30 março 2020

O Escravo de Capela


Não considero O Escravo de Capela do escritor e cineasta catarinense, Marcos DeBrito um livro de terror. Na minha opinião a obra está muito mais para um drama, e diga-se, um drama bom pra caráculas. Daqueles que fisgam o leitor como um anzol. Cara, não conseguia largar o livro. Acredito que o conhecido autor Raphael Montes, de Jantar Secreto e Suicidas definiu muito bem e em poucas palavras o efeito que a obra causa nos leitores. Ele disse que cada página de O Escravo de Capela é ‘como um golpe cruel de chicote, daqueles que saem muito sangue’. E é verdade. A história tem o poder de deixar à flor da pele do leitor uma miscelânea de emoções, algumas bem fortes: raiva, ódio; mas também muita emoção e até mesmo um certo lirismo como no capítulo final, onde fica no ar um clima de recomeço e esperança, apesar de todo o sofrimento decorrido ao longo da trama. Não posso falar mais porque vou acabar estragando esse texto com spoilers, o que seria um grande pecado já que o livro, como foi dito, é fantástico.

27 março 2020

A Queda do Morcego será lançada em abril pela Panini


Imagine como me senti ao ver o Superman levando uma surra de um monstro alienígena impiedoso e logo em seguida ser morto cruelmente pela fera. Caraca! Naquela época, em minha concepção, o Homem de Aço era invencível; o sujeito mais forte de todo o universo! Entonce, vem a bomba: a morte do cara que para  mim não tinha nenhum adversário.
Tudo bem, mas as pancadas não pararam por aí; na sequencia o Lanterna Verde, outra cara fodástico e ‘super do bem’, virou um terrível vilão, mas confesso que nada disso doeu mais do que ver o morcegão apanhar como um pobre coitado e depois ter a coluna quebrada por um brutamontes chamado Bane. O espancamento foi tão brutal que Bruce Wayne / Batman acabou ficando paraplégico, indo parar numa cadeira de rodas.
Só fui entender a necessidade dessas mudanças drásticas no arco das histórias desses heróis e super-heróis, alguns anos depois.

24 março 2020

10 livros sobre epidemias mortais para ler em tempos de coronavírus


Hollywood sempre viu nas epidemias e pandemias um grande chamariz para a produção de filmes de sucesso, verdadeiros blockbusters. Os sucessos dessas produções provaram que a maioria dos cinéfilos se amarram naqueles enredos onde um grupo de destemidos cientistas se unem em busca do controle e também da cura de algum vírus que esteja dizimando a população em todo o mundo. Geralmente esse vírus é proveniente de algum país distante ou então sintetizado em laboratórios de máxima segurança, mas por descuido de algum incauto cientista acaba se espalhando pelo mundo afora. Foi assim com “Epidemia” (1995), Cabana do Inferno (2005), Fim dos Tempos (2008), além de outros.
Na literatura não é diferente. Temos muitos livros que abordam o mesmo tema amado por Hollywood, o que deixa claro a queda de muitos escritores por um personagem incomum chamado: “Sr. Vírus”, de preferência mortal.

21 março 2020

Amazon, editoras e escritor disponibilizam livros gratuitos para baixar neste período de quarentena por causa do coronavírus


Nem tudo é pânico, medo e desconfiança nesses tempos de coronavírus; a solidariedade também se faz presente. Depois da bela atitude das operadoras de TV que abriram o sinal de canais fechados para não assinantes, chegou a vez das editoras e livrarias on line também abraçarem essa corrente de solidariedade. Algumas delas estão disponibilizando e-books gratuitos para os brasileiros que estão em quarentena durante esse período tão difícil e complicado para a saúde pública mundial.
Eu só tenho que parabenizar, e muito, a atitude dessas empresas que através de uma estratégia inteligente estão estimulando as pessoas a ficarem em casa, evitando aglomerações e assim, não contraindo o vírus causador da Covid-19. E nada melhor do que um livro para quebrar o tédio daqueles leitores acostumados a agitação do dia a dia.

19 março 2020

Doutor Sono


Demorei pouco mais de cinco anos para ler Doutor Sono de Stephen King e nesse intervalo de tempo, quase acabei desistindo. Já disse, aqui, no blog que detesto continuações de livros considerados clássicos, daqueles que são tão bons, mas tão bons que não merecem ser estragados com uma continuação. Eles tiveram um início-meio-fim tão perfeitos que devem ser colocados na galeria das obras antológicas e ficarem por alí, quietinhos.
Tivemos exemplos desastrosos de autores e co-autores que insistiram em prosseguir com um enredo que já estava fechado de forma brilhante e acabaram se dando muito mal. Entre tantas obras perfeitas que ficaram manchadas por culpa de uma sequência desastrosa estão O Chefão, E O Vento Levou e O Reversoda Medalha. As malfadadas continuidades A Volta do Poderoso Chefão, Scarlett e A Senhora do Jogo estão aí e não me deixam mentir.
Por isso quando King anunciou a sequencialização de O Iluminado – considerado por muitos leitores e críticos como a sua grande obra – juro que não me senti nem um pouco atraído. Afinal, já tinha devorado e amado O Iluminado e isso, já me bastava.

16 março 2020

Trocas Macabras: o livro de Stephen King anunciado pela Suma há quase dois anos, mas até agora... nada

Edição rara lançada em 1992
Galera, tentem digitar “Suma Trocas Macabras” no Google. Vai lá e vejam o que acontece. Fiz isso ontem, anteontem, antes de anteontem, há um mês, dois meses e quer saber qual foi a postagem mais recente sobre o assunto que surgiu no “Santo Google”? Do ano de 2018, de maio ou junho, acho. Isto significa que há quase dois anos a editora Suma – recentemente adquirida pelo grupo Companhia das Letras – não dá nenhuma informação sobre o tão prometido relançamento de Trocas Macabras que fará parte da coleção “Biblioteca Stephen King” que ao que parece, por sua vez, deu uma bela encalhada.
Vamos aos fatos. No dia 15 de maio de 2018, numa sexta-feira, a Suma anunciou em seu newsletter Nerds, que os próximos volumes da “Biblioteca Stephen King”, seriam Trocas Macabras e A Metade Negra. Pois é, o segundo chegou em março de 2019, quanto ao primeiro, nem sinal. Se formos colocar na ponta do lápis, já se passaram quase um ano e 10 meses do anuncio da vinda de Trocas Macabras. Com certeza, dentro de poucas semanas iremos completar dois anos de falsa esperança.

13 março 2020

A curtida de Joel Dicker no Insta do Livros e Opinião


No início dessa semana ao acessar o Instagram do Livros e Opinião tive uma surpresa, aliás uma grata surpresa: vi que o escritor Joel Dicker havia curtido três publicações minhas relacionadas ao seu mais famoso livro A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, incluindo a resenha da obra. Por que fiquei surpreso? Simples. Dicker é considerado na atualidade um dos escritores mais conceituados em todo o mundo, apesar de sua pouca idade, 35 anos. A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert que foi o seu livro de estreia – lançado em 2012 - teve os direitos de tradução vendidos para 32 países, além de receber diversos prêmios europeus de literatura. Ah! O enredo também foi transformado numa série de TV de muito sucesso com o ator Patrick Dempsey num dos papéis principais.

10 março 2020

Novas estantes para os “bebês” impacientes

É triste ver uma estante de livros assim, não é mesmo? Principalmente se ela já teve vários “bebês” ao longo dos anos. Pois é galera, a foto no início dessa postagem é da minha inseparável estante. Mas antes que vocês pensem que aconteceu alguma tragédia com os tão amados “bebês”, já adianto que o seu esvaziamento ocorreu por uma causa muito feliz.
Após tantos anos, e bota anos nisso, chegou o momento de ampliá-la. Após ter sido presenteado, recentemente, com vários livros, a maioria deles da escritora Agatha Christie, uma única estante tornou-se pequena demais para abriga-los, por isso, tive que colocar a mão no bolso e providenciar a montagem de um novo compartimento para acomodar tantas preciosidade.

07 março 2020

Conan – O Bárbaro (Livro II)

O segundo volume da saga de Conan, O Bárbaro publicado em 2018 pela editora Pipoca & Nanquim, a exemplo do primeiro, não nega fogo. Se eu dissesse que uma das sete histórias do livro é fraca estaria mentindo descaradamente. Cara, repito, as novas aventuras do cimério não negam fogo; e tenho certeza de que o terceiro volume também será um verdadeiro trucão para os leitores.
As aventuras de Conan escritas por Robert E. Howard são como aquelas matinês do passado, as quais ficávamos contando nos dedos a chegada do domingo para irmos até o cinema para torcer pelo nosso herói preferido. Esses contos são puras matinês e da mais alta qualidade.

02 março 2020

Éramos Seis


O que dizer de uma obra que foi premiada pela Academia Brasileira de Letras? Éramos Seis da escritora, nascida em Botucatu, Maria José Dupré, lançada em 1943, é divinamente encantadora e mereceu, com certeza, o prêmio “Raul Pompéia” entregue pela Academia Brasileira de Letras na categoria de “Melhor Romance”.
Tive muita sorte em ter encontrado num sebo, o livro com a capa original – a mesma lançada em 1943. Trata-se da 14ª edição publicada pela Saraiva em 1960. Considero essa edição uma verdadeira joia rara porque conta com o prefácio escrito por ninguém mais do que Monteiro Lobato. E posso dizer com toda sinceridade que é um verdadeiro manjar dos deuses ler o comentário do criador do emblemático Sitio do Pica Pau Amarelo. Ele opina de maneira sincera sobre a história escrita por Dupré e também de outros livros escritos por verdadeiras lendas da nossa literatura como Machado de Assis, Joaquim Manoel de Macedo, etc. Lobato diz em sua introdução que custou a ler os originais de Éramos Seis por não acreditar que a obra fosse tão especial, e só fez isso após muita insistência de um dos editores do livro, considerado um grande amigo, que praticamente o obrigou a ler o enredo da escritora botucatuense

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