29 julho 2015

“Irmandade de Copra” é a grande aposta da Editora Arwen para este segundo semestre. Livro de Sci-Fi já está a venda.

“Irmandade de Copra” é uma das maiores apostas da editora Arwen que tem por diretriz investir no talento de jovens escritores brasileiros. O livro de Caroline Defanti – uma carioca de 22 anos - foi, aos poucos, invadindo as redes sociais e despertando o interesse de um grande número de leitores, principalmente dos amantes de ficção científica.
Com certeza o motivo de todo esse interesse é o ‘pano de fundo’ da história que bebe na fonte de “A Guerra dos Mundos” de H.G. Wells. Defanti explora o tema ‘invasão alienígena’ que ainda continua conquistando muitos adeptos nos filmes e também nos livros.   
Em seu primeiro livro, a autora escreve sobre a quase extinção da raça humana após um evento apocalíptico; o que levou os poucos sobreviventes buscarem refúgio em colônias extraterrestres. Aproveitando-se dessa situação, alienígenas se apossam da Terra e a curam da quase destruição, passando a ‘ditar’ as normas em nosso planeta. Só que os homens desejam reconquistar a Terra e ter suas vidas de volta, mas os seres alienígenas não parecem dispostos a abrir mão de seu novo lar. Por isso, os sobreviventes criam novos soldados, uma raça capaz de combater essas criaturas e recuperar o planeta. Assim nasce a Irmandade de Copra!
Cara, a premissa inicial da obra despertou a minha curiosidade. Verdade! Se Defanti conseguiu explorar - com perspicácia - todas essas diretrizes narrativas, com certeza “Irmandade de Copra” será um grande sucesso de sci-fi. São tantas vertentes! O que levou a quase destruição da terra? Como os alienígenas a recuperaram? Como a tal irmandade foi formada? Como será o confronto entre terráqueos e alienígenas? Estes são apenas alguns questionamentos que serão desvendados ao longo da leitura do livro.
Defanti já tem várias obras escritas, mas “Irmandade de Copra” foi a primeira a ser publicada. Ela explica que além da Arwen, enviou o manuscrito da obra para a análise de outras editoras, mas a Arwen foi a primeira a aceita-lo. “Quando eu recebi a notícia de que minha obra havia sido aceita, nossa, foi um dos momentos em que eu me senti mais feliz em toda a minha vida. E, até hoje, essa felicidade permanece, só que se tornou uma coisa mais comum, felizmente”, explica Defanti.
Por enquanto “Irmandade de Copra” está a venda somente no portal da Editora Arwen à R$ 36,90. Já encaixei o livro em minha apertada lista de leituras desse ano. Como disse, o tema mexeu com a minha curiosidade. Vamos ver se as expectativas serão preenchidas.
Segue os detalhes técnicos da obra
Titulo: Irmandade de Copra
Autora: Caroline Defanti
Editora: Arwen
Edição: 1ª
Ano: 2015
Gênero: Ficção Científica
Páginas: 431


26 julho 2015

Ouça O Que Eu Digo

Apesar de até agora, as suas histórias só terem sido publicadas no formato ebook, César Bravo pode ser considerado a principal referência do terror gore ou splatter no Brasil. Muitas pessoas, por falta de conhecimento, consideram o gore um subgênero da literatura ou dos filmes de terror e na realidade não é bem assim. Vários textos e imagens que usam e abusam da escatologia chegaram a ganhar o status de Cult, tanto pelos críticos como pelos leitores; caso contrário, “Crash” (1973) de J.G Ballard e “Zombie – O Despertar dos Mortos Vivos” (1978) de George Romero seriam verdadeiros fracassos nas livrarias e no cinema; mas não foram. Os dois se grandes divisores de água na literatura e no cinema.
Mas apesar de nos últimos anos ter ganhado o reconhecimento de uma parte da crítica literária, o terror gore não é para qualquer leitor. Com certeza, muitos ainda não aceitam ou não conseguem ler narrativas com sangue em excesso, órgãos expostos e membros decepados. Por esse motivo, escrever gore é muito difícil, cara. Colocar um festival de escatologia no papel e ainda conseguir transformar essa carnificina numa história interessante e, principalmente, inteligente é uma missão quase impossível. Bravo é um dos poucos (no Brasil, o único que conheço) que consegue fazer isso. Um ponto a mais para ele é dar realismo aos seus enredos, onde quase todos os personagens são marginalizados, vivendo num submundo de exploração em nosso País. Com isso, a linguagem desses personagens também deve corresponder a sua realidade de vida. O resultado é simples:“Que droga” passa a dar lugar para “Que merda”; “Caramba!” é “Porra!”; “Que se dane!” sai, e entra “Que se foda!” e por aí afora.
Agora analise bem: escrever textos escatológicos já é complicado, imagine unir escatologia  com uma linguagem vulgar? O problema é que se você começar a poluir a sua história com tripas expostas, sangue e ainda por cima palavrões, caraca, não há mártir que agüente ler! O segredo é dosar tudo isso. Não abusar, e Bravo conseguiu esse equilíbrio, pelo menos nas histórias que eu li.
Falando escrevendo agora sobre o seu novo ebook “Ouça O Que Eu Digo”, não é o melhor do autor, mas também não decepciona. Na minha opinião, os seus melhores livros continuam sendo “Calafrios da Noite” e “Além da Carne: Contos Insanos” (este um verdadeiro clássico do gênero), mas “Ouça O Que Eu Digo” cumpre bem o seu papel, prova disso é que um cara (neste caso, eu) que não morre de amores por ebook (áudio-livro ainda curto, gosto de ouvir principalmente quando viajo de carro) leu a história em duas madrugadas, conseguindo vencer, numa boa, o sono. O problema foi dormir depois (rs).
Neste romance, Bravo deu uma preferência maior aos diálogos do que a narrativa – aliás essa é uma de suas características – e o fêz muito bem. Sempre admirei os escritores que sabem escrever  diálogos competentes porque fazer isso é uma arte. Conheço bons autores que são ótimos em narrativa, mas quando chega a hora de ‘colocar palavras na boca de seus personagens’ o desastre é total. No caso de Bravo, ele faz isso com a maior naturalidade sem deixar que esses diálogos se tornem artificiais.
Em seu novo romance, o autor optou por trabalhar com um número bem maior de personagens o que fez com que alguns ganhassem capítulos específicos. No decorrer da história, o contexto desses personagens, tratados individualmente, acaba se cruzando com o contexto de outros.
Alguns trechos do romance lembram um pouco “Trocas Macabras” e “It” – de Stephen King - principalmente aqueles relacionados ao vilão (ou vilões).
O mote de “Ouça O Que Eu Digo”, é o assassinato da filha de um pequeno proprietário rural pelas mãos de seu namorado. Antes de matá-la, o rapaz se encontra, casualmente, com um ser misterioso envolto em sombra que o incentiva a cometer o crime com extrema brutalidade, prometendo dar algo em troca. Depois desse acontecimento, o tal ser envolto em sombras vai incutindo idéias malévolas na cabeça dos moradores de uma pequena cidade brasileira chamada Nova Enoque (creio eu que fictícia). Lançada essa semente do mal, a cidade vira um inferno, um verdadeiro barril de pólvora.
O final é apoteótico e a reviravolta na trama, perto de seu final, com certeza irá surpreender os leitores.

Enfim, vale a leitura.

22 julho 2015

Talia Fonseca prepara o lançamento de “A Luva” num concorrido mercado brasileiro dominado por obras estrangeiras

Ser escritor no Brasil é muito difícil. Todos nós sabemos que as grandes editoras e agora, também, as pequenas direcionam os seus olhares somente para os autores gringos. E olha que pode m ser gringos suecos, alemães, ingleses e, claro, americanos. Basta residir fora do nosso país, nem que seja nas Ilhas Fiji. Se o sujeito responder: - “Moro no exterior”, já estará com meio caminho andado até o prelo.
Desculpe o desabafo, mas é que temos muita ‘coisa’ boa por aqui; escritores com talento capazes de encaçapar qualquer autor internacional acostumados a escrever baboseiras sobre anjos caídos, distopias ou então personagens adolescentes com sonhos premonitórios.
Esta falta de estímulo faz com que muitos brasileiros talentosos acabem se desanimando e dando um chute em seus manuscritos, pensando de maneira precipitada que são maus escritores. Mas da mesma forma que existem os autores que não acreditam em seu potencial, há aqueles que são resilientes e jamais desistem de seu sonho em comum, independente do tanto de “nãos” que recebem.
A alternativa, pelo menos temporária (até que alguma santa editora resolva publicar as suas ‘idéias’), acaba sendo a manjada produção independente comercializada em eBook ‘quase sempre’ pela Amazon.
Ultimamente venho recebendo com freqüência no e-mail do blog, várias correspondências de escritores solicitando parcerias ou então simplesmente, enviando alguns capítulos de sua obra para uma avaliação.
O que me deixa muito feliz nesses contatos é que grande parte dos remetentes são jovens com pouco mais de 20 anos e que apesar da pouca idade já tem uma intimidade tão grande com a escrita.
E agora, mais uma jovem chega para tentar a sorte no mercado literário brasileiro considerado tão ingrato para os escritores brazucas. Trata-se de Talia Fonseca que estará lançando brevemente o seu eBook de ficção/fantasia  chamado “A Luva”. Trata-se de seu primeiro livro onde ela narra a história de Melissa, uma jovem problemática que vive aprisionada em um mundo onde todos a vêem como caótica e sem solução. Convivendo com o dilema de vencer o mundo sozinha, apesar de poder contar com Lucy, sua melhor amiga, Melissa decide traçar o próprio destino ao fugir. O resultado de tudo isso, segundo a sinopse fornecida pela autora, resultará na quebra de segredos milenares que colocará sua vida em risco.
Fazer uma análise da história baseada nas poucas linhas que li, enviadas pela autora, é algo impossível. Seria o mesmo que opinar sobre um livro, após ter conhecido apenas 1% do seu conteúdo. O que posso dizer é que senti vontade de prosseguir a leitura, o que já é um bom sinal... bem, pelo menos para mim.
Talia publicará a sua obra pela Amazon e o número de páginas deverá ficar em torno de 206. “Provavelmente depois da diagramação, aumentará um pouquinho mais”, explica.
Ainda não há uma data para o lançamento de “A Luva”, e também não haverá pré-venda do e-book, mas a autora pretende realizar uma semana especial antes da chegada do livro nas prateleiras virtuais da Amazon.
Desejo boa sorte para Talia Fonseca, afinal de contas é mais uma escritora brasileira que está arriscando a sorte no concorrido e ingrato mercado literário tupiniquim.






20 julho 2015

Os 10 livros de autoajuda mais famosos das últimas três décadas

Pisados, esculhambados, humilhados e renegados. É dessa maneira que a maioria dos brasileiros trata os livros de autoajuda. Êpa, pêra aí, acho que falei escrevi bobagem. Se esse tipo de livro é criticado pela maioria dos brasileiros, por que alguns títulos atingem ‘zilhões’ de vendas superando outros gêneros? Se eles são, de fato, uma porcaria, por que as livrarias continuam adquirindo ‘toneladas’ de exemplares abarrotando suas prateleiras que precisam ser constantemente reabastecidas?
Bem, prá ser sincero, acredito que todos esses porquês deixam evidente que os tais livros não são execrados pela maioria dos leitores, pelo menos intimamente. E quer saber mais? Acho que grande parte das críticas aos livros de autoajuda são feitas pelos seus próprios admiradores que devoram as suas páginas escondidos no banheiro ou em seu quarto e depois saem por aí falando que o gênero é uma merda e que jamais leriam uma atrocidade daquelas em toda a sua vida.
Olha galera, não estou advogando em prol das histórias de autoajuda, estou tentando apenas encontrar uma explicação plausível para esse dilema: Como um segmento de livros consegue ser campeão de vendagens, há décadas, em todo o País e mesmo assim é massivamente criticado?!
E como desconfio que vários seguidores do blog curtem esse gênero, resolvi elaborar uma lista com os 10 livros de autoajuda mais famosos dos últimos 30 anos. Alguns deles são tão conhecidos que conseguiram vencer a barreira do tempo e continuar vendendo ‘horrores’ mesmo após mais de três décadas. Vamos à eles!
01 - Minutos de Sabedoria
Autor: Carlos Torres Pastorino
Ano: 1999
Editora: Vozes 
Nove de cada dez leitores de autoajuda devem conhecer esse famoso livrinho de bolso de capa azul que começou a ser publicado pela Editora Vozes Católica em 1999; lembrando que muito antes – 1966 – ele já vinha sendo impresso apenas no Rio de Janeiro pela editora Spiritus. Por isso, acredita-se que “Minutos de Sabedoria” seja considerado o ‘pai’ de todos os livros de autoajuda lançados no Brasil até agora, sejam eles, nacionais ou não.
A obra foi escrita pelo ex-padre e radialista Carlos Juliano Torres Pastorino que morreu em 1980 aos 69 anos de idade. Ele estudou no seminário em Roma, onde se ordenou padre em 1934. De volta ao Brasil, dedicou-se a várias atividades intelectuais, incluindo  magistério, jornalismo e  tradução de livros. Em 31 de maio de 1950, terminada a leitura de O Livro dos Espíritos, que lhe fora emprestado por um professor do Colégio D. Pedro II, declarou-se espírita.
Torres Pastorino foi também radialista, sendo “Minutos de Sabedoria”, uma simples compilação de suas mensagens propaladas em seu programa na Rádio Copacabana, do Rio de Janeiro levado ao ar na década de 1960. Os pensamentos no formato de frases curtas eram apresentados nas diversas horas do dia durante toda a programação da emissora.
“Minutos de Sabedoria” já ultrapassou a marca de dez milhões de exemplares vendidos. A obra, originalmente destinada a subsidiar os trabalhos assistenciais e educativos do Professor Pastorino, recentemente teve, após ação na Justiça, os seus direitos revertidos aos herdeiros.
Um detalhe curioso é que a edição de 1968, teve as suas edições póstumas proibidas pela família, praticante do catolicismo.
02 – Você Pode Curar Sua Vida
Autor: Louise Hay
Ano: 1984
Editora: Best Seller
Para que vocês tenham noção do ‘poder de fogo’ do livro de Louise Hay, apesar de ter sido lançado há 31 anos, não deixou de ocupar até hoje as listas das obras mais vendidas do gênero.
A autora, diagnosticada com câncer na década de 1970, dispensou as alternativas de cirurgia e drogas e passou a desenvolver um intensivo programa de afirmações, visualizações, reequilíbrio nutricional e psicoterapia. Ela afirma que ao adotar essa disciplina, após seis meses estava completamente curada da doença.
Em 1980, Louise decidiu colocar no papel todos os métodos que utilizou para se livrar do câncer, pois queria ajudar outras pessoas que passavam pelo mesmo problema. Nascia assim, o livro “Você Pode Curar Sua Vida”. Nele, Louise explica como as crenças e algumas idéias dos seres humanos são quase sempre a causa de seus problemas emocionais e físicos. Segundo a autora, usando certos métodos, as pessoas podem transformar os seus pensamentos e suas vidas para melhor.
“Você Pode Curar Sua Vida” foi traduzido para 35 idiomas e até hoje já vendeu mais de 35 milhões de cópias.
03 – Análise da Inteligência de Cristo
Autor: Augusto Cury
Ano: 2006
Editora: Sextante
Assim como não tenho afinidade com distopias, também não morro de amores por autoajuda, mas não sou hipócrita ao ponto de afirmar que o gênero é a ‘porcaria das porcarias’; mesmo porque não é. Digamos que a ‘Dona Autoajuda’ tem as suas qualidades, mas o meu santo não bate com o dela. Capiche?
Pois é man e mesmo assim, adooooreiiii os cinco livros da coleção de Augusto Cury, “Análise da Inteligência de Cristo”. Não me peça para explicar, porque não saberei responder... apenas gostei e muito.
O autor tenta entender como funcionava a mente do ser humano mais inteligente que já viveu na Terra. Sim, ser humano, porque apesar de sua condição divina, Jesus Cristo viveu como um de nós em sua peregrinação terrena, num corpo frágil susceptível à dor. Cury narra fatos que aconteceram com Jesus e como ele lidou com essas situações, a maioria delas difíceis. Depois traça um elo comparativo com nós seres humanos, ou seja, como eu ou você faria se estivesse passando por problemas semelhantes.
Não tenho vergonha de afirmar que a obra de Cury me auxiliou muito a gerenciar com mais sensatez os meus pensamentos e as minhas atitudes.
A coleção “Análise da Inteligência de Cristo é formada por cinco livros: “O Mestre dos Mestres”, “O Mestre da Sensibilidade”, “O Mestre da Vida”, “O Mestre do Amor” e “O Mestre Inesquecível”. Aqueles que quiserem maiores informações sobre os livros, basta acessar o post que escrevi em fevereiro.
04 – O Monge e o Executivo
Autor: James C. Hunter
Ano: 1998
Editora: Sextante
O personagem central de “O Monge e o Executivo” é um empresário bem sucedido casado e pai de dois filhos. Desde o início de sua vida John se via perseguido por um nome: “Simeão”. De todos os fatos e coincidências, ele não compreendia porque, sempre ao longo dos anos, tinha o mesmo sonho que lhe transmitia a mesma mensagem: “Ache Simeão e ouça-o!”.
Após sua vida entrar numa espiral descendente onde tudo dá errado, sua esposa sugere que ele vá se aconselhar com o pastor de sua igreja, que o indica a participar de um retiro num pequeno e desconhecido mosteiro cristão chamado João da Cruz, localizado perto do lago Michigan. Ao chegar no local, sua vida sofre uma grande reviravolta. Através dessa situação inusitada, o autor James C. Hunter ensina os princípios fundamentais para se exercer uma liderança positiva no trabalho, na família e também em outros setores.
Com de 200 mil exemplares comercializados em 12 anos nos Estados Unidos, o livro se tornou o maior sucesso de vendas da Editora Sextante no Brasil com mais de 3 milhões de exemplares.
05 – Os Sete Hábitos das pessoas Altamente Eficazes
Autor: Stephen R. Covey
Ano: 1998
Editora: Best Seller
Com mais de 15 milhões de exemplares comercializados no mundo inteiro, o livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, escrito por Stephen R. Covey, foi publicado pela primeira vez em 1989. A mais recente edição brasileira traz um novo prefácio do autor e suas respostas às perguntas mais frequentes. Covey é especialista em assuntos sobre família, consultor empresarial e professor.
Em seu livro, o autor acredita que vencer ou fracassar é resultado de sete hábitos. São eles que distinguem as pessoas felizes, saudáveis e bem-sucedidas das fracassadas ou daquelas que sacrificam o equilíbrio interior e a felicidade para alcançar êxito.
Covery faz uma listagem dos principais desafios que enfrentamos em nosso dia a dia e como superá-los através dos ‘famosos’ sete hábitos. Alguns desses desafios são: o medo e a insegurança que temos de perder o emprego e como isso nos leva a focar na independência, em vez de focar na interdependência; a desesperança, quando acreditamos que somos somente vítimas das circunstâncias; a ânsia de ser compreendido, ou a necessidade de atenção que todos temos, querendo reconhecimento o tempo todo.
06 – A Cabana
Autor: William P. Young
Ano: 2007
Editora: Sextante
Uma obra que vendeu mais de 12 milhões de cópias e se tornou um dos maiores fenômenos do mundo literário, sendo lida e elogiada nos quatro cantos do mundo. Este é o panorama fiel de “A Cabana”, livro do escritor canadense William P. Young lançado em 2007
Em sua história, o autor  reescreveu a Trindade (Deus, Jesus e o Espírito Santo) de maneira inovadora e até mesmo polêmica. Uma Trindade que apesar de fugir completamente dos padrões convencionais, os quais estamos tão acostumados a aceitar, manteve o dom de emocionar tantos leitores, chegando até mesmo a arrancar lágrimas de alguns.
“A Cabana” foi outra exceção na minha incompatibilidade com os livros de autoajuda. Li em 2011 e gostei muito. Não se trata de uma obra piegas voltada para importância da força do sub-consciente, energia astral, auras poderosas e outras baboseiras que lotam vários livros de autoajuda, mas com enfoque direcionado para a transformação interior do ser humano – abandono de seus preconceitos – a partir do momento em que ele se entrega nos braços de um Deus acolhedor e não de um Deus que nos castiga pelos nossos erros.
O personagem principal do livro é Mack Philip, cuja filha mais nova foi raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma carta suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar àquela cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta ao cenário de seu pior pesadelo. Lá acontece um encontro que acaba mudando a sua vida para sempre.
07 – O Segredo
Autor: Rhonda Byrne
Ano: 2007
Editora: Ediouro
Cara, lembro quando esse livro foi lançado. Que loucura!!! Chegou perto de uma histeria. Verdade! Filas e tumultos nas portas das livrarias, edições esgotadas em todo o Brasil, além de reportagens que ‘forravam’ as redes sociais e outros meios de comunicação. E sabem qual o motivo de toda essa barulheira? A autora afirmou que havia descoberto a chave da felicidade e que ela iria entregá-la ‘de bandeja’ para as pessoas, desde que comprassem o livro, é claro.
Rhonda Byrne que é seguidora do movimento da Nova Era conta no prefácio da obra que descobriu o segredo da felicidade quando via a sua vida desmoronar. Partindo de um livro que ganhou de sua filha, a escritora passou a fazer um estudo profundo dos grandes nomes da história da humanidade e percebeu que todos eles praticavam o segredo em suas vidas. Um segredo que revelado abriria as portas do sucesso e da felicidade para as pessoas. Byrne diz que fragmentos de um Grande Segredo foram encontrados nas tradições orais, na literatura, nas religiões e filosofias ao longo dos séculos. E vai mais além ao afirmar que, pela primeira vez, todas as peças do Segredo se juntaram numa revelação incrível que poderá transformar a vida de todos que o vivenciarem. De posse desse Segredo – que só a autora sabe; e você tinha dúvidas? – os leitores irão entender o poder oculto e inexplorado que está dentro deles, trazendo alegria a cada aspecto da sua vida. 
Como dizia um velho amigo meu: - “Dessa vez, você apelou, heinn?!”
08 – Um Dia Daqueles
Autor: Bradley Trevor Greive
Ano: 2001
Editora: Sextante
Muito legal os textos e principalmente as fotos desse livro de pouco mais de 100 páginas lançado sem nenhuma pretensão e que transformou, da noite para o dia, o escritor Bradley Trevor Greive em celebridade. Através de expressivas fotos de animais, o livro mostra como superar os dias em que nos sentimos desanimados, pequenos e de mal com a vida.
Tive a oportunidade de ler a obra e achei o máximo. Os textos curtos e bem escritos combinam perfeitamente com as imagens de animais com expressões, surpreendentemente, semelhantes aos estados de espírito humanos. Dei muitas risadas com as fotos de animais ensinando-nos a superar os dias em que sentimos desanimados, pequenos e de mal com a vida. Cada foto!
O autor foi muito inteligente ao retratar situações tristes e chatas, vividas por nós, em nosso dia a dia através de imagens do reino animal. Seja um cãozinho com uma bolsa de água quente na cabeça para aliviar uma enxaqueca daquelas ou então um pintinho que ‘sua a camisa’ para romper a casca do ovo, as imagens conseguem trazer certo alivio para os leitores que estão passando por ‘um dia de cão’.
 09 – Ágape
Autor: Pe. Marcelo Róssi
Ano: 2010
Editora: Globo
O livro do padre Marcelo Róssi já vendeu até agora, mais de 10 milhões de cópias e por isso merece estar nesta lista. Não considero “Ágape” um livro teológico ou filosófico, mas de autoajuda. Nas 128 páginas da obra, o sacerdote se inspira em trechos do Evangelho de São João para fazer reflexões e mostrar o amor divino para quem tem fé.
Padre Marcelo explica que a palavra Ágape quer dizer amor incondicional, generoso e puro, ou seja, um amor do tipo vivido por Jesus durante sua permanência na terra como homem. Em cada capítulo, o padre  cita uma passagem do Evangelho de São João e faz uma interpretação mostrando esse amor que Jesus sentia e ensinava aos discípulos e a quem o seguia. No final de cada capítulo, há uma oração que complementa a reflexão do autor, convidando o leitor a um momento de introspecção.
10 – Quem Mexeu No Meu Queixo
Autor: Spencer Johnson
Ano: 2001
Editora: Record
“Quem Mexeu No Meu Queijo” é uma obra de fácil compreensão e gostosa de ler. Esta afirmação não é minha – mesmo porque não li o livro – mas de um colega que leu e gostou.  Pelo pouco que sei sobre a obra motivacional, trata-se de uma parábola que retrata a vida, suas mudanças e os objetivos (queijos) que muitos buscam.
Segundo sinopse da editora Record, responsável pela publicação do livro no Brasil, o queijo à que se refere o autor é uma metáfora daquilo que se deseja ter na vida, seja um bom emprego, um relacionamento amoroso, dinheiro, saúde ou paz espiritual. O labirinto é o local onde as pessoas procuram por isso: a empresa onde se trabalha, a família ou a comunidade na qual se vive.
Nesta história, os personagens se defrontam com mudanças inesperadas. Um deles é bem-sucedido, e escreve o que aprendeu com sua experiência entre as paredes do labirinto. Suas palavras ensinam a lidar com a mudança para viver com menos estresse e alcançar mais sucesso no trabalho e na vida pessoal.
A obra lançada por Spencer Johnson há quase 15 anos fez muito sucesso em vários países, o que o levou a publicar uma versão infantil do livro chamada “Quem Mexeu No meu Queijo? Para Crianças”.
 Se você aprecia o gênero autoajuda fique à vontade para escolher uma dessas dez obras. Espero ter ajudado.

Inté!

17 julho 2015

Novo livro de Harper Lee causa furor em vários países. Lançamento de “Go Set a Watchman” no Brasil deve ocorrer brevemente

O assunto do momento no mundo literário é o lançamento de  “Go Set a Watchman”, novo livro da escritora americana Harper Lee, autora de “O Sol é Para Todos”. As redes sociais, jornais, rádio e TV só falam nisso; também não é para menos, afinal de contas a autora de 89 anos que vive reclusa num asilo em sua cidade natal, decidiu lançar uma história que ela escreveu há mais de 60 anos e que nunca foi publicada. Os escritos estavam muito bem guardados. Quer mais? Então lá vai: “Go Set a Watchman” foi escrito bem antes de seu mega-sucesso: “O Sol é Para Todos”.
Ah! Pera aí. O que eu escrevi acima vale uma correção: na realidade, Harper  jamais pensou em lançar o seu novo livro; ela nunca desejou isso. Pelo menos é o que garante a maioria das notícias veiculadas nos meios de comunicação.
A ‘Rolling Stone’, cita uma entrevista que Charles Shields, principal biógrafo da autora, concedeu à Folha de São Paulo, onde afirmou que Harper estaria sendo manipulada por Tonja Carter, advogada dela, para divulgar o livro. Na entrevista, ele cita que a ganhadora do Pulitzer  por “O Sol é Para Todos está parcialmente cega e perdeu a capacidade auditiva, ficando inapta para tomar qualquer decisão importante.
Segundo Shields, a escritora sempre soube do paradeiro do rascunho e deixou claro em diversos momentos que não queria publicá-lo. Essa informação contradiz o depoimento de Tonja, que diz ter localizado o manuscrito recentemente e que a escritora aceitou publicá-lo.
Que coisa heimm galera?! Tá parecendo aquelas teorias de conspiração. A reportagem da Rolling Stones solta outra bomba ao expor que logo após o anuncio do lançamento de “Go Set a Watchman” algumas suspeitas começaram a circular na internet, entre as quais a relação entre a morte de Alice Lee, irmã de Harper, e a divulgação da obra.
Harper nos anos 50, época de "O Sol é Para Todos"
Vejam bem: Alice, além de irmã de Harper também era a advogada que cuidava de seus interesses pessoais e principalmente de sua obra. Reza a lenda que Alice cumpria a risca todas as exigências e pedidos da irmã, entre eles o de jamais publicar a história que ela havia escrito antes de “O Sol é Para Todos”. Falecida em novembro de 2014, aos 103 anos, Alice poderia ser um dos entraves para o acerto entre a editora e Haper, digo, Tonja, a sua nova advogada.
A reportagem termina afirmando que pessoas próximas à autora afirmam que ela sofre de senilidade e que há anos deixou de se preocupar com as cláusulas dos contratos propostos, o que teria facilitado o poder de cisão de Toja. PQP!! Se tudo isso se comprovar, essa tal Tonja é pior do que a Cruela!
Mas deixando esses questionamentos de lado e focando na obra, a expectativa dos leitores brasileiros com relação ao lançamento de  “Go Set a Watchman”, aqui na terrinha, é enorme. Os comentários são os de que o livro com tradução para o português deve sair em poucas semanas.
Enquanto isso, no exterior a loucura é total. Livrarias de diversos países passaram madrugadas abertas em 14 de julho, dia do lançamento da obra de Harper.
Nos Estados Unidos, a livraria Barnes and Noble, uma das maiores do país, confirma que  “Go Set a Watchman” bateu recorde de vendagens nesses primeiros dias superando “O Simbolo Perdido” (2009) de Dan Brown que vinha sendo o grande recordista até agora. Editores responsáveis pela publicação do segundo romance da autora de 89 anos acreditam que ele poderá chegar perto dos 30 milhões de exemplares vendidos e que foram traduzidos para 40 idiomas.
Para os leitores que estão explodindo de curiosidade, fica a dica de que o novo livro tem alguns dos mesmos personagens de "O Sol é Para Todos", incluindo o personagem principal, Scout, e seu pai, Atticus Finch.

Agora, só resta esperar a chegada do livro ao Brasil.

14 julho 2015

“Z: A Cidade Perdida” e “O Enigma do Coronel Fawcett” contam detalhes sobre o explorador e arqueólogo que inspirou a criação do personagem Indiana Jones

Os filmes de Indiana Jones animaram as matinês das minhas jovens tardes de domingo. No começo dos anos 80, o único cinema da minha cidade ainda mantinha o habito de passar filmes depois do horário de almoço. E lá estava eu, juntamente com a minha ‘tchurma’, comendo pipocas, paquerando as gatas e fazendo muita bagunça; mas depois que aquele sujeito com chicote nas mãos e chapéu panamá enterrado na cabeça aparecia ‘implodindo’ tudo nas telas, o nosso silêncio era total. Só tínhamos olhos para o cara que se tornou o maior herói da nossa geração.
Jamais imaginei que Indiana Jones fosse real; quero dizer, que os seus filmes fossem baseados na vida de um aventureiro de carne e osso. Para mim, ele não passava de um personagem saído das mentes brilhantes de dois gênios dos cinemas: Steven Spielberg e George Lucas. Bem... esta ilusão durou até ontem à noite, após as minhas habituais zapeadas na net, quando ao entrar numa livraria virtual afim conferir as últimas novidades, topo com um livro chamado: “Z: A Cidade Perdida – A Obsessão Mortal do Coronel Fawcett em Busca do Eldorado Brasileiro”. O release promocional da obra dizia que Spielberg havia criado o seu Indy , inspirado no tal coronel que esteve ‘fuçando’ por terras brasileiras na década de 1920. Outras fontes também confirmavam essa informação.
Não satisfeito, continuei minhas andanças pelas redes sociais à procura de novas provas. E, então... Pimba! “Trombo” com outro livro “O Enigma do Coronel Fawcett: O Verdadeiro Indiana Jones”. Cara, então só me restou dizer: “Não tem jeito, tá sacramentado!
Pois é galera, o Indiana Jones das minhas jovens tardes de domingo, de fato existiu.
Tanto Hermes Leal quanto David Grann – autores de “O Enigma do Coronel Fawcett: O Verdadeiro Indiana Jones” e “Z: A Cidade Perdida – A Obsessão Mortal do Coronel Fawcett em Busca do Eldorado Brasileiro”, respectivamente – garantem que o inglês Percy Harrison Fawcett, desaparecido em 1925, na Amazônia, é considerado um dos maiores exploradores de todos os tempos – tanto que suas aventuras inspiraram obras de Conan Doyle, além dos filmes de Indiana Jones.
Leal e Grann contam que Fawcett acreditava existir uma cidade secreta na Amazonia, um verdadeiro Eldorado, onde vivia uma civilização avançada que utilizada técnicas de trabalho muito mais eficientes do que as nossas. Nem mesmo familiares e amigos chegados conseguiram tirar essa idéia de sua cachola e, então, lá vai o ‘nosso’ aventureiro, acompanhado de seu filho de 21 anos e também de um amigo fotógrafo em busca da cidade desconhecida.
Contam os autores que os planos de Fawcett acabaram vazando e por isso, surgiram outros concorrentes com o mesmo intuito, alguns deles com grande poder aquisitivo, ao contrário do coronel que teve de suar para conseguir financiamento para a sua empreitada. Com tão pouco dinheiro no bolso, só restou ao destemido aventureiro e arqueólogo independente sair na frente dos concorrentes. Dessa forma, ele se embrenhou nas profundezas da selva amazônica, onde desapareceu para sempre.
Coronel Fawcett: o verdadeiro Indiana Jones
Em maio de 1925, escreveu uma última carta à sua esposa, dizendo estar próximo de seu destino e que a cidade misteriosa era uma realidade. Citou na correspondência que ainda tinha as companhias de seu filho Jack e do fotógrafo e amigo, Raleigh Rimell. Desde então, nunca mais se teve notícia do coronel Fawcett e de seus acompanhantes e até hoje o seu desaparecimento continua cercado de mistérios.
Bem, não preciso dizer que o desaparecimento de alguém famoso gera várias lendas urbanas e o com o sumiço do coronel não foi diferente. Primeiro atribuíram a sua morte aos índios, porém nada foi provado, mas a história mais curiosa foi a de um certo professor Hugh McCarthy que decidiu seguir a trilha de Fawcett e também desapareceu, não sem antes, ter escrito uma carta muito misteriosa. A correspondência que chegou via pombo-correio às mãos de um amigo do professor dizia que ele estava muito doente e que a “fria mão da morte” estava muito próxima de tocá-lo, mas mesmo assim, ainda tinha forças para escrever avisando que havia localizado no meio da selva uma cidade de ouro. “É absolutamente inacreditável e maravilhosa, com uma pirâmide de ouro e estranhos templos”. McCarthy enviou, junto com a carta, um mapa com a localização da cidade, mas o seu amigo nunca conseguir encontrar exploradores ou arqueólogos dispostos a montar uma expedição, pois eles achavam que McCarthy havia enlouquecido.
Em seus livros, Leal e Grann dizem que o mapa enviado pelo professor McCarthy acabou sumindo, juntamente com a esperança de encontrar a Cidade Z, como o coronel Fawcett costumava chamá-la.
Grann revela em sua obra que mais de 100 pessoas desapareceram ao longo das décadas em busca de Fawcett. O autor também visitou a Amazônia, descobrindo novas pistas sobre o destino do explorador britânico e mostrando que Z talvez estivesse o tempo todo sob os pés de Fawcett.
O Indy dos cinemas imortalizado por Harrison Ford
Vale lembrar que o brasileiro Hermes Leal pensou em abrir um processo contra Grann, afirmando que o escritor americano plagiou a sua obra “A Cidade Perdida – A Obsessão Mortal do Coronel Fawcett em Busca do Eldorado Brasileiro”.
Cara, vou lhe dizer uma coisa: deixando essa briga jurídica de lado, li os dois livros há cerca de dois ou três anos e posso dizer que ambos são fantásticos. Enquanto, “O Enigma do Coronel Fawcett: O Verdadeiro Indiana Jones” parte mais para uma vertente jornalística; “Z: A Cidade Perdida – A Obsessão Mortal do Coronel Fawcett em Busca do Eldorado Brasileiro” alça vôos mais para o lado aventureiro de Fawcett e de suas estrepolias “À La Indiana Jones’.
E por voltar a ‘falar’ em Indiana Jones, vários jornais americanos e europeus noticiaram nos anos 80 que Spielberg havia criado o seu famoso herói – que ficou marcante na interpretação de Harrison Ford -  após tomar tomar conhecimento de detalhes sobre a vida de Percy Harrison Fawcett, mais conhecido por “Coronel Fawcett”

Tá contado!

12 julho 2015

10 escritores famosos que tinham esquizofrenia ou transtorno bipolar

Vários pesquisadores americanos e europeus afirmam há muito tempo que  existe um forte vínculo entre loucura e a expressão artística. Segundo a pesquisa, pessoas muito criativas são mais propensas a manifestar doenças como a esquizofrenia ou o transtorno bipolar.
Olha, quer saber a minha opinião? Acho que tem alguma coisa à ver, sim. Caso contrário, como você explica o grande número de escritores, pintores, cantores ou poetas com doenças mentais? Cara, são muuuitos!
Enquanto escrevo esse post, fico pensando com os meus botões porque a maioria desses artistas teve um fim trágico, entregando-se as drogas para aliviar o seu desequilíbrio ou então cometendo o suicídio?
É difícil entender, porque o paciente que tem acompanhamento médico periódico e toma os seus medicamentos corretamente, acaba tendo uma vida normal. Tudo bem que às vezes desencadeia um período de crises, mas mesmo assim, eles jamais chegam ao seu limite... ao extremo, quando estão monitorados.
Um dia desses conversando com um psiquiatra que trata de um amigo com esquizofrenia paranóide, ele acabou me dizendo que as ‘grandes cabeças pensantes’ – frase usada por ele – tiveram um triste fim naqueles tempos devido as poucas opções medicamentosas de tratamento. Segundo o médico, muitos desses artistas recebiam o diagnóstico de que eram portadores da doença e alguns até ‘encaravam’ o tratamento, mas a falta de opções de drogas eficientes para controlar a doença colocava tudo a perder. Outro problema citado pelo psiquiatra, era a rebeldia de alguns que não aceitavam jamais que estavam doentes e com isso, se negavam a se submeter a qualquer tipo de terapia.
Bem, mas não estou aqui para encontrar explicações médicas ou científicas sobre esse tema controverso, mas sim, para elaborar uma lista de 10 escritores famosos que apesar de serem portadores de doenças mentais – especificamente, esquizofrenia e transtorno bipolar, conseguiram escrever verdadeiras obras primas que encantaram e conquistaram gerações. E vamos à nossa lista!
01 – Hans Christian Andersen
Esse cara foi fera! Sem ele jamais teríamos conhecido “O Soldadinho de Chumbo”, “O Patinho Feio” ou então, “A Pequena Sereia”. Suas histórias foram traduzidas para 150 línguas diferentes, além de ter inspirados vários filmes de animação. Para que você tenha uma idéia disso, basta dizer que se Hans Christian Andersen  não tivesse nascido, jamais iríamos conhecer clássicos da Disney nos cinemas como “Uma Pequena Sereia” e “Frozen – Uma Aventura Congelante” – o primeiro baseado no conto homônimo do autor dinamarquês e o segundo em “A Rainha do Gelo”, também de sua autoria.
Mas o que poucos sabem é que a mente brilhante que criou essas verdadeiras maravilhas da literatura infantil também era muito perturbada. Andersen sofria de transtorno bipolar e acredita-se que a maior parte de suas histórias foram criadas durante os períodos de depressão.
Segundo alguns pesquisadores da vida do autor dinamarquês, o seu pai também era bipolar, tanto que ficou conhecido como “O Lunático”. Por isso, alguns  pesquisadores acreditam que o transtorno bipolar tem algo a ver com a carga genética.
Andersen também se considerava a pessoa mais feia do mundo, o que pode ter agravado ainda mais a sua doença, fazendo-o se sentir rejeitado pelas mulheres e por isso, buscando o isolamento cada vez mais. Ele expõe essa rejeição em seu conto “O Patinho Feio”.
Pois é, mas apesar do transtorno bipolar, sentimentos de rejeição, falta de acompanhamento médico, Andersen foi considerado um verdadeiro gênio em sua época.
02 – Sidney Sheldon
O autor de inúmeros romances e séries de TV consideradas antológicas, sofria de psicose maníaco-depressiva – conhecida atualmente por síndrome de transtorno bipolar. Sidney Sheldon vivia se acusando em não ser bom o suficiente, mesclava momentos de grande euforia com tristeza profunda e tinha alterações de humor freqüentes; sem contar que aos 17 anos tentou o suicídio misturando soníferos com bebida alcoólica, mas foi impedido, à tempo, pelo seu pai.
A doença teve grande impacto na vida do escritor, principalmente no período da sua infância, mas com o decorrer dos anos, ele foi aprendendo a conviver com esse distúrbio e já, na fase adulta, conseguiu controlá-la com a ajuda de medicamentos, para ser mais específico, com comprimidos de lítio receitados pelo seu médico.
Sheldon conta em sua autobiografia intitulada “OOutro Lado de Mim – Memórias” que ao chegar 83 anos foi obrigado a tornar-se menos ativo por causa da doença que voltaria a atacar com espaços menores apesar do lítio. Mas nessa época, ele já tinha feito história e não precisava provar mais nada.
Sheldon morreu em 30 de janeiro de 2007, aos 89 anos, devido a complicações causadas por uma pneumonia.
03- Anne Sexton
Muitos leitores contemporâneos não devem conhecer essa escritora que em determinado período de sua vida foi diagnosticada como esquizofrênica. Anne Sexton foi uma das poetisas mais relevantes dos anos de 1960 e vencedora do Prêmio Pulitzer em 1967.
Dona de um estilo pessoal e confessional onde expunha todos os seus medos, angústias e segredos íntimos mais insanos, conquistou em pouco tempo um grande numero de leitores que se identificam com os seus escritos.
A autora fazia questão de deixar transparecer em sua poesia uma vida marcada pelo vício em álcool, drogas estupefacientes, internações em instituições para doentes mentais e mortes de familiares.
Para que a galera entenda a importância da poesia de Sexton, em seu tempo, além de ter ganho o Pulitzer, ela foi convidada a fazer uma palestra na Universidade Harvard, foi nomeada professora universitária na Universidade de Boston e ensinou poesia em Harvard e Radcliffe. E pasmem, conseguiu todas essas conquistas sem ter formação acadêmica!
Infelizmente, o fim da escritora-poetisa foi triste. Em 4 de outubro de 1974, ela almoçou ao lado de uma amiga para revisar o seu manuscrito de “The Awful Rowing Toward God”, que seria publicado em março de 1975. Ao retornar para casa, Sexton vestiu o velho casaco de peles de sua mãe e se trancou em sua garagem, deixando o motor de seu carro ligado e cometendo suicídio por intoxicação por monóxido de carbono.
04 – Virgina Woolf
Virginia Wolf foi mais uma grande escritora que cometeu suicídio. Devido ao ambiente propício em que viveu, Woolf ingressou no mundo literário bem cedo. Seu pai era um conhecido editor de jornal inglês e incentivou a sua filha, ainda criança, a escrever histórias e poemas.
O seu primeiro romance, A Viagem, foi publicado em 1915 pela editora do seu meio-irmão, a Geral Duckworth and Company Ltd. A partir daí Woolf passou a publicar romances e ensaios, tornando-se uma intelectual pública com sucesso tanto crítico quanto popular. Obras como “Noite e Dia” (1919) e “Mr. Dalloway” (1925) são classificadas como notáveis. Ela é vista como uma das maiores romancistas do século vinte e uma das principais modernistas.
A escritora tinha transtorno bipolar grave e a primeira crise da doença aconteceu aos 13 anos e durou aproximadamente seis meses. Seguiram-se vários episódios maníaco-depressivos psicóticos (1897, 1904, 1910, 1912, 1915, 1936, 1941), além de quadros interfásicos e pelo menos duas tentativas de suicídio. Em seu diário, recordava-se de um deles como uma “pulsação desenfreada, com um sentimento de grande excitação incontrolável, seguindo-se um estado da mais profunda depressão e auto-acusação”.
Familiares de Woolf afirmaram que durante os períodos de crise, ela conversava incessantemente, mas os assuntos iam ficando incoerentes e já no dia seguinte ela piorava muito, a ponto de ter de ser segurada pelas suas  enfermeiras (Virginia tinha quatro). Da mesma forma, descrevem que, quando Virginia se apresentava em depressão, negava estar doente e se dizia culpada por tudo que ocorria.
Em 28 de março de 1941, escreveu duas cartas de despedida para o marido e sua irmã, dizendo-se prestes a enlouquecer novamente e, temendo o paulatino retorno das alucinações auditivas, encheu os bolsos com pesadas pedras e afogou-se no rio Ouse, perto de Sussex.
05 – Phillip K. Dick
Um dos mestres da ficção científica tinha esquizofrenia e chegava a ter surtos muito graves. Mas a doença não o impediu de criar verdadeiras obras primas do gênero, entre elas: “O Caçador de Andróides”, escrito em 1968 e que deu origem ao filme “Blade Runner – O Caçador de Andróides”; “Lembramos Para Você a Preço de Atacado” que acabou se transformando em “O Vingador do Futuro”, mega sucesso dos cinemas; e “O Relatório Minoritário”, inspiração para “Minority Report – A Nova Lei”, filmaço de 2002 com Tom Cruise.
K. Dick morreu com apenas 53 anos, em 1982, e não teve tempo para desfrutar do sucesso de suas obras com os seus leitores do mundo todo. Antes de morrer, o escritor havia publicado as suas histórias em revistas obscuras e sem importância de sci-fi. Elas só receberiam o devido valor, anos depois de sua morte quando uma legião de editoras passou a disputar a ‘muque’ os seus enredos porque sabiam que haviam desprezado uma verdadeira mina de ouro.
O famoso autor tinha alucinações onde escutava vozes, além de reclamar que era espionado pelo F.B.I.  No auge de seus delírios, provocados pela esquizofrenia, K.Dick chegou a pensar ser um cristão do século I perseguido pelos romanos. Nestas horas, tinha convicção que vivia num universo paralelo. 
Quando se separou de sua primeira esposa, passou a se envolver com drogas pesadas o que só fez agravar ainda mais a sua doença. Neste período – meados de 1960 – ele tentou o suicídio. Após ser internado numa clinica de reabilitação conseguiu abandonar o vício das drogas.
Em 1982, o autor sofreu um enfarto fulminante. Dessa forma, a ficção científica perderia um de seus maiores mestres.
06 – Ryunosuke Akutagawa
Ryunosuke Akutagawa, um dos principais contistas do Japão, morreu jovem, aos 35 anos, depois de ingerir uma overdose de Venoral; acredita-se que após um surto psicótico. Akutagawa sofria de esquizofrenia paranóide e de acordo com alguns pesquisadores se recusava a seguir qualquer tipo de tratamento.
Sua mãe teria sido acometida por séria doença mental, falecendo em 1902. O fato marcou toda a vida do escritor, que temeria para sempre que seu destino fosse similar ao da mãe.
Akutagawa tinha uma forte queda para a literatura desde a juventude e em 1913 ingressou na Universidade Imperial de Tóquio, onde estudou literatura inglesa e se destacou por seu brilhantismo. Nesse período teve início sua fértil produção. Publicou seu primeiro romance intitulado “Rashomon”, em 1915 e logo de cara já atinge o seu primeiro sucesso.  A partir de 1921, sua saúde física e mental entra em declínio. Devido a um abatimento nervoso, passou a ter alucinações. Em 24 de julho de 1927, sucumbe à depressão e se suicida.
07 – Sylvia Plath
A tragédia envolvendo a escritora e poetisa Sylvia Plath e o seu filho caçula Nicholas prova que, de fato, o transtorno bipolar é hereditário: ambos cometeram suicídio. Sem dinheiro, sem sucesso profissional e amoroso, a escritora, em sua ultima crise, decidiu usar gás de cozinha para se matar. Décadas após a morte da poetisa, seu filho, um solitário professor universitário que ficava constantemente deprimido, também se suicidou em 2009  no Alasca. Ele não era casado e não tinha filhos. Mãe e filho tiveram um triste final.
O suicídio de Sylvia Plath aconteceu aos 30 anos, quando já era mãe de dois filhos e separada pelas infidelidades do poeta inglês Ted Hughes. 
Reconhecida principalmente por sua obra poética, Sylvia Plath escreveu também um romance semi-autobiográfico, "A Redoma de Vidro" ("The Bell Jar"), sob o pseudônimo de Victoria Lucas, com detalhamentos do histórico de sua luta contra o transtorno bipolar. Assim como Anne Sexton, Sylvia Plath é creditada por dar continuidade ao gênero de poesia confessional, iniciado por Robert Lowell.
08 – Ernest Hemingway
Na manhã do domingo de 2 de Julho de 1961, o escritor Ernest Hemingway colocaria fim em sua própria vida. Após acordar bem cedo, silenciosamente, e ter deixado a sua mulher dormindo na cama, o escritor dirigiu-se ao quarto onde estavam guardadas as armas, pegou uma espingarda e disparou um tiro fatal na boca. Trinta anos antes, o pai do escritor, o médico Clarence Edmonds Hemingway, tinha se suicidado aos 28 anos de idade, no seu consultório, com a velha pistola Smith & Wesson do avô.
Hemingway que suicidou-se aos 61 anos de idade foi mais um gênio da literatura diagnosticado com transtorno bipolar, alternando momentos de grande euforia com outros de depressão intensa.
 Em 1953, ganhou o prêmio Pulitzer, e, em 1954, faturou o prêmio Nobel de Literatura; tudo graças ao romance lendário escrito por ele e que encantou gerações: “O Velho e o Mar”. O que mais sensibilizou os leitores na obra foi o aspecto simbólico do texto: o velho era claramente o próprio Hemingway; o peixe com que ele lutou, a literatura ou a própria vida.
Antes de “O Velho e o Mar”, Hemingway havia escrito outras pérolas da literatura mundial, entre as quais: “Os Assassinos” e “As Neves do Kilimanjaro”.
09 – Agatha Christie
Quando o assunto é doença mental, há uma certa divergência entre alguns biógrafos no que se relacione a Agatha Christie. Um segmento acredita que a “Rainha do Crime” acabou ficando deprimida por escrever constantemente, dedicando pouco tempo para outras tarefas. A vida da autora era escrever, escrever e novamente escrever, o que a teria levado a um esgotamento nervoso. Outros estudiosos acham que Christie sofria de transtorno bipolar desde a sua infância o que se agravou com a morte de sua mãe. As duas teorias levam à um único fato: o famoso e misterioso sumiço da escritora em dezembro de 1926, depois de uma briga com o marido, o coronel Archibald Christie, após ele pedir o divórcio.
Nessa noite, ela deixou um bilhete com a sua secretária, explicando que estava indo para o norte da Inglaterra. No entanto, o seu carro foi encontrado mais tarde, não muito longe de sua casa, perto de um lago, com várias roupas suas. Isso ocasionou um enorme clamor do público em geral. Seu desaparecimento foi noticiado na primeira página do The New York Times, e 15 mil voluntários e mil policiais vasculharam a área próxima procurando por ela. Para que vocês tenham uma idéia da comoção popular em torno do caso, até o conceituado escritor Sir Arthur Conan Doyle, criador do personagem Sherlock Holmes, contratou um médium e deu-lhe uma das luvas de Christie para tentar ajudar a investigação. Acredite, é verdade!
Dez dias mais tarde, ela foi encontrada no Swan Hydropathic Hotel, em Harrogate, Yorkshire, onde tinha sido registrada como a senhora Teresa Neele, da Cidade do Cabo, África do Sul. Mas a intriga só aumentou após o seu regresso, quando dois médicos a diagnosticaram com amnésia, e ela insistiu que não tinha nenhuma lembrança dos acontecimentos dos últimos 11 dias. 
Que coisa, heimm?
10 – Carrie Fisher
Alguns podem estranhar o nome de Carrie Fisher nesta lista de escritores, mas acontece que além de ter sido a intérprete da eterna Princesa Léa da trilogia original de “Guerra nas Estrelas”, ela também tem intimidade com a escrita. É de Fisher o livro “Postcards from the edge” que narra, em forma de ficção, sua descida ao inferno das drogas e a difícil convivência com a mãe dominadora, a atriz Debbie Reynolds. O livro foi transformado por Mike Nichols no filme “Lembranças de Hollywood” (1990) com Meryl Streep.
A atriz e escritora descobriu ser maníaca depressiva (transtorno bipolar) aos 24 anos, quando estava no auge da fama. Ela conta que não buscou nenhum tipo de tratamento, o que só agravou a doença.  Nesta época, ela se enterrou-se nas drogas, fazendo com que as crises se tornassem cada vez mais freqüentes.
Apesar de sua luta contra o abuso de substâncias químicas e o transtorno bipolar, Fisher continuou aparecendo em filmes e em programas de TV ao longo das décadas de 80 e 90. Em 1997, sofreu um surto psicótico após uma busca por medicamentos para tratar a sua depressão crônica.
Ao se conscientizar da gravidade da doença, a escritora e atriz decidiu buscar tratamento. Ela disse em uma entrevista que passou até mesmo por terapia de eletrochoques.
Por hoje é só galera.

Inté!

Instagram