31 março 2012

Dan Brown dá um tempo em Judas para mergulhar ‘de cabeça’ na adaptação de O Símbolo Perdido para os cinemas

Quando ‘sai’ o novo livro de Dan Brown? Será que ele escolheu Judas Iscariotes, como personagem principal? É verdade que o livro será publicado até o final de 2012?
Estas são algumas das inúmeras indagações de internautas, fãs do consagrado escritor, que surgem com freqüência na Rede. Todos querendo saber detalhes sobre o próximo bestseller do autor de “O Código da Vinci”, “Anjos e Demônios”, “O Símbolo Perdido”, “Ponto de Impacto” e “Fortaleza Digital”.
Desde que escrevi um post sobre o assunto e que passou a ser um dos mais visitados do blog, venho revirando a internet de cabeça para baixo na esperança de encontrar informações sobre o assunto. Podem acreditar que venho fazendo esse trabalho diariamente, visitando sites nacionais, americanos, chineses, turcos e se existirem, até mesmo de Marte (rss), mas não encontrei nenhuma notícia atualizada. Aliás, aquelas que encontrei foram as mesmas que vi na época em que escrevi o post “Judas estará em novo livro de Dan Brown”. Juro que fiquei desanimado, à exemplo de todos aqueles que aguardam com expectativa o lançamento do novo livro.
Mesmo que Brown viaje legal em suas histórias, não posso negar que o cara escreve muito bem. O tipo de contexto que prende o leitor, sempre procurando criar enredos “em cima” de mitos da história universal. E agora não seria, ou quem sabe, não será diferente com o tal do Judas. Mas a ‘pequenez’ de informações na rede com relação ao tema me frustrou bastante. Não existe nada de nada, nem mesmo no site oficial do escritor! Cheguei até a pensar que algumas pessoas má intencionadas, simplesmente, decidiram “jogar” na rede informações falsas com a intenção de criar um... um... mito. Olha eu novamente com os mitos (rs).

Tom Hanks caracterizado como professor
de simbologia Robert Landgon

Ocorre que as fontes que postaram tais informações na Net são confiáveis. Dessa forma, continuei garimpando e garimpando... e o máximo que encontrei foram algumas notas de que Dan Brown, realmente pretende lançar um livro, tendo como protagonista Judas Iscariotes, mas devido a adaptação  de seu romance “O Simbolo Perdido” para as telonas, resolveu dar uma adiada no projeto literário. Bem, pelo que entendi, o livro sai, quando... ninguém sabe, acho que nem mesmo Dan Brown que optou por mergulhar de cabeça na produção do blockbuster “O Símbolo Perdido”. Mesmo após ter abandonado a roteirização do filme que foi assumida por Danny Strong (de Game Chance, produção muito elogiada pela critica especializada e lançada pela TV a cabo HBO), Brawn fez questão de continuar acompanhando todo o processo de produção da adaptação de seu romance.
Veja bem, “O Simbolo Perdido” será lançado nos cinemas somente em 2013, falando especificamente de cinemas brasileiros, apenas no dia 17 de maio do mesmo ano. Se pensarmos de maneira lógica, o novo livro do escritor só iria para o prelo no final desse ano ou início de 2014, já que ele próprio disse que a sua prioridade é acompanhar de perto as filmagens e produção do filme; mas tudo isso são apenas suposições. O que se passa na cabeça de Dan Brawn só ele e mais ninguém sabe.
Mas enquanto o livro sobre Judas não sai, o filme “O Símbolo Perdido” está garantido, tanto é, que já tem até mesmo data de lançamento definida para o Brasil, como já disse: 17 de maio de 2013.
Escritor Dan Brown

A produção cinematográfica estará completando a trilogia iniciada pelos filmes “O Código da Vinci” e “Anjos e Demônios” e que tem como personagem principal o carismático professor de simbologia de Harvard, Robert Langdon.
Em 'O Símbolo Perdido', o professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo. Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana - o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian. Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico. O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está.
Tudo indica que já está tudo certo para Tom Hanks viver novamente o professor Robert Landgon, mas juro que estou, de fato, curioso para saber qual atriz irá viver a agente da CIA, Inoue Sato e qual ator interpretará o vilão Mal’akh.
Então está aí! Se o livro sobre Judas caiu nas brumas da indefinição, pelo menos, o filme “O Símbolo Perdido” está mais do que confirmado e até com data marcada para os brasileiros.

28 março 2012

Dois livros para destrinchar as origens de James Bond

Há personagens da literatura considerados verdadeiros ícones da cultura pop. Sejam eles heróis ou vilões, ao longo de décadas, formaram uma verdadeira legião de admiradores.  Alguns, devido a grande fama conquistada, conseguiram extrapolar as páginas dos romances e invadir as telas dos cinemas. Esses personagens mexeram muito com o imaginário popular, chegando ao ponto de aguçar a curiosidade dos leitores com relação as suas origens. Ou será que você nunca desejou conhecer detalhes sobre a infância e adolescência de um dos maiores psicopatas que o mundo literário já conheceu: Dr. Hannibal Lecter? Confessa vai?! Pois é, Thomas Harris matou a sua curiosidade ao lançar o livro “Hannibal – A Origem do Mal”.
Agora, confessa outra coisinha: vai me dizer que você nunca teve curiosidade em “fuçar” nas gavetas da adolescência do maior espião de todos os tempos: o insuperável James Bond? Meu amigo bondmaníaco! Pode acreditar que isso já era possível há mais ou menos seis anos atrás. E eu, nadando de braçadas na minha ignorância, só fui descobrir isso há poucas semanas.... Que vergonha.... Mas, do meu lado existe a desculpa de que por considerar a obra de Ian Fleming um verdadeiro patrimônio histórico sobre o agente 007, algo único e insubstituível, nunca me interessei pelo grande número de escritores que tentaram dar sequência ao legado do  mestre Fleming.
Alguns livros que li de escritores que tentaram suceder Ian Fleming me embrulharam o estômago. Eles eram ruins até a última gota! Neste “bolo” estão John Edmund Gardner que – pasmem!! – escreveu 14 livros sobre o espião inglês; Raymond Benson e até mesmo Sebastian Faulks com a sua ‘terrible’ “Essência do Mal”. Cada vez que lia um livro fora do “Universo Fleming” constatava que as histórias originais eram insubstituíveis.
Por isso, agora confesso que estou com um baita receio de encarar os dois livros de Charlie Higson que exploram a adolescência de 007. Ok, ok... agora quem vai confessar sou eu: posso estar com muito receio, mas também estou com uma vontade danada de agarrar esses dois livros e devorá-los, com a esperança, é claro, de não me decepcionar logo nas primeiras páginas.
Pelo menos, os comentários sobre os dois livros são positivos e quando foram lançados: “Missão Silverfin” (2006) e “A Morte é Contagiosa” (2007) receberam rasgados elogios da crítica, o que, convenhamos, não aconteceu com “A Essência do Mal”, de Faulks e “Carta Branca”, de Jeffery Deaver, este, lançado por enquanto, somente nos Estados Unidos. Acredito que esse fator já seja uma grande credencial para Charlie Higson. Inclusive, o lançamento de “A Morte é Contagiosa”, valeu uma extensa matéria no Caderno 2 do Estadão em 2007, com direito a uma entrevista do autor.
Quanto a receptividade do público, não chega a ser diferente, já que os comentários dos internautas que adquiriram os livros em sites de compras e postaram as suas ‘impressões’ são os melhores possíveis.
Outro dado que me deixou animado e bem... digamos que.. estimulado a adquirir a obra de Higson é que a série sobre o ‘jovem Bond’  já foi lançada com sucesso em 25 países. Só o primeiro volume - Missão Silverfin - já vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo. Até agora, foram lançados três livros da série e mais dois estão programados. Quer dizer, se tudo isso não credenciar a série para o estrelatro total, com certeza, os livros de Higson entrarão para a galeria dos maiores engodos da história da literatura.
Acredito que aqueles que quiserem conhecer detalhamente a infância de James Bond não podem deixar de ler esses três livros de Higson, com ênfase para “Missão Silverfin”, porque é essa obra que “destrincha” as origens do agente secreto.
No primeiro livro da série de três, o autor nos apresenta um Bond aos 13 anos. Logo após perder os seus pais em um acidente de carro, a criança é mandada para o tradicional colégio interno Eton, na Inglaterra.  De acordo com a resenha do livro, Bond, gradativamente vai se acostumando com as regras da escola, além de fazer novos amigos. No enredo, o jovem que viria se tornar o maior agente secreto de todos os tempos, acaba despertando a ira de George Hellebore e de seu pai, Randolph, um traficante de armas. Pronto! Está armada a trama da obra.
Mais do que a aventura em si, “Missão Silverfin” revela detalhes importantes da infância de 007 e também de sua criação. Como eram os seus pais? Qual o relacionamento de Bond com eles? Como era a personalidade e o comportamento do pequeno herói? Só por curiosidade, vale a pena lembrar que grande parte do enredo se passa no colégio Eton. Por tudo isso, creio, que “Missão Silverfin” pode ser considerada uma obra referência sobre as origens do agente secreto.
Em “A Morte é Contagiosa”, segundo livro da série, James e seus colegas de classe viajam com dois professores para a ilha da Sardenha, no Mediterrâneo, para estudar as ruínas arqueológicas do lugar. James aproveita a viagem para visitar seu primo Victor.
Há um tempo, a casa de Victor foi invadida e importantes peças de arte foram roubadas. Na ilha, um conde construiu para si uma fortaleza impenetrável. E, para completar, a família de um colega de colégio de James desaparece no mar. Bond acaba descobrindo que essa série de fatos tem uma ligação e assim, decide dar início a uma investigação e acaba descobrindo uma perigosa conspiração que vai muito além dos roubos dos quadros de seu primo Victor.
Bem, tai uma pequena sinopse do enredo dos dois livros da série “O Jovem James Bond”. Torno a frisar que por enquanto, os outros três livros que fecham a saga ainda não foram lançados no Brasil.
Juro que estou pensando seriamente em adquirir, pelo menos, “Missão Silverfin” que pode ser considerado o início da lenda. Bem... vamos ver.

25 março 2012

Instinto Assassino

Depois de vários dias sem postar, eis que esse blogueiro de “primeira viagem” resolveu dar as caras por aqui. Minha vida esteve um pouco conturbada  nesses dias: trabalho, correria, saúde meio baqueada, conflitos profissionais que tiveram de ser ‘toureados’, enfim, vida de jornalista é uma caca, mas eu gostcho!
Mas o que interessa é que estamos vivos, fazendo jus aquele velho ditado: “entre mortos e feridos salvaram-se todos”.
Que fique bem claro o seguinte: nem mesmo durante o período de ‘inferno astral’ abandonei o meu amado e querido vício de leitura. Livros e mais livros continuam sendo devorados. Agora estou encarando o calhamaço “O Nome do Vento”, o qual estarei dando a minha opinião brevemente nesse espaço. Mas hoje, quero escrever sobre um livro que mexeu muito comigo. Uma obra densa, pesada e que exige do leitor muito sangue frio. Estou me referindo a “Instinto Assassino”, de William Randolph Stevens.
Li essa obra a uns três ou quatros anos e pela história, baseada em fatos reais, ter despertado tanto interesse resolvi relê-la recentemente. O seu enredo nos dá uma noção exata da complexidade da mente e do modus operandi de um psicopata. Juro que fiquei impressionado demais após as “duas leituras” da obra de Stevens. Impressionado, porque você chega a conclusão que pode estar convivendo, normalmente, ao lado de um psicopata já que a maioria deles camuflam muito bem os seus desvios psicológicos. Às vezes o psicopata pode ser aquele juiz sério e acima de qualquer suspeita em sua cidade, ou aquele filantropo sempre disposto a ajudar as pessoas necessitadas, ou então, como no caso do livro “Instinto Assassino”, o médico amado e querido de uma pequena cidade; um verdadeiro anjo em terra.
Na obra de William Randolph Stevens que também foi o promotor do caso e depois resolveu escrever um livro sobre o assunto, Cristina Henry narra os momentos de terror que passou ao lado de seu marido, o proeminente médico americano, Dr. Patrick Henry com quem chegou a ter um filho.
Ela conviveu durante quase sete anos ao lado de um perigoso psicopata sem perceber nada de anormal, já que o médico insano escondia com perfeição a sua personalidade doentia. Durante todo esse período, Cristina enfrentou várias situações de risco extremo, com a sua vida ficando presa por um fio. O passatempo predileto de seu esposo era armar armadilhas para matá-la ou então fazê-la sofrer, sem que ela nada percebesse.
O ponto alto da perversidade do Dr. Henry é o momento em que ele tenta matar o próprio filho por enxergá-lo como um inimigo. São momentos de pura tensão no enredo de Stevens e nessa hora nos colocamos no lugar de Cristina que sofreu horrores até descobrir a verdade, ganhando assim, coragem para pedir a separação.
Quando chega a conclusão que o seu marido é um perigoso psicopata, ela passa a enfrentar um novo problema: a falta da credibilidade de suas palavras, já que ela não passa de uma simples dona de casa, enquanto o seu esposo é um médico estimado e respeitado por todos. Cristina encara o descrédito de seus familiares, dos seus amigos e dos amigos de seu esposo. Enfim, ela passa a viver um verdadeiro inferno em terra. Mesmo assim, lutando contra todos, ela consegue se separar de Patrick Henry e quando pensa que se livrou do perigo, o seu pesadelo retorna com carga total, já que o ex-marido psicopata que não aceita a separação decide armar um plano diabólico para se vingar. Um plano ao mesmo tempo inteligente e macabro que só uma mente doentia poderia arquitetar.
É nesse ponto da história que entra o personagem real e também autor do livro Dr. William Randolph Stevens, promotor que convence Cristina a levar o seu ex-marido para o banco dos réus. Com Patrick Henry preso, ela ficaria definitivamente liberta de seu pesadelo e a sua vida poderia parar de correr perigo, mas nem tudo é tão simples assim, já que as armadilhas armadas pelo médico foram muito bem engendradas, não deixando qualquer fio de suspeita. Por isso, Cristina correria o risco de ver o seu ex-marido saindo livre do julgamento e ainda furioso com a sua atitude de tentar incriminá-lo, aumentando assim, a sua sede vingança.
No início, a personagem teme pela sua vida e de seu filho, mas encorajada pelo promotor Dr. William Randolph Stevens, ela resolve entrar na briga “de cabeça” contra todo poderoso Patrick Henry. Começa então, o trabalho minucioso de colhimento de provas pela equipe da promotoria, comandada por Stevens, com o objetivo de juntar subsídios consistentes que possam levar o Dr. Henry à júri popular.
Logo de cara, “Instinto Assassino” já começa com um plano maquiavélico do Dr. Henry para assassinar Cristina, quando eles já estão separados. O médico é detido no aeroporto com uma maleta contendo estranhos equipamentos para um médico e que seriam utilizados por ele no crime. Após abrir a maleta, uma equipe de investigadores procura por Cristina que revela de maneira surpreendente: “com certeza, ele viria me matar”. O médico caba sendo solto por falta de provas, já que é, apenas, a sua palavra contra a palavra de sua ex-mulher.
Neste momento da obra, Cristina começa a narrar em flashback como foi o seu relacionamento com o Dr. Henry, desde o momento em que se conheceram até os instantes finais, quando ela descobriu que estava vivendo com um terrível psicopata.
Como já disse no início desse post, é uma leitura muito tensa que faz o coração do leitor acelerar a cada susto ou perigo vivido pela personagem. Ela narra, por exemplo, como ocorreu o primeiro acesso de loucura de Henry, após estarem casados. O médico chamou uma gatinha para brincar e como o animal fugiu, o psicopata passou a persegui-lo pela casa furiosamente, até conseguir agarrá-lo e arremessá-lo com toda força no chão. Depois disso, tremendo e com os olhos vidrados de ódio ele começaria a gritar para a sua mulher: “Ninguém foge de mim! Nada!” Tempos depois da separação, Cristina passaria a entender o verdadeiro significado dessas palavras, quando precisou passar parte de sua vida se escondendo de seu ex-marido.
Outro trecho do livro que retrata a loucura do personagem é o instante em que ele filma a sua mulher fugindo do ataque de um crocodilo. Cristina está nadando num rio, despreocupadamente, quando ele a incentiva a chegar perto do animal sem que ela desconfie de nada; então, Henry estimula a mulher a nadar cada vez mais rápido, enquanto a fera começa a persegui-la. Tudo isso, sem que Cristina perceba o perigo que está correndo. Enfim, esses são apenas alguns momentos narrados em flasback pela mulher; mas há muitos outros que deixam o leitor com taquicardia e torcendo para que o diabólico médico seja condenado.
Em tempo: “Instinto Assassino” foi transformado em uma minisérie na Rede Globo no início dos anos 90. Quanto aWilliam Randolph Stevens , que eu saiba, escreveu apenas esse livro; mas valeu a pena, já que se trata de uma grande obra.
Quanto ao Dr. Patrick Henry, se chegou a ser condenado, de fato, dando assim, paz para a sua ex-mulher, só mesmo lendo o livro.
Inté!

11 março 2012

Novo livro de Nicholas Sparks promete arrancar lágrimas dos corações mais duros

Podem preparar os lencinhos de papel por vem aí o novo livro de Nicholas Sparks. E quando eu falo preparar os lencinhos, quero dizer caixas e mais caixas. Quem já leu as obras de Sparks ou então assistiu aos filmes baseados em seus livros sabe que não estou mentindo. O cara tem o dom de mexer com os sentimentos alheios.
Admiro demais esse escritor porque ele transmite emoção através de suas histórias sem apelar para aqueles dramalhões baratos, parecidos com novelas mexicanas. Seus enredos são sérios, inteligentes e consistentes.
Por isso, pra ser sincero, as minhas expectativas são as melhores possíveis para “O Melhor de Mim” que já está na lista dos principais Best-sellers desse começo de ano nos Estados Unidos. O livro tem lançamento previsto no Brasil para a próxima quinta-feira, dia 15.
Tenho certeza de que as fãs de carteirinha de Sparks, aqui no Brasil, que já leram todos os seus livros, estão ansiosas – próximas de um ataque de nervos – para a chegada da data prevista. Quanto a mim, bem... mesmo admirando o trabalho desse escritor, no momento, tenho outras prioridades de leitura. Agora, estou encarando as mais de 650 páginas de “O Nome do Vento”, de Patrick Rothfuss; depois pretendo manter o ritmo e devorar as quase 1.000 páginas de “O Temor do Sábio”, do mesmo autor, e sequencia de “O Nome do vento”. Só nesses dois livros são mais de 1.600 páginas! E isso demanda tempo. Então, só depois vou ‘embarcar’ de Sparks; mas antes de “O Melhor de Mim”, ainda tenho pela frente “Diário de Uma Paixão”, que alguns classificam como a melhor obra de toda a carreira de Sparks.
Mas, vamos lá! Não quero fugir do assunto, já que o tema desse post é sobre o lançamento de “O Melhor de Mim”.
Nicholas Sparks
Antes de escrever esse post procurei visitar vários sites sobre literatura, inclusive alguns em inglês, para ter uma noção das críticas sobre o novo livro de Sparks. Meu amigo! Todos, e quando digo “todos” estou querendo dizer “absolutamente todos” estão derramando elogios para “O Melhor de Mim”. Quem já leu é unânime em dizer que a história é de “arrepiar” o mais duro dos corações, do tipo fazer marmanjo chorar. Quem ainda não leu, por sua vez, procura elogiar outros livros do escritor lançados aqui na terrinha, com a expectativa de que “O Melhor de Mim” supere essas obras.
Em seu mais novo bets-seller, Nicholas Sparks conta a história de um casal que vive uma emocionante paixão de juventude, nos anos 1980. No entanto, enquanto ele, Dawson Cole, pertence a uma temida linhagem de criminosos, ela, Amanda Collier, é de uma família tradicional. O relacionamento, marcado por uma fenomenal diferença social, é bruscamente interrompido.
Após 25 anos, o casal se reencontra na pequenina cidade de Oriental onde cresceram, durante o velório de Tuck Hostetler. Amigo da dupla, o homem havia dado o maior apoio ao romance proibido e, para a surpresa dos dois, continuará a ajudá-los mesmo depois de morto.
Cartas e pistas deixadas por Tuck farão com que --pouco a pouco-- os amantes relembrem dos sentimentos pelos quais foram tomados na juventude e os incentivarão a vencer os desafios do presente e finalmente ficarem juntos.
Fiquei sabendo que a Livraria Folha estará vendendo “O Melhor de Mim” a um preço especial, bem abaixo do valor original, mas sómente por tempo limitado. Apenas: R$ 21,90. Por isso, aproveitem! O preço... e também a leitura.

06 março 2012

Cinco bestsellers que não foram lançados no Brasil para a decepção de muitos leitores

Não há frustração maior para um leitor inveterado do que aguardar com expectativa o lançamento de um livro e ver com freqüência a frase: “Sem previsão de lançamento no Brasil”. É na Internet, é no jornal, é na revista, é e é e mais é! A tal frase inunda todos os meios de comunicação e então a ansiedade vai aumentando... aumentando e aumentando. As semanas vão passando, os meses também e os anos idem; e o tal do livro nada de ser lançado no Brasil. Então o frustrado leitor que já está à beira de uma síncope, cai na real de que a tal obra jamais ganhará uma tradução para o português.
Vocês já pararam para pensar quantos livros famosos, por algum motivo, deixaram de ser traduzidos para a nossa língua pátria? Imaginaram quantos pobres mortais sofreram com esse fato, ou melhor... continuam sofrendo, já que o desejo de ler tais livros continua acesso na alma.
Pois é, pode acreditar, os frustrados são muitos. E entre esses frustrados está um grande amigo meu, cuja situação, serviu de inspiração para pesquisar e escrever sobre esse tema.
Cara! Como o Romualdo sofreu! Pra ser sincero, continua sofrendo! O filme que marcou a sua vida  foi “Grito de Horror”, que passou nos cinemas, se não me engano, em 1981. Lembro que a produção foi dirigida pelo Joe Dante (o mesmo de Greemlins) e mostrava uma comunidade de lobisomens que vivia isolada numa cidade e que acabava sendo descoberta por uma repórter e apresentadora de TV. Essa mesma repórter, logo no início do filme, é atacada numa cabine telefônica por um serial killer com quem marca uma entrevista, sem saber, que o dito cujo é um lobisomem dessa comunidade. O Romualdo “chora” até hoje por não ter tido a oportunidade de ler o livro. Antes de escrever esse post, ele havia dito que descobriu o romance na estante virtual (um único exempla e em inglês, é claro) e que decidiu comprá-lo. Acredite: vai pagar à uma professora de inglês para fazer a tradução das páginas!!
Esta atitude do meu amigo do coração, serviu de inspiração para preparar esse post que com certeza, ‘calará fundo’ na alma de muitos internautas que vivem o mesmo drama do Romualdo, inclusive eu... Também, quem mandou ficar só no verbo “to be” e não aprender conversação num curso avançado de inglês? (rs).
Vamos conferir cinco livros interessantes, alguns deles, verdadeiras obras de arte, que por determinados motivos que fogem da nossa compreensão não foram lançados no Brasil. Começando pelo livro do Romualdo. Vamos lá.
01 – Grito de Horror (The Howling)
        Autor: Gary Brandner
Confesso que a ansiedade do Romualdo acabou por me contagiar. De tanto falar no livro “The Howling” decidi conferir a produção de Joe Dante baseada na obra escrita. Não me arrependi. O filme é simplesmente fantástico! Após pesquisar na net, fiquei sabendo que devido a fama do primeiro “Grito de Horror”, um bando de famigerados diretores e produtores caça-níqueis decidiram criar uma franquia com mais seis filmes: um pior do que o outro. No final, da franquia mal sucedida, só se salvou o primeiro filme, esse dirigido por Joe Dante em 1981.
Como já escrevi acima, o filme é sobre uma comunidade de lobisomens que acaba sendo descoberta por uma repórter e âncora de um programa jornalístico de TV. O final do filme é angustiante e antológico. Com toda sinceridade, fica gravado na memória; passe o tempo que for.
Como a maioria das pessoas não acredita na história da bela e estonteante apresentadora, ela decide tomar uma decisão inesperada durante a exibição do telejornal. Uhauuu! Cena mais do que marcante! Agradeço o Romualdo por ter me instigado à ver o filme.
 Cena final do filme "Grito de Horror", quando a apresentadora de um telejornal
resolve... bem, melhor deixar um gostinho de "quero mais".

Quanto ao livro de Gary Brandner, foi lançado em 1977 e fez tanto sucesso na Europa que o autor acabou escrevendo outras três sequências: “The Howling II” (1979), “The Howling III: Echoes” (1985) e “Howling IV: The Original Nightmare” (1988). À exemplo da franquia de filmes, as continuações escritas de “The Howling” também não agradou a maioria dos leitores.
Se você domina uma segunda língua – aquela do ‘Tio Sam’- e se interessou pela obra de Brandner, pode encontrar o livro “The Howling” no Mercado Livre e na amazon.com. Quanto a “Howling II”, descobri um exemplar no portal da Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br). Com relação as outras duas sequencias: “The Howling III: Echoes” e Howling IV: The Original Nightmare”, esqueça; acredito que nem tenham chegado ao Brasil.
02 – Fogo no Céu (Fire in the Sky)
        Autor: Travis Walton
Se o filme produzido em 1993 já era considerado uma raridade – principalmente agora com o fechamento do site de downloads Megaupload – imagine então, o livro. Talvez, há quase duas décadas atrás, época em que o filme foi lançado nos cinemas, ainda seria possível encontrar o livro de Travis Walton em inglês; mas agora, após todo esse tempo, é melhor abandonar a idéia. O livro é um produto extinto aqui na terrinha. Vasculhei a Internet de “cabo a rabo”, incluindo: Amazon, Bondfaro, Mercado Livre e mais uma centena de sites de compras. Resultado: nada de nada. A melhor opção encontrada foi: “produto indisponível”, o que dá alguma esperança aos leitores  que estão as raias do desespero para conseguir o livro. Mas duvido que esse livro um dia se torne disponível; mas como a esperança é a última que morre...
No livro, Walton conta como foi abduzido para uma nave alienígena na década de 70. Tudo aconteceu mais ou menos assim: Travis Walton, que na época, era um lenhador, numa pequena cidade do Arizona, voltava para casa, após um dia de trabalho, juntamente com um grupo de lenhadores. Ele teria se deparado, então, com um forte clarão vindo do interior da mata. Apesar do pavor, a curiosidade foi maior e o lenhador resolveu ir verificar o estranho fenômeno. Nesse instante, ele teria sido atingido por um raio de luz e desaparecido. Muito assustados, os seus amigos que o acompanhavam e presenciaram o fato, retornaram para a cidade e deram os seus depoimentos para as autoridades.
Cena do filme " Fogo no Céu"
A polícia não acredita na história e suspeita que Walton, na realidade, tenha sido assassinado pelo grupo de lenhadores. Dessa maneira, eles acabam sendo acusados por homicídio. Então, cinco dias após o seu desaparecimento, de maneira surpreendente, Walton reaparece dizendo que teria sido abduzido para uma nave extra-terrestre onde passou por várias experiências com seres alienígenas.
No livro, ele relata tudo o que presenciou no interior da nave extra-terrestre, incluindo as experiências das quais teria sido cobaia.
“Fire in the Sky” fez tanto sucesso entre os leitores da terra do Tio Sam que acabou sendo adaptado parta os cinemas; e apesar do baixo orçamento, o filme recebeu críticas favoráveis, tornando-se “Cult”.
03 – Quem Vem Lá (Who Goes There?)
         Autor: John W. Campbell Jr.
O livro de Campbell deu origem à um dos filmes de terror mais cultuados dos últimos tempos: “Enigma do Outro Mundo” dirigido pelo mestre John Carpenter, em 1982. Pena que o livro não teve nenhuma edição traduzida para a nossa língua. Aqueles que desejarem ler essa obra prima do terror terão de apelar para a importação.
Na época de seu lançamento nos cinemas, há 29 anos, “Enigma do Outro Mundo” provocou um verdadeiro furor. As cenas gosmentas envolvendo estranhas mutações genéticas são lembradas até hoje pela ‘patota’ da minha geração ou será que você já se esqueceu daquela tomada em que a cabeça decepada de uma pobre vítima começa a criar pernas compridas, transformando-se numa medonha e apocalíptica aranha? Brrrrrrrrrrr.... Lembro que no momento em que aquele bichinho desengonçado começou a se arrastar pelo chão na telona fechei os olhos no escurinho do cinema. Depois tive de agüentar a ‘tiração’ de sarro de alguns amigos que estavam por perto e viram o meu susto (rs).
O filme de Campbell conta a história de uma criatura alienígena que ficou enterrada, por milhares de anos, numa placa de gelo no Círculo Polar Ártico. A estranha entidade tem o poder de se transformar numa cópia perfeita de suas vítimas. Após tomar a forma de um cachorro, ela acaba sendo recolhida por um grupo de cientistas e operários de uma base localizada na Antártica. A partir daí, o ser alienígena disfarçado num inocente cão, começa a dizimar os integrantes da base, transformando-se  numa cópia fiel da pessoa morta. Recordo que o slogan promocional do filme em 1982 era o seguinte: “Você seria capaz de confiar em alguém? De ficar sozinho com alguém?”
Cena antológica de "Enigma do Outro Mundo": cabeça de uma das
vítimas do ser alienígena se transformando numa horrenda aranha
Ao contrário do filme, no livro de Campbell, a criatura é bem mais detalhada, fazendo com que o leitor tenha uma noção exata de suas características físicas na forma alienígena. Quanto ao enredo, pelo que pesquisei na Net, as diferenças entre obra escrita e cinematográfica são ínfimas.
O livro serviu também de base para o “Monstro do Ártico” que estreou nos cinemas em 1951. Outro filme muito cultuado na época.
Campbell lançou o livro “Who Goes There?” em 1938, mas ao longo dos anos, a história ganhou inúmeras outras edições, mas nenhuma delas em português. O que foi, de fato, uma pena.
04 –  Caçador da Noite (The Night Stalker)
        Autor: Jeff Rice
O livro de Jeff Rice deu origem a uma série de TV que se tornou um verdadeiro ícone da cultura pop dos anos 70. Na minha fase de pré-adolescente não via a hora de chegar as sextas-feiras, perto da madrugada, para assistir à “Kolchak e os Demônios da Noite”. Ainda bem que os meus pais não se incomodavam que eu ficasse acordado até mais tarde.
Caramba! Como eu me deliciava com as peripécias daquele sujeito metido a jornalista – com terno branco amarrotado e chapéu da mesma cor - que saia à caça de histórias sobrenaturais com a intenção de faturar alguns dólares a mais. A mesma coisa acontecia com outro menino, também fã ardoroso desse seriado, mas com uma diferença: enquanto eu estava no Brasil, ele se encontrava do outro lado do planeta. Estou me referindo a Chris Carter, na época apenas um molequinho travesso, como eu, mas que anos depois se tornaria conhecido mundialmente como o criador da famosa série de TV: “Arquivo X”. Carter não esconde de ninguém que a sua inspiração para criar os personagens Fox Mulder e Dana Scully foi o repórter Kolchak e que o enredo dos três filmes baseados no livro de Rice, juntamente com os 20 episódios do seriado de TV, foram a inspiração para os temas dos episódios de Arquivo X. 
Darren McGavin na 'pele' do repórter Kolchak
É importante lembrar que antes de inspirar uma série de TV, a história de Rice deu origem à um longa metragem lançado apenas na TV e que chegou a despertar o interesse da crítica especializada. A produção agradou tanto que chegou ter mais duas sequências.
Bem, tudo começou em meados da década de 60 quando Jeff Rice  escreveu uma história sem maiores aspirações e decidiu publicá-la num jornal de um amigo. Bimba!! A publicação “bombou” entre os leitores e Rice decidiu mostrá-la para uma editora que apostou no projeto e acabou lançando a história no formato de livro de bolso. Nascia assim: “The Night Stalker”.
Rice contava as peripécias de um repórter de Las Vegas chamado Carl Kolchak que perseguia um serial killer que na verdade era um vampiro com o nome de Janos Skorzeny. O livro teve o mesmo destino das publicações no jornal e se tornou um grande Bestseller na época; só que... à exemplo das outras obras já citadas nesse post não chegaram ao Brasil.
Uma das muitas figuras bizarras e assustadoras
 que cruzaram o caminho de Kolchak em seu
seriado de televisão
Num belo dia (belo para Jeff Rice), o diretor Dan Curtis, após ler o livro, decidiu transformá-lo em um filme e para isso, contratou o consagrado diretor e escritor Richard Matheson – autor de “A Lenda”, entre outros clássicos, para dirigir a película. O filme exibido pela ABC deu origem a outras duas continuações.
Após o sucesso dos filmes, a ABC tomou a decisão de produzir uma série de TV. Os produtores do projeto dispensaram Matheson, por causa dos altos custos, e contrataram uma equipe de redatores para criar histórias com temas sobrenaturais, tendo, sempre, o cultuado repórter Kolchak como personagem principal. Durante os 20 episódios da série “Kolchak e os Dêmônios da Noite”, desfilaram uma coletânea de zumbis, vampiros, serial killers, monstros e etc. A série terminou deixando um gostinho de quero mais. Quanto ao livro se tornou um artigo em extinção para não dizer extinto.
05 – Blaze
       Autor: Stephen King
Blaze é considerado o último livro – pelo menos até agora – escrito por Stephen King com o pseudônimo de Richard Bachman. Por esse motivo, acredito que a obra é uma verdadeira jóia rara, já que o mestre do terror dificilmente voltará a usar o “codinome” Bachman. E justamente esse “tesouro” lançado em 2007 não conta com uma edição em português.
King escreveu Blaze bem antes de “Carrie”, lançada em 1974, mas conforme ele mesmo disse, em várias entrevistas, decidiu  guardar o original da história na gaveta por considerá-la sentimental demais. Em outras palavras, King não teria gostado do que escreveu. Mas em 2007, ele teria decidido mostrar para a sua grande legião de fãs esse trabalho considerado inédito. Sinceramente, não sei o motivo do livro não ter sido lançado no Brasil. Realmente, uma pena.
Stephen King conta a história de um criminoso com problemas mentais chamado Blaze. Um dia, ele resolve seqüestrar um bebê, filho de um milionário, para realizar o sonho do seu parceiro de crimes já falecido. Durante a fuga, Blaze é assombrado por seu passado e pela sua consciência, na forma de seu falecido amigo. Porém, acaba acontecendo um imprevisto: Blaze se apega ao bebê, sem saber direito o que fazer. Enquanto isso, o país inteiro se mobiliza para encontrar o bebê.
Com relação ao livro de King fica a pergunta no ar: será que após quase cinco anos, sobrou alguma esperança da Editora Objetiva (que publica os livros do autor por aqui) lançar uma edição em terras tupiniquins?
Como já cansei de repetir... “ esperança é a última que morre”.
Inté!”

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