25 fevereiro 2013
O que seria de nós, leitores inveterados, se não fossem os sebos
Escrever o quê quando se está sentado numa cadeira tendo como
companheiras uma mesinha e uma cama de hospital? Sem se esquecer do grande e
velho Touro. Esse personagem real que faz parte de minha vida desde o primeiro
ar que expeli dos pulmões na forma de um choro sofrido há tantos e tantos anos
atrás.
Cara! Prá você que sempre acompanha esse blog e me dá o
prazer de sua visita há aproximadamente dois anos, vou confessar uma coisa. Tá
difícil... O ‘Tourão’ tá com um problema meio complicado no abdômen e que
certamente necessitará de uma intervenção cirúrgica. E, já viu né, pelos seus
mais de 80 anos, quase noventa bem vividos, uma intervenção, às vezes , nem tão
complicada, acaba se tornando complicada.
Bem, mas o caso é que estou aguardando a visita do médico para
fazer um relatório dos exames e cá entre nós, estou muito preocupado. Como o
‘seo dotozinho’ – ele é muito jovem - só vai dar os ares da sua graça daqui há
duas horas, resolvi abrir o meu laptop e bater um papo com vocês.
Sei lá; pode ser efeito da solidão, já que estou numa outra
cidade, longe da minha; pode ser preocupação, já que estou contando nos dedos
os minutos para a vinda do médico; pode ser angústia; mas o que acho, de
verdade, é que simplesmente o instinto de escrever sobre um assunto que eu amo,
acabou ‘falando’ mais alto. Então, vamos à palavrinha mágica que como num conto
de fadas consegue expulsar da minha aura, do meu espírito, qualquer carma ou
fluído negativo. Essa palavrinha se chama: L-E-I-T-U-R-A!!
Hoje, quando recebi a informação de que o velho Touro iria
ser internado para realizar essa bateria de exames, antes da cirurgia, só tive
tempo de passar a mão em algumas roupas, colocar numa sacola e Zuummm!!!
Escapulir porta afora, entrar no carro e pneus para quem te quero! (rs). Mas
apesar de toda essa correria desvairada, ainda tive tempo de pegar um livro da
minha estante e colocar na manjada sacolinha de roupas. A palavra certa é
“pegar” mesmo, já que não tive tempo para escolher.
Quando cheguei no hospital e abri a sacola para começar a leitura,
adivinha o estado da obra.Paupérrima!! Velhinha, velhinha. Mas como diz o
ditado popular: “O que vale é o que está dentro da casca”. E posso garantir que
o enredo desse livro é fantástico.
Agora que me encontro sentado ao lado da cama do Tourão,
redigindo essas linhas - após ter lido mais um capítulo exuberando desse
“velhinho calhamaço - paro pra pensar o quer seria de nossas vidas de leitores
inveterados se não existissem os sebos! Imagine aquele livro que você sempre sonhou ler, mas a edição
já está esgotada há “milênios”, como esse que peguei da minha estante. Rapaz!
Não dá aquele desespero saber que não será lançada uma nova edição e que você
ficará privado por toda a eternidade de ler, talvez, a história dos seus
sonhos?!
Fico aqui, nesse quarto de hospital à meia luz e com um
cheiro visceral de remédios, pensando se lá pelo século XVI - acho que foi
nesse período que surgiram os primeiros sebos, me desculpem a incerteza, mas é que estou sem
internet por aqui, nem modem apanhei – um ou alguns mascates europeus não tivessem tido a idéia de
comercializar, de porta em porta,
papiros e outros documentos raros. Mas aqui, ao lado da cama do Tourão,
me bateu uma dúvida cruel e profunda, daquelas que coçam as raízes dos
neurônios: “Qual foi o cara que teve peito e coragem para começar a
comercializar livros velhos no Brasil, concorrendo com as já famosas e
estruturadas livrarias?”. Mêo! Nós leitores inveterados, nós ratos de
bibliotecas, nós devoradores de livros, nós sei lá o que mais, devemos muito à
esse sujeito. Afinal de contas, se não fosse ele, talvez os sebos não teriam
“vingado” por aqui. Pôrra! Quem foi esse sujeito ou esse grupo de sujeitos!! Me
desculpe o palavrão; é que às vezes me empolgo além da conta. Mas quem seria
esse cara, caramba!!
Bem, como a curiosidade foi crescendo, decidi procurar o
postinho de enfermagem prá ver se algum “enfermeiro sangue bom” concordaria em
me liberar a senha do sinal de internet por alguns poucos minutos para que eu
pudesse fazer uma rápida pesquisa. “Não posso”. A enfermeira – uma senhora com
cara de vovó matrona – foi lacônica em sua resposta. Tentei novamente; dessa
vez ela foi mais simpática, mas a negativa continuou valendo. Então, desci até
a recepção e fiz o mesmo pedido para um ‘carinha’ que estava com um notebok
matando o tempo na Net. Acho que como já era de madrugada e não havia mais nada
pra fazer naquele horário, ele decidiu ‘embromar’ no Face. Passei óleo de
peroba na cara e fui com tudo: “Tô com meu pai internado e precisaria pesquisar
na Net alguma coisa sobre o seu problema de saúde... sabe como é, apenas
curiosidade... e além do mais, ele tem mais de 80 anos...”
Ok... Ok... antes de dizer escrever o que o cara da
recepção me respondeu, confesso que fui sínico, dissimulado, descarado e etc.
Por isso pode me chamar do que quiser. Tá legal, eu dou a minha face para receber
os tapas; aceito numa boa, pois na hora eu me senti pior do que um inseto por
ter usado o Tourão numa mentira; mas... entenda... como eu já disse, a curiosidade estava
triturando os meus neurônios. Cara! Eu não tava mais agüentando! Pois é,
voltando a recepção... O sujeito do “Face no Notebok” – foi assim que aprendi a
chamá-lo – deve ter ficado com pena de mim ou então simplesmente se sentiu
culpado por ter sido flagrado em seu trabalho matando o tempo numa rede social
e acabou concordando em liberar o sinal. Iahuuuuuuuuu!! Só faltei ir para o
quarto aos pulinhos!
Chegando lá, entrei no nosso infalível Google e comecei a
minha viagem na rede para juntar subsídios sobre o assunto, ou seja, descobrir
como surgiu o primeiro sebo, aqui, na terrinha.
Olha, você não imagina como foi difícil encontrar alguma
coisa sobre o assunto. A maioria das informações que obtinha só falava da origem
dos sebos na Europa, lá nos idos do século XVI. Mas após vasculhar e vasculhar
consegui pinçar alguma coisinha.
Bem, pelo que eu vi, reza a lenda que foi um livreiro de
Pernambuco, o primeiro adotar o nome sebo no Brasil. Ele teria escrito essa
palavra numa tabuleta e pregado na porta de seu estabelecimento. A partir de
então começou a vender e trocar livros usados. E o negócio acabou se tornando
um grande sucesso comercial, o que incentivou outras pessoas a seguirem o seu
exemplo. Cansei de zapear na Net prá ver se conseguia localizar a data desse
fato, e parece que tudo começou no início dos anos 50.
Juro que se pudesse daria um abraço nesse livreiro
‘cabra-macho’ de Pernambuco, pois tudo começou com ele aqui no Brasil. Vejam
bem, ele teve coragem suficiente para peitar as primeiras livrarias famosas que
estavam começando os seus negócios no Brasil. Etchaa cabrinha da peste esse
(rsss).
Apesar da maioria dos estudiosos acharem que o termo surgiu
por causa dos livros serem manuseados constantemente, o
que deixava os volumes engordurados, “ensebados”; eu prefiro ficar com a teoria
relacionada ao livreiro ‘cabra’ de Pernambuco.
Entonce, dos anos 50 pra cá, os sebos não pararam mais de
crescer, até chegarem a nosso mundo globalizado, onde a Net é quem dita as
regras.
Apesar das facilidades da rede mundial de computadores, no
início de 2000 não eram muitos os sebos que se dispunham a realizar vendas on
line. Dessa forma, os leitores interessados em alguma obra tinham de ir à loja
física do livreiro para adquiri-la. O problema era quando não havia sebo na
cidade. Isso obrigava o leitor a viajar para algum município vizinho que
tivesse uma loja, na esperança de encontrar o seu ‘objeto de desejo e consumo’.
Isso me faz recordar de como suei para conseguir “ O Parque dos Dinossauros” ,
de Michael Crichton. Comecei a torpedear mensagens nas salas de bate-papos – era um
assíduo freqüentador de chats, hoje parei de vez – na esperança de que alguma
alma caridosa me indicasse um sebo, próximo à minha cidade, onde pudesse encontrar
a obra. No final, acabei recebendo o livro de presente de uma amiga virtual
pelo correio. Acredita?!
Depois me lembro que comecei a comprar on line várias obras
na Livraria Osório, de Curitiba, considerada um dos primeiros sebos – não gosto
de dizer “o primeiro”, mas no site da livraria, eles se consideram os pioneiros
– a lançar um portal ultra-completo livros usados na Net, com sistema de buscas
e tudo mais.
E em 2005, os sebos brasileiros dariam um salto milenar,
parecido com aquela cena antológica do filme “2001 – Uma Odisséia no Espaço”,
quando um bando de macacos jogava um pedaço de osso para cima e na mesma hora,
a câmera dava um corte para uma nave no espaço sideral. Este salto milenar se
chama: “Estante Virtual”: um portal brasileiro de comércio eletrônico que reúne
o maior acervo de sebos e livreiros de todo o país.
A Estante Virtual se transformou nesses sete anos, em
referência para todos os leitores do Brasil que desejam encontraram obras já
esgotadas nas livrarias. Através de um eficiente sistema de busca, o portal
oferece aos interessados acesso rápido e fácil a mais de 9 milhões de livros
semi-novos e usados, além de raros a preços acessíveis.
Putz! Quantos livros comprei , graças a esse portal!
Galera é isso aí! Acredito que deu pra viajar um pouquinho no
mundo dos sebos e matar algumas curiosidades. E graças ao meu amigo da recepção
do hospital. É... o cara do “Face no Notebok”. Se não fosse ele, acredito que o
final da matéria ficaria bastante vago, sem informações técnicas. E pior, a
galera não iria ficar sabendo desse livreiro de Pernambuco, o tal do cabra
macho que escreveu sebo numa tabuleta e pregou na porta de sua loja. Como já
disse acima, prefiro acreditar nessa teoria do que em outras mais populares,
mas tão chocas.
Bom... chega por hoje. Fechando o Notebok. Vamos aguardar o
“dotozinho”. Ele já avisou que hoje vai
passar bem mais tarde para ver o Tourão e trazer os resultados dos exames.
Inté!
19 fevereiro 2013
Sabrina, Júlia e Bianca: os famosos romances de banca que marcaram gerações de leitoras
Recentemente, as saudosas coleções Sabrina e Vagalume geraram inúmeras discussões no facebook do Livros e Opinião. Várias pessoas curtiram e opinaram favoravelmente sobre os livrinhos de bolso com histórias românticas melosas, estilo Nora Roberts e também sobre livros com capas revolucionárias, para a sua época, escritos por autores brasileiros. Por isso, hoje, resolvi escrever alguma coisa sobre essas duas séries literárias. Bem, inicialmente, vou reviver a época de Sabrina; quanto aos livros da Vagalume, já é outra história... um outro post... quem sabe, logo após este (rs).
Aqui na minha cidade tem um programa de flashbacks, onde o locutor, logo na abertura, coloca no ar uns barulhos estranhos simulando uma viagem no tempo. Logo em seguida, ele diz mais ou menos assim: “Agora convido todos os nossos ouvintes a tomarem os seus lugares em nossa máquina do tempo porque vamos iniciar a nossa viagem. Atenção técnica, acionando os controles dos painéis da nossa máquina porque vamos começar a viajar! Retrocedendo no tempo! Estamos indo para a saudosa época dos anos 70 e recordando o grande Rei do Rock, Elvis Presley...”
Hoje, eu vou emprestar a máquina do tempo desse locutor, para levá-los à uma viagem, também aos anos 70, mas não para assistir a um show de Elvis Presley no ano de sua morte, mas para visitarmos uma antiga banca de jornal, onde o jornaleiro está acabando de receber o primeiro número do romance Sabrina com o título “Passaporte para o Amor”, de Anne Mather. Quer o ano exato em que a nossa máquina nos levou? Ok; anote aí: 1977.
Isso mesmo galera! Vocês que embarcaram nessa viagem acabaram de presenciar um momento histórico: o nascimento de uma série de livros que iria mudar definitivamente os hábitos de milhares de leitoras, inclusive várias mães que por sua vez, viriam influenciar suas filhas a terem a mesma atitude.
Apesar de serem muito criticados através dos tempos, os ‘livrinhos’ das séries “Sabrina”, “Julia” e “Bianca” causaram uma verdadeira revolução no público leitor feminino dos anos 70 e comecinhos da década de 80.
Aliás, quero esclarecer que esse post não é específico da série “Sabrina”, mas também das ‘Julias’ e ‘Biancas’, todas elas importantes para a propagação dos romances de banca no Brasil. Tudo bem que “Sabrina” foi a pioneira do gênero nos anos 70, mas as outras duas séries também tiveram uma importância fundamental.
O romance de banca teve origem, aqui na terrinha, em 1935 e esta fase inicial durou até 1960, quando a Companhia Editora Nacional já publicava coleções de livros para as ‘moças’ daquela época, as chamadas coleções Azul, Rosa e Verde. Desses selos, o mais popular foi a Coleção Verde, também chamado de Biblioteca das Moças que contava com 175 títulos.
O gênero teve o seu grande “boom” nos anos 70 quando a Editora Nova Cultural de São Paulo colocou no mercado, quer dizer... nas bancas, as coleções “Sabrina”, “Julia” e “Bianca”. Agora, pasmem. As tiragens desses romances chegavam a atingir 600 mil exemplares por mês, fazendo a alegria não só das leitoras, como também dos jornaleiros.
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Exemplar que deu origem á série Sabrina |
Sabrina foi a grande pioneira. Foi esta série, a primeira à ser lançada em 1977, mais de uma década e meia após o encerramento das atividades da Companhia Editora Nacional com as suas coleções azul, rosa e verde.
Sabrina revitalizaria o romance de banca em nosso País, que já era considerado um gênero praticamente morto e enterrado. Os primeiros livros fizeram tanto sucesso que no ano seguinte, 1978, a Nova Cultural colocaria no mercado a série “Julia”; e em 1979, a série “Bianca”. Dessa maneira, os donos da Nova Cultural estavam praticamente copiando uma fórmula que havia dado certo em 1935 com a Editora Nacional, ou seja, lançar uma série de livros com três selos diferentes. Assim, “Sabrina” substituiria o selo verde; “Julia”, o rosa e “Bianca”, o azul.
As mulheres mais... digamos.... recatadas, eram fãs de “Bianca” que abordavam os relacionamentos amorosos dos casais de protagonistas de uma forma mais clássica, mais poética. Os relacionamentos calientes, do tipo ‘corpo a corpo colocado no meu com gritos, sussurros e gemidos antes do vamu vê’ não tinha espaço na série.
As moças mais moderninhas e impetuosas que gostavam de encarar desafios, além de serem mais liberais em seus relacionamentos amorosos atacavam de Júlia.
Quanto as meninas que adoravam devorar aquelas histórias repletas de conflitos familiares e amorosos, recheados de lágrimas de sangue e final feliz; semelhantes aos famosos dramalhões mexicanos, iam de “Sabrina”.
A Nova Cultural continuou distribuindo “Sabrina”, “Julia” e “Bianca” nas bancas até 2011. Depois disso passou a vender os livros da série apenas no site da editora.
Vamos agora com algumas características inconfundíveis dos enredos desses três selos:
01 – Casal de protagonistas sempre bonitos
O casal de protagonistas é sempre bonito. Com certeza, você nunca viu uma mulher ou um homem com uma beleza comum. Eles eram lindos!! A mulher loira de olhos azuis ou então morena com cabelos negros, compridos e volumosos. Ele, um verdadeiro príncipe.
02 – Autoras desconhecidos
As autoras das tramas era o menos importava no esquema. Quer uma prova? Então lá vai. Será que você, que há anos, foi leitora assídua das “Sabrinas”, “Julias’ e “Biancas” se recorda de nomes como Anne Hampson, Sara Craven, Margery Hilton, Violet Winspear e também de... bem, melhor parar por aqui. Se você disser que conhece uma dessas escritoras; com certeza estará mentindo. Quando uma escritora era convidada a escrever um enredo para qualquer um dos três selos da Nova Cultural, ela tinha de seguir uma estrutura narrativa única e que pouco ou quase nada mudava. Uma verdadeira cartilha. Ah! Eram contratados apenas escritoras desconhecidas da grande massa de leitor. Muitas delas sem nenhuma bibliografia na Net.
03 – Simplicidade e finais felizes
Enredos simples e com finais felizes. Por acaso, você já leu alguma história de Sabrina, Júlia ou Bianca onde a “mocinha” ou o “mocinho” morre no final? Ou então onde eles acabem separados? Com certeza não conhece porque... simplesmente não existe! Quem é mau morre ou sofre no final... e quem é “bonzinho” se dá bem. Essa é a tônica!
04 – Exclusivo para as mulheres
As histórias eram direcionadas exclusivamente ao público feminino. Naquela época de ouro era muito difícil, praticamente impossível, ver qualquer marmanjo lendo “Sabrina”, “Julia” ou “Bianca”. Se bem que há muitos e muitos anos eu cheguei a ganhar de uma ouvinte um livro da série Sabrina com a seguinte dedicatória: “Como você gosta de ler, espero que aprecie...” Cara! Até hoje não sei se essa fã fez isso consciente, inconsciente ou se simplesmente estava afim de zuar (rsss).
05 – Cenas de amor exageradas
Quando os dois protagonistas desse tipo de romance se encontravam após tantas agruras ou então no meio da narrativa, quando as adversidades e intriga dos vilões davam “um tempo”, caramba!! Sobrava beijos, abraços, juras de amor, lágrimas e isso e mais aquilo. As autoras caprichavam! E se a série de livros fosse do selo Júlia... ai, ai, ai... então a coisa pegava. Eram amassos e mais amassos, além daqueles beijos ‘estupidamente calientes’. (rs)
Pessoal, para finalizar esse post, deixo no ar uma dúvida que não consegui esclarecer em minhas pesquisas e fuçadas nas redes sociais: “o motivo dessas séries de livros se chamarem Sabrina, Julia e Bianca”. O que teria levado a Nova Cultural a escolher esses três nomes femininos para batizar as séries. Se alguém souber, gostaria que postassem os comentários aqui.
Ah! Outra curiosidade mais ‘chegada’ para o lado da fofoca. Sabiam que muitas mães que eram fãs de carteirinha de “Sabrina”, “Julia” e “Bianca” chegaram ao ponto de batizar as suas filhas com esses nomes numa forma de homenagear a série?! Por isso, se você se chama Sabrina, não custa nada perguntar para a sua mãe a origem de seu nome.
Abraços e até daqui a pouco!
12 fevereiro 2013
10 livros que serão adaptados para a televisão
Ainda ontem estava pensando com os meus botões: “Foi muito
difícil para o pessoal da minha geração assistir na TV séries ou minisséries
adaptadas de livros famosos”. Aqueles e também aquelas que são da minha época –
as saudosas décadas de 60 e 70 – viam muito na telinha os ‘Ultra-Sevens’, ‘Robô
Gigante’, ‘Perdidos no Espaço’, ‘ Cyborg – O Homem de Seis Milhões de Dólares’,
‘Hawai 5.0’
e os ‘Túneis do Tempo’ da vida. Aliás, é melhor riscar a palavra ‘minissérie’
do mapa, mesmo porque naqueles idos e longínquos tempos nem se sabia o que era
isso. Para se ter uma idéia, a Globo só lançaria as suas primeiras minisséries
no início dos anos 80. Quanto as séries internacionais baseadas em livros, eram
muito raras. Nos anos 70, vamos ver... Huuumm... Caraca! Tá Difícil! Pêra aí...
Olha, no sufoco consegui me lembrar de uma minissérie chamada ‘Holocausto’ que
contava a história do Holocausto sob a perspectiva de uma família de judeus
alemães. Aliás, essa minissérie que teve apenas quatro capítulos, nem se
encaixaria na categoria de livros adaptados para a TV, porque ocorreu o
contrário, ou seja, o roteiro do produtor da série, Gerald Green, é que acabou
virando um livro.
As conhecidas séries internacionais de TV baseadas no enredo
de Best-Sellers famosos, só começaram a aparecer – à exemplo das minisséries da
Globo - também nos anos 80. Lembro de algumas: “Brilho do Poder” (1984),
inspirada no romance “O Reverso da Medalha”, de Sidney Sheldon e “InstintoAssassino” (início dos anos 90), baseado num caso real e publicado no livro
escrito pelo promotor Willian Randolph Stevens.
Estou escrevendo tudo isso para que vocês entendam como no
início dos anos 80 era difícil vermos na TV adaptações de romances famosos.
Este mesmo problema não acontecia com o cinema onde tínhamos enredos
‘arrancados’ das páginas dos livros aos borbolhões. Vamos lá? Anotem aí: “E O
Vento Levou”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”,
“Laranja Mecânica”, “2001: Uma Odisséia no Espaço”, “Aeroporto”. Ufaaa!! Melhor
parar por aqui!
Então, a partir dos anos 80 as mudanças começaram; em 90,
cresceram e a partir de 2000 virou festa. Hoje, antes de um livro sair do
prelo, os seus direitos já são comprados por produtores para serem adaptados
para TV.
Bem galera, entrando nesse clima de ‘milhares’ de lançamentos
de séries e minisséries na TV com roteiros baseados em livros, resolvi escrever
esse post. E vamos às séries.
01 – Sob a Redoma
(Stephen King)
Buuuumm!! E já começo lançando uma bomba atômica. Mas
daquelas bombas poderosas, incomparáveis e únicas. Aliás, o que escrever do
mestre do terror, Stephen King? Que o cara é um gênio? Que tem o QI acima do
normal no que se refere a criação de enredos literários? Que é o mestre da
escrita de terror e suspense? Acho que tudo isso é pouco para definir a capacidade
do sujeito. E olha que nem pertenço ao fã clube de King. Não quero e não faço
questão. Apenas curto alguns de seus livros que incluo tranquilamente na lista
das melhores obras literárias do gênero terror dos últimos tempos.
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Britt Robertson será a garçonete Angie McCain |
E é uma dessas obras que estará sendo adaptada brevemente
para a TV: “Sob a Redoma”; um dos melhores livros que li nos últimos tempos.
Agora me respondam uma coisinha. Por acaso, vocês já ouviram
falar de um diretor desconhecido que está começando praticamente agora? Ele é
meio inexperiente, mas quebra o galho. É esse sujeito que vai produzir a
minissérie baseada no livro de King. Ah! O nome do cara! Que distração a minha.
Estou falando escrevendo de Steven Spielberg. Ehehehe.... Desculpem a
brincadeira; vamos conversar sério agora. Spielberg fez questão de produzir essa
série. Agora me digam. Será que ela tem chances de fazer sucesso?
Dizem que Spielberg decidiu levar a história de King para a
tela pequena antes de chegar no meio do livro de quase 1.000 páginas. Segundo
ele, o pouco que havia lido já era o suficiente para conhecer que tinha um
verdadeiro tesouro em mãos.
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Colin Ford viverá o garoto Joe "Espantalho" |
O canal CBS encomendou 13 episódios somente para a primeira
temporada. A série está prevista para estrear no mês de junho nos Estados
Unidos. Aiiii!! Como estou torcendo para um lançamento simultâneo com o
Brasil!! Ainda não se sabe qual canal irá transmiti-la aqui na terrinha.
Quanto aos atores, diretores e roteiristas, vamos que vamos.
O roteirista que estará adaptando a história do livro para a TV será Brian K.
Vaughan que escreveu alguns episódios do mega-sucesso Lost. Britt Robertson
(“Secret Circle” e “Life Unexpected”) viverá a garçonete Angie McCain e o ator
mirim Colin Ford (“Supernatural” e “Compramos um Zoológico”) será Joe
Espantalho, aquele garoto considerado um gênio em informática e que tem um
papel preponderante na história de King. Mas cá entre nós, estou me coçando de
curiosidade para saber quem irá viver o tresloucado Phil Bushey. Bem...
aguardemos...
Ah! Antes que me esqueça. Não vou escrever novamente sobre o
enredo do livro de King. Quem quiser saber detalhes sobre a história leia aqui,
aqui e mais aqui.
02 – Um Grande Garoto
(Nick Hornby)
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Cena do filme Um Grande Garoto com Hugh Grant e Nicholas Hoult |
Por acaso, o pessoal que me acompanha no ‘Livros e Opinião’
já leu uma obra de Nick Hornby que descreve a amizade de um cara solteirão de 36
anos, que ainda não amadureceu, e de um menino de 12 anos, que apesar da
inocência natural da idade, já pensa como um adulto? Se não leu, pelo menos, já
assistiu ao filme com o Hugh Grant, que estreou nos cinemas em 2002, dois anos
após o lançamento da obra de Hornby? Não? Caramba! Então corra à uma locadora
perto de sua casa e alugue imediatamente o DVD ou então providencie com
urgência a compra do livro que ainda está fácil de ser encontrado nas
livrarias. Tanto livro quanto filme são ótimos.
Agora, quem já leu e assistiu livro e filme, a boa notícia é
que depois do sucesso nas páginas e nas telonas, a história desses dois amigos
incomuns irá também para a televisão.
O piloto da série de TV que está sendo desenvolvida pela NBC
terá como diretor Jon Favreau, o mesmo que comandou o set de filmagens de “O
Homem de Ferro”.
Escrevendo mais detalhadamente sobre a obra de Hornby, para
aqueles que ainda não leram; a trama acompanha um cafajeste solteirão, que
finge ter um filho para se passar por sensível e conquistar mães solteiras. A
situação se complica quando uma das mães mais bonitas quer conhecer a criança.
E é aí que ele tem a idéia de trazer para sua vida um garoto introvertido e
problemático, filho de uma mulher que sofre de depressão crônica.
A série também deverá acompanhar um solteirão, mas desta vez
o menino será seu vizinho, que mora ao lado de sua casa com a mãe excêntrica.
Ainda não há data de estréia para a série. O que se sabe é que ela deve sair
ainda este ano.
03 – A Seleção (Kiera
Kass)
Olha... às vezes pago caro pela minha sinceridade, mas fazer
o quê... sou assim, vou morrer assim. Me desculpem o fãs do livro de Kiera
Kass, mas pelo release do selo Seguinte da Editora Companhia das Letras, a obra
não me atraiu nem um pouco. E... somado a maioria dos comentários que vi na
Net, fiquei menos “católico” ainda com relação a história do tipo cinderela
idealizada pela autora. Mas quem sou eu para gostar ou não, o que importa é que
os ‘hômi’ amaram, tanto é que já compraram os direitos do livro para adaptá-lo
para a TV.
A CW já está produzindo uma série baseada no livro “A
Seleção”. O piloto, inclusive já foi gravado. Não me perguntem quanto a data de
lançamento, porque ainda não tem nada definido.
Confiram a sinopse de “A Seleção” fornecida pela Seguinte:
‘Num futuro com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne
moças de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a
oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a
chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de
vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o
coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no
entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo.
Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma
casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma
disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. Então America conhece
pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso,
Maxon não é nada do que se poderia esperar. A vida com que sonhou talvez não
seja nada comparada ao futuro que ela nunca poderia imaginar’. E aí se interessaram?
Eu não.
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Aimee Teegarden como America Singer |
Pelas críticas que vi em alguns blogs e sites deu pra
perceber que “A Seleção” funciona com um reality show que é exibido para todo o
País, onde o príncipe Maxon escolherá a sua futura rainha entre as 35 garotas
concorrentes. Acontece que uma delas, a tal America, já ama outro rapaz e só
está participando do concurso por imposição dos pais que sonham em ter uma vida
melhor.
Sei lá, isso me cheira uma história de amor comum no formato
de reality show. Pode ser que eu queime a língua e a série se torne um grande
sucesso. Vamos ver.
Para aqueles que curtiram o livro de Kiera Kass e agora estão
na maior expectativa, aguardando a escolha dos atores que viverão os
personagens principais, já adianto os nomes de dois deles: Aimee Teegarden, sómente
23 aninhos, mais conhecida por sua participação na série Friday Night Lights,
no papel da personagem Julie Taylor, será a América Singer e o ator William
Mosely, o Príncipe Pedro de “As Crônicas de Nárnia” na ‘pele’ de Aspen.
04 – Morte Súbita (J.K.
Rowling)
![]() |
Escritora J.K. Rowling e seu novo livro "Morte Súbita" |
Uma notícia boa e outra ruim. Lá vai. Primeiro a boa: o livro
de J.K. Rowling será adaptado para a TV numa série. A ruim: Isto só vai
acontecer em 2014. Tudo bem, sei que foi um duro golpe para os fãs da mãe de
Harry Potter que estão aguardando ansiosamente a estréia desse projeto, mas
pelo menos, há o consolo daquele velho ditado: “quem espera sempre alcança”.
Portanto... paciência e mais paciência.
A série será produzida pela ultra famosa BBC. Viu só como Rowling
não é fraca??! De ruim mesmo, como já escrevi, só mesmo a demora na estréia.
Tomara que esse projeto não esfrie, pois já vi muitos anúncios antecipados de
produções de filmes ou adaptações de séries serem esquecidas pelos produtores
através dos tempos. Entonce... Deixa eu ficar quietinho porque os fãs de
Rowling já devem estar me chamando de pessimista prá cima. Mas acreditem, eu
mais do que ninguém estou torcendo para que essa série saia o mais rápido
possível do papel. Tenho curiosidade em ver como os personagens carismáticos do
livro se sairão na TV.
'Morte Súbita', o primeiro livro para adultos de Rowling,
escrito logo depois dela ter encerrado a saga do bruxo Harry Potter, mostra
como a morte de um vereador e a consequente eleição para substituí-lo, faz
explodir uma série de conflitos em uma pequena cidade inglesa, a fictícia
Pagford. O livro já vendeu mais de um milhão de exemplares somente no Reino
Unido. Imagine, então, no resto do mundo!
Quando a sua adaptação para a telinha ainda não ficou
definido o número de episódios e tampouco atores e diretor. Também, pudera, a
série só vai estrear daqui a um ano!!
05 – Outlander (Diana
Gabaldon)
Não conheço e não li, só
vi comentários na Net. Portanto, antes de mais nada, me perdoe os fãs dessa
série de livros. É que no infinito universo literário, onde todos os dias estão
sendo lançadas novas obras literárias não dá prá acompanhar tudo que sai do
prelo. Por isso, faço a opção em ler apenas o que me interessa nesta vasta
galáxia literária.
Tomando por base os
artigos e posts que vi, trata-se de uma série de livros que está no seu sétimo
volume, sendo seis deles já lançados no Brasil. A obra de Gabaldon é uma
mistura de ficção científica, aventura e principalmente romance. Conta a
história de Claire, uma
enfermeira da Segunda Guerra Mundial, que acidentalmente volta no tempo para o
ano de 1743 em que ela é imediatamente jogada para dentro de um mundo de
aventura, que a obriga correr e lutar pela sua vida. Quando Claire é forçada a
se casar com Jamie, um elegante e romântico jovem guerreiro escocês, seu
coração ficará dividido entre dois homens de duas diferentes épocas. É...
bem... sei lá, a primeira vista, parece interessante, mas como não me senti tão
atraído pelo enredo prefiro não arriscar palpites. Pelo que fiquei sabendo,
cada livro da série tem aproximadamente 700 páginas! Um verdadeiro calhamaço!
“Outlander” será produzida por Ron Moore, o mesmo das
séries Caprica, Battlestar Galactica e Jornada nas Estrelas (Deep Space Nine e
A Nova Geração). A má notícia para os fãs dos livros de Gabaldon é que a série
de TV ainda não tem data para desembargar no Brasil.
06 – Delírio (Lauren Oliver)
Caro leitor-internauta desse humilde
blog, me responda o que acha de Prison Break? Você deve estar se perguntando: -
“Caraca! O que Prison Break tem a ver com Delírio?!! Eu respondo: “- Tem tudo a
ver!” É que a adaptação para a tela pequena está sendo escrita por Karin Usher,
o idealizador de um dos maiores fenômenos mundiais da TV: Prison Break. Cara,
acho que só isso – é evidente que se Usher acertar a mão – já é sinônimo de
sucesso antecipado para Delírio na TV.
“Delírio”, lançado pela Intrínseca é
o primeiro livro de uma trilogia onde o amor é considerado uma doença. A
história se passa Estados Unidos que considera o amor como uma doença mortal,
uma verdadeira praga que deve ser exterminada, antes que dizime a população. Sendo
assim, as pessoas tão logo completem 18 anos devem ser programadas a não ter
esse sentimento, ficando ‘curadas’ por completo. Segundo o governo americano
desse mundo distópico, criado pela escritora, a culpa de todos os males da
sociedade, como guerra, fome, dentre outros, reside em um só acontecimento: a
entrega dos seres humanos às suas paixões e, consequentemente, amor.
No enredo de Oliver, a protagonista
Lena está prestes a passar pelo processo que estirpa de maneira definitiva o
amor. A garota acredita, de fato, que esse é o melhor caminho a ser seguido,
mas ela começa a mudar de idéia quando Alex surge em sua vida e mostra que nem
tudo é como parece ser nesse mundo ilusório.
A série será produzida pela Fox e
ainda não tem data de estréia definida. Nem mesmo atores e diretor foram
citados. A única confirmação é que o roteiro será adaptado por Usher.
07 – O Exorcista (William Peter Blatty)
Apesar da minha pouca idade naquela
época, me lembro como se fosse hoje... Logo que saí – tremendo igual vara verde
– da sala de exibição do cinema da minha cidade, ouvi um senhor - já com uma
certa idade – questionando com alguns amigos o que teria acontecido com Regan e
sua família depois do exorcismo sofrido. Fui embora com aquele questionamento
em minha cabeça de pré-adolescente e como diziam naquele tempo: fui burilando,
burilando e burilando esse questionamento e acrescentei outra pergunta: - “Só
faltava a menina sofrer uma nova possessão!!” E conclui: - “Seria muita falta
de imaginação!” Ehehehe... Dito e feito, alguns meses depois surgiria um bando
de desafortunados produtores, roteiristas e diretor, os quais nem quero saber
quem são que teriam a “brilhante” idéia de lançar uma sequência para o clássico
“O Exorcista”, chamada: “O Exorcista II: O Herege”.
A merd... dessa produção tentava, eu
disse tentava, ser uma sequência direta da obra prima de 1973, mas a falta de
criatividade dos roteiristas mostrou aos cinéfilos apenas uma nova possessão de
Regan, agora já mais crescida. Pô!! Os caras chamaram os padres Merrin e Karras
de incompetentes! Mêo! Na cabeça desses infelizes de nada adiantou a morte dos
dois exorcistas, já que na sequencia tiveram de apelar para um terceiro! Bah!!
Quanta falta de QI!!
Por tudo isso, acredito que ficou
faltando uma continuação digna para o filme dirigido por William Friedkin. Aliás,
venhamos e convenhamos, todas as sequencias de “O Exorcista” foram um tiro no
pé. Verdadeiras aberrações cinematográficas. Faço questão de citar todas elas:
“O Exorcista 2: O Herege”, “O Exorcista III” e “Exorcista: O Início”. Este
último, em 2004, conquistou duas framboesas de ouro, prêmio instituído pela
crítica americana que premia os piores filmes do ano. As framboesas foram para
a pior sequencia e o pior diretor. Quer mais?!
E agora, vejam só; a redenção do
clássico de 1973 pode acontecer através da televisão e não de uma nova
tentativa no cinema.
![]() |
Cena antológica do exorcismo feito pelos padres Merrin e Karras |
A
adaptação do livro de Blatty para
a TV já está confirmada e terá de 10
a 12 capítulos. Por isso, acho que podemos chamar de
minissérie; não é? Falta definir a data de lançamento, o time de atores e também
o canal que exibirá a minissérie, já que há muitas redes de televisão
interessadas. À frente do projeto está o escritor e diretor Sean Durkin que
dirigiu o elogiadíssimo “Martha Marcy May Marlene”.
A ´produção televisiva deve focar
na gradual transformação que Regan MacNeil passa até ser possuída por espíritos
do mal e como sua família reage a situação. O ponto positivo da minissérie será
o foco nos fatos pós exorcismo, ou seja, como Regan e seus familiares passaram
a viver depois dessa terrível experiência. Ah! Antes que a galera me pergunte,
já antecipo: os padres Damien Karras e
Lankester Merrin também deverão estar envolvidos na trama.
08 – Harper Connely Mysteries
(Charlaine Harris)
![]() |
Terceiro livro da série Harper C. Mysteries |
Em 2005, a escritora Charlaine
Harris lançaria uma saga de livros com uma heroína ‘prá lá’ de esquisita. Os
livros seriam sucesso absoluto de venda, inclusive no Brasil.
Harper Connely, a protagonista da
série que já está em seu quarto volume (três deles lançados no Brasil) após ser atingida por um raio, acaba se tornando uma
especialista em encontrar cadáveres. Que dom esquisito mêo!! Bem, prosseguindo:
desde que aprendeu a controlar seus novos instintos, Connely e seu meio irmão,
Tolliver, partem em busca de trabalhos para solucionar casos macabros em
diversas cidades.
Cá entre nós, me
interessei pela história e talvez até compre o primeiro livro da série. Vamos
ver...
Com relação a
adaptação da saga da personagem para a TV, fiquei sabendo que a Syfy comprou os
direitos e pretende estreá-la o mais rápido possível, provavelmente no início
do segundo semestre.
O piloto da série
está sendo escrito por Kam Miller (Law and Order: SVU). Acho que poderemos ter algo legal.
09 – Saga Crepúsculo (Stephenie Meyer)
Não bastasse esse
bando de vampiros lindos, charmosos e atraentes invadirem os cinemas de todo o
mundo com o maior estardalhaço, agora eles também querem tomar de assalto a sua
TV. Pode Acreditar: Edward Cullen, Jacob, Bella e Cia também podem ser
personagens de uma série de TV. Segundo o site de entretenimento TV Line,
com o término da franquia de filmes das produtoras Lionsgate/Summit,
os executivos de TV de Hollywood estariam
interessados em manter viva a saga baseada nos livros de Stephenie Meyer,
mas agora nas telinhas.
O objetivo dos produtores é recriar a
história original de Crepúsculo,
com o clã dos vampiros, lobisomens e o triângulo amoroso, mas com uma grande
diferença: sem o trio original. Aqueles que estavam sonhando ver na TV os
queridinhos da saga: Robert Pattison, Kristen Stewart e Taylor Lautner, podem
esquecer. É quase certo como 2 e 2 são quatro que famoso trio será substituído
por outros atores.
Pelo que eu pude ver até agora em
sites e blogs confiáveis na Net é que o projeto ainda está bem cru. Que ele vai
sair, vai, com certeza, mas quanto ao enredo não há nada definido. Pode ter,
inclusive, a possibilidade da série focar apenas o clã dos lobisomens que ao
longo dos filmes foi conquistando a simpatia dos cinéfilos. Se isso ocorrer, Os
Cullen e Bella ficariam de fora. Será que a galera iria gostar?? Sei não...
10 – Trilogia da Escuridão (Guillermo Del Toro e Chuck Hogan)
![]() |
Guillermo del Toro e Chuck Hogan |
Caramba! Quem será que vai viver o
médico epidemiologista Ephraim Goodweather? E a bióloga Nora Martinez?? E o
Mestre terá alguém de carne e osso para representá-lo ou será um produto de
computação gráfica? E os vampiros e suas línguas asquerosas? Será que a
maquiagem ficará convincente?
Cara! São tantas perguntas, tantos
questionamentos! Só mesmo esperando para ver. Desculpem a empolgação acima da
média, é que eu simplesmente amei essa trilogia. Considero uma das melhores que
li em toda a minha vida de leitor inveterado.
Ufa! Respirando... respirando...
Pronto. Vamos, agora, pensar racionalmente (rss). A chamada Trilogia da
Escuridão (Noturno, A Queda e Noite Eterna). Não vou perder tempo fazendo uma sinopse
dos livros, pois isso já foi feito. Quem quiser ver mais detalhes sobre a obra do
cineasta Guillermo del Toro e do romancista Chuck Hogan, podem ‘fuçar’ aqui,
aqui e mais aqui.
A trilogia fez tanto sucesso nas
páginas que acabou ganhando uma adaptação para os quadrinhos. O canal FX já
fechou as negociações que confirmam a produção de um episódio piloto que terá
roteiro dos próprios autores. Creio que convencer Del Toro e Hogan a escrever o
roteiro do primeiro episódio da série já é uma conquista enorme dos produtores.
O meu medo é com relação aos próximos episódios que deverão ser escritos por
outros roteiristas, já que os autores da Trilogia da Escuridão concordaram em
assinar apenas o episódio piloto. Tomara que os executivos do canal FX escolham
as pessoas certas para essa importante função.
O roteiro piloto será gravado a
partir de setembro de 2013. E a boa notícia é que a série baseada nos livros da
trilogia deverá ser bem longa, tendo várias temporadas. Algo do tipo “Lost”. Os
produtores estão tentando convencer del Toro a escrever alguns desses episódios.
Ôooo Del Toro! Aceita aí vai!!
Galera ta aí! Espero que tenham
gostado do post. Agora é só esperar, contando nos dedos a chegada dessas séries
baseadas em livros e que prometem arrebentar a boca do balão.
Indo!
06 fevereiro 2013
Livros da moda: enquanto alguns fizeram a cabeça de gerações, outros viveram apenas um derradeiro sucesso
Rapaz!! Você se lembra do lançamento do primeiro livro da
série Harry Potter? Eu me lembro... e como lembro! Foi uma febre mundial, como
um vírus que começou “contaminando” (no bom sentido, é claro) os states, depois
a Europa, em seguida o continente africano, o sul-americano e em pouco tempo,
pessoas no mundo todo estavam “infectadas” pela chamada ‘HarryPottermania”.
E quanto ao “Exorcista”, de William Peter Blatty? Eu tinha 11
anos quando o livro foi lançado e outros 13 anos quando a história chegou aos
cinemas. Apesar da pouca idade, me recordo da histeria que tomou conta de
milhares de leitores e cinéfilos. Pessoas que não conseguiam ler o livro
inteiro ou então assistir ao filme porque passavam mal; lendas urbanas que
surgiam, criando uma aura maldita em torno do livro e do filme; boatos de
mortes e acidentes graves envolvendo pessoas ligadas direta ou indiretamente às
duas obras: literária e cinéfila.
Ah! E que tal a saga Crepúsculo? A escritora americana,
Stephenie Meyer conseguiu uma proeza que poucos do ramo conseguiram.
Transformar seres horríveis, ardilosos, perversos e sanguinários em verdadeiros
anjinhos. Imagine um vampiro adolescente;
lindo de morrer, bonzinho.. bonzinho... mas bonzinho ao extremo! Mas tão inocente e
meigo que é capaz de ficar de quatro por uma simples mortal. Esse vampiro
chamado Edward Cullen virou uma febre mundial, fazendo com que muitas
adolescentes sonhassem dia e noite com ele, querendo ter o gato em sua cama só
para elas.
Estes foram apenas três livros que tiveram o dom de ditar
normas, conseguindo mudar hábitos e até mesmo valores de uma geração de
leitores, sejam eles, adultos ou adolescentes. São os chamados “livros da moda”
que surgem a cada três, cinco ou oito anos. Alguns se tornam meros modismos,
caindo no esquecimento num curto espaço de tempo; enquanto outros acabam fazendo uma verdadeira revolução, cujo
resulto dura anos e anos, passando de geração para geração.
Vejam bem, não pretendo escrever um post sobre clássicos
literários. Nada a ver, pessoal. Mesmo porque existem verdadeiras obras de arte
da literatura que não tiveram nenhuma influencia em determinado grupo social.
Foram livros exaltados pela crítica ou então que se tornaram cults, mas não
tiveram força para mudar a rotina normal de um número avassalador de leitores.
Por isso, com certeza, alguns livros que citarei nessa relação podem ser
considerados “lixos culturais” ou
simplesmente obras sem nenhuma expressão, mas mesmo assim, por algum motivo,
causaram um grande impacto na vida de jovens e adultos.
A idéia para escrever esse post não foi minha, mas de um
amigo blogueiro: o Augusto Fernandes Salles, do Gato Smucky. Após ler um post
que escrevi sobre os 12 livros mais vendidos em todo o País, ele me disse isso,
literalmente: “- Já percebeu que, nos
últimos tempos, todo ano tem um "livro da moda"? Há alguns meses eram
os da saga Crepúsculo. Antes disso, Harry Potter. Depois, A Cabana. Há um pouco
mais de tempo, O Caçador de Pipas e A Cidade do Sol. Já pensou em fazer um post
sobre isso? Sobre essas febres e suas
quase sempre inevitáveis versões cinematográficas?” Adorei a idéia e mandei
ver. Pronto, surgiu assim esse post que espero agrade, pelo menos, uma pequena
parcela dos internautas que visitam esse espaço.
Bem, chega de lero-lero e blá-blá-blá e vamos aos livros que na
minha opinião se tornaram verdadeiras febres.
01 – Saga Harry Potter
(1997)
A saga do menino bruxo idealizada por J.K.Rowling é na minha
visão, o maior fenômeno literário de todos os tempos. Para aqueles que duvidam,
me respondam qual foi o enredo literário que teve fôlego suficiente para lançar
sete livros num período de 10 anos e transformar todos esses sete livros em uma
febre mundial? Isso é pouco? Tá bem, deixa eu prosseguir. Qual série de livros
vendeu aproximadamente 400 milhões exemplares e foi traduzida em mais de 67
idiomas? Ainda não te convenci? Beleza. Que tal essa. Qual escritor ou
escritora conseguiu se tornar o mais rico entre todos os escritores, escrevendo
apenas uma série de livros com os mesmos personagens?
Se ainda não consegui te convencer, só posso dizer que você,
de fato, é duro na queda e deve participar do rodeio em Barretos, porque jamais
vai cair do lombo de um touro.
A série de livros Harry Potter conseguiu revolucionar uma
geração inteira de leitores. Aqueles que começaram a ler as aventuras do menino
bruxo com 13 anos continuaram lendo até os seus 23 anos, não abandonando, por
nada, durante uma década, as peripécias de Harry, Hermione, Rony, professor
Dumbledore e Cia.
Com o lançamento dos sete filmes que foram adaptados
fielmente das páginas, a febre cresceu ainda mais, com os fãs da série passando
a seguir o visual dos seus personagens favoritos.
Cara! Sobrou até para as corujas! Por causa dos livros, a
demanda por corujas como bichinhos de estimação aumentou muito, mas com o fim
da série, os bichinhos começaram a ser abandonados.
Harry Potter e sua turma conseguiram segurar o cetro por uma
década inteirinha, mudando os hábitos e costumes de todos os adolescentes dos
anos 80. Para se ter uma idéia do poder de persuasão do universo criado por
Rowling, nem mesmo o, então na época, Príncipe Charles conseguiu escapar dos
encantos da série, se declarando um fã de carteirinha dos livros de Potter.
02 – Saga Crepúsculo
(2005)
Adolescentes e adultos ainda estavam vivendo a febre do
lançamento de “O Enigma do Príncipe” – penúltimo livro da série Harry Potter –
quando, aproximadamente, três meses depois, o mundo passaria a conhecer um novo
fenômeno editorial. No início de outubro de 2005, Stephenie Meyer lançaria
Crepúsculo, o primeiro volume da saga de Edward Cullen e Bella Swan.
Meyer decidiu implodir o mito do vampiro mau, ardiloso e com
uma aparência maquiavélica. Ela deve ter dado um grito de independência, do
tipo: “Nada disso!”. Os vampiros da
família Cullen criados pela autora são sedutores, honestos e lindos de morrer.
Prova disso é que o protagonista da saga, Edward arrasou milhares de corações
adolescentes pelo mundo afora. Garotas de 15, 18 anos ou mais chegavam perto da
histeria quando Robert Patisson aparecia nas telas dos cinemas, na adaptação do
romance, vivendo o vampirão Edward Cullen.
Quando “Lua Nova”, segundo livro da saga Crepúsculo, foi
lançado em 2007, filas enormes de leitores se formaram nas livrarias americanas
e européias, deixando evidente que Harry Potter já tinha um substituto a altura
para ocupar o trono: o vampiro ultra-apaixonado Edward.
Nem mesmo os protestos de Stephen King que numa entrevista
acabou revelando que detestava o universo criado por Meyer, mas idolatrava o
mundo de Potter, serviu para atrapalhar as vendas dos livros da saga.
“Crepúsculo”, “Lua
Nova” e “Amanhecer” - já venderam cerca de 120 milhões de cópias ao redor do
mundo, com traduções em 37 línguas diferentes, para 50 países.
03 – O Exorcista (1972)
Se houve um livro que conseguiu provocar histeria em massa,
fazendo que muitas pessoas, na época de seu lançamento, sofressem mudanças
comportamentais significativas foi “O Exorcista”. E quais seriam essas mudanças
comportamentais significativas? Por exemplo, muitos que leram o livro nos anos
70, tiveram auto-sugestão de que estavam possuídos e começaram a agir de
maneira estranha. Também, devido a profundidade da história, inúmeros leitores sofreram
crises nervosas.
O lançamento do filme baseado na obra de William Peter
Blatty, em 1973, serviu para aumentar,
ainda mais, essa histeria coletiva. Pessoas que desmaiavam ou passavam mal
durante a exibição do filme; outras que começavam a agir de maneira estranha; e
por aí afora.
Os grupos de discussões sobre o tema proliferaram da noite
para o dia. A grande imprensa transformaria tanto o livro, quanto o filme na
“bola da vez”. Enquanto isso, Blatty seria transformado, em pouco tempo, numa
celebridade mundial.
Acredito que nem mesmo o próprio autor ‘levava fé’ de que o
seu livro atravessaria décadas e mais décadas sem perder a atualidade. E foi,
exatamente, isso que aconteceu. Após 40 anos, a história sobre a possessão
diabólica de uma criança de apenas 12 anos – a pequena Regan – ainda continua
assustando muitas pessoas e criando polêmica.
Duas passagens antológicas do livro que foram transpostas
para as telonas dos cinemas, acabaram se tornando verdadeiros ícones da
literatura e do cinema de terror. A primeira delas, a pequena Regan descendo a
escadaria de seu quarto, toda encurvada para trás como se fosse uma aranha. E a
outra, o giro de 360 graus que a personagem dá em sua cabeça, como se não tivesse
pescoço. Esta última passagem ocorre durante o exorcismo de Regan feito pelos
padres Merrin e Karras.
Por tudo isso, não resta dúvidas de que o livro de Blatty
revolucionou
gerações.
04 – O Código Da Vinci
(2003)
Sei que muitos leitores torcem o nariz para Dan Brown que é o
tipo de escritor “me ame ou me deixe”. Mas não há como negar que o seu livro “O
Código Da Vinci” criou uma celeuma danada em todo o mundo. Na época em que a
obra foi lançada, chegamos perto de uma guerra santa. Ehehehe, brincadeirinha. Mas
escrevendo sério agora; tudo bem que não tivemos uma guerra santa, mas que o
texto ousado, amalucado, esquisito ou sei lá o quê, foi algo muito corajoso.
O livro causou polêmica ao questionar a divindade de Jesus
Cristo. A trama do livro envolve desde grandes organizações católicas como o Opus Dei,
até a sociedade secreta conhecida como Priorado de Sião, que, de acordo com documentos
encontrados na Biblioteca Nacional de Paris, possuía
inúmeros membros famosos como Sir Isaac Newton,
Botticelli,
Victor Hugo
e Leonardo da Vinci.
Brown criou ao mesmo tempo um dos personagens mais
carismáticos da literatura policial e de suspense: o professor de simbologia da
Universidade de Harvard, Robert Langdon.
O livro tem recebido críticas de religiosos, argumentando que
Brown distorceu os fatos históricos. O modo controverso como Dan Brown trata a Igreja
Católica gerou uma série de
protestos. Por esse motivo, a obra tem tido muitas vezes uma resposta negativa
entre grupos cristãos.
“O Código Da Vinci” polemizou ao extremo quando questionou
verdadeiros dogmas que transcendem o catolicismo, atingindo outras religiões,
entre os quais – como já mencionei – a divindade de Jesus.
Esta suposição levantada por Brown em seu primeiro sucesso
literário, rebombou nos meios religiosos gerando controvérsias e discussões
entre teólogos, padres, pastores e leigos.
“O Código Da Vinci” é um livro com a “cara” de seu autor e
que por isso também faz jus a máxima: “Me ame ou me odeie.”
05 – A Guerra dos
Mundos (1898)
Escrito há mais de um século, esse livro, simplesmente, deu
origem ao que hoje conhecemos por ficção científica. Acho que só essa frase já
serve para justificar a inclusão da obra de H.G. Wells na lista desse post, mas
como hoje estou inspirado vou escrever algo mais sobre “A Guerra dos Mundos”.
Lançado originalmente em 1898, o livro ‘empestiou” (no bom sentido) a mente de
muitas crianças daquela época que após lerem a história de Wells passaram a
sonhar em serem cientistas um dia. E com certeza muitas delas seguiram ‘ à
risca’ o seu sonho de criança, lançando-se nos estudos – influenciadas pelo
enredo de “A Guerra dos Mundos” – ingressando numa universidade e se tornando
pesquisadores respeitados no campo da ciência espacial.
Como não bastasse influenciar diretamente muitas crianças e
jovens há dezenas e mais dezenas de anos atrás, o livro de Wells, também levou
pânico há mais de 1,2 milhão de pessoas nos Estados Unidos. Em 30 de outubro de
1938, a rede de rádio CBS interromperia a sua programação para noticiar uma
suposta invasão alienígena. Na verdade, nada mais era que um programa semanal,
onde a história de A Guerra dos Mundos era dramatizada em forma de programa
jornalístico. Resultado: nem todos os ouvintes ligaram o rádio no início da
dramatização e assim, perderam a explicação de que tudo não passava de uma
encenação. Esses ouvintes –cerca de 1,2 milhões - entraram em pânico e saíram
as pressas de suas casas, causando congestionamentos no trânsito e aglomerações
nas ruas de inúmeras cidades onde as ondas da rádio CBS chegavam.
Acredite; “A Guerra dos Mundos” foi capaz de fazer tudo isto.
Uma obra, de fato, antológica e que até hoje, decorridos mais de 100 anos,
continua atual, já tendo mais de uma vez, o seu enredo adaptado fielmente para
as telonas dos cinemas. A primeira em 1954, quando faturou o Oscar de Melhores
Efeitos Especiais, e a mais recente, em 2005, com Tom Cruise, tendo na direção
Steven Spielberg.
06 – Saga O Senhor dos Anéis (1954)
A deslumbrante trilogia “O Senhor dos Anéis” vem sendo lida
pelos jovens em todo mundo há aproximadamente seis gerações, ganhando assim, o
status de obra antológica. Talvez a trilogia de J.R.R. Tolkien – “A Sociedade
do Anel”, “ As Duas Torres” e “O Retorno do Rei” – tenham sido os livros mais
emblemáticos das últimas décadas.
Desde a primeira vez em que foi lançado, em 1954, nunca mais
parou de ganhar admiradores. O sucesso da obra do escritor britânico seria
consolidado de maneira definitiva logo após a adaptação cinematográfica
idealizada por Peter Jackson. Pronto! “O Senhor dos Anéis” se tornaria sucesso inquestionável de público
e crítica.
Para que vocês tenham uma idéia do poder de fogo dessa obra
através dos tempos, basta dizer que até agora, “fuçando” na Net não vi nenhuma
crítica contrária a trilogia. Posso dizer que “O Senhor dos Anéis” é
unanimidade de crítica e público.
Apesar de seu lançamento ter acontecido em 1955 no Reino
Unido, a trilogia só começou a ser
publicada no Brasil em 1974 pela Artenova. A partir de 1994, os livros de
Tolkien passariam a ser publicados pela Martins Fontes.
Acredito que alguns internautas que estejam lendo esse post,
questionem porque não incluí “O Hobbit” nessa relação, já que o livro pode ser
considerado o pai da trilogia. Ocorre que tanto a obra literária quanto o filme
“O Hobbit” não tiveram repercussão semelhante ao “Senhor dos Anéis”.
07- Laranja Mecânica (1962)
Apesar de alguns considerarem uma leitura difícil por causa
das gírias faladas pelos personagens, não há como negar que a obra de Anthony
Burgess se transformou num livro de cabeceira de uma multidão de pessoas nesses
últimos 50 anos. Foram jovens do passado que leram e curtiram a história de Alex e sua
gang e depois de casados “doaram” o livro para os seus filhos, indicando a
leitura. Por isso, “Laranja Mecânica” acabou passando de geração para geração.
O enredo criado por Burgess influenciou até mesmo o cineasta
Stanley Kubrick que em 1971 faria uma adaptação do famoso romance para as telonas.
O filme, à exemplo do livro, foi um sucesso mundial, entrando na maioria das
listas de obras cinematográficas e literárias mais famosas de todos os tempos e
que fizeram a cabeça de gerações.
08 – O Diário de Anne
Frank (1947)
A história de Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne
Frank, se tornou conhecida em todo mundo. O diário da garota alemã, de origem
judaica, com apenas 13 anos e que de repente viu a sua existência sofrer uma
transformação radical, ao ver o seu País ser invadido pelos nazistas emocionou
muitos leitores através de décadas. Embora tenha nascido em Frankfurt,
Anne passou a maior parte da vida em Amsterdã,
nos Países Baixos. Sua família se mudou para lá em 1933, ano da ascensão dos nazistas ao poder. Com a eclosão
da Segunda Guerra Mundial, o território
neerlandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich
foi estendida à população judaica residente no país. A família de Anne passou a
se esconder em julho de 1942,
abrigando-se em cômodos secretos de um edifício comercial. A garota e sua irmã
morreram num campo de concentração, presenciando inúmeras atrocidades cometidas
pelos nazistas. Ela escreveu em um diário as suas intimidades e também das
pessoas que a cercavam, além do sofrimento do povo nos campo de concentração,
onde ela se encontrava.
Consta que Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da
família, retornou a Amsterdã depois da guerra e teve acesso ao diário da filha.
Seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O livro se tornaria um
dos mais traduzidos em todo o mundo. Com certeza, de 1947 até os tempos atuais,
milhares de leitores tiveram a oportunidade de conhecer a intimidade de Anne
Frank.
09 – Saga Operação
Cavalo de Tróia (1987)
Polícia! Socorro!! Prende! Prende o cara porque ele ficou
loouco!!! Sei que muitos internautas quando “baterem os olhos” nesse trecho do
post irão gritar ou exclamar algo semelhante. Certamente, o espanto deve-se a
escolha do livro do escritor espanhol J.J. Benitez. Sei, também, que muitos
consideram todos os livros dessa saga mais do que lixo cultural, uma verdadeira
perda de tempo, uma piada. Mas também há aqueles que devoraram toda a coleção
com muita avidez e consideram os livros do espanhol verdadeiras obras primas. Não
posso negar que a saga “Operação Cavalo de Tróia” vem se renovando há 25 anos!!
Cara, me responda uma cosita: “Uma saga que tem fôlego para manter a
expectativa de seus leitores acessa por duas décadas e meia, não merece fazer
parte dessa humilde listinha?
Pois é, “Operação Cavalo de Tróia” já está em seu nono volume
e vendeu mais de seis milhões de exemplares. “Em
sua obra, Benitez conta a história de um militar americano que participou de
uma experiência da NASA, que lhe possibilitava realizar uma viagem no tempo. A
época escolhida por ele foram os últimos sete dias de Jesus Cristo na terra.
Dessa maneira, o viajante do tempo pôde acompanhar todos os passos de Jesus Cristo
naquele período.
Benitez alega que a história é real e que ele jamais teria
imaginação suficiente para criar um romance com passagens tão detalhadas sobre
a vida de Jesus Cristo. Outros consideram tudo isso uma fraude. Mas fraude ou
não, a verdade é que “Operação Cavalo de Tróia” está bombando nas livrarias
desde 1987, com os livros sobre a viagem do militar conhecido apenas por
‘major’, saindo aos borbolhões.
10 – Eram os Deuses Astronautas (1968)
Um livro que foi um sucesso e revolucionou o modo de pensar
da humanidade. Foi exatamente isso que me levou a escolher a obra de Eric Von
Daniken a fazer parte dessa lista. Confesso que estava em dúvida entre o livro
do escritor suíço e o polêmico “Cristiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída.
Cheguei a dar uma balançada, pois as duas obras fizeram o maior barulho na
época de seus lançamentos, mas no final acabei pendendo para von Daniken, cujo
livro, creio eu, teve um peso maior, já que questionou abertamente idéias que
eram verdadeiros dogmas científicos e religiosos há quase cinco décadas.
Em seu livro que já está perto de alcançar a sua 50ª edição,
o autor questiona sobre a possibilidade de as antigas civilizações terrestres
serem resultado de alienígenas que para cá teriam se deslocado. Como provas das
ligações com os ETs, ele citava as pirâmides egípcias e incas, as quilométricas
linhas de Nazca, os misteriosos moais da Ilha de Páscoa, entre outros grandes
mistérios arquitetônicos. Ele também cria uma teoria de cruzamentos entre os
extraterrestres e espécies primatas, gerando a espécie humana.
Ficou abismado?! Agora imagine essas idéias sendo lançadas no
final da década de 60! Não dá pra negar que o livro criou uma polemica enorme
através dos tempos. Tanto é que von Daniken continua sendo um dos palestrantes
mais requisitados em todo o mundo para abordar o tema ufologia.
10 e um pouquinho mais... – Feliz Ano Velho
(1982)
Tudo bem, tudo bem. Sei que esse post deveria ter apenas 10 livros e só. Mas é que eu não poderia deixar de fora um escritor nacional e que merece fazer parte desse post, graças a sua obra fantástica. Entonce... o motivo desse "um pouquinho mais" no post. “Feliz
Ano Velho” de Marcelo Rubens Paiva, publicado pela primeira vez em 1982, marcou toda uma geração de leitores brasileiros e se tornou uma obra de
referencia na literatura contemporânea em nosso País. Quer fazer um teste? Ok. Peça
para 10 amigos leitores citarem um livro de um autor brasileiro que marcou a
sua adolescência nos anos 80. Com certeza, mais de cinco irão responder “Feliz
Ano Velho”.
O livro – uma verdadeira lição de vida - é um relato real do
acidente que deixou Marcelo tetraplégico, a poucos dias do Natal de 1979. Jovem
paulista de classe média alta, vida boa, muitas namoradas, estudante de
Engenharia Agrícola na Unicamp, ele vê sua vida se transformar num pesadelo em
questão de segundos. Durante um passeio com um grupo de amigos, Marcelo, de
farra, resolve dar um mergulho no lago. Meio metro de profundidade. Uma
vértebra quebrada. O corpo não responde. Começa ali, naquele mergulho, a
história de Feliz Ano Velho.
A partir do acidente, Marcelo vê sua vida mudar radicalmente.
Seus dias no hospital, as visitas que recebeu, as histórias que viveu são
relatadas sob uma nova perspectiva: a de um jovem que sempre fez tudo o que
podia e queria, e que, agora, sentado em uma cadeira de rodas, vê-se impotente
diante dos acontecimentos, dependendo da ajuda de amigos e familiares para
reaprender a viver. Apesar do tema trágico, Feliz Ano Velho – vencedor do
Prêmio Jabuti e adaptado para o teatro e cinema – tem momentos de humor,
ternura e erotismo. Marcelo se encarrega de colocar em palavras a relação de
amor e respeito à mãe, o carinho das irmãs, a camaradagem e encorajamento da
turma, as festas e as fantasias sexuais. O acidente no lago seria o segundo
tranco na vida do garoto. O primeiro foi aos 11 anos: o “desaparecimento” do
pai – o ex-deputado federal Rubens Paiva – pela ditadura militar.
Definitivamente, um livro mais do que emblemático. Encantador,
audacioso. Sei lá. Acho que tudo isso no mesmo bolo.
Valeu!
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