25 maio 2013

“Joyland” e “11/22/63” de Setphen King serão adaptados para o cinema e TV



Capa americana de "Terra da Alegria"

Sem milongas e delongas, lá vai: Dois livros de Stephen King  que ainda nem sequer foram lançados no Brasil serão transformados em filme. Pronto! Falei e disse como manda o figurino: sem emblomação e suspense. Os nomes dos livros? Ok. Novamente, lá vai: “11/22/63” e “Joyland” (Terra da Alegria). O primeiro será lançado no Brasil no mês de novembro vindouro com o título “Novembro de 63”. Quanto ao segundo, será publicado nos Estados Unidos em junho próximo. Hãhãhã...!!! Quer saber quando a obra chegará aqui na terrinha tupiniquim, não é mesmo? Pois é, sinto dizer, mas ainda não há nenhuma data em cogitação; o que significa que o seu lançamento ainda irá demorar muito. Se eu fosse arriscar; vejamos.... Bem, sendo otimista, de um ano à um ano e meio. Não se assuste não pessoal, é que esse é o tempo médio para que as obras de King passem pelo processo de tradução para a nossa língua, antes de aterrissarem por aqui. E um processo, diga-se de passagem, bem demoradinho se compararmos com os outros países.
Eu – como leitor e fã de King – até perdoei esse atraso cruel na tradução da obra. Mas só perdoei depois que soube que “Joyland” seria adaptado para as telonas. E depois, então, que anunciaram que “Novembro de 63” (é assim mesmo que se chamará o livro 11/22/63 aqui na terrinha) também teria o mesmo destino; então... Pára vai!! Eu passei a perdoar qualquer coisa!!
O enredo de “Joyland” nos remete para o início da década de 70, num parque de diversões abandonado de uma pequena cidade da Carolina do Norte. Um parque que ganhou a fama de mal assombrado. Brrrrrrr!!! Na trama, o personagem Devin Jones, um estudante universitário que vai trabalhar no referido parque durante o verão, acaba se envolvendo um violento assassinato e com o destino de uma criança moribunda. Os eventos do local mudarão a vida dos dois para sempre.
A editora Titan Books não revelou mais nada sobre o enredo dessa trama policial e de suspense. Acessei uma porrada de sites daqui e de fora, mas não consegui obter mais nada. Tudo indica que a Titan através de seu selo Hard Case Crime montou uma verdadeira operação de guerra para proteger os detalhes da trama.
A obra será lançada nos Estados Unidos em junho de 2013. Inicialmente no formato bolso de livro. Poucas semanas depois chega o e-book.
Quanto a produção cinematográfica, já pode ser dada como certa. A direção será de Tate Taylor, diretor do filme “Histórias Cruzadas”. Taylor também fará a adaptação do roteiro sob a supervisão de King.
“Joyland” ou “A Terra da Alegria” ainda não tem data definida para estrear nos cinemas, mas as gravações começam logo, logo.
J.J. Abrams com o livro "11/22/63"
Bem, com relação à “11/22/63” ou “Novembro de 63” não vou escrever mais nada sobre o livro, sua história, expectativas de lançamento, etc e mais etc; mesmo porque, já escrevi muito sobre ele. Quem ainda não leu e quiser ler é só clicar aqui, aqui e mais aqui.
O que eu quero é ‘falar’ sobre o filme “11/22/63”, cuja confirmação caiu como uma bomba nas redes sociais. A explosão de comentários dos internautas sobre o assunto foi algo absolutamente anormal o que deixou evidente a grande expectativa da galera quanto ao lançamento da produção.
‘A princípio, a intenção da Bad Robot, produtora do cineasta J.J. Abrams, que comprou os direitos de adaptação do livro, seria transforma-lo num filme, tipo blockbuster, com pedigree para disputar uma ‘batelada’ de Oscars, mas depois, não sei por qual motivo, Abrams decidiu mudar de idéia e adaptar o livro para o formato de série ou minissérie de TV.
Agora, você acha que serei eu o cara prá discutir com Abrams?? Falando todo imponente pro sujeito: - “O J.J. por que você foi fazer isso com o livro do King? Por que você não o adaptou para os cinemas? Ficaria melhor!”. Você acha que eu deveria cobrar o cara dessa forma ou algo parecido? Ah! Pára Né! (rsss).
Gente; Abrams já provou que é um gênio quando o assunto é filmagem. Então, com certeza, após ter lido o livro do mestre do terror e suspense, ele chegou a conclusão que o melhor caminho seria uma adaptação para a TV e não para o cinema. Os inconformados que estão lendo esse post e que queriam de qualquer maneira assistir “11/22/63” nas telonas, fiquem tranquilos... relaxem... o cara já provou que sabe o que faz e na sua opinião, o melhor caminho para o enredo de um professor que viaja no tempo para salvar o presidente Kennedy de levar um tiro de Lee Harvey Oswald, é esse mesmo: a TV.
Tenho certeza que Abrams não vai fazer a mesma cag... na escolha de elenco como fizeram com a série “Sob a Redoma”, também de King, que estréia no dia 24 de junho.
Outro ponto positivo para a adaptação de “11/22/63” foi a escolha da Warner Bros para cuidar do projeto ao lado da Bad Robot, dando assim, todo o suporte necessário.
É importante lembrar que ainda não há canal definido para a sua exibição e tampouco, se história será adaptada no formato de série ou minissérie.
O importante nisso tudo é que a adaptação sai!
Tai galera! Vamos torcer para que estejamos vivos e com saúde para vermos essas duas obras primas: “Joyland” e “11/22/63”: uma no cinema e a outra na TV.
Inté!

20 maio 2013

Os cinco vilões mais letais de James Bond nos livros



Talvez nenhum herói da literatura mundial tenha tido uma galeria de vilões tão perversos e insanos quanto James Bond, o famoso agente secreto de Sua Majeste com licença para matar. Muitos deles obrigaram 007 a ‘gemer na rampa’. Um deles chegou a fazer o agente durão chorar, gritar, berrar e finalmente desmaiar de sofrimento.
Quer saber?? Acho que esse pessoal “Bad” merece uma pequena homenagem em nosso blog. Afinal de contas, eles peitaram um sujeito que não tem o hábito de levar desaforo pra casa e alguns deles quase conseguiu ‘despachar’ o nosso herói para a outra faceta do mundo. Isto só não aconteceu porque Ian Fleming ou então outros escritores contratados pelos herdeiros para seguir o legado do autor inglês, sempre arrumaram um jeitinho de salvar o herói no último minuto.
Então vamos lá! Confiram, na minha humilde opinião, os cinco vilões mais letais dos livros de 007, incluindo os escritos por Fleming, Sebastian Faulks, Jeffery Deaver, John Gardner e Raymond Benson.
Prá variar já adianto que os cinco melhores vilões são dos livros de Fleming.  Aliás, nem dá pra se comparar com os demais.
01 – Le Chiffre (Cassino Royale)
Na minha opinião, o tal aí do lado pode ser considerado o principal algoz de 007 superando outras feras tradicionais, até mesmo Rosa Klebb, aquela agente russa com cara de sapo que quase matou... pêra lá... quase matou não! Ela, de fato, matou 007! Ele só voltou à vida por causa... Putz! Tô misturando tudo. Calma aí; afinal de contas o tema desse sub-post é Le Chiffre e não Rosa Klebb. Assim, voltemos à ele. A cara de sapo fica mais pro final.
Ah! Por que Le Chiffre é o “bam-bam” dos vilões? Simples. Anote aí: O vilão tirou as calças de James Bond e deixou o agente secreto inglês durão pelado!! Quer mais?! Ok. Lá vai: colocou o pobre coitado sentado numa cadeira sem assento - semelhante aquelas cadeiras de banho, apropriadas para os doentes lavarem as suas partidas íntimas – depois pegou um batedor de tapetes e Pow! Scrash! Pãmm! Quer que eu fale onde Le Chiffre bateu??? Acho que nem é preciso né galera.
Cara... olha... juro que fiquei constrangido ao ler “Cassino Royale” e ver Bond passar esse vexame. Foi duro vê-lo sentado ali naquela cadeira com a genitália e as nádegas expostas para o tesoureiro da Smersh, agüentando gozações e levando porradas.
Acho que teve um momento que Bond até chorou... não de medo, mas de dor... ou será que foi de medo??? Cara, na realidade, o sofrimento foi tão atroz que nem dá pra saber.
Você teve estar se perguntando como Bond conseguiu se safar. Tá bem. Leia o livro “Cassino Royale”; o primeiro escrito por Ian Fleming.
02 – Ernst Stravo Blofeld (Chantagem Atômica, À Serviço Secreto de Sua Majestade e A Morte no Japão)
Este gênio do mal é tão poderoso, mas tão poderoso que aparece em três livros do agente secreto inglês e em seis filmes da franquia!!! Prova de que o sujeito é bom mesmo. Êpa! Quis dizer: “Mau mesmo!”.
Depois de Le Chiffre que quase ‘capou’ James Bond - fazendo o espião inglês sofrer uma de suas piores humilhações – Blofeld foi o vilão que mais fez Bond sofrer. Ele arrebentou a alma de 007 ao matar o grande amor de sua vida. A mulher com quem o Comandante Bond iria se casar: Tereza ou “Tracy”. O fato aconteceu no livro “À Serviço Secreto de Sua Majestade” e absolutamente ‘moeu’ Bond;  mas moeu tanto, que foi duro faze-lo entrar nos eixos. Depois da tragédia provocada por Blofeld, Bond pensou seriamente em abandonar o MI6 e consequentemente o duplo zero que lhe dá licença para matar. Após ser aconselhado a ficar, acabou falhando “feio” em suas novas missões, só aprontando lambanças e quase perdendo a vida. Essa decadência de Bond fica evidente logo no início do livro “A Morte no Japão”, onde M lhe dá um ultimato: “Ou volte a ser o velho e confiante Bond ou você está fora!”.
Antes de arrebentar a alma de 007 em À Serviço Secreto de Sua Majestade, o líder da agencia criminosa Spectre deu muito trabalho em Chantagem Atômica onde quase matou Bond com um arpão. Em “A Morte no Japão”, ta lá novamente o maléfico vilão. Depois de  conseguir escapar duas vezes das garras de Bond, neste último livro de Ian Fleming (em vida), 007 consegue à muito custo eliminá-lo, mas acaba perdendo a memória, passando a sofrer de amnésia, esquecendo até mesmo que é um agente secreto do MI6. Bond fica bobinho. Quer dizer Blofield morre, mas antes de partir para o além, ainda consegue aprontar mais uma prá cima do ‘mocinho’.
03 – Julius No (O Satânico Dr. No)
Este sujeito deu um trabalho danado para Bond. Logo de cara, quando descobriu que o agente estava metendo o bedelho em seus negócios, ele tentou matá-lo com uma tarântula! O seu capanga invadiu sorrateiramente o quarto onde Bond dormia e ‘amoitou’ por debaixo dos lençóis de sua cama, o estimado bichinho. Por muito pouco, mas muito pouco mesmo, 007 não recebeu uma picada mortal.
Depois, Dr. No matou um amigo e guia do agente secreto. Os dois, juntamente com uma Bond-Girl chamada Honey, estavam na ilha do vilão, investigando os seus negócios. O guia de Bond foi torrado vivo por um dragão mecânico que cuspia fogo pelas ventas.
E por fim, 007 foi preso numa armadilha mortal – uma espécie de alçapão - que fazia ligação direta com o mar que banhava a ilha. Ele teve de enfrentar até mesmo uma lula gigante que quase o liquidou.
Dr. No deu trabalho... muito trabalho para 007.
04 – Mr. Big (Viva e Deixe Morrer)
O livro lançado originalmente no Brasil como “Os Outros que se Danem” e em edições posterior como “Viva e Deixe Morrer” nos apresenta um criminoso com um perfil letal e impiedoso: Mr. Big.
O vilão tem ligações com uma rede criminosa americana, com o mundo do vodu e a SMERSH, um braço do Serviço Secreto Russo, que são uma ameaça para o Ocidente.
Negro com ascendência francesa, Big é natural do Haiti, tem quase 2 m de altura e pesa mais de cem quilos. Uma aparência que impõe respeito, apesar do seu coração estar baqueado por causa do tamanho e peso de seu corpanzil.
Quando li “Viva e Deixe Morrer” fiquei impressionado com a personalidade fria e maldosa desse vilão que mata por prazer. É verdade! O cara parece que sente orgasmo em ver as suas vítimas sofrer aos poucos antes de dar adeus à vida. A linda Solitaire (Bond girl) amante de Big, paga um preço caro por ajudar Bond a desmascarar o vilão. O espião também vê a morte de perto ao ser capturado pelo criminoso.
Mr. Big ainda arrebenta Félix Leiter. Como? Os seus capangas o jogam num tanque de tubarões que fazem do agente da CIA, amigo de Bond, um apetitoso prato. Os ‘asseclas’ de Mr. Big ainda fazem questão de jogar o corpo triturado de Leiter, ainda vivo, na ‘cara’  de  007. Viu só! O negão é ou não é mais sádico do que um tal Marquês de Sade?! Tudo bem que o agente da CIA sobreviveu. Ganhou um gancho no lugar de uma das mãos, mas sofreu muito e viu a viola em cacos.
05 - Rosa Klebb (Moscou contra 007)
Taí a ‘muié’. Esta é a fera e daquelas feras letais e traiçoeiras até o último grau. A ‘cara de sapo’ é a agente de nº 3 da SPECTRE, a maior organização terrorista do mundo e ex-dirigente da SMERSH, o serviço de contra-espionagem da Rússia. Vilã fria e de presença física amedrontadora, apesar da baixa estatura; a personagem também sugere ter tendências lésbicas, em seu contato de aliciamento da jovem agente Tatiana Romanova para o plano de assassinar James Bond. As tendências lésbicas de Klebb ficam bem mais evidentes no livro do que no filme.
A vilã russa é uma exímia coordenadora tática com uma mente brilhante, capaz de engendrar verdadeiras teias infalíveis para agarrar os seus inimigos. Quando os seus capangas falham, ela não hesita em sair à campo para matar as vítimas visadas com as próprias mãos. Foi o que aconteceu com o ‘armário’ Red Grant – um brutamontes enorme – que foi morto por Bond numa cena inesquecível – tanto no livro quanto nos cinemas – que ocorreu no interior do vagão de um trem em movimento.
Klebb conseguiu a proeza de assassinar o agente inglês nas páginas do livro “Moscou Contra 007”. Bond só voltou à vida após Ian Fleming mudar de idéia e criar um mote para o seu retorno no livro seguinte: “O Satânico Dr. No”. No post aqui eu explico quais foram os motivos que levaram Fleming a matar o seu agente preferido e depois... mudar de idéia.
Portanto, como não considerá-la uma das vilãs mais eficientes da vasta galeria de James Bond.
É isso aí pessoal!
Ôpa! Já ia me esquecendo. Antes que os fãs de Auric Goldfinger fiquem decepcionados com a sua ausência nessa lista, deixa eu explicar que o referido vilão só vivia ‘a sombra de seu capanga, o terrible Oddjob. O coreano – completamente mudo - que usava um chapéu côco com uma lamina afiada e mortal na aba, realmente metia medo. Agora, Goldfinger...
E Zefini!!

12 maio 2013

O inferno dos tradutores de Inferno



Com certeza a história que irei contar agora não será a última referente aos bastidores do novo livro de Dan Brown, “Inferno”. Muitas outras surgirão, algumas falsas, outras verdadeiras, algumas sensacionalistas outras sérias; enfim, histórias dos mais variados tipos e para todos os gostos. Com o tempo, muitas delas se tornarão, até mesmo, lendas urbanas, mas de uma coisa eu tenho certeza, notícia tão estranha quanto essa que vocês ficarão sabendo por aqui, acho difícil.
Logo na manhã de hoje, ao dar uma zapeada pela Net dei de cara com uma informação... olha... sinceramente não sei como classificá-la. Esquisita, talvez paranóica, risível, grave. Sei lá pessoal. O que posso dizer escrever é que fiquei de queixo, boca e bochecha caidas. Assim ó: Hãaaaaaaaaaaaaa??!!
Segundo fontes ultra-confiáveis, entre elas o Jornal O Globo, no dia 18 de fevereiro, onze tradutores de vários países começaram a trabalhar na tradução de “Inferno”, novo livro de Dan Brown. Esse fato seria normal se os tradutores, em questão, não fossem obrigados a exercer as suas funções num esconderijo subterrâneo, apelidado de “o bunker”, localizado num dos pontos mais improváveis e impossíveis de toda a Itália: debaixo do edifício Mondadori, sede da editora responsável pela edição italiana do romance.
Antes de serem recolhidos ao bunker, os tradutores, os quais reputo de vítimas (rss) tiveram seus celulares recolhidos com a promessa de serem devolvidos após as sete semanas de serviço. Além dos celulares, foram apreendidos, também, qualquer tipo de dispositivo que possibilitasse comunicação com o exterior. Resumindo, os caras ficaram quase dois meses isolados do mundo exterior, “enterrados”, a maior parte do tempo, numa ‘caverna’ debruçados em cima do texto de Brown trabalhando na tradução para os seus respectivos países.
Mas o inferno dos tradutores do Brasil, Alemanha, Espanha, França e Itália estava apenas começando, porque além do confinamento num bunker e a apreensão dos celulares, eles ainda tiveram de sujeitar a muitas outras restrições, entre as quais trabalhar trancados no mesmo espaço com portas vigiadas por homens armados. Se quisessem sair um pouco, tomar – com se diz aqui no interior – ‘uma fresca’, eles tinham de pedir autorização e mesmo assim, serem fortemente sondados por olhos atentos dos seguranças do bunker.
Ah! Tem mais! O acesso à internet era feito através de um computador partilhado e altamente vigiado. E-mails, redes sociais, nem pensar! Contato com os familiares, filhos, esposas ou esposos, era algo proibido. Mêo! Os caras estavam completamente i-s-o-l-a-d-o-s, como verdadeiros Robisons Crusoés!
Eles até podiam comer na cantina da editora Mondadori, mas para isso foram preparados álibis para explicar o motivo de um grupo de tradutores de países diferentes estarem ali naquele momento. As palavras “Dan Brown” e “Inferno” erram terminantemente proibidas nesses momentos. Dois detalhes que ia me esquecendo. No momento em que os reclusos estavam almoçando, lanchando ou jantando eram muito bem vigiados e todos tinham que se sentar na mesmo lugar, jamais em mesas separadas. Ah! E sem ‘lenga-lenga’ e muito menos direito ao ‘kilo’. O lema era ‘comida no bucho e mãos à obra’.
No fim do dia, por volta das 21 horas ou mais, ao terminarem – parcialmente – o trabalho, eles eram conduzidos por uma vã até o hotel para dormirem. Quanto ao manuscrito de Borwn, no qual estavam trabalhando, voltava a ser guardado num cofre secreto como se fosse a pedra preciosa mais importante do mundo. No dia seguinte, começava tudo de novo. A mesma vã os recolhia do hotel e os levava ao bunker para pegarem firme no trampo.
Todas essas regras de segurança foram adotadas porque a editora tinha medo de que alguns tradutores pirateassem o material. Por isso....
O grupo de onze profissionais, incluindo os brasileiros Fabiano Moraes e Fernanda Abreu tinham de seguir um  conjunto de regras rígidas que ficou conhecido como “Os 10 Mandamentos dos Tradutores de Inferno”. Querem saber quais? Ok. Espiem logo abaixo:
01 -  “Inferno”: Os tradutores não podiam falar com ninguém sobre a trama
02 - Papelada: Eles não podiam levar para fora do bunker qualquer material sobre o livro, fosse impresso ou digital
03 - Telefones: Celulares e outros instrumentos de comunicação eram vetados
04 - Conexão: Dispositivos pessoais conectados à internet eram proibidos
05 - Circulação: Não era permitido andar pelo edifício Mondadori, com exceção do refeitório e do café
06 - Identificação: Os tradutores deviam estar sempre de crachá
07 - Explicações: A equipe não devia falar sobre os motivos de sua presença no prédio
08 - Acesso: Só tradutores, editores e seguranças podiam entrar no bunker
09 - Idas e vindas: Eles deviam assinar um papel toda vez que precisassem sair do local
10 - Pesquisa: Os tradutores podiam acessar a internet em computadores vigiados por seguranças.
Eu heinnn...
PS: O livro chega ao Brasil no próximo dia 24 de maio.

11 maio 2013

Heróis e semideuses menos famosos dos livros de mitologia grega, mas não menos importantes



Se eu lhe perguntasse agora, à queima-roupa, os nomes de dois heróis ou semi-deuses famosos da mitologia grega, qual seria a sua resposta?? Pêra aí, deixe eu adivinhar. Hummm... vamos ver... Lá vai: Ulisses e Aquiles! Acertei? Beleza. E se eu repetisse a pergunta, mas pedindo agora os nomes de três deles. Ok, lá vai. Ulisses, Aquiles e Perseu. E se fossem quatro? Quatro não; mas cinco? Certo. Lá vai: Ulisses, Aquiles, Perseu, Hércules e Teseu. Fácil demais, né galera? Também pudera, essas feras aí são presenças marcantes nos livros de mitologia grega, mais do que isso; são verdadeiros astros principais, não tendo nada de coadjuvantes.
Além de dominarem as páginas de livros do gênero, também ganharam filmes só deles, onde foram representados por astros famosos e caríssimos de Hollywood.
Mas nesse exato momento, eu quero desabafar gritando: - “E quanto aos outros heróis e semi-deuses da mitologia grega injustiçados e até mesmo esquecidos?” Cara, eles foram tão importantes quanto os cinco distintos aí de cima. Deram o sangue, suaram, realizaram proezas e para quê? Para ficarem “escanteados” por escritores e também por produtores cinematográficos. Putz, quanta injustiça!
Por isso hoje, resolvi dedicar um post para essas “feras” menos famosas dos livros de mitologia grega e que receberam como pagamento por suas aventuras fantásticas, apenas poucas páginas nos livros e absolutamente nenhum filme solo.
E vamos às feras feridas (rs). E confesso que sou fã desses sujeitos. Vocês poderão conferir, aqui, as suas façanhas, capazes de colocar no bolso as aventurinhas de um... um... digamos Agamenon que comandou o cerco de Tróia, sempre na sombra de Aquiles.  Mas tão na sombra que mais se parecia um parasita ou sanguessuga. Tanto é verdade que no momento em que o valente guerreiro – filho de Peleu e da deusa Tétis - abandonou de maneira definitiva o combate, ferido mortalmente com um flechada no calcanhar, Huuhuuu! Foi um Deus nos acuda para o lado dos gregos.
01 – Diomedes
Escultura: Athena aconselha Diomedes
O que escrever de um guerreiro mortal que conseguiu ferir uma poderosa deusa do Olimpo e amedrontar um poderoso e cruel deus? Só posso dizer que o cara é “bad”, mas mesmo assim foi esquecido através de décadas por autores e pesquisadores. Resultado: sua participação nas obras literárias e nos filmes sobre mitologia grega são ínfimas. Somente o mínimo do mínimo nas versões romanceadas de Ilíada e quase nada de nada no poema antológico de Homero. Quanto aos filmes, podem esquecer. Não me lembro de nenhum. Opa! Me empolguei um pouco e acabei esquecendo de citar o nome do sujeito; mas nem é preciso porque já está no sub-título desse post. Estou falando escrevendo de Diomedes. Ele foi o mais valente dos heróis gregos na Guerra de Tróia, perdendo somente para Aquiles. Durante o combate entre gregos e troianos, chegou a ferir Afrodite que desceu do Monte Olimpo para salvar o seu filho Enéias que já estava ‘entregue’ nas ‘garras’ de Diomedes. Como o grego não conseguiu matar Enéas, aproveitou para ‘cutucar’ com sua espada ninguém menos do que uma deusa. Viu só que audácia! E já que citei Enéias, vale lembrar que ele foi – logo depois de Heitor – o mais valente e combativo guerreiro do lado dos troianos. Só que encontrou pela frente no campo de batalha, o temível Diomedes que só não o matou, devido a intervenção de sua mãe que acabou ‘pagando o pato’, levando um talho no braço provocado pela espada afiada de Diomedes. Como dizia meu velho avô João Carlos, o vô João: - “Rrrrranqueii rapai!! Traduzindo: - “Arranquei rapaz!”. Enquanto estou escrevendo sobre os feitos de Diomedes empresto o jargão do meu avô para colocá-lo no texto, porque esse herói é fod... Cara! Ele conseguiu fazer uma toda poderosa do Olimpo sangrar! A deusa do amor chegou em prantos para reclamar com Zeus, mostrando o seu braço ferido de onde escorria o ícor, que é o sangue dos deuses.
Quer mais? Então lá vai. Diomedes lutou e também feriu ninguém menos do que Ares, o deus da guerra!! Não! Póde Pará!!! O Ares mêo! O deus que mais se parece com um tanque de guerra, poderoso, fortão e arrogante! Ele mesmo; o próprio, também não agüentou o ‘repuxo’ e foi reclamar para Zeus por ter sido afrontado por um simples mortal. Acredite amigo, Ares, o deus da guerra foi chorar no ombro de Zeus depois de levar uma ‘riscada’ do grego.
Sabem quem foi o único homem capaz de encarar e vencer Diomedes? Somente a lenda... o mito... o cara... Ele: Hércules. Prosseguindo os combates e peripécias do seu oitavo trabalho, o filho de Zeus e da mortal Alcmena estrangulou Diomedes e o deu a comer às suas quatro éguas ferozes. As quatro éguas que Diomedes possuia, de acordo com a tradição mitológica, alimentavam-se de carne humana. O herói grego, depois de ter visto Hércules roubar-lhe as éguas, perseguiu-o com seu exército, mas acabou derrotado, tendo então sido devorado pelos bravios equinos.
Apesar de todas essas credencias, Diomedes nunca ganhou uma produção cinematográfica só sua e pior... tampouco apareceu como coadjuvante em filmes sobre a Guerra de Tróia. Quantos aos livros, teve uma presença discreta na obra prima “Eneida” de Virgilio que narra as aventuras de Enéas e também nas versões romanceadas de Ilíada; mas bem pouquinho mesmo. Triste fim para esse grande herói que colocou dois deuses do Olimpo para correr.
Onde encontrar Diomedes
Livros: “Tróia: O Romance de uma Guerra” (autor: Cláudio Moreno), Ilíada (Homero) e Eneida (Virgílio). Nos três livros o leitor terá apenas o mínimo possível de Diomedes. O que dá um pouco mais de destaque ao herói é a obra do brasileiro Cláudio Moreno.
02 – Filoctetes
Herói helênico decisivo para a vitória dos gregos sobre os troainos, mas apesar disso, nunca conseguiu ganhar o status de protagonista; apenas um mero coadjuvante. Filoctetes não chegou à Tróia com os outros chefes e guerreiros, pois durante a escala em Ténedo, foi mordido no pé por uma serpente, enquanto procedia a um sacrifício. A ferida infectou de tal modo que exalava um odor fétido de putrefacção insuportável. O herói agonizava dia e noite de dor. Devido a isso, Ulisses e os outros chefes abandonaram o moribundo em Lemnos, onde permaneceu durante dez anos. Neste período, Filoctetes viveu abandonado, arrastando-se penosamente pela ilha em busca do necessário. Tinha por companhia as aves, os animais, a solidão e o eco dos seus lamentos.
Ulisses e Diomedes só voltaram à ilha de Lemnos para buscá-lo porque um oráculo revelou que Tróia só seria tomada com as flechas de Hércules. Ah! Que cabeça a minha (rs)!! Já ia me esquecendo de dizer que por ter sido amigo pessoal e mestre de armas de Hércules, após a morte do filho de Zeus, Filoctetes recebeu o seu arco, a sua aljava e também as flechas. O grego, à exemplo de Hércules – se tornou um exímio arqueiro.
Apesar de ter sido o eleito por um oráculo para ser a cartada decisiva na Guerra de Tróia à favor dos gregos, Filoctetes  nunca chegou a ser tão famoso e carismático quanto Perseu, Ulisses ou Aquiles.
Fico imaginando que filmaço dramático daria a vida desse herói. Coisa do tipo: O cara que decide deixar para trás o seu reino para participar de uma guerra numa terra distante em solidariedade há um rei amigo que foi ‘corneado’ pelo filho de um rei rival. Só que o pobre coitado e cheio das boas intenções acaba sendo abandonado pelos próprios amigos – incluindo ‘um melhor amigo’ – numa ilha isolada após ser picado por uma cobra. O motivo do abandono. Ok, vamos lá: os seus amigos FDP não suportavam o odor fétido que exalava da sua ferida e muito menos os seu choro de dor e agonia. Entonce, abandonam o moribundo à própria sorte e seguem para a tal terra distante para guerrear. Passam-se dez anos e os amigos FDP descobrem que só podem vencer a guerra com a ajuda do cara que eles consideravam um fardo, um  verdadeiro saco de areia que só fazia peso nos seus ombros. Ahahahahaha!!! Bem feito para os sacanas! Mêo, fala a verdade. Esse enredo não daria um hiper-filmaço ou então uma versão romanceada como já foi feito com as Ilíadas e Odisséias de Homero? Só que até agora, Filoctetes encontra-se no limbo, só ‘prestando’  mesmo para coadjuvante de outros heróis e semi-deuses.
Livros escrito pelo poeta Sófocles
E olha que o mito do herói da Tessália – sua terra natal – acabou ao longo dos anos, ganhando uma função pedagógica, ensinando-nos uma lição moral: “Não devemos abandonar ninguém só porque se encontra incapacitado, pois futuramente esse alguém poderá se tornar importante para nós”. O mito do herói grego tem o objetivo de criticar e também alertar alguns segmentos da sociedade capitalista em que vivemos, cujo hábito é abandonar aqueles que deixaram de ser produtivos.
Tudo bem que Sófocles, Ésquilo e Eurípedes escreveram tragédias sobre o mito, mas cá entre nós, será que todos vocês que lêem esse post – eu disse todos – tem saco para fazer uma leitura maçante em versos, parecida com os poemas Ilíada e Odisséia de Homero? Não estou desmerecendo essas obras primas, jamais. O que estou querendo dizer é que apenas uma grande parte dos leitores, na qual me incluo – preferem ler uma epopéia desse tipo numa versão em prosa, tipo romance. Sacou?
Onde encontrar Filoctetes
Livros: “Filoctetes” (autor: Sófocles); “O Drama de Filoctetes” (autor: José Ribeiro Ferreira que segue a mesma linha de Sófocles); Ilíada e Odisséia (autor: Homero que encaixa Filoctetes como um mero coadjuvante em seus poemas);  “Ilíada: A Guerra de Tróia” e “A Odisséia” (autor: Menelaos Stephanides) e “Tróia: O Romance de uma Guerra” (autor: Cláudio Moreno). Em todas essas obras literárias, excetuando o texto milenar de Sófloces e a adaptação de José R. Ferreira, o exímio arqueiro grego não passou de um coadjuvante.
Filmes: Heresia e mais heresias!! Escantearam Filoctetes de todos os filmes sobre Tróia produzidos até agora!! Em “Tróia” (2004) com Brad Pitt como Aquiles e Eric Bana como Heitor, o diretor Wolfgang Petersen cometeu a heresia de tesourar Filoctetes da trama!!! Cara! Não foi feita nem uma menção ao importante e decisivo herói. O mesmo aconteceu com “Helena de Tróia” (1956), uma produção ítalo-estadunidense, tendo o mito sexy daquela época, Rossana Podestá como Helena de Tróia e Stanley Baker no papel de Aquiles.Bahhh!
03 – Zetes e Calais
Pintura ctendo os Bóreas como tema
Cara, sem os irmãos alados Zetes e Calais, filhos do Vento Bóreas, Fineu, o rei cego da Trácia estaria perdido. Quando os argonautas, em sua viagem para a Cólquida em busca do Velo de Ouro, fizeram uma escala na Trácia descobriram que o rei daquelas terras era constantemente atormentado pelas Harpias. Todos os alimentos e bebidas que se colocavam diante de Fineu, as Harpias o arrebatavam e o que não podiam carregar poluíam com seus excrementos.
Quando pela Trácia passaram os Argonautas, o rei pediu-lhes que o libertassem das terríveis Harpias que eram monstros medonhos. Elas tinham o rosto de mulher velha, corpo de abutre, garras aduncas, seios pendentes e os seus excrementos tinham um odor tão fétido que ao defecarem, ninguém mais conseguia comer o que quer que fosse. Já imaginou o drama do tal Fineu?!
E quais foram os ‘bam-bans’ que conseguiu dar um jeito nessas criaturas malignas? Ora! Os irmãos Zetes e Calais, filhos do Vento Bóreas. Afinal de contas para combater as Hárpias, o seu oponente também teria de voar e como naquela época ainda não haviam descoberto o avião, nem mesmo um “Teco-Teco” (rsss), sobrou para os dois irmãos que eram os únicos argonautas alados.
Após o pedido de Fineu, lá vão Zetes e Calais atrás das horrendas Harpias. Perseguida sem tréguas pelos dois irmãos, a primeira Harpia chamado Aelo (a borrasca), caiu num riacho do Peloponeso, que, por isso mesmo, passou a chamar-se Hárpis. A segunda, Ocípete (a rápida no vôo), conseguiu chegar às ilhas Equínades, que, desde então, se denominaram Estrófades, isto é, Ilhas do Retorno.
Outros poetas e escritores da antiguidade dizem que Hermes, se postou diante dos perseguidores e proibiu-lhes matar as Harpias, porque eram "servidoras de Zeus". Em troca da vida, elas prometeram não mais atormentar Fineu, refugiando-se numa caverna da ilha de Creta.
Bem, de uma forma ou de outra, o que importa é que os filhos do Vento Bóreas colocaram as Harpias para correr e em agradecimento, o rei da Trácia deu todas instruções de como Jasão e os argonautas poderiam atravessar as temíveis Ciânes, os Rochedos Azuis, também conhecidas como Simplégades. Estes rochedos móveis abriam e se fechavam constantemente, esmagando toda embarcação que se atrevia a passar por eles. Graças a informação dada por Fineu, os argonautas conseguiram realizar a mítica travessia desses rochedos fatais.
O ataque das hárpias que foram banidas pelos bóreas
Mas os argonautas ainda ficariam devendo mais um favor para Zetes e Calais. Em sua viagem de retorno à Iolco, após terem se apossado do velocino de ouro, os argonautas comandados por Jasão quase foram trucidados pelos cinocéfalos – criaturas estranhas e selvagens com o corpo de homem e cabeça de cachorro. Eles latiam ferozmente e mordiam com fúria. Nesta terra longínqua e misteriosa, travou-se uma luta violenta, iniciada na praia, chegando quase a bordo do navio Argos. Os argonautas se viram em situação desesperadora,e a própria Medéia deu um grito que fez gelar o sangue de todos nas veias, quando um dos monstros preparou-se para saltar sobre ela. A criatura acabou sendo morta por Jasão na hora H. Mas quem, finalmente e novamente, salvaram os heróis foram os filhos de Bóreas que atacaram os cinocéfalos do ar com espadas nas mãos. Mataram um grande número deles, e os outros ficaram tão aterrorizados que fugiram uivando de medo. Caraca! Que Ufaaaa – daqueles bem prolongados - para os argonautas que puderam, assim, prosseguir a sua viagem de volta à Iolco.
Apesar de serem considerados “os caras” entre os argonautas, Zetes e Calais acabaram não passando de coadjuvantes nos livros sobre mitologia grega. Quanto aos filmes. Bom... melhor esquecer, já que nas últimas ‘décadas das décadas’ ninguém se interessou por eles, nem mesmo como meros figurantes. Que dó.....
Onde encontrar Zetes e Calais
Livros: “O Herói Perdido” da série “Os Heróis do Olimpo, de Rick Riordan, o mesmo criador de Percy Jackson. Neste livro, os filhos do Vento Bóreas aparecem como coadjuvantes. “O Herói e a Feiticeira”, de Lia Neiva que conta a história de Jasão, Medéia e os argonautas. “Jasão e os Argonautas”, de Menelaos Stephanides. Em  todos esses livros, os filhos de Bóreas são apenas figurantes.
Filmes: Ehehehehe... Podem esquecer. Nada de nada.
04 – Enéias
Enéias fugindo da cidade de Tróia em chamas com o pai, esposa e filhos
Apesar do sujeito ‘aí’ ao lado ser considerado o personagem principal da obra Eneida do aclamado poeta Virgilio, ele nunca integrou o chamado Grupo dos Cinco formado por: Hércules, Aquiles, Ulisses, Perseu e Teseu. Percebe só galera! Toda vez que a maioria dos leitores comuns, no qual me incluo – quando digo comum, estou excetuando os ‘iniciados profundos’ em mitologia grega – sentem aquela ‘coceirinha mental’ em ler alguma coisa sobre heróis e semi-deuses da mitologia; ou se inspiram em Hércules,  Ulisses ou em Aquiles ou nos outros dois integrantes do Grupo dos Cinco.
Cara é muita injustiça porque Enéias foi um guerreiro e estrategista tão importante quanto os cinco famosos. Tudo bem que Ulisses teve a idéia de construir o antológico cavalo de madeira que foi responsável pela queda de Tróia; tudo bem que Perseu matou Medusa que transformava as suas vítimas em pedra com o seu olhar medonho; tudo bem que Aquiles aterrorizou os guerreiros troianos, colocando-os para correr; tudo bem que Hércules realizou 12 trabalhos considerados  impossíveis para qualquer ser-humano e tudo bem, que Teseu não tremeu diante de um labirinto escuro e úmido, onde ‘detonou’ um tal cara de boi chamado minotauro que morava por lá; mas, Enéias teve em seus ombros uma responsabilidade tão grandiosa quanto a de seus colegas heróis e semi-deuses.
Após a destruição de Troía pelos sanguinários guerreiros gregos, o filho de Afrodite e Anquises conseguiu fugir da cidade em chamas, juntamente com o seu pai, filho e esposa, além de alguns poucos troainos sobreviventes do massacre. Conta a lenda que à Enéias ou à seus descentes estava reservado pelos deuses um grande prêmio que seria a fundação de uma cidade tão importante quanto Tróia teria sido. E assim, Enéias partiu em busca de seu destino, enfrentando muitos perigos e vivendo várias peripécias.
Cartaz do filme de 1962 sobre o herói
Em sua caminhada o herói se encontrou com as temíveis Hárpias que já haviam atormentado o  rei da Trácia Fineu; enfrentou Éolo, o rei dos ventos que foi convocado pela deusa Hera que ainda estava ressentida com os troianos por causa da traição de Páris; enfrentou valorosos guerreiros inimigos, entre os quais Turno, rei dos Rútulos e pasmem... desceu até a morada dos mortos para fazer um servicinho por lá!
Como não bastasse essa epopéia, alguns mitos atribuem aos descendentes de Enéias, a fundação de uma cidade que mais tarde viria a governar o mundo. Adivinhem qual? Nada menos do que Roma.
Agora pensa aí vai! Um cara fodástico desses não merecia estar no Grupo dos Cinco?
Onde Encontrar Enéias
Livros: Eneida (Virgílio) e Livro de Ouro da Mitologia – História de Deuses e Heróis (Thomas Bulfinch)
Filmes: “A Lenda de Enéas (1962). Filme com o halterofilista Steve Reeves. Coisa braba heinnn?!! Terrible... horrible... Coitado do Enéas, deve ter se revirado muito no túmulo.
05 – Belerofonte 
Este herói da mitologia grega não fez nada de mais. Só matou a Quimera, um monstrinho bonitinho com corpo de cabra, cabeça de leão e cauda de serpente. Ah! Já ia me esquecendo... coisinha simples.... de nada mesmo... o tal monstrinho tinha o hábito de vomitar fogo pela enorme bocarra. Só isso (rs).
Pessoal, agora falando sério. Como um cara tipo “trucão” como Belerofonte conseguiu cair no esquecimento dos fãs ardorosos de Ilíada e Odisséia? Pois é, há coisas que não tem explicação.
Belerofonte derrotou a Quimera montado em Pégaso, aquele famoso cavalo alado que depois ainda acabou servindo à Perseu. O herói ainda demonstrou toda a sua coragem, enfrentando e vencendo os sólimos, um povo guerreiro e belicoso. Na seqüência, Belerofonte deceu o cacete nas poderosas amazonas. Sempre cavalgando o fiel Pégaso, Belerofonte se saiu vencedor de todas essas empreitadas.
Alguns mitos relatam que apesar de todas essas conquistas, Belerofonte ainda não estava satisfeito, por isso, num surto de arrogância, quis voar – com pégaso - até o Olimpo, a morada dos deuses. Ao ver tanta ousadia em um mortal, Zeus mandou uma vespa para picar o cavalo alado que acabou se assustando e derrubando o herói. Com o tombo, Belerofonte terminou aleijado e por anos e anos ficou procurando por Pégasos, ou seja, cavalos voadores. De acordo com o mito, ele morreu como um mendigo e desprezado pelos homens e pelos deuses.
Onde encontrar Belerofonte
Livros: “Livro de Ouro da Mitologia – História de Deuses e Heróis” (Thomas Bulfinch); Belerofonte e a Quimera – Heróis da Mitologia (Adriana Bernardino).
 Filmes: Apenas uma leve citação em Missão Impossível 3, onde Quimera e Belerofonte não passavam, respectivamente, de uma substância química letal e o seu antídoto.
Galera é isso aí!
Inté!

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