25 novembro 2015

As Crônicas de Miramar – O Segredo do Camafeu de Prata

Cara, nunca imaginei que algum dia poderia comparar um livro nacional com a antológica coleção “Vagalume”. A série da editora Ática iniciada em 1972 e direcionada ao público infanto-juvenil era totalmente diferenciada das demais, pois os seus enredos tinham o poder de viciar (no bom sentido) os adolescentes dos anos 70.
A sensação que eu tinha quando lia algum livro da “Vagalume” era a de estar participando diretamente história. Mêo, eu estava lá! Com aqueles personagens maravilhosos; ora sofrendo com dona Lola em Éramos Seis, ora bancando o detetive com Alberto e o impagável inspetor Pimentel em “O Escaravelho do Diabo”; sem contar tantas outras histórias lidas no decorrer da minha juventude.
Naquela época não tínhamos os sofisticados jogos de videogames em 3D. O, hoje jurássico, Atari, só chegaria ao Brasil no início dos anos 80 – para ser exato em 1983 – e nem todos tinham condições de adquirir o console do jogo. Portanto, a minha geração tinha nos livros da série Vagalume a sua maior e principal diversão. E posso confessar que sou grato por ter sido órfão  dos jogos eletrônicos  na minha adolescência, pois assim pude realizar ‘viagens’ fantásticas!
Caraca! Foram viagens tão marcantes, leituras tão especiais que até hoje faço questão de guardar alguns volumes da série num cantinho especial da minha sala leitura. E, olha... confesso que volta e meia estou lá relendo algumas dessas histórias.
Na minha concepção, nunca mais teríamos um livro infanto-juvenil com as características das obras lançadas pela editora Ática, bem... até que resolvi ler “As Crônicas de Miramar – O Segredo Camafeu de Prata”, dos autores paranaenses Flávio St Jayme e Wemerson Damasio.
- Pera aí! Tem alguma coisa estranha por aqui?!! – disse ao ler os primeiros capítulos da obra. – Cara, parece que estou lendo um livro da Vagalume!!
Então, à partir desse momento, agradeci Flávio e Wemerson por terem me presenteado com uma viagem inesquecível até a época da minha adolescência.
Não tem como você parar de ler “As Crônicas de Miramar”. O enredo misterioso, de fato, prende a atenção do leitor, pois todos querem, desesperadamente, saber o que acontece na estranha cidade de Miramar. É para lá que vão as crianças e jovens que descobrem ter algum tipo de poder.
Estes adolescentes não podem estudar em escolas comuns ou conviver com outras pessoas em suas cidades por serem ‘diferentes’. Por causa desses dons, elas acabam sendo rotuladas de estranhas ou até mesmo aberrações. Para evitar que seus filhos acabem sendo excluídos da nossa sociedade, eles acabam sendo obrigados a levá-los para Miraramar, após receber um estranho convite, prometendo novo emprego, uma nova casa, enfim, uma nova vida cheia de prosperidade.
Mas ao chegarem à misteriosa cidade, eles começam a descobrir segredos terríveis que colocam em cheque todas as promessas de prosperidade feitas anteriormente.
A narrativa ágil prende a atenção do leitor, tanto é que li o livro em menos de dois dias. A opção dos autores em escrever capítulos curtos, enriquecidos com muitos diálogos, facilita ainda a mais a leitura, tornando-a bem dinâmica.
Inspirados em filmes, séries e revistas em quadrinhos, os personagens principais da história – Elizabeth, Daniel, Sara, Isaac e Gabriel - possuem características, poderes e conflitos próprios (alguns envolvendo preconceitos e racismo) e, enquanto se adaptam à nova realidade daquele lugar estranho, conhecem uns aos outros e descobrem amizades e inimizades.
 O livro que faz parte de uma trilogia tem 272 páginas e foi lançado pela editora portuguesa Chiado. Os interessados podem adquirir “As Crônicas de Miramar – O Segredo do Camafeu de Prata”  nos seguintes locais: Livrarias Curitiba, Wook, a e na Chiado Editora.
E agora que venha “As Crônicas de Miramar – Livro 2, A Ilha dos Esquecidos”. Torcendo para que a sequência tenha a mesma magia do primeiro livro.

Inté!

20 novembro 2015

Terra em Chamas (Crônicas Saxônicas - Livro V)

Man! Man! Não queira comparar Uhtred com o Derfel de “As Crônicas de Artur” (ver aqui, aqui e aqui). Nada a ver. Antes de começar a resenha de “Terras em Chamas”, o 5º livro da saga “Crônicas Saxônicas”, gostaria de fazer um desabafo. Cara, alguns leitores estão malhando o guerreiro pagão, pintando-o das piores cores possíveis. – O Uhtred é convencido, arrogante, violento, sem coração, enfim, o personagem menos humano criado por Bernard Cornwell. – Pois é, depois da cuspida na cara do guerreiro de Alfredo, O Grande, esses leitores deram o golpe de misericórdia e, diga-se, muito mal dado. – O Derfel é mil vezes melhores que o Uhtred!.
Pode ‘pará’ mêo! Faz isso não. Desta maneira, você não entendeu absolutamente nada da essência do personagem.
Derfel é carismático à sua maneira, fazendo o tipo bom moço e Uhtred é carismático, também à sua maneira, mas fazendo um tipo que classifico de “eu ou você”, mas com uma diferença: enquanto nós engolimos alguns sapos para contornar certas situações que, muitas vezes, não merecem ser contornadas, jamais; Uhtred, simplesmente libera geral. O personagem de Cornwell quando vê alguém aprontando alguma sacanagem, ele vai lá e tasca: “Você está errado amigo, por isso pára com isso ou então vou lhe dar ‘umas’ boas porradas”. – Tá, vai dizer que você nunca deve vontade de agir dessa maneira com algum babaca metido à besta que vive sacaneando alguns pobres coitados?
Outro exemplo: Uhtred quando conquista alguma vitória ou então antes de uma batalha, ele canta de galo gritando: “Eu sou Uhtred, aquele que matou Ubba que liderou o exército dos dinamarqueses! E aí? Quer me encarar seu bosta de vaca?! Então vem e sinta o poder de bafo de serpente (nome de sua espada)!”
Resumindo: Uhtred é tão exageradamente sincero e verdadeiro que às vezes passa a imagem de um FDP de um mau caráter; mas não é.
Em “Terra em Chamas”, novamente o personagem de “Crônicas Saxônicas” está mais arrogante do que nunca. Oops! Quis dizer, mais verdadeiro do que nunca, cuspindo desafios na cara de seus inimigos; mandando as favas o juramento feito à Alfredo; escarnecendo do ‘mala’ de seu primo Ethelred e levando a filha do rei para a cama!!
Você deve estar exclamando: - Pô! Mas Uhtred poderia ser mais maneiro! – Vê se entende uma coisa: Derfel tinha Artur, Sagramor e Cia. Tudo bem que ele era um guerreiro tão corajoso quanto Uhtred, mas contava com o apoio de um timaço de primeira; agora, Uhtred, bem... sobra tudo para o ‘coitado’. Alfredo joga o caminhão de problemas em seus ombros e diz: Vai, se vira! Sem contar os inimigos que a cada livro ficam cada vez piores. Se ele não fosse casca grossa como é, já teria sucumbido ao seu calvário há muito tempo.
No livro “Terra em Chamas”, Uhtred mais do que nunca precisa de todos os seus atributos que não são tão populares entre alguns leitores. Os problemas em seu caminho surgem sem economia, desde batalhas quase impossíveis de se vencer à maldições, traições e humilhações.
Mas, acredito, que de todas essas pancadas, nenhuma se compara a morte da pessoa mais importantes de sua vida. Um alguém que deu ao nosso polêmico herói todo o sentido de viver. No enredo, Uhtred ainda está se recuperando do golpe, quando um dos padres do ‘time’ de Alfredo começa a arengar publicamente – na frente de centenas de guerreiros - que esta pessoa não vale uma cusparada no chão. E mais: continua gritando impropérios contra essa pessoa que é considerada uma ‘jóia rara’ por Uhtred. Quanto a Alfredo, presencia tudo sem tomar nenhuma atitude. Mêo! Não dá, né? Após tanta humilhação, o cara que não tem sangue de barata, se levanta e zacatrás!!!
Após defender sua honra, todos ficam contra Uhtred, incluindo Alfredo que só é rei por causa das batalhas vencidas pelo seu guerreiro mais poderoso. Neste momento, os únicos que apóiam Uhtred são os soldados jurados à ele. Resultado: o cara é obrigado a se exilar e abandonar as suas terras e seus filhos.
E no momento em que o leitor acredita que as relações entre Uhtred e Alfredo estão definitivamente rompidas, entra em cena a doce, meiga e corajosa Ethelflaed, a filha de Alfredo e... pimba! Uma grande reviravolta acaba acontecendo e o leitor é premiado com uma surpresa homérica: daquelas de fazer a maior algazarra em matinês, com direito a bater os pés no chão, socar as cadeiras, jogar pipocas pra cima e gritar Iahuuuuuuuuuuuuuu!!
Mal você se recupera dessa reviravolta na história, uma nova surpresa – agradável, diga-se de passagem - chega a galope e da pessoa que o leitor menos espera! Quando Uhtred está no ‘osso’, completamente sem esperança de vencer uma batalha, precisando urgente de um grande numero de guerreiros; o sujeito que você julgava um verdadeiro FDP, presenteia o ‘Senhor das Guerras’ com um exército de fazer inveja.
“Terra em Chamas”, à exemplo dos livros anteriores, é fantástico. Considero o 5º volume de Crônicas Saxônicas o mais dramático e denso de todos ue eu li até agora. Também é um livro onde as mulheres ganham o destaque merecido. Acho que Cornwell escolheu “Terra em Chamas” para homenagear as personagens femininas da saga. Gisela, Ethelflaed e Skade, cada uma à sua maneira, dominam o enredo. Das três, Skade é a mais complexa, já que começa como uma vilã sanguinária e coberta de maldade para depois mostrar o seu lado mais feminino, terno e desprotegido, capaz de conquistar, até mesmo, o coração de Uhtred;  mas então, algo inesperado acontece e ela acaba reassumindo o seu lado maligno.
Quanto as batalhas, man! man! Sem comentários. Cornwell é fodástico. A descrição das cenas é realista ao extremo. É como se você estivesse no meio de uma parede de escudos ou numa escaramuça com machados de guerra e espadas afiadas ‘rolando soltas’.
Em “Terra em Chamas”, Os dinamarqueses de Ânglia Oriental e os vikings da Nortúmbria – se aproveitando da sua debilitada de Alfredo – decidem elaborar um ousado plano para conquistar toda a Inglaterra. Para isso, o velho inimigo de Uhtred, jarl Haesten pretende unificar todos os exércitos dinamarqueses para invadir o reino de Alfredo.  A filha do rei de Wessex, então, implora pela ajuda do guerreiro pagão e ele, incapaz de dizer não a jovem, toma a frente do exército derrotado da Mércia, rumo a uma batalha inesquecível num campo encharcado de sangue junto ao Tâmisa. Antes do grande clímax, Uhtred ainda tem que enfrentar o violento viking, Harald ‘Cabelo de Sague’ e seus homens na inesquecível batalha de Feanhamme.
Enfim, um 5º volume que faz jus aos livros anteriores de ‘Crônicas Saxônicas’.

Vale e muito a leitura!

15 novembro 2015

Livro sobre vampiros escrito por Gary Oldman tem direitos comprados pela Record

Nãaaaaaaaaaaaaaaaoooo!!! Até tú, Gary Oldman!
Oldman, uma das lendas vivas de Hollywood, que arrebentou nas telonas de todo o mundo como Sirius Black (Harry Potter e oPrisioneiro de Azkaban), Comissário Gordon (Trilogia sobre o Batman de Nolan) e o temível e sanguinário Drácula (Bram Stoker) decidiu se enveredar pelos caminhos da escrita, lançando-se escritor. E de cara, vai nos brindar com uma trilogia sobre V-A-M-P-I-R-O-S. Novamente: Nãaaaaaaaaaaaaaooo!!! Aliás, mil vezes Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaoo!!
Olha, juro que estava curioso para saber se Oldman, de fato, tinha talento para ser escritor, já que como ator, não há como questionar a sua capacidade profissional. Putz, mas ele tinha que escolher, justamente um tema tão batido?!
Mêo, já estou farto de sugadores de sangue; sejam eles ruins ou bonzinhos. Tudo bem, confesso que num momento de fraqueza acabei lendo toda a saga Crepúsculo; confesso também que adorei a “Trilogia daEscuridão” e "Deixa Ela Entrar"; fiz ainda o dever de casa de qualquer leitor lendo “Drácula de Bram Stoker”, “Entrevista com o Vampiro”, de Anne Rice e “A Hora do Vampiro”, de Stephen King; e... caraca é duro confessar isso, mas bato no peito, me descabelo, rasgo minhas roupas e grito: Meu Deus, sou pecador!! Tá bem, eu revelo: li o desgraçadamente malfadado Abraham  Lincolm – Caçador de Vampiros”.
Pode parar! São muitos vampiros para o meu gosto. Acredito que já estrapolei a minha cota. E como não bastasse, para me provocar ainda mais, a autora Stephenie  Meyer acaba de lançar um enredo invertido de “Crepúsculo”, onde o vampiro homem, no caso Edward, sai de cena e cede o seu lugar para uma vampira; enquanto Bella Swan se transforma num simples mortal, homem, diga-se de passagem.
Entenderam porque fiquei frustrado com a notícia sobre o meu ídolo das telonas, Gary Oldman? Fazer o que né galera? Nem tudo é como queremos.
Mas como os nossos DNAs são diferentes, com certeza, muitos leitores jamais se cansarão das infindáveis sagas sobre vampiros. E acredite que muitas outras virão por aí.
Bem, para você que se enquadra nessa categoria de leitores que apreciam os sanguessugas dos tempos modernos, pode ir se preparando para o lançamento do livro de Oldman que marcará a sua estréia como escritor. A obra que deve chegar ao Brasil, no final de 2016, pelo selo da editora Record, intitulado Blood Riders (tradução parecida com Cavaleiros de Sangue), contará a história de um homem misterioso que está fugindo de uma maldição em uma cidade, no melhor estilo velho-oeste. A história será recheada de mistérios e para variar... terá os vampiros como tema central.
Podemos dizer que o livro será escrito a quatro mãos – semelhante à “Trilogia da Escuridão” que reuniu Del Toro e Hogan – por Oldman e seu agente cinematográfico, Douglas Urbanski.
A idéia do projeto literário surgiu em 2009, quando o ator estava filmando “O Livro de Eli”, e então, teve o insight de criar um enredo relacionado com vampiros. Urbansky comentou que na época, eles não sabiam direito se a história renderia um filme, livros ou uma série de TV, mas que ficaram com a ideia na cabeça. Segundo ele “Nós nos encontramos várias vezes na minha cozinha, mapeamos a história e para onde ela deveria seguir, reinventando as regras e realidades dos vampiros, sexo e o poder do amor.”
Depois de se reunirem com algumas editoras, Oldman e Urbanski fecharam um acordo com a Simon e Schuster para publicar o primeiro Blood Riders em 2016.
Os executivos da Editora Record gostaram do que viram e já garantiram a compra dos direitos de lançamento da obra no Brasil e que pode virar uma trilogia.
Agora é só aguardar a chegada do livro com expectativa; mas somente se você for fã da ‘vampiraiada’ que invadiu a indústria literária nos últimos tempos.

Inté!

12 novembro 2015

Harry Potter e as Relíquias da Morte

Cara, o livro é muito denso, muito sinistro. Um festival de mortes, traições, socos e sangue. Enfim, um verdadeiro ‘pega prá capá’. Então você olha assustado prá mim e dispara: - Pô! Harry Potter é uma saga infanto-juvenil, como pode ter tudo isso?!. – Man, man... vê se cai na real. Harry, de fato, começou como uma saga direcionada ao chamado publico ‘pré-puberdade’ – “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, até tinha esse clima – mas a cada novo livro, o negócio foi ficando pesado e com isso, as aventuras do menino bruxo perdeu aquela magia de literatura infanto-juvenil. Pois é, aí novamente você me torpedeia com questionamentos do tipo: - Quer dizer que J.K. Rowling pisou na maionese, já que os livros não tem nada a ver!
Cara, os livros tem tudo a ver! E Rowling pode ter pisado em tudo, mas menos na maionese. Não é por ter perdido a sua magia infantil que as histórias foram ficando ruins. Nada disso. A cada novo livro, a autora foi superando-se conseguindo escrever um enredo melhor do que o anterior.
Temos que entender que Harry Potter foi crescendo com o desenrolar da saga, deixando de ser uma criança inocente para se tornar um adolescente –quase adulto - encarando novos desafios. Não tinha como Rowling continuar escrevendo enredos para um personagem de 11 anos.
Em “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, o ‘ex-menino’ está a um passo de ingressar na fase adulta e pronto para desafiar o Lord das Trevas: Voldemort.
“Harry Potter e as Relíquias da Morte” é espetacular e fecha a saga com chave de ouro. O mistério da morte de Dumbledore que aconteceu em “O Enigma do Príncipe” é solucionado em detalhes e assim, passamos a ver Severo Snape com outros olhos. A autora também destrincha a relação de Harry com Tom Riddle, além de revelar todo o passado de Snape e Dumledore. Após ter lido esse livro, Snape conquistou o status de um dos  personagens favoritos da saga. Prestem atenção quando o professor de poções de Hogwarts conjura o feitiço “Expecto Patrono” para guiar Harry até uma das horcruxes. Quando conjurado corretamente, o patrono – como é conhecido - encarna a forma de um animal prateado, de aspecto único para cada bruxo que o conjura. O patrono de Snape é uma corça e no livro, você fica sabendo porque esse animal passou a ser tão importante na vida do professor, revelando uma linda história de amor, um amor platônico e proibido.
A amizade de ferro do trio: Harry, Rony e Hermione é outro detalhe abordado de maneira profunda enredo. Os três amigos que saem a procura das horcruxes que juntas tem o poder de destruir Voldemort, passam por momento terríveis nessa jornada. A amizade dos três, principalmente de Harry e Rony é colocada a prova e deixa os leitores numa grande tensão, já que ninguém quer que os dois amigos se tornem inimigos.
Quanto ao final apoteótico se preparem. Como já disse no início do post: muito denso, muito sinistro. Uma leitura para quem tem nervos de aço. O combate entre os integrantes da Ordem da Fenix, auxiliados pelos professores e alunos da Escola de Magia de Hogwarts, contra os Comensais da Morte é de prender a respiração. Aproveito para adiantar que teremos algumas mortes sentidas, daquelas que nos fazem soltar a exclamação: - PQP! Esse personagem jamais poderia ter morrido!
Quando ao duelo final entre Harry e Voldemort, só uma palavra o define: eletrizante. Aliás, tão eletrizante que decidi incluí-lo numa lista que elaborei há algum tempo (ver aqui).
Neste livro que fecha a série, Harry é incumbido de uma tarefa funesta e aparentemente impossível: localizar e destruir as Horcruxes de Voldemort ainda existentes. O jovem jamais se sentiu tão sozinho ou diante de um futuro tão sombrio. De alguma forma, Harry precisa reunir em seu íntimo forças para completar a incumbência recebida
O menino bruxo decide deixar o calor, a segurança e o convívio da casa de seus amigos e seguir, sem medo nem hesitação, o caminho inexorável que se abre a sua frente.

Como costumo dizer: Fantastic!
OBS: Ufa!! Consegui cumprir o desafio!!

09 novembro 2015

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Putz! Estou vivendo entre dois mundos: um mágico e outro medieval. O mundo mágico pertence a Harry Potter e o medieval ao guerreiro pagão Uhtred. Confesso que está um pouco complicado ler dois livros ao mesmo tempo, um deles com o compromisso de resenhá-lo, pelo menos, a cada semana. Pois é, tudo culpa (no bom sentido, é claro) do “Desafio Literário Potter”. Cheguei até mesmo dar um tempo na elaboração das minhas listas literárias, das quais gosto tanto. Mas vamos seguindo em frente porque atrás vem gente.
E não é que chego ao 6º e penúltimo livro da saga do menino bruxo?! Pois é man, ainda bem que li o livro antes de ter assistido ao filme porque a história que foi adaptada para as telonas em 2009 é uma porcaria. E bota porcaria nisso. A produção cinematográfica, simplesmente, cortou uma ‘infinidade’ de partes do livro e muitas delas saborosamente deliciosas como por exemplo, o noivado da Fleur e do Gui.  A origem e toda a essência das horcruxes foram muito mal explicadas no filme, enquanto J.Rowling dedicou um capítulo inteiro em sua obra literária para essa finalidade. Mas o pecado mortal, a machadada sem dó na vítima, foi o total desrespeito com o funeral de um dos personagens mais importantes do livro. Juro que fiquei pasmo. Ao ver a cena – optei por assisti o DVD para auxiliar em minha resenha – vi que foi omitido quase tudo, para não dizer absolutamente tudo do que estava no livro. Cara, Rowling dá detalhes emocionantes do funeral em sua obra, enquanto isso, o nosso ‘querido’ David Yates, responsável pela direção do filme, usou novamente o seu velho machadão afiado até a gota.
Falando escrevendo agora, essencialmente sobre o livro; Rowling escreveu  uma obra maravilhosa, cheia de reviravoltas e com um final  digno de uma saga. Cara, juro que me emocionei. Acho que estou ficando com o coração mole (rs).
“Harry Potter e o Enigma do Príncipe” começa, exatamente,  a partir do ponto onde o livro anterior parou. O poder de Voldemort e de seus seguidores, os Comensais da Morte, cresceu de uma tal maneira que já passou a afetar o mundo dos trouxas (não-bruxos, quer dizer, o nosso mundo). Também não poderia ser diferente, já que além dos Comensais, o Lords das Trevas conta ainda com o apoio dos malignos Dementadores, criaturas mágicas que "sugam" a esperança e a felicidade das pessoas.
Enquanto isso, Harry, que acabou de completar 16 anos, parte rumo ao sexto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, animado e, ao mesmo tempo, apreensivo com a perspectiva de ter aulas particulares com o professor Dumbledore, o diretor da escola e o bruxo mais respeitado em toda comunidade mágica.
Harry, longe de ser o menino magricela que vivia no quarto debaixo da escada na casa dos tios trouxas, é um dos principais nomes entre aqueles que lutam contra Voldemort, e se vê cada vez mais isolado à medida que os rumores de que ele é O Eleito, o único capaz de derrotar o Lorde das Trevas, se espalham pelo mundo bruxo.
O livro também começa a definir dois casais apaixonados: Rony e Hermione, e Harry e Gina. Muito legal essa parte. Outro detalhe é que comecei a ficar desconfiado do professor Severo Snape que sempre posou de vilão. Cara, como um vilão poderia... Bem leiam o livro é melhor; não quero estragá-lo com spoilers.
Enfim, várias passagens que você não havia entendido nos livros anteriores, agora, em “O Enigma do Príncipe”, começam a fazer sentido.
A obra é um pré-vestibular para “As Relíquias da Morte”, preparando o leitor para o último volume da saga, esclarecendo muitas dúvidas que haviam ficado no ar nos quatro livros anteriores.

É isso aí! 

07 novembro 2015

A Canção da Espada (Crônicas Saxônicas – Livro IV)

O 4º  livro de “Crônicas Saxônicas” é ambientado cinco anos após os acontecimentos narrados em “Os Senhores do Norte” e conta como o  exército de Alfredo, ‘O Grande’, expulsa os dinamarqueses de Londres, dando início ao antigo sonho do rei em fundar  um novo reino chamado Inglaterra.
Mas quer saber de uma coisa? Esqueça todo esse lance de História sobre fundação de um novo reino ou país, pretensões reais e o escambau a quatro; e mergulhe de cabeça nos conflitos envolvendo os personagens Uhtred, Ethelred, Ethelflaed, Pyrlig (mesmo aparecendo pouco) e Alfredo, é claro.
Acredito que o segredo para devorar “Crônicas Saxônicas” é não direcionar o foco de leitura, inteiramente, para o intrincado aspecto histórico que abrange a transformação de Wessex, Mércia, Lundene e outros reinos saxões na Inglaterra que conhecemos hoje. Não podemos negar que a saga escrita por Bernard Cornwell é rica em detalhes históricos já que ele mistura eventos e personagens reais com fictícios. O problema é que muitos leitores acabam ficando fissurados pelo lado histórico do enredo e então meu amigo... eles acabam esquecendo-se de viajar nas aventuras, conflitos e romance vividos por esses personagens. Lembrando que muitas dessas situações são fantasiosas como o próprio autor afirma no capítulo “Notas Históricas”, publicado no final de cada livro. Por exemplo: o enigmático personagem Svein do Cavalo Branco que aparece com destaque em “O Cavaleiro da Morte” não existiu; ele foi inventado por Cornwell. O trecho fantástico em que Uhtred queima os barcos de Svein também está à margem da história.
E as deliciosas invenções do autor no meio do bolo histórico não param por aí. Ragnar, Kjartan e Gisela – por quem me apaixonenei - são fictícios.
A grande sacada de Cornwell foi fazer com que esses personagens fictícios contracenassem com os verdadeiros. Quer outra sacada de gênio do autor? Foi criar situações fictícias para os seus personagens reais. Todas essas nuances deram um tempero especial para “Crônicas Saxônicas”, mas então, chega o leitor chato que opta por ler a saga em companhia do “Santo Google”, somente para conferir datas, eventos, locais de batalhas, nomes de reis ou então para certificar-se de que o autor não cometeu nenhum erro relacionado a unificação dos reinos saxões na ‘nossa’ gloriosa Inglaterra dos tempos atuais.
Mêo! O lado ficção das “Crônicas” é divinamente fantástico! Taí, Uhtred que não me deixa mentir. O arrogante guerreiro faz parte do elenco ficcional criado pelo autor. A saga ‘enormemente e saborosamente’ longa é para se ler descompromissadamente, como um romance; aproveitando cada batalha, cada conflito, cada desafio e cada lágrima. E, quando sobrar um tempinho; tudo bem, aproveite o lado histórico da trama; mas nada de fanatismo.
É dessa forma que estou encarando os livros e confesso que estou amando. Em “A Canção da Espada” não foi diferente. Este 4º volume é recheado de relações conflituosas entre os personagens. São momentos tão intensos que conseguem superar, em importância, as batalhas descritas com extremo realismo e violência pelo autor.
O relacionamento do tipo ‘pega prá capá’ entre Uhtred e seu primo Ethelred faz com que o leitor agarre o livro com uma vontade enorme, sem querer largá-lo jamais. Ethelred é um mala aberta sem alças e ainda com as rodinhas quebradas: incompetente, arrogante, falso, puxa saco do rei, traiçoeiro e ainda adora bater em mulher. O problema é que Alfredo, O Grande dá um crédito danado para o sacana. Então, de repente, o leitor fica torcendo para Uhtred dar aquelas chicotadas verbais no FDP do rei e alguns petelecos bem dados no seu genro puxa-saco.
Outro momento tenso na história é o casamento entre a encantadora Ethelflaed (filha de Alfredo) com o ‘novamente’ FDP do Ethelred. Caraca, nunca desejei tanto que a menina assumisse a mesma postura rebelde que tinha antes de se casar com aquele crápula.
O reencontro de Uhtred e o padre Pyrlig é outro momento  chapado e que deixa o leitor numa puta expectativa. O guerreiro pagão, seduzido pelos chefes dinamarqueses e noruegueses que querem invadir Wessex, prometendo-lhe a coroa de um reino, fica muito próximo de quebrar um juramento feito à Alfredo, então ele reencontra Pyrlig que lhe dá uma baita lição de moral. Uma lição tão grande que faz com Uhtred faça um outro juramento, fugindo inteiramente de suas convicções religiosas, deixando os leitores boquiabertos. Outro lance imperdível, ainda sobre os dois personagens, é o embuste que Uhtred aplica nos captores do padre que querem crucificá-lo vivo. Que que é aquilo!!
Prestem atenção, também, no guerreiro norueguês Erik irmão do temível Sigefrid. Ele será responsável por uma reviravolta incrível na história. Reviravolta que envolve Ethelflaed, Ethelred e Uhtred. O final desse conflito à três, certamente, irá render algumas lágrimas para os leitores mais sentimentais.
Tá bem, mas aí você me pergunta: - Pôxa, “A Canção da Espada” só tem conflitos? E quanto as batalhas?! – É claro que não! As três batalhas do livro são ótimas, mas os conflitos vividos pelos personagens principais são tão profundos que você acaba se esquecendo das escaramuças.
 O confronto que mais me impressionou não esteve relacionado às paredes de escudo envolvendo centenas de guerreiros, mas a luta entre Steapa e um brutamontes dinamarquês. PQP! Como o saudoso  Kid Tourão costumava dizer: - O duelo fedeu chifre queimado. Palavra, galera, que fiquei muito impressionado.
Livraço, livrão!

Novamente, valeu a pena.

06 novembro 2015

“As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata” chega as livrarias

E não é que os caras conseguiram! Depois de lançarem uma promoção nas redes sociais que ficou conhecida como “vaquinha virtual” (ver mais detalhes aqui), Flávio St James e Wemerson Damasio realizaram um sonho que habita o imaginário de todos os jovens escritores brasileiros: lançar um livro com o apoio de uma grande editora.
Independente de parte ou todo o projeto dos caras ter sido custeado pela famosa ‘vaquinha’, “As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata” já provou o seu valor; ou será que você pensa que é fácil publicar um livro, mesmo o escritor pagando a edição? Ah! Tá bom! Se você é escritor e acha que tem talento ‘pro’ negócio, escreve um livro e tenta fazer isso. ‘Man’, coloca uma coisa em sua cabeça, se o enredo não for bom, nenhuma editora – desde pequenas, médias ou grandes – irá arriscar investir na obra. Afinal, no fundo mesmo, o que estará em jogo, será o prestígio da editora. Flávio e Wemerson foram além: eles publicaram o seu primeiro livro numa das maiores editoras do exterior: a Chiado que tem a sua sede em Lisboa, Portugal.
Mas antes da glória, eles levaram portas e mais portas na cara de editoras brasileiras que nem sequer responderam as suas propostas e muito menos leram o manuscrito do romance. Assim, a dupla de escritores paranaense encontrou apoio fora do Brasil. Cara como é triste isso né?! Tomara que eles façam o maior sucesso com “As Crônicas de Miramar”, dando um soco na boqueta do estômago desses editores medíocres que só tem olhos para distopias, lobisomens e vampiros metidos a galã.
O lançamento oficial de “As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata” acontece em Curitiba no dia 13 de novembro, uma sexta-feira, mas a obra já está à venda nas livrarias brasileiras e de Portugal neste mês de outubro.
Nesta história, o leitor vai conhecer  Liz, Dan, Isaac, Sara  e Gabriel: cinco adolescentes com habilidades especiais que vão parar num lugar chamado Miramar, onde terão que lutar contra poderes e pessoas desconhecidas enquanto aprendem a lidar com as próprias habilidades e com os conflitos típicos da idade para descobrir os segredos e mistérios do lugar.
As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata é o primeiro de  Flavio e Wemerson. Eles contam que uma das maiores dificuldades em se lançar o livro foi encontrar uma editora: “As editoras brasileiras sequer responderam nossos contatos, não se deram ao trabalho nem de receber o original para análise”, comenta Wemerson. Flávio não esconde o descontentamento com esta atitude: “Preenchem as prateleiras com genéricos de autores norte americanos mas não prestam atenção em novos autores locais. Se importam com o dinheiro que os livros podem trazer mas nem analisam se um novo autor pode dar ou não retorno financeiro”. Diante disso, a escolha da Chiado Editora, que tem grande atuação em Portugal e chega agora ao Brasil foi relativamente importante: “Já que as editoras nacionais como Rocco, Intrínseca, Arqueiro ou Darkside Books não valorizam novos autores locais, vamos partir pra tática de primeiro aparecer fora do país e quem sabe então ficar conhecido aqui”, diz Flávio.
Inspirados em filmes, séries e revistas em quadrinhos, os personagens da história possuem características, poderes e conflitos próprios (alguns envolvendo preconceitos e racismo) e, enquanto se adaptam à nova realidade daquele lugar estranho, conhecem uns aos outros e descobrem amizades e inimizades.
Taí galera! Agora só resta ler o livro para começar a desvendar os mistérios de Miramar.
Ah! Antes que me esqueça; “As Crônicas de Miramar” serão uma trilogia.

Inté! 

04 novembro 2015

Harry Potter e a Ordem da Fênix

Este é o livro mais longo da saga (702 páginas), mas nem por isso cansativo; ao contrário, posso defini-lo como arrebatador. Como se trata de um desafio literário, engatei a releitura numa quinta marcha e terminei em três dias ou nem isso. Apesar de já estar familiarizado com o enredo, um novo contato com “Harry Potter e a Ordem da Fenix” me proporcionou momentos muito agradáveis. Cara, como foi bom! Aliás, bom demais.
Neste livro , J.K. Rowling desvenda vários mistérios relacionados aos pais de Harry, dando ao leitor a oportunidade de conhecer mais a fundo o passado de Tiago e Lilian Potter e também como eles entraram para a Ordem da Fênix. Ah! E por falar na Ordem, ela é dissecada até os ossos no livro, ao contrário do filme, onde a sua origem é praticamente ignorada. Lembro-me de um colega que ainda não tinha lido o quinto volume da saga e, mesmo assim, foi assistir ao filme e quando saiu do cinema me perguntou: - Que diacho de ‘Ordem’ era aquela? – Foi quando lhe respondi: - Seria melhor você, primeiro, ter lido o livro.
Em “Harry Potter e a Ordem da Fênix” o leitor passa a compreender que a organização foi criada por Alvo Dumbledore  com o objetivo de enfrentar Lord Voldemort e seus seguidores, os Comensais da Morte. E é esse grupo poderoso formado por bruxos do bem que dão um toque especial a história.
O livro também é um dos meus ‘bam-bam-bans’ porque marca a volta em carne e osso (ele já havia aparecido em “O Cálice de Fogo”, mas na forma de animago) do meu personagem preferido Sirius Black que ganha ummerecido destaque no enredo.
Gostei, também, de ver a mudança na personalidade de Harry que aos 14 anos se tornou um garoto mais questionador e adulto. Costumo dizer que “A Ordem da Fênix” marca a idade da razão do menino bruxo que deixou a ingenuidade de lado.
Apesar de considerar o livro muito bom e quando digo bom quero dizer: tenso, dramático e com um final apoteótico; não perdôo Rowling por uma pisada homérica no tomate. A tesourada em um personagem fodástico, no auge do seu desenvolvimento. A autora surtou e mandou o sujeito para o cemitério. PQP!! Essa morte arrebentou o meu coração e de outros milhares de fãs da saga. Por isso, mesmo, no final do livro fiquei com aquela tristeza inconformada. Putz! O sujeito não merecia morrer! Caraca Rowling! Ele tinha fôlego de sobra para mais um livro. Acho que Rowling poderia aprofundar ainda mais o seu relacionamento com Harry.
Quanto ao outro personagem; Alastor Moody; PQP novamente Rowling! O cara que foi um dos professores de Defesa Contra a Arte das Trevas mais emblemáticos da saga – pelo menos para mim – já ‘bate as botas’ logo no início da história durante a missão de transportar Harry, em segurança, da casa dos Dursley! Caramba, bem que a autora poderia deixar para ‘podá-lo’ durante a batalha final. Sonhava ver o professor esquisitão mas muito carismático se degladiando contra os Comensais da Morte no apogeu do enredo.
Se não fosse a ceifada fora de hora em Sirius, “Harry Potter e a Ordem da Fênix” seria perfeito. Mas nem tudo é como queremos.

Inté!

01 novembro 2015

Harry Potter e o Cálice de Fogo

E tome desafio “A Lá Potter”! Depois de “O Prisioneiro de Azkaban” parti com fé e vontade para a releitura de “Harry Potter e o Cálice de Fogo”. Livro ‘groçasso’, uma verdadeira Bíblia: mais de 580 páginas, mas 580 páginas que devorei vorazmente porque a história – a exemplo das anteriores – é boa demais.
Uma das características da saga do menino bruxo é que a cada novo livro os enredos vão ficando mais obscuros, ganhando contornos pesados. Tanto é que alguns críticos literários deixaram de recomendar a leitura da saga – a partir do terceiro volume – para o público infantil por causa da história densa e até mesmo violenta em alguns momentos.
Mas acredito que foi o amadurecimento gradativo de Harry e as situações complicadas ‘até a gota’ com direito a feitiços mortais – que impressionam não só adolescentes, mas adultos também – que deu a saga o ‘status’ que ela mantém até hoje.
Sei lá cara, parece que J.K. Rowling estava meio louca (no bom sentido) quando começou a escrever os enredos a partir de “O Prisioneiro de Azkaban”. Ela criou várias situações  fodásticas  para o Harry e sua tchurma, que como já disse escrevi impressionaram não só adolescentes, mas também os marmanjos. Deixe-me ver como posso explicar... Bem, mais ou menos assim: o mundo mágico criado por Rowlling - incluindo os  seus personagens - é tão encantador, mas tão encantador que ameniza qualquer pitada ou ‘canecada’ de violência. É isso. Acho que encontrei a definição para esse enigma (rs).
Cara, quando você começa a ler Harry Potter, a vontade é mergulhar nas páginas do livro e também fazer parte daquele mundo mágico, deixando de lado a rotina de trouxa – nome dado a uma pessoa que nasceu em uma família não mágica e que por isso, não sabe que a magia existe.
Em “Harry Potter e o Cálice de Fogo” não é diferente; tanto a magia gostosa quando a s situações do tipo ‘pega pra capá’ chegam de forma avassaladora. Resultado: Uma vontade enorme de ‘comer’ as mais de 500 páginas do romance.
A autora já solta de cara um dos Comensais da Morte (seguidor de Voldemort) conjurando a ‘marca negra’ durante um torneio mundial de quadribol. Quando a tal marca aparece, com certeza, alguém já partiu dessa para melhor ou então partirá brevemente.
Depois da marca negra e do campeonato mundial de quadribol, ela inventa um torneio de bruxos em Hogwarts, reunindo alunos das escolas de magia de várias partes do mundo. A competição tem momentos de tirar o fôlego com tarefas arriscadas e que coloca em perigo a vida de muitos participantes, inclusive Harry.
“Harry Potter e o Cálice de Fogo” é um livro obscuro muito diferente dos anteriores, superando até mesmo “O Prisioneiro de Azkaban”. Os momentos de descontração são poucos, mas por outro lado, não faltam tensão e perigo no dia a dia dos personagens.
Mas todo esse clima denso acaba sendo, pelo menos um pouco, amenizado pela magia de Hogwarts.
Neste quarto livro, Potter está com 14 anos e sente sua cicatriz na testa arder durante um sonho bastante real com Lord Voldemort, o qual não consegue esquecer. Alguns dias depois, já em companhia da família Weasley, com quem foi passar o restante das férias, na final da Copa Mundial de Quadribol, os Comensais da Morte, seguidores de Voldemort, reaparecem e alguém conjura a Marca Negra, projetando-a no céu pela primeira vez em 13 anos, causando pânico na comunidade mágica. A pergunta que fica no ar é se o terrível bruxo está, de fato, voltando.
Depois, ao retornar para Hogwarts, Harry fica sabendo que não haverá a tradicional Copa Anual de Quadribol entre Casas. O campeonato será substituído pelo Torneio Tribuxo, uma competição amistosa entre as três maiores escolas européias de bruxaria — Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang — que não se realizava havia um século. A competição é dividida em tarefas, cuja finalidade é testar a coragem, o poder de dedução, a perícia em magia e a capacidade de enfrentar o perigo dos campeões. Liderados pelo professor Dumbledore, os alunos de Hogwarts terão de demonstrar todas as habilidades mágicas e não-mágicas que vêm adquirindo ao longo de suas vidas.
Apesar de alunos menores de 17 anos não poderem se inscrever no Torneio, inexplicavelmente Harry é escolhido pelo Cálice de Fogo, um grande copo de madeira toscamente talhado cheio até a borda com chamas branco-azuladas, para competir como um dos campeões de Hogwarts. Tendo a seu lado os fiéis amigos Rony Weasley e Hermione Granger, o menino feiticeiro tentará escapar mais uma vez das armadilhas de Lord Voldemort.  

Gostei de reler. Valeu a pena!

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