28 junho 2017

10 personagens emblemáticos da literatura inspirados em pessoas que existiram

Ao ler um livro, por acaso, você já ficou em dúvida se aquele personagem que apronta poucas e boas na história realmente existiu? Eu já fiquei. Muitas vezes. Quando o personagem que pensamos ser fictício consegue nos envolver, fica difícil  não perdermos alguns minutos ou até mesmo horas do nosso trabalho ou lazer para pesquisarmos se, de fato, existiu. Concordam?
Pois é, no post de hoje vou apresentar aos nossos leitores, 10 personagens que eu imaginava terem sido apenas frutos da mente de autores criativos. Sem demora, vamos à eles.
01 – O Corcunda de Notre Dame
Livro: “O Corcunda de Notre Dame”
Autor: Victor Hugo
O famoso livro de Victor Hugo que povoou o imaginário de muitas crianças e também adultos nem sempre se chamou “O Corcunda de Notre Dame”. A obra foi publicada originalmente em 1831 com o título “Notre-Dame da Paris”. Bem diferente, não acham? Mas agora, vamos ao que interessa: Quasímodo, o tal corcunda, realmente existiu ou tudo não passou de fruto da imaginação do escritor francês Victor Hugo?  Sim. Existiu. Não com o nome esse nome é claro.
Recentemente foram descobertos registros de que um pedreiro corcunda trabalhou na catedral na mesma época em que Hugo escreveu o livro, no século 19.  Este pedreiro se chamava Monseigneur Trajano e, segundo relatos de documentos encontrados por historiadores naquela época, era um homem digno e amigável, apesar de sua aparência. Ele também era escultor e não gostava de se misturar com os outros escultores.
O famoso escritor francês  teria encontrado em Monseigneur Trajano a fonte de sua inspiração para criar o icônico Quasímodo.
02 – Sherlock Holmes
Autor: Arthur Conan Doyle
Livros: Coleção de 10 romances e contos sobre o detetive
Apesar de Arthur Conan Doyle afirmar que a inspiração para a criar Sherlock Holmes tenha sido dois grandes amigos cirurgiões: Dr. Joseph Bell e Sir Henry Littlejohn que conseguiam grandes conclusões a partir das menores observações que fossem; a verdade pode ter sido outra.
No livro The Real Sherlock Holmes, da autora Angela Buckley, um detetive inglês
Detetive Jerome Carminada
chamado Jerome Caminada é exposto como sendo um fator decisivo, o pilar na formação do herói Sherlock Holmes.
Caminada foi um detetive investigativo de pai e mãe italianos, nasceu (1844) e viveu em Manchester, Inglaterra. A maioria dos casos que trabalhou enquanto ainda estava na Força Policial foi pela Manchester City Police Force, um departamento policial que existiu de 1842 a 1968. À exemplo do personagem criado por Doyle; o detetive inglês de carne e osso solucionava os casos usando-se de uma metodologia considerada revolucionária para a época, onde usava a observação dos detalhes, o seu poder de dedução, além de um vasto conhecimento forense em suas investigações.
As semelhanças entre os dois eram tão latentes que Caminada, assim como Holmes, tinha fascínio por criminosas atraentes e inteligentes – no caso de Holmes, geralmente Irene Adler. Além disso, ambos os investigadores enfrentavam arqui-inimigos: Holmes contra o professor James Moriarty; Caminada contra Bob Horridge – um criminoso de carreira – os dois professores de matemática que se viraram contra a lei.
03 - Zorro
Autores: Johnston McCulley e Isabel Allende
Livros: A Marca do Zorro e Zorro – Começa a Lenda
Parece brincadeira, mas não é. O emblemático Zorro existiu na vida real.
Todos conhecem a história de Diego de la Vega, um jovem rico da colônia espanhola - região que hoje corresponde à Califórnia - que de noite transforma-se em um herói mascarado.
A narrativa do justiceiro criado em 1919 pelo escritor norte-americano Johnston McCulley é baseada na história real de Joaquin Murrieta, o líder de um grupo de foras-da-lei chamados de “Os cinco Joaquins”. Eles eram uma espécie de “Robin Hoods del Mexico”, já que roubavam por Sierra Nevada para usar o dinheiro para ajudar famílias pobres hispânicas da região.
Murrieta acabou sendo preso pelo governo da Califórnia, foi decapitado, e teve a cabeça exposta publicamente como exemplo — bem menos glamouroso que o Zorro ficcional.
04 – Robinson Crusoé
Autor: Daniel Defoe
Livro: Robinson Crusoé
Acredito que a maioria das ‘crianças de ontem, adultos de hoje’ já leram ‘As Aventuras de Robinson Crusoé ou simplesmente “Robinson Crusoé” -  dependendo das edições lançadas. O conhecido romance que o escritor inglês Daniel Defoe escreveu em 1719 foi uma verdadeira coqueluche, tornando-se o livro mais vendido na década.
Vale lembrar que o romance de Defoe é ficcional, mas a história foi inspirada na vida do corsário escocês Alexander Selkirk (1676-1721). O livro tem muito em comum com a história real, mas Selkirk naufragou no Pacífico, enquanto a ilha de Robinson Crusoé era imaginária. Além disso, o escocês viveu por quatro anos e meio no local, e não 28 anos, como no livro.
Em 1704, Selkirk participava de uma expedição liderada por William Dampier para saquear navios espanhóis na América do Sul, e seu navio havia aportado numa ilha localizada na costa do Chile, preparando-se para retornar à Inglaterra com a pilhagem. O casco da embarcação estava no ‘osso’, mas o ganancioso capitão metido a valente decidiu partir logo, sem providenciar os reparos necessários.
Selkirk vendo que a embarcação tinha grande chance de naufragar, pediu para ser deixado sozinho no local, e sua decisão se provou certa, pois o navio, de fato, afundou a algumas milhas, deixando vários mortos.
Uma cabana abandonada já estava armada na ilha, e lá Selkirk passou a dormir. Alguns utensílios deixados pelos corsários também o ajudaram.
Diferentemente de Crusoé, que tinha a companhia do nativo Sexta-Feira, Selkirk não tinha ninguém, a não ser os animais da ilha. 
Segundo uma reportagem publicada pela revista Galileu, o náufrago verdadeiro não tinha nenhuma companhia humana na ilha, a não ser os animais. Como ele fazia as suas roupas? Com o couro de cabras, que também lhe rendiam carne para a alimentação. De acordo com a matéria da revista, os gatos lhe ajudavam a se livrar dos ratos, e assim por diante.
Com o passar dos anos, ele foi aprendendo novas técnicas de sobrevivência até o seu resgate que aconteceu em 1709.
A história do naufrágio do escocês ficou famosa na Inglaterra após ser publicada num folhetim em 1711. Dafoe escreveria o romance oito anos depois, em 1719. O livro ficou conhecido em todo o mundo, consagrando o seu autor.
05 – Cristóvão e o Ursinho Pooh
Autor: Alan Alexander  Milne (A.A. Milne)
Livros:  Winnie-the-Pooh (1926) e The House at Pooh Corner (1928)
Pooh teria sido inspirado em um urso-negro que existiu de verdade no Zoológico de Londres, chamado Winnipeg. Um soldado chamado Harry Celebourn foi o responsável por levar Winnipeg do Canadá até a Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial.
Harry Celebourn e o ursinho Winnie
O soldado, na realidade, um capitão, conheceu um caçador com um filhote de urso numa estação de trem. O caçador tinha atirado e matado a mãe do filhote que sozinho certamente iria morrer. Colebourn ofereceu ao caçador $20 dólares (cerca de US $ 400 dólares) pelo filhote. O homem de bom grado aceitou a troca.
Colebourn batizou o pequeno urso de Winnipeg em homenagem a sua cidade natal adotiva, pois o capitão era natural da Inglaterra, mas fez carreira em Winnipeg, rapidamente o nome do urso tornou-se apenas “Winnie”. O animal acabou sendo doado para um zoológico inglês.
Desde o primeiro dia que o animal foi para o zoológico em Londres, um garoto chamado Christopher Robin fazia questão de visitá-lo quase todos os dias. Sabem quem era o pai desse garoto que se tornou fã do urso? de  
Escritor A.A. Milne e seu filho Christopher
A. A. Milne. Ele mesmo, o  autor dos livros do O Ursinho Pooh que  acabou escrevendo a história inspirado no filho e também em seu novo amigo.
Aqui, cabe uma curiosidade. No ano passado, Lindsay Mattick – bisneta do capitão Celeborun – escreveu o livro “Descobrindo Winnie: A Verdadeira História do Urso Mais Famoso do Mundo”, onde revela que na realidade Winnie não era um urso, mas uma ursa. Caraca! Segundo ela, Winnie era fêmea!
06 – Branca de Neve
Autor: Jacob Grimm e Wilhelm Grimm (Irmãos Grimm)
LivroBranca de Neve e os sete anões
Pode exclamar à vontade, mas a personagem que você tinha certeza que era 100 % ficção, na realidade, tem o seu lado realista.
Branca de Neve  é um conto de fadas originário da tradição oral alemã, que foi compilado pelos Irmãos Grimm e publicado entre os anos de 1812 e 1822, num livro com várias outras fábulas, intitulado "Kinder-und Hausmärchen" ("Contos de Fada para Crianças e Adultos").
O conto que encantou e continua encantando crianças em todo o mundo foi inspirado por uma jovem que viveu no século XVI. A Condessa Margarete von Waldeck vivia na região que hoje corresponde ao noroeste da Alemanha. Na época, era uma região predominantemente mineira com  crianças pequenas trabalhando nas minas, porque tinham facilidade de entrar em corredores estreitos e apertados. Essas crianças tortas e subnutridas eram conhecidas como “anões de minas”.
Margarete era considerada uma jovem muito bonita e graciosa, mas odiada pela segunda esposa de seu pai. Aos dezessete anos, a jovem deixou sua cidade natal por conta de desentendimentos com sua madrasta e partiu para Bruxelas, onde conquistou o coração de um jovem príncipe que viria a tornar-se Felipe II da Espanha.
Contudo, antes de viverem o seu “felizes para sempre”, Margarete morreu — provavelmente vítima de veneno, se considerarmos a letra tremida de sua carta final (a tremedeira é um dos sintomas do envenenamento). A morte prematura (aos 21 anos) de uma jovem bela fixou-se no imaginário popular, dando origem a mitos que podem ter influenciado os Irmãos Grimm.
As desavenças de outra jovem com sua madrasta, 200 anos depois, pode ter trazido alguns detalhes adicionais ao conto. Maria Sophia Margaretha Catharina von Erthal, foi maltratada por sua madrasta no castelo em que vivia com seu pai, em Lohr. Detalhe: a madrasta em questão recebeu de presente de casamento um espelho famoso, conhecido como “Espelho Falante”. Muita semelhança, não é mesmo?
07 – Hannibal
Autor: Thomas Harris
LivrosHannibal – A Origem do Mal, Dragão Vermelho, O Silêncio dos Inocentes e Hannibal
Após ver o seu personagem transformar-se numa verdadeira coqueluche mundial – amado por uns e odiado por outros – Thomas Harris nunca mais teve paz, pelo menos com relação as perguntas da imprensa e também de curiosos que queriam saber, a qualquer custo, em quem ele havia se inspirado para criar o Dr. Hannibal Lecter.
As especulações deram origem a um nome que se tornou unanimidade entre leitores e críticos:  Ed Gein. Cara, nada a ver. Na realidade, Gein serviu de inspiração para a composição de Búfalo Bill, outro serial killer também presente em “O Silencio dos Inocentes”, onde aparece medindo forças com Lecter e a agente do FBI Clarice Starling.
Finalmente em 2013, Harris decidiu revelar toda a verdade e assim desvendar a aura de mistério que se formou em torno de seu mais famoso personagem. Afinal, quem serviu de inspiração para a vinda do Dr. Lecter ao mundo?
Hannibal Lecter e Dr. Salazar
Então, escute só. O mais famoso serial killer da literatura policial nasceu graças a um médico mexicano chamado Alfredo Ballí Treviño ou simplesmente Dr. Salazar que estava encarcerado numa prisão em Monterrey, no México. Nos meios policiais, antes de ser preso, ele era conhecido como “O Lobisomem de Nuevo León”. Dr. Salazar cometeu vários assassinatos, nos quais as vítimas foram desmembradas, além de terem partes de seu corpo saboreadas pelo médico canibal.
Em 2014 escrevi um post sobre o assunto onde dei todos os detalhes de como Harris chegou até o Dr. Salazar e qual foi o destino do médico. Confiram aqui.
08 - Mônica
Autor: Maurício de Souza
Livros, Gibis e TirasTurma da Mônica
Mônica Spada e Souza, 54 anos, filha do famoso escritor e desenhista brasileiro Maurício de Souza, foi a inspiração para a criação da personagem Mônica que juntamente com Cebolinha, Cascão e Cia conquistaram crianças e adultos ao longo dos anos.
Mônica, filha de Maurício de Souza
Quando criança, Mônica era gorducha, dentuça e baixinha, exatamente como a personagem que inspirou. Inicialmente, ela foi criada nos quadrinhos para ser coadjuvante das aventuras de Cebolinha (inspirado em um amigo de infância de Maurício), mas aos poucos foi erguida ao posto de protagonista pela preferência do público.
Maurício explica que “quando leitores e amigos começaram a pedir mais histórias dela, eu percebi que a Mônica ia sobrepujar o dono da rua. Mesmo assim, teimei muito. Incluí ela para atrair atenção, mas a história continuou a ser do Cebolinha por muitos anos. Só em 1970, na hora de lançar a revistinha, eu aceitei, e passou a ser Turma da Mônica”.
09 – Macbeth
Autor: William Shakespeare
Livro: Macbeth
Macbeth, assim como parte dos personagens que Shakespeare criou para a peça de mesmo nome, foi inspirado em uma pessoa real, Macbeth, rei da Escócia (ou Mac Bethad).
De fato, foi Macbeth que levou à morte o rei Duncan — que, contudo, não era um senhor idoso, mas um jovem rei — e tornou-se o soberano em 1040 ao lado de sua esposa, Gruoch ingen Boite.
Macbeth reinou durante 17 anos e era muito querido e respeitado pelos súditos. Seu único defeito, segundo Holinshed, era o exagero com que ele aplicava castigos àqueles que cometiam algum delito, fosse leve ou grave. O filho de Duncan, Malcolm III, chamado de "Canmore" (Cabeça Grande), derrotou Macbeth na Batalha de Lumphanan em 15 de agosto de 1057. Macbeth ainda foi sucedido por seu enteado, Lulach, mas Lulach foi derrotado e morto por Malcolm alguns meses depois.
10 – Os Três Mosqueteiros (D’Artagnan, Athos, Porthos e Aramis)
Autor: Alexandre Dumas
Livro: Os Três Mosqueteiros
Sentem-se nas cadeiras para não levaram um tombo. Vem surpresa por aí! D’Artagnan, Athos, Porthos e Aramis existiram na vida real. Podem acreditar.
Charles de Batz-Castelmore, também conhecido por Conde D’Artagnan foi o capitão dos mosqueteiros do Rei Luís XIV. Ele nasceu em 1611 e morreu em 25 de junho de 1673 em batalha, após muitos anos à serviço do Rei da França.
Com relação a Athos ou se preferirem Armand de Sillègue d'Athos d'Autevielle, ao contrário do romance de Dumas, onde foi considerado o mosqueteiro mais velho; na vida real ele foi quatro anos mais novo do que D’Artagnan, tendo nascido em 1615. 
Porthos, considerado o mosqueteiro mais forte dos quatro foi inspirado no soldado francês Isaac de Portau. Ele entrou para a guarda francesa em 1640 e segundo os historiadores, Porthos e D’Artagnan prestaram o serviço juntos. Porthos passou a integrar o corpo dos mosqueteiros do rei em 1643, no mesmo ano da morte de Athos, o que prova que os dois não chegaram a servir juntos na guarda de elite do Rei da França.
E finalmente, Aramis. Henri d’Aramitz, o famoso e conquistador mosqueteiro do rei, era um abade laico de uma família protestante de Béarn, na Gasconha e  que por ser sobrinho, por afinidade, de M. de Tréville, comandante da Companhia dos Mosqueteiros, não encontrou nenhuma dificuldade para ingressar na guarda de elite do Rei da França.
Se quiserem saber mais sobre os verdadeiros mosqueteiros, acessem aqui.
Galera, por hoje é só.


24 junho 2017

Livro "A Praga' promete revelar histórias de vida, morte e isolamento que faziam parte do dia a dia dos leprosários no Brasil

Antes de tudo, desculpem os sete dias sem postagens. Manter um blog sozinho já é difícil navegando em um mar tranqüilo, imagine, então, quando esse mar fica turbulento. Cara, estava entupido de trabalho durante a semana passada. E trabalhar numa redação de qualquer veículo de comunicação é muito estressante. Tudo gira em torno de tempo e metas a serem cumpridas, pois como a maioria já sabe, o fato não espera acontecer. Ele não corre atrás do jornalista gritando: - Olha eu aqui! Quero falar com você!. – Na realidade, é o contrário. E durante a semana, a ‘coisa’ foi cruel comigo. Mas isto é assunto para um outro post. Agora vamos falar de livros que é a essência desse blog; e um livraço, pelo menos é o que imagino, já que a obra ainda não chegou nas livrarias, mas fique tranqüilo, pois ela chegará em breve.
Pois é galera, a Geração Editorial estará lançando mais um livro no mesmo estilo de “Holocausto Brasileiro – genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil”, da jornalista mineira Daniela Arbex. Só que agora, o preconceito  e a desinformação sobre doenças mentais cedem espaço para a discriminação e a intolerância com a hanseníase.
Esqueça os tempos modernos, onde essas doenças ganharam tratamentos de ultima geração, possibilitando aos seus pacientes levar uma vida praticamente normal ou pelo menos perto disso.
O livro “A Praga – Holocausto da hanseníase. Histórias emocionantes de isolamento, morte e vida nos leprosários do Brasil” é trucão pesado. A obra é para ser lida por pessoas que agüentam o tranco após processarem informações pesadas. Aqueles que já leram o livro de Arbex sabem do que estou falando.
Manuela Castro vai a fundo em sua obra, escancarando as portas de leprosários brasileiros de décadas passadas. Também conhecidos como asilos e sanatórios, os leprosários eram grandes espaços onde ficavam as pessoas com a doença. O objetivo era isolar totalmente os pacientes da sociedade. O preconceito contra a lepra é histórico - até a década de 1940, o tratamento era desconhecido.
A regulamentação dos leprosários aconteceu na década de 1920, com a criação da Inspetoria de Profilaxia e Combate à Lepra e Doenças Venéreas. Estes espaços passaram a ser organizados como uma cidade, com escolas, praças, dormitórios, refeitórios e até delegacias, prisões e cemitérios. Chegaram a existir cerca de 40 leprosários em todo o Brasil.
Em 1949, o isolamento forçado dos hansenianos em leprosários virou lei federal, que vigorou até 1986. A legislação permitia separar os filhos dos pacientes que engravidassem dentro das colônias. Ainda bebês, eram enviados em cestos à educandários e preventórios, espécie de creches de filhos considerados órfãos, mesmo tendo pais vivos. C-a-r-a-c-a! Triste né?! A autora de “A Praga” mergulha de cabeça nesse tenebroso contexto, mostrando de maneira aberta como as pessoas portadoras de lepra eram tratadas no passado.
Apesar da cura da lepra ter sido descoberta nos anos 1940, o Brasil, com seu atraso científico e social, ignorou ou subestimou isso. O pavor brasileiro se espalhou facilmente entre as políticas de saúde, os médicos interessados apenas em lucro, a ignorância, a pobreza, as regiões desassistidas e as famílias em pânico. 
Acredito que devido ao tema forte e polemico, o livro “A Praga – Holocausto da hanseníase. Histórias emocionantes de isolamento, morte e vida nos leprosários do Brasil” tem grandes chances de repetir o sucesso de “Holocausto Brasileiro – genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil”.
A obra já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais do País e a sua previsão de lançamento é 17 de julho próximo.
Para quem não sabe, Manuela Castro é apresentadora e repórter da TV Brasil desde 2008. Com experiência em coberturas especiais no Brasil e no mundo, recebeu diversos prêmios com o programa Caminhos da Reportagem. Além de duas premiações com o episódio “Hanseníase, a história que o Brasil não conhece”, também foi agraciada com os prêmios Sebrae de Jornalismo, Ministério do Meio Ambiente e CNBB de Comunicação.
Como li “Holocausto Brasileiro e gostei, com certeza, também, estarei lendo o livro de Manuela Castro.
Bye!
Detalhes Técnicos
Título: A Praga
Subtítulo: O Holocausto da Hanseníase. Histórias Emocionantes de Isolamento, Morte e Vida nos Leprosários do Brasil.
Autor: Manuela Castro
Editora: Geração Editorial
Edição: 1
Ano: 2017
Especificação: Brochura / 300 páginas
Peso: 410 gramas
Dimensões: 230mmx160mmx40mm


16 junho 2017

O Afegão

Decepcionante. Após ter devorado “O Dia do Chacal” e “O Dossiê Odessa” fui com tanta sede ao pote que me estrepei; e por inteiro. Queria ter encontrado o mesmo Frederick Forsyth dos outros dois romances fenomenais. Talvez por isso, a minha decepção tenha sido incomensurável.
Acredito que uma das qualidades de Forsyth que falta para a maioria dos outros autores é criar um enredo com inúmeras tramas paralelas e distintas  que não se perdem durante todo o desenrolar da história e que se unem num final surpreendente. Este estilo de escrita que muitos escritores famosos e endeusados pela crítica não conhecem, sobra em Forsyth. Por isso, mergulhei de cabeça em “O Afegão” que não tinha nenhuma dessas qualidades.
Enquanto “O Dia do Chacal” prende o leitor, deixando-o desesperadamente impaciente para saber o que acontecerá com alguns personagens, em “O Afegão” a obviedade é latente. A história não passa de uma aventura morna e pior: com personagens nada carismáticos. A trama, literalmente, se arrasta do início ao fim.
Acredito que a pior coisa que pode acontecer com o enredo de um romance é a tal da obviedade, que eu disse acima, ou seja, a trama é tão escancarada que você já sabe o que vai rolar no início, no meio e no final da trama. E foi esse desastre que aconteceu em “O Afegão”.
Na trama, os serviços de inteligência inglês e norte-americano acabam de receber uma informação bombástica de que um atentado terrorista da rede al-Qaeda está perto de acontecer. Não há pistas de quando, onde e nem por quem. As autoridades de segurança não possuem fontes dentro da organização de Osama Bin Laden; então alguém tem a idéia de infiltrar na rede terrorista, Mike Martin, um veterano coronel britânico. Ele tentará se passar por Izmat Khan, alto oficial afegão do Talibã, prisioneiro há cinco anos em Guantánamo.
Martin foi nascido e criado no Iraque o que facilitaria a sua transformação em um talibã. Assim, numa tentativa de evitar o desastroso ataque, os serviços de inteligência tentarão aquilo que ninguém jamais imaginaria: fazer Mike Martin se passar por Izmar Khan.
O curioso é que a idéia inicial de Forsyth foi fantástica e tinha tudo para se transformar num bestseller, mas o tiro acabou saindo pela culatra.

Infelizmente.

12 junho 2017

Guia do Ciclista Urbano chega para acabar com o drama dos amantes de bikes

Quando não estou trabalhando e sobra algum tempo, geralmente gosto de dar ‘algumas pedaladas por aí’. Pego a bike de segunda mão e saio pedalando por ruas e avenidas. De preferência, aquelas com menos fluxo de veículos. Cara, confesso que já enfrentei poucas e boas, desde fechadas, xingos, gestos obscenos, sem contar aqueles engraçadinhos metidos a sádicos que gostam de andar colado na sua rabeira ou traseira, da bicicleta, bem entendido (rs).
O meu consolo nessas horas e que acaba evitando mandar o FDP para aquele lugar, é comparar a minha humilde via crucis com a dos ciclistas urbanos das grandes cidades, entre elas, São Paulo. Mêo! Se eu sofro esse ‘assédio’ numa cidade com menos de 30 mil habitantes, imagine o drama dos heróicos ciclistas das grandes metrópoles onde caberiam milhares de cidades como a minha.
Por esse motivo, o livro “Guia do Ciclista Urbano” do escritor, blogueiro e ciclista Alex Gomes Peixoto chamou a minha atenção, aliás, chamou muuuiiito a atenção. Pensei com os meus botões: -“Cara, essas dicas irão facilitar a vida de um grande numero de ciclistas, sejam eles experientes ou marinheiros de primeira viagem, como eu”.
A obra que será lançada no dia 18, próximo domingo, pode ser considerada uma bíblia para toda a galera do pedal, afinal de contas foi escrita por um sujeito que domina o assunto. Tá duvidando? Então anote aí as credenciais do cara: ele é mestre em estética e história da arte pela Universidade de São Paulo com a dissertação "Narrativas visuais: os ciclistas de Iberê Camargo", na qual analisa a série de pinturas "Ciclistas da redenção" do pintor gaúcho tendo por base as pesquisas sobre o ofício do narrador de Walter Benjamin. Desde 2015 é editor do blog "São Paulo na bike" no jornal "O Estado de São Paulo" e também é um dos coordenadores do coletivo Bike Zona Sul, que promove o uso da bicicleta nas vertentes lazer, mobilidade urbana e turismo no sul da capital. E aí? Sentiu firmeza? Pois é, o sujeito ‘come, bebe e respira bicicleta’! Quer alguém mais capacitado para escrever sobre esse tema?
Na obra poderão ser encontradas desde dicas para escolher a bike mais adequada ao seu perfil até orientações de como enfrentar o trânsito em grandes cidades. Nela o ciclista também aprenderá a fazer sozinho alguns consertos básicos e entenderá como funciona a estrutura cicloviária da cidade, com suas ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Em linguagem simples e objetiva ricamente ilustrado, o "Guia do Ciclista Urbano" possibilita ao leitor compreender rapidamente os princípios básicos sobre o funcionamento da bicicleta e como circular nas cidades. E até mesmo quem não tem bike pode aproveitar o livro, pois apresenta a relação das cidades brasileiras que contam com o serviço de bicicletas compartilhadas e suas regras de uso.
Este livro é para você que tem visto crescer o número de ciclistas pela cidade e que também quer fazer parte dessa turma que decidiu deixar de ver o trânsito pela janela do carro e trocou o motor pelo pedal. Segundo release da editora Scortecci, a obra trás dicas desde dicas para escolher a bike mais adequada ao seu perfil até orientações de como enfrentar o trânsito em grandes cidades.
Como já disse acima, o “Guia do Ciclista Urbano” será lançado no dia 18 de junho, um domingo. A sessão de autógrafos com o autor acontece das 10 às 13 horas na Casa das Rosas (Giostri Livraria), na Avenida Paulista, 37, Bela Vista, São Paulo.
Acredito que o “Guia do Ciclista Urbano” será um livro indispensável para todas as pessoas que já incluíram a bike em sua rotina de vida.
Lembrando que a obra já pode ser adquirida na Livraria Asabeça (http://bit.ly/2rU20yR).
Inté!
Detalhes Técnicos
Editora: ScortecciISBN: 8536651636
ISBN13: 9788536651637
Edição: 1ª Edição - 2017
Número de Páginas: 80
Acabamento: BrochuraFormato: 14.00 x 21.00 cm.
Preço: R$ 30,00 

11 junho 2017

O Portador do Fogo (Crônicas Saxônicas – Livro X)

Acredito que a mesma ‘máxima’ que utilizo para Stephen King sirva para Bernard Cornwell: “Nem mesmo quando o cara erra a mão, seu livros deixam de ser bons”. Pois é amigo, responda-me com toda sinceridade, se alguma vez, você já teve coragem de abandonar uma história do mestre do terror, mesmo sendo ela 'terribile', no sentido qualidade? Pra ser sincero, nem mesmo aquele carro chato e xarope do “Buick 8” – uma das piores histórias escrita por King – tem o poder de fazer o sujeito encerrar a leitura antes de chegar ao seu final. Com Cornwell acontece a mesma coisa.
Na minha opinião, “O Portador do Fogo” – lançado recentemente - é o pior dos 10 livros da saga “Crônicas Saxônicas’. O autor errou a mão e justamente no livro mais aguardado de toda a série. É neste volume que Cornwell deixava escapar em suas entrevistas que o personagem Uhtred, finalmente, travaria a batalha mais importante de sua vida: a reconquista de  Bebbanburg, o seu antigo lar. Vale lembrar que essa fortaleza havia sido surrupiada do guerreiro pagão, ainda criança, pelo seu tio considerado um usurpador. Portanto, os leitores vinham aguardando na maior ansiedade, o dia em que Uhtred e seu exército conseguiriam realizar essa proeza, considerada por muitos como a ultima grande batalha de sua vida. Entonce... chega “O Portador do Fogo” e chuáaaa! Chega junto, também, uma ducha de água fria. A preparação, as táticas, os personagens, enfim, as batalhas travadas não satisfazem o grau de expectativa dos fãs da série.
Mas no centro de todos esses desacertos não podemos esquecer que existe um escritor chamado Bernard Cornwell que, à exemplo de King, tem o dom de criar uma boa história, mesmo quando os seus neurônios entram em greve. E foi o que aconteceu com o 10º volume das “Crônicas Saxônicas”. Podemos dizer que deu para o gasto, como se estivéssemos com sede e precisássemos de um copo cheio de água, então chega um bom samaritano e nos dá apenas meio copo.
Se o autor consegue manter com maestria aquelas reviravoltas na trama que deixam os seus leitores de queixo caído, por outro lado comete três grandes pecados: a falta de punch na batalha pela conquista de Bebbanburg – como um lutador de boxe que só aplica jabs em seu oponente, se esquecendo de nocauteá-lo – o mau desenvolvimento de personagens importantes, entre eles: Sigtryggr, Stiorra, Eduardo e Aethelflaed que ficaram sem nenhuma função na história – e finalmente o maior de todos os pecados: a falta de um inimigo à altura de Uhtred. Os vilões Constantin, Uhtred (filho do usurpador), Aethelhelm, Waldhere, Domnall e Einar chegam a ser patéticos.  Juro que fiquei animado com a entrada presunçosa e arrogante de Constantin no enredo. Disse comigo mesmo: Caraca, esse cara vai dar trabalho! Mas depois... Bem, melhor esquecer.
Perceberam que eu citei seis vilões? Pois é galera, seis vilões numa mesma história!! E apesar disso, eles não conseguiram fazer o papel de um único vilão. Confesso que deu uma saudade enorme de Kjartan, Ubba, Harald – Cabelo de Sangue e principalmente de Cnut que foi vencido por Uhtred com muito custo, não sem antes, quase ter conseguido despachar o guerreiro pagão para o Valhala (salão dos mortos na mitologia nórdica).
Mas apesar desses deslizes, “O Portador do Fogo” não deve decepcionar,  totalmente, os fãs de Crônicas Saxônicas, já que Cornwell conseguiu reservar alguns poucos trunfos que são as reviravoltas na trama.
Prestem atenção na aliança formada pelo ealdorman Aethelhelm e o primo de Uhtred (filho do usurpador) para derrotar o guerreiro pagão. Quando você menos espera, Cornwell mete a caneta no meio daquilo que parecia óbvio e pimba! Lá vem o inesperado que chega rasgando.
Outra surpresa daquela de deixar o leitor com um Ohhhh!!... parado no meio da boca, acontece no início da batalha pela conquista de Bebbanburg. Uma importante revelação, envolvendo um personagem ligado a Uhtred e que me deixou pasmado. Revelação que é seguida de uma luta de espadas – um desafio entre dois guerreiros, propriamente dito. Esta luta, de tirar o fôlego, é descrita em menos de uma página e engole as duas batalhas principais do enredo que ocupam inúmeras páginas.
Para finalizar, tenho uma excelente notícia para os fãs das Crônicas Saxônicas. Tudo indica que Cornwell deva dar sequência à saga de Uhtred, mesmo após a suposta aposentadoria do famoso guerreiro, agora, direcionando o foco de seus romances para a rivalidade entre os irmãos Aethelstan e Aelfweard, sucessores do trono de Eduardo. O primeiro deles, filho bastardo do rei de Wessex e também o protegido de Uhtred.
Mas quero deixar claro, a minha contrariedade por uma sequencia. Cara, o último capítulo de "O Portador do Fogo" foi perfeito para uma conclusão da saga.
Aguardemos.

08 junho 2017

A Hora do Lobisomem chega em julho na Biblioteca Stephen King

Após ficar algum tempo longe das redes sociais - pelo menos daquelas específicas sobre literatura - por causa do acúmulo de trabalho, quase tive um treco ao saber que a Suma de Letras vai relançar “A Hora do Lobisomem”. A obra será o segundo livro da coleção “Biblioteca Stephen King” que está relançando histórias do mestre do terror que já estão esgotadas há muito tempo nas livrarias.
O projeto da Suma foi inaugurado no ano passado com “Cujo” e agora será a vez do famoso lobisomem que assombrou muitos leitores nos anos 80 através da editora L&PM. Vale lembrar que o livro foi lançado originalmente nos Estados Unidos em 1983. Aproveito, também, para adiantar que o terceiro livro da Biblioteca Stephen King será outro ‘trucão’: “O Iluminado”.
A previsão é de que “A Hora do Lobisomem” desembarque nas livrarias brasileiras no mês de julho. E isto vale um escancarado IAHUUUUUUUUU!! com todas as letras maiúsculas, afinal, o sexto mês do ano já está praticamente aí!
Para entender o motivo de toda a minha alegria pela vinda do peludão, teria de voltar no tempo há aproximadamente três décadas, exatamente quando a L&PM adquiriu os direitos de lançamento da obra no Brasil.
Inexplicavelmente, em sua primeira edição (1983) a editora colocou poucos livros no mercado literário. Resultado: eles se esgotaram rapidamente. Cara, não me pergunte o motivo da L&PM ter dado uma freada na edição. Pode ter sido “N” coisas, tais como: receio de que a história não agradasse os leitores, já que se tratava de um enredo muuuito curto; falta de grana, na época, para aumentar a tiragem; algum acordo secreto com a editora americana que não permitia a publicação de uma tiragem acima da combinada. Quer saber de uma coisa? Vou parar por aqui, senão começarei a conjecturar teorias conspiratórias e isso não seria legal. Basta dizer que muitos poucos livros chegaram ao Brasil em 83 e por isso, se esgotaram rapidamente.
Quatro anos depois, a mesma L&PM colocaria no mercado uma 2ª edição de “A Hora do Lobisomem” e com o mesmo layout mirrado de quatro anos atrás: páginas de papel jornal e tamanho reduzido (de bolso). Nem mesmo o sucesso do filme “Bala de Prata (1985) baseado na obra de King, animou a editora a publicar mais exemplares. Novamente, os poucos livros que chegaram às livrarias sumiram rapidamente, deixando muitos leitores chupando os dedos.
A falta da obra nas livrarias convencionais provocou uma verdadeira corrida aos sebos que ao verem as ofertas dispararem, ‘catapultaram’ os preços nas nuvens, literalmente. Para se ter uma idéia, antes do anuncio do relançamento pela Suma de Letras, os preços variavam de R$ 300,00 a R$ 400,00! Atualmente, caíram um pouco: R$ 120,00 à R$ 199,00.
Entenderam porque esse lançamento está sendo tão aguardado?
A edição da Suma, assim como a da L&PM terá todas as ilustrações originais de Bernie Wrightson. O livro terá, ainda, capa dura e, segundo a editora, conteúdo extra. Não foi informado que tipo de conteúdo extra será esse.
O livro narra a história de assassinatos que estariam sendo ocasionados por um lobisomem em Tarker´s Mills localizada no Maine. A cada noite de lua cheia, mortes acontecem na pequena cidade deixando os seus moradores inquietos e amedrontados.
“A Hora do Lobisomem” que foi lançada em 1983 e 1987, era um livro curto,  dividido em 12 capítulos e com pouco mais de 100 páginas, no formato livro de bolso. Agora, finalmente essa história ganhará uma edição luxuosa, incluindo as fantásticas  ilustrações de Wrightson, que trabalhou com King nas capas das edições americanas de A Dança da Morte, Creepshow e Torre Negra V: Lobos de Calla.
Caraca! Não acredito que terei a oportunidade de ler esse livro após mais de três décadas.

Iahuuuuuuuu!!... novamente.

03 junho 2017

Para comemorar os 20 anos de Harry Potter, Rocco e Amazon lançam box exclusivo

Se J.K. Rowling escrevesse um oitavo livro da saga de Harry Potter, com certeza, eu seria o primeiro da fila à adquiri-lo. Mas que fique bem claro: o livro teria de ser escrito por ela e não por outros com a aprovação dela, como aconteceu em “Harry Pottrer e A Criança Amaldiçoada”. Os fãs de carteirinha do menino bruxo mais famoso do mundo sabem que esse livro  passou longe das mãos da autora, tendo sido escrito por John Tiffany e Jack Thorne. E tem mais: “Harry Pottrer e A Criança Amaldiçoada” não tem um enredo original, já que foi baseado numa peça de teatro escrita por Thorne.
Bem, quando soube de tudo isso, desisti de comprar o livro. Um colega meu chegou a falar: - Caraca, acorda Moreira!! O livro contou com o aval da J.K. Rowling! – Esperei que ele se acalmasse e lhe respondi: - Tudo bem, ela até pode ter avalizado a obra, mas não escreveu, portanto, a idéia não saiu de sua cabeça... de seus neurônios.
E não me arrependo de ter abandonado a intenção de comprar o tal livro. O final de Rowling para “Harry Potter e as Relíquias da Morte” foi o suficiente para mim. Prefiro manter na memória a magia dos sete livros originais.
A boa notícia que trago para os leitores que pensam como eu, é que a Amazon estará lançando, com exclusividade, em 26 de abril, um box com os sete livros de Harry Potter escritos por Rowling. Sem dúvida, trata-se de uma notícia sensacional para aqueles que ainda não conhecem a história do menino bruxo e por isso estão pensando seriamente em iniciar a leitura de toda a saga. Não deixa de ser um prato cheio, também, para os colecionadores que terão a oportunidade de deixar a sua estante ainda mais incrementada, já que o layout do box é  m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o.
E como eu disse escrevi acima será um lançamento exclusivo da Amazon, assim, não adianta procurar a ‘caixa’ em outras livrarias porque você não irá encontrá-la.
O box de colecionador com os sete títulos da saga – com novas capas - foi uma idéia da Rocco em parceria com a Amazon para celebrar o 20º aniversário do lançamento de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Vale lembrar que o primeiro livro do bruxinho chegou às livrarias britânicas em 1997. A série acabou sendo responsável pela formação de uma geração de leitores.
O box já está em pré-venda na Amazon por R$ 219,90, mas o preço pode sofrer alterações até o seu lançamento. Mas ‘fique frio’; suponhamos que após você ter efetuado a sua compra na pré-venda, o valor do box sofra uma redução. Neste caso, você irá pagar o menor valor entre o momento do seu pedido e o final do dia do lançamento. 
E aí, gostou da novidade?
Então reserve logo o seu box, antes que esgote.
Detalhes do produto
Capa comum: 3067 páginas
Editora: Rocco (26 de junho de 2017)
Idioma: Português
Dimensões do produto: 22 x 18 x 0,1 cm
Peso do produto: 3,2 Kg



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