28 agosto 2016
Novo Conceito lança seis livros em agosto e setembro. Tem histórias de amor, cinema e até as praguinhas do Pokemon Go
Na semana passada encontrei em meu email um release
do Grupo Editorial Novo Conceito anunciando os seus lançamentos para agosto e
setembro. Acredito que a mensagem tenha sido enviada para vários blogs que
tiveram as suas parcerias aceitas e também para aqueles que tiveram o pedido
rejeitado. O “Livros e Opinião”, infelizmente, pertence a segunda categoria. Já
algum tempo o blog prestou o “vestibular das parcerias” mas foi reprovado. Nem
por isso vou deixar de divulgar os lançamentos da Novo Conceito que é uma das
empresas que mais respeito no meio editorial pela qualidade de seus
lançamentos. Se bem que às vezes, saem do prelo alguns livros brabíssimos
daqueles que transformam os leitores em verdadeiros mártires que rezam o terço em cruz, todos os dias,
ajoelhados em tampinhas de garrafas viradas para cima. Mas até agora, a maioria
das obras da editora que tive a oportunidade de ler são boas ou regulares.
Ok, vamos falar escrever sobre os tais
lançamentos.
Agosto
01
- As Letras do Amor (Paula Ottoni)
Nunca tinha ouvido falar de Paula Ottoni. Para mim
era uma ‘ilustre’ desconhecida. Por isso, comecei a procurar algumas
referencias na Web e confesso que fiquei surpreso com o que descobri. Cara,
pelo jeito, a menina é fera. “Menina” porque ela ainda é uma menina ou será que
as pessoas que nasceram em 1992 não pode ser chamados de meninas ou meninos?
Apesar dos seus 24 anos, ela já conquistou ‘degraus’
que muitos escritores veteranos sequer começaram a galgar. Logo de cara ela
conseguiu colocar o seu primeiro livro à venda nas principais livrarias do
País. Marque aí: “A Destinada’ entrou com tudo nas estantes da Saraiva,
Siciliano, Cultura e Fnac, na versão online. Uma conquista e tanto, já que
Saraiva e Cultura não tem o perfil de livrarias que comercializam e-books;
sinal de que o enredo de “A Destinada” agradou em cheio.
Em junho de 2010 teve um de seus
contos (Projeto do Amor) publicado na revista Capricho e lido por Meg Cabot. A autora da série “O Diário da Princesa”
teceu uma gama de elogios para Ottoni.
A última conquista da garota que
começou a escrever aos 13 anos foi ter conseguido fechar um contrato com o
Grupo Editorial Novo Conceito onde publicou o seu primeiro livro de capa: “As
Letras do Amor”.
Pelo que eu li da sinopse, trata-se
de uma história de amor – não sei se daquelas melosas ou mais sérias – onde uma
garota insatisfeita com o rumo de sua vida (pais divorciados, irmãos pequenos
barulhentos, cursos que detesta e etc e mais etc) resolve seguir o namorado
para Roma, onde ele vai abrir uma empresa. Só que depois de várias ‘pisadas na
bola’ do namorado, ela conhecendo um outro cara. Entonce...
Sei lá, tá cheirando história de
amor melosa, não é? Mas tudo bem, isso não tira os méritos das conquistas dessa
jovem escritora brasileira.
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Lançamento:
04/08/2016
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Páginas: 224
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Gênero:
Ficção / Romance
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Preço de capa: R$
34,90
02 – O Que Te Move - Protagonismo Social, uma Revolução Silenciosa
(Fernando Moraes)
Parece que a editora Novo Conceito
está apostando muitas de suas fichas em autores nacionais. Ainda bem. Depois de
Paula Ottoni, temos o lançamento do livro de Fernando Moraes. Ele cursou
Ciências Sociais, Filosofia, Teologia e Direito. É especialista em Elaboração e
Gerenciamento de Projetos Sociais e professor universitário. Já realizou muitos
trabalhos no campo missionário em comunidades pobres, destacando-se a África —
especialmente Angola e Moçambique.
Movimentar-se para não ficar
aprisionado à zona de conforto é um dos grandes desafios nos tempos modernos,
destaca Fernando Moraes. “Quando a abundância impera, certamente a visão de
futuro fica mais comprometida, por isso se faz necessário nos movermos para ter
propósitos, sonhos e esperança de dias melhores. Saindo do estado conformista,
que anula as possibilidades e nos imobiliza por causa do imediatismo, ser
protagonista é mais do que ser o ator principal de tudo aquilo que envolve a
nossa vida”, diz o autor.
Neste livro, Moraes convida o leitor a se mover em
busca de novos desafios, a ter atitudes que inspiram grandes transformações e a
certeza de que cada pessoa é capaz de fazer e refazer caminhos em busca da
felicidade.
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Lançamento:
04/08/2016
·
Páginas:
160
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Gênero:
Não Ficção / Comportamento
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Preço
de capa: R$ 29,90
03
– Pipocando (Rolandinho e Bruno Bock)
Cara, ser youtuber na vida está virando o maior
negócio! Kéfera, Jout Jout, Bel e Fran, PC Siqueira e tantos outros que o
digam. Devido ao sucesso de seus canais no Youtube, essa galera despertou o
interesse das grandes editoras que os contrataram a peso de ouro.
Rolandinho e Bruno Bock fazem parte desse time. Eles
são os responsáveis pelo “Pipocando” considerado o maior canal de cinema da
América Latina. Conheço o canal – aliás, sou grande fã – por isso, posso dizer
sem medo de errar que os seus criadores mereciam, há algum tempo, uma
oportunidade de ter um livro sobre o seu
canal.
A dupla de youtubers analisa com
propriedade desde filmes a séries, passando ainda por desenhos de todos os
gêneros. Em apenas dois anos de existência, o “Pipocando” conseguiu agregar 1,8
milhão de inscritos e mais de 150 milhões de visualizações. Quer saber mais?
Eles conseguiram, até mesmo, entrevistar Quentin Tarantino e participar da
transmissão do Oscar deste ano pelo canal do YouTube da TNT.
No livro lançado no dia 22 de
agosto, eles contam os desafios que enfrentaram para transformar o Pipocando no
maior canal de cinema da América Latina. Revelam ainda histórias de bastidores,
vídeos polêmicos que não foram levados ao ar e muitas outras novidades.
Estou pensando seriamente em
comprar esse livro.
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Lançamento:
22/08/2016
·
Páginas: 224
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Gênero: Não Ficção /
Literatura Nacional
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Preço de capa: R$
29,90
Setembro
01 – Pokemon Go – De Treinador a Mestre (Emanuel Hallef)
E chegamos aos lançamentos de
novembro do Grupo Editorial Novo Conceito. E começamos com essa praga chamada
Pokemon Go. Praga porque o tal jogo está se disseminando por todo o Brasil como
uma verdadeira praga. Uai?! Tem pessoas que estão caçando Pokemons nos lugares
mais improváveis e sem nenhum receio de quebrarem regras, correrem perigo ou
enfrentarem situações rídiculas. O importante é ‘pegar’ esses bichinhos.
Na minha cidade tem um sujeito que
ficou tão desvairado com os seus Pokemons que chegou ao ponto de querer escalar
a torre da Igreja para agarrar as praguinhas. Foi preciso o padre dar uns berros
com o ‘sem noção’ para que ele voltasse ao seu juízo normal.
Tá bom! Depois dessa coqueluche, você
ainda achava que nenhuma editora teria a idéia de lançar um livro sobre o
assunto? Cara, cai na real. Muuuuiiiitas tiveram! A editora Novo Conceito faz
parte desse listão.
“Pokemon Go – De Treinador a
Mestre” é um guia sobre os conceitos
fundamentais do jogo, desde mecanismos básicos até recursos mais avançados,
inclusive segredos e melhores estratégias para que você se torne um mestre
Pokémon. O release da editora dá alguns exemplos: Como configurar corretamente
sua conta; - Uma lista completa com todos os lugares para encontrar os Pokémon
com maiores CP; - Como capturar monstrinhos poderosos com apenas um arremesso;
- Como subir para o nível 20 em apenas um dia, sem trapacear; - Como elevar o
nível dos seus Pokémon em pouco tempo e com recursos mínimos; - Tabela com as
recompensas que você ganhará até o nível 20; - Os melhores golpes para seus
Pokémon, deixando-os mais resistentes; - Uma lista completa com o número máximo
de CP que cada Pokémon pode atingir no jogo e muitas outras dicas.
Olha... sinceramente não me atraiu.
Como não caço monstrinhos, o livro de Hallef, com certeza, não irá para a minha
estante.
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Lançamento:
01/09/2016
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Páginas: 144
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Gênero: Não
Ficção / Literatura Nacional
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Preço de capa: R$
19,90
02
– Sete Minutos Depois da Meia-Noite (Patrick Ness)
Patrick Ness escreveu este livro inspirado numa idéia original da escritora Siobhan Down que morreu de cancro em 2007, deixando para
trás uma escassa mas recomendada obra. Mas quem é Siobhan Down? Trata-se de uma
escritora mais conhecida pelos leitores americanos. Ela
escreveu livros que foram verdadeiros BestSellers na Terra do Tio Sam e que
tocaram profundamente os adolescentes. Com relação a “Sete Minutos Depois da
Meia Noite”, a autora já tinha escrito o começo da obra, cerca de mil palavras,
tendo uma idéia para a estrutura da narrativa e desenhado alguns personagens. Foi
quando Ness assumiu a história. Ele foi escolhido por ser um grande fã
declarado de Siobhan e também por ter um estilo semelhante ao dela.
O livro mistura fantasia e realidade, lidando com os
sentimentos de perda, medo e solidão e também da coragem e da compaixão. “Sete
Minutos Depois da Meia-Noite” é a história de Cooper, um menino de doze anos de
idade, que luta para aceitar a doença da mãe com a ajuda de um monstro que o
visita no meio da noite.
Novidade para a galera. O livro já foi adaptado para
o cinema. A sua estréia no Brasil está prevista para 27 de outubro. O elenco
conta com as feras Liam Neeson e Sigourney Weaver.
Tudo indica que seja um livraço.
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Lançamento:
20/09/2016
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Páginas:
160
·
Gênero:
Ficção / Drama
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Preço
de capa: R$ 29,90
03
– Três Vezes Nós (Laura Barnett)
Mais uma história de amor. Quando os caminhos de Eva e Jim se cruzam, em 1958, eles são apenas dois jovens estudantes de Cambridge. Jim passeia tranquilamente na rua quando Eva,
que se aproxima de bicicleta, dá uma guinada para se desviar de um cão. O que
acontece a seguir determinará as suas vidas.
A história de amor dos dois personagens segue diferentes percursos e reviravoltas até chegar ao desfecho, em 2014.
De acordo com o release da editora, “Três Vezes Nós” é um romance notável sobre as decisões que tomamos e os diferentes caminhos que as nossas vidas podem seguir. E se uma pequena escolha pudesse alterar a sua vida para sempre?
A história de amor dos dois personagens segue diferentes percursos e reviravoltas até chegar ao desfecho, em 2014.
De acordo com o release da editora, “Três Vezes Nós” é um romance notável sobre as decisões que tomamos e os diferentes caminhos que as nossas vidas podem seguir. E se uma pequena escolha pudesse alterar a sua vida para sempre?
Pois é, será que o livro é, mesmo, notável? Só lendo
para saber.
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Lançamento:
20/09/2016
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Páginas:
384
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Gênero:
Ficção / Drama
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Preço
de capa: R$ 37,90
Por hoje é só!
23 agosto 2016
Em novo livro, Turma da Mônica vai visitar o Papa Francisco
Man, sou fã do Papa Francisco. Além de estar levando
temas tabus para serem discutidos dentro da Igreja, ele é carismático,
atencioso e nada frio, bem diferente de alguns de seus antecessores –
excetuando, é claro o lendário João Paulo II. Ele não tem medo de tocar em
assuntos tradicionalmente polêmicos para a instituição e com isso, vai
conquistando o respeito cada vez maior de um grande número pessoas, sejam
católicos ou não.
Com certeza, o Papa Francisco tem muitos fãs famosos
aqui no Brasil; um deles é Maurício de Souza. O criador da Turma da Mônica
deixou isso evidente após incluir o Papa argentino em seu novo livro.
Pois é galera, agora, a conhecida ‘tchurma’ formada
por Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e tantos outros vão fazer uma visita
muito especial. Eles estarão se encontrando com o Papa Francisco na Praça de
São Pedro, no Vaticano.
O livro será lançado no dia 3 de setembro na Bienal
do Livro. Segundo Maurício de Souza, esse encontro inusitado será uma forma
divertida de ensinar religião para tantos baixinhos, fazendo com que essa
galerinha passe a se interessar pelo assunto.
Mas e as outras religiões? Muitos leitores desse post
devem estar fazendo, agora, esse questionamento. Calma gente. Não é intenção do
criador da Turma da Mônica levar as crianças apenas para a Igreja Católica. Para
ele, todas as religiões são importantes. Prova disso é que em 2014 foi lançado
pela Editora Boa Nova, o livro “Meu Pequeno Evangelho”, onde Cebolinha, Cascão,
Magali, Anjinho e Penadinho se familiarizam com os ensinamentos de Jesus que
estão no Evangelho segundo o espiritismo.
O encontro da “Turma da Mônica com o Papa Francisco”
faz parte da série “Turma da Mônica Visita”, a mesma coleção que já levou
Mônica, Cebolinha e seus amigos a outros destinos religiosos importantes para
católicos no Brasil, como ao Santuário de Aparecida (SP), à cidade de Trindade
(GO) e à festa do Círio de Nazaré, em Belém (PA).
A publicação é uma parceria da Maurício de Sousa
Produções e a editora Santuário.
O lançamento oficial da obra contará com a presença da
filha do desenhista, Mônica Sousa, autografando os livros e conversando com os
leitores. Além dela, os personagens da Turma da Mônica também marcarão presença
no stand.
Uma boa pedida para a garotada.
20 agosto 2016
Anjos e Demônios
Se você gostou de
“Código da Vinci” e “Inferno” – esqueça a bomba “O Símbolo Perdido”,
acho que Dan Brown estava de ressaca quando escreveu esse livro – com certeza,
“Anjos e Demônios” fará a sua cabeça. O livro lançado em 2004 e que também
virou um filmaço tem um Brown em seus melhores dias. Cada capítulo é uma
montanha russa com enigmas, traições, perseguições, enfim, um enredo que vicia
o leitor, evitando que fique longe do livro por muito tempo.
Li “Anjos e Demônios” há algum tempo, mas ainda me
lembro que não conseguia abandonar as suas páginas. Levava o romance para todos
os lugares: no trabalho, no busão, no banheiro, na fila de banco, enfim, onde
quer que eu fosse.
Man, o enredo tem muitos mistérios! E no final...
todos eles são se cruzam de uma maneira bombástica deixando os leitores
boquiabertos.
“Anjos e Demônios’ é considerada a primeira aventura
de Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard, onde ele tenta
impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano.
Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, o
emblemático professor é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo
marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de
pesquisas na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura
macabra no corpo da vítima - um ambigrama que pode ser lido tanto de cabeça
para cima quanto de cabeça para baixo - é dos Illuminati, uma poderosa
fraternidade considerada extinta há quatrocentos anos.
A antiga sociedade ressurgiu disposta a levar a cabo
a lendária vingança contra a Igreja Católica, seu inimigo mais odiado. De posse
de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça
explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a
sucessão papal.
Correndo contra o tempo, Langdon voa para Roma junto
com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana. Numa caçada frenética por
criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que
pode levar ao covil dos Illuminati - um refúgio secreto onde está a única esperança
de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião.
Em Anjos e Demônios, Brown novamente utiliza a sua
marca registrada: trabalhar com símbolos ocultos que vão sendo desvendados aos
poucos por Langdon, levando-o cada vez mais perto da verdade, uma verdade que
pode ser sinônimo de tragédia.
Um livro para não ser lido, mas devorado.
16 agosto 2016
O Animal de Estimação e outros contos
“O Animal de Estimação e outros contos” do escritor
mineiro Raphael Gomes é fantástico para aqueles que curtem a literatura
fantástica. Trocadilhos à parte, como sou fã do gênero, amei o livro. Mas,
novamente, alerto os leitores incautos: você tem que ser fã desse estilo
literário.
Para aqueles que pensam que o “fantástico” na
literatura ou no cinema são apenas fantasmas, assombrações, objetos que mexem
sozinhos e por aí afora, se faz necessário esclarecer que o ‘buraco é mais em
cima’. Todo texto fantástico, desde
comédias até terror e passando pelo humor negro, podem ter elementos inverossímeis,
imaginários, distantes da realidade dos homens. Vamos lá, falando
escrevendo mais claramente: mortos andando entre
os vivos; árvores, pedras e animais que falam; pernas que andam e raciocinam sem um corpo e etc e mais etc.
Poderia ocupar esse espaço dando milhares de exemplos, mas acho que esses já
bastam.
O livro de Gomes explora esse
estilo com perfeição. Confesso que antes de ler fiquei um pouco temeroso por
ser o fantástico um dos gêneros literários mais difíceis de escrever. Man, se o
autor não dominar os fundamentos do estilo, com certeza, vai dar merda. É
constrangedor, pelo menos para mim, ler algo que tão inverossímil que acabe se
tornando patético. Muitas vezes, os autores se empolgam com os rudimentos do
fantástico e se que esquecem que mesmo o inconcebível, precisa de um enredo e
personagens críveis para sobreviver.
Por isso, passei a admirar esse
autor porque ele conseguiu ‘rasgar o verbo’ no fantástico – mas rasgar de uma
maneira exageradamente exagerada – sem foder todo o enredo. Os contos do livro
de Gomes, mesmo tendo cabeças que vivem sem corpo, mulher minúscula que mora no
armário de um homem, bebê que já nasce falando, um homem que é transformado em
carvão para um churrasco entre a família, não caem no ridículo. A narrativa das
histórias, algumas bem curtas, fazem com
que você se envolva com o personagem, sentindo a sua agonia ou então torcendo
contra ou a favor. E conseguir esse feedback com os leitores quando se trabalha
com elementos fantásticos é muito difícil, principalmente se o autor resolve
‘caprichar’ na dose do inacreditável, como fez Gomes.
No conto “Isabel A. Oliveira” me
senti na pele daquela mulher que só tinha a sua cabeça! Pensei comigo: “Mêo,
imagine eu acordando num hospital, após um grave acidente e percebendo que o
meu corpo não existe mais, sobrando apenas a cabeça. Caraca! Que mal estar!
Em “O Animal de Estimação” que dá
título ao livro, torci para que o dono de um bicho – sabe-se lá qual – encontrasse
uma solução para evitar que o monstrengo continuasse crescendo de maneira
incontrolável.
E o sujeito que descobriu que tinha
ratos nascendo na cabeça! Imagine só, você
acordando e ao passar as mãos na cabeça descobre que ela se transformou
num criadouro de roedores. Brrrr...
A obra tem 29 contos ligados pela
temática do fantástico e do absurdo e com enredos que vão do humorístico ao
onírico e ao angustiante. Prestem, também, atenção nas metáforas do absurdo
real existentes em nosso dia a dia e que não vemos. Elas estão, digamos...
embutidas nos contos. É o caso do cara pobre que só passa a ter importância na
comunidade em que vive, após conseguir algum bem de consumo de valor ou então o
individualismo crescente que faz com que só pensemos em nossos problemas,
esquecendo de outras adversidades bem mais complicadas enfrentadas por pessoas
próximas e etc.
Se você é fã do fantástico, leia. Com
certeza irá gostar. De quebra ainda poderá refletir a respeito de preconceitos
que estão arraigados em nossa cultura.
Inté!
14 agosto 2016
Joyland
Mais do que a revelação do nome do ‘assassino do
parque’ que acontece nas páginas finais. Mais do que os trechos macabros que
envolvem gargantas cortadas e até um pedaço de nariz dependurado no rosto. Mais
do que tudo isso junto e misturado, “Joyland” oferece aos seus leitores algo
muito melhor e que torna a leitura surpreendentemente prazerosa: os
relacionamentos entre os personagens descritos de maneira envolvente por
Stephen King. Usei acima, o termo “surpreendentemente” prazerosa porque
King é o mestre do terror e suspense e por isso, o obvio seria ‘fisgar’ a
atenção dos seus leitores por meio desses artifícios, mas em “Joyland” acontece
o inverso. O clima de terror no enredo é mínimo e o de suspense, apenas meia
boca, melhorando um pouquinho no final. Mas por outro lado, a interação entre
os personagens é divinamente fantástica e provoca uma onde nostalgia e tristeza
nos leitores. A história tem vários momentos que mexem com a gente, nos
deixando melancólicos, tristes, emocionados, enfim, uma verdadeira miscelânea
de sentimentos em suas 239 páginas.
A publicação americana Entertainmet Weekly definiu
muito bem o enredo “Joyland”: “arrasadoramente triste”. Mas isso não significa
que por ser “arrasadoramente triste” o romance seja ruim ou depressivo. Não. E
para provar isso recorro a outras duas
definições dadas pelos jornais americanos USA Today e The Washington Post que
dizem: “intenso e cativante” e “emocionante... imensamente atraente”,
respectivamente.
Cara, no que diz respeito a sentimentos, o livro é
fodástico. Tudo bem que da maneira como estou escrevendo esse post, a impressão
que fica é de que o livro de King se
pareça mais com uma melosa história de amor do que um terror ou suspense. Nada
a ver a galera. Estou me referindo a um tipo diferente de sentimento, muito
distante dos dramalhões de “Love Story” ou “Como Eu Era Antes de Você”, ambos,
inclusive, muito bons. O que estou querendo ou tentando dizer é que a narrativa
é sobre amizade, a verdadeira amizade. King, de maneira mágica, descreve como
ocorrem as etapas para se formar esse vínculo: o início, o meio e o fim. O
autor mostra que a verdadeira amizade nunca termina, mas muitas vezes o
distanciamento - provocado por determinadas
situações que fogem do nosso controle – faz com que os verdadeiros amigos acabem
se separando, pelo menos fisicamente.
É impossível ficar imune ao sentimento de amizade
entre Devin Jones, Erin Cook e Tom Kennedy, os quais eu apelidei carinhosamente
de “Os Três Mosqueteiros”. A interação do leitor com esses três personagens é
visceral. No meu caso, tive a oportunidade de viver ‘ao lado’ deles momentos
alegres e inesquecíveis no Parque de Diversões Joyland e também momentos muito
tristes, entre os quais, a separação dos três por força do destino.
“Joyland” não resume apenas a interação entre esses
três personagens. Temos ainda o relacionamento conflituoso entre Devin Jones e
Annie Ross, a filha rebelde de um famoso pastor com programas no rádio e TV. No
início a aversão entre os dois é recíproca, mas depois essa convivência reserva
verdadeiras surpresas para o leitor e posso garantir: surpresas emocionantes.
Ross é mãe de um garotinho chamado Mike que tem o dom de falar com fantasmas e
por isso, prever o futuro. Ele sofre de uma doença incurável e sabe que já está
com os seus dias contados. King descreve de forma cativante como vai se
formando o elo de amizade entre esses
três personagens. Conflituosa no início – principalmente entre Devin e Annie -
e deliciosamente verdadeira no final.
Com relação ao núcleo de personagens que trabalham
no Joyland temos Lane Hardy; Fred Dean; Rosalind Gold, uma cigana misteriosa e
sua bola de cristal; Bradly Easterbrook, o ativo velhinho com quase 90 anos que
é o dono do parque; Eddie, um funcionário rabugendo e mau caráter que deixará o
leitor surpreso, com uma atitude inesperada que tomará no final; além do
fantasma de Linda Gray , que foi uma das
vítimas do assassino do parque.
Enfim, “Joyland” é isso. Um livro com
relacionamentos marcantes e personagens viscerais. Reviravoltas, surpresas,
terror e suspense? É claro que existem, afinal estamos falando de um livro de
Stephen King, mas eles funcionam apenas como pano de fundo, meros coadjuvantes.
“Joyland” é narrado em primeira pessoa por Devin
Jones que relembra os acontecimentos que ele viveu em 1973 quando começou um
trabalho temporário num parque de diversões, esperando esquecer a namorada que
partiu o seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando o seu mundo para
sempre: a vítima de um serial killer.
Linda Gray foi morta no parque Joyland há anos, e
diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para
que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas
soltas do caso.
Beleza galera?
Ótima leitura e curtam bem os personagens e seus
momentos.
Inté!
08 agosto 2016
Apesar dos desafios e dificuldades, manter sozinho um blog é muito gratificante
Hoje não quero publicar resenhas ou dar dicas sobre
lançamentos que estarão bombando, daqui há poucos ou muitos dias, nas
livrarias. O assunto é outro, bem diferente. Hoje, quero falar sobre os
blogueiros que lutam sozinhos para manter as suas páginas atualizadas. Já há algum tempo vinha planejando prestar
uma homenagem para essa turma – da qual também faço parte - que merece todo o
nosso respeito.
Cara, manter um blog literário sem ajuda de ninguém,
somente ‘euzinho’ ou ‘vocezinho’, é muito difícil, uma verdadeira luta de
titãs. O blogueiro solitário tem que se transformar em Shiva – aquela deusa ou
deus (cada um fala uma coisa) hindu de quatro braços – para escrever os posts,
cuidar do layout da página, organizar as redes sociais (facebook, twitter ,
Google plus, instagram e outras), ler livros para resenhá-los depois, zapear a
web atrás de assuntos interessantes que possam render um bom post, responder
e-mails e comentários de leitores, interagir com os seguidores das redes.
Ufaaa! Prá ser sincero, acho que nem Shiva com os seus quatro braços
conseguiria fazer tudo isso. Então, por que será que será que nós, blogueiros
solitários, conseguimos? Elementar meu caro Watson: nós adoramos ler e
principalmente escrever. Só isso? Não. Nós também mantemos a nossa teimosia,
vaidade e resiliência.
Ok, vamos por parte. Somos teimosos porque lutamos
contra todas as probabilidades que podem levar a falência de um blog – lembre-se
do “blogueiro-Shiva” que descrevi acima. Somos vaidosos porque cada vez que
escrevemos um texto ou resenha viajamos até as nuvens ao saber que muitas
pessoas na web estarão lendo o dito cujo; se recebemos comentários positivos, então...
Nossa!! Das nuvens, passamos para a lua! E finalmente, somos resilientes porque
apesar dos baixos acessos (algo normal para um blog que esteja no seu primeiro,
segundo ou até terceiro ano de vida), algumas críticas esculhambadas, afazeres
profissionais que nos obrigam a escrever textos somente durante a noite ou
madrugada e das lambadas da vida que às vezes chegam de maneira inesperada, nós
jamais pensamos em abandonar o nosso blog.
Mas de nada adiantaria ter o espírito de “blogueiro
solitário” teimoso, vaidoso e resiliente se faltasse uma palavrinha chave em seu
nosso dicionário chamada ‘organização’.
Para manter um blog sozinho, ‘na raça’, é preciso
seguir certa metodologia. A primeira regra é que você não saia,
desesperadamente, querendo abraçar todas as redes sociais. Mêo, é só você na
labuta! Veja bem, o blogueiro tem que ler os livros de sua lista, preparar os
posts, dar um up no visual da página e mais tudo aquilo que escrevi no início do
texto. Caiu na real? E mesmo assim ainda quer agarrar a unhas um pacotaço
incluindo o face, twitter, Goole plus e instagram?!! Se você insistir nessa
missão impossível, com certeza, tudo será feito pela metade e desculpe-me o
linguajar: nas coxas. O ideal é que você escolha no máaaaximo duas redes
sociais e mesmos assim, pense muito bem antes. No meu caso, decide investir
apenas no facebook; além do blog, é obvio. Direciono todas as minhas atenções
para os dois. Olha, posso garantir,
estou muito feliz. Feliz, de fato. O número de seguidores da fanpage do Livros
e Opinião foi conseguido após muito trabalho e dedicação, algo que não conseguiria se tivesse que dividir o meu tempo cuidando de outras rdes sociais.
Temos que entender que duas ou três pessoas
conseguem cuidar sem dificuldades de um blog, além de várias redes sociais,
sobrando ainda muito tempo para a leitura de suas obras preferidas.
Outro detalhe que deve ser seguido nessa metodologia
é a criação de uma rotina de trabalho. Escolha os dias que você irá escrever os
seus posts. Eu disse escrever e não publicar. Por exemplo, se você escrever quatro
vezes na semana e publicar apenas duas, haverá sempre uma reserva de posts para
a época das ‘vacas magras’. Guarde os textos de matérias frias – aquelas que
podem esperar sem perder a atualidade – e ‘largue o pau’ nas outras, como por
exemplo, posts de obras que estarão em pré-venda ou lançamento.
Se o blogueiro manter essa rotina de trabalho, o seu
blog sempre estará atualizado e o mais importante, ele trabalhará com tranquilidade,
sem estresse. E saiba que o estresse leva ao desânimo e o desânimo, por sua
vez, leva ao fim de seu blog.
Outra dica de ouro no que se refere a metodologia é
criar o hábito de ficar ‘fuçando’ na web. Visite páginas ou vídeos sobre noções
de HTML, CSS, enfim, qualquer coisa que possibilite deixar a sua página mais
bonita. Confira a opinião de blogueiros mais experientes. Tem muita gente
‘bam-bam-bam’ na blogosfera que faz questão de compartilhar os seus
conhecimentos com a galera de primeira viagem. Aprendi muito com eles, mas para
isso, você precisa ir atrás, visitando as suas páginas.
Se você conseguiu chegar até aqui, acredito que
nesse exato momento, deve estar pensando seriamente em convidar novos
administradores para lhe ajudar em seu blog literário. Man, calma. Conheço
blogs que são administrados por apenas uma pessoa e que, sinceramente, engolem
muitos outros considerados maiores. É o caso de “Biblioteca do Terror”, “PorqueLivro Nunca Enguiça”, “O Viajante das Estrelas” e o “Gaveta de Bagunças”. Todos eles mantidos por apenas um blogueiro, no caso: Rafa, Ronaldo, João
Paulo e o Marcelo.
Entenda que não adianta absolutamente nada, um blog
ter um template de última geração ou um layout sedutor, se os seus posts são
vazios. É fácil copiar apenas informações que constem nas sobrecapas de livros
ou então, escrever meia dúzias de elogios sobre determinada obra, baseados
apenas nos releases de editoras. Difícil é ler o livro inteiro e depois
resenhá-lo, dando a sua opinião sincera. É por isso que esses blogueiros que
citei acima – além de muitos outros espalhados na Web e que fazem trabalho
semelhante – tem todo o meu respeito e admiração.
Vocês não imaginam como fico down quando vejo um
blog de qualidade suspender definitivamente as suas publicações, decretando a
sua morte. Quando o “Gato Smucky” encerrou as suas atividades há
aproximadamente dois anos (ainda encontrei um link da página na web,
confiram aqui) fiquei muito triste e P.da vida com o Augusto Fernandes Sales,
responsável pela página. Ele tem uma escrita fluida, além de ser um grande
pesquisador literário, incluindo quadrinhos. Eu lia as suas postagens todos os
dias e ainda hoje o ‘cutuco’ para voltar com o seu trabalho. Acredito que ele
tenha deixado o blog para prosseguir com a sua carreira de cineasta, mas o cara
é muito bom, uma pena ter desistido.
E a exemplo, do Augusto, há muitos outros blogueiros
que por um motivo ou outro acabam abandonando seu trabalho na blogosfera. Mal
sabiam eles que do ‘outro lado’ existia um grande numero de leitores fiéis que
não perdiam, sequer, uma de suas postagens.
Administrar, individualmente, um blog tem muitas
vantagens; a principal delas é ‘imprimir’ na página a sua personalidade. Os
leitores saberão que encontrarão naquele espaço, um texto com as suas
características. Não importa se as suas resenhas ou opiniões sejam postadas
duas ou três vezes por semana; aqueles que a acessarem, terão a certeza de que
estarão lendo artigos de qualidade, com a sua marca.
Enfim galera, é isso aí. Espero que esse post tenha
convencido vários ‘blogueiros solitários’ a continuarem com o seu trabalho,
independente das dificuldades que possam surgir ao longo da jornada.
Inté!
05 agosto 2016
Rocco define a data de lançamento de “Harry Potter e a criança amaldiçoada”. Obra traduzida chega ao Brasil em outubro
A boa notícia é que a editora Rocco - que mantém os
direitos de publicação de Harry Potter no País – já definiu a data de
lançamento do 8º livro da saga: 31 de outubro. Tenho certeza que neste momento muitos
fãs da série estão batendo a mão no peito e soltando aquele delicioso
Iahuuuuuu!!!
Podem comemorar galera porque vale a pena. Eu mesmo
estava desesperado para acompanhar uma história com Harry Potter já adulto,
casado e com filhos. Volta e meia eu ficava me perguntando como seria a
personalidade e a rotina de vida de um Potter crescido. E agora, finalmente, ficarei
sabendo.
O livro vai se chamar “Harry Potter e a criança
amaldiçoada” e a sua pré-venda terá início em 16 de agosto; mas vale a pena
esclarecer alguns detalhes para a galera. Este oitavo livro não se trata de uma
versão oficial para o que acontece com Harry e seus amigos nos anos que seguem
o final da saga.
De acordo com a autora, a obra será a versão final
do script – com poucas alterações - que foi utilizado numa peça teatral que estreou no final de setembro em Londres.
Rowling, inclusive, usou o twitter neste
início de mês para esclarecer a confusão e acalmar os fãs, já que muitas
pessoas estão pensando se tratar de uma sequencia original de “As Reliquias da
Morte”. Gente, nada a ver.
A peça 'Harry Potter and the Cursed Child' conta a
história de Harry 19 anos depois de sua luta final com Lord Voldemort. De
acordo com uma descrição do livro, apresentada pela editora Little Brown, o
foco desta história será o relacionamento entre o Harry e seu filho, Albus.
"Enquanto Harry luta com um passado que se recusa a ficar em seu lugar,
seu filho mais novo Albus deve brigar com o peso de um legado familiar que ele
nunca quis. Passado e presente se fundem ameaçadoramente, tanto pai quanto
filho aprendem a verdade desconfortável: às vezes as trevas vêm de lugares
inesperados", escreveu a editora americana.
Mas quer saber de uma coisa? Os fãs de Potter não
estão nem aí para esse detalhe. Tanto é que “Harry Potter and the curse child” já vendeu 680 mil cópias no Reino Unido em apenas três dias.
No Brasil, a febre também é grande com os fãs da saga enfrentando longas filas
nas livrarias no final de julho para aguardar a chegada das caixas contendo os
livros em inglês.
“Harry Potter
e a criança amaldiçoada” foi escrito por Jack Thorne, roteirista da peça teatral.
Rowling, apenas supervisionou o texto. Para a tranqüilidade dos fãs, ela adorou
o que leu e não fez nenhuma ressalva.
Taí galera,
agora é só esperar 31 de outubro para devorar as páginas da nova história do
menino bruxo.
Inté!
03 agosto 2016
Valesca Popozuda escreve obra sobre sua vida e carreira. Lançamento será na 24ª Bienal do Livro deste ano
Já falei escrevi sobre a banalização das
biografias em posts anteriores. Este fenômeno se tornou algo avassalador nos
últimos anos. Alguns dizem que os culpados são os BBB’s da Rede Globo que
abriram caminho para algo que era considerado praticamente impossível há
décadas.
Nos meus tempos de leitor pré-adolescente para
publicar uma biografia, o sujeito tinha que ter uma história, um passado e
acima de tudo ser considerado referência em seu setor de atividade e mesmo
assim, as editoras pensavam muito antes de lançar qualquer coisa do gênero.
Hoje... os ‘ares’ são outros e qualquer BBB – do mais
ao menos famoso – consegue ter o seu livrinho publicado. Cara, como se tornou
fácil ser um biografado! Basta ter feito
algo que chamou a atenção de certo grupo social ou então ter exposto a sua
vida, tão comum e rotineira como a de muitos brasileiros, na frente das
câmeras dos “BBB’s” e “As Fazendas” da
vida.
Hoje, as livrarias lançam esse tipo de biografia aos
rodos. Elas vendem muito naquele momento, mas depois caem no esquecimento
total. Também vejo esse fenômeno como uma baita exploração das editoras que
querem apenas aproveitar enquanto a laranja tem suco para depois jogá-la fora. Depois, nossos ‘queridos’ editores saem correndo atrás
de novas laranjas, antes que elas apodreçam e caiam do pé.
Acho importante esclarecer que não estou criticando,
antecipadamente, o livro “Sou Dessas” que Valesca Popozuda estará lançando em
29 de agosto com direito à autógrafos e entrevistas na Bienal do Livro deste
ano. Fiz apenas uma explanação geral do atual panorama relacionado a publicação
de biografias em nosso País. Pode ser que Valesca quebre essa regra e brinde os
seus leitores com declarações interessantes, principalmente para aqueles que
curtem o gênero funk. Acredito que seja possível – difícil, mas possível – já que
ela pode ser considerada uma das disseminadoras do funk no País, numa época em
que o ritmo ainda era desconhecido e restrito a pequenos bailes no subúrbio do
Rio de Janeiro. Se isto acontecer, ela será a primeira a quebrar essa regra de ‘biografias’
relâmpagos.
Valesca Reis dos Santos começou cantando no grupo “Gaiola
das Popozudas” entre 2000 e meados de 2013. Logo em seguida, lançou-se em
carreira solo e em pouco tempo conquistou o título de “Rainha do Funk”.
Dona de hits como Beijinho no Ombro, Sou Dessas e outras pérolas do funk carioca, Valesca Popozuda, jáchegou a ser citada em uma prova de ensino médio no Distrito Federal como "grande pensadora contemporânea", além de ter seu nome mencionado em várias redações do Enem, no ano passado, por estudantes que escreviam sobre o tema "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira".
“Sou Dessas”, como já disse será
lançada em 29 de agosto na Bienal do Livro, em São Paulo, pela editora
BestSeller.
Numa entrevista ao site Ego, a
cantora e agora escritora agradeceu a Deus pelo livro e contou que a escrita
trouxe lembranças a ela. ”Foi como relembrar cada passo que dei ao longo de
todos esses anos de luta para sobreviver e dar o melhor ao meu filho e a minha
família. E sabe, que escrevendo, fui vendo que a gente se torna guerreira pela
necessidade e não por vocação. Eu, que até latada já tomei, fiz e faço disso,
algo para me dar força. E olha onde cheguei? Com muita humildade e pés fincados
ao chão, eu me sinto realizada e cheia de medo em saber que estarei na Bienal
do Livro, lançando parte da minha história para tanta gente. É
um presente do Papai do Céu”, disse.
Segundo a publicação, a capa do
livro de Valesca foi inspirada no famoso cartaz ”We can do it” (Nós podemos
fazer isso). A ilustração ”original” foi criada por J.Howard Miller para a propaganda da Segunda Guerra Mundial e foi muito utilizada pelo movimento femninista nos anos 80. Na época, o cartaz foi criado para incentivar as mulheres norte-americanas a realizarem os trabalhos extra domésticos.
Não posso negar que Valesca já saiu
na frente, pelo menos com relação a capa do livro. Ela teve um insight que lhe
rendeu uma grande sacada de marketing. Vamos ver, agora, o conteúdo.
Inté.
01 agosto 2016
Os Doze mandamentos
Li a resenha de “Os Doze mandamentos” em vários
blogs e grande parte deles criticou o livro de Sidney Sheldon, dizendo que a
obra é muito ruim. Alguns colegas blogueiros afirmaram que o autor nem mesmo parecia ser Sheldon por
causa da má qualidade dos contos.
Olha, desculpem-me, mas eu não concordo. Gente, “Os
Doze mandamentos” é uma obra infanto-juvenil e tanto o seu enredo quanto os
seus personagens jamais poderiam ter as mesmas características dos romances
adultos escritos pelo autor. Isto é obvio.
Quem é fã de Sheldon – como eu – conhece
perfeitamente o seu estilo de escrita. Intrigas, sexo, traições, mulheres
fortes ou submissas, vilão mau caráter ao extremo, sem contar os prólogos que
antecipam parte do enredo, fazendo com que o leitor queime os neurônios para
‘advinhar’ o destino dos personagens principais. Tudo bem, agora coloque todos
esses ingredientes num romance infanto-juvenil. Cara, sem chance!
Penso que vários leitores que apreciam o estilo
literário de Sheldon, leram “Os Doze Mandamentos” de maneira desavisada, acreditando
que teriam pela frente contos semelhantes aos seus enredos tradicionais. E foi,
então, que o calo apertou e o dono do sapato gritou.
Li o livro de apenas 142 páginas em menos de dois
dias. Gostei muito dos contos porque já sabia que encontraria um Sheldon ‘infantil’
e não adulto. E olha que mesmo sendo para essa faixa etária, ele ainda deu uma
apimentadinha em alguns trechos, como no conto relacionado ao do ao sexto
mandamento: “Não Matarás”, onde um homem decide matar a sogra que mora com ele
e vive atrapalhando o seu relacionamento com a esposa.
“Os Doze Mandamentos”, lançado originalmente em
1995, não é a primeira incursão de Sheldon na literatura infanto- juvenil. Neste
mesmo ano, ele escreveu “O Fantasma da Meia-Noite” e em 1991, foi a vez de “O
Estrangulador” .
Em “Os Doze Mandamentos”, Sheldon explica com muito
humor o porque dos dois mandamentos excedentes (Nunca dirás
uma inverdade e Não farás mal ao teu semelhante) não terem chegado ao conhecimento dos homens.
Há também um breve resumo sobre importantes passagens bíblicas, entre as quais
“A Arca de Noé”, “A Torre de Babel”, “Abertura do Mar Vermelho”, “Daniel na
Cova dos Leões” e outras numa narrativa bem leve e despojada . Ah! Antes que
pensem que o autor esteja cometendo algum tipo de sacrilégio com tais passagens
bíblicas, lembro que o humor contido nos textos não tem nada de agressivo, pelo
contrário, é uma irreverência saudável, tornando a leitura muito mais atraente.
Logo depois desse prólogo tem início os contos que
são narrados sem firulas e sem muito blá-blá-blá. São histórias curtas e Sheldon
vai direto ao ponto, evitando que se tornem cansativas. Ele narra situações em
que os personagens descumpriram regras e foram
agraciados por isso. Achei três histórias impagáveis, muito boas, de fato. A
primeira delas é a de um padre que se julga um verdadeiro santo por nunca ter
contado uma mentira. Bom... até o dia que ele se vê num apuro danado, então...
já viu o que acontece, né? A segunda é sobre o capanga de um perigoso mafioso
que mata as suas vítimas sem piedade. Ele se envolve com a amante do capo e é
pego em flagrante. O final é ‘pra lá de inesperado’. E o outro conto é de um
brutamontes que apesar de toda a sua força física nunca revidou uma agressão e
por isso sua vida é apanhar dos outros. Resultado: recebeu o rótulo de ‘covarde
dos covardes”. Mas num ‘belo dia’ ele sai com a mulher para jantar num
restaurante e encontra um cara maior que ele. O valentão além de o chamar de covarde ainda dá uma
cantada descarada na mulher do infeliz. Aí...
“Os Doze
Mandamentos” é um livro muito bom, desde que você leia desprovido da
expectativa de encontrar um Sheldon para adultos.
Inté”
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