17 julho 2025

Alguns livros, às vezes, conseguem mandar até o mais persistente dos leitores pra lona

Desde o dia em que adquiri o hábito pela leitura; hábito que foi sendo cultivado ao longo de toda a minha infância e adolescência - graças aos meus “anjos da guarda literários” como minha mãe, meus professores e bibliotecárias (se quiser saber mais sobre isso veja  aqui e mais aqui) - dificilmente abandonei um livro. Criei até um ditado particular: “Seja bom ou ruim, livro comigo é até o fim”, mas confesso que às vezes – quase sempre, poucas vezes – é difícil seguir a risca esse ditado.

Galera, concluir a leitura de algumas obras é barra e daquelas barras bem pesadas. Comparo alguns enredos a uma verdadeira via crucis como se o leitor estivesse carregando uma cruz pesada nas costas e essa cruz nada mais é do o livro. Vejam bem, não acredito que existam livros que sejam ruins de um modo geral, ou seja, para todos os leitores. Sempre defendi a tese de que um enredo literário pode desagradar 10 leitores, mas em contrapartida, agradar outros 100. Portanto, para mim não existe história ruim, apenas histórias que não me agradaram: livros que são verdadeiras cruzes nas minhas costas, mas nas costas dos outros são verdadeiros bálsamos.

Achei importante fazer esse esclarecimento para que os seguidores do blog, Insta e fanpage do “Livros e Opinião” não se assustem com as obras que irei citar nessa postagem e acabem desistindo de lê-las.

Dadas as devidas explicações vamos ao que interessa. Devo a Mister Magic – Os Bastidores da Ilusão a ideia de escrever esse post. Decidi comprar o livro de Kiersten White após ter lido vários comentários positivos de leitores que amaram o enredo. Outro ponto positivo que pesou na balança na hora da compra foi o seu enredo que bem resumidamente diz respeito a um grupo de crianças que apresentava um icônico programa infantil na TV e que terminou abruptamente com a saída de uma delas. O “X” do mistério é descobrir o porque dessa criança ter sido “resgatada” do programa pelo seu pai que, por sua vez, sempre evitava dizer o motivo desse “resgate” para a filha., além de mantê-la isolada do mundo. Lembrando ainda que essa situação, um tanto traumática, fez com que essa criança, agora adulta, se esquecesse de tudo o que teria acontecido naquela época, sofrendo um apagão. Após mais de 30 anos, esse grupo de apresentadores, hoje já homens e mulheres formados, decidem se reunir para descobrir, de fato, o que houve naquela época.

Cara, confesso que esse enredo me fisgou como um peixe, mas infelizmente não “vingou”. A leitura enroscou; não deslancha de maneira alguma. Muita enrolação; enrolação e mais enrolação na solução do mistério. A grosso modo, compare esse mistério a ser desvendado como um bolo cheio de camadas e com o recheio no seu núcleo, bem no meio. Na minha opinião, a autora se enroscou na camada de glacê e ficou por ali, se esquecendo das outros camadas de massa, chantilly e doce de leite até se chegar ao recheio principal que está, como já escrevi, no núcleo do bolo. Para que o leitor tenha uma ideia dessa “enroscada no glacê”, basta dizer que o livro tem 318 páginas e eu já estou perto de 200, para ser exato, 198 páginas, e até agora... nada; só enrolação.

Quando concluir a leitura de Mister Mágic – Os Bastidores da Ilusão estarei escrevendo uma resenha e dando mais detalhes. Creio que não desistirei da história, mesmo porque já passei bastante de sua metade e por isso, desistir agora, seria uma grande “covardia literária”.

Mas agora, quero abrir o meu coração para a galera, confessando que já perdi batalhas para outros livros, não conseguindo lê-los até o final. Talvez os tenha escolhido num momento ruim ou os seus enredos acabaram sendo incompatíveis com a minha faixa etária que ansiava por outros tipos de enredos; sei lá, o que posso afirmar é que não gostei e desisti.

O primeiro deles que me obrigou a abandonar a leitura, pasmem: foi Aeroporto de Arthur Hailey, um livro considerado por muitos, uma verdadeira obra prima. Comprei o livro por causa do filme de 1970 com Burt Lancaster, George Kennedy, Dean Martin, Jacqueline Bisset e outra gama de astros e estrelas hollywoodianas daquela época. Havia assistido ao filme em VHS, anos após o seu lançamento nos cinemas, e gostado muito. “Entonce” resolvi ler a obra literária e... a leitura empacou.

Tinha em mãos um romance que tanto os leitores quanto os críticos da época haviam elogiado aos borbotões e com um enredo incrível, mas acontece que... a leitura não ia.

No início pensei que o grande número de páginas, 563, havia sido o motivo, mas ocorre que eu já tinha lido e adorado sagas bem mais extensas. Depois imaginei que a causa desse bloqueio com o romance de Hailey seria o número excessivo de personagens e consequentemente as tramas paralelas. Em resumo, não sei explicar exatamente qual foi a causa. Essa empacada valeu até um post sobre o assunto. Aqueles que se interessarem poderão saber mais detalhes nesse link.

Mas querem saber qual livro que, de fato, me nocauteou? Após receber vários golpes no fígado, estômago, seguido de um direto no queixo, o livro Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada, de Laurence Gardner, conseguiu me mandar para a lona. Tentei, mas não deu. Desisti.

Acredito que um dos mistérios que mais intriga os religiosos, arqueólogos e a comunidade científica, de um modo geral, é a arca da aliança. Segundo relatos bíblicos, a arca foi construída no século 13 a.C., por ordem de ninguém menos que Moisés para guardar as tábuas dos Dez Mandamentos.

Mas onde está a arca? Ela, de fato, existiu? Qual o seu poder? Qual a opinião da comunidade religiosa e científica? Qual a relação dos templários com o artefato? Eram tantas as minhas dúvidas que acabei indo com toda sede ao pote. Pena que ele caiu e se quebrou.

O livro de Gardner não esclareceu nenhum desses questionamentos. Parecia que eu  estava lendo um livro sobre alienígenas. A primeira chutada de balde do autor foi a de que Moisés não seria judeu, mas um faraó egípcio chamado Akhenaton que fugiu do Egito após tentar cultuar um único Deus. Depois desse vieram outros golpes; vários jabs, uppercuts, cruzados, ganchos  e o 'diretaço' que me mandou pra lona. Explico todos esses “golpes” nesse post que escrevi na época em que tentei ler o livro de Gardner.

Pois é galera, agora, voltando para o presente, torço pra que o enredo de “Mister Magic – Os Bastidores da Ilusão” deslanche e que assim, eu comece a atingir outras camadas desse bolo porque já estou enjoado de “comer glacê” (rs).

Inté!

12 julho 2025

Os tempos mudaram! Está “chovendo” lançamentos e relançamentos de Stephen King. Destaque para “O Concorrente” que retorna acompanhado de um filme

Ainda hoje me lembro como era tenso ficar na expectativa do lançamento de um livro de Stephen King. Cara, era trash; alias muito trash, para todos nós, fás de carteirinha do mestre do terror. Primeiro vinham os boatos, depois as notícias desencontradas, na sequência as dúvidas, até que finalmente vinha a confirmação, mas a confirmação da publicação do livro nos ‘States”; quanto a sua tão aguardada chegada nas livrarias brasileiras, bem... nós, fãs do Tio King ainda tínhamos uma outra via crucis para enfrentar: a data da chegada da obra, aqui na ‘Terrinha’ já traduzida para o nosso idioma. Pois é, era um novo ciclo de agonia enfrentado pelos leitores.

Estou me referindo aos “áureos” e “sofridos” tempos de A Coisa (ainda na época da editora Objetiva e com aquela capa medonha e mal feita), Tripulação de Esqueletos, A Dança da Morte, A Espera de Um Milagre, e outras obras primas dos anos 80, 90 e algumas dos anos 2000, entre as quais posso citar Novembro de 63. E por falar nesse tal novembro do Tio King; cara... como esse livro gerou expectativas no Brasil com relação ao seu lançamento! Tanto é verdade que no dia de sua “aterrissagem” nas livrarias brasileiras, formaram-se filas enormes de leitores impacientes em adquirir o novo calhamaço do autor.

Mas recuperando a minha linha de raciocínio; estou contando tudo isso que expus no início da postagem porque estranhei a mudança radical no contexto envolvendo lançamentos de King. Cara, numa ‘lapada’ só teremos no mês de agosto um lançamento e um relançamento do autor. Considero O Garoto do Colorado um lançamento, pelo menos para nós leitores  brasileiros, porque apesar da obra ter sido publicada nos Estados Unidos e parte da Europa em 2005; só agora, no mês de agosto, ela chegará às livrarias tupiniquins. Quanto ao relançamento – O Concorrente – a história já havia sido publicada por aqui, pela Suma, em 1982.

Nova capa do relançamento de "O Concorrente"

Ah! Pensou que chegou ao fim a avalanche de lançamentos do Tio King para os leitores brasileiros?  Se pensou, errou; porquê em maio os fãs do autor ganharam um outro presentaço: o inédito Não Pisque que partiu para o abraço nos leitores brasileiros em 27 de maio de 2025. Galera, é muita emoção para todos nós que amamos os enredos criados pelo nosso tiozão.

Aproveitando esse assunto, quero escrever algo sobre o relançamento de O Concorrente que acontecerá no mesmo mês do lançamento do filme homônimo que na realidade é um remake da ´produção de 1987 com Arnold Schwarzenegger.

O motivo de escrever pela segunda vez um post sobre O Concorrente não tem nada a ver com a chegada de um filme baseado na obra e muito menos o “lançamento, praticamente, casado” de livro e filme. O motivo é outro: simplesmente, eu amei a obra literária e quero escrever novamente sobre ‘ela’. ‘Entonce’ como surgiu essa oportunidade, vamos à luta.

No post que publiquei ainda no primeiro ano da criação do blog, isso lá nos idos de 2011, enalteci o livro e critiquei o filme (veja aqui). Hoje, após quase 15 anos não mudo a minha opinião. Trata-se de um livraço; quanto ao filme, não posso fazer a mesma afirmação.

O livro O Concorrente é fantástico e não é a toa que o próprio Stephen King o considera o melhor dos cinco livros escritos pelo seu alter ego Richard Bachman.

Utilizando-se de uma narrativa extremamente vigorosa e realista, Bachman/King, transporta o leitor para um mundo futurista, em 2025  (frisando que o autor escreveu a história em 1982), dominado pelos meios de comunicação onde a televisão é a grande vedete. Ela invade os lares americanos saciando o desejo de sangue dos telespectadores através de uma rede de TV especialista em promover jogos onde o vencedor ganha como prêmio a vida e o perdedor, a morte. A impressão que temos, ao ler o livro, é que estamos retrocedendo à Roma dos gladiadores, mas à uma Roma do futuro.

Capa do livro publicado no Brasil em 1982

Nesse futuro distópico, os Estados Unidos afundaram em miséria, poluição e repressão. A única coisa que ainda funciona - e muito bem - é a televisão. Controlada por uma megacorporação implacável, a programação oferece ao povo o que ele mais deseja: violência, drama e sangue ao vivo. É nesse contexto sufocante que Ben Richards, um homem desesperado, sem emprego e com uma filha doente, aceita participar de O Foragido, o reality show mais mortal da grade: trinta dias de fuga ininterrupta, enquanto é caçado por assassinos profissionais. Cada passo seu é filmado. Se ele conseguir escapar com vida desse jogo, ele recebe uma grande quantia em dinheiro que poderá mudar a sua vida e mais do que isso, salvar a vida de sua filha.

O Ben Richards criado por King é um personagem complexo, movido pelo ódio que brota de sua alma por não ter dinheiro suficiente para salvar a filha. Esse ódio cresce ainda mais, quando ele é obrigado a se humilhar na frente de milhares de pessoas que passam a caçá-lo como um animal, querendo o seu sangue em troca da vida de sua filha. Essa personalidade conflituosa do personagem das páginas de King/Bachman não existe no brutamontes interpretado por Schwarzenegger que só pensa em fugir, lutar e bater.

O relançamento de O Concorrente, com uma nova tradução, faz parte de um projeto da editora Suma, já em andamento, para trazer de volta obras de King escritas sob o pseudônimo de Richard Bachman, explorando gêneros além do horror, como o de ficção científica presente neste livro.

Em "O Concorrente", remake do filme "O Sobrevivente", Glen Powell assume o papel que foi de Arnold Schwarzenegger na produção de 1987

Galera, vocês prestaram atenção nas linhas que eu escrevi nesse penúltimo parágrafo? Cara, tenha certeza de que eu quase surtei quando soube dessa informação. E não é para menos: a Suma decidiu relançar todas as histórias escritas pelo Tio King na época em que ele adotou o pseudônimo Richard Bachman. Isto quer dizer que ainda seremos presenteados com os relançamentos de A Auto-Estrada (1981), A Maldição do Cigano (1984) e Os Justiceiros (1996), os três com um novo layout e uma nova tradução, seguindo o mesmo projeto gráfico de A Longa Marcha lançado em 2023 e de O Concorrente que chega no mês de agosto.

Vamos também torcer para que dentro do pacote do projeto “Os Livros de Bachman” da Suma esteja Blaze, romance inédito de King, escrito antes de Carrie. Vale lembrar que King reescreveu, editou e atualizou a novela inteira.

Quanto a Rage (1977) publicado no Brasil com o título de Fúria é bom não alimentarmos nenhuma esperança já que após o tiroteio na escola Heath High, King anunciou a proibição do livro temendo que isso pudesse inspirar tragédias semelhantes. Fúria por um tempo continuou a estar disponível no Brasil em Os Livros Bachman. Por isso aqueles que tiverem um exemplar dessa obra publicada em 1977 pela editora Francisco Alves, guarde num cofre cercado de seguranças porque você tem em mãos um verdadeiro tesouro. Destaco ainda que em uma nota de rodapé no prefácio de Blaze, de 30 de Janeiro de 2007, King escreveu sobre Rage:. “Agora fora de catálogo, e é uma coisa boa.”

Pera aí, deixe-me escrever algumas linhas sobre o remake do filme medonho com Arnold Schwarzenegger. Vamos lá: o novo filme que vai se chamar “O Concorrente” – mesmo título do livro de Richard Bachman) - estreia em 06 de novembro de 2025 e será estrelado por Glen Powell, que assume o papel de Arnold Schwarzenegger, e conta com a direção de Edgar Wright. 4. Powell, para quem não sabe, interpretou o piloto Jake ‘Hangman’ Seresin em “Top Gun: Maverick”, um jovem e arrogante piloto da Marinha dos EUA. Ele também esteve presente no filme Twisters lnaçdo em 2024.

Tomara que o filme “O Concorrente” seja melhor do que o seu antecessor.

Valeu galera!

 

06 julho 2025

10 livros de terror com poucas páginas que irão agradar os leitores que detestam calhamaços

Gosto muito de livros de terror, mas nem sempre estou disposto a encarar um calhamaço do gênero. Só leio aquelas infinitudes de páginas quando estou com tempo sobrando e principalmente disposto. No mais, preferido as histórias com um número menos “assustador” de páginas, e se for daquelas com menos de 200 páginas, melhor ainda.

Galera, gosto de ler sim e faço jus aquele ditado de que o “verdadeiro leitor não se assusta com o número de páginas de um livro”, acontece que estou vivendo uma fase mais do que corrida na minha vida profissional; correria essa, que começou no início do ano e provavelmente continuará até perto de 2025. Sabem que lance de novos projetos que precisam ser criados, avaliados e rotulados? Pois é, estou vivendo esse clima. Agora imaginem, além disso, ter um blog para atualizar e livros para ler. Portanto, resolvi maneirar nos calhamaços, só se me interessar muito.

Por viver essa situação atípica, tive a ideia de escrever um post explorando esse contexto, ou seja, dos livros de terror com  poucas páginas; daqueles que só assustam os leitores com o seu enredo e não com o número “fenomenal” de páginas.

Se você se enquadra na categoria de leitores amantes do gênero terror mas tem pavor de encarar obras que são verdadeiros calhamaços... está no lugar certo. Este post é prá você.

Selecionei 10 livros de terror muito elogiados pela galera e que dispensam o apelido de “mil folhas”; pelo contrário, eles são muito pequenos no quesito número de páginas. Vamos a eles.

01 – O Chamado de Cthulhu (H.P. Lovecraft)

Esta história que a maioria dos leitores consideram a mais icônica de H.P. Lovecraft, geralmente está presente em coletâneas do autor. É muito difícil encontra-la como história solo devido ao seu pouco número de páginas, mas a DarkSide resolveu dar um “presentaço” para os fãs de um dos mestres do terror: uma publicação solo de O Chamado de Cthulhu ilustrada e em capa dura. Uma edição pra lá de luxuosa. Digna de colecionador.

O conto foi escrito em 1926 e publicado pela primeira vez na revista Weird Tales em 1928, e hoje, é considerado um clássico absoluto.

Agora, o artista francês François Baranger apresenta a versão ilustrada definitiva da história. Esta edição foi publicada originalmente através de financiamento coletivo, que conseguiu arrecadar nove vezes mais do que o autor havia solicitado. A arte de Baranger consegue evocar como poucos o universo sombrio, etéreo e nebuloso descrito por Lovecraft.

São apenas 64 páginas de uma história marcante e horripilante.  O Chamado de Cthulhu narra a investigação de um sobrinho sobre a misteriosa morte de seu tio, um professor que estudava uma entidade cósmica maligna chamada Cthulhu. A história é contada através de três narrativas interligadas, revelando a existência de cultos antigos que adoram Cthulhu e buscam trazê-lo de volta à Terra, evento que traria o fim da humanidade.

Editora: ‎Darkside

Data da publicação: 16 novembro 2021

Capa: Dura

Número de páginas: 64 páginas

Dimensões: 23.2 x 1 x 30.6 cm

02 – A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Washington Irving)

A história é uma das mais antigas da ficção norte-americana. A partir da lenda de um homem decapitado montado em seu cavalo, tradicional referência no antigo folclore europeu, Irving estruturou a obra A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça considerada uma das primeiras histórias de fantasmas da literatura dos Estados Unidos.

Ainda que sua aparição inicial tenha acontecido no século XIX, há 202 anos, o cavaleiro sem cabeça, criado por Irving, gerou um grande impacto cultural que continua ecoando nas mídias artísticas, seja no cinema, teatro e na literatura. Dentre as variadas versões inspiradas no conto, evidenciam-se o filme mudo “The headless horseman” (1922), a animação da Disney “As aventuras de Ichabod e Sr. Sapo” (1949) e a adaptação cinematográfica de 1999, dirigida por Tim Burton.

No romance, o leitor encontra suspense, terror, intrigas e comicidade. E tudo isso, em pouco mais de 70 páginas com ilustrações. A obra conta a história de Ichabod Crane, que há pouco havia se mudado para um pacato lugarejo. Mas a aparente calma daquela comunidade escondia um segredo macabro: a presença ameaçadora de um cavaleiro sem cabeça vagando pelos campos à noite.

Editora: ‎Nova Alexandria

Data da publicação: 15 maio 2009

Capa: Brochura

Número de páginas: 64 páginas

Dimensões: 20.83 x 14.22 x 0.76 cm

03 – A Hora do Espanto: A Cadeira de Balanço (Edgar J. Hyde)

Hora do Espanto de Edgar J. Hyde é uma série de livros infanto-juvenis de terror. Cada um tem uma história própria e independente, sem uma ordem cronológica de leitura. Se não me engano já foram lançados nove livros da série. A Cadeira de Balanço é o sexto.

A história desenvolvida por J. Hyde recebeu vários elogios de leitores nas redes sociais. A maioria foi quase unânime em afirmar que a história é muito bem desenvolvida, simples mas intrigante, além de rapidinha. Muitos também afirmaram que mesmo sendo uma história infanto-juvenil, ela arrepia.

No enredo desenvolvido por J. Hyde, um jovem chamado Gerry Tooms, que mora em frente a uma casa abandonada, observa um homem velho sentado em uma cadeira de balanço na varanda. O velho começa a se comunicar com Gerry através de mensagens em jornais, prevendo eventos perigosos que podem acontecer com a cidade. A história gira em torno do mistério de quem é o velho.

Em resumo; a trama envolve uma casa abandonada, um homem misterioso em uma cadeira de balanço que prevê o futuro, e um jovem que precisa usar essas predições para evitar uma ameaça à cidade.

Editora: ‎Ciranda Cultural

Data da publicação: 1 janeiro 2015

Capa: Brochura

Número de páginas: 112 páginas

Dimensões: 20.2 x 13.6 x 0.1 cm

04 – Sete Gritos de Terror (Edson Gabriel Garcia)

E tem autor canarinho na área. Juro que fico muito feliz quando autores brasileiros publicam obras que são muito elogiadas pela galera; obras de qualidade. Afinal de contas, temos de torcer pelo o que é da nossa terrinha. E cá, entre nós, temos muito escritores de alto nível, principalmente no gênero terror. Taí César Bravo, André Vianco, Raphael Montes e Bruno Ribeiro, entre outros, que não me deixam mentir.

O gênero terror se tornou tão popular entre os escritores brasileiros que até mesmo aqueles que não estão acostumados a escrever enredos com essa peculiaridade, se aventuraram por esse caminho pelo menos “uma vez na vida”. Prova disso é o escritor Edson Gabriel Garcia, natural de Nova Granada – atualmente residindo em São Paulo - e pós-graduado em Educação e Comunicação. Ele que já foi professor por mais de 30 anos, publicou mais de dez livros, alguns já traduzidos para outros idiomas. Dos 12, apenas um do gênero terror; e muito elogiado.

Durante as minha zapeadas na “net” vi vários comentários positivos para esse livro.

O release promocional da editora Elementar explica que o livro é uma coletânea de histórias recolhidas da memória das pessoas e de diversos lugares, reconstituídas dramaticamente e que causam susto, medo e pavor.

O release prossegue expondo que o leitor sentirá calafrios ao se envolver nas aventuras assustadoras vivenciadas pelos personagens dos contos, entre eles: A mais bela noite de Margarida; O casal de velhos; O anel da falecida; O jardim de inverno do Barão; Uma aposta de muito medo; Os dentes de Madalena; A última história.

A nota promocional da editora termina acrescentando que “estas sete histórias envolvem o leitor do início ao fim, enredado em sustos e pavores que o instigam a querer ler sempre mais”.

Pronto! Entrou para a minha lista de compras: culpa desse release chamativo (rs).

Editora: ‎Elementar

Data da publicação: 30 de setembro de 2011

Capa: Brochura

Número de páginas: 104 páginas

Dimensões: 20.6 x 13.8 x 0.4 cm

05 – Sete Ossos e uma Maldição (Rosa Amanda Strausz)

Ôba! Tem mais terror brasileiro na área! Agora a ‘bola da vez’ dessa top list é a jornalista e escritora carioca Rosa Amanda Strausz. No post que escrevi há quase 10 anos, quando li “Sete Ossos e uma Maldição” (ver aqui) opinei que os contos possuem finais devastadores, mas não todos. Quatro histórias – Crianças à venda. Tratar aqui, Dentes tão brancos, O fruto da figueira e Morte na estrada – são verdadeiras obras primas do gênero terror. Eles arranham, machucam, enfim, deixam o leitor incomodado com aquele calafrio que começa na nuca e termina na base da espinha. E para que uma história de terror, seja no formato conto ou livro, possa ganhar o status de ‘obra-prima’, ela deve, antes de tudo, incomodar; mexer com aquele medo secreto que todos nós temos e que fica muito bem escondido em nosso íntimo. E estes quatro contos de Strausz fizeram isso comigo.

Quanto aos outros seis, não. Até achei o desenvolvimento dos seus enredos convincentes, mas quando chegou a hora da conclusão, de fato, não me convenceu. Achei os finais dos contos: Devolva minha aliança, Os três cachorros do senhor Heitor, O chapéu de guizos, Sete ossos e uma maldição, A procissão e O elevador pouco atraentes. Mas isso não tira o mérito da obra. Não gostar de finais de enredos é algo muito pessoal; pode ser que eu não goste, mas a maioria goste. O que vale, na realidade, é o desenvolvimento do enredo, e os contos escritos  por Amanda Strausz são muito fluidos e conseguem prender a atenção.

Outros pontos positivos são os diálogos impecáveis e o layout, incluindo as ilustrações internas (cada conto com direito a uma ilustração). Que show!

Editora: ‎Global Editora

Data da publicação: 1 de janeiro de 2013

Capa: Brochura

Número de páginas: 112 páginas

Dimensões: 22.8 x 15.6 x 0.6 cm

06 – Terra Amaldiçoada (Douglas Lobo)

Um enredo de terror de qualidade e assustador com apenas 146 páginas. Um livro ideal para os leitores muito atarefados e sem tempo para encarar os famosos calhamaços.

O autor narra em Terra Amaldiçoada a saga de Fabrício Machado que após ter sido demitido de seu emprego em São Paulo, decide retornar na sua terra natal, no interior do Piauí. Ali, espera reavaliar sua vida para decidir o rumo a seguir. Logo porém ele descobre que o ambiente rural arcaico onde cresceu está em extinção. O progresso chegou, ameaçando sua fazenda, sua família e todo um modo de vida.

Quando uma série de assassinatos começa a ocorrer, Fabrício desconfia que uma presença sobrenatural assombra sua terra. Uma força aterrorizante que não cessará de matar até que se vingue do mundo que a criou.

Não se trata apenas de uma simples história de terror, mas também de um drama rural cheio de segredos e todos esses segredos diretamente ligados ao plano de compra das fazendas desenvolvido por uma misteriosa empresa e também ao ataque dessa força desconhecida e aterrorizante. Todas essas tramas muito bem amarradas e com um final fantástico graças a um plot twist que acredito pegará os leitores de surpresa.

Editora: ‎ Douglas Hamilton Santos Lobo

Data da publicação: 1 de janeiro de 2013

Capa: Brochura

Número de páginas: 146 páginas

Dimensões: 15.24 x 0.91 x 22.86 cm

07 – O Vilarejo (Raphael Montes)

Livraço! Muito bom mesmo. O Vilarejo traz sete contos assustadores distribuídos em apenas 96 páginas. Cada um dos sete contos do livro de Raphael Montes representa um pecado capital, todos eles cometidos pelos moradores de um vilarejo localizado num lugar distante e que acaba ficando isolado após a chegada da guerra e do inverno.

As narrativas exploram as profundezas mais sombrias da alma dos habitantes desse vilarejo numa velha disputa entre o bem e o mal, a vida e a morte, a tentação e a salvação.

Apesar de serem sete narrativas diferentes, a medida em que o leitor vai lendo todos os contos, eles vão se transformando numa única história e com um final que “amarra” tudo, não deixando nenhuma ponta solta. Por isso, aconselho que – apesar de serem histórias independentes - os sete contos sejam lidos na sequência.

Conforme fui lendo o livro percebia, por exemplo, que a sétima história mudava o final da primeira; a quarta fazia com que eu odiasse o personagem que tinha amado na segunda, e assim, sucessivamente. Tipo um quebra cabeças, cujas peças vão se juntando, conforme você avança na leitura. Cara, achei isso incrível, super original.

Editora: ‎Suma

Data da publicação: 14 de agosto de 2015

Capa: Brochura

Número de páginas: 96 páginas

Dimensões: 22.8 x 15.4 x 0.8 cm

08 – Joyland (Stephen King)

Todos os fãs do mestre do terror sabem que ele adora escrever aquelas obras quilométricas. Taí It(A Coisa) e A Dança da Morte para comprovar tal afirmação. Mas, ele também escreve livros digamos... dentro de um padrão normal de páginas. Joyland, um livro muito elogiado tanto pela crítica especializada quanto pelos leitores tem apenas 240 páginas, o que para o estilo “King de ser” pode ser considerado bem atípico.

No enredo, uma moça muito bonita chamada Linda Gray foi morta, há anos, num parque de diversões chamado Joyland. Diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma, uma das principais atrações do parque. A partir daí um personagem chamado Devin decide embarcar em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso.

Em 2016, época em que havia lido o livro, escrevi uma resenha da história. (Veja aqui).

09 – A Loteria (Shirley Jackson)

Muitos dizem que esse conto publicado originalmente em 1948 na revista New Yorker, é uma das histórias mais brutais e influentes da literatura contemporânea. O enredo conta com várias ilustrações de Miles Hyman, especialista em graphic novels e em adaptações de literatura clássica.

O texto de Shirley Jackson e as ilustrações de Hyman compõem uma visão misteriosa de um vilarejo onde a história se desenrola e o ritual bizarro que seus habitantes colocam em movimento. Os quadros coloridos e meticulosamente detalhados pelo ilustrador criam uma atmosfera tensa e inquietante. O impacto para os leitores foi tamanho que muitos se questionaram se havia cidades com aqueles hábitos estranhos que a autora narrara.

Em A Loteria a autora conta a rotina de uma aldeia fictícia que vai se reunindo na praça da cidade para um momento comunitário sobre o qual não sabemos muito. Tudo parece tranquilo, as famílias interagem, até que os homens que representam as famílias passam a sortear nomes, e é aí que o clima da situação começa a ganhar características ritualísticas macabras. A maioria dos leitores e também a crítica literária especializada consideram um conto bastante cruel que narra uma cerimônia tradicional que ninguém sequer pensa em contestar. Quando a vítima desse momento é escolhida, é bem triste ver sua reação.

São 160 páginas ilustradas que merecem ser lidas, principalmente pelos amantes do gênero terror.

Editora: ‎ Darkside Books - Graphic Novel

Data da publicação: 7 de junho de 2023

Capa: Dura

Número de páginas: 160 páginas

Dimensões: 16 x 2 x 23 cm

10 – Mergulhe na Escuridão (Scott Cawthom e Elley Cooper)

A partir do lançamento do primeiro jogo, em 2014, Five Nights at Freddy’s rapidamente se tornou um fenômeno mundial e muito elogiado pelo público e críticos especializados. 

O jogo se passa em uma pizzaria fictícia chamada "Pizzaria Freddy Fazbear", onde o jogador assume o papel de um segurança que deve se defender de personagens animatrônicos do restaurante que se tornam móveis e homicidas à noite.

Não demorou para Five Nights at Freddy’s virar uma franquia de sucesso, contando com nove jogos da série original, spin-offs, livros e, mais recentemente, uma produção cinematográfica.

Os livros são escritos pelo criador do game, Scott Cawthon, e a editora Intrínseca já publicou anteriormente no Brasil a trilogia de livros de Five Nights at Freddy’s, onde a história se passa dez anos após os assassinatos que ocorreram na pizzaria Freddy Fazbear e apresenta novos personagens. Agora, a Intrínseca enfim traz a nova série de livros baseado no universo de FNaF e tão pedida pelos fãs brasileiros, intitulada Pavores de Fazbear. A coletânea contará com doze livros, cada um com três histórias independentes entre si, e não possuem continuidade direta com a trilogia original.

O primeiro volume, Mergulho na Escuridão que tem apenas 192 páginas, começa com o conto que dá nome ao livro. Ele conta a história de Oswald, um garoto entediado que decide se esconder em uma piscina de bolinhas interditada. Ao mergulhar, ele é transportado para o passado, mais precisamente para os dias de glória da Pizzaria Freddy Fazbear's. Ao retornar ao presente, Oswald descobre que um coelho sinistro também viajou com ele e agora o assombra.

Editora: ‎ Intrínseca

Data da publicação: 4 de março de 2024

Capa: Brochura

Número de páginas: 192 páginas

Dimensões: 13.5 x 1.3 x 21 cm

Espero que galera que procura uma história de terror de qualidade mas com poucas páginas encontre nessa lista algumas sugestões de leitura.

Inté!

01 julho 2025

Chega ao Brasil em agosto o novo livro de Stephen King: "O Garoto do Colorado"

Pois é galera, e aproveitando o post anterior sobre Não Pisque, aquele livro de Stephen King que me fez comer uma bronha danada (leiam aqui e entenderão melhor) já emendo uma outra postagem sobre um outro lançamento do mestre do terror que deve aterrissar nas livrarias brasileiras no mês de agosto; para ser exato no dia 5 de agosto. Já ouviram ‘falar’ de The Colorado Kid ou O rapaz do Colorado (na tradução literal)? Entonce... a editora Suma – que publica os livros do autor no Brasil - já vinha prometendo em suas redes sociais o lançamento dessas duas histórias de King para 2025: Não Pisque para o primeiro semestre e Colorado Kid para o segundo. O primeiro chegou em maio e The Colorado Kid está prometido para esse segundo semestre do ano, mas sem uma data exata. Detalhe: a tradutora das duas obras é a excelente Regiane Winarski.

The Colorado Kid é um romance do gênero policial, publicado originalmente pela editora Hard Case Crime em 2005. O livro foi lançado inicialmente em uma edição de bolso pela editora especializada em crimes e mistério. Oito anos depois, em 2013, King lançaria também pela Hard Case, Joyland. Devido a boa aceitação, na época, a editora decidiu relançar The Colorado Kid em uma edição de bolso ilustrada em maio de 2019.

A história se passa em uma pequena ilha no Maine e é narrada por dois jornalistas veteranos, Vince Teague e Dave Bowie, que compartilham com a jovem estagiária Stephanie McCann o intrigante caso do “Colorado Kid”. O mistério gira em torno de um homem desconhecido encontrado morto em uma praia em 1980, cuja identidade e circunstâncias da morte só foram parcialmente descobertas depois de anos de investigação. Apesar dos avanços no caso, várias perguntas essenciais permanecem sem resposta, e é essa ausência de conclusão que forma o cerne da narrativa.

De acordo com o portal stephenking.com.br, o livro também levanta questões sobre a natureza do jornalismo e da busca pela verdade. Vince e Dave, com sua longa experiência na profissão, entendem que nem todos os mistérios podem ser resolvidos, e seu relato serve como um lembrete de que a busca pela verdade é muitas vezes mais importante do que as respostas que encontramos. Stephanie, representando uma nova geração, é inicialmente frustrada pela falta de um desfecho, mas sua interação com os veteranos sugere uma passagem de sabedoria, uma aceitação gradual de que a vida é composta de mistérios sem solução.

Por fim, trata-se de um livro bem curto e que foge aos padrões do autor que adora escrever verdadeiros calhamaços (rs). The Colorado Kid tem apenas 179 páginas. E deixei o melhor dessa postagem para o final: o livro já está em pré-venda em algumas livrarias virtuais. Eu vi lá na Amazon. E aí? gostaram?


28 junho 2025

Apesar do atraso, jamais poderia esquecer de um lançamento do tio King. “Não Pisque” já está nas livrarias

Galera, ser jornalista mesmo que em cidades médias ou pequenas não é fácil, ainda mais quando você tem um blog literário e... também...quando resolve se engajar numa causa que você julga justa e que irá beneficiar milhares de pessoas que, de fato, precisam dessa ajuda. Taí o meu caso: tenho os meus afazeres profissionais diários, que não são poucos; tenho o meu blog literário e por isso tenho de encontrar tempo para ler e escrever resenhas ou montar listas; e por fim, decidi me unir a milhares de pessoas e lutar pela derrubada de um veto do governo federal que achei injusto prá caralh... Aliás ainda continuo lutando ao lado dessas pessoas porque apesar do Veto 38 ao PL 5332 (ver aqui, aqui, mais aqui e novamente aqui) ter sido derrubado, o nosso digníssimo presidente do Senado, Davi Alcolumbre resolveu virar as costas para milhares de aposentados por invalidez permanente - incluindo muitos do BPC Loas - e “travar” a assinatura da minuta da lei que encontra-se em cima de sua mesa. Basta ele pegar uma caneta, assinar e com isso beneficiar uma infinidade de pessoas necessitadas, das quais muitas, inclusive, votaram nele. Portanto, temos um veto derrubado mas não assinado; é mole? E assim, a luta  continua.

Com tantas preocupações acabei me esquecendo de algo que, certamente, eu não me esqueceria em condições normais: o lançamento de um livro do meu autor preferido: Stephen King. Acreditem galera, eu cometi essa “ojeriza literária”. O livro do mestre do terror chegou as livrarias no dia 27 de maio e eu fiquei sabendo da novidade no início dessa semana.

E, assim, na esperança de que exista alguém tão desinformado como eu nesse assunto (rs) resolvi escrever algumas linhas sobre Não Pisque; esse é o título do novo livro do tio King.

A obra traz de volta uma personagem clássica e porque não, também, antológica do chamado “Universo Kingniano”. Estou me referindo a detetive Holly Gibney, personagem já conhecida por leitores fiéis do autor, tendo aparecido em outros seis livros como Mr. Mercedes e O Instituto.

Na trama, Izzy Jaynes é uma investigadora experiente de Buckeye City que, ainda lidando com traumas de ocorrências pregressas. Ela acaba se deparando com uma carta contendo uma grave ameaça: em breve, o texto alerta que pessoas inocentes serão assassinadas. Buscando desvendar o caso e descobrir quem está por trás disso, ela recorre à detetive e amiga Holly Gibney. Em pouco tempo, no entanto, a ameaça se torna real: uma mulher é morta de forma aleatória num parque de subúrbio, e elas têm de correr para que o assassino não execute outras pessoas.

Enquanto isso, uma controversa defensora dos direitos das mulheres está em turnê pelos Estados Unidos para promover seu trabalho, mas há alguém em seu encalço que não concorda com suas ideias. Quando a perseguição começa a ficar mais perigosa, Holly Gibney é convocada para cuidar de sua segurança, mas o trabalho logo se torna um risco que ela não calculava, e a detetive se vê no centro de uma caçada assustadora.

Tai galera, antes tarde do que nunca. Mesmo com a cabeça a mil, jamais poderia me esquecer de um lançamento literário do tio King; mesmo com um pouco de atraso.

22 junho 2025

Os 10 livros de ficção mais vendidos no Brasil em 2025 (até agora) de acordo com quatro portais literários de respeito

Hoje, como estou mais tranquilo, tarefas profissionais controladas e cabeça, se não gelada mas fria, ganhei um tempinho extra para fazer uma pesquisa apurada sobre os livros mais vendidos neste ano de 2025 até agora, ou seja, até o mês de junho, mês em que escrevo esta postagem. Afinal, é sempre bom termos uma noção de quais são as obras literárias mais vendidas no país para nos basearmos no momento em que formos comprar um livro.

Tomei como base, quatro “paradões” que eu considero os principais do meio literário: “Publisnews”, “Veja”, “Revista Bula” e, claro, “Amazon”. Fiz uma média dos livros que apareciam pelo menos em duas dessas listas e de seu ranqueamento.

Nesta postagem vou publicar os 10 livros de ficção mais vendidos de acordo com a média dos quatro paradões. Nos próximo posts, será a vez das obras não ficcionais. Mas agora o que interessa são os 10 livros indicados para a galera que gosta de viajar num bom enredo, seja ele de ação, romance, thriller, policial, suspense ou terror. Portanto, confiram aí os mais vendidos em 2025, até agora, no gênero ficção.

10º Lugar: Tempestade de Ônix (Rebecca Yarros)

Com mais de vinte livros lançados, incluindo séries premiadas nos Estados Unidos, Rebecca Yarros ficou internacionalmente conhecida com a série O Empyriano, com os sucessos de vendas Quarta Asa e Chama de Ferro e o recém lançado Tempestade de Ônix.

Toda a trama deste terceiro livro da saga está focada na busca incansável da personagem Violet pela cura para Xander, o homem que ela ama. O livro anterior, Chama de Ferro, termina de uma maneira muito tensa, com Xander percebendo que ao buscar mais energia da terra para ajudar a proteger o reino de Navarre, ele se tornou parte do inimigo. Agora, ele é um Venin. A jovem não aceita que a transformação seja irreversível, e decide revirar reinos e os livros escritos por seu pai, atrás de uma solução.

Em paralelo, a guerra está aumentando e os Venins estão, cada vez mais, conquistando espaço. Sem contar que Andarna, a dragão adolescente de Violet, também está determinada a encontrar sua origem.

Detalhes técnicos

Editora: Planeta Minotauro

Capa: Brochura

Data da publicação: 22 janeiro 2025

Número de páginas: ‎656 páginas

Dimensões: 16 x 3 x 23 cm

09º Lugar: Jantar Secreto (Raphael Montes)

Quer ter uma noção do “poder de fogo” de Jantar Secreto de Raphael Montes? Bastar citar que o livro foi lançado há quase dez anos e ainda continua marcando presença nas principais listas literárias de mais vendidos. E, de fato, o livro é excelente (veja resenha aqui). Jantar Secreto ocupa os primeiros lugares nas respeitadas listas da Publishnews e Veja.

Para que a galera tenha uma noção do tamanho do “peso” da obra, Jantar Secreto já vendeu  mais de 100 mil exemplares!

Montes conta a história de um grupo de amigos que se muda para o Rio de Janeiro e passa a organizar jantares misteriosos. Esse grupo de jovens deixa uma pequena cidade no Paraná para viver na capital fluminense. Eles alugam um apartamento em Copacabana e fazem o possível para pagar a faculdade e manter vivos seus sonhos de sucesso no Rio. Mas o dinheiro está curto e o aluguel está vencido. Para sair do buraco e manter o apartamento, os amigos adotam uma estratégia heterodoxa: arrecadar fundos por meio de jantares secretos, divulgados pela internet para uma clientela exclusiva da elite carioca.

A partir daí eles se envolvem em uma espiral de crimes, descobrem uma rede de contrabando de corpos, matadouros clandestinos e grã-finos excêntricos, e levam ao limite uma índole perversa que jamais imaginaram existir em cada um deles.

Afinal, gostaria de perguntar algo para a galera que lê esta postagem: “Vocês aceitam uma carninha de gaivota?”. Leiam o livro e entenderão o significado dessa pergunta (rs).

Detalhes técnicos

Editora: Companhia das Letras

Capa: Brochura

Data da publicação: 14 novembro 2016

Número de páginas: ‎368 páginas

Dimensões: 21 x 14 x 2.2 cm

08º Lugar: Nunca Minta (Freida McFadden)

Freida McFadden já provou que sabe escrever romances do gênero thriller de suspense. Quem leu a trilogia A Empregada sabe disso. Agora ela dá um tempo nas peripécias envolvendo a ex-presidiária Millie, uma personagem que conquistou a simpatia de muitos leitores e “ataca” de um novo livro, um novo enredo.

Em Nunca Minta, a autora narra a história do casal Tricia e Ethan que estão em busca da casa dos seus sonhos. Recém-casados, eles vão visitar um casarão antigo no meio de uma floresta no estado de Nova York. No entanto, durante a viagem até a mansão que pertenceu à Dra. Adrienne Hale – uma renomada psiquiatra que desapareceu sem deixar vestígio três anos antes –, uma nevasca terrível começa a cair.

Quando chegam ao destino, Tricia percebe de cara que há algo de errado; afinal, por que haveria uma luz acesa no segundo andar de uma casa vazia há tanto tempo?

A tempestade se intensifica, o BMW deles fica coberto pela neve, a corretora de imóveis não aparece, os celulares estão sem sinal, e de repente Tricia e Ethan se veem isolados da civilização. Ali, presos na casa, temores e segredos que nenhum dos dois teve coragem de compartilhar com o outro ameaçam vir à tona. Eles só não imaginavam que a casa também guardaria os próprios mistérios.

Detalhes técnicos

Editora: Record

Capa: Brochura

Data da publicação: 06 janeiro 2025

Número de páginas: ‎280 páginas

Dimensões: 15.5 x 1.3 x 22.5 cm

07º Lugar: Quarta Asa (Rebecca Yarros)

Olha o novo fenômeno literário Rebecca Yarros novamente marcando presença em nossa lista. Ela é a nova “rainha” do gênero ‘Fantasia’.

E tudo começou com Quarta Asa que abriu as portas do sucesso para a escritora norte-americana de 44 anos de idade.

Quarta Asa é o primeiro livro da série O Empyriano. A versão original foi lançada em 2 de maio de 2023. O romance alcançou sucesso viral na comunidade de leitores BookTok do TikTok, o que contribuiu para seu sucesso na lista de mais vendidos do The New York Times, sendo publicado no Brasil em 24 de outubro de 2023. Aqui em nosso país, a obra marca presença nas listas de praticamente todos os portais literários.

O livro tem uma base de fãs tão grande que será adaptado como série pela Amazon Prime Video - ainda sem previsão de lançamento -, sob o comando de Moira Walley-Beckett, criadora da série “Anne with an E” e roteirista/produtora executiva da aclamada série “Breaking Bad”.

Segundo crítica de meios de comunicação respeitáveis – entre os quais posso citar o jornal “Estado de Minas” - o livro de Rebecca consegue se aproveitar de inúmeros clichês já muito amados e reúne em uma boa trama de fantasia - com dragões e outros seres folclóricos - triângulo amoroso, desafios quase sobre-humanos, lutas e batalhas grandiosas, entre outros mistérios de um universo que, inicialmente, será finalizado em cinco volumes. Três já foram publicados.

Detalhes técnicos

Editora: Planeta Minotauro

Capas: Opções em capa dura ou brochura

Data da publicação: 18 março 2024

Número de páginas: ‎544 páginas

Dimensões: 16 x 3.9 x 23 cm

06º Lugar: É Assim Que Acaba (Colleen Hoover)

Você acha que ela iria ficar de fora dessa lista? Aliás, Colleen Hoover não pode faltar em nenhuma lista literária que se preze. Não que as suas histórias sejam uma unanimidade. Longe disso – enquanto alguns elogiam bastante, outros criticam muito – mas independente disso, os seus livros vendem no mundo todo mais do que água no deserto. Um exemplo? É Assim Que Acaba e Verity. Estes dois livros venderam tanto que acabaram indo parar nas telonas. O primeiro já estreou nos cinemas, enquanto Verity está programado para 15 de maio de 2026.

Em É assim que acaba, Colleen Hoover nos apresenta Lily, uma jovem que se mudou de uma cidadezinha do Maine para Boston, se formou em marketing e abriu a própria floricultura. E é em um dos terraços de Boston que ela conhece Ryle, um neurocirurgião confiante, teimoso e talvez até um pouco arrogante, com uma grande aversão a relacionamentos, mas que se sente muito atraído por ela. Quando os dois se apaixonam, Lily se vê no meio de um relacionamento turbulento que não é o que ela esperava. Mas será que ela conseguirá enxergar isso, por mais doloroso que seja?

Detalhes técnicos

Editora: Galera

Capas: Opções em capa dura (edição para colecionadores) ou brochura

Data da publicação: 18 abril 2023

Número de páginas: ‎396 páginas

Dimensões: 13.5 x 2.6 x 20.5 cm

05 – A Hora da Estrela – Edição Comemorativa (Clarice Lispector)

Desde que foi relançada em 2021 em comemoração ao aniversário de 101 anos do nascimento da escritora, a obra com capa ilustrada por quadro pintado por Clarice Lispector segue presente nas principais listas literárias do país, incluindo: Publishnews, Veja, Bula e Amazon.

A obra conta os momentos de criação do escritor Rodrigo S. M. (a própria Clarice) narrando a história de Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, criada por uma tia tirana, que a leva para o Rio de Janeiro, onde trabalha como datilógrafa.

A protagonista de A Hora da Estrela, é uma mulher miserável, que mal tem consciência de existir. Depois de perder seu único elo com o mundo, a velha tia, ela viaja para o Rio, onde aluga um quarto, se emprega como datilógrafa e gasta suas horas ouvindo a Rádio Relógio. Apaixona-se, então, por Olímpico de Jesus, um metalúrgico nordestino, que logo a trai com uma colega de trabalho. Desesperada, Macabéa consulta uma cartomante, que lhe prevê um futuro luminoso, bem diferente do que a espera.

Trata-se da obra mais realista da autora, e, por isso, uma das mais populares – também por causa do filme de Suzana Amaral que rendeu a Marcélia Cartaxo o Urso de Prata em Berlim – e a mais vendida, ela foi lançada em outubro de 1977. No fim daquele mês, Clarice foi hospitalizada para tratar de um câncer. Menos de um mês e meio depois, em 9 de dezembro, um dia antes de completar 57 anos, ela morreu.

A edição comemorativa da editora Rocco lançada há menos de cinco anos continua arrebentando em vendas.

Detalhes técnicos

Editora: Rocco

Capa: Dura

Data da publicação: 16 novembro 2020

Número de páginas: ‎88 páginas

Dimensões: 14 x 2 x 21 cm

04º Lugar: A Biblioteca da Meia-Noite (Matt Haig)

A Biblioteca da Meia-Noite foi o livro de ficção mais procurado no Brasil no 1º semestre de 2024 (três anos após o seu lançamento), com mais de 29 mil cópias vendidas, de acordo com um levantamento feito pelo portal Publishnews, elaborado a partir de consultas feitas com mais de 30 redes de livrarias do país. Atualmente, o livro continua ocupando as primeiras colocações de mais vendidos nas livrarias virtuais do Brasil.

Matt Haig narra a saga da personagem Nora Seed, uma mulher de 35 anos de idade cheia de talentos e poucas conquistas. Arrependida das escolhas que fez no passado, ela vive se perguntando o que poderia ter acontecido caso tivesse vivido de maneira diferente.

Após ser demitida e seu gato ser atropelado, Nora vê pouco sentido em sua existência e decide colocar um ponto final em tudo. Porém, quando se vê na Biblioteca da Meia-Noite, Nora ganha uma oportunidade única de viver todas as vidas que poderia ter vivido.

Neste lugar entre a vida e a morte, e graças à ajuda de uma velha amiga, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos – ou começar outros –, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica... enfim, as opções são infinitas. Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem?

Detalhes técnicos

Editora: Bertrand Brasil

Capa: Brochura

Data da publicação: 27 setembro 2021

Número de páginas: ‎308 páginas

Dimensões: 15.5 x 1.7 x 23 cm

03° Lugar: Tudo é Rio (Carla Madeira)

O livro de estreia de Carla Madeira, continua sendo um dos mais vendidos no Brasil. A obra, publicada pela editora Record, alcançou sucesso internacional e marca presença em vários “Top Lists”. 

Tudo é Rio é um romance que explora temas como amor, perda, ciúme e redenção, narrando a história de um casal cujas vidas são drasticamente alteradas após uma tragédia. A obra foi elogiada pela crítica e pelo público, com muitos leitores destacando a intensidade da narrativa e a profundidade dos personagens.

Carla Madeira narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso.

Detalhes técnicos

Editora: Record

Capa: Brochura e Capa dura

Data da publicação: 8 fevereiro 2021

Número de páginas: ‎210 páginas

Dimensões: 15.5 x 1.1 x 23 cm

02º Lugar: A Empregada (Freida McFadden)

Um dos títulos que desde 2023 vem superando os rankings de vendas nas livrarias virtuais e assim emplacando nos primeiros lugares das principais listas de livros mais vendidos no Brasil é o suspense A Empregada. O primeiro livro da série já vendeu mais de 3 milhões de exemplares em todo o mundo, e está há quase dois anos atraindo cada vez mais leitores.

O livro se tornou um fenômeno no TikTok e em outras plataformas o que acabou alavancando a venda de toda a trilogia da personagem Millie (confiram as resenhas aqui, aqui e mais aqui).

A Empregada é um thriller sobre uma governanta com segredos sombrios e chefes terríveis. Neste primeiro livro da série, Millie é contratada por Nina e Andrew Winchester. Ela percebe que há algo estranho na dinâmica familiar, especialmente com Nina, que parece manipular a situação e atormentar psicologicamente o marido. Millie decide investigar e então acaba descobrindo segredos terríveis envolvendo o casal.

Detalhes técnicos

Editora: Arqueiro

Capa: Brochura

Data da publicação: 13 junho 2023

Número de páginas: ‎304 páginas

Dimensões: 16 x 1.9 x 23 cm

01º Lugar: Verity (Colleen Hoover)

E chegamos ao mais vendido de 2025 até agora. Cara, as vezes eu tento encontrar uma resposta para um enigma, mas não consigo. A questão é a seguinte: como um livro lançado há cinco anos ainda pode ter fôlego para ser o mais lido em todo o país?! Pois é, esse é o caso de Verity de Colleen Hoover lançado em terras tupiniquins pela editora Galera em 9 de março de 2020.

Neste livro, Hoover se afasta do estilo que a consagrou, os romances, para se aventurar em um suspense psicológico. E cá entre nós, se deu muito bem. Tanto a crítica literária quanto os leitores de um modo geral adoraram a história; e eu não fui uma exceção. Gostei demais do enredo, excetuando o seu final morno e chato (explico melhor nessa resenha que escrevi em janeiro de 2022).

Através de uma narrativa perturbadora e chocante, Verity explora o lado mais sombrio das relações humanas num thriller psicológico perturbador.

Um dos títulos que desde 2023 vem superando os rankings de vendas nas livrarias virtuais e assim emplacando nos primeiros lugares das principais listas de livros mais vendidos no Brasil é o suspense A Empregada. O primeiro livro da série já vendeu mais de 3 milhões de exemplares em todo o mundo, e está há quase dois anos atraindo cada vez mais leitores.

Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity - e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente - incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal.

Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?

Detalhes técnicos

Editora: Galera

Capa: Brochura

Data da publicação: 09 março 2020

Número de páginas: ‎320 páginas

Dimensões: 13.5 x 1.8 x 21 cm

Fechou galera! Taí o “Top list” dos livros mais vendidos em 2025 até agora. Quando “digo” ‘atéagora’, estou querendo dizer: até 22 de junho de 2025.

Inté!

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