30 janeiro 2020
Não conte a ninguém
Imagine um bolo com várias camadas, em cada camada
um recheio diferente; e por isso, em cada uma dessas camadas uma surpresa para
o seu paladar. Esta foi a melhor definição que encontrei, mesmo que a grosso
modo, para Não Conte a Ninguém de
Harlan Coben, considerado, até agora o melhor livro de toda a sua carreira
literária.
Não
Conte a Ninguém não é aquele livro que você vai lendo,
vai lendo, mas pensando apenas na chegada do plot twist final que se encontra
no último capítulo. Pelo contrário, a obra de Coben tem várias reviravoltas ao
longo da trama que vão preparando o leitor para o grand finale. E quando chega
esse grand finale, Coben em menos de meia página, arremata a história de uma
maneira que deixa qualquer leitor de queixo caído. Este plot twist “miserável”
(no bom sentido) muda grande parte do que você já tinha lido, além de alterar algumas
reviravoltas anteriores. Costumo dizer que essa última meia página é o plot
twist dos plot twists que você havia lido anteriormente porque modifica quase
tudo.
27 janeiro 2020
Conan – O Bárbaro (Livro I)
Existem personagens de romances épicos que no
momento em que entram em cena, pela primeira vez no capítulo de um livro, tem o
poder de transformar qualquer leitor – inclusive, os mais frios e controlados –
num ser ensandecido gritando Hip hipi hurra como se estivesse assistindo uma movimentada
matinê de cinema.
Se você já atingiu o êxtase numa matinê ou então no
escurinho do cinema, no momento em que o todo poderoso protagonista entra em
ação deixando evidente o seu carisma, coragem e poder, com certeza, entende o
que estou tentando dizer.
Conan é um personagem desse tipo. Até mesmo aqueles
leitores que não tem uma intimidade tão grande com o cimério, acabam indo às
nuvens quando leem algo do tipo: “Conan
grudou as costas na parede e ergueu o machado. Ficou estático, como um ídolo
inconquistável... As pernas afastadas, cabeça voltada para a frente, uma mão
apoiada na parede e a outra segurando o cabo do machado. Com poderosos músculos
evocando cordilheiras de ferro e as feições congeladas num rosnado furioso e
letal... Seus olhos queimavam terrivelmente em meio à névoa de sangue que
descera sobre eles. Os homens vacilaram... Eles podiam ser criminosos selvagens
e devassos, mas vinham de uma raça que tinha um pano de fundo civilizado. O rei
(Conan), por outro lado, era um bárbaro... um assassino nato. Eles recuaram...”
ou então esta outra pérola: ‘O cimério pôs a mão sobre o cabo da espada, o
gesto foi tão pleno de ameaça quanto o rosnar de um tigre que mostra as
garras... Conan disse: ‘Não sou nenhum nemédio civilizado para temer diante de
seus cães contratados. Matei homens melhores do que você por menos do que
isto... Qualquer homem que me tocar irá
rapidamente conhecer seus ancestrais no inferno’, respondeu o cimério
entredentes, os olhos lançando flamas rápidas de fúria perigosas.
Todas essas passagens que citei acima marcam
desafios ou então antecedem sangrentas batalhas e situações de perigo
enfrentadas pelo famoso guerreiro que apesar de ser um bárbaro acaba, por sua
vez, conquistando a simpatia dos leitores.
Por isso quando soube que a editora paulista Pipoca
& Nanquim havia colocado no mercado três livros, em edição luxuosa,
contendo na íntegra todas as aventuras de Conan, seguindo a ordem que foram
publicadas, originalmente, na icônica revista pulp Weird Tales no período de
1932 a 1936, não pensei duas vezes e comprei os três volumes.
23 janeiro 2020
Vem aí mais um livro de contos de Stephen King. “If it bleed” deve chegar em maio de 2020
O que você acham da personagem Holly Gibney? Já
estou vendo daqui, a cara dos leitores que amaram “Mr. Mercedes” e “Outsider”.
Pois é galera, a garota que apareceu nesses dois grandes sucessos literários de
Stephen King estará de volta em 2020, mas agora como protagonista. Vale lembrar
que Holly foi interpretada pela atriz Justine Lupe, na adaptação de Mr.
Mercedes para a TV.
O mestre do terror e suspense que continua sendo uma
verdadeira máquina de escrever, lançando um livro atrás do outro – ainda bem
né, pelo menos para nós, seus fãs – já divulgou o nome e o ano de lançamento de
seu próximo livro. A obra vai se chamar “If it bleeds” (Se Você Sangrar, na
tradução livre). Como já disse, o seu lançamento nas Terras do Tio Sam deve
acontecer em 2020. Para ser mais exato, em 5 de maio de 2020. Quanto a sua
chegada no Brasil, já é outra história, pois a Suma, editora responsável pela
publicação dos livros do autor no Brasil, disse apenas que a obra deve chegar
por aqui em 2020, mas não especificou se seá no meio ou no final do ano. Bem,
só resta aguardar.
20 janeiro 2020
Lendas Urbanas
Cara, a lenda urbana do “Homem Gancho” sempre me
provocou arrepios. Ela mexeu tanto comigo que até nos dias de hoje nunca paro o
carro em lugares ermos durante a noite. Este medo começou hás muito tempo,
durante a minha juventude, quando tinha o hábito de paquerar as meninas dentro de
um fusquinha – o meu primeiro carro – num lugar apelidado de Luzes da Ribalta,
mas só no nome, porque luz, de fato, só existia a do luar. O local era bem
tranquilo e isoladaço, cercado de árvores. Era o lugar preferido dos jovens da
minha geração para namorar, paquerar e dar alguns ‘amassos’.
Pois é, foi nessa época que tomei conhecimento da
lenda urbana do “Homem Gancho”, acho que através de um acampamento de
estudantes da minha escola. Estávamos todos sentados, à noite, em torno de uma
fogueira quando um infeliz decidiu contar essa história.
17 janeiro 2020
Contos originais de Conan são lançados em três livros luxuosos pela editora Pipoca & Nanquim! E eu aqui, morgando, pode?!
Tenho um colega, o Nilton, vidrado no personagem
Conan criado por Robert E. Howard. Vidrado não; acho que que expert seria o
termo mais correto, o que não elimina o vidrado, porque o cara jamais admite
que arranhem a imagem do famoso Cimério com meias verdades. Se, por acaso, isso
acontecer, o Niltão deixa de ter um metro e meia de altura e cresce em cima do
difamador.
14 janeiro 2020
Dois finais emocionantes de livros que me fizeram chorar
Existem finais tão impactantes de livros que após
lermos as últimas páginas torna-se quase impossível segurar as lágrimas.
Lágrimas que insistem em rolar após fecharmos o livro e colocá-lo novamente em
nossa estante. Pois é, mas não termina por aí, porque essas lágrimas ainda
insiste em rolar, algumas vezes, quando estamos lendo um outro romance do tipo ‘a
la Sparks’ e, então, lembramos do tal final impactante daquele outro livro que
nos fez chorar. Resultado: acabamos chorando pelo final de um livro que já
lemos há muito tempo e não pelo “The End” de Sparks que estamos lendo agora.
Não sei se consegui explicar o poder de fogo desses
finais capazes de amolecer o mais duro dos corações literários, daqueles acostumados
apenas com enredos de ação e que não admitem segurar em suas mãos, em nenhuma
hipótese, uma história de amor e... muito menos chorar por ela, o que para eles
seria um crime.
12 janeiro 2020
As Minas do Rei Salomão
Acredito que os livros de aventura são considerados quase unanimidade entre a maioria dos leitores, independente do seu gosto literário. Vejam só nos cinemas: por mais que a critica especializada detone os chamados blockbusters, aqueles filmes arrasa-quarteirões com explosões, fugas mirabolantes e muita ação; as salas de exibição continuam sempre cheias, inclusive por alguns desses críticos que vibram escondidos dando socos no ar. Pois é, da mesma forma acontece na literatura. Cara, não há quem não resista a um bom enredo de ação; nesse caso, a viagem literária é garantida. E o livro As Minas do Rei Salomão não se trata apenas de um bom, mas sim um ótimo enredo de ação.
Se você amou “A terra que o tempo esqueceu”, de Edgar Rice Burroughs; “O Mundo Perdido”, de Arthur Conan Doyle; King Kong, de Edgar Wallace; e O homem que queria ser rei, de Rudyard Kipling, com certeza, também irá amar o livro escrito por Henry Rider Haggard e lançado originalmente em 1885.
O livro narra uma jornada ao coração da África feita por um grupo de aventureiros liderados por um caçador de elefantes e também exímio conhecedor do território africano chamado Allan Quatermain em busca das lendárias Minas do rei Salomão. Tudo começa quando Sir Henry Curtis e seu amigo Capitão John contratam Quatermain para que encontre George, o irmão mais novo Sir Henry, que saiu em uma expedição que buscava encontrar as famosas minas, mas depois, nunca mais foi visto.
09 janeiro 2020
VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue
VHS:
Verdadeiras Histórias de Sangue é um livro sombrio, acho
que até mais do que Ultra Carnem, livro anterior de César Bravo, também lançado
pela Darkside. E olha que o enredo de Ultra Carnem é trucão, mas em VHS, o autor criou um clima estranho
como se aquelas histórias macabras fossem reais. A grande sacada de Bravo foi
ele ter criado uma cidade fictícia, mas com características reais. O município
de Três Rios – palco das histórias sinistras – tem mapa demográfico, limites
territoriais, municípios limítrofes e como não bastasse tudo isso, a edição da
Darkside traz ainda recortes de jornais com notícias e fotos reais de supostos
moradores da cidade. Cara, a foto da Família Dulce, pioneiros na fundação da
cidade, datada de 1953 tirada pelo Studio Fotográfico Flamboyant, de Três Rios,
é perfeita; assim como são perfeitas as fotos do frigorífico Matadouro 7 com
funcionários supostamente trabalhando na desossa de animais; uma moção de pesar
de autoria dos vereadores do município lamentando um acidente ocorrido numa
cidade vizinha, além de outras imagens fictícias mas com ‘cara’ de reais.
Este conjunto de fotos, documentos, mapas e
informações que estão presentes logo nas primeiras páginas de VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue já
dão para essa cidade de mentirinha ares de realidade. Entonce, para completar o
‘bolo’ chega Bravo com os seus contos macabros e os injeta nesse contexto.
Pronto, tá feito o estrago (no bom sentido).
06 janeiro 2020
Cinco livros de terror assustadores que viraram filmes ainda mais assustadores
Existem livros de terror perturbadores e que por sua
vez deram origem a filmes mais perturbadores ainda. “O Exorcista” de William
Perter Blatty foi um deles, talvez o mais assustador de todos. Quando o filme -
baseado no livro - foi lançado nos cinemas, eu tinha 13 anos de idade e, mesmo
assim, até hoje, me lembro do verdadeiro frenesi que a produção de William
Friedkin causou na cidade onde morava.
Na época fiquei sabendo de pessoas que passaram mal na
sala de exibição e outras que não aguentaram o ‘tranco’ e abandonaram o filme no
meio da projeção. Apesar de já ter passado mais de 45 anos, ainda me lembro do
caso de um cara metido a valentão que ficava tirando o sarro das pessoas que ‘tremeram
na base’ após ter visto o filme. Isto é... até o dia em que o ‘destemido rapazola’
resolveu assistir a produção de terror para provar que tudo não passava de uma
grande piada. Sabe o que aconteceu? O
fdp tirador de sarro acabou vomitando na cadeira do cinema numa das cenas do
filme. A partir daí, ele ficou na dele e nunca mais tirou o sarro em ninguém.
03 janeiro 2020
Os 15 livros de ficção mais vendidos em 2019
Costumo dizer que todo final e início de ano são os
períodos dedicados às famosas listas: dos mais vendidos, dos piores, dos
melhores, dos que mais agradaram, dos que menos agradaram e mais disso e
aquilo. Listas que trazem nostalgia do ano que está terminando ou então
previsões para os 365 dias vindouros. E para não quebrar o protocolo das
listas, resolvi pulicar uma listinha básica dos 10 livros de ficção mais
vendidos em 2019.
Utilizei como parâmetros, dois sites de ranqueamento
de livros que eu respeito muito; são eles: Publishnews e Veja. Depois, ainda
comparei a lista desses dois sites com o portal dos mais vendidos da Saraiva e
Amazon para fazer uma média final. Comecei esse trabalho de pesquisa há ‘uns’ quatro
dias, e confesso que foi trabalhoso, mas valeu a pena porque enquanto escrevia esse
post, aproveitei para incluir na minha lista de leitura, algumas obras tidas
como “top” e que ainda não tinha lido em 2019.
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