04 novembro 2024
Novo livro de “Jogos Vorazes” ganha capa e sinopse
Eu e Lulu temos uma amiga que ama, mais do que isso:
briga por “Jogos Vorazes”. Se quiser vê-la soltando fogo “pelas ventas” é só falar
mal – mesmo por brincadeira – da série escrita por Suzanne Collins. Ela, de
fato, perde a compostura. Por isso, quando soube que a autora iria lançar um
novo livro da saga, essa nossa amiga quase teve um ‘piripaque’. – Jam você tem
que escrever sobre isso no seu blog! – disse. Mal sabe ela que eu não li nenhum
livro do chamado universo de “Jogos Vorazes”. Sei lá, digamos que ainda me
senti atraído pelo enredo; atração que ficou ainda menor após ter assistido aos
dois primeiros filmes. Mas não posso nem pensar em dizer isso a nossa amiga,
senão... tome fogo pelas ventas (rs).
Mesmo não me sentindo atraído pela saga, não posso
negar que a série de livros idealizada por Collins se tornou um fenômeno em
todo mundo, além de receber uma infinidade de elogios tanto de leitores quanto da
crítica; elogios, diga-se de passagem, válidos também para os filmes.
E como acredito que o “Livros e Opinião” tem um grande
número de seguidores que são fãs da saga, não poderia deixar de dar alguns
detalhes sobre essa novidade que certamente colocará no rosto dessa ‘tchurma’
um sorriso de orelha a orelha. Portanto, está confirmado sim: Suzanne Collins
vai retomar a saga de Jogos Vorazes
em um novo livro da série, previsto para ser lançado em 18 de março de 2025,
segunda a editora Scholastic.
Ainda sem título em português, o quinto volume da
série distópica vai se chamar Sunrise on
the Reaping. O novo livro – que já tem capa definida - é ambientado 24 anos
antes do romance original Jogos Vorazes,
lançado em 2008 - quando Katniss e Peeta participaram dos Jogos Vorazes pela
primeira vez -, e 40 anos depois do livro mais recente de Collins, A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes. Esse
período no universo fictício é conhecido como “Massacre Quaternário“, quando 48
tributos dos 12 distritos foram convocados para os jogos, incluindo Haymitch
Abernathy, que aparece em outro livros da série.
Serão retratados os jogos em que o vencedor foi
Abernathy, o mentor mal-humorado de Katniss e Peeta. O personagem é
interpretado por Woody Harrelson nos filmes.
Assim como os demais livros da saga, Sunrise on the Reaping será adaptado
para os cinemas. O filme está previsto para estrear nas telonas em 2026. A
franquia é composta por “Jogos Vorazes”, “Em Chamas”, “A Esperança” e “A
Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”. No Brasil, a saga é publicada pela
editora Rocco.
31 outubro 2024
“A Empregada”, livro de Freida McFadden, vai virar filme. Atrizes que farão Millie e Nina já foram confirmadas
Eu tinha certeza, mas tinha cer-te-za meeesmo. Certeza
de que o livro de Freida McFadden - mais cedo ou mais tarde, ou melhor, vamos
tirar o “mais tarde” e deixar apenas o “mais cedo” - iria parar nas telonas dos
cinemas ou então virar uma minissérie. Pimba! Não deu outra: está confirmado: A Empregada vai, de fato, virar um filme.
E vou além: tenham certeza de que virá mais por aí, já que Freida transformou o
enredo envolvendo a carismática personagem Millie numa trilogia que está
dominando, praticamente, todos os paradões literários. O que estou querendo
‘dizer’ é que se o primeiro filme - que já está sendo planejado - for um grande
sucesso, com certeza, teremos um segundo e também um terceiro. Mas isso é
assunto para o futuro, por enquanto vamos ‘falar’ apenas sobre esse primeiro
filme.
Então, vamos lá. A adaptação será um longa metragem
com lançamento direto nos cinemas. Portanto, você que estava torcendo para a
realização de uma série ou minissérie no streaming... esqueça. O primeiro livro
da famosa série de McFadden será uma produção cinematográfica.
A prova de que o longa está mais do que confirmado é a
de que a notícia já foi publicada nas redes sociais da autora. Quer mais? Ok,
eu conto; os nomes das atrizes que viverão nas telonas as duas personagens
principais da história – Millie e Nina – já foram ‘sacramentadas’. A primeira
será vivida por Sydney Sweeney (“Euphoria” e “Todos menos você”) e a segunda
por Amanda Seyfried (“Garotas Malvadas” e “Mamma Mia”). A direção será de Paul
Feig (“Um pequeno favor” e “Caça-fantasmas”).
Posso contar um outro segredo? O ator que vai viver Andrew Winchester - o marido da patroa Nina - também já foi escolhido. Trata-se de Brandon Sklenar que vioveu o personagem Atlas em "É Assim Que Acaba".
Apesar da produção estar confirmada ainda não há uma
data de lançamento. Portanto, vamos aguardar e torcer para que a sua estreia
nos cinemas ocorra em breve.
“Não consigo nem expressar o quanto estou animada para
anunciar que o filme ‘A Empregada’ será lançado em breve! A [produtora]
Lionsgate encontrou o elenco e o diretor absolutamente perfeitos, e estou muito
grata”, escreveu McFadden.
A
Empregada, primeiro livro da trilogia, está há 64 semanas na
lista de mais vendidos do The New York Times. A obra acompanha a vida da
empregada Millie. Responsável por limpar e cuidar da casa do casal Nina e
Andrew Winchester, Millie passa a precisar lidar com o comportamento conturbado
da chefe, que parece sujar a casa de propósito e maltratar a filha e o marido
dia após dia.
Em meio ao caos que se encontra, Millie, que é uma
ex-presidiária, passa a se imaginar vivendo a vida da patroa, e o que o leitor
acompanha é o desenrolar da história das duas e uma aproximação amorosa da empregada
com o patrão.
A
Empregada já vendeu mais de 3 milhões de cópias em todo o mundo
e é o primeiro livro da série. O segundo se chama O segredo da empregada (“The Housemaid’s Secret“) e o terceiro A empregada está de olho (“The Housemaid
Is Watching“). O último livro foi lançado em setembro de 2024 e está em 1º
lugar entre os mais vendidos na categoria “Psicológicos Mistério, Thriller e
Suspense”, da Amazon. Os três vieram ao Brasil pela Editora Arqueiro e com
tradução de Fernanda Abreu.
E agora, que venha o filme!
27 outubro 2024
A Empregada
A primeira lapada e daquelas lapadas bem dadas
acontece na segunda parte do livro quando o leitor já passou pouco mais da sua metade
e começa a ver o enredo sob o ponto de vista de uma outra personagem. Aliás,
Freida Mc Fadden optou por escrever A
Empregada em primeira pessoa e sob a ótica das duas personagens principais:
a patroa Nina Winchester e a empregada Wilhelmina Calloway ou simplesmente
Millie.
A história começa com a narrativa de Millie onde ela
conta como conseguiu o emprego e detalhes sobre o seu relacionamento
conflituoso com Nina onde aos poucos vai descobrindo segredos interessantes e
ao mesmo tempo misteriosos sobre a sua patroa. Na segunda parte do livro, a
história passa a ser narrada sob o ponto de vista de Nina, a patroa. E logo na
primeira página, pimba!! Vem a lapada desconstruindo tudo o que o leitor havia
imaginado e até mesmo solidificado em sua argumentação. Cara, tudo o que eu
pensava ser verdade... na realidade, era mentira.
Não posso me esquecer, também, de um outro personagem
muito importante no enredo: Andrew Winchester, marido de Nina. Ele é peça
fundamental nas duas partes do enredo.
Todos os dias, Millie limpa a casa de Nina e Andrew
Winchester de cima a baixo. Pega a filha deles na escola. Prepara refeições
deliciosas para a família toda antes de poder se recolher e enfim comer o
próprio jantar, sozinha em seu quarto minúsculo e claustrofóbico no sótão.
Em pouco tempo, Nina começa a sujar todos os cômodos
de propósito só para ter o prazer de ver Millie limpá-los. Depois, ela começa a
contar mentiras perturbadoras sobre a própria filha, além de torturar
psicologicamente o seu marido, que parece cada vez mais fragilizado
demonstrando um medo quase irracional de Nina.
Quando tudo isso começa a acontecer, Millie desconfia
que que aquela família esconde algum segredo mórbido, o qual decide descobrir a
qualquer custo. Ela toma essa decisão, principalmente, após ver Andrew tão
fragilizado perante a sua mulher, se submetendo a todos os seus caprichos, por
mais estranhos que possam parecer.
Então, chega a segunda parte do romance e... vem a
grande descoberta. Infelizmente não posso revelar mais nada, caso contrário,
correria o risco de liberar spoilers que acabariam por quebrar a magia da
leitura de A Empregada.
Alguns leitores que estiveram lendo essa resenha podem
perguntar – já que o plot twist só acontece depois da metade do livro, quer
dizer que antes disso, é só enrolação? – Não, não é. Na primeira parte, durante
a narrativa de Millie, o leitor vai desvendando alguns... digamos
“meio-segredos” dos personagens que passarão a fazer todo sentido na segunda
parte da obra quando Nina começar a contar a sua história.
Perto do fim de A
Empregada há um outro plot twist – pequeno, mais interessante – que fará
com que o leitor entenda o motivo do comportamento peculiar de um determinado
personagem.
Leiam, vocês irão gostar.
Comprei o livro visando fazer uma experiência de
leitura: se gostasse compraria a sua sequência – lembrando que se trata de uma
saga em três volumes. Pois é, como gostei, vou comprar O Segredo da Empregada.
24 outubro 2024
Livro “O Concorrente” de Stephen King volta as telas: remake do filme “O Sobrevivente” já tem data definida
Arnold Schwarzenegger - Glen Powell
Se existe um período do qual sinto saudades são os
anos de ouro das fitas VHS. Cara, bota saudades nisso! Ainda trago na memória
as “jovens” tardes de sábado e domingo quando saia da locadora da minha cidade
com uma sacola cheia de fitas VHS com os filmes recém lançados acompanhados de
alguns clássicos do passado.
Quando retorno para essa época, um dos filmes que me
vem a memória é “O Sobrevivente” com o ícone do cinema de ação dos anos 80,
Arnold Schwarzenegger. Ainda me lembro que assisti a essa produção no saudoso
Cine São Salvador e depois quando saiu em VHS fui um dos primeiros a locar a
fita. Achei o filme tão bizarro, mas tão bizarro que no início odiei, achei
horroroso (como vocês podem conferir nessa resenha), mas anos depois após
revê-lo acabei gostando. Aliás, aproveito para fazer um ‘mea culpa’ com relação
a resenha que escrevi em 2011. O filme é bizarro, mas de tão bizarro que é,
depois acabei gostando.
Então, os anos foram passando, a geração VHS também passou
e as locadoras do gênero, por sua vez, fecharam as portas ou então se adaptaram
para uma nova realidade: a dos DVD’s e Blu-rays. E foi também nessa época que
eu conheci um livro chamado O Concorrente
(Suma de Letras) de Richard Bachman ou Stephen King, para os mais íntimos. Após
pesquisar na Internet, fiquei sabendo que o filme que havia assistido há 37
anos atrás havia sido baseado nesse livro do tio King. Resultado: sem demora,
comprei O Concorrente. Achei o livro
fantástico. Definitivamente amei!
King/Bachman escreveu The Running man (título original em inglês) em 1982 e projetou em
seu enredo como seria o nosso mundo em 2025. No mundo futurístico criado pelo
autor, a TV domina os lares americanos, entorpecentes são vendidos em máquinas
automáticas e ar puro é privilégio de poucos. Um mundo onde um jogo chamado
matabol é brincadeira de criança e a desgraça alheia é a maior diversão. A TV
leva ao ar um programa onde modernos gladiadores se enfrentam para o deleite de
milhões de telespectadores sedentos de sangue levando os índices de audiência
às alturas. É nessa arena futurista que desembarca Ben Richards, um
desempregado disposto a qualquer sacrifício para salvar a vida da filha. Sua
última tentativa é participar do programa O Foragido, disputa da qual ninguém
conseguiu sair vivo ainda.
O Ben Richards criado por King é um personagem
complexo, movido pelo ódio que brota de sua alma por não ter dinheiro
suficiente para salvar a filha. Esse ódio cresce ainda mais quando ele é
obrigado a participar desse jogo mortal e então, passa a ser caçado como um
animal. Essa personalidade conflituosa do personagem do livro não existe no
brutamonte interpretado por Schwarzenegger que só pensa em fugir, lutar e
bater.
Quanto aos caçadores, na obra literária, são homens
normais, corruptos, mas normais. Usam armas convencionais e se valem apenas de
seu treinamento, perspicácia e inteligência para localizar e conter o foragido.
Já no filme de 1987, os caras são verdadeiras aberrações, parecendo ter saído
de um manicômio ou então de um circo de horrores. Tem um japonês balofo e mudo
caracterizado como jogador de hóquei que ao invés de usar o taco para
movimentar o disco, o utiliza como arma para matar os participantes do
jogo. Existe um homem da raça negra, de meia idade, que sai voando
graças a um equipamento esquisito amarrado em suas costas e que utiliza um
lança-chamas para transformar os foragidos em churrasquinhos. Sem contar,
um homem muito branco e absurdamente obeso que usa uma roupa energizada, cheia
de luzes e neon, dirigindo um carro esquisito. O sujeito consegue disparar uns
raios pelas mãos. Pois é, pode acreditar, esses são os caçadores do filme “O
Sobrevivente”.
Cena do filme "O Sobrevivente" (1987)
Agora fica a expectativa quanto ao remake do filme dos
anos 80. É verdade, após 37 anos teremos um novo “Sobrevivente” nos cinemas; e
desta vez, sem Schwarzenegger. A Paramount Pictures, inclusive, já anunciou a
data de estreia: 21 de novembro de 2025.
Edgar Wright (“Em Ritmo de Fuga”) irá dirigir e
co-escrever a versão final do roteiro, colaborando com Michael Bacall (“Scott
Pilgrim Contra o Mundo”).
Comentários de bastidores e também de sites de fofocas
em Hollywood, apostam que o remake de “O Sobrevivente” dessa vez, irá ser bem
mais fiel ao livro e por isso, um pouco mais realista do que a pirotecnia do
filme de 1987.
A trama, novamente, será focada em Ben Richards
(Powell), um homem desesperado que participa do violento reality show conhecido
como "O Foragido", onde precisa ganhar dinheiro suficiente para
salvar sua filha gravemente doente. Nele, Richards precisa sobreviver contra
vários caçadores que são enviados para matá-lo. E ninguém nunca saiu vivo da
disputa.
Glen Powell (“Todos menos Você” e “Twisters”) foi o
ator escolhido para substituir Arnold Schwarzenegger na pele de Ben Richard. Na
direção sai Paul Michael Glaser e entra Edgar Wright (“Em Ritmo de Fuga”). O
início das gravações foi confirmado para novembro deste ano, segundo o portal
The Wrap.
20 outubro 2024
Robin Hood
Muitas pessoas que apreciam a leitura de obras
contemporâneas quando decidem ler algum clássico do século 19 geralmente
“enroscam”. Quando escrevo “enroscam” estou querendo dizer que elas acham a
leitura maçante, lenta, enfim... chata. Concordo em parte porque prefiro
analisar a literatura clássica obra por obra. Vou tentar explicar o que estou
querendo dizer com essa análise ‘obra por obra’. Vamos lá. Sabemos que os
relacionamentos sentimentais no século 19 eram muito diferentes dos
relacionamentos atuais e botam diferentes nisso. Tinha todo aquele cortejo,
aquele desfile de poesias e poemas apaixonados, todo aquele lirismo. Neste
cortejo, o pretendente fazia perguntas na forma de poemas para a sua enamorada
e ela também respondia em poemas para o seu enamorado ou então, utilizava
longas frases apaixonadas. Por outro lado, os momentos de dramaticidade eram
descritos detalhadamente até a ‘última gota’, antes dos momentos de ação
começarem.
Acredito que por “culpa” dessas características, a
chamada literatura clássica ganhou o estigma de maçante e cansativa. Mas por
outra perspectiva, os plots, ou seja, as sequências de eventos que faziam parte
da estrutura central da história eram fantasticamente bem elaboradas o que
acabava compensando o que os leitores atuais chamam de “encheção de linguiça”.
E é aí que entra Robin
Hood de Alexandre Dumas publicado originalmente na década de 1800. Ao
contrário de O Conde de Monte Cristo
(ver aqui, aqui e mais aqui) que tem um plot excelente capaz de deixar o leitor ligado no
enredo até o fim da leitura; Robin Hood
carece desse núcleo. O seu enredo nada mais é do que um folhetim de aventuras
do herói arqueiro contra o xerife de Nottinghan. Em
O Conde de Monte Cristo, já nos
primeiros capítulos, Dumas cria a expectativa de que tão logo consiga fugir da
prisão, Edmund Dantes irá se vingar de todos aqueles que tramaram para
prendê-lo injustamente no terrível Castelo de If. O leitor fica imaginando,
fica projetando como será o castigo de cada um dos traidores de Dantes. Outro
núcleo central desse romance é o relacionamento do herói com a sua noiva
Mercedes. O casal foi separado de maneira traiçoeira após um complô de seus amigos
traidores. E agora? Como fica? Dantes e Mercedes reatarão ou essa chance se
perdeu ao longo doa anos já que ela, agora, tem um filho com um outro homem?
Tudo isso, sem contar o relacionamento misterioso entre Dantes e um outro
prisioneiro: o abate Faria que se torna o mentor do marinheiro preso até a sua
fuga.
Um enredo com tantas tramas e subtramas interessantes
pode até abusar do lirismo descritivo entre os seus personagens porque que o leitor
não estará nem aí para isso, já que o núcleo central da trama foi muito bem
construído.
Pois é, no caso de Robin
Hood a ausência de uma trama central bem com a ausência de subtramas transforma
a história num embate simplista e cansativo entre o herói arqueiro e o xerife Nottinghan.
São mais de 600 páginas – no formato Bolso Luxo da Zahar – desse embate. Putz,
chega uma hora que cansa! E eu me cansei várias vezes o que me levou a atrasar
a leitura porque não tinha mais estimulo para prosseguir. Juro que terminei no
osso.
A história até começa interessante, contando a
infância do herói, mas depois de algumas páginas viradas, tome brigas e mais
brigas, refregas e maias refregas, flechadas e mais fechadas. Enquanto isso,
cadê a trama? Qual o sentido de todas essas brigas? De todas essas flechadas? Como
diz um velho ditado: “brigar por brigar”?
Por esse motivo, não recomendo a leitura. Se quiserem
ler alguma obra de Dumas fiquem com O
Conde de Monte Cristo, Os Três
Mosqueteiros (confira resenha aqui, aqui e novamente aqui) ou ainda 20 Anos Depois,
esses sim, verdadeiros clássicos capazes de despertar o interesse galera.
A edição relançada pela Zahar há 10 anos reúne os dois
volumes de Alexandre Dumas sobre Robin Hood: O príncipe dos ladrões e O
proscrito publicados postumamente em 1872 e 1873. O primeiro acompanha a
gênese do personagem, desde a sua adoção recém-nascido até a proscrição e o
estabelecimento na floresta, assumindo-se como fora da lei. O segundo apresenta
a sequência de suas aventuras, até a velhice e a morte.
12 outubro 2024
Seis livros de Ágata Christie que foram parar nos cinemas e que você deve ler e “assistir” já
A “Rainha do Crime” pode ser considerada uma das
autoras com o maior número de obras adaptadas para o cinema. Por isso, costumo
dizer que Agatha Christie é fodástica. Aliás, dentro desse contexto temos um
tiozão e uma tiazona fodásticamente fodásticos: Stephen King e a própria
Agatha. Como diz o ditado popular: “livros e filmes a dar com pau” e grande
parte deles excelentes.
Como eu sei que muitos seguidores desse blog são
grandes fãs da “Rainha do Crime” resolvi escrever essa postagem para homenagear
essa escritora fantástica que produziu verdadeiras obras de arte do gênero
policial.
Na minha opinião tivemos seis filmes muito bem
produzidos que foram adaptados das obras da autora. Quanto aos livros nem é
preciso dizer que dispensam comentários.
Confiram a relação e aproveitem para lê-los e também
“assisti-los” pois valerá muito a pena.
01
– Assassinato no Expresso Oriente (1934)
Filmes:
1974, 2001, 2010 e 2017
Quanto ao filme feito para a televisão em 2001 não
tenho condições de opinar já que o desconheço completamente. Procurei alguns
comentários nas redes sociais, mas eles praticamente não existem. O que há de
interessante nessa produção para a TV é o ator que interpreta o detetive belga
Hercule Poirot. Trata-se de Alfred Molina que três anos depois ficaria famoso
nas telonas ao interpretar o vilão Dr. Octopus em “Homem Aranha 2” que fez
parte da trilogia dirigida por Sam Raimi.
Além desse, tivemos ainda outras três adaptações de “Assassinato no Expresso Oriente”: 1974,
2010 e 2017. É mole, quatro adaptações para um único livro!
Voltando aos filmes, a produção de 2010, a exemplo da
película de 2001 também foi produzida somente para a TV e, sinto dizer, é
muuuito fraquinha. Dessa forma restam as adaptações de 1974 e 2017: ambas
excelentes. Alguns cinéfilos preferem a versão de 1974 que conta com o incrível
Albert Finney como Hercule Poirot, enquanto outros debulham elogios para o
filme de 2017 dirigido por Kenneth Branagh que também vive o detetive belga.
As duas produções se equiparam até na grande
constelação de artistas famosos na época. O filme de 1974 conta com Albert
Finney, Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Jacqueline Bisset, Sean Connery, Anthony
Perkins, Richard Widmark e por aí afora. A produção mais recente de 2017, não
fica devendo nada e traz em seu elenco nomes como: Judi Dench, Johnny Deep,
Michelle Pfeiffer, Penélope Cruz, Willem Dafoe, além de Kenneth Branagh.
No enredo, várias pessoas estão fazendo uma viagem
longa em um luxuoso trem. A paz, entretanto, é perturbada por um acontecimento
sinistro: um terrível assassinato. À bordo da composição está ninguém menos que
o mundialmente reconhecido detetive Hercule Poirot que se voluntaria para
iniciar uma varredura no local, ouvindo testemunhas e possíveis suspeitos para
descobrir o que de fato aconteceu.
02
– Testemunha de acusação (1925)
Filme:
1957
Publicado originalmente em 1925, Testemunha de acusação traz um dos enredos mais conhecidos de
Agatha Christie, que foi adaptado aos cinemas, em 1957, pelas mãos do genial
diretor Billy Wilder. Um drama de tribunal para se ler num fôlego só. Quanto ao
filme, segundo a maioria da crítica especializada, “Testemunha da Acusação”
pode ser considerado um dos melhores filmes de tribunais já produzidos até
agora. Os fãs de Tyrone Power irão vibrar. Ele é o protagonista desse filme
muito elogiado.
Agatha Christie narra em seu enredo a saga do personagem Leonard Vole (Tyrone Power) que é preso sob a acusação de ter assassinado uma rica viúva de meia-idade. Quando toma conhecido desse caso, um veterano e astuto advogado, Sir Wilfrid Robarts (Charles Laughton), concorda em defendê-lo.
O advogado, por sua vez, está se recuperando de um
ataque do coração quase fatal e “supostamente” está em uma dieta, que o proíbe
de ingerir bebidas alcoólicas e de se envolver em casos complicados. Mas a
atração pelas cortes criminais é algo muito forte para Sir Robarts,
especialmente quando o caso é bem difícil.
O único álibi de Vole é o testemunho da sua esposa,
Christine Vole (Marlene Dietrich), uma mulher fria e calculista. A tarefa de
Sir Wilfrid fica praticamente impossível quando Christine Vole concorda em ser
testemunha, não da defesa, mas da acusação.
Livraço, filmaço!
03
– E não sobrou nenhum (1939)
Filmes:
1945, 1965 e 2015
“E Não Sobrou Nenhum” é uma adaptação de um dos livros
mais aclamados da Rainha do Crime. A história foi inicialmente publicada, em
1939, como O Caso dos Dez Negrinhos,
mas nas edições mais recentes, lançadas no Brasil, passou a ter o seu título
alterado para E não sobrou nenhum, o mesmo dos filmes de 1965 e 2015.
O romance segue a história de 10 estranhos que são convidados à uma ilha isolada por um anfitrião desconhecido. Os estranhos incluem um playboy, um médico, um juiz formidável, um rude detetive, um mercenário, uma solteirona temente a Deus, duas serventes inquietas, um general altamente condecorado e uma secretária. Durante sua estadia, as coisas pioram quando os convidados são assassinados um por um ao serem confrontados por uma voz misteriosa com fatos marcantes de seus passados.
O livro já vendeu mais de 100 milhões de cópias em
oito idiomas, além de ter rendido mais de uma dezena de adaptações para os
cinemas sendo as mais famosas aquelas as de 1945 e 1965 que passaram nos
cinemas. A primeira ganhou o título de “O Vingador Invisível” e a de 1965
manteve o título do livro. Em 2015, a BBC produziu uma série de TV em três
capítulos muito, mas muito elogiada. Ela encontra-se disponível no Globoplay.
04
– Os Crimes do ABC (1936)
Filme: 1965
Quem diria que um enredo cômico se encaixaria com
sucesso no chamado “Universo Agatha Christie”, ainda mais tendo Hercule Poirot
como personagem principal. Pois é, acredite acabou dando certo no cinema.
“Os Crimes do Alfabeto” (1965) é uma adaptação cômica do romance Os Crimes ABC, de Agatha Christie. Vale lembrar que a “Rainha do Crime” foi contra essa mudança nas características da sua história e, claro, do seu Hercule Poirot. No final, ela acabou aceitando, um pouco a contragosto, e sua autorização foi dada.
Assim, o filme seguiu adiante, com Tony Randall dando
vida ao famoso detetive belga, assumindo com sucesso o tipo de personagem
cômico numa posição que deveria ser séria; posição que o diretor Frank Tashlin
sabia explorar muito bem, pois construíra uma carreira dirigindo os mais
diversos tipos de comédia, com as mais diversas mesclas de gêneros.
Embora exista uma enorme diferença em relação ao
romance (aqui, temos apenas a ideia central dos assassinatos, com a forja de um
bode expiatório e a presença dos guias ABC nas cenas do crime), o longa
consegue um resultado inesperadamente positivo mostrando um Poirot bufão, bem
diferente daquele detetive sério e meticuloso que ficou imortalizado nas
páginas e também nos filmes.
Acreditem, o filme acabou agradando a gregos e
troianos, ou seja, público e crítica.
05
– A Maldição do espelho (1962)
Filme:
1980
Em A maldição do
espelho, Hercule Poirot cede lugar para Miss Marple. Após ser vivida nos
cinemas por Margaret Rutherford em uma série de longas nos anos 60, a detetive
amadora da terceira idade voltou às telas nesta adaptação do romance homônimo de
Ágata Christie, dirigida pelo britânico Guy Hamilton, o mesmo que comandou
atrás das câmeras quatro aventuras de James Bond.
Miss Marple é interpretada aqui por Angela Lansbury,
que mesmo sendo, na época, relativamente jovem para o papel, realiza um
trabalho fantástico deixando evidente todo o seu talento. Mas o grande atrativo
fica mesmo por conta do elenco, que além de Lansbury, Edward Fox e Geraldine
Chaplin, traz uma reunião de astros, justamente dos anos 50, e que já apareciam
com menos frequência na tela grande: Elizabeth Taylor, Kim Novak, Rock Hudson e
Tony Curtis.
Na história que se desenrola em 1953, os habitantes da
pequena vila inglesa de St. Mary Mead, lar de Miss Jane Marple (Angela
Lansbury), estão entusiasmados quando uma grande companhia americana chega para
rodar um filme, estrelando as famosas atrizes Marina Rudd (Elizabeth Taylor) e
Lola Brewster (Kim Novak). Ao chegar com o seu marido, Jason (Rock Hudson),
Marina descobre que Lola estará no filme e fica furiosa, visto que as duas
estrelas não se toleram. Marina tem recebido ameaças de morte constantemente e
em uma festa, Heather Babcock (Maureen Bennett), bebe um coquetel destinado
para a atriz e morre envenenada.
Todos acreditam que o alvo era Marina, mas o
policial que está investigando o caso, Inspetor Craddock (Edward Fox) não está
convencido disto e decide chamar Miss Marple, sua tia, para investigar. Agora,
todos são suspeitos e só Miss Marple poderá desvendar este mistério!
06
– Morte no Nilo (1937)
Filmes:
1978 e 2022
Longe de ser a primeira adaptação; “Morte no Nilo” de
Kenneth Branagh que estreou nos cinemas em 2022 teve um antecessor em 1978 com
Peter Ustinov na pele de Hercule Poirot que também fez muito sucesso nas
telonas.
Os dois filmes agradaram o público. Enquanto a
produção mais antiga tinha no elenco nomes como Bette Davis, David Niven, Mia
Farrow além do próprio Ustinov, o filme de 2022 não ficou atrás e também trouxe
nomes de peso: Gal Gadot (Mulher Maravilha), Letitia Wright (Pantera Negra e
Pantera Negra – Wakanda para sempre), Annete Bening (Beleza Americana e Capitã
Marvel) e, claro, Kenneth Branagh, vivendo Hercule Poirot.
Na trama, a tranquilidade de um cruzeiro de luxo pelo
Nilo chega ao fim quando o corpo de Linnet Doyle, uma bela e jovem milionária,
é descoberto em sua cabine.
Porém, para azar do autor do crime, o brilhante
detetive Hercule Poirot está a bordo. Ele logo descobre que cada passageiro é
suspeito, pois todos tinham motivos para tirar a vida de Linnet. Em um rio de
mentiras, Poirot precisa descobrir a verdade sobre esse estranho assassinato.
Com certeza, os fãs de Ágata Christie irão curtir
esses grandes livros e filmes.
07 outubro 2024
Outubro, mês da mulher que mudou a história. 5 livros sobre a vida de Maria de Nazaré
A minha devoção por Maria é enorme. Eu respeito muito essa
mulher, eu amo essa mãe. Aliás, não há como deixar de admirar essa personagem
real do Novo Testamento que conquistou gerações graças a sua fé e perseverança.
Se você não quer analisar Maria pelo contexto da fé, analise, então, pela razão
e veja como essa mulher é iluminada, poderosa, carismática, altruísta; sei lá,
servem tantos outros adjetivos a ela.
Como não admirar uma mulher que com apenas 15 anos,
grávida, decide fazer uma viagem de aproximadamente 150 quilômetros, cheia de
perigos e percalços para dar todo o apoio e assistência que a sua prima Isabel
precisava naquele momento, já que estava enfrentando uma gravidez de altíssimo
risco. Segundo estudiosos da Bíblia, Isabel ficou gravida de João Batista aos 60
anos de idade. Quando soube desse fato, Maria não pensou duas vezes e seguiu
viagem até a Judéia para ficar ao lado da prima.
Como não admirar uma mulher que apesar de ter tido uma
vida repleta de provações e sofrimentos suportou seu caminho com muita paciência.
Cara, imagine o quanto foi doloroso para nossa Mãe ver seu Filho na cruz, por
exemplo. Uma dor multiplicada porque Maria não só viu o seu Filho morrer como
assistiu de perto todo o sofrimento de Jesus na cruz. Apesar de todos esses
sofrimentos, ela não desistiu e acredite: abraçou a vida, mesmo tendo muitos
motivos para chorar e desistir.
Agora me responda, você consegue não admirar uma mulher
com todas essas qualidades?! Isto é impossível, né galera? Portanto,
independente de você ser católico, evangélico, ateu ou agnóstico não há como não
ter respeito pelas virtudes da Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.
E por outubro ser o mês dedicado a essa personagem
bíblica tão amada resolvi publicar essa postagem onde indico cinco livros sobre
Maria para aqueles leitores que querem conhecer mais profundamente a vida dessa
mulher tão especial.
Antes de indicar os livros é importante explicar que
existem muitas nossas senhoras. Mas será que elas todas se referem a uma mesma
pessoa, uma mesma santa católica? A resposta é sim. O que significa que Nossa
Senhora Aparecida, cuja data se comemora em 12 de outubro é uma representação
diferente da mesma santa que também pode ser chamada de Nossa Senhora de
Fátima, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Lourdes e tantas outras.
Trata-se de Maria, a jovem judia nascida em Nazaré há
pouco mais de 2 mil anos, quando essas terras ao sul de Israel eram parte do
Império Romano. Para o cristianismo, ela tem papel fundamental: tornou-se a mãe
de Jesus Cristo.
Bem, vamos aos livros.
01
– Médico de homens e de almas (Taylor Caldwell)
Uma das passagens mais
emocionantes – se não, a mais emocionante – de Médicos de Homens e de Almas (aqui, aqui e mais aqui), que narra numa versão romanceada a
vida de São Lucas, o apóstolo que não conheceu Jesus pessoalmente, é o encontro
de Lucas com Maria.
O apóstolo passa um longo
período à procura de Maria e quando ele descobre o seu paradeiro... agüenta
coração!!! O encontro dos dois é uma avalanche de emoções.
Maria relata ao
evangelista detalhes da infância de Jesus; do amor de seu esposo José pelo
Menino Deus. A Virgem Imaculada conta, ainda, de maneira minuciosa, como foi o
momento da aparição do Arcanjo Gabriel que anunciou que ela seria a mãe de
Jesus. Descreve também detalhes de seu encontro com a prima Isabel e da origem
do canto Magnificat; além de outras revelações.
02
– Maria, a maior educadora da história (Augusto Cury)
O livro de Augusto Cury é
uma análise psicológica sobre Maria. O autor utilizou a mesma metodologia
aplicada em sua famosa coleção: Análise
da Inteligência de Cristo. Partindo do ponto de vista da psicologia,
psiquiatria e pedagogia, Cury analisa a personalidade de Maria e em especial os
dez princípios que ela utilizou na educação do menino Jesus. Segundo o autor,
não se trata de uma análise católica ou protestante, mas cientificamente
investigativa.
Neste livro, é
esclarecido o quão importante Maria, mãe de Jesus, foi para a formação do homem
que dividiu a história, Jesus Cristo.
Ela tornou-se a mulher
mais famosa da História. A única exaltada em dois livros sagrados, a Bíblia e o
Alcorão. Entretanto, sua personalidade continua sendo uma das mais
desconhecidas.
Cury é psiquiatra,
cientista, escritor e fundador da Academia de Inteligência, um instituto que
promove o treinamento de psicólogos, educadores e profissionais de recursos
humanos.
03
– A verdadeira história da virgem Maria (João Carlos Almeida)
Ao preparar esse post
acabei descobrindo esse livro e quer saber? Já entrou na minha lista de
compras. Cara, imagine a própria Maria narrando os principais momentos da sua
vida como se ela estivesse ao nosso lado, conversando conosco. Pois é, você
terá essa sensação ao ler A verdadeira
história da virgem Maria de João Carlos Almeida, ou simplesmente, padre
Joãozinho.
O livro é contado na
forma de romance, sob os olhos da santa, ou seja, uma autobiografia. O autor escreveu
o romance baseado em suas pesquisas nas próprias escrituras e em documentos
históricos. Nele, Maria ganha voz, e a própria santa conta sua história e seu
sentimento quando disse seu sim ao Arcanjo Gabriel. Como foram os vários
momentos vividos por Jesus desde a sua juventude até a crucificação sob o olhar
de sua mãe.
Nas redes sociais e nos
sites das livrarias virtuais, os comentários de leitores são muito positivos.
04
- Maria – A biografia da mulher que gerou o Homem mais
importante da história, viveu um inferno, dividiu os cristãos, conquistou
meio mundo e é chamada a mãe de Deus (Rodrigo Alvarez)
O livro tem 206 páginas e 31 capítulos que foram
divididos em três momentos: A vida de Maria; Theotokos, a Mãe de Deus; e Maria
do Mundo, que trata sobre as faces de Maria e devoções. Entre as aparições, o
autor fala sobre Guadalupe, Fátima, Lourdes, Catarina Labouré e outras.
O novo testamento conta que Maria foi uma mulher judia
que nasceu em Nazaré, na Palestina e que um dia recebeu um anjo que anunciou
que seria mãe de Jesus. A obra, garante Rodrigo Alvarez, revela a vida de Maria
e traz também alguns pontos polêmicos da igreja católica.
Para reconstituir os passos de Maria, o autor recorreu
aos evangelhos e outros textos bíblicos, documentos históricos (muitos do
Vaticano), relatos não reconhecidos pela Igreja Católica e até mesmo pesquisas
arqueológicas. São abordados temas polêmicos que provocaram discussões
teológicas ao longo dos séculos como a virgindade ou lugar e data da morte de
Maria.
Por mais de 20 anos, Alvarez atuou como repórter nos
principais jornalísticos da TV Globo chegando ao cobiçado cargo de
correspondente. Atualmente, ele é jornalista na TV Aparecida. Teve a
oportunidade de passar por várias cidades do mundo até desembarcar em
Jerusalém, em Israel. Por lá, ele se aprofundou em pesquisas e escreveu livros
baseados em temáticas religiosas que viraram best-sellers, entre eles, Maria – A biografia da mulher que gerou o
Homem mais importante da história.
05
- O Evangelho Secreto da Virgem Maria (Santiago Martín)
Este livro foi escrito tendo por base o Evangelho
Apócrifo da Virgem Maria encontrado por uma monja no final do século IV durante
uma viagem que empreendeu à Terra Santa.
O
Evangelho Secreto da Virgem Maria reconta a vida de Cristo
sob o ponto de vista de sua mãe que, já no final da vida, tece suas recordações
a João, o discípulo amado de Cristo a quem Ele encarregou de cuidar de Maria.
Com sua leitura, vai surgindo a imagem de uma mulher corajosa, que amou e
sofreu muito, viu matarem o seu filho e foi capaz de resistir à prova sem
perder a fé nem a esperança.
O livro mostra ainda as desconhecidas experiências e
dificuldades que Maria teve de atravessar para cumprir a missão de ser mãe,
educadora e fiel escudeira de Cristo. E, principalmente, mostra o lado feminino
da mensagem de Cristo que para ser plena precisa ser integrada à sua imagem
masculina.
Segundo o autor, estão reunidos nesse livro os
documentos que revelam uma espécie de diário de Maria, que inicia falando sobre
sua vida a partir dos 15 anos de idade, pouco antes de conceber Jesus, o
primeiro encontro com o anjo Gabriel, os acontecimentos que precederam seu
nascimento, sua saída estratégica da cidade, as visitas do anjo Gabriel aos
pais de Maria, Joaquim e Ana, e José, seu noivo.
Aproveitem as leituras!
03 outubro 2024
Trilogia “A Empregada”: Os livros da “medica best-seller” são os mais comentados do momento
É muito raro, perto do impossível, dar a minha opinião
sobre um livro ou uma saga que eu ainda não tenha lido. Faço isso para não ser
leviano ou hipócrita. Imagine elogiar um livro que eu não conheça somente para
cumprir o meu cronograma de postagens semanais, enganando assim um grande
número de seguidores. Primeiro: estaria sendo desonesto comigo e com muitas
pessoas que confiam em minhas resenhas. Segundo: o remorso viria ‘babando’ e eu
iria me sentir um trapo.
Mas... mas... serei obrigado a quebrar tal regra nessa
postagem, quebrar pelo menos em parte, ou seja, sem afirmar que a história é
muito boa ou excelente mesmo sem ter lido. O que eu não posso negar é que uma
avalanche de leitores e leitoras estão falando muito bem da saga A Empregada
da escritora e médica italiana Freida McFadden que ganhou o apelido de “médica
best-seller”. O que é certo e notório é que o primeiro livro da série ocupa os
primeiros lugares nas listas de mais vendidos da Amazon (neste portal está em
primeiro lugar), Publish News, Veja e outros paradões literários de respeito. O
que é mais certo e notório ainda é que o terceiro livro que fecha a serie acabou
de entrar nesses paradões fazendo assim, uma dobradinha. E para finalizar o rol
de justificativas para escrever uma postagem sobre algo que eu ainda não li,
argumento que o box com a trilogia A
Empregada lançado pela editora Arqueiro é um dos mais comentados nas redes
sociais e no BookTok.
Após colocar na mesa todas essas justificativas,
confesso que não resisti e acabei seduzido a criar um post sobre essa trilogia
que se tonou um verdadeiro fenômeno literário: não opinando, mas expondo para
os leitores alguns fatos envolvendo a série que despertaram a minha curiosidade
e também, porque não, o meu interesse em ler pelo menos o primeiro livro;
depois... se eu gostar, talvez a série inteira, mas vamos ver.
O que achei mais interessante foi uma particularidade
relacionada a autora da saga, Freida Mc Fadden. Vocês sabiam que além de
escritora, ela também é médica? E médica em atividade! Assim, ela desempenha
simultaneamente as carreiras de médica e escritora. McFadden é uma profissional
especializada no tratamento de distúrbios cerebrais, o que nós chamamos por
aqui de neurologista ou neurocirurgião.
Freida McFadden |
Ela tinha um trabalho diurno exigente e estava criando
dois filhos pequenos, mas sempre quis escrever ficção. Então, para se entreter
à noite, escreveu um romance fortemente autobiográfico sobre uma residente
médica que é sobrecarregada e humilhada por um supervisor dominador. Pronto,
começava assim, a sua carreira de escritora. Agora, decorridos onze anos e com
23 livros publicados, McFadden se tornou uma figura permanente na lista de
best-sellers graças as seis milhões de cópias vendidas de seus livros. Ela é
atualmente a escritora de suspense mais vendida nos Estados Unidos, superando
marcas como James Patterson, David Baldacci e John Grisham até agora neste ano,
de acordo com a Circana BookScan.
A sua consagração definitiva que fez com que o seu
nome entrasse no rol dos escritores e escritoras diferenciados, do tipo “deuses
do Olimpo” veio com o livro A Empregada
lançado em 2022. A obra bombou e acabou se transformando num fenômeno de
vendas. Por isso, uma sequência da história seria mais do que normal; e foi o
que aconteceu. Em 2023 seria publicado nos Estados Unidos O Segredo da Empregada; e adivinhe?
Repetiu o êxito do primeiro livro. Resultado: uma
terceira sequência.
Quando a obra chegou nas livrarias americanas em 11 de
junho de 2024 e no Brasil no início de setembro, a maioria dos críticos
literários e também dos leitores achavam que a formula já estaria gasta com a
autora não tendo mais o que tirar do enredo que originou os dois primeiros livros,
mas... surpresa: enganaram-se todos, porque A
Empregada está de Olho repetiu o êxito dos livros anteriores e acredite,
ainda teve fôlego para entrar “rasgando” nos primeiros lugares das listagens de
livros mais vendidos aqui, no Brasil e também no exterior.
Com todas essas credenciais não posso negar, mesmo sem
ainda ter lido nenhum de seus três livros, que a trilogia A Empregada se transformou num verdadeiro tsunami de sucesso.
A
Empregada, o primeiro livro da série, gira em torno de Millie,
a personagem principal, que consegue um emprego como empregada doméstica para a
rica família Winchester. Contratada na hora por Nina Winchester, a esposa,
Millie se muda para a mansão deles, morando no quarto do sótão. Para Millie,
que é sem-teto, esse trabalho significa um novo começo. No entanto, ela guarda
seus próprios segredos — segredos que a família Winchester desconhece,
incluindo sua recente libertação da prisão, mas os Winchesters também tem os
seus segredos ocultos e à medida que as tensões aumentam e as verdades da
família emergem, ninguém está seguro.
O segundo livro, O
Segredo da Empregada, ainda acompanha a personagem Millie, mas ela agora
está trabalhando para uma nova família, os Garricks. Segundo informações do release
original da editora Bookouture, Millie começa seu trabalho, mas quando vê a
Sra. Garrick com manchas de sangue em volta do vestido no pescoço, ela teme
pelo pior. Millie começa, então, a se perguntar o que realmente está
acontecendo entre o Sr. Garrick e a Sra. Garrick e dá início as suas próprias
investigações.
A terceira parte da saga chamada A Empregada está de olho começa com Millie agora casada e mãe de
dois filhos. Ela e o seu marido Enzo compram uma casa nova.
O bairro parece tranquilo, mas seus vizinhos são
estranhos. Especialmente Jonathan e Suzette Lowell, que têm uma visão fácil da
casa de Millie e seu marido.
Enzo é um jardineiro e como está à procura de clientes
começa a trabalhar no quintal dos Lowell. Millie fica quase imediatamente
desconfiada por causa do tempo que Enzo passa lá. No entanto, ele jura que não
está acontecendo nada e diz a Millie para não se preocupar; mas será que
aqueles leitores que leram os dois livros anteriores da saga irão crer que a
famosa “empregada” acreditará na história de seu marido? Eu acho que virão
novas investigações por aí juntamente
com novos segredos (rs).
Tai galera, se interessaram pela saga de McFadden? No
meu caso, após escrever essa postagem, acabei me interessando sim, mas tudo vai
depender do primeiro livro que pretendo ler. Se gostar do enredo, encaro o
segundo, se gostar do segundo, encaro o terceiro; simples assim.