29 agosto 2018
Cinco livros de terror sobre casas assombradas e mal-assombradas para impressionar qualquer leitor
Hoje, vamos escrever sobre casas assombradas e
também mal-assombradas. Vale aqui, uma explicação: assombrada é quando o local
tem um fantasma ou fantasmas definido (s) e mal-assombrada é o nome dado a uma casa na
qual supostamente acontecem eventos insólitos sem que se encontre uma causa
física para os mesmos. Não sei porquê, mas essas casas me provocam um mal
estar... um arrepio... um medinho bem desagradável. Mas apesar desses
incômodos, sou apaixonado pelos livros que abordam o assunto. Ah! Filmes,
também; mas sabe né... o enredo dos livros sempre é melhor.
Nesta postagem selecionei cinco livros sobre casas
mal assombradas que, certamente, irão incomodar os seus leitores. E quando digo
incomodar, estou me referindo aquela sensação de um frio que começa na base da
coluna, vai subindo, subindo pelas costas até morrer na ponta da nuca.
Vamos lá? Anotem aí:
01
– Horror em Amityville (Jay Anson)
O livro-reportagem escrito por Jay Anson é
fodástico. Daqueles com o poder de paralisar os leitores mais incautos. O medo
durante a leitura é latente. Os fatos reais e fantasmagóricos que ocorreram na
casa localizada na 112 Ocean Avenue, no vilarejo de Amityville, em Nova York,
são de arrepiar.
Publicado em 1977, “Horror em Amityville”,
tornou-se um grande sucesso editorial com mais de três milhões de cópias
vendidas: uma verdadeira febre. O livro também serviu de inspiração para várias
adaptações cinematográficas, embora nenhuma delas tenha conseguido transmitir a
sensação de aflição que as páginas provocam. Cara, confesso que fiquei
impressionado com alguns capítulos. Caraca!
O autor conta a história, baseada em fatos reais, de
um casal com três filhos, que no dia 18 de dezembro de 1975 mudou-se para uma
bela e enorme casa em Amityville. Vinte e oito dias depois eles fugiram
aterrorizados, abandonando praticamente todos os seus bens, alegando a
existência de entidades malignas assombrando a casa. Um
ano antes, na mesma casa, havia acontecido um assassinato brutal. Um jovem
chamado Ronald DeFeo Jr. assassinou brutalmente, com uma espingarda, a sua
família (pai, mãe e quatro irmãos), enquanto dormiam. Sua explicação para a
chacina é que ele estava agindo conforme a orientação de uma voz misteriosa que
ordenava os assassinatos.
Os amantes da literatura de terror irão delirar e
também... se assustar.
02
- O Iluminado (Stephen King)
Tudo bem que não seja uma casa mal assombrada, mas
um hotel mal assombrado. Ok, dá na mesma porque os sustos são semelhantes.
Stephen King criou um hotel maléfico em “OIluminado”. Na minha opinião o Hotel Overlook consegue fazer frente à “Casa
Infernal” criada por Richard Matheson, a qual eu considerava ser o Monte
Everest das casas mal assombradas. Após ter lido o livro de King – vejam bem,
não após ter assistido ao filme - passei
a colocar também o hotel assombrado no mesmo nível daquela casa funesta.
O Overlook desempenha o papel de uma entidade
maligna que manipula todos aqueles que freqüentam as suas dependências – desde
hóspedes a funcionários – e instiga o seu zelador Jack Torrance voltar a beber
álcool e atazanar a vida da esposa e do filho. Não vemos o hotel como hotel,
mas como um ser do mal que manipula as pessoas. Resumindo: na obra escrita, o
Overlook é o verdadeiro vilão da história. Na verdade, no final do livro, entendemos
tudo isso, pois enxergamos o hotel com
um ser sobrenatural.
03
– A Assombração da Casa da Colina (Shirley Jackson)
Pra início de conversa, Shirley Jackson é vista por
mestres como Stephen King e Neil Gaiman como a rainha do terror. A autora que
faleceu há quase 53 anos continua sendo poderosa e como! Pra você ter uma
idéia, “A Assombração na Casa da Colina”, considerado o seu principal romance,
ganhará uma nova versão cinematográfica – vale lembrar que a história já teve
duas adaptações, uma em 1963 e outra em 1999 – além de uma série de TV na
Netflix.
Agora, cá entre nós, você acha que se um livro sobre
casa mal assombrada não fosse tão bom, ele iria ter tantas versões
cinematográficas e planos para outras?
Portanto, leia o livro sem receios. O enredo idealizado
por Jackson é aterrador e consegue prender a leitura.
A autora conta a história de Eleanor que após ficar
sozinha no mundo, acaba recebendo uma carta de um misterioso dr. Montague
convidando-a para passar um tempo na Casa da Colina, um local conhecido por
suas manifestações fantasmagóricas. O mesmo convite é feito a Theodora, uma
alma artística e "sensitiva", e a Luke, o herdeiro da mansão. Mas o
que começa como uma exploração bem-humorada de um mito inocente, se transforma
em uma viagem para os piores pesadelos de seus moradores. Com o tempo, fica
cada vez mais claro que a vida e a sanidade de todos estão em risco.
Para aqueles leitores que ainda estão em dúvida para
adquirir o livro, eu cito uma frase dita por Stephen King: "A Assombração
da Casa da Colina” é a história de casa mal-assombrada mais próxima
da perfeição que eu já li."
04
– A Casa Desabitada (J.H.Ridell)
Uma mulher, a Sra. Blake, começa a sentir
dificuldades para alugar uma casa por causa de um suposto fantasma que habita
no local. Todos os inquilinos acabam saindo do imóvel antes do término do
contrato por causa dos eventos sobrenaturais provocados pela assombração.
Para acabar com a má fama da casa, a Sra Blake
resolve contratar alguém para desvendar o mistério. O escolhido é o Sr.
Patterson, assistente do advogado da Sra. Blake.
Quando chega na casa, Patterson presencia vários
fenômenos como lampiões que se apagam durante a noite, portas trancadas que se
abrem, etc. A pressão psicológica sofrida
por Patterson é grande, mas a sua motivação em descobrir a verdade é maior
ainda.
Seria um fantasma ou alguém de carne e osso que desejava os estranhos longe da casa?
Seria um fantasma ou alguém de carne e osso que desejava os estranhos longe da casa?
05
– A Casa Infernal (Richard Matheson)
“A Casa Infernal” foi escrita em 1971 e é
lição obrigatória para os fãs do gênero. O clima criado pelo autor é
angustiante. A história gira em torno de uma mansão mal assombrada pelo
fantasma do terrível Emeric Belasco. Se as casas mal assombradas fossem
montanhas, a “Mansão Belasco”, como ficou conhecida, seria considerada o Monte
Everest das casas mal assombradas.
Há 40 anos, a tal casa se mantém imponente,
desfiando todos aqueles que tentam decifrar os seus segredos. Nesse período
houve duas tentativas de investigá-la, uma em 1931 e outra em 1940. Ambas foram
desastrosas. Oito dos mais renomados pesquisadores de fenômenos paranormais do
mundo envolvidos nessas tentativas foram mortos, cometeram suicídio ou
enlouqueceram. Apenas um, Benjamin Franklin Fischer, conseguiu sobreviver e o
terror que presenciou foi tão grande que até hoje sofre os efeitos do desastre
do passado. Ele participou da equipe que tentou desvendar os mistérios da casa
em 1940. Na época, Fischer era uma criança prodígio, com apenas 15 anos,
considerado o maior médium sensitivo do mundo. Devido a sua fama, acabou sendo
um dos convidados para a excursão à mansão macabra. Todos morreram, só ele
sobreviveu.
Passados 40 anos dos desastres envolvendo os dois
grupos de pesquisadores, um milionário excêntrico resolve comprar a mansão e
contratar novos cientistas e paranormais, incluindo Fischer, para fazer mais
uma tentativa de decifrar os mistérios do local. Eles terão o prazo de uma
semana para solucionar o segredo e se conseguirem ganharão 100 mil dólares.
Uma leitura obrigatória para os fãs de terror.
Por hoje é só, galera!
24 agosto 2018
“Dentes de Dragão”; um livro póstumo de Michael Crichton para ser apreciado como uma garrafa de vinho de safra especial
A galera que acompanha o blog já sabe da minha
paixão pela obra de Michael Crichton. Li quase todos os seus livros e juro que
viajei no enredo de todos eles. Não me peça para indicar uma história ruim que
eu tenha lido. Cara, não dá pra fazer isso porque eu gostei de todas elas.
Recentemente fiquei sabendo do lançamento do terceiro
livro póstumo de Crichton: “Dentes de Dragão” – os outros dois foram “Micro” e “Latitudes
Piratas”. Não preciso nem dizer que eu surtei ao saber da novidade.
Sabe quando você compra aquela garrafa de vinho de
uma safra rara e guarda no seu barzinho como se fosse o anel precioso do Golem,
esperando o momento especial para sorvê-la? Pois é, fiz isso com o novo livro
do autor lançado em maio pela editora Arqueiro. Após comprar a obra, guardei-a
num lugar especial em minha estante, aguardando o tempo certo para devorá-la.
Quando acontecerá isso? Sei lá. Pode ser
nas minhas férias ou numa noite de chuva bem mansinha, comigo enfiado,
confortavelmente, debaixo de um edredom. Não sei, simplesmente não sei... só
tenho certeza que lerei a história numa ocasião singular.
Apesar de ter sido lançado somente agora, “Dentes de
Dragão foi escrito na década de 70 e pode ser considerado um dos primeiros
livros de Crichton. Pelo que sei, a obra vinha sendo revisada constantemente
pelo autor que por algum motivo optou por guardá-la. Os originais foram
encontrados por sua mulher após a morte do escritor.
Adorei a capa. Capaça!! De fato, a editora caprichou
no layout. Cheguei até a pensar que tinha baixado o espírito da Darkside nos
artistas gráficos da Arqueiro. Brincadeiras a parte, o visual da obra é muito
bonito.
Quanto a sinopse oficial da trama também chama a
atenção; pelo menos chamou a minha. Confiram:
“Desde Jurassic
Park, nunca foi tão perigoso escavar o passado.
Em
1876, no inóspito cenário do Oeste americano, os famosos paleontólogos e
arquirrivais Othniel Marsh e Edwin Cope saqueiam o território à caça de fósseis
de dinossauros. Ao mesmo tempo, vigiam, enganam e sabotam um ao outro numa
batalha que entrará para a história como a Guerra dos Ossos.
![]() |
Michael Crichton |
Para
vencer uma aposta, o arrogante estudante de Yale William Johnson se junta à
expedição de Marsh. A viagem corre bem, até que o paranoico paleontólogo se
convence de que o jovem é um espião a serviço do inimigo e o abandona numa
perigosa cidade.
William,
então, é forçado a se unir ao grupo de Cope e eles logo deparam com uma
descoberta de proporções históricas. Mas junto com ela vêm grandes perigos, e a
recém-adquirida resiliência de William será testada na luta para proteger seu
esconderijo de alguns dos mais ardilosos indivíduos do Oeste.”
Um fato curioso é que “Dentes de Dragão” é baseado
na rivalidade entre dois personagens reais. E mais, o enredo será transformado
em minissérie pelo canal National Geographic em parceria com a Amlin Television
e a Sony Pictures.
E aí? Gostaram?
Espero que sim.
20 agosto 2018
“Elvis e Eu”, uma releitura que valeu a pena
Quando eu gosto de um livro, certamente ele será
relido uma, duas ou três vezes; quem sabe... até mais. Não sei se acontece com
você, mas tenho o hábito de ir relendo e pesquisando os pontos mais importantes
de uma obra. Quando leio quero apenas viajar nas asas da imaginação, mas quando
releio, desempenho essa tarefa com ‘ares’ de pesquisador visando me aprofundar
nos detalhes do enredo. Sei lá; como diz aquele velho ditado popular: cada
louco com a sua mania.
E para variar, terminei neste instante a releitura
de “Elvis e Eu” com um bloquinho de anotações do meu lado e o “santo” Google em
minha frente. Após reler a obra de Priscilla Beaulieu Presley e Sandra Harmon
não modifico em nada a minha opinião sobre o enredo. Como já disse neste post, “Elvis
e Eu” pode ser considerado o livro mais sério e confiável sobre a vida do rei
do rock.
Mesmo separados, após um relacionamento tempestuoso,
Elvis e Priscilla continuaram sendo verdadeiros amigos, com o cantor dando uma
importância enorme aos conselhos de Priscilla, e vice-versa.
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Elvis e Priscilla saindo do tribunal de Santa Mônica após a separação |
Você pode até mesmo pensar que já que ambos respeitavam-se
tanto, o livro deve ser uma verdadeira rasgação de seda. Mero engano. Priscilla
abre as comportas de seu coração e conta tudo: os momentos bons e também os
péssimos. Porque ela fez isso? Sinceramente, não sei; aliás só ela deve saber
esses motivos. Já há algum tempo, acompanhei uma entrevista de Priscilla, onde revelou
que optou por escrever o livro para que os fãs conhecessem o Elvis verdadeiro
em sua intimidade com as suas virtudes, mas também com os seus defeitos. Na
época, Priscilla deixou no ar que temia que autores oportunistas lançassem
obras mentirosas e sensacionalistas “criando um
Elvis” e não “escrevendo sobre
Elvis”. E olha que tivemos uma ‘infinidade’ de livros sensacionalistas sobre a
lenda do rock; verdadeiras bombas (ver aqui).
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Os noivos Elvis e Priscilla |
Nesta releitura de “Elvis e Eu” percebi o quanto ele
era dependente de seu empresário Coronel Tom Parker. Priscilla disse que o
astro não admitia que o seu ponto de vista sobre qualquer assunto fosse
contrariado. Quando isso acontecia, ele tinha verdadeiras explosões de mau
humor, ferindo com palavras quem estivesse a sua frente. O único que podia discordar
de tais opiniões era o coronel. Além disso, Elvis seguia tudo o que o seu
empresário determinava, mesmo contrariado. O domínio de Parker era tão grande
que ele chegou ao ponto de influenciar na preparação do casamento de seu pupilo
com Priscilla, determinando se haveria festa ou não, como os noivos deveriam
agir, quem seriam os convidados, etc.
Apesar do gênio explosivo do cantor, a autora fez
questão de ressaltar o seu lado humanitário. Ela narra em determinado trecho de
sua obra que Elvis chegou ao ponto de entregar todo o dinheiro que trazia com
consigo para um soldado que retornava do Vietnã. Quando foi questionado por
seus seguranças, Elvis disse simplesmente: “Ele precisa muito mais do que eu”.
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Elvis e seu empresário "Coronel" Tom Parker |
Relendo a obra, também me atentei nos detalhes da
polêmica visita que o cantor fez à Richard Nixon na Casa Branca. Priscilla
narra como foi esse encontro e como Elvis reagiu ao momento.
Assessorado pelo ‘santo’ Google e carregando o meu
fiel bloquinho fui a fundo em minhas pesquisas sobre os filmes de Elvis.
Segundo Priscilla, ele detestava essas produções cinematográficas, taxando-os
de verdadeiras porcarias, excetuando “Love Me Tender”. Todas as vezes que tinha
de partir para Hollywood onde passaria semanas gravando as películas, a
tristeza invadia a alma do artista.
Cara, o livro tem muitas outras revelações, sendo que
grande parte delas eu já havia me esquecido, mas agora, tive a oportunidade de
me atualizar novamente.
Enfim, adorei ter relido “Elvis e Eu”. Valeu muito a
pena.
Yes! Inté galera.
17 agosto 2018
“A Queda de Gondolin” de Tolkien será lançado em 30 de agosto
Os fãs de J.R.R. Tolkien devem estar soltando um
Ihauuuuuuuu de alegria enorme. Também não é para menos, já quer a Amazon
garantiu para o dia 30 de agosto a chegada me terras brasileiras de “A Queda de
Gondolin” que foi o último trabalho produzido por Christopher Tolkien – filho do
próprio J.R.R. Tolkien. Deixe-me explicar melhor essa colocação. Vejam bem, não
estou querendo dizer que o livro foi escrito por Christopher. Não, nada disso. Na verdade, ele não escreveu, mas
editou a obra do pai. Aliás, “A Queda de Gondolin” não é o primeiro livro
editado pelo terceiro dos quatro filhos de Tolkien. Antes, ele já havia
organizado o “Silmarillion”.
Mas o que significa editar? Se você pensa que é um
trabalho fácil de fazer, olha... sinto dizer, mas o engano, certamente, bateu
em sua porta. Cara, é muito complicado, muito difícil, mesmo. Para que você
entenda melhor, basta dizer que Christopher recebeu – mediante testamento – após
a morte do pai: 70 caixas de arquivos, cada caixa lotada com milhares de
páginas inéditas que Tolkien deixou para trás. Histórias, contos, palestras,
poemas de 4000 versos mais ou menos terminados, cartas e mais cartas. Tudo em
uma desordem gigantesca: quase nada estava datado ou numerado, tudo apenas
lotando as caixas.
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Livro e poster |
Capisce? Já imaginou o que é ‘tirar’ de tudo isso
uma história ou um romance organizado? Pois é, esta foi a missão do filho,
ainda vivo de Tolkien. Sem contar que ele já está com 93 anos! Tanto é que os anos vividos já começaram a
cobrar o seu preço e a “A Queda de Gondolin” foi o último livro de Tolkien
organizado pelo seu filho. A partir de agora, essa missão passará para os outros
membros da Tolkien Trust e Tolkien Estate (entidade dos descendentes de Tolkien
que tem os direitos dos livros) da qual fazem parte a esposa e o filho de
Christopher, o neto e a filha de Tolkien, além de outros executivos. Tomara que
eles continuem editando as obras do lendário escritor com o mesmo esmero.
Falando, agora, do livro em si, a Harper Collins
promete caprichar no lançamento de “A Queda de Gondolin” que será publicado em
versões Capa Dura, de luxo, large print e e-book. Os leitores brasileiros terão
à disposição 304 páginas para serem cheiradas, lidas e folheadas com todo o
prazer.
O livro incluirá ainda ilustrações do artista Alan
Lee que já trabalhou em “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit”, “Os Filhos de Húrin”
e “Beren e Lúthien”, esse último ainda inédito no Brasil.
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Christopher Tolkien |
“A Queda de Gondolin” terá material inteiramente
inédito e irá explorar a cidade oculta dos elfos Gondolin. Portanto leitura
obrigatória para os fãs das histórias que fazem parte do universo da Terra
Média. O livro que será lançado em terras tupiniquins trará como brinde, um pôster
tamanho A3.
A trama conta a história do rei élfico Turgon em
sua incessante batalha contra Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro. Nele,
podemos ter uma dimensão do poder de Morgoth, além do tamanho de seu
exército, que contava com milhares de orcs, Balrogs e dragões.
Para os leitores mais impacientes segue abaixo a
nota oficial da Harper Collins.
No
Conto da Queda de Gondolin estão duas das maiores potências do mundo. Existe
Morgoth do mal extremo, não visto nesta história, mas governando sobre uma
vasta potência militar de sua fortaleza de Angband. Fortemente contrário
a Morgoth está Ulmo, o segundo em poder após Manwë, chefe dos Valar.
A
cidade de Gondolin é central nessa inimizade dos deuses, sendo bela, porém
oculta. Foi construída e povoada pelos Elfos Noldorin que, quando moravam em
Valinor, a terra dos deuses, rebelaram-se contra o seu domínio e fugiram para a
Terra-média. Turgon, Rei de Gondolin é odiado e temido acima de todos os seus
inimigos por Morgoth, que procura em vão descobrir a cidade maravilhosamente
escondida, enquanto os deuses em Valinor em um debate acalorado se recusam a intervir
em apoio aos desejos e projetos de Ulmo.
Nesse
mundo chega Tuor, primo de Trin, o instrumento dos desígnios de Ulmo. Guiado
sem ser visto por ele, Tuor parte da terra de seu nascimento na terrível viagem
à Gondolin. Em um dos momentos mais impressionantes da história da Terra-média,
o próprio deus do mar aparece para ele, erguendo-se do oceano em meio a uma
tempestade. Em Gondolin ele cresce e se casa com Idril, a filha de Turgon. Seu
filho é Erendel, cujo nascimento e profunda importância nos dias por vir são
previstos por Ulmo.
Finalmente
chega o terrível final. Morgoth aprende através de um ato de extrema traição
tudo o que ele precisa para montar um ataque devastador na cidade, com balrogs
e dragões e inúmeros orcs. Após um relato minuciosamente observado da queda de
Gondolin, a história termina com a fuga de Trin e Idril, com a criança Erendel,
olhando para trás de uma fenda nas montanhas enquanto eles fogem para o sul,
nos destroços em chamas de sua cidade. Eles estavam viajando para uma nova história,
o Conto de Erendel, que Tolkien nunca escreveu, mas que foi esboçado neste
livro a partir de outras fontes.
Após
sua apresentação de Beren e Lúthien, Christopher Tolkien usou a mesma “história
em seqüência” na escrita desta edição de A Queda de Gondolin. Nas palavras de
J.R.R. Tolkien, foi a primeira história real deste mundo imaginário e,
juntamente com Beren e Lúthien e Os Filhos de Húrin, ele considerou-o como um
dos três “Grandes Contos” dos Dias Antigos.
O livro fecha a mitologia da Terra-média.
Taí galera! Vamos aguardar a chegada de 30 de agosto
para comemorar e muito!
13 agosto 2018
A volta de “A Metade Negra” e “Trocas Macabras” merecem vários novos posts
Está bem. Podem me chamar de chato, me taxar de
blogueiro sem criatividade, gritar na minha orelha que eu só sei repetir posts.
Falem o que quiser e gritem à vontade, mas mil perdões porque, novamente, irei ‘tocar’
num assunto que já abordei há pouco tempo no blog: os dois super relançamentos
de Stephen King que a Suma de Letras prometeu para 2019. Sabem quais? Pera um
pouquinho... deixe-me soltar, primeiramente, aquele prazeroso Iahuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!
Cara, estou me referindo à “Metade Negra” e “Trocas Macabras”. Simplesmente
isto!
E podem continuar me excomungando porque até a
chegada dessas duas obras nas livrarias, certamente, irei repetir o assunto em
novos posts.
Só mesmo quem vive o “Universo Kingniano” para
entender o motivo de tanta euforia e reiteração da parte desse humilde
blogueiro. Os dois livros escritos pelo mestre do terror e lançados pela
editora Francisco Alves no início dos anos 90 tornaram-se, atualmente,
verdadeiras raridades.
Até há pouco tempo, em minhas zapeadas pela ‘dona Web’
só havia conseguido localizar cinco exemplares de “Trocas Macabras” – dois na
Estante Virtual e três no Mercado Livre. Os dois da Estante custavam R$ 437,00
e R$ 444,00, enquanto os do Mercado Livre estavam avaliados em R$ 250,00, R$
500,00 e R$ 595,00. Com relação “A Metade Negra”, apesar de mais baratos, os
preços dos únicos nove exemplares me assustaram: R$ 80,00 o mais barato e R$
200,00 o mais caro. Deu pra entender a importância dos relançamentos dessas
duas obras pela Suma? Deu pra captar o motivo de tanta euforia? Agora me respondam
tenho ou não tenho o direito de escrever quantas vezes quiser sobre esse
assunto?
Ontem, dei uma nova zapeada nas livrarias virtuais e
descobri que os valores de “Trocas Macabras” – talvez por causa do anúncio dos
relançamentos feitos pela Suma – sofreram uma pequena redução, mas mesmo assim,
continuam salgados: o mais barato teve uma redução de R$ 101,00, passando dos
amargos R$ 250,00 para os ainda amargos de R$ 149,00. Quanto ao mais caro, R$
595,00, caiu para R$ 445,00. Acredito que futuramente quando a Suma de Letras
começar investir forte na divulgação desses dois relançamentos, os preços dos
livros antigos despencarão.
“Trocas Macabras” foi escrito originalmente em 1991e
conta a história de um misterioso personagem chamado Leland Gaunt que decide
abrir uma pequena loja na cidade de Castle Rock onde, em troca do objeto de
desejo dos moradores, eles devem prestar um pequeno favor ao vendedor. Em pouco
tempo fica evidente que nessas trocas macabras os preços pagos pelos moradores
de Castle Rock serão altos demais.
“A Metade Negra” que será relançada com o título de
“A Metade Sombria” foi escrito em 1989. King conta a saga do escritor Thad
Beaumont, autor de uma série de sucesso assinada sob o pseudônimo de George
Stark. Decidido a abandonar a conhecida série de livros, Thad
enterra seu pseudônimo, com direito a um velório e um túmulo no cemitério
local. Mas quando pesadelos terríveis passam a atormentá-lo, além da ocorrência
de assassinatos brutais que parecem querer vingar a morte do
fictício George Stark, Thad precisa descobrir por que é tão difícil
manter enterrada a parte mais sombria de si mesmo.
A Suma não definiu as datas de lançamentos dessas
duas preciosidades, só garantiu que elas chegam no começo de 2019. Que esse
começo do próximo ano chegue logo.
Valeu galera! Tô aqui na expectativa.
11 agosto 2018
O Morro dos Ventos Uivantes
Ufa, terminei! Que alívio! Não, não pensem que essa ‘desopressão
pós leitura’ significa que o livro escrito por Emily Bronthë é ruim. Pelo
contrário, “O Morro dos Ventos Uivantes” é uma verdadeira obra prima da
literatura mundial. O que estou querendo dizer é que a história é muito densa e
tensa, recheada de vinganças, amores mal resolvidos, raiva, cólera, ofensas,
xingamentos, seres humanos destruídos em seu amor próprio, mortes... Olha...
melhor parar por aí. Detalhe importante: todos esses ingredientes fazem parte
de uma história de amor. Acredita? Verdade!
A estrutura do romance e o clima tenso da história fizeram
com que os críticos da Inglaterra vitoriana não aceitassem e muito menos valorizassem
a obra. A violência e a paixão contidas no enredo levaram os leitores daquela
época a acreditar que tinha sido escrito por um homem. Por outro lado, críticos
mais ferrenhos – até mesmo nos dias de hoje - passaram a tratar o livro como
uma obra patológica, ou seja, escrita por alguém que sofresse de algum
distúrbio emocional.
Quanto a essa ultima afirmação, acho de uma pobreza
de raciocínio muito grande. Na minha opinião, Emily, simplesmente, teve coragem
de transpor para as páginas de seu romance, os hábitos, costumes, linguajar,
enfim a realidade do local onde a história se desenrola: nos povoados que
ficavam nos morros distantes da Yorkshire vitoriana. Naquela época, os
habitantes das charnecas do norte da
Inglaterra tinham maneiras e hábitos próprios, diferentes dos moradores que
viviam nos grandes centros.
O que autora fez foi pegar a sua pena e colocar no
papel uma brutal história de amor envolvendo camponeses iletrados e fidalgos
não refinados que viviam nessa região e que se criaram com ensinamentos e
atenções proporcionados por mentores tão rudes quanto eles próprios..
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Escritora Emily Bronthë |
Sai de cena a mocinha frágil e amorosa e em seu
lugar, entra a mocinha forte e com personalidade indomável, inclusive no amor.
Sai, o galã atencioso, conquistador e de bom coração e entra o galã – se é que
podemos chamá-lo assim – bruto, vingativo e com uma maneira sui generis de
amar.
Por tudo isso, “O Morro dos Ventos Uivantes” não foi
bem aceito numa época acostumada a histórias de amor convencionais e
estereotipadas. Emily Bronthë rompeu todos esses arquétipos, mandando-os para o
PQP. A sua obra só começaria a conquistar o respeito merecido após a sua
morte. Pena que a escritora britânica
morreu ainda jovem, aos 30 anos (1818-1848), e assim, não pode ver o sucesso de
sua criação, nem teve tempo de escrever novos livros. Podemos dizer que “O
Morro dos Ventos Uivantes” é o seu ‘filho único’.
O enredo desenvolvido por Bronthë ganhou várias
adaptações para a televisão e o cinema, além de ter servido de inspiração para
a criação do sucesso “Whutering Heights”, composta e interpretada por Kate
Bush.
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Cena do filme de 1992 com Ralph Finnes e Juliette Binoche |
Ao ler o livro experimentei uma série de
sentimentos: raiva, ódio, amor, etc. Comecei gostando de determinados
personagens e torcendo por eles, mas depois com o virar das páginas queria que
eles sofressem ou morressem. Assustei-me com as atitudes de outros personagens,
chorei com o sofrimento injusto de outros.
Resumindo: a história é perturbadora e despertou em minha as mais
diferentes emoções.
Por causa desse montanha russa de emoções, onde
muitas vezes o amor anda de mãos dadas com a vingança e o ódio, a saga de
Heathcliff e Catherine Earnshaw não é recomendada para os leitores que apreciam
as histórias de amor tradicionais ou clássicas, por isso, até hoje o livro
desperta tanta polêmica. Muitos que estão à procura de um romance simples,
apenas para passar o tempo, lendo-o com um lencinho na mão, às vezes, topam com
“O Morro dos Ventos Uivantes”, então o choque é grande; com isso, as polêmicas
crescem ainda mais.
Para finalizar, gostaria de dizer que adorei a
personagem Nelly Dean que foi inspirada numa empregada da família Bronthë
chamada Thabita que todos os dias reunia Emily e suas duas irmãs para contas
histórias. Costumo dizer que Dean é a brisa suave que chega para acalmar os
corações dos leitores que muitas vezes encontram-se disparados por causa de
sentimentos conflitantes provocados por Heathcliff e Catherine. Grande parte da
história, inclusive, é narrada em primeira pessoa por Nelly Dean que conta os
acontecimentos que presenciou na propriedade conhecida por Morro dos Ventos
Uivantes, cenário onde se desenvolve toda a trama.
Recomendo, e muito, o livro de Bronthë, mas para
aqueles leitores que querem fugir, um pouco, das puritanas histórias de amor.
Valeu!
06 agosto 2018
10 livros de lobisomens para você ter em sua estante
A licantropia que é a capacidade ou maldição caída
sobre um homem que ganha o poder de se transformar em um lobo ou, se preferirem,
num lobisomem; foi tema de muitos filmes e livros. Alguns horríveis e outros
excelentes, verdadeiros clássicos.
Após assistir “Bala de Prata” e ler “A Hora do
Lobisomem”, de Stephen King - livro no qual o filme de 1985 foi baseado, tive a
idéia de escrever esse post. Além do mais, as redes sociais estão repletas de
listas sobre filmes de lobisomens, mas com relação aos livros, essas mesmas
listas são raríssimas. Este foi mais um motivo que me levou a escrever o post.
Belê? Bem, prestados os devidos esclarecimentos,
vamos a nossa lista de 10 livros sobre licantropia e lobisomens.
01
– A Hora do Lobisomem (Stephen King)
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Livro relançado pela Suma de Letras |
O enredo criado por Stephen King é apaixonante e
prende a atenção do leitor página por página. A história se desenvolve mês a
mês, sendo que cada capítulo corresponde a um mês do ano.
“A Hora do Lobisomem” conta a história da
pequena cidade de Tarker's Mill que sempre foi um lugar pacato até que
terríveis e violentos assassinatos começam a acontecer.
Os habitantes locais
acreditam que o responsável pelas mortes seja um psicopata à solta. Porém um
garoto de 11 anos, audacioso, curioso e rebelde, chamado Marty – que não tem os
movimentos das pernas e por isso vive numa cadeira de rodas - acredita que os
assassinatos não estão sendo causados por uma pessoa, mas sim por um lobisomem.
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Cena do filme "Bala de Prata" (1985) |
O livro
lançado originalmente em 1983 acabou indo parar nas telas do cinema dois anos
depois. A produção cinematográfica que tinha Gary Busey, Everett McGill e Corey
Haim nos papéis principais, à exemplo do livro, foi muito elogiada pela critica
especializada.
Ah! Antes que me esqueça, vale lembrar que a Suma de
Letras relançou a obra em 2017 numa edição de luxo em capa dura.
02
– O Coronel e o Lobisomem (José Cândido de Carvalho)
Taí mais um livro de lobisomem que acabou virando
filme e para a nossa alegria, um livro nacional. A obra escrita por José
Cândido de Carvalho fez tanto sucesso de público e critica que foi traduzida
para o inglês, espanhol, francês e alemão. Depois de ‘bombar’ em todas as
livrarias acabou chegando aos cinemas em 2005 numa super-produção de Maurício
Farias com Selton Mello, Ana Paula Arósio e Andréa Beltrão.
“O Coronel e o Lobisomem” é uma verdadeira obra
prima rica de ironia e humor, onde o leitor passa a ter contato com ‘causos’ e
lendas narrados de uma maneira divertida e irônica pelo coronel Ponciano,
personagem principal da trama.
O enredo narrado, em sua maior parte, em primeira
pessoa, foca em torno das aventuras e fanfarronices de Ponciano de Azeredo Furtado, membro da Guarda Nacional, que
ao herdar do avô a Fazenda Sobradinho, relata os seus causos oriundos de suas
andanças por esse mundão de Deus.
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O Coronel e o Lobisomem, filme de Maurício farias |
Ponciano foi um sujeito valente – bem, segundo ele –
tanto é que fez de um galo de rinha seu animal de estimação, teve um romance
com uma sereia e finalmente, no auge de sua coragem e vigor físico, chegou a
enfrentar assombrações e um terrível lobisomem.
03
– Goosebumps – O Lobisomem do Pântano da Febre (R.L. Stine)
Evidente que não poderia me esquecer do publico
infanto-juvenil. E ningém melhor do que R.L. Stine – criador da famosa série de
livros Goosebumps com 62 exemplares lançados no período de 1992 a 1997 – para
representar essa galera. Diálogos e descrições simples e muita ação e suspense.
Esta é a receita do sucesso de Stine.
“Goosebumps – O Lobisomem do Pântano da Febre” Conta
a história de Grady e Emily, irmãos que se mudam para uma casa na Flórida na
beira de um pântano conhecido como o “Pântano da Febre”. Certo dia, Grady
escuta uivos assustadores, depois encontra um coelho despedaçado. Todos pensam que o novo cachorro de Grady é o
culpado. Afinal, ele parece um lobo. Mas Grady sabe que seu cachorro não tem
nada de diferente. Além disso, cachorros não somem à meia-noite nem se
transformam em criaturas apavorantes em noites de Lua cheia.
O livro foi um dos que mais fizeram
sucesso na série Goosebumps. Prova disso são os seus vários relançamentos.
04 – A Dádiva do Lobo (Anne Rice)
Tá vendo só?! E você ainda
acreditava que a Anne Rice só escrevia histórias de vampiros. Se enganou, né? A
escritora norte-americana também tem experiência com lobisomens.
Este livro faz parte de uma saga
chamada “As Crônicas da Dádiva do Lobo” que narra a vida de um sujeito comum
que se vê transformado em lobisomem.
Na costa da Carolina do Norte, um jovem jornalista
Reuben Golding tem a tarefa de preparar uma reportagem sobre uma misteriosa
propriedade, mas quando vai ao local acaba sendo atacado por uma criatura que o
transforma em um lobisomem. Reuben vira, então, uma espécie de herói tímido,
passando a ajudar as pessoas que estão em perigo. Mas após várias aparições,
ele é obrigado a se esconder da polícia, dos médicos e até da própria família,
e aprender a lidar com suas novas habilidades.
“A Dádiva do Lobo” foi muito elogiado pela exigente
crítica norte-americana.
05
– Como Amar um Lobisomem (Sophie Collins)
O livro de Sophie Collins lançado pela editora
Pensamento em 2010 foge dos padrões das histórias de terror envolvendo
lobisomens e licantropia. Numa linguagem leve e dirigida ao publico feminino
teen, a autora apresenta um guia com dicas de como se relacionar com os
lupinos. Collins aborda vários assuntos, entre os quais como aprender a lidar
com o bando e arrumar um tempinho só para vocês; como reconhecer quando um
garoto é, de fato um lobisomem, e não só um moleque com pelos demais; além de
outras técnicas.
A autora explica que amar um lobisomem pode ser um
pouco complicado, já que todos os pensamentos de seu namorado serão
compartilhados com o bando, além deles não possuírem um temperamento tão dócil
e perderem a paciência por qualquer motivo. Portanto, é preciso ter muito jogo
de cintura para manter o relacionamento.
O livro apresenta também uma relação de filmes sobre
lobisomens, entre os quais: Lua Nova, Van Helsing, A Maldição do Lobisomem,
entre outros.
Se o público feminino procura uma obra literária
sobre lobisomens com um enredo leve e divertido, a obra de Collins é super
indicada.
06
– Fúria Lupina Brasil (Alf Medeiros)
“Fúria Lupina” do jovem escritor português Alf
Medeiros - radicado em São Paulo desde a sua infância - recebeu muitos elogios
dos leitores e desde a época de seu lançamento em 2010 vem sendo muito
procurado, ganhando novas edições.
Grande parte do livro é formado por histórias
paralelas de diferentes famílias de lobisomens que acabam se convergindo em certo
ponto da trama.
Tudo começa em 1977 com o nascimento de Caroline, descendente
de uma respeitada família de homens-lobos. Ela é a mais forte de sua raça e uma
das principais personagens do livro. No seio de sua família, a natureza lupina
é tida com orgulho. Caroline logo se revela uma alfa, destinada a chefiar o seu
clã.
O autor de “Furia Lupina” optou por dividir o enredo
em subcapítulos, cada um marcando uma determinada época – de 1977 a 2010 – e
sob a perspectiva de diversos personagens.
O livro de leitura bem fluida, apresenta uma história de lobisomens num contexto atualizado.
O livro de leitura bem fluida, apresenta uma história de lobisomens num contexto atualizado.
07
– Lobisomem – Um Tratado sobre Casos de Licantropia (Sabine Baring-Gould)
Um colega de trabalho que recentemente leu esse
livro, achou o enredo perturbador. Não se trata de uma obra que explore o mito
do lobisomem, contando histórias sobre esse ser folclórico. Sabine Baring-
Gould trata a licantropia como doença mental, apresentando casos de pessoas que
acreditavam ter o poder de se transformar em lobo ou outros animais e atacavam
e se alimentavam de seres vivos. O autor, inclusive, apresenta vários casos de
canibalismo, inclusive de crianças. Uma leitura ‘terrível’, foi dessa maneira
que esse colega definiu a obra.
Na sinopse, fornecida pela Madras Editora, o autor apresenta inúmeros casos de licantropia
com citações a outros autores, bem como as diversas regiões do globo em que
ocorreram, passando dos nórdicos à Grécia, Roma Antiga, Idade Média até chegar
aos casos de serial killers ligados aos lobisomens. A sinopse da editora Madras
diz ainda que alguns relatos são estarrecedores.
Sabine Baring-Gouldnasceu em Exter, Inglaterra, em
1834. A primeira parte desse livro foi publicada em 1889, cujo título é A
Collection Made From the Mouths of the People.
08
– Homens, Lobos e Lobisomens (Edson Bini)
Edson Bini não é o autor da obra, mas apenas o
organizador dos contos escritos por Alexandre Dumas, Sir Walter Scott, Guy de
Maupassant, Ambrose Bierce, entre outros.
As histórias que compõem o livro são recheadas de
monstros que comem pedaços humanos, mulheres que enfeitiçam e devoram homens,
famílias amaldiçoadas e muita carnificina. Bini seleciona mestres da literatura
universal, como Dumas e Maupassant, congregando-os com autores menos
conhecidos, caso de Edith Nesbit e Sutherland Menzies (pseudônimo de Elizabeth
Stone, grande expoente da cultura gótica norte-americana).
Tensão e terror bem construído fazem dessa seleção
uma dica poderosa para os amantes dos licantropos. Os destaques ficam para os
contos: “O senhor dos lobos”, de Alexandre Dumas e “O Urso negro”, de Walter
Scott.
09
– Lobisomens e Outros Seres da Escuridão (Várias autoras)
Mais um livro de contos sobre a besta peluda: “Lobisomens
e Outros Seres da Escuridão” que reúne oito histórias, de quatro autores
diferentes. Regina Drummond reconta a clássica história do Lobisomem da forma
como ela é conhecida no interior brasileiro e apresenta um arrepiante
mensageiro da morte.
Flávia Muniz narra as descobertas sangrentas de um
escritor recluso e as experiências de um jovem com uma criatura fantástica: um
homúnculo. Manuel Filho fala da maldição de uma bruxa que atinge três jovens de
forma terrível e mostra por que devemos, sim, temer a nossa própria sombra.
Shirley Souza descreve um misterioso ser que nos
espera na escuridão dos sonhos e conta a história de um protetor incomum, vindo
das trevas: um demônio.
Apesar de ser o livro destinado ao publico
infanto-juvenil, acredito que muitos leitores adultos irão gostar dos oito
contos que os levarão a um passeio pelos caminhos mais escuros e repletos de
seres capazes de assombrar até os mais corajosos. Pelo menos é o que diz a
sinopse da editora Panda Books.
10
– A Maldição do Lobisomem (Shannon Delany)
Cara, sinceramente, não li o livro e não tenho
intenção de lê-lo, pelo menos por enquanto. Por isso, não posso dar a minha
opinião. O máximo que posso fazer é publicar a sinopse da editora Universo dos
Livros. Vamos à ela: “Jéssica é uma
garota inteligente e esperta, porém, disposta a dissimular os seus sentimentos
mais reais. Este mundo de mentiras está prestes a acabar com a chegada de Pietr
Rusakova.
Ela é atraída pelo misterioso (e sexy) forasteiro. Aquele olhar... pode atravessá-la como uma flecha! Ele é muito mais que um rosto perfeito, Pietr é perigoso e tem muitos segredos.
O que Jéssica não imagina é que aos 13 anos os Rusakova recebem uma sentença que mais se assemelha a uma maldição. Dessa forma, Pietr levará Jéssica a um novo mundo onde heroínas e lobisomens se apaixonam em noites de lua cheia”.
Ela é atraída pelo misterioso (e sexy) forasteiro. Aquele olhar... pode atravessá-la como uma flecha! Ele é muito mais que um rosto perfeito, Pietr é perigoso e tem muitos segredos.
O que Jéssica não imagina é que aos 13 anos os Rusakova recebem uma sentença que mais se assemelha a uma maldição. Dessa forma, Pietr levará Jéssica a um novo mundo onde heroínas e lobisomens se apaixonam em noites de lua cheia”.
Olha... sinceramente, isso está me cheirando
repeteco da saga “Crepúsculo”. Pelo que pude constatar nas redes sociais, a
maioria dos comentários de pessoas que leram o livro foram favoráveis. Isto
significa um ponto a mais para aqueles que estão em dúvida se devem ou não
adquirir a obra. Ok?
Por hoje é só.
03 agosto 2018
Cinco contos de escritores famosos que foram adaptados para as séries de TV: Além da Imaginação e Galeria do Terror
“Além da Imaginação” e “Galeria do Terror” foram
duas séries de TV que marcaram não só a minha vida, mas também de toda a minha
geração. A música tema das cinco primeiras temporadas de “Além da Imaginação” era inquietante e logo de cara já provocava
aquele friozinho na espinha. Como não bastasse essa musiquinha apavorante,
ainda tinha aquela abertura mais apavorante ainda: “Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo homem. É uma
dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito.
É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a
superstição; e se encontra entre o abismo dos temores do homem e o cume dos
seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região Além da Imaginação”.
Quanto a “Galeria do Terror” o que me dava um
‘medaço’ era a forma como o anfitrião, Rod Serling, apresentava cada episódio.
Ele relacionava as histórias com cada quadro ou escultura macabra de sua
galeria. O sujeito dizia mais ou menos assim: “Boa noite. Por favor entre neste pequeno “objeto de arte” que me
cerca, você não o encontrará num museu de arte normal, porque estas pinturas
incomuns e estátuas provêm de vida ou morte, qualquer que seja o caso. Porque
esta é a “Galeria do Terror”.
Algo interessante que fiquei sabendo e que me
inspirou a escrever este post é que alguns episódios dessas duas séries de TV
foram adaptados de histórias clássicas de escritores famosos. Verdade! Nem tudo
o que assistíamos em “Além da Imaginação” e “Galeria do Terror” eram oriundos
de roteiros originais. Vários episódios já haviam sido escritos, no formato de
contos, muito tempo antes: nos livros!
Na postagem de hoje, selecionei cinco livros de
terror que emprestaram as suas histórias para esses dois seriados de TV
considerados antológicos. Vamos á eles.
01
– Gramma (Stephen King)
Livro:
Tripulação de Esqueletos
Série
de TV: Além da Imaginação
Tripulação de Esqueletos é o segundo livro de contos
lançado por Stephen King em 1985 – o primeiro foi Sombras da Noite (Night
Shift) publicado em 1982. A obra é considerada, tanto pela crítica quanto pelos
leitores, a melhor coletânea de contos de King já lançada até agora. O livro
chegou primeiramente ao Brasil “pelas mãos” da editora Francisco Alves em 1987.
E a partir daí teve várias reimpressões por outras editoras, entre as quais Objetiva
e Suma de Letras. O conto “Gramma” recebeu o título de “Vovó” na antologia
“Tripulação de Esqueletos”.
A história desenvolvida por King foi adaptada para o primeiro revival de “Além
da Imaginação” levado ao ar de 1985 a 1989 e que teve três temporadas. Este
episódio foi exibido no início de 1986, durante a primeira temporada.
No enredo de King adaptado para a TV, uma mulher de
83 anos, cega e doente, vive em casa com a filha e seus dois netos. Nenhum
deles ainda ficou sozinho com a vovó, até o dia em que um dos garotos se
machuca e a mãe é obrigada a ficar com o filho no hospital. Resultado: sobra
para um dos meninos passar a noite em casa, sozinho, olhando a vovó. Detalhe: o
garoto acredita que a velhinha é, na realidade, um monstro.
02
– Pesadelo a 20.000 pés (Richard Matheson)
Livro:
O Incrível Homem que Encolheu
Série
de TV: Além da Imaginação
Caraca, veja só: o conto “Pesadelo a 20.000 pés" é
tão apavorante que chegou a assustar até mesmo o cara que escreveu a história!
Há algum tempo, li uma entrevista de Richrad Matheson onde ele fez essa
afirmação. Ele disse que após ter concluído a ‘noveleta’, chegou a sentir
calafrios. Tá doido meu! Se o conto assustou o autor que está acostumado com
esses enredos, não vai assustar eu ou você?!
Matheson relata o drama de Arthur Jeffrey Wilson que
após pegar um avião comercial percebe em pleno vôo, a existência de uma
criatura horripilante – parecida com um duende ou um gremlin – na asa do avião,
tentando sabotar a turbina e provocar a queda da aeronave. Mas toda vez que ele
chama a aeromoça para ver o horroroso ser, ele simplesmente desaparece o que a
leva a pensar que o Sr. Wilson estaria tendo alucinações. Mas será que a
macabra criatura seria, de fato, um ‘produto’ da sua imaginação? O conto está
no livro “O Incrível Homem que Encolheu”, da editora Novo Século, que reúne
além da novela – de aproximadamente 200 páginas - que dá o título à obra, outras
nove histórias curtas, das quais algumas se tornaram filmes e telefilmes, entre
as quais: “Encurralado”, de Steven Spielberg e “A Caixa” com Cameron Diaz.
“Pesadelo a 20.000 pés” foi adaptado para o seriado
clássico “Além da Imaginação”, em 1963, como “Pesadelo nas Alturas’ e teve no
papel principal o ator William Shatner, em sua fase pré-capitão James T. Kirk.
O mesmo episódio ganhou um excelente remake para o cinema que recebeu o nome de
“Além da Imaginação: O Filme”, em 1983. Achei a criatura do remake bem mais
assustadora do que a da série clássica de TV.
Um dos momentos que provoca calafrio, tanto nos
leitores quanto nas pessoas que assistiram a série ou ao filme, é o instante em
que o pobre homem, após ter fechado a cortina da janela do avião para “abafar”
o seu medo, resolve abri-la de repente para verificar se o duende ou aquela
coisa horrorosa realmente existe ou se tudo não passa de uma alucinação, então...
Arrrghhh... Tremo só em lembrar.
03
– Vento Frio (H.P. Lovecraft)
Livro:
Os melhores Contos de Lovecraft
Série:
Galeria do Terror
O conto “Vento Frio” de H.P. Lovecraft, um dos
escritores que revolucionou o gênero terror, foi escrito em 1926, porém foi
publicado somente dois anos depois. Meu amigo! O final do conto é ‘tenso’ prá
mais de metro! O que que é aquilo! Aqueles que quiserem ler a história de
Lovecrat, atualmente, poderão encontrá-la numa coletânea de contos chamada “Os
Melhores Contos de H.P. Lovecraft” publicada em 2015 pela editora Hedra.
Este conto sombrio do autor é narrado em primeira
pessoa. Nele, um homem perturbado conta sua história como uma forma de
justificar seu estranho medo do frio e sua repulsa pelo cheiro de amônia. O
narrador relata um episódio que aconteceu com ele enquanto morou em um quarto
de pensão em uma casa antiga. Logo na primeira noite, o sujeito sente um forte
e enjoativo cheiro de amônia. C-a-r-a-c-a, quando ele descobre a origem do
cheiro!! My God!
“Vento Frio” foi adaptado – com o nome de “Ar
Gelado” - para a série televisiva
“Galeria do Terror”. O episódio é do programa número 18 e pertence à segunda
temporada, exibido pela primeira vez nos EUA em 08/12/71. Pois é, ainda me
lembro que assisti a esse episódio no final dos anos 80, quando a TV
Bandeirantes exibia a “Galeria do Terror” durante as madrugadas. Ficava
acordado até tarde; não perdia um programa.
04
– O Modelo de Pickman (H.P. Lovecraft)
Livros:
“Os Melhores Contos de H.P. Lovecraft” e “O Chamado de Cthulhu & Outros
Contos”
Série:
Galeria do Terror
Taí mais um conto do grande H.P. Lovecraft que foi
adaptado para a série “Galeria do Terror”. “O Modelo de Pickman” nos apresenta
a narrativa de um personagem chamado Thurber para o seu ouvinte, Eliot. O
narrador escreve uma carta para o amigo dizendo que travou contado com uma obra
de Richard Upton Pickman, considerado um dos maiores pintores que Boston já
teve.
Apesar de possuir uma arte mórbida que levou as
pessoas a se afastarem de Pickman, isso nada importa ao autor da carta. Quer
dizer... até a visita que ele decide fazer ao estúdio secreto do pintor. O que
ele vê...Brrrrrrr.
O episódio adaptado para a TV foi levado ao ar na
segunda temporada de “A Galeria do Terror”. Não li o conto, pelo menos até
agora, mas me recordo desse episódio na TV. Que frio na espinha!
05
– Um Incidente na Ponte de Owl Creek (Ambrose Bierce)
Livro:
Visões da Noite - Histórias de Terror Sarcástico
Série:
Além da Imaginação
Esta história escrita por Ambrose Bierce foi ar em
1964 na série clássica “Além da Imaginação”, mas também foi adaptada por várias
vezes para a televisão. Na minha opinião, a versão mais famosa foi a do
antológico seriado de TV, ainda em preto e branco.
No conto publicado pela primeira vez em 1890 no
jornal ‘The San Francisco Examiner’, somos transportados para a época da Guerra
Civil Americana, onde um homem está prestes a ser enforcado na ponte de Owl
Creek.
Com a corda no pesco, a vítima faz um flashback de sua vida,
possibilitando que o leitor conheça os motivos de sua prisão e condenação.
Mas no momento da execução, a corda se rompe e o homem cai num rio e consegue
escapar.
Mas será que a corda, de fato se rompeu? Será que ele, de fato,
conseguiu escapar? O final é surpreendente. O conto pode ser encontrado no livro "Visões da Noite - Histórias de Terror Sarcástico" lançado pela editora Record em 1999.
Taí galera, espero que tenham gostado do post, principalmente
os fãs dessas duas séries de terror marcantes. Quanto a você quer ainda não leu
os contos, não perca tempo. Eles são fantásticos e merecem ser devorados.
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