29 agosto 2018

Cinco livros de terror sobre casas assombradas e mal-assombradas para impressionar qualquer leitor

Hoje, vamos escrever sobre casas assombradas e também mal-assombradas. Vale aqui, uma explicação: assombrada é quando o local tem um fantasma ou fantasmas definido (s) e mal-assombrada é o nome dado a uma casa na qual supostamente acontecem eventos insólitos sem que se encontre uma causa física para os mesmos. Não sei porquê, mas essas casas me provocam um mal estar... um arrepio... um medinho bem desagradável. Mas apesar desses incômodos, sou apaixonado pelos livros que abordam o assunto. Ah! Filmes, também; mas sabe né... o enredo dos livros sempre é melhor.
Nesta postagem selecionei cinco livros sobre casas mal assombradas que, certamente, irão incomodar os seus leitores. E quando digo incomodar, estou me referindo aquela sensação de um frio que começa na base da coluna, vai subindo, subindo pelas costas até morrer na ponta da nuca.

Vamos lá? Anotem aí:
01 – Horror em Amityville (Jay Anson)
O livro-reportagem escrito por Jay Anson é fodástico. Daqueles com o poder de paralisar os leitores mais incautos. O medo durante a leitura é latente. Os fatos reais e fantasmagóricos que ocorreram na casa localizada na 112 Ocean Avenue, no vilarejo de Amityville, em Nova York, são de arrepiar.
Publicado em  1977, “Horror em Amityville”, tornou-se um grande sucesso editorial com mais de três milhões de cópias vendidas: uma verdadeira febre. O livro também serviu de inspiração para várias adaptações cinematográficas, embora nenhuma delas tenha conseguido transmitir a sensação de aflição que as páginas provocam. Cara, confesso que fiquei impressionado com alguns capítulos. Caraca!
O autor conta a história, baseada em fatos reais, de um casal com três filhos, que no dia 18 de dezembro de 1975 mudou-se para uma bela e enorme casa em Amityville. Vinte e oito dias depois eles fugiram aterrorizados, abandonando praticamente todos os seus bens, alegando a existência de entidades malignas assombrando a casa. Um ano antes, na mesma casa, havia acontecido um assassinato brutal. Um jovem chamado Ronald DeFeo Jr. assassinou brutalmente, com uma espingarda, a sua família (pai, mãe e quatro irmãos), enquanto dormiam. Sua explicação para a chacina é que ele estava agindo conforme a orientação de uma voz misteriosa que ordenava os assassinatos.
Os amantes da literatura de terror irão delirar e também... se assustar.
02 - O Iluminado (Stephen King)
Tudo bem que não seja uma casa mal assombrada, mas um hotel mal assombrado. Ok, dá na mesma porque os sustos são semelhantes.
Stephen King criou um hotel maléfico em “OIluminado”. Na minha opinião o Hotel Overlook consegue fazer frente à “Casa Infernal” criada por Richard Matheson, a qual eu considerava ser o Monte Everest das casas mal assombradas. Após ter lido o livro de King – vejam bem, não após ter assistido ao filme -  passei a colocar também o hotel assombrado no mesmo nível daquela casa funesta.
O Overlook desempenha o papel de uma entidade maligna que manipula todos aqueles que freqüentam as suas dependências – desde hóspedes a funcionários – e instiga o seu zelador Jack Torrance voltar a beber álcool e atazanar a vida da esposa e do filho. Não vemos o hotel como hotel, mas como um ser do mal que manipula as pessoas. Resumindo: na obra escrita, o Overlook é o verdadeiro vilão da história. Na verdade, no final do livro, entendemos  tudo isso, pois enxergamos o hotel com um ser sobrenatural.
03 – A Assombração da Casa da Colina (Shirley Jackson)
Pra início de conversa, Shirley Jackson é vista por mestres como Stephen King e Neil Gaiman como a rainha do terror. A autora que faleceu há quase 53 anos continua sendo poderosa e como! Pra você ter uma idéia, “A Assombração na Casa da Colina”, considerado o seu principal romance, ganhará uma nova versão cinematográfica – vale lembrar que a história já teve duas adaptações, uma em 1963 e outra em 1999 – além de uma série de TV na Netflix.
Agora, cá entre nós, você acha que se um livro sobre casa mal assombrada não fosse tão bom, ele iria ter tantas versões cinematográficas e planos para outras?
Portanto,  leia o livro sem receios. O enredo idealizado por Jackson é aterrador e consegue prender a leitura.
A autora conta a história de Eleanor que após ficar sozinha no mundo, acaba recebendo uma carta de um misterioso dr. Montague convidando-a para passar um tempo na Casa da Colina, um local conhecido por suas manifestações fantasmagóricas. O mesmo convite é feito a Theodora, uma alma artística e "sensitiva", e a Luke, o herdeiro da mansão. Mas o que começa como uma exploração bem-humorada de um mito inocente, se transforma em uma viagem para os piores pesadelos de seus moradores. Com o tempo, fica cada vez mais claro que a vida e a sanidade de todos estão em risco.
Para aqueles leitores que ainda estão em dúvida para adquirir o livro, eu cito uma frase dita por Stephen King: "A Assombração da Casa da Colina” é  a  história de casa mal-assombrada mais próxima da perfeição que eu já li."
04 – A Casa Desabitada (J.H.Ridell)
Uma mulher, a Sra. Blake, começa a sentir dificuldades para alugar uma casa por causa de um suposto fantasma que habita no local. Todos os inquilinos acabam saindo do imóvel antes do término do contrato por causa dos eventos sobrenaturais provocados pela assombração.
Para acabar com a má fama da casa, a Sra Blake resolve contratar alguém para desvendar o mistério. O escolhido é o Sr. Patterson, assistente do advogado da Sra. Blake.
Quando chega na casa, Patterson presencia vários fenômenos como lampiões que se apagam durante a noite, portas trancadas que se abrem, etc.  A pressão psicológica sofrida por Patterson é grande, mas a sua motivação em descobrir a verdade é maior ainda.
Seria um fantasma ou alguém de carne e osso que desejava os estranhos longe da casa?
05 – A Casa Infernal (Richard Matheson)
A Casa Infernal” foi escrita em 1971 e é lição  obrigatória para os fãs do gênero. O clima criado pelo autor é angustiante. A história gira em torno de uma mansão mal assombrada pelo fantasma do terrível Emeric Belasco. Se as casas mal assombradas fossem montanhas, a “Mansão Belasco”, como ficou conhecida, seria considerada o Monte Everest das casas mal assombradas.
Há 40 anos, a tal casa se mantém imponente, desfiando todos aqueles que tentam decifrar os seus segredos. Nesse período houve duas tentativas de investigá-la, uma em 1931 e outra em 1940. Ambas foram desastrosas. Oito dos mais renomados pesquisadores de fenômenos paranormais do mundo envolvidos nessas tentativas foram mortos, cometeram suicídio ou enlouqueceram. Apenas um, Benjamin Franklin Fischer, conseguiu sobreviver e o terror que presenciou foi tão grande que até hoje sofre os efeitos do desastre do passado. Ele participou da equipe que tentou desvendar os mistérios da casa em 1940. Na época, Fischer era uma criança prodígio, com apenas 15 anos, considerado o maior médium sensitivo do mundo. Devido a sua fama, acabou sendo um dos convidados para a excursão à mansão macabra. Todos morreram, só ele sobreviveu.
Passados 40 anos dos desastres envolvendo os dois grupos de pesquisadores, um milionário excêntrico resolve comprar a mansão e contratar novos cientistas e paranormais, incluindo Fischer, para fazer mais uma tentativa de decifrar os mistérios do local. Eles terão o prazo de uma semana para solucionar o segredo e se conseguirem ganharão 100 mil dólares.
Uma leitura obrigatória para os fãs de terror.
Por hoje é só, galera!



24 agosto 2018

“Dentes de Dragão”; um livro póstumo de Michael Crichton para ser apreciado como uma garrafa de vinho de safra especial


A galera que acompanha o blog já sabe da minha paixão pela obra de Michael Crichton. Li quase todos os seus livros e juro que viajei no enredo de todos eles. Não me peça para indicar uma história ruim que eu tenha lido. Cara, não dá pra fazer isso porque eu gostei de todas elas.
Recentemente fiquei sabendo do lançamento do terceiro livro póstumo de Crichton: “Dentes de Dragão” – os outros dois foram “Micro” e “Latitudes Piratas”. Não preciso nem dizer que eu surtei ao saber da novidade.
Sabe quando você compra aquela garrafa de vinho de uma safra rara e guarda no seu barzinho como se fosse o anel precioso do Golem, esperando o momento especial para sorvê-la? Pois é, fiz isso com o novo livro do autor lançado em maio pela editora Arqueiro. Após comprar a obra, guardei-a num lugar especial em minha estante, aguardando o tempo certo para devorá-la. Quando acontecerá  isso? Sei lá. Pode ser nas minhas férias ou numa noite de chuva bem mansinha, comigo enfiado, confortavelmente, debaixo de um edredom. Não sei, simplesmente não sei... só tenho certeza que lerei a história numa ocasião singular.
Apesar de ter sido lançado somente agora, “Dentes de Dragão foi escrito na década de 70 e pode ser considerado um dos primeiros livros de Crichton. Pelo que sei, a obra vinha sendo revisada constantemente pelo autor que por algum motivo optou por guardá-la. Os originais foram encontrados por sua mulher após a morte do escritor.
Adorei a capa. Capaça!! De fato, a editora caprichou no layout. Cheguei até a pensar que tinha baixado o espírito da Darkside nos artistas gráficos da Arqueiro. Brincadeiras a parte, o visual da obra é muito bonito.
Quanto a sinopse oficial da trama também chama a atenção; pelo menos chamou a minha. Confiram:
“Desde Jurassic Park, nunca foi tão perigoso escavar o passado.
Em 1876, no inóspito cenário do Oeste americano, os famosos paleontólogos e arquirrivais Othniel Marsh e Edwin Cope saqueiam o território à caça de fósseis de dinossauros. Ao mesmo tempo, vigiam, enganam e sabotam um ao outro numa batalha que entrará para a história como a Guerra dos Ossos.
Michael Crichton
Para vencer uma aposta, o arrogante estudante de Yale William Johnson se junta à expedição de Marsh. A viagem corre bem, até que o paranoico paleontólogo se convence de que o jovem é um espião a serviço do inimigo e o abandona numa perigosa cidade.
William, então, é forçado a se unir ao grupo de Cope e eles logo deparam com uma descoberta de proporções históricas. Mas junto com ela vêm grandes perigos, e a recém-adquirida resiliência de William será testada na luta para proteger seu esconderijo de alguns dos mais ardilosos indivíduos do Oeste.”
Um fato curioso é que “Dentes de Dragão” é baseado na rivalidade entre dois personagens reais. E mais, o enredo será transformado em minissérie pelo canal National Geographic em parceria com a Amlin Television e a Sony Pictures.
E aí? Gostaram?
Espero que sim.

20 agosto 2018

“Elvis e Eu”, uma releitura que valeu a pena


Quando eu gosto de um livro, certamente ele será relido uma, duas ou três vezes; quem sabe... até mais. Não sei se acontece com você, mas tenho o hábito de ir relendo e pesquisando os pontos mais importantes de uma obra. Quando leio quero apenas viajar nas asas da imaginação, mas quando releio, desempenho essa tarefa com ‘ares’ de pesquisador visando me aprofundar nos detalhes do enredo. Sei lá; como diz aquele velho ditado popular: cada louco com a sua mania.
E para variar, terminei neste instante a releitura de “Elvis e Eu” com um bloquinho de anotações do meu lado e o “santo” Google em minha frente. Após reler a obra de Priscilla Beaulieu Presley e Sandra Harmon não modifico em nada a minha opinião sobre o enredo. Como já disse neste post, “Elvis e Eu” pode ser considerado o livro mais sério e confiável sobre a vida do rei do rock.
Mesmo separados, após um relacionamento tempestuoso, Elvis e Priscilla continuaram sendo verdadeiros amigos, com o cantor dando uma importância enorme aos conselhos de Priscilla, e vice-versa.
Elvis e Priscilla saindo do tribunal de Santa Mônica após a separação
Você pode até mesmo pensar que já que ambos respeitavam-se tanto, o livro deve ser uma verdadeira rasgação de seda. Mero engano. Priscilla abre as comportas de seu coração e conta tudo: os momentos bons e também os péssimos. Porque ela fez isso? Sinceramente, não sei; aliás só ela deve saber esses motivos. Já há algum tempo, acompanhei uma entrevista de Priscilla, onde revelou que optou por escrever o livro para que os fãs conhecessem o Elvis verdadeiro em sua intimidade com as suas virtudes, mas também com os seus defeitos. Na época, Priscilla deixou no ar que temia que autores oportunistas lançassem obras mentirosas e sensacionalistas “criando um
Os noivos Elvis e Priscilla
Elvis” e não “escrevendo sobre Elvis”. E olha que tivemos uma ‘infinidade’ de livros sensacionalistas sobre a lenda do rock; verdadeiras bombas (ver aqui).
Nesta releitura de “Elvis e Eu” percebi o quanto ele era dependente de seu empresário Coronel Tom Parker. Priscilla disse que o astro não admitia que o seu ponto de vista sobre qualquer assunto fosse contrariado. Quando isso acontecia, ele tinha verdadeiras explosões de mau humor, ferindo com palavras quem estivesse a sua frente. O único que podia discordar de tais opiniões era o coronel. Além disso, Elvis seguia tudo o que o seu empresário determinava, mesmo contrariado. O domínio de Parker era tão grande que ele chegou ao ponto de influenciar na preparação do casamento de seu pupilo com Priscilla, determinando se haveria festa ou não, como os noivos deveriam agir, quem seriam os convidados, etc.
Apesar do gênio explosivo do cantor, a autora fez questão de ressaltar o seu lado humanitário. Ela narra em determinado trecho de sua obra que Elvis chegou ao ponto de entregar todo o dinheiro que trazia com consigo para um soldado que retornava do Vietnã. Quando foi questionado por seus seguranças, Elvis disse simplesmente: “Ele precisa muito mais do que eu”.
Elvis e seu empresário "Coronel" Tom Parker
Relendo a obra, também me atentei nos detalhes da polêmica visita que o cantor fez à Richard Nixon na Casa Branca. Priscilla narra como foi esse encontro e como Elvis reagiu ao momento.
Assessorado pelo ‘santo’ Google e carregando o meu fiel bloquinho fui a fundo em minhas pesquisas sobre os filmes de Elvis. Segundo Priscilla, ele detestava essas produções cinematográficas, taxando-os de verdadeiras porcarias, excetuando “Love Me Tender”. Todas as vezes que tinha de partir para Hollywood onde passaria semanas gravando as películas, a tristeza invadia a alma do artista.
Cara, o livro tem muitas outras revelações, sendo que grande parte delas eu já havia me esquecido, mas agora, tive a oportunidade de me atualizar novamente.
Enfim, adorei ter relido “Elvis e Eu”. Valeu muito a pena.
Yes! Inté galera.

17 agosto 2018

“A Queda de Gondolin” de Tolkien será lançado em 30 de agosto


Os fãs de J.R.R. Tolkien devem estar soltando um Ihauuuuuuuu de alegria enorme. Também não é para menos, já quer a Amazon garantiu para o dia 30 de agosto a chegada me terras brasileiras de “A Queda de Gondolin” que foi o último trabalho produzido por Christopher Tolkien – filho do próprio J.R.R. Tolkien. Deixe-me explicar melhor essa colocação. Vejam bem, não estou querendo dizer que o livro foi escrito por Christopher. Não,  nada disso. Na verdade, ele não escreveu, mas editou a obra do pai. Aliás, “A Queda de Gondolin” não é o primeiro livro editado pelo terceiro dos quatro filhos de Tolkien. Antes, ele já havia organizado o “Silmarillion”.
Mas o que significa editar? Se você pensa que é um trabalho fácil de fazer, olha... sinto dizer, mas o engano, certamente, bateu em sua porta. Cara, é muito complicado, muito difícil, mesmo. Para que você entenda melhor, basta dizer que Christopher recebeu – mediante testamento – após a morte do pai: 70 caixas de arquivos, cada caixa lotada com milhares de páginas inéditas que Tolkien deixou para trás. Histórias, contos, palestras, poemas de 4000 versos mais ou menos terminados, cartas e mais cartas. Tudo em uma desordem gigantesca: quase nada estava datado ou numerado, tudo apenas lotando as caixas.
Livro e poster
Capisce? Já imaginou o que é ‘tirar’ de tudo isso uma história ou um romance organizado? Pois é, esta foi a missão do filho, ainda vivo de Tolkien. Sem contar que ele já está com 93 anos!  Tanto é que os anos vividos já começaram a cobrar o seu preço e a “A Queda de Gondolin” foi o último livro de Tolkien organizado pelo seu filho. A partir de agora, essa missão passará para os outros membros da Tolkien Trust e Tolkien Estate (entidade dos descendentes de Tolkien que tem os direitos dos livros) da qual fazem parte a esposa e o filho de Christopher, o neto e a filha de Tolkien, além de outros executivos. Tomara que eles continuem editando as obras do lendário escritor com o mesmo esmero.
Falando, agora, do livro em si, a Harper Collins promete caprichar no lançamento de “A Queda de Gondolin” que será publicado em versões Capa Dura, de luxo, large print e e-book. Os leitores brasileiros terão à disposição 304 páginas para serem cheiradas, lidas e folheadas com todo o prazer.
O livro incluirá ainda ilustrações do artista Alan Lee que já trabalhou em “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit”, “Os Filhos de Húrin” e “Beren e Lúthien”, esse último ainda inédito no Brasil.
Christopher Tolkien
“A Queda de Gondolin” terá material inteiramente inédito e irá explorar a cidade oculta dos elfos Gondolin. Portanto leitura obrigatória para os fãs das histórias que fazem parte do universo da Terra Média. O livro que será lançado em terras tupiniquins trará como brinde, um pôster tamanho A3.
A trama conta a história do rei élfico Turgon em sua incessante batalha contra Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro. Nele, podemos ter uma dimensão do poder de Morgoth, além do tamanho de seu exército, que contava com milhares de orcs, Balrogs e dragões.
Para os leitores mais impacientes segue abaixo a nota oficial da Harper Collins.
No Conto da Queda de Gondolin estão duas das maiores potências do mundo. Existe Morgoth do mal extremo, não visto nesta história, mas governando sobre uma vasta potência militar de sua fortaleza de Angband.  Fortemente contrário a Morgoth está Ulmo, o segundo em poder após Manwë, chefe dos Valar.
A cidade de Gondolin é central nessa inimizade dos deuses, sendo bela, porém oculta. Foi construída e povoada pelos Elfos Noldorin que, quando moravam em Valinor, a terra dos deuses, rebelaram-se contra o seu domínio e fugiram para a Terra-média. Turgon, Rei de Gondolin é odiado e temido acima de todos os seus inimigos por Morgoth, que procura em vão descobrir a cidade maravilhosamente escondida, enquanto os deuses em Valinor em um debate acalorado se recusam a intervir em apoio aos desejos e projetos de Ulmo.
Nesse mundo chega Tuor, primo de Trin, o instrumento dos desígnios de Ulmo. Guiado sem ser visto por ele, Tuor parte da terra de seu nascimento na terrível viagem à Gondolin. Em um dos momentos mais impressionantes da história da Terra-média, o próprio deus do mar aparece para ele, erguendo-se do oceano em meio a uma tempestade. Em Gondolin ele cresce e se casa com Idril, a filha de Turgon. Seu filho é Erendel, cujo nascimento e profunda importância nos dias por vir são previstos por Ulmo.
Finalmente chega o terrível final. Morgoth aprende através de um ato de extrema traição tudo o que ele precisa para montar um ataque devastador na cidade, com balrogs e dragões e inúmeros orcs. Após um relato minuciosamente observado da queda de Gondolin, a história termina com a fuga de Trin e Idril, com a criança Erendel, olhando para trás de uma fenda nas montanhas enquanto eles fogem para o sul, nos destroços em chamas de sua cidade. Eles estavam viajando para uma nova história, o Conto de Erendel, que Tolkien nunca escreveu, mas que foi esboçado neste livro a partir de outras fontes.
Após sua apresentação de Beren e Lúthien, Christopher Tolkien usou a mesma “história em seqüência” na escrita desta edição de A Queda de Gondolin. Nas palavras de J.R.R. Tolkien, foi a primeira história real deste mundo imaginário e, juntamente com Beren e Lúthien e Os Filhos de Húrin, ele considerou-o como um dos três “Grandes Contos” dos Dias Antigos.
O livro fecha a mitologia da Terra-média.
Taí galera! Vamos aguardar a chegada de 30 de agosto para comemorar e muito!


13 agosto 2018

A volta de “A Metade Negra” e “Trocas Macabras” merecem vários novos posts


Está bem. Podem me chamar de chato, me taxar de blogueiro sem criatividade, gritar na minha orelha que eu só sei repetir posts. Falem o que quiser e gritem à vontade, mas mil perdões porque, novamente, irei ‘tocar’ num assunto que já abordei há pouco tempo no blog: os dois super relançamentos de Stephen King que a Suma de Letras prometeu para 2019. Sabem quais? Pera um pouquinho... deixe-me soltar, primeiramente, aquele prazeroso Iahuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!! Cara, estou me referindo à “Metade Negra” e “Trocas Macabras”. Simplesmente isto!
E podem continuar me excomungando porque até a chegada dessas duas obras nas livrarias, certamente, irei repetir o assunto em novos posts.
Só mesmo quem vive o “Universo Kingniano” para entender o motivo de tanta euforia e reiteração da parte desse humilde blogueiro. Os dois livros escritos pelo mestre do terror e lançados pela editora Francisco Alves no início dos anos 90 tornaram-se, atualmente, verdadeiras raridades. 
Até há pouco tempo, em minhas zapeadas pela ‘dona Web’ só havia conseguido localizar cinco exemplares de “Trocas Macabras” – dois na Estante Virtual e três no Mercado Livre. Os dois da Estante custavam R$ 437,00 e R$ 444,00, enquanto os do Mercado Livre estavam avaliados em R$ 250,00, R$ 500,00 e R$ 595,00. Com relação “A Metade Negra”, apesar de mais baratos, os preços dos únicos nove exemplares me assustaram: R$ 80,00 o mais barato e R$ 200,00 o mais caro. Deu pra entender a importância dos relançamentos dessas duas obras pela Suma? Deu pra captar o motivo de tanta euforia? Agora me respondam tenho ou não tenho o direito de escrever quantas vezes quiser sobre esse assunto?

Ontem, dei uma nova zapeada nas livrarias virtuais e descobri que os valores de “Trocas Macabras” – talvez por causa do anúncio dos relançamentos feitos pela Suma – sofreram uma pequena redução, mas mesmo assim, continuam salgados: o mais barato teve uma redução de R$ 101,00, passando dos amargos R$ 250,00 para os ainda amargos de R$ 149,00. Quanto ao mais caro, R$ 595,00, caiu para R$ 445,00. Acredito que futuramente quando a Suma de Letras começar investir forte na divulgação desses dois relançamentos, os preços dos livros antigos despencarão.
“Trocas Macabras” foi escrito originalmente em 1991e conta a história de um misterioso personagem chamado Leland Gaunt que decide abrir uma pequena loja na cidade de Castle Rock onde, em troca do objeto de desejo dos moradores, eles devem prestar um pequeno favor ao vendedor. Em pouco tempo fica evidente que nessas trocas macabras os preços pagos pelos moradores de Castle Rock serão altos demais.
“A Metade Negra” que será relançada com o título de “A Metade Sombria” foi escrito em 1989. King conta a saga do escritor Thad Beaumont, autor de uma série de sucesso assinada sob o pseudônimo de George Stark.  Decidido a abandonar a conhecida série de livros, Thad enterra seu pseudônimo, com direito a um velório e um túmulo no cemitério local. Mas quando pesadelos terríveis passam a atormentá-lo, além da ocorrência de assassinatos brutais que parecem querer vingar a morte do fictício  George Stark, Thad precisa descobrir por que é tão difícil manter enterrada a parte mais sombria de si mesmo.
A Suma não definiu as datas de lançamentos dessas duas preciosidades, só garantiu que elas chegam no começo de 2019. Que esse começo do próximo ano chegue logo.
Valeu galera! Tô aqui na expectativa.


11 agosto 2018

O Morro dos Ventos Uivantes


Ufa, terminei! Que alívio! Não, não pensem que essa ‘desopressão pós leitura’ significa que o livro escrito por Emily Bronthë é ruim. Pelo contrário, “O Morro dos Ventos Uivantes” é uma verdadeira obra prima da literatura mundial. O que estou querendo dizer é que a história é muito densa e tensa, recheada de vinganças, amores mal resolvidos, raiva, cólera, ofensas, xingamentos, seres humanos destruídos em seu amor próprio, mortes... Olha... melhor parar por aí. Detalhe importante: todos esses ingredientes fazem parte de uma história de amor. Acredita? Verdade!
A estrutura do romance e o clima tenso da história fizeram com que os críticos da Inglaterra vitoriana não aceitassem e muito menos valorizassem a obra. A violência e a paixão contidas no enredo levaram os leitores daquela época a acreditar que tinha sido escrito por um homem. Por outro lado, críticos mais ferrenhos – até mesmo nos dias de hoje - passaram a tratar o livro como uma obra patológica, ou seja, escrita por alguém que sofresse de algum distúrbio emocional.
Quanto a essa ultima afirmação, acho de uma pobreza de raciocínio muito grande. Na minha opinião, Emily, simplesmente, teve coragem de transpor para as páginas de seu romance, os hábitos, costumes, linguajar, enfim a realidade do local onde a história se desenrola: nos povoados que ficavam nos morros distantes da Yorkshire vitoriana. Naquela época, os habitantes  das charnecas do norte da Inglaterra tinham maneiras e hábitos próprios, diferentes dos moradores que viviam nos grandes centros.
O que autora fez foi pegar a sua pena e colocar no papel uma brutal história de amor envolvendo camponeses iletrados e fidalgos não refinados que viviam nessa região e que se criaram com ensinamentos e atenções proporcionados por mentores tão rudes quanto eles próprios..
Escritora Emily Bronthë
Sai de cena a mocinha frágil e amorosa e em seu lugar, entra a mocinha forte e com personalidade indomável, inclusive no amor. Sai, o galã atencioso, conquistador e de bom coração e entra o galã – se é que podemos chamá-lo assim – bruto, vingativo e com uma maneira sui generis de amar.
Por tudo isso, “O Morro dos Ventos Uivantes” não foi bem aceito numa época acostumada a histórias de amor convencionais e estereotipadas. Emily Bronthë rompeu todos esses arquétipos, mandando-os para o PQP. A sua obra só começaria a conquistar o respeito merecido após a sua morte.  Pena que a escritora britânica morreu ainda jovem, aos 30 anos (1818-1848), e assim, não pode ver o sucesso de sua criação, nem teve tempo de escrever novos livros. Podemos dizer que “O Morro dos Ventos Uivantes” é o seu ‘filho único’.
O enredo desenvolvido por Bronthë ganhou várias adaptações para a televisão e o cinema, além de ter servido de inspiração para a criação do sucesso “Whutering Heights”, composta e interpretada por Kate Bush.
Cena do filme de 1992 com Ralph Finnes e Juliette Binoche
Ao ler o livro experimentei uma série de sentimentos: raiva, ódio, amor, etc. Comecei gostando de determinados personagens e torcendo por eles, mas depois com o virar das páginas queria que eles sofressem ou morressem. Assustei-me com as atitudes de outros personagens, chorei com o sofrimento injusto de outros.  Resumindo: a história é perturbadora e despertou em minha as mais diferentes emoções.
Por causa desse montanha russa de emoções, onde muitas vezes o amor anda de mãos dadas com a vingança e o ódio, a saga de Heathcliff e Catherine Earnshaw não é recomendada para os leitores que apreciam as histórias de amor tradicionais ou clássicas, por isso, até hoje o livro desperta tanta polêmica. Muitos que estão à procura de um romance simples, apenas para passar o tempo, lendo-o com um lencinho na mão, às vezes, topam com “O Morro dos Ventos Uivantes”, então o choque é grande; com isso, as polêmicas crescem ainda mais.
Para finalizar, gostaria de dizer que adorei a personagem Nelly Dean que foi inspirada numa empregada da família Bronthë chamada Thabita que todos os dias reunia Emily e suas duas irmãs para contas histórias. Costumo dizer que Dean é a brisa suave que chega para acalmar os corações dos leitores que muitas vezes encontram-se disparados por causa de sentimentos conflitantes provocados por Heathcliff e Catherine. Grande parte da história, inclusive, é narrada em primeira pessoa por Nelly Dean que conta os acontecimentos que presenciou na propriedade conhecida por Morro dos Ventos Uivantes, cenário onde se desenvolve toda a trama.
Recomendo, e muito, o livro de Bronthë, mas para aqueles leitores que querem fugir, um pouco, das puritanas histórias de amor.
Valeu!



06 agosto 2018

10 livros de lobisomens para você ter em sua estante

A licantropia que é a capacidade ou maldição caída sobre um homem que ganha o poder de se transformar em um lobo ou, se preferirem, num lobisomem; foi tema de muitos filmes e livros. Alguns horríveis e outros excelentes, verdadeiros clássicos.
Após assistir “Bala de Prata” e ler “A Hora do Lobisomem”, de Stephen King - livro no qual o filme de 1985 foi baseado, tive a idéia de escrever esse post. Além do mais, as redes sociais estão repletas de listas sobre filmes de lobisomens, mas com relação aos livros, essas mesmas listas são raríssimas. Este foi mais um motivo que me levou a escrever o post.
Belê? Bem, prestados os devidos esclarecimentos, vamos a nossa lista de 10 livros sobre licantropia e lobisomens.
01 – A Hora do Lobisomem (Stephen King)
Livro relançado pela Suma de Letras
O enredo criado por Stephen King é apaixonante e prende a atenção do leitor página por página. A história se desenvolve mês a mês, sendo que cada capítulo corresponde a um mês do ano. 
A Hora do Lobisomem” conta a história da pequena cidade de Tarker's Mill que sempre foi um lugar pacato até que terríveis e violentos assassinatos começam a acontecer. 
Os habitantes locais acreditam que o responsável pelas mortes seja um psicopata à solta. Porém um garoto de 11 anos, audacioso, curioso e rebelde, chamado Marty – que não tem os movimentos das pernas e por isso vive numa cadeira de rodas - acredita que os assassinatos não estão sendo causados por uma pessoa, mas sim por um lobisomem.
Cena do filme "Bala de Prata" (1985)
O  livro lançado originalmente em 1983 acabou indo parar nas telas do cinema dois anos depois. A produção cinematográfica que tinha Gary Busey, Everett McGill e Corey Haim nos papéis principais, à exemplo do livro, foi muito elogiada pela critica especializada.
Ah! Antes que me esqueça, vale lembrar que a Suma de Letras relançou a obra em 2017 numa edição de luxo em capa dura.
02 – O Coronel e o Lobisomem (José Cândido de Carvalho)
Taí mais um livro de lobisomem que acabou virando filme e para a nossa alegria, um livro nacional. A obra escrita por José Cândido de Carvalho fez tanto sucesso de público e critica que foi traduzida para o inglês, espanhol, francês e alemão. Depois de ‘bombar’ em todas as livrarias acabou chegando aos cinemas em 2005 numa super-produção de Maurício Farias com Selton Mello, Ana Paula Arósio e Andréa Beltrão.
“O Coronel e o Lobisomem” é uma verdadeira obra prima rica de ironia e humor, onde o leitor passa a ter contato com ‘causos’ e lendas narrados de uma maneira divertida e irônica pelo coronel Ponciano, personagem principal da trama.
O enredo narrado, em sua maior parte, em primeira pessoa, foca em torno das aventuras e fanfarronices de Ponciano de Azeredo Furtado,  membro da Guarda Nacional, que ao herdar do avô a Fazenda Sobradinho, relata os seus causos oriundos de suas andanças por esse mundão de Deus.
O Coronel e o Lobisomem, filme de Maurício farias
Ponciano foi um sujeito valente – bem, segundo ele – tanto é que fez de um galo de rinha seu animal de estimação, teve um romance com uma sereia e finalmente, no auge de sua coragem e vigor físico, chegou a enfrentar assombrações e um terrível lobisomem.
03 – Goosebumps – O Lobisomem do Pântano da Febre (R.L. Stine)
Evidente que não poderia me esquecer do publico infanto-juvenil. E ningém melhor do que R.L. Stine – criador da famosa série de livros Goosebumps com 62 exemplares lançados no período de 1992 a 1997 – para representar essa galera. Diálogos e descrições simples e muita ação e suspense. Esta é a receita do sucesso de Stine.
“Goosebumps – O Lobisomem do Pântano da Febre” Conta a história de Grady e Emily, irmãos que se mudam para uma casa na Flórida na beira de um pântano conhecido como o “Pântano da Febre”. Certo dia, Grady escuta uivos assustadores, depois encontra um coelho despedaçado. Todos pensam que o novo cachorro de Grady é o culpado. Afinal, ele parece um lobo. Mas Grady sabe que seu cachorro não tem nada de diferente. Além disso, cachorros não somem à meia-noite nem se transformam em criaturas apavorantes em noites de Lua cheia.
O livro foi um dos que mais fizeram sucesso na série Goosebumps. Prova disso são os seus vários relançamentos.
04 – A Dádiva do Lobo (Anne Rice)
Tá vendo só?! E você ainda acreditava que a Anne Rice só escrevia histórias de vampiros. Se enganou, né? A escritora norte-americana também tem experiência com lobisomens.
Este livro faz parte de uma saga chamada “As Crônicas da Dádiva do Lobo” que narra a vida de um sujeito comum que se vê transformado em lobisomem.
Na costa da Carolina do Norte, um jovem jornalista Reuben Golding tem a tarefa de preparar uma reportagem sobre uma misteriosa propriedade, mas quando vai ao local acaba sendo atacado por uma criatura que o transforma em um lobisomem. Reuben vira, então, uma espécie de herói tímido, passando a ajudar as pessoas que estão em perigo. Mas após várias aparições, ele é obrigado a se esconder da polícia, dos médicos e até da própria família, e aprender a lidar com suas novas habilidades.
“A Dádiva do Lobo” foi muito elogiado pela exigente crítica norte-americana.
05 – Como Amar um Lobisomem (Sophie Collins)
O livro de Sophie Collins lançado pela editora Pensamento em 2010 foge dos padrões das histórias de terror envolvendo lobisomens e licantropia. Numa linguagem leve e dirigida ao publico feminino teen, a autora apresenta um guia com dicas de como se relacionar com os lupinos. Collins aborda vários assuntos, entre os quais como aprender a lidar com o bando e arrumar um tempinho só para vocês; como reconhecer quando um garoto é, de fato um lobisomem, e não só um moleque com pelos demais; além de outras técnicas.
A autora explica que amar um lobisomem pode ser um pouco complicado, já que todos os pensamentos de seu namorado serão compartilhados com o bando, além deles não possuírem um temperamento tão dócil e perderem a paciência por qualquer motivo. Portanto, é preciso ter muito jogo de cintura para manter o relacionamento.
O livro apresenta também uma relação de filmes sobre lobisomens, entre os quais: Lua Nova, Van Helsing, A Maldição do Lobisomem, entre outros.
Se o público feminino procura uma obra literária sobre lobisomens com um enredo leve e divertido, a obra de Collins é super indicada.
06 – Fúria Lupina Brasil (Alf Medeiros)
“Fúria Lupina” do jovem escritor português Alf Medeiros - radicado em São Paulo desde a sua infância - recebeu muitos elogios dos leitores e desde a época de seu lançamento em 2010 vem sendo muito procurado, ganhando novas edições.
Grande parte do livro é formado por histórias paralelas de diferentes famílias de lobisomens que acabam se convergindo em certo ponto da trama.
Tudo começa em 1977 com o nascimento de Caroline, descendente de uma respeitada família de homens-lobos. Ela é a mais forte de sua raça e uma das principais personagens do livro. No seio de sua família, a natureza lupina é tida com orgulho. Caroline logo se revela uma alfa, destinada a chefiar o seu clã.
O autor de “Furia Lupina” optou por dividir o enredo em subcapítulos, cada um marcando uma determinada época – de 1977 a 2010 – e sob a perspectiva de diversos personagens.

O livro de leitura bem fluida, apresenta uma história de lobisomens num contexto atualizado.
07 – Lobisomem – Um Tratado sobre Casos de Licantropia (Sabine Baring-Gould)
Um colega de trabalho que recentemente leu esse livro, achou o enredo perturbador. Não se trata de uma obra que explore o mito do lobisomem, contando histórias sobre esse ser folclórico. Sabine Baring- Gould trata a licantropia como doença mental, apresentando casos de pessoas que acreditavam ter o poder de se transformar em lobo ou outros animais e atacavam e se alimentavam de seres vivos. O autor, inclusive, apresenta vários casos de canibalismo, inclusive de crianças. Uma leitura ‘terrível’, foi dessa maneira que esse colega definiu a obra.
Na sinopse, fornecida pela Madras Editora, o  autor apresenta inúmeros casos de licantropia com citações a outros autores, bem como as diversas regiões do globo em que ocorreram, passando dos nórdicos à Grécia, Roma Antiga, Idade Média até chegar aos casos de serial killers ligados aos lobisomens. A sinopse da editora Madras diz ainda que alguns relatos são estarrecedores.
Sabine Baring-Gouldnasceu em Exter, Inglaterra, em 1834. A primeira parte desse livro foi publicada em 1889, cujo título é A Collection Made From the Mouths of the People.
08 – Homens, Lobos e Lobisomens (Edson Bini)
Edson Bini não é o autor da obra, mas apenas o organizador dos contos escritos por Alexandre Dumas, Sir Walter Scott, Guy de Maupassant, Ambrose Bierce, entre outros.
As histórias que compõem o livro são recheadas de monstros que comem pedaços humanos, mulheres que enfeitiçam e devoram homens, famílias amaldiçoadas e muita carnificina. Bini seleciona mestres da literatura universal, como Dumas e Maupassant, congregando-os com autores menos conhecidos, caso de Edith Nesbit e Sutherland Menzies (pseudônimo de Elizabeth Stone, grande expoente da cultura gótica norte-americana).
Tensão e terror bem construído fazem dessa seleção uma dica poderosa para os amantes dos licantropos. Os destaques ficam para os contos: “O senhor dos lobos”, de Alexandre Dumas e “O Urso negro”, de Walter Scott.
09 – Lobisomens e Outros Seres da Escuridão (Várias autoras)
Mais um livro de contos sobre a besta peluda: “Lobisomens e Outros Seres da Escuridão” que reúne oito histórias, de quatro autores diferentes. Regina Drummond reconta a clássica história do Lobisomem da forma como ela é conhecida no interior brasileiro e apresenta um arrepiante mensageiro da morte.
Flávia Muniz narra as descobertas sangrentas de um escritor recluso e as experiências de um jovem com uma criatura fantástica: um homúnculo. Manuel Filho fala da maldição de uma bruxa que atinge três jovens de forma terrível e mostra por que devemos, sim, temer a nossa própria sombra.
Shirley Souza descreve um misterioso ser que nos espera na escuridão dos sonhos e conta a história de um protetor incomum, vindo das trevas: um demônio.
Apesar de ser o livro destinado ao publico infanto-juvenil, acredito que muitos leitores adultos irão gostar dos oito contos que os levarão a um passeio pelos caminhos mais escuros e repletos de seres capazes de assombrar até os mais corajosos. Pelo menos é o que diz a sinopse da editora Panda Books.
10 – A Maldição do Lobisomem (Shannon Delany)
Cara, sinceramente, não li o livro e não tenho intenção de lê-lo, pelo menos por enquanto. Por isso, não posso dar a minha opinião. O máximo que posso fazer é publicar a sinopse da editora Universo dos Livros. Vamos à ela: “Jéssica é uma garota inteligente e esperta, porém, disposta a dissimular os seus sentimentos mais reais. Este mundo de mentiras está prestes a acabar com a chegada de Pietr Rusakova.
Ela é atraída pelo misterioso (e sexy) forasteiro. Aquele olhar... pode atravessá-la como uma flecha! Ele é muito mais que um rosto perfeito, Pietr é perigoso e tem muitos segredos.
O que Jéssica não imagina é que aos 13 anos os Rusakova recebem uma sentença que mais se assemelha a uma maldição. Dessa forma, Pietr levará Jéssica a um novo mundo onde heroínas e lobisomens se apaixonam em noites de lua cheia”.
Olha... sinceramente, isso está me cheirando repeteco da saga “Crepúsculo”. Pelo que pude constatar nas redes sociais, a maioria dos comentários de pessoas que leram o livro foram favoráveis. Isto significa um ponto a mais para aqueles que estão em dúvida se devem ou não adquirir a obra. Ok?
Por hoje é só.

03 agosto 2018

Cinco contos de escritores famosos que foram adaptados para as séries de TV: Além da Imaginação e Galeria do Terror



“Além da Imaginação” e “Galeria do Terror” foram duas séries de TV que marcaram não só a minha vida, mas também de toda a minha geração. A música tema das cinco primeiras temporadas de “Além da Imaginação”  era inquietante e logo de cara já provocava aquele friozinho na espinha. Como não bastasse essa musiquinha apavorante, ainda tinha aquela abertura mais apavorante ainda: “Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição; e se encontra entre o abismo dos temores do homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região Além da Imaginação”.
Quanto a “Galeria do Terror” o que me dava um ‘medaço’ era a forma como o anfitrião, Rod Serling, apresentava cada episódio. Ele relacionava as histórias com cada quadro ou escultura macabra de sua galeria. O sujeito dizia mais ou menos assim: “Boa noite. Por favor entre neste pequeno “objeto de arte” que me cerca, você não o encontrará num museu de arte normal, porque estas pinturas incomuns e estátuas provêm de vida ou morte, qualquer que seja o caso. Porque esta é a “Galeria do Terror”.
Algo interessante que fiquei sabendo e que me inspirou a escrever este post é que alguns episódios dessas duas séries de TV foram adaptados de histórias clássicas de escritores famosos. Verdade! Nem tudo o que assistíamos em “Além da Imaginação” e “Galeria do Terror” eram oriundos de roteiros originais. Vários episódios já haviam sido escritos, no formato de contos, muito tempo antes: nos livros!
Na postagem de hoje, selecionei cinco livros de terror que emprestaram as suas histórias para esses dois seriados de TV considerados antológicos. Vamos á eles.
01 – Gramma (Stephen King)
Livro: Tripulação de Esqueletos
Série de TV: Além da Imaginação
Tripulação de Esqueletos é o segundo livro de contos lançado por Stephen King em 1985 – o primeiro foi Sombras da Noite (Night Shift) publicado em 1982. A obra é considerada, tanto pela crítica quanto pelos leitores, a melhor coletânea de contos de King já lançada até agora. O livro chegou primeiramente ao Brasil “pelas mãos” da editora Francisco Alves em 1987. E a partir daí teve várias reimpressões por outras editoras, entre as quais Objetiva e Suma de Letras. O conto “Gramma” recebeu o título de “Vovó” na antologia “Tripulação de Esqueletos”.
A história desenvolvida por King  foi adaptada para o primeiro revival de “Além da Imaginação” levado ao ar de 1985 a 1989 e que teve três temporadas. Este episódio foi exibido no início de 1986, durante a primeira temporada.
No enredo de King adaptado para a TV, uma mulher de 83 anos, cega e doente, vive em casa com a filha e seus dois netos. Nenhum deles ainda ficou sozinho com a vovó, até o dia em que um dos garotos se machuca e a mãe é obrigada a ficar com o filho no hospital. Resultado: sobra para um dos meninos passar a noite em casa, sozinho, olhando a vovó. Detalhe: o garoto acredita que a velhinha é, na realidade, um monstro.
02 – Pesadelo a 20.000 pés (Richard Matheson)
Livro: O Incrível Homem que Encolheu
Série de TV: Além da Imaginação

Caraca, veja só: o conto “Pesadelo a 20.000 pés" é tão apavorante que chegou a assustar até mesmo o cara que escreveu a história! Há algum tempo, li uma entrevista de Richrad Matheson onde ele fez essa afirmação. Ele disse que após ter concluído a ‘noveleta’, chegou a sentir calafrios. Tá doido meu! Se o conto assustou o autor que está acostumado com esses enredos, não vai assustar eu ou você?!
Matheson relata o drama de Arthur Jeffrey Wilson que após pegar um avião comercial percebe em pleno vôo, a existência de uma criatura horripilante – parecida com um duende ou um gremlin – na asa do avião, tentando sabotar a turbina e provocar a queda da aeronave. Mas toda vez que ele chama a aeromoça para ver o horroroso ser, ele simplesmente desaparece o que a leva a pensar que o Sr. Wilson estaria tendo alucinações. Mas será que a macabra criatura seria, de fato, um ‘produto’ da sua imaginação? O conto está no livro “O Incrível Homem que Encolheu”, da editora Novo Século, que reúne além da novela – de aproximadamente 200 páginas - que dá o título à obra, outras nove histórias curtas, das quais algumas se tornaram filmes e telefilmes, entre as quais: “Encurralado”, de Steven Spielberg e “A Caixa” com Cameron Diaz.
“Pesadelo a 20.000 pés” foi adaptado para o seriado clássico “Além da Imaginação”, em 1963, como “Pesadelo nas Alturas’ e teve no papel principal o ator William Shatner, em sua fase pré-capitão James T. Kirk. O mesmo episódio ganhou um excelente remake para o cinema que recebeu o nome de “Além da Imaginação: O Filme”, em 1983. Achei a criatura do remake bem mais assustadora do que a da série clássica de TV. 
Um dos momentos que provoca calafrio, tanto nos leitores quanto nas pessoas que assistiram a série ou ao filme, é o instante em que o pobre homem, após ter fechado a cortina da janela do avião para “abafar” o seu medo, resolve abri-la de repente para verificar se o duende ou aquela coisa horrorosa realmente existe ou se tudo não passa de uma alucinação, então... Arrrghhh... Tremo só em lembrar.
03 – Vento Frio (H.P. Lovecraft)
Livro: Os melhores Contos de Lovecraft
Série: Galeria do Terror
O conto “Vento Frio” de H.P. Lovecraft, um dos escritores que revolucionou o gênero terror, foi escrito em 1926, porém foi publicado somente dois anos depois. Meu amigo! O final do conto é ‘tenso’ prá mais de metro! O que que é aquilo! Aqueles que quiserem ler a história de Lovecrat, atualmente, poderão encontrá-la numa coletânea de contos chamada “Os Melhores Contos de H.P. Lovecraft” publicada em 2015 pela editora Hedra.
Este conto sombrio do autor é narrado em primeira pessoa. Nele, um homem perturbado conta sua história como uma forma de justificar seu estranho medo do frio e sua repulsa pelo cheiro de amônia. O narrador relata um episódio que aconteceu com ele enquanto morou em um quarto de pensão em uma casa antiga. Logo na primeira noite, o sujeito sente um forte e enjoativo cheiro de amônia. C-a-r-a-c-a, quando ele descobre a origem do cheiro!! My God!
“Vento Frio” foi adaptado – com o nome de “Ar Gelado” -  para a série televisiva “Galeria do Terror”. O episódio é do programa número 18 e pertence à segunda temporada, exibido pela primeira vez nos EUA em 08/12/71. Pois é, ainda me lembro que assisti a esse episódio no final dos anos 80, quando a TV Bandeirantes exibia a “Galeria do Terror” durante as madrugadas. Ficava acordado até tarde; não perdia um programa.
04 – O Modelo de Pickman (H.P. Lovecraft)
Livros: “Os Melhores Contos de H.P. Lovecraft” e “O Chamado de Cthulhu & Outros Contos”
Série: Galeria do Terror
Taí mais um conto do grande H.P. Lovecraft que foi adaptado para a série “Galeria do Terror”. “O Modelo de Pickman” nos apresenta a narrativa de um personagem chamado Thurber para o seu ouvinte, Eliot. O narrador escreve uma carta para o amigo dizendo que travou contado com uma obra de Richard Upton Pickman, considerado um dos maiores pintores que Boston já teve.
Apesar de possuir uma arte mórbida que levou as pessoas a se afastarem de Pickman, isso nada importa ao autor da carta. Quer dizer... até a visita que ele decide fazer ao estúdio secreto do pintor. O que ele vê...Brrrrrrr.
O episódio adaptado para a TV foi levado ao ar na segunda temporada de “A Galeria do Terror”. Não li o conto, pelo menos até agora, mas me recordo desse episódio na TV. Que frio na espinha!
05 – Um Incidente na Ponte de Owl Creek (Ambrose Bierce)
Livro: Visões da Noite - Histórias de Terror Sarcástico
Série: Além da Imaginação
Esta história escrita por Ambrose Bierce foi ar em 1964 na série clássica “Além da Imaginação”, mas também foi adaptada por várias vezes para a televisão. Na minha opinião, a versão mais famosa foi a do antológico seriado de TV, ainda em preto e branco.
No conto publicado pela primeira vez em 1890 no jornal ‘The San Francisco Examiner’, somos transportados para a época da Guerra Civil Americana, onde um homem está prestes a ser enforcado na ponte de Owl Creek. 
Com a corda no pesco, a vítima faz um flashback de sua vida, possibilitando que o leitor conheça os motivos de sua prisão e condenação. Mas no momento da execução, a corda se rompe e o homem cai num rio e consegue escapar. 
Mas será que a corda, de fato se rompeu? Será que ele, de fato, conseguiu escapar? O final é surpreendente. O conto pode ser encontrado no livro "Visões da Noite - Histórias de Terror Sarcástico" lançado pela editora Record em 1999.
Taí galera, espero que tenham gostado do post, principalmente os fãs dessas duas séries de terror marcantes. Quanto a você quer ainda não leu os contos, não perca tempo. Eles são fantásticos e merecem ser devorados.

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