27 fevereiro 2014

Os Invasores de Corpos



Quando eu era criança e também em minha pré-adolescência sempre tive muito mais medo dos filmes que mostravam seres alienígenas com aparência  humana. Aqueles monstrengos desengonçados com pernas em excesso ou então todos escamosos que chegavam em suas pomposas naves espaciais não conseguiam me assustar, mas em compensação a série “Os Invasores” que tomava conta das TVs na década de 60 me fazia borrar as calças. A história de David Vincent que descobrira uma invasão alienígena em andamento e por isso viajava de um lugar a outro tentando frustrar os planos dos alienígenas e alertar a Terra, metia um medo danado – pelo menos em mim – além de provocar uma baita ansiedade. Quanto aos monstros radioativos, marcianos malvados e venusianos sanguinolentos, olha... Cara, não dava pra engolir.
O livro “Os Invasores de Corpos” escrito por Jack Finney em 1955, exerceu em mim o mesmo fascínio da série televisiva Os Invasores. Acho que por ter a mesma premissa da série televisa, ou seja, não mostrar monstros alienígenas, mas sim alienígenas com ‘casca humana’ acabei me interessando pela obra.
Confesso que comecei a ler o livro sem muitas pretensões, mas conforme a leitura ia evoluindo, acabava preso num enredo fantástico que não me deixava largar o livro em hipótese alguma. Quando percebi, havia devorado todas as páginas em menos de dois dias. E olha que na época estava entupido de serviço. Oh Man!! A obra literária é boa demais! Viciante! E o mais importante, nada de cabeças rolando, membros decepados, mutilações a mil e sangue para todos os lados. O livro de Finney respira tensão, medo, suspense e terror, sem apelar para descrições sangrentas.
Outra grande sacada do escritor foi trazer para o contexto das obras de ficção científica, da época,  uma idéia completamente diferente e revolucionária e que muitos críticos mal informados consideraram uma grande loucura, um verdadeiro tiro no pé.
Cena do filme baseado na obra de Jack Finney
Enquanto os escritores convencionais ‘daqueles tempos’ ainda pegavam carona na idéia de H.G. Wells e o seu fantástico “Guerra dos Mundos”, elaborando histórias de invasões alienígenas com naves espaciais pilotadas por seres hediondos de outros planetas; Finley deu chute nisso tudo e rodou a baiana. Ele substituiu as naves espaciais e os viajantes interplanetários por  vegetais alienígenas que viajam pelo espaço durante milhares de anos em busca de um planeta onde pudessem se reproduzir, substituindo seres vivos. E então, as ‘vagens-aliens’ encontram a  Terra. Os organismos originais padecem, enquanto, de dentro de vagens gigantes, irrompem clones desprovidos de emoção. Cara!! Um verdadeiro golpe de mestre. Imaginem só, como uma idéia dessa natureza foi recebida naquela época.
Meu! Acredito que Finley não estava nem aí para os críticos. Ele deve ter pensado: - “Que se danem todos, o que eu quero é sair da mesmice!” Mil vezes valeu Finley!
O autor narra os fatos de forma fria e irônica, mas apavorante, passando para os leitores uma verdadeira fobia. Na história, as pessoas percebem que os seus familiares deixaram de ser aquelas pessoas que eram antes, mudando as suas atitudes, mas de uma maneira sutil, tanto é, que apenas ‘os mais chegados’ percebem tais sutilezas.
Não vou ficar estragando a história com spoilers – grandes ou pequenos – sabem como é... as vezes acabo me empolgando e quando ‘caio na real’ já estou vomitando spoilers pra todos os lados. E estragar uma história dessas seria um verdadeiro sacrilégio.
Para finalizar gostaria de dar uma dica para a galera que pretende ler “Os Invasores de Corpos”: assistam, também, ao filme dirigido por Phillip Kaufuman, de 1978, com Donald Sutherland, Jeff Goldblum e Leonard Nimoy (o eterno Sr. Spok de Jornada nas Estrelas). A produção cinematográfica é uma verdadeira obra prima. Tudo bem que seja uma refilmagem de “Vampiros de Almas”, de 1956, dirigido pelo saudoso Don Siegel, mas a história de Kaufman é ‘animal’.
Inté!

21 fevereiro 2014

10 livros que serão lançados em fevereiro e março de 2014. Alguns bons, outros nem tanto.



“Lulu my Love” é uma das minhas maiores incentivadoras quando o assunto é comprar livros. Agradeço à Deus por isso: Thanks! Mil vezes Thanks my God!!! Acho que se fosse o contrário, eu acabaria tendo um enfarto. Caraca, só de pensar nisso já me vem à mente a saga do Marcos, um antigo colega dos tempos de universidade. O pobre do sujeito – um super devorador de livros, assim como eu – era obrigadérrimo à comprar os seus Bestsellers escondido de sua namorada que vivia grasnando que ele dava mais atenção aos livros do que para ela. E o pior é que, na época, o Marquinhos carregava um caminhão de cimento pela garota. Como já estávamos no último ano, perto de nos formarmos, não sei quem venceu essa batalha feroz: a Simone ou os livros.
Bem, cheguei a ter pesadelos com isso. Imagine só “Lulu” disparando o petardo: - “Larga esses livros homem! Vai viver um pouco a vida!!”. Mas como sou um sujeito afortunado, “Lulu my Love” jamais faz dos livros um concorrente, pelo contrário, fica de olho nas promoções das lojas virtuais e, assim, no Natal, aniversário, dia dos namorados e mais dias disso e daquilo me presenteia com livros que ela um dia descobriu que eu gostaria de ganhar.
E este post surgiu assim. Numa de suas vasculhadas pela Net, Lulu descobriu vários livros que seriam lançados brevemente no mercado e me alertou: - “Frido, fica de olho!” Qualquer dia desses explico a etimologia do apelido Frido (rssss). Ela acabou sugerindo ‘uns’ quatro pré-lançamentos. Foi, então, que tive a idéia de escrever um post falando só sobre os livros que ainda serão lançados para deixar os leitores do blog e da Fan Page com aquela agüinha saborosa na boca.
Optei pelas obras que serão lançadas ‘logo-logo’, ou seja, neste mês e também em março. Aproveitei os quatro livros indicados por Lulu (os quais já me prometeu que virão para a minha sala de leitura, tão logo sejam colocados à venda) e completei a relação com mais seis obras. Vamos à elas:
01 – Não Se Preocupe Comigo (Marcelo Yuka / Bruno Levinson)
Editora: Sextante
Lançamento: 14 de março
Li um trecho do primeiro capítulo do livro auto-biográfico do ex-baterista d’O Rappa e parei. É verdade! Literalmente parei. Cara, revelações surpreendentes numa escrita ágil que te agarra como uma teia de aranha. Resultado: mesmo com o cartão estouradão parti para a compra do livro. Neste primeiro capítulo, Yuka já começa de cara contando como ficou paraplégico no dia 9 de novembro de 2000 após ter levado nove tiros num assalto. Ele descreve o antes, o durante e o depois desse trágico momento.
Pelo release distribuído pela Sextante, deu pra sentir que Yuka não teve papas na língua, soltando o verbo, inclusive contra os seus ex-amigos do grupo O Rappa, do qual acabou sendo ‘forçado’ a sair após a tragédia que o vitimou.
Yuka revela que foi amigo de bandido, de político e de policial e confessa o que levou de bom e de ruim dessas amizades.
“Não Se Preocupe Comigo” foi escrito em depoimento ao jornalista, poeta e produtor musical Bruno Levinson, autor de "Vamos Fazer Barulho! Uma Radiografia de Marcelo D2" e criador do festival Humaitá pra Peixe.
02 – Nua: O Caso Blackstone (Raine Miller)
Editora: Objetiva
Lançamento: 14 de março
PQP! Lá vem outro romance que coloca o erotismo acima do enredo! Putz, acho que chegou a hora de parar né?! Confira o resumo do release de divulgação distribuído para as livrarias virtuais: “Quando o bem-sucedido empresário Ethan Blackstone compra um retrato de Brynne Bennett, ele quer possuir mais do que uma imagem emoldurada: ele a quer nua em sua cama.”
Olha, cá entre nós, eu prefiro enredos de qualidade e com personagens bem estruturados e não um romance do tipo molha cueca e com gotas de sadomasoquismo e fetichismo ‘a la vonté’. Cara, confesso que histórias do tipo “50 Tons de Cinza”  já encheram vários sacos. Ah! Antes que me esqueça, “Nua” fará parte de uma trilogia. Oh! Man!!!! No!! Isto significa que virão mais dois por aí! “Entrega Total” e “Olhos nos Olhos”. Kkkkkkk!
Mas, infelizmente sinto que esse tipo de romance continua conquistando a preferência de grande parte dos nossos jovens leitores. Fazer o que...
03 - Uma Carta de Amor (Nicholas Sparks)
Editora: Arqueiro
Lançamento: 10 de março
Podem falar ou escrever o que quiserem de Nicholas Sparks – que os seus romances são piegas, folhetinescos, simplórios, sabrinescos e isso e mais aquilo – mas adoro o cara. Ele é fera, um dos melhores escritores dessa nova geração. Aqueles que o criticam tanto, talvez não gostem do gênero ‘leia-me com um lencinho nas mãos”, assim, aproveitam para torpedeá-lo, já que se trata de um autor que está sempre na mídia.
Se Sparks fosse tão ruim, as suas histórias não teriam sido adaptadas à exaustão para os cinemas. Meu... não dá para chamar de ‘marreteiro’ um autor que escreveu uma obra prima chamada “Diário de Uma Paixão”. É por isso que estou aguardando com expectativas mil o lançamento do livro “Uma Carta de Amor”.
Em seu novo livro, Sparks narra a história de uma mulher que se divorciou do marido após ter sido traída por ele. Desde então, não acredita no amor e não se envolveu seriamente com ninguém.
Convencida pela chefe de que precisa de um tempo para si, resolve passar férias em Cape Cod. Durante a semana de folga, depois de terminar sua corrida matinal na praia, Theresa Osborne encontra uma garrafa arrolhada com uma folha de papel enrolada dentro.
Ao abri-la, descobre uma mensagem que começa assim: "Minha adorada Catherine, sinto a sua falta, querida, como sempre, mas hoje está sendo especialmente difícil porque o oceano tem cantado para mim, e a canção é a da nossa vida juntos."
Comovida pelo texto apaixonado, Theresa decide encontrar seu misterioso autor, que assina apenas "Garrett". Após uma incansável busca, durante a qual descobre novas cartas que mexem cada vez mais com seus sentimentos, Theresa sai à sua procura. Ao encontrá-lo, os dois passam a viver um história de amor cheia de reviravoltas e muitas emoções.
Deixe-me preparar o meu lencinho aqui. Ehehehehe...
04 – Em Busca de Francisco (Ian Morgan Cron)
Editora: Sextante
Lançamento: 19 de março
Vou ser sincero com vocês, aliás, como sempre fui. Este livro é uma incógnita. Isso mesmo, a incógnita das incógnitas. Pode ser bom, mas também pode ser uma bomba. Algo que me deixou com um pé atrás: não encontrei nenhuma informação consistente nas redes sociais, a não ser no site da Sextante que é a editora da obra. E é claro que o pessoal de lá não iria ‘falar’ mal do livro de Ian Morgan Cron por nada desse mundo. Não é? (rs). Fora as informações da Sextante, nadica de nada.
Quanto a Morgan Cron, o que descobri é que se trata de um pastor-adjunto da Igreja Cristã Episcopal de Greenwich, no estado americano de Connecticut. Ele também é psicoterapeuta e palestrante, além de estar concluindo o doutorado em espiritualidade cristã na Universidade Fordham. Quanto ao enredo de “Em Busca de Francisco”, segue o que a editora distribuiu para divulgação: “Chase Falson é um pastor evangélico da Nova Inglaterra que perdeu a fé em Deus, na Bíblia e na sua igreja. Atormentado por dúvidas existenciais, ele fica ainda mais abalado com a morte repentina de uma criança da sua congregação e começa a pôr em xeque todas as certezas que antes eram os alicerces de sua vida. Seus questionamentos o fazem mergulhar em uma profunda crise espiritual e, depois de ter um colapso em pleno culto, acaba sendo afastado de seu ministério. Decepcionado consigo mesmo por não ter se mantido firme em sua crença, Chase decide passar um tempo na Itália com seu tio Kenny, um padre franciscano. Lá ele é apresentado aos ensinamentos de São Francisco de Assis, que viveu há mais de 800 anos e cuja maneira simples de amar Jesus mudou a história do mundo e renovou a Igreja Católica em meio às trevas da Idade Média. Considerado por muitos o "último cristão", São Francisco foi um homem que nasceu em uma família rica, mas abriu mão de tudo o que tinha para viver como pregava Jesus Cristo, dedicando-se aos menos afortunados e amando todas as criaturas, chamando-as de irmãos. Santo inconformista, ele não criticou a Igreja como instituição, mas também não aceitou mantê-la como ela sempre fora. Em vez disso, colocou em prática todas as mudanças que queria ver à sua volta. Na tentativa de recuperar sua fé e preencher o vazio da alma, Chase concorda em partir em peregrinação pelos lugares sagrados em que Deus se revelou ao venerado santo italiano. Ao longo dessa busca, ele conhece diversas pessoas que vivenciaram incríveis experiências de fé. As histórias emocionantes que elas lhe contam iluminam seu caminho para reconquistar a graça, a humildade e a alegria de viver.”
E então, topas uma lidinha??
05 – A Noite dos Mortos-Vivos e A Volta dos Mortos-Vivos (John Russo)
Editora: DarkSide Books
Lançamento: 12 de março
Valeu DarkSide! Vocês são demais!! Só estão desenterrando coisas boas. “O Massacre da Serra Elétrica”, “A Morte do Demônio”, “Os Goonies” e agora essa jóia rara de John Russo.
Se hoje estamos vivendo uma verdadeira febre de zumbis, uma autêntica ‘zumbizolândia’, com filmes, séries e documentários sobre os famosos monstrengos, devemos e muito à duas pessoas: George Romero e John Russo. Essa dupla dinâmica foi responsável pelo roteiro de um filme que revolucionou a indústria cinematográfica, principalmente as produções do gênero terror: “A Noite dos Mortos-Vivos”.
Décadas e mais décadas antes de Walking Dead, Romero e Russo já haviam descoberto que pessoas mortas-vivas e devoradoras de cérebros seriam muito lucrativas nos cinemas, fugindo daquele cansativo clichê de vampiros engomadinhos.
E agora, depois de 45 anos, finalmente é publicado no Brasil pela DarkSide o romance do filme que marcou gerações. Aqueles que quiserem conhecer mais detalhes sobre a obra de John Russo que já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais, basta conferir o post que escrevi sobre o assunto.
Ah! Já ia me esquecendo. A DarkSide promete lançar “A Noite dos Mortos-Vivos e A Volta dos Mortos-Vivos” em dois formatos: um com capa dura, hiper produzido e outro em brochura, com um preço mais acessível.
06 – Convergente: Uma Escolha Vai te Definir (Verônica Roth)
Editora: Rocco
Lançamento: 14 de março
Olha... nem Divergente e Insurgente e muito menos Convergente. Desculpem-me os adolescentes e também os adultos que curtem esse gênero literário, mas as tais trilogias distópicas são um saco. Tudo bem, apenas um livro sobre distopia dá pra ir, desde que bem escrito e com um enredo perto do convincente, mas três!!! Me recuso a chegar perto (rs).
Ok, para quem possa interessar a obra distópica de Verônica Roth traz uma versão futurista da cidade estadunidense de Chicago, onde a sociedade se divide em cinco facções dedicadas ao cultivo de uma virtude - a Abnegação, a Amizade, a Audácia, a Franqueza e a Erudição. Aos dezesseis anos, em uma grande cerimônia de iniciação, os jovens são submetidos a um teste de aptidão e devem escolher a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas. Para a personagem principal Beatrice, a difícil decisão é entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. Então faz uma escolha que surpreende a todos, inclusive ela mesma. Capitche?
Se você conseguiu deglutir “Divergente” e “Insurgente”, penso que terá estômago para “Convergente”. No meu caso, como ainda estou pensando se leio ou não a saga “Jogos Vorazes”, fica difícil.
07 – Doze Anos de Escravidão (Solomon Northup)
Editora: Penguin Companhia
Lançamento: 25 de fevereiro
Oba! Oba! Já está na minha listinha de leituras. E como está! Se o livro for como o filme – que assisti recentemente – com certeza irei devorá-lo em um dia. Não é à toa que a produção cinematográfica está concorrendo a uma batelada de Oscars.
No livro, Northup – um violinista negro, livre, e com um alto grau de instrução - narra a sua saga como escravo. Como já contei em detalhes num post sobre o livro que escrevi há pouco tempo (confira aqui), o autor conta detalhadamente sobre o seu seqüestro e venda como escravo. Durante doze anos ele foi submetido a trabalhos forçados em diversas fazendas na Louisiana, até ser libertado em uma batalha judicial.
Este relato autobiográfico, publicado depois da libertação de Northup, em 1853, logo se tornou um best-seller, e hoje é reconhecido como a melhor narrativa sobre um dos períodos mais nebulosos da história dos Estados Unidos. Verdadeiro elogio à liberdade, esta obra apresenta o olhar raro de um homem que viveu na pele os horrores da escravidão.
Imagina só se ainda não reservei o meu? Quanto ao estouro do cartão, bem... resolvo depois.
08 – A Queda (Michael Connely)
Editora: Suma de Letras
Lançamento: 14 de março
Ainda não tive oportunidade de ler nenhuma obra de Michael Connely, por isso seria muita leviandade de minha parte tecer algum comentário sobre os seus livros. Através de pesquisas na Net, deu pra sentir que Connely é capaz naquilo que faz ou seja, criar bons enredos policiais. Seus romances foram traduzidas em mais de 35 idiomas diferentes. E venhamos e convenhamos, não é qualquer escritor que consegue essa proeza. Mas como já disse, até não ler algum livro do cara – prefiro ficar na ‘minha’, neutrinho da Silva. Por isso vou publicar apenas algumas informações – liberadas pela editora - sobre o enredo do seu mais recente livro que será lançado em março no Brasil, chamado “A Queda”.
“A três anos da aposentaria, a carreira do detetive Harry Bosch no Departamento de Polícia de Los Angeles está perto do fim. Numa manhã, ele recebe dois novos crimes para solucionar, junto com seu parceiro David Chu. No primeiro, uma prova de DNA, encontrada no pescoço de uma vítima de um crime cometido há vinte anos, indica que o criminoso era uma criança de apenas oito anos. As evidências levam Bosch a se perguntar se o caso apontaria para uma criança assassina ou se houve uma falha do laboratório de análises criminais. O segundo crime investigado não é menos instigante: um delito que tem, certamente, caráter político. O filho do vereador Irvin Irving - um antigo inimigo de Bosch - pulou ou foi empurrado da janela de um hotel de luxo. O mais surpreendente é que foi o próprio Irving quem solicitou ao Departamento de Polícia que a investigação fosse conduzida por Bosch.”
Só mais uma ‘cosita’, o tal Harry Bosh, detetive e personagem principal de “A Queda” já apareceu em 20 romances do autor, além de vários contos.
Taí, quem ainda não leu Connely e quiser dar uma arriscadinha fique à vontade.
09 – Casa de Segredos (Chris Columbus e Ned Vizzini)
Editora: Galera Record
Lançamento: 03 de março
Guillermo Del Toro é o grande responsável pelo menino aqui estar ‘botando’ a maior fé nesse lançamento literário da Galera Record. Chris Columbus à exemplo de Del Toro é mais um cineasta de sucesso – dirigiu os dois primeiros filmes da série Harry Potter: ‘A Pedra Filosofal’ e ‘A Câmara Secreta’ – que decidiu se enveredar pelo mundo da literatura. Cara, quem garante que Columbus não irá repetir o sucesso de Del Toro? Se deu certo com o criador da ótima “Trilogia da Escuridão”, as possibilidades de também dar certo com o diretor dos dois primeiros Harry Potter são grandes. Por isso, estou acreditando demais no sucesso de “Casa dos Segredos”.
Quanto ao co-autor Ned Vizzini, ficou conhecido nos Estados Unidos pelo lançamento de um livro onde explica como conseguiu se curar de uma profunda depressão. A obra fez tanto sucesso que acabou ‘virando’ filme: “Se enlouquecer, não se apaixone”. Ocorre que na realidade, Vizinni não conseguiu se curar totalmente da doença, já que ele se suicidou no final do ano passado com apenas 32 anos.
Bem, mas vamos à sinopse: “Bredan, Eleanor e Cordelia Walker um dia tiveram todos uma bela casa em São Francisco, pais adoráveis e todo tipo de bugiganga eletrônica que podiam desejar. Mas tudo mudou depois que o pai médico perdeu o emprego em um misterioso incidente. A família está em dificuldades e precisa se mudar mais uma vez. À primeira vista a mansão Kristoff parece perfeita, apesar de seus mais de cem anos. Bem melhor e mais espaçosa do que qualquer coisa que a família viu nos últimos tempos - e com um preço excelente. Mas a casa que pertencia ao misterioso escritor Denver Kristoff está muito além das aparências... Não só é boa demais para ser verdade: é assustadora e cheia de segredos. E quando os Walker percebem que um vizinho - não por acaso a filha de Denver Kristoff - pode ter grandes planos para eles, é tarde demais. Os três irmãos vão parar em um lugar selvagem que parece se misturar ao terreno da casa. Uma coisa é certa: eles não estão mais em São Francisco. Seus pais? Desaparecidos. Os amigos? Bem longe dali. E, para completar, os Walker não estão sozinhos. Guerreiros medievais patrulham as florestas, piratas fantasmagóricos rodeiam os mares e uma rainha sedenta por poder governa aquelas terras. A família está presa no mundo fantástico de Kristoff! Para sobreviver terão de vencer as próprias fraquezas enquanto mantêm sob controle seus impulsos amis sombrios. A chave para deixarem o lugar pode estar na relação entre os Kristoff e os Walker, que já atravessa gerações. Mas, à medida que desvendam o próprio legado eles vão descobrir o verdadeiro significado de lar, desvendar muitos segredos e perceber que não é apenas sua família - está mais para a humanidade - que está correndo perigo.”
10 – Saga A Ditadura (Elio Gaspari)
Editora: Intrínseca
Lançamento: 27 de fevereiro
Esta ‘saga-reportagem’ sobre a ditadura militar escrita pelo jornalista Elio Gaspari não se trata propriamente de um lançamento, mas de uma reedição, já que os livros foram lançados há quase 12 anos. A saga de Gaspari é formada por “A Ditadura Envergonhada” (2002), “A Ditadura Escancarada” (2002), “A Ditadura Derrotada” (2003) e “A Ditadura Encurralada” (2004).
Penso que como jornalista, tenho o dever de ler esses quatro livros para conhecer um pouco mais sobre um dos períodos mais controversos vivido pelo Brasil. E ‘reviver’ esse período através da visão de uma das lendas vivas do jornalismo brasileiro é um grande privilégio. Por isso, terei de encontrar um espacinho na minha apertadíssima lista de leituras para encaixar essa coleção de Gaspari.
A obra do autor é centrada nas principais figuras do período ditatorial: os generais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva. Embasado em documentos pessoais de ambos, a obra desmembra os bastidores do regime militar que por duas décadas mergulhou o Brasil num regime de exceção.
Beleza galera! Aguardemos os lançamentos!

14 fevereiro 2014

Darkside lança em março “A Noite dos Mortos Vivos e A Volta dos Mortos Vivos”



Se hoje eu morro de rir dos filmes de zumbis, no passado eu morria de medo. Culpa de  George A. Romero e do seu “A Volta dos Mortos Vivos”. Quando assisti esse filme tinha os meus 12 anos e só faltei entrar debaixo da poltrona do cinema. Gente, que saudades daquele tempo em que não perdia uma sessão de fim de semana no saudoso Cine São Salvador da extinta (creio eu) Empresa Teatral Pedutti. Mesmo a produção sendo censurada para as crianças, o menino aqui acaba sempre driblando o porteiro, graças a amizade do meu irmão mais velho (que assistia aos filmes junto comigo) com o gerente do cinema. Que saudades galera! Tô sendo sincero; a emoção bateu com tudo aqui no peito. Me desculpem, mas vou divagar um pouco, não tem como evitar galera. Era aquela época em que não existiam cartazes dos filmes, pelo menos nas cidades pequenas, então, os cinemas contratavam pintores para desenhar detalhes do filme numa tela toda branca que ficava afixada nas paredes externas do prédio. Na cidade em que morava tinha um japonês ‘fantastic’. O cara usava aquelas boininhas de pintor e ‘despejava’ nas telas verdadeiras obras de arte. Parece que estou vendo o japonezinho baixinho, meio corcundinha, com uma barbichinha no queixo e ‘trepado’ numa escada elaborando os traços mágicos do filme. As pinturas que mais me marcaram foram “A Sétima Viagem de Simbad” e “A Noite dos Mortos Vivos”.
Quando passei na frente do cinema e vi o japa pintando um zumbi todo torto com um pedaço de alguma coisa sanguinolenta nas mãos, fiquei impressionado e pedi ao o meu irmão para usar a sua influencia junto ao gerentão. E lá fomos nós.
Cara, gostei tanto do filme que mesmo após tantos anos, o roteiro desenvolvido por John Russo e o próprio Romero ainda me assusta. Fato que não ocorre com os monstrengos de Residente Evil, Walking Dead e Guerra Mundial Z. Sei lá, acho os zumbis de hoje muito rápidos, capazes de escalar paredes, subir muros, dar pulos acrobáticos, cambalhotas, virar a cabeça para trás como a ‘Reagan Possuída’ de “O Exorcista”. Meu! Os caras abusam dos ilimitados efeitos do nosso amigo computer.
Edição em brochura
Os zumbis do passado, quer dizer, os zumbis de “A Noite dos Mortos Vivos” e até mesmo aqueles da refilmagem de 1985, “O Regresso dos Mortos Vivos” eram lentos (dava a impressão que estavam em stop-motion), desajeitados, desengonçados, mas  a-s-s-u-s-t-a-v-a-m. Captcha?! Por isso, não há como não tirar o chapéu para esses dois sujeitos: Russo e Romero.
E que surpresa ao garimpar na Net na manhã de hoje em busca de alguns livros numa ‘super-promoção’ – que inclusive, já comentei na Fan Page do blog – dei de cara com o livro da editora Dark Side: “A Noite dos Mortos Vivos e A Volta dos Mortos Vivos” e escrito por quem? Vai, tente adivinhar. Por ninguém mais do que John Russo, a fera que roteirizou o filme de 1968 juntamente com o lendário George A. Romero. E aqui cabe uma curiosidade: Russo, além de roteirista, interpretou um dos zumbis do filme. Engraçado né?
Mesmo o livro não estando disponível – os sites das principais livrarias virtuais o colocaram apenas em pré-venda, já que será lançado somente no dia 12 de março próximo – não pensei duas, três ou quatro vezes e já reservei o meu volume.
E agora que deixei de divagar, gostaria de dizer que se eu fosse vocês, reservaria imediatamente o meu exemplar, porque vale a pena. O livro de Russo é uma romantização do filme de 1968, mas não tipo copião do filme. Nada disso. O texto literário tem muitas diferenças da produção cinematográfica e com certeza os leitores irão perceber essas nuances.
“A Noite dos Mortos Vivos” inclui ainda uma surpresa para os leitores: o texto integral da sequência do clássico, que nunca chegou a ser filmada, chamada de “A Volta dos Mortos-Vivos” (não confunda com a comédia trash de 1985, que também contou com Russo no time de roteiristas). Isso mesmo: são dois romances de John Russo no mesmo volume. 
Edição capa dura
Para aqueles que desconhecem ou não se lembram da história que revolucionou os cinemas em 1968, segue o roteiro de Russo e Romero no qual o livro foi baseado: “A radiação provocada pela queda de um satélite faz com que os mortos saiam de suas covas como zumbis comedores de gente, fazendo com que um grupo de pessoas refugiados em uma casa tenham que lutar pela sobrevivência contra uma horda sedenta de carne e sangue.”
E para você ainda está em dúvida se vai ou não adquirir o livro, gostaria de dizer que “A Noite dos Mortos Vivos” rompeu todos aqueles paradigmas do zumbi oriundo do vodu ou então de qualquer outro ‘lance’ de magia negra. Russo e Romero idealizaram o zumbi sanguinário e violento que tem como hobby se alimentar de cérebros humanos.
O filme virou polêmica na época de seu lançamento por suas cenas de violência e pelo final apocalíptico, chamado de satanista e "contra os valores religiosos". Antes do lançamento oficial do filme, os realizadores depararam com um grande problema em sua distribuição. As produtoras puritanas da época só distribuiriam “A Noite dos Mortos Vivos” com cortes nas cenas sangrentas e/ou um final mais otimista, o que era completamente contra a ideologia dos responsáveis pelo filme.
Quanto ao layout, a Darkside lança a obra em duas edições e para os bolsos de todos os tamanhos. O livro no fomato brochura  - mais simples - custa R$ 29,90 , na promoção, enquanto que o da edição limitada com capa dura, capaz de deixar os leitores babando, sai em média por  R$ 45,00.
Ah! Repetindo: o livro já está em pré-venda nas grandes livrarias virtuais. A previsão é de que chegue ao mercado no dia 12 de março.
É isso aí, divirtam-se!

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