar o tabu sobre a morte no Brasil, Ana
Claudia nos traz uma coleção de emocionantes histórias reais, colhidas em sua
prática diária, em que a proximidade do fim nos revela em toda a nossa
profundidade.
São pacientes de várias idades, crenças e origens que
estão em fase terminal e mesmo assim, deixam aos leitores verdadeiras lições de
vida.
03
– O Papai é Pop (Marcos Piangers)
O livro de Marcos Piangers lançado há cinco anos
provou que continua sendo sucesso entre todos os tipos de pais: os de primeira
viagem e aqueles já com uma certa experiência. Trata-se de um presente certeiro
para o seu velho. Ele irá adorar a escrita inteligente e humorada de Piangers.
O autor revela que ao descobrir que ia ser um pai
jovem começou a ficar preocupado porque teria que comprar uma casa maior para
que a criança tivesse mais espaço, além de um quarto novo no apartamento;
pensou também que o berço teria que ser novo e não aquele que a vizinha se
dispôs a emprestar; o carro teria que ser trocado por outro mais novo e seguro,
de preferência com seis airbags e ar condicionado de fábrica; e por aí afora.
Mas o que Pingers descobriu ao ser pai jovem é que
essas preocupações não fazem diferença nenhuma. O que vale mesmo não é pagar
pela melhor creche, se você é o último a buscar seus filhos. Não é comprar os
melhores brinquedos, porque as crianças gostam mesmo é das brincadeiras que não
custam nada. No fundo, o que importa, de fato, como os textos divertidos e
emocionantes de O Papai é Pop
mostram, é você estar com seus filhos, não pensando em outra coisa, mas estar
lá. De verdade.
04
– John Lennon em Nova York (James A. Mitchell)
Seu papai é ligado num som? Gosta de música? Bem... se
ele for fã dos Beatles, melhor ainda. Agora... se ele achava John Lennon, o
máximo do máximo, fechô!!
O livro de James A. Mitchell revela como foi a pouco
conhecida fase pós-Beatles vivida por um dos maiores artistas do século XX. O
ativismo político, a evolução musical, a relação com a esposa Yoko Ono e com os
antigos companheiros de banda foram alguns dos temas abordados com deliciosas
minúcias pelo autor.
Mitchell revela em seu livro que em 1971, Lennon se
mudou para Nova York na expectativa de assumir o papel de artista solo e
produtor, ávido por se juntar à luta por justiça social e pelo fim da Guerra do
Vietnã. Acolhido pelos líderes do movimento contra a guerra, estabeleceu-se no
Greenwich Village e rapidamente tornou-se porta-voz do Movimento, inspirando
solidariedade e defendendo causas.
Visto como salvador por uma geração carente de heróis
culturais, foi perseguido por Nixon e um governo sedento por silenciar seus
inimigos e temeroso de que Lennon pudesse influenciar decisivamente a eleição
presidencial que se avizinhava. Na mesma época, Lennon aprendeu a defender os
ideais feministas e lançou “Imagine” e “Some Time in New York City”.
Esta biografia ilustrada se baseia em entrevistas
inéditas feitas pelo autor com os membros da banda underground norte-americana
de Lennon, a Elephant’s Memory; com a escritora e líder feminista Gloria
Steinem; com o cofundador da Bancada Negra do Congresso, Ron Dellums; com o
veterano dos “Sete de Chicago” Rennie Davis; com o advogado especializado em
imigração Leon Wildes; além de muitas outras pessoas ilustrres que tiveram a
oportunidade de conviver com o ex-Beatle.
05
– Realidades Adaptadas (Philip K. Dick)
Nenhum autor contemporâneo foi mais roteirizado do que
Philip K. Dick, nem mesmo mestres do gênero como Isaac Asimov e Arthur C.
Clarke. Pouco conhecido no Brasil por sua obra literária, Dick é um sucesso
entre as plateias de cinema, que vai muito além de “Blade Runner - O caçador de
androides”, ícone cult dos anos 1980 inspirado em um de seus romances.
Por esse motivo, Realidades
Adaptadas é o presente ideal para pai que é leitor e também cinéfilo e que
curte o gênero ficção científica. Por que para o pai “leitor e cinéfilo?
Simples: Todos os contos desse livro foram transformados em filmes de grande
sucesso nos cinemas. Os papais que curtiram os filmes: “O Vingador do Futuro”, “Minority
Report”, “O pagamento”, “Os agentes do destino”, “O Vidente”, “Impostor” e “Screamers”
terão a oportunidade de conhecer as histórias escritas por K. Dick que serviram
de inspiração para a produção desses filmes.
Mesmo os contos guardando pouquíssima semelhança com
as adaptações cinematográficas, a premissa que permeia a obra é bem
interessante.
06
– Ainda Estou Aqui (Marcelo Rubens Paiva)
Marcelo Rubens Paiva conta em Ainda Estou Aqui uma parte da história dramática de sua família
durante o período da ditadura quando seu pai, o deputado federal paulista
Rubens Paiva, foi dado como desaparecido num dos períodos mais tristes da
história do Brasil.
Sua morte só foi confirmada 40 anos após o sumiço,
depois de serem prestados depoimentos dos ex-militares envolvidos no caso, à
Comissão Nacional da Verdade.
Paiva foi torturado e assassinado nas dependências de
um quartel militar entre 20 e 22 de janeiro de 1971, seu corpo foi enterrado e
desenterrado diversas vezes por agentes da repressão até ter seus restos
jogados ao mar, na costa da cidade do Rio de Janeiro, em 1973, dois anos após
sua morte.
Em Ainda Estou
Aqui, o autor revela a luta de sua mãe, Eunice Paiva, nesse período.
Marcelo Rubens Paiva diz que ela é uma mulher de muitas vidas. Eunice esteve ao
lado do marido quando ele foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos,
passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da
ditadura, a seguir torturado e morto.
Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar,
tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente
das câmeras. Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o
Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho.
E mergulha num momento negro da história recente brasileira para contar – e
tentar entender – o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele
janeiro de 1971.
07
– Fusca: O Carro Mais Popular do Mundo (Richard Copping)
Este livro vai agradar em cheio os pais que gostam de
carros. Richard Copping conta a história do veículo mais querido do mundo, o
Fusca. Ele narra a trajetória do carro desde a Segunda Guerra Mundial até seus
últimos dias de vida no Brasil, durante os anos 1990.
Imagens de toda sua estrutura abrangem e deixam ainda
mais bela a história do carro, que ainda possui uma legião de fãs e é um marco
da história automotiva.
A trajetória do Fusca é uma das mais complexas e
longas da história do automóvel. Diferente da maioria dos outros carros, o
projeto do Fusca envolveu várias empresas e até mesmo o governo da Alemanha, e
levaria à fundação de uma fábrica inteira de automóveis no processo.
Uma curiosidade muito interessante é que o carro
deveria carregar dois adultos e três crianças (uma típica família alemã da
época, já que Hitler não queria separar as crianças de seus pais). Copping
conta tudo isso em seu livro e muito mais.
08
– Creepshow (Stephen King)
Encerro essa lista com uma sugestão para os pais que são
fãs de histórias de terror, principalmente aquelas escritas por Stephen King. Creepshow é uma excelente ideia para
presentear o papai que adora o mestre o terror.
Creepshow
é considerada a primeira História em Quadrinhos (HQ) escrita pelo autor. Tudo
começou em 1982 quando King juntou forças com outro gênio do terror, o diretor
George A. Romero (“A Noite dos Mortos-Vivos”), para realizarem um filme
inspirado em quadrinhos clássicos dos anos 1950, como “Contos da Cripta”, da EC
Comics.
O longa-metragem marcou a estreia de King como
roteirista ― e, curiosamente, sua segunda aparição como ator. “Creepshow” (que
no Brasil ganhou o subtítulo Show de Horrores) se tornaria um cult movie
instantâneo. E, no mesmo ano, Stephen King quis deixar ainda mais explícita sua
homenagem à fonte original. Assim, ele adaptou seu roteiro de cinema para os
quadrinhos, contando com a arte do magistral Bernie Wrightson, um dos criadores
e primeiro ilustrador de O Monstro do Pântano, e capa de Jack Kamen, autor da
EC Comics.
A história em quadrinhos era a maneira perfeita para
os fãs reviverem todos os pesadelos do filme em casa. Quarenta anos depois, seu
pai poderá fazer o mesmo ― até porque o mais provável é que a fita VHS do velho
já esteja desmagnetizada.
Creepshow vai
deixar os pais fãs de King piradíssimos! Pode acreditar, será um presentaço.
E para encerrar essa postagem desejo, de coração, um
feliz Dia dos pais para toda a galera que segue o Livro e Opinião: no blog e
também nas redes sociais.
Valeu!