31 maio 2018
10 biografias imperdíveis de grandes cantores e grupos musicais
Yes! O assunto do post de hoje é musica. Vale tudo:
rock, pop-rock, MPB, discoteca. Absolutamente qualquer nota, qualquer tom,
desde que o seu intérprete tenha impressionado multidões.
Cara, você não imagina quantas biografias boas e de
gente boa nós temos espalhadas pelas livrarias e pelos sebos da vida. Vamos para
a nossa lista que eu dedico, especialmente, para a galera que está curiosa em
conhecer um pouco mais sobre o seu ídolo, acostumado a arrastar multidões em
suas apresentações.
01
– As Tais Frenéticas – Eu Tenho Uma Louca Dentro de Mim
A atriz, produtora, diretora e cantora Sandra Pêra
faz neste livro um retrospecto da carreira das Frenéticas, grupo inesquecível
do final dos anos 70. Ela detalha passagens pitorescas do grupo formado para
animar a “The Frenetic Dancin Days Discothèque”, boate que reinou por breve
período na noite carioca. O jornalista Nelson Motta foi contratado para iniciar
um trabalho diferente na casa e reuniu seis garotas (Sandra, Leiloca, Lidoka,
Dudu, Edir e Regina) para serem garçonetes e fazerem performances.
As Frenéticas só viraram um grupo após o fim da boate. O mundo vivia a febre disco music e o Brasil carecia de artistas nesse gênero.
As Frenéticas só viraram um grupo após o fim da boate. O mundo vivia a febre disco music e o Brasil carecia de artistas nesse gênero.
O livro traz boas histórias de começo de carreira do
grupo, além dos primeiros shows, o
primeiro contrato com gravadora, o primeiro grande hit ("Perigosa"),
etc.
Tanto leitores quanto a crítica especializada elogiaram a sinceridade da autora que não escondeu nada, optando por revelar os segredos mais ocultos do famoso grupo musical. Pêra confidencia, por exemplo, intimidades, como o romance que teve com Gonzaguinha, que era casado, e cujo fruto foi a filha Amora Pêra. Conta ainda dos dois abortos feitos no auge da fama, o mergulho nas drogas e por aí afora. Enfim, uma biografia bem sincera e pesada.
Tanto leitores quanto a crítica especializada elogiaram a sinceridade da autora que não escondeu nada, optando por revelar os segredos mais ocultos do famoso grupo musical. Pêra confidencia, por exemplo, intimidades, como o romance que teve com Gonzaguinha, que era casado, e cujo fruto foi a filha Amora Pêra. Conta ainda dos dois abortos feitos no auge da fama, o mergulho nas drogas e por aí afora. Enfim, uma biografia bem sincera e pesada.
A obra lançada pela Ediouro há 10 anos, por enquanto
pode ser encontrada nas principais livrarias virtuais pelo precinho salgado de
R$ 50,00.
02 –
Elis Regina – Nada Será Como Antes
À exemplo do que fez Sandra Pêra em seu livro sobre
as Frenéticas, o jornalista Julio Maria optou por ser o mais sincero possível
na biografia de uma das maiores cantoras brasileiras: a pimentinha Elis Regina.
Sua intenção foi humanizar Elis, por isso, ele procurou esquecer totalmente o
seu lado fã para adotar uma postura estritamente jornalística, narrando os
fatos bons e também os ruins sobre a vida da cantora.
O autor não coloca "panos quentes" sobre a
insegurança da artista, as grosserias que ela dizia a respeito de suas
"rivais", como Nara Leão, e os tumultuados casamentos que podiam ser
considerados o retrato dessa insegurança.
O autor também é feliz ao narrar os embates da
cantora com os seus familiares – dependentes de seu sucesso – e empresários
dispostos a transformá-la em qualquer
coisa que rendesse uns trocados.
O livro mostra como Elis, para se tornar aos 20 anos
a cantor mais popular da música brasileira, superou barreiras que poderiam ser
insuperáveis para quem não possuísse tamanha gana de vencer.
“Elis Regina – Nada Será Como Antes” foi lançado
pela editora Master Books em 2015. São mais de 420 páginas muito elogiadas
pelos leitores.
03
– Eu, Tina – A História de Minha Vida
Depois que assisti ao filme “Tina – A Verdadeira
História de Tina Turner” com Angela Bassett e Laurence Fishburne fui correndo
num sebo perto de casa a procura do livro no qual a produção Brian Gibson havia
sido baseada. Por sorte, encontrei. Mal tinha acabado de assistir ao filme de
1993, já comecei a devorar a obra escrita por Tina Turner e Kurt Loder. Apesar
de ser muito diferente do filme, o livro de Loder e Tina é fantástico. Um dos
melhores que li no gênero biografias.
A história da vida de Anna Mae Bullock, ou
simplesmente “Tina Turner”, se resume em uma única palavra chamada: superação.
Em “Eu, Tina – A História de Minha Vida”, a cantora “escancara”
a sua vida para os seus fãs. Ela não esconde absolutamente nada. Desde a sua
paixão por Ike Turner até os espancamentos homéricos sofridos pelo tirânico
marido.
Numa linguagem simples e objetiva, o leitor fica
sabendo como uma adolescente magrela, desengonçada e cheia de rebeldia, invadiu
o palco onde Ike se apresentava e o convenceu a contratá-la para vocalista de
sua banda de blues conhecida como “Os Reis do Ritmo”. Após contratá-la, Ike já
deixaria evidente a sua personalidade dominadora, ao trocar o nome de Ana Mae
Bullock para Tina Turner, sem ao menos consultá-la.
O livro conta ainda detalhes da infância sofrida de
Tina que se sentia rejeitada pelos próprios pais Richard e Zelda. Enfim, uma
biografia, onde a cantora abre o jogo.
Pena que a obra está sendo vendida a preços absurdos
nos sebos.
04 – John Lennon – A Vida
Philip Norman brinda os seus leitores com informações
que vão desde o nascimento de John Lennon até o dia de sua morte. O autor é
muito detalhista, não deixa escapar nada. Como era a mãe do ex-Beatle, o seu
relacionamento com o Paul McCartney, os problemas com as drogas e como o
superou, as declarações bombásticas que mais se pareciam com metralhadoras
disparadas de sua boca; e por aí vai.
Os críticos teceram muitos elogios para “John Lennon
– Uma Vida” por achar o livro de Norman sincero e desmistificador. São 840
páginas para os fãs conhecerem a fundo o Beatle mais polêmico. O livro foi
lançado em 2009 pela editora Companhia das Letras e continua vendendo muito nas
livrarias.
04
– Michael Jackson: A Magia e a Loucura
“Michael Jackson: A Magia e a Loucura” é resultado
de 30 anos de pesquisa sobre a vida do saudoso rei do pop. J. Randy Taraborelli
– jornalista especializado em investigar a vida de celebridades como Madonna,
Grace Kelly e Frank Sinatra - diz que reuniu uma vasta documentação onde
desvenda Michael Jackson através dos anos, explicando todas as suas
transformações.
O livro fala da sua infância, seus relacionamentos
com garotos e amizades com celebridades como Diana Rossa e Elizabeth Taylor.
Mostra um homem brincando como se nunca tivera infância, onde era capaz de
contratar atores da Disney e cair nos braços da branca de neve e beijar o
boneco do ET como se eles realmente fossem verdadeiros. Suas plásticas e
inúmeras cirurgias são abordadas bem como as confusões de seus familiares que
tentavam a todo custo passar a imagem de uma família unida.
O livro, publicado originalmente em 1991, teve sua
última edição atualizada em 2005 e agradou em cheio os fãs que queriam conhecer
detalhes sobre a vida do cantor. Foi um dos mais vendidos no Brasil em 2005.
05
– Quelé , a Voz da Cor – Biografia de Clementina de Jesus
Este livro escrito por quatro autores – Felipe Castro,
Janaína Marquesini, Luana Costa e Raquel Munhoz – reconstitui a trajetória
artística e o legado de um dos símbolos do samba: a carioca Clementina de
Jesus. (1901-1987).
A obra pontua todas as dificuldades que Quelé (como
era chamada) enfrentou antes de tornar-se famosa.
Empregada doméstica, foi descoberta por Hermínio
Bello de Carvalho em 1963, com mais de 60 anos de idade. A mulher negra, pobre
e neta de escravos lançou onze discos, gravou ao lado de artistas como
Pixinguinha, Clara Nunes, Cartola, Milton Nascimento, entre outros, e virou
referência na música popular brasileira ao (re)incorporar elementos ancestrais
a um ritmo genuinamente brasileiro: o samba.
Uma curiosidade é que a obra surgiu como trabalho de
conclusão do quarteto de autores no curso de Jornalismo da Universidade
Metodista de São Paulo. Além da nota máxima pela banca avaliadora, a obra valeu
a eles premiações como uma da própria universidade e duas da Sociedade
Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação. A pesquisa se estendeu
por seis anos até virar um livro de sucesso lançado em 2017 pela editora
Civilização Brasileira..
06
– Elvis e Eu
Não existe certa unanimidade nas biografias sobre
Elvis Presley lançadas até agora. Que eu saiba, nenhuma delas foi inteiramente
endeusada por leitores ou críticos, mas o livro escrito por Priscilla Beaulieu
Presley e Sandra Harmon foi aquele que mais se aproximou de uma uniformidade geral.
Considero a
obra uma referencia sobre a vida do cantor que faleceu no dia 16 de agosto de
1977 deixando uma lacuna insubstituível no mundo do rock.
O livro é muito bom. Tenho o hábito de dizer que
“Elvis e Eu” é uma ‘biografia honesta’ sobre o cantor, diferenciando-se de
outras do gênero que foram lançadas por vingança ou exclusivamente com o
intuito de faturar às custas do “Rei do Rock”, como já escrevi no post “Livros sobre Elvis Presley: os bons e os ruins”.
Mesmo separados, Elvis e Priscilla continuaram sendo
verdadeiros amigos, com Elvis dando uma importância enorme aos conselhos de
Priscilla e vice-versa. Na época, Priscilla deixou no ar que temia que autores
oportunistas lançassem obras mentirosas e sensacionalistas “criando um Elvis” e
não “escrevendo sobre Elvis”. Quem sabe, por isso, ela decidiu abrir as
comportas sobre a vida íntima do “Rei do Rock”, despejando nas páginas as
coisas ruins e também as boas.
Uma biografia que considero completa e honesta.
07
– O Livros dos Mortos do Rock
Num livro só, você já arremata as biografias de
Elvis Presley, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Jim Morrison, Janis Joplin, John
Lennon e Jerry Garcia, ou seja, sete celebridades do mundo do rock.
“O Livro dos Mortos do Rock” tem muitas informações
interessantes e que conseguem prender a atenção da galera até a ‘última gota’. David
Comfort foi minucioso em suas pesquisas e vasculhou a fundo a vida desses sete
saudosos roqueiros. A escrita no formato ‘jornalismo investigativo’ aguça a
curiosidade dos leitores fazendo com que eles devorem em pouco tempo as 408
páginas recheadas de informações bizarras, engraçadas, chocantes e tristes
envolvendo o lado secreto – desconhecido dos fãs – dessas lendas do rock.
Valendo-se de diversos pontos de vista, tanto de
pessoas próximas quanto dos próprios astros, Comfort mostra que, apesar de
personalidades diferentes, suas histórias de vida tiveram muito em comum.
Ao desafiar os limites da liberdade e da rebeldia,
os sete conheceram o céu e o inferno do estrelato, a mais completa euforia e a
depressão arrasadora. Tornaram-se solitários e autodestrutivos, entregues ao
vício e às pressões por parte de amigos, fãs e empresários.
Se você gosta de biografias que exploram o lado
trágico da vida de feras do rock, o livro de Comfort é indispensável.
08
– Vale Tudo: O Som e a Fúria de Tim Maia
Nelson Mota destrincha a vida de Tim Maia nessa
biografia. Você vai ficar sabendo tudo, absolutamente tudo sobre o ‘Síndico’.
Através de uma escrita simples e que flui naturalmente, Motta faz muitas
revelações sobre Tim Maia. A obra traz muitas curiosidades sobre o ‘pai do soul
brasileiro’, desde sua infância até seu último dia de vida.
“Vale Tudo: O Som e a Fúria de Tim Maia” foi lançado
pela editora Objetiva, tendo feito um excelente trabalho de edição e
diagramação. Cada capítulo do livro é ilustrado com uma foto do cantor. Um
detalhe que achei interessante é que a
cada capitulo, você fica sabendo quanto cantor estava pesando em determinados
momentos de sua vida.
Um grande livro, uma grande biografia.
09
– Rita Lee – Uma Autobiografia
A comadre do rock abre o bico, textualmente. Ela
conta tudo sobre a sua vida: a infância e os primeiros passos na vida
artística, sua prisão em 1976, o encontro com Roberto de Carvalho, o nascimento
dos filhos, os tropeços, as cabeçadas, as glórias.
Quem leu gostou da honestidade da cantora. Foi ela
quem escolheu as fotos e criou as
legendas - e até decidiu a ordem das imagens -, fez a capa, pensou na
contracapa, nas orelhas... Entregou o livro pronto.
Uma biografia ou melhor uma autobiografia ‘100%
sinceridade’.
10
– Freddie Mercury – A Biografia Definitiva
Freddie Mercury, mundialmente famoso como vocalista
e líder do grupo Queen, foi retratado em
muitas biografias Existem pelo menos ‘uns’ 20 ou 30 livros espalhados por aí.
Uma verdadeira ‘montanha de páginas’. A maioria dessas obras , infelizmente,
apelaram para o sensacionalismo, o que não acontece com o livro da escritora e
biografa inglesa Leslie Ann Jones.
Em “Freddie Mercury – A Biografia Definitiva”, ela
consegue dosar o sucesso do cantor com o Queen e a sua vida sexual desembestada
que acabou culminando na sua morte em decorrência da Aids. Conheço a obra e na
minha opinião, a autora conseguiu atingir um bom equilíbrio ao escrever sobre o
saudoso popstar.
Jones vai aos poucos introduzindo informações sobre
o surgimento da Aids na vida de Mercury até culminar com a sua morte. Ela
relata ainda que após atingir o estrelato, Mercury passou a ter um cotidiano
dividido entre o Queen e ‘noites selvagens’ de muito sexo e drogas que são
relatadas no livro em detalhes, mas sem sensacionalismo.
Segundo os fãs do cantor do Queen, um livro muito
bom.
Taí galera, espero ter ajudado. Agora, é só escolher a sua biografia
preferida e devorá-la.
Boa leitura!
27 maio 2018
Sequencia da saga Crônicas Saxônicas tem data de lançamento confirmada. Novo livro “War of the Wolf” chega em outubro
Como disse anteriormente na fanpage do blog, este
fato que vou revelar vale um sonoro Ihauuuuuuu!!! Não um grito qualquer, mas um grito que saia do
fundo da alma, da mente e do corpo do leitor. Detalhe: esse leitor tem que ser
um fã ardoroso das “Crônicas Saxônicas”, saga escrita pelo autor britânico,
Bernard Cornwell, e que já se encontra em seu 10º livro.
Sem mais delongas vamos ao fato: Já está confirmada
a data de lançamento do 11º livro da saga que irá se chamar “War of the Wolf”.
O guerreiro Uhtred e toda a sua tchurma desembarcam na Terra do Tio Sam em 09
de outubro próximo.
Quanto ao desembarque em terras tupiniquins, ainda não
há uma data confirmada, mas os fãs do guerreiro pagão podem ficar tranqüilos porque
a Record – responsável pela edição da saga no Brasil – costuma ter o dedo leve
no gatilho quando o assunto é Uhtred, promovendo o lançamento por aqui, com
poucos dias de diferença com relação aos states. Por isso, não será surpresa se
“War of the Wulf” chegue ao Brasil, também, em outubro.
Juro que estou ansioso demais para ler a sequência das
“Crônicas Saxônicas”.
Achei “O Portador do Fogo” foi fantástico. Nele,
finalmente, foi possível ver a conquista da fortaleza de Bebbanburg por Uhtred
e seus valorosos guerreiros numa batalha épica, mas eu tinha certeza que apesar
de sua idade avançada, ele não iria sossegar após essa vitória. O novo livro de
Cornwell confirma isso.
Em “War of the Wolf”, Uhtred não tem muito tempo para
desfrutar a sua conquista. Após ter tomado Bebbanburg, ele se vê ameaçado de
todos os lados por inimigos antigos e novos. Na Mércia, o Rei Eduardo tenta
conter uma grande rebelião, onde os rebeldes querem lhe tomar o poder. Enquanto
isso, em Wessex, partidos rivais lutam de maneira violenta para escolher o próximo
rei.
Como não bastassem esses conflitos que podem
prejudicar o difícil caminho da unificação da Inglaterra, nos dois reinos
ingleses – Wessex e Mércia - os invasores noruegueses continuam sua implacável
incursão, sempre famintos por terra. Uhtred - um guerreiro lendário, admirado e
procurado como um aliado, temido como um inimigo fica mais uma vez dividido
entre o juramento feito ao Rei Alfredo,
pai de Eduardo, de lutar pela unificação
da Inglaterra ou então de apoiar os seus conterrâneos noruegueses que sonham em
conquistar as terras do rei.
Mas quando Uhtred se vê lutando contra o que ele
considera o lado errado, enfrentando um de seus inimigos mais temíveis, apenas
a astúcia, lealdade coragem podem salvá-lo.
A previsão é a de que “War of the Wolf” seja um dos
livros mais longos da saga com 400 páginas em média.
E aí? Gostaram da novidade?
Agora só aguardar a chegada de outubro ou melhor, torcer para que essa data seja antecipada. Quem sabe...
Agora só aguardar a chegada de outubro ou melhor, torcer para que essa data seja antecipada. Quem sabe...
24 maio 2018
Autor carioca pretende lançar livro baseado no folclore brasileiro e em acontecimentos históricos
Personagem Chico-Rei |
Recebi um email do autor fluminense Gabriel Billy
solicitando a divulgação de uma campanha de financiamento coletivo que ele
idealizou, via Catarse, com o objetivo de conseguir recursos para o lançamento
de um livro.
Sei como é dura a luta de milhares de novos
escritores que sonham com o lançamento de primeiro livro. Então, na hora H
chega a decepção no formato de “nãos” que saem das bocas dos grandes editores
que só se tem olhos para os grandes autores.
Por isso, na medida do possível tento ajudar essa
galera divulgando as suas obras custeadas com recursos próprios ou então
através dos financiamentos coletivos.
Gostei da prévia da obra de Billy. Pelo pouco que eu
li, se “Vera Cruz” chegar a ser publicado - torço muito por isso – conquistará os leitores, facilmente, por adotar uma técnica utilizada por
escritores de renome e que até agora vem surtindo efeito positivo: misturar
realidade com ficção.
“Vera Cruz” é um livro de fantasia
e SteamPunk inspirado no Brasil. Com um universo baseado no Folclore Brasileiro
e em acontecimentos históricos, o autor cria situações interessantes envolvendo
nesse cenário, conhecidas personalidades
nacionais, além de tecnologias inspiradas nos inventos de brasileiros como
Santos Dumont, Padre João Francisco de Azevedo, Padre Landell de Moura, Padra
Bartolomeu de Gusmão, Hércule Florence, Dimitri Sansoud de Lavoude, Julio César
Ribeiro, entre outros.
“Será um livro repleto de ilustrações que até o momento são de Rebeca
Acco, Zakuro Aoyoama, Diucênio Rangel, Theo Szczepanski e Rogério Narciso”, diz
Billy. “Se batermos a primeira meta, o livro
será em formato 15.5x22cm e terá 184 páginas preto e branco em papel Chambril
Avena LD 80g, lombada quadrada, capa colorida em papel cartão com 250g com
verniz localizado e irei imprimir 1000 exemplares”, acrescenta.A história se passa em um mundo conhecido como Vera Cruz, que lembra uma mistura da Belle Époque brasileira com o período colonial, entretanto repleto de tecnologias de combustão a base de cana de açúcar, e de veículos especiais como incríveis dirigíveis projetados por Santos Dumont.
Com uma trama repleta de personagens, entre os quais Pedro Malazarte, o maior ladrão do mundo, o ladino capaz de roubar o gorro de um saci; Zaila, filha de Chico-Rei, a princesa do reino de Ouro Preto, um reino de ex-escravos negros e seus descendentes que se refugiaram (tal como um quilombo); além de Urutau, um índio da tribo Tembé que possúi um arco mágico.
O lançamento do livro vai depender
do sucesso da campanha de financiamento através da plataforma Catarse. Os
leitores interessados em colaborar com o projeto poderão acessar o endereço: https://www.catarse.me/veracruz.
20 maio 2018
Relendo e adorando "Eu, Tina - A História de Minha Vida". Um livro que vai além de uma simples biografia
Livro lançado pela Rocco em 1987 |
Olá pessoal! Ótimo domingo
para todos os devoradores de livros. Há dois dias resolvi reler "Eu, Tina
- A História de Minha Vida" onde essa famosa cantora 'abre jogo'. Tina
conta tudo, absolutamente tudo; desde a
sua infância - incluindo a rejeição por parte dos próprios pais - passando pela
fase de agressões sofridas por seu marido Ike Turner, até culminar com a volta
por cima e o início de seu estrondoso sucesso. O livro vai além das curiosidades
e notícias secretas dos bastidores sobre a vida de uma cantora. A obra vai
muito além e rompe paradigmas. "Eu,
Tina - A História de Minha Vida" é
uma verdadeira lição de vida, principalmente para muitas mulheres que se
encolheram diante de adversidades em sua vida. Um livro de superação, indispensável para quem está passando por inúmeros
problemas e muitas vezes não encontra força para superá-los. Incrível,
fantástico, inspirador. Sei lá, qualquer uma dessas definições, além de tantas
outras servem para esse trabalho literário. Enfim, estou adorando a releitura.
O livro tem muitas
diferenças do excelente filme de Brian Gibson, "Tina" de 1993, no
qual foi baseado. Aliás, com a Angela Bassett e Laurence Fishburne – como Tina
e Ike Turner, respectivamente - dão uma verdadeira aula de interpretação nesta
produção cinematográfica muito elogiada pela crítica.
Fishburne e Basset caracterizados como Ike e Tina Turner no filme "Tina" |
A edição literária escrita à quatro
mãos por Tina Turner e Kurt Loder (editor da revista Rooling Stone nos anos 80)
é muito mais profunda do que o filme, principalmente no que diz respeito a
infância e adolescência da cantora.
Resolvi reler a obra,
na semana passada, após ter assistido ao filme em minha casa. Enquanto
fuçava nos meus dvd’s, encontrei “Tina”
e então, de repente, me bateu aquela vontade de assisti-lo. Como fazia mais de
uma década e meia que já havia tido contato com o filme, a tal vontade de
revelo voltou exacerbada.
Adorei as interpretações de Basset e
Fishburne. Caraca! Eles estão demais! A própria cantora Tina Turner, na época
do lançamento do filme, disse que Basset era um espelho seu. A prova de que essa dupla de atores arrasou foi a de que Basset ganhou o Globo de Ouro de "Melhor Atriz" e Fishburne, por sua vez, concorreu ao Oscar de "Melhor Ator", perdendo para Tom Hanks que atuou em Philadelfia. O que, entre nós, achei uma injustiça.
O cartaz do filme foi o mesmo para os cinemas e Dvds |
Após reassistir ao
filme, veio a louca vontade de reler o livro que já havia comprado há muitos
anos num sebo. Ainda bem, pois hoje a obra encontra-se esgotada e vem sendo
vendida a peso de ouro por livreiros.
Pois é, mesmo já tendo lido o livro, estou devorando-o novamente. Não
há como você não se envolver com a conturbada
história de Tina e Ike. Entre os anos 1960 e 1970, a dupla dominou o
cenário de Rhythm & Blues norte-americano. Além dos EUA, Ike & Tina conquistam a
Europa.
I Want to Take You Higher, River Deep - Mountain High, Higher Ground, Honky Tonk Women e I Can’t Stop Loving You são alguns dos hits do casal.
Tina revela em sua biografia que apesar da excelente parceria musical, Ike era um marido agressivo e a agredia constantemente. Cansada das agressões, a cantora se separou do músico em 1976. Ike tentou uma reaproximação com a artista, mas nunca voltaram a se apresentar juntos.
Para continuar a usar o sobrenome do ex-marido, Tina foi obrigada a abrir mão de todo o patrimônio que construiu ao lado dele. A cantora retomou a carreira musical em 1978 e atingiu o sucesso solo seis anos depois, com o álbum Private Dancer. A partir do disco, a artista, aos 45 anos, se consagrou como a Rainha do Rock. Tudo isso é contado em detalhes na biografia “Eu, Tina A História de Minha Vida”
I Want to Take You Higher, River Deep - Mountain High, Higher Ground, Honky Tonk Women e I Can’t Stop Loving You são alguns dos hits do casal.
Tina revela em sua biografia que apesar da excelente parceria musical, Ike era um marido agressivo e a agredia constantemente. Cansada das agressões, a cantora se separou do músico em 1976. Ike tentou uma reaproximação com a artista, mas nunca voltaram a se apresentar juntos.
Para continuar a usar o sobrenome do ex-marido, Tina foi obrigada a abrir mão de todo o patrimônio que construiu ao lado dele. A cantora retomou a carreira musical em 1978 e atingiu o sucesso solo seis anos depois, com o álbum Private Dancer. A partir do disco, a artista, aos 45 anos, se consagrou como a Rainha do Rock. Tudo isso é contado em detalhes na biografia “Eu, Tina A História de Minha Vida”
Entonce, a
releitura da obra me inspirou a escrever esse post, convidando todos vocês a
conferirem a resenha do livro que escrevi em maio de 2011, nos primórdios do blog
(veja aqui).
Vale à pena
conferir.
17 maio 2018
Cinco livros de Michael Crichton que não podem faltar em sua estante
Sempre fui um grande fã de Michael Crichton. Fã de
carteirinha, mesmo. Tanto é que os primeiros livros que fizeram parte da minha
humilde sala de leitura foram os dele. Por exemplo, tenho até hoje a edição
capa dura de “O Parque dos Dinossauros”,
lançado pela editora Círculo do Livro, guardado em um lugar de honra em minha
estante. Também tenho um carinho especial por “Presa” que me proporcionou uma
viagem marcante para o mundo da fantasia.
No post de hoje quero fazer uma homenagem para esse
autor que faleceu em novembro de 2018, portanto há quase 10 anos, e que
escreveu 19 livros de ficção – se incluirmos três póstumos – além de ter
roteirizado e dirigido diversos filmes no cinema e televisão. Esta homenagem
vem na forma de cinco livros que não podem faltar de maneira alguma nas
estantes dos fãs do autor americano que infelizmente deixou de escrever... para
sempre.
Vamos á eles:
01
– O Parque dos Dinossauros (Jurassic Park) (1990)
Imagine se eu não iria abrir essa lista com “O
Parque dos Dinossauros”! Apesar de Michael Crichton ter escrito outros livros
excelentes antes desse, incluindo “O Enigma de Andrômeda” e “O Homem Terminal”,
posso dizer que “O Parque dos Dinossauros” é considerado a sua obra máxima. O
enorme sucesso de sua adaptação cinematográfica dirigida pelo gênio Steven
Spielberg colaborou para o ‘endeusamento’ da obra.
Apesar do grande sucesso do filme, o livro é muito
melhor e bem mais elucidativo. Crichton recheia o seu texto com detalhes
técnicos que foram inteiramente banidos da produção cinematográfica. Desde o
processo de criação dos dinossauros por meio de manipulação genética até
informações sobre as características dos animais pré-históricos (ver mais
detalhes aqui).
“O Parque dos Dinossauros” tem ação e suspense em
doses cavalares. Aliás, o autor é mestre nesse tipo de enredo, ou seja, ele é
capaz de “lotar” seus textos de informações científicas sem torná-lo cansativo.
02
– Mundo Perdido (1995)
Se você tem “Jurassic Park” em sua biblioteca, com
certeza também tem a obrigação de ter “Mundo Perdido”. Após cinco anos do
lançamento de “O Parque dos Dinossauros”, Crichton decidiu escrever uma
sequência da história com novos personagens e novos dinossauros, mas sem perder
a essência do primeiro livro que continuou sendo o fio condutor do enredo.
Nesta sequencia, Crichton não perde tempo com
explicações e detalhamentos científicos. De maneira objetiva, ele expõe apenas
o essencial para que o leitor tenha uma noção do lado científico do romance. No
mais, a ação e o suspense correm soltos, prendendo a atenção do mais disperso
dos leitores.
Também achei os personagens de “Mundo Perdido” muito
mais carismáticos. Richard Levine e Sara Harding, por exemplo, engolem
Alan Grant e Ellie Satller. Os dois primeiros são personagens bem mais
complexos, contrariando os padrões convencionais nos quais se encaixam os
“certinhos” Alan e Ellie.
Crichton ainda brinda os seus fãs com um vilão de
primeira linha: Lewis Dodgson. Se em “O
Parque dos Dinossauros”, Dodgson teve uma aparição ínfima, em “Mundo Perdido” ele
dá um verdadeiro banho de vilania.
Este livro também foi adaptado para os cinemas por
Stevem Spielberg, mas com muitas alterações.
03
– O Homem Terminal (1972)
Cara, fiquei tão impressionado com um filme no
início dos anos 70 que mesmo depois de décadas, ele ainda não saía da minha
cabeça. Foi, então que decidi ler a obra de Crichton que serviu de base para a
produção no cinema. Quando terminei de ler “O Homem-Terminal” posso garantir
que, voltei a ficar impressionado. O livro explica, logo nas primeiras páginas,
que no Japão em 1965 foi realizada um tipo de cirurgia semelhante em 98 pacientes
com comportamento violento.
Não há como negar, os argumentos científicos
apresentados durante o enredo são muito fortes e ao mesmo tempo que convencem
também impressionam o leitor.
Em “O Homem Terminal”, Crichton Nara o drama de
Harry Benson, um cientista de computação especializado em vida artifical e que
após um traumatismo craniano causado por um acidente, descobre ser portador de
LDA – Lesão Desinibitória Aguda – uma espécie de lesão cerebral que o faz
sofrer terríveis crises nas quais perde completamente a inibição contra atos
violentos e assume uma personalidade agressiva, cometendo crimes dos quais nada
lembra ao término da crise.
Por suas atitudes estranhas e por seus delírios,
amigos o aconselham a procurar um especialista. É assim que Benson chega à
Unidade de Pesquisa Neuropsiquiátrica do Hospital Universitário de Los Angeles
e torna-se paciente da Drª Janet Ross. A equipe de cirurgiões, liderada por um
gênio da neurocirurgia, transforma Benson na principal cobaia do projeto
desenvolvido pelo hospital.
Na tentativa de curar a lesão, o paciente é
submetido a uma cirurgia única e inacreditável, onde tudo pode certo ou ficar
pior do que já está.
Livraço de Crichton!
04
– Presa (2002)
Sempre considerei todas as listas, algo pessoal. Não
existe esse lance de os 10 melhores livros de todos os tempos. Cara, veja só, você
pode odiar a maioria dos livros que se encontram nessa lista. Entende? Por
isso, sempre digo que toda e qualquer lista literária é pessoal, apesar de seus
títulos e subtítulos.
Estou fazendo essa colocação porque muitos leitores
do blog poderão questionar como incluo numa lista de ‘melhores livros de
Michael Crichton’, uma obra tão insignificante e desconhecida quanto “Presa”. Então,
eu respondo: pode ser insignificante e desconhecida para você, mas para mim, não.
Na minha opinião, “Presa” foi um dos melhores livros
já escritos pelo autor e uma das melhores obras de ficção científica. Bom
demais! Até hoje não entendo porque a história ainda não foi adaptada para os
cinemas e o motivo de ter tão poucas resenhas nos blogs.
No deserto de Nevada, uma experiência deu
terrivelmente errado e com isso, uma nuvem de nanopartículas - microrobôs – consegue
escapar de um laboratório que fica isolado no deserto de Nevada. Essa nuvem é
auto-sustentável e auto-reprodutiva. É inteligente e aprende com a experiência.
Para todos os fins práticos, está viva. A nuvem foi promulgada como um
predador. Está evoluindo rapidamente, tornando-se mais letal a cada hora. Todas
as tentativas de destruí-la fracassaram. Enquanto isso, elas continuam
avançando para o centro da cidade onde todos nós seres humanos somos a sua
presa.
“Presa” conta a história de uma praga mecânica e os esforços desesperados de um punhado de cientistas para exterminá-la. Baseado nos mais recentes fatos científicos, Michael Crichton nos transporta aos domínios emergentes da nanotecnologia e da inteligência artificial em uma história emocionante. 'Presa' é um livro para ser lido de um só fôlego.
“Presa” conta a história de uma praga mecânica e os esforços desesperados de um punhado de cientistas para exterminá-la. Baseado nos mais recentes fatos científicos, Michael Crichton nos transporta aos domínios emergentes da nanotecnologia e da inteligência artificial em uma história emocionante. 'Presa' é um livro para ser lido de um só fôlego.
05
– Micro (2011)
Há rumores de que Crichton tenha escrito apenas 73% de
“Micro” antes de morrer. O restante da história teria sido completado por Richard
Preston. Só que para o leitor é como se Crichton tivesse escrito todo o livro,
o que deixa evidente o talento e a competência de Preston. Ele já havia provado
que, de fato, é o “cara”, quando escreveu em 1994 “The Hot Zone”, um thriller
de não ficção sobre um surto do vírus Ebola num laboratório especializado no
estudo de primatas, localizado em Virginia. Este livro de Preston chamou a
atenção do mundo em 1989 e mobilizou as autoridades médicas e sanitárias de
vários países. “The Hot Zone”, lançado no Brasil pelo Rocco, é uma leitura
obrigatória para aqueles que gostam de enredos de qualidade escritas em estilo
jornalístico.
Quando soube que Preston havia sido escolhido pelos
herdeiros de Crichton para concluir a sua obra póstuma, encostei a cabeça no
travesseiro, dormi e sonhei com os anjos, pois tinha certeza que seria uma
mistura de qualidade.
O enredo estilo montanha-russa de “Micro” descreve a
aventura de sete promissores estudantes, cada um deles, graduado em determinado
campo da ciência (aracnologia, entomologia, bioquímica, envenenamento,
etc) que acabam participando – diga-se forçosamente - de uma pioneira
experiência no ramo da miniaturização de seres humanos e assim, eles indo parar
numa floresta tropical povoada de insetos e outros bichinhos inofensivos.
Bem... inofensivos para nós leitores, mas letais para eles, personagens.
Taí, fãs de Crichton. Boa leitura!
13 maio 2018
Histórias para não dormir
Algumas pessoas acham que as revistinhas de terror
antigas - do tipo Kripta, Calafrio e Spektro que já comentei nesse post – tornaram-se
banais e já não assustam tanto quanto as histórias contemporâneas do gênero. Eu
não penso assim, pelo contrário, acredito que elas continuam assustando
bastante, principalmente por causa dos elementos gráficos. Além do mais, uma
boa história de terror jamais vai deixar de pregar bons sustos no leitor, tenha
essa história 50 ou 100 anos, ou será que os enredos de Poe, Maupassant,
Lovecraft e tantos outros ‘antigões’ já perderam a sua magia? Claro que não.
Por ainda acreditar nessa magia, continuo adquirindo
as coletâneas clássicas de terror. E por conhecer o meu apreço por esse gênero
literário, um ex-professor me emprestou no início do ano um livro que achei
fantástico: “Histórias para não dormir”. A obra lançada em 2010 pelo selo Arx
da editora Saraiva, reúne contos de “antigões’ famosos como Guy de Maupassant,
Edgar Allan Poe, Robert Louis Stevenson e outros. A novidade é que esses contos
foram reescritos no formato de quadrinhos e com uma nova linguagem. E tem mais:
as histórias são narradas pelos próprios autores! Cara, é fantástico ver Poe ao
lado de seu famoso corvo negro introduzindo o conto “O Gato Preto”. Imagine, o
mestre do terror narrando: “Os Glenville adoravam animais, mas...” Resumindo: o
livro traz inovações atrás de inovações, desde a transformação de contos
clássicos de terror em quadrinhos à participação de seus autores em suas
próprias histórias. A obra insere ainda várias curiosidades sobre a vida desses
autores, por exemplo, a insanidade de Poe que o levou a cometer suicídio;
Sheridan Le Fannu que tinha o apelido de Príncipe Invisível”; William Polidori que
era fascinado por histórias de fantasmas; Catherine Crowe que pesquisava o
ocultismo; além de outros detalhes.
“Histórias para não dormir” também dá um show de
layout com acabamento cartonado, capa dura e impressão colorida. A obra de 98
páginas foi ilustrada por Pedro Rodriguez, que também adaptou os textos
dos contos para a linguagem dos quadrinhos. A tradução foi feita por Ana Luisa
Martins. Para quem não sabe – assim como eu não sabia até antes de pesquisar –
Rodrigues é um famoso quadrinista espanhol. O sujeito é muito respeitado por
lá.
Dos sete contos que compõem o livro, gostei de
todos, mas especialmente de “A Mão” de Maupassant, “O Ladrão de Cadáveres” de
Stevenson e “A Casa do Pesadelo” de Lucas White.
Confiram um pequeno resumo dos contos:
01
– A Mão (Guy de Mapassant)
Um juiz conhece um novo morador na cidade. Ao
visitá-lo acaba descobrindo uma estranha coleção de animais
empalhados e o objeto mais bizarro é uma mão humana, verdadeira. Certo dia o
novo morador é encontrado morto e a mão desaparecida.
02 – O Pacto de Sir Dominick (Sheridan
Le Fannu)
Um homem se viu falido depois de perder tudo nos
jogos, ao encontrar o diabo acaba fazendo um pacto para que passe a ter mais
sorte nas jogatinas. Pois é, como sabemos esses pactos com o tinhoso nunca
acabam bem e no conto de Le Fannu não é diferente.
03
– A Casa do Pesadelo (E. Lucas White)
Imagine você dirigindo, sozinho, durante a madrugada
numa estrada deserta e de repente o seu carro quebra. Então aparece um menino e
o convida para passar a noite na casa dele. O tal menino mora sozinho num
casarão abandonado. E você aceita! Brrrrr.... Preciso dizer mais alguma coisa?
Um dos contos mais assustadores da coletânea.
04
- O Vampiro (William Polidori)
Um jovem que sonha conhecer o mundo, aceita viajar com um distinto cavalheiro, mas percebe que ele tem uma forma estranha de agir, aliás, muito estranha. Por isso decide continuar a sua viagem para a Grécia sozinho. Lá conhece uma moça por quem se apaixona, mas ela acaba sendo morta por criaturas que moravam na floresta. Será que tem alguma coisa a ver com aquele estranho cavalheiro?
Um jovem que sonha conhecer o mundo, aceita viajar com um distinto cavalheiro, mas percebe que ele tem uma forma estranha de agir, aliás, muito estranha. Por isso decide continuar a sua viagem para a Grécia sozinho. Lá conhece uma moça por quem se apaixona, mas ela acaba sendo morta por criaturas que moravam na floresta. Será que tem alguma coisa a ver com aquele estranho cavalheiro?
05
- A Casa B… Em Candem Hill – Catherine Crowe
Um casal começa a perder vários inquilinos por causa
de um fantasma que assombra um dos quartos. Desesperados com a situação, eles
acabam pedindo ajuda a um marinheiro com fama de durão para solucionar o
problema.
06
- O Ladrão de Cadáveres (Robert Louis Stevenson)
Já conhecia esta história de Stevenson, mas foi uma
grata surpresa vê-la agora no formato de quadrinhos. O conto repleto de
suspense e mistério fala de dois médicos que se conheceram na faculdade e que
um dia se encontram por acaso. Um deles quer cobrar explicações do colega sobre
algo que aconteceu há muitos anos e que ainda o intriga. O final é
surpreendente e assustador.
07 – O Gato Preto (Edgar Allan Poe)
Um dos contos mais apreciados da literatura
universal. Poe conta a história de um homem que movido pelo abuso de álcool
acaba por enforcar seu próprio gato de estimação. Perseguido pelo fantasma do
gato, ele adota outro animal que com o passar do tempo revela, em sua pelagem,
a marca da forca.
Taí galera, espero que apreciem!
10 maio 2018
O Caçador de Pipas
Existem livros que tem o poder de
mexer com os nossos sentimentos. Podem passar anos e de repente você se vê
relembrando determinadas passagens dessa obra e então, pronto! Lá estão os
olhos úmidos e às vezes até mesmo com lágrimas. “O Caçador de Pipas” de Khaled
Hosseini tem esse poder. Um dia desses recordei-me daquela passagem em que
Hassan é estuprado. Caraca! Este trecho mexeu muito comigo. Na trama, Amir e
Hassan, dois pequenos afegãos de classes sociais e etnias opostas se tornam amigos.
Hassan, pobre e de ascendência Hazara, defende constantemente o amigo
riquinho Amir da implicância agressiva de outros garotos do local. Entretanto,
no dia de um esperado concurso de pipas, Amir vê Hassan ser espancado e
estuprado por um bandido. Porém, paralisado, o garoto bem-nascido foge, não
fazendo nada para impedir o sofrimento do companheiro. Mais tarde, Amir passa
a ser torturado pela culpa e o arrependimento, e não tolera mais a presença do
amigo.
Os dois se afastam, magoados, mas têm de enfrentar
problemas mais graves quando a União Soviética invade o Afeganistão e, depois,
quando o Talebã domina o país. Amir e seu pai são obrigados a fugir do país e a
reconstruir a vida como refugiados nos Estados Unidos.
Lá nos States, Amir vira adulto, faz faculdade e se apaixona. Mas a vida, que parecia ter ficado na calmaria, muda novamente de rumos, e após 20 anos, ele terá de voltar a Cabul para encarar seu passado.
Lá nos States, Amir vira adulto, faz faculdade e se apaixona. Mas a vida, que parecia ter ficado na calmaria, muda novamente de rumos, e após 20 anos, ele terá de voltar a Cabul para encarar seu passado.
Achei perturbador o trecho do estupro narrado por Hosseini em
seu livro. Chorei de raiva por causa da covardia de Amir. Chorei do sofrimento
de Hassam, impotente nas mãos de um psicopata. E chorei, principalmente, pelo
rompimento da amizade dos dois amigos que outrora se pareciam como dois irmãos.
A verdade é que frequentemente recordo
dessa passagem tão forte do livro. Tão forte que diretores e produtores da adaptação
cinematografia de 2008 não sabiam, na época,
como incluí-la nas filmagens.
O livro de Hosseini gira em torno
dessa amizade e principalmente da redenção de um Amir já adulto e consciente do
erro cometido quando criança. Agora, ele tenta de todas as maneiras reparar a
sua falha e para isso inicia uma peregrinação em busca do ex-amigo Hassan.
Já aviso a todos que estão
acompanhando essa resenha e que pretendem ler o livro para preparar os seus
sentimentos; você irão chorar, mas chorar muito. Para alguns trechos do livro,
principalmente os mais decisivos, é necessário pegar a caixa de lencinhos e
ficar preparado para a chegada da ‘Dona Lágrima’. Isto é notório e certo.
Você leitor, com certeza, ainda vai
questionar porque a vida pode ser tão
injusta ou então qual seria a sua atitude se estivesse no lugar de Amir.
Cara, “O Caçador de Pipas” é um
verdadeiro carrossel de emoções e questionamentos. Um livro imperdível e que
todos deveriam ler.
Inté!
06 maio 2018
Cinco livros de terror raríssimos sumidos das livrarias e vendidos a peso de ouro nos sebos
Não existe nada pior para um devorador de livros do
que ver o objeto de seus sonhos sumido das livrarias e vendido por um preço
fora da realidade nos sebos. Nessas horas, o leitor chora, grita e urra de
tristeza e decepção.
No meu caso, urrei várias vezes, pois deixei de
adquirir algumas obras por pensar que elas jamais se esgotariam. Entonce, anos
depois quando resolvi comprá-las, cadê?? Elas já tinham batido asas e fugido. Se eu
quisesse realizar o meu sonho teria de enfiar a mão no bolso e pagar valores
astronômicos. Sem chance. Assim, só restaram as lamentações e a vaga esperança
de que um dia, tais livros sejam relançados por alguma editora, como a Suma de
Letras está fazendo, nos últimos meses, com diversas obras, entre elas: “AAssombração da Casa da Colina”, “A Hora do Lobisomem” e “Cujo”.
No post de hoje,escolhi cinco livros de terror que
se tornaram ‘peças raríssimas’. Como as suas edições estão esgotadas, o único jeito dos leitores adquiri-las é
concordando em pagar as quantias assustadoras dos sebos.. Vamos à lista.
01
– Depois da Meia-Noite (Stephen King)
Como já disse nesse post, “Depois da Meia-Noite” é o
sonho de consumo de 10 em cada 10 fãs de Stephen King.
O livro de 667 páginas e que reúne quatro
noveletas – “Os Longoliers”, “Janela Secreta, Secreto Jardim”, “O Policial da
Biblioteca” e “O Cão da Polaroide” - foi lançado pela editora Francisco
Alves em 1992 e depois disso não teve nenhuma outra edição.
Pesquisei bastante na internet e só consegui
encontrar três exemplares à venda: um na Estante Virtual por R$ 600,00 e os
outros dois no Mercado Livre a R$ 265,00 e R$ 280,00. Além desses, não achei
nenhum outro à venda nas lojas virtuais.
“Depois da Meia-Noite” teve dois contos adaptados
para as telas: “Longoliers” foi parar na TV em 1995 - se não me engano,
na Rede Record - no formato de uma minissérie chamada “Fenda no Tempo”;
enquanto que “Janela Secreta, Secreto Jardim” acabou ‘aterrissando’ nos cinemas
com o título resumido de “Janela Secreta” com ninguém menos do que Johnny Depp
no papel de protagonista.
Se, por acaso, você tem esse livro, escute o meu
conselho: jamais o empreste, nem mesmo para o seu pai, muito menos para o seu
irmão. Guarde-o num cofre e esconda a chave.
02 – A Casa Infernal (Richard Matheson)
Até o ano passado, “A Casa Infernal”, lançado em
2010 pela editora Novo Século, tinha tomado um chá de sumiço. Os interessados
em ler a fantástica e aterrorizante história criada por Richard Matheson não a
encontravam nem mesmo nos sebos. Por isso, cheguei a pensar que estava extinta.
Mas hoje, ao fazer uma pesquisa na Web descobri 10 exemplares no portal da
Estante Virtual. Cara, quase não acreditei! Taí a prova de que milagres
acontecem. E como não bastasse essa situação inusitada, um dos livros está
sendo vendido à R$ 69,00!! Se eu não tivesse a obra em minha estante, com
certeza, esse exemplar já teria sumido da Estante Virtual. Quem sabe, você –
que lê esse post – tenha sorte e ainda encontre por lá esse mesmo exemplar esperando
por você. Quanto aos outros preços variam de R$ 80 à R$ 180,00.
Olha, sem brincadeiras... o livro é aterrorizante. Se você assistiu ao filme “A
Casa da Noite Eterna”, de 1973, baseado na obra literária e se borrou inteiro, prepara-se
porque o livro é muito pior (no bom sentido).
A história gira em torno da Mansão Belasco
que ficou vazia por mais de vinte anos. Considerada por todos como o “Monte
Everest” das casas assombradas, a construção foi o ambiente de cenas sinistras
de horror e depravação. Investigações posteriores para tentar desvendar o
segredo da casa terminaram em assassinato, loucura e suicídio para os
integrantes da busca. Após todos esses anos, uma nova investigação inicia,
agora por um grupo de 4 renomados cientistas e parapsicólogos. O objetivo é
descobrir de uma vez por todas, os mistérios por trás da Mansão Belasco e
encontrar a resposta definitiva para a pergunta: há vida após a morte.
Cara, o livro impressiona... muito.
03 – A Metade Negra (Stephen King)
Livraço! “A Metade Negra” estourou em vendagens na
data de seu lançamento por aqui: 1991. Na época, a editora Francisco Alves
detinha os direitos de publicação das histórias de Stephen King no Brasil.
Acredito que aquele foi um dos melhores períodos para os fãs de King, pois ele
escreveu verdadeiras jóias lapidadas.
“A Metade Negra” fez parte da famosa coletânea “Mestres do
Horror e da Fantasia”, tendo apenas uma edição no Brasil. Os poucos exemplares
que ainda podem ser encontrados nos sebos estão sendo vendidos à peso de ouro.
Eles variam de R$ 140,00 à R$ 190,00.
No enredo escrito por King, um escritor de sucesso,
mas que também produz literatura barata sob o pseudônimo de Geroge Stark. No
entanto, quando é ameaçado por alguém que descobriu seu segredo, ele
"enterra" George Stark. A partir desse ponto, ele se torna o
principal suspeito de uma série de assassinatos chocantes.
04
– A Casa do Passado (Algernon Blackwood)
Descobri esse livro na semana passada, após vasculhar
as redes sociais. Interessei-me pela obra por causa dos comentários positivos. Algermon Blackwood foi redescoberto no Brasil
pela jornalista, escritora e tradutora carioca Heloísa Seixas que selecionou 10
de seus contos de terror. E cá entre nós, confio muito em Heloísa quando o
assunto são novelas de terror. Pois é, após ter descoberto “A Casa do Passado”
fui todo saltitante adquirir a obra nas livrarias e então, a surpresa nada
agradável: livro está esgotado em todas elas. Pensei comigo: “bem, ainda tenho
os sebos” – mas confesso que a minha confiança já estava um pouco abalada. Não
deu outra, quando vi os preços nos sebos... R$ 135,00 o mais barato, R$ 218,00
o mais caro. Viche!!
Segundo a sinopse da editora Record que lançou a
compilação em 2001, a obra reúne histórias como
'Os salgueiros', sua obra-prima,'O quarto ocupado', 'A Ala Norte' e 'A boneca',
clássicos da literatura de horror. Segundo a sinopse, oss personagens dos
contos de Blackwood vivem situações horripilantes, que não imaginaríamos nos
nossos piores pesadelos. São pessoas comuns, subitamente envolvidas em
histórias que fogem ao controle da lógica e do que pode ser explicado.
Ehe! Ehe! Ehe!, pena que descobri o
livro um pouquinho tarde.
05 – A Sentinela (Jeffrey Konvitz)
Consegui encontrar apenas um livro
nas minhas “andanças” pela internet e, diga-se, em condições de conservação não
muito animadoras. Uma vendedora do Paraná está pedindo R$ 99,00. Vale lembrar
que nenhum dos sebos cadastrados no portal Estante Virtual dispõem da obra.
Portanto, um livro de terror raríssimo.
“A Sentinela” escrito por Jeffrey
Konvitz foi lançado pela Record em 1972 e teve apenas uma edição no Brasil.
Segundo a sinopse da editora, uma modelo muda-se para um prédio
sinistro, onde, no último andar, mora um padre cego. Ela começa a ter estranhos
problemas de saúde, não consegue dormir à noite e tem flashbacks desagradáveis
sobre sua tentativa de suicídio. Ela reclama com a corretora sobre os barulhos
causados pelos seus vizinhos, mas é informada de que os únicos moradores do
edifício são o padre e ela. Então ela descobre que ela foi parar ali por uma
razão.
Taí galera, se vocês tiverem em suas estantes, pelo
menos uma dessas jóias raras, sintam-se felizes.
Assinar:
Postagens (Atom)