28 junho 2015
A Garota na Teia de Aranha (4º volume da Saga Millennium) chega em agosto nas livrarias, após acirrada disputa judicial. Livro já está em pré-venda.
Segundo a editora Companhia das Letras, no dia 27 de
agosto, as livrarias estarão recebendo um verdadeiro arrassa-quarteirões. Estou
me referindo ao tão aguardado lançamento do quarto livro da Saga Millennium: ‘A
Garota na Teia de Aranha’ e que marca o retorno da dupla Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist.
A expectativa dos leitores que são fãs da hacker Lisbeth e do jornalista Mikael é enorme porque dessa
vez, o romance não foi escrito pelo sueco Stieg Larsson (idealizador da série)
e que morreu prematuramente, aos 50 anos, em 2004, após sofrer um ataque
cardíaco fulminante, mas pelo seu conterrâneo David Lagercrantz, um jornalista muito respeitado na Suécia e que decidiu se enveredar pelo mundo literário.
Quer saber a minha opinião sobre
esse ‘lance’ de Lagercrantz ter pego o bonde andando, ou seja, assumido personagens
complexos que foram criados por outro escritor, por outra cabeça pensante?
Confira aqui, pois já escrevi um post dando a minha opinião sobre o assunto.
Os apaixonados por Lisbeth e
Michael, por muito pouco não sofreram uma grande desilusão, já que “A Garota na
Teia de Aranha” passou pelo prelo raspando. Isto porque, após a morte de
Larsson, teve início uma acirrada disputa judicial pelos direitos de sua obra
envolvendo de um lado, Eva Grabielsson ‘companheira’ do autor há 30 anos (eles
não eram casados) e do outro, pai e irmão do escritor, Joakim e Erland Larsson.
Como costumava dizer o Kid Tourão, ‘essa pendenga fedeu chifre queimado’. A briga
foi feia!
Eva Gabrielsson foi uma verdadeira titã, lutando de maneira
aguerrida para manter o controle sobre a obra, mas acabou perdendo. É importante frisar que a lei sueca não dá a
ela qualquer direito sobre o espólio de companheiro por não terem sido casados
legalmente, independentemente de quantos anos viveram juntos. Mas pensam que
ela desistiu após essa derrota? Nada
disso; logo depois, ela se recusou a ceder os escritos de seu companheiro para
um quarto livro.
Epa, pêra ái? Como assim, “se
recusou ceder os escritos de seu companheiro para um quarto livro”? Ok, eu
explico melhor. É que Larsson, antes de morrer, já havia começado a escrever o
quarto livro da saga Millennium. Quer mais? Pois é, o enredo estava quase
concluído, restando menos de 100 páginas, o que levou Gabrielsson a pensar em
concluir a obra, ela mesma. Depois, acabou mudando de idéia, afirmando que a
obra de Larsson foi encerrada com a sua morte. Ela jamais concordou em ceder
para a editora os originais desse quarto livro que estão no notebok do ‘marido’,
o qual ela guardou a sete chaves. Bem, dessa maneira, só restou a Lagercrantz escrever a sequencia da trilogia contando apenas com os seus recursos. Vale lembrar que ele chegou a afirmar em várias entrevistas que preferia, de fato, começar da estaca zero. Será que falou a verdade?
Mas, de todo esse angu, fica uma
dúvida: será que Lagercrantz vai conseguir com a sua "Garota na Teia de Aranha" repetir o sucesso da trilogia idealizada e escrita por Larsson?
Galera, juro que tenho minhas
dúvidas. O ‘Universo Millennium’ conta com temas e personagens complexos. Cara,
tem de tudo nesse contexto criado por Larsson, desde misoginia, psicopatia,
prostituição e por aí afora. Larsson tratou tudo isso de uma maneira peculiar
que agradou em cheio os seus leitores; resta saber se a forma como Lagercrantz desenvolverá essa gama de temas, também irá conquistar, pelo menos, uma parte dos fãs de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist. Afinal, são duas cabeças, duas ideologias, duas maneiras de escrever completamente diferentes.
Vamos esperar o mês de agosto para
saber se a nova Lisbeth e o novo Mikael irão agradar ou decepcionar os fãs. De uma forma ou de outra, fique certo de que o livro, á exemplo dos anteriores, irá parar nas telonas dos cinemas. Duvida?
27 junho 2015
Escritora brasileira de 22 anos lança seu primeiro romance de ficção científica. “Irmandade de Copra” tem invasão alienígena, colônias extraterrestres e embates entre humanos e aliens
Vocês não imaginam como fico feliz quando um novo
escritor brasileiro dá as caras por aqui, lançando o seu livro. E quando escrevo
“dar as caras por aqui”, estou querendo dizer dar as caras para o Brasil,
quebrando um pouco a invasão de autores americanos e europeus que tomaram conta
do nosso espaço, do nosso País. Cara, acho que o Brasil é um dos países onde se
lê mais autores gringos do que os nativos, aqui, da terrinha. Culpa de quem?
Ora, das editoras, é claro! Elas preferem investir num escritor (a) americano
desconhecido e apenas razoável do que apostar as suas fichas numa jovem
promessa brasileira. Então, fico pensando naqueles escritores que ficaram
desiludidos ao ver as suas histórias rejeitadas por uma dessas editoras. Pois
é, saibam que essa recusa fez com que muitos talentos precoces parassem de
escrever, acreditando não serem tão bons ao ponto de publicar um livro.
Mas apesar dessa avalanche de autores estrangeiros,
o Brasil tem conseguido mostrar o seu talento na literatura com nomes como
César Bravo (que eu considero verdadeira referência no gênero terror no
Brasil), Camila Moreira, Estevão Ribeiro, Luisa Gesleir (de apenas 19 anos) e
Raphael Montes, entre outros. São autores envolvidos numa luta surreal para ver
os seus nomes reconhecidos em seu próprio País.
Agora esta lista de nomes pode ser engrossada por Caroline
Defanti, uma carioca de 22 anos que estará lançando o seu primeiro livro: “Irmandade
de Copra”.
Ela teve a sua história aprovada pela editora Arwen
(especializada em autores nacionais) que decidiu apostar no sucesso de um
enredo de ficção científica recheado de invasões alienígenas, colônias extraterrestres
povoadas por homens e embates acirrados entre humanos e aliens. A editora optou
também por assumir a divulgação do livro, algo raro quando o assunto é ‘escritor
iniciante’, ainda mais sendo brasileiro.
Toda essa aposta da Arwen nesta jovem promessa de 22 anos, só aumenta a
expectativa dos leitores do gênero de ficção científica. Agora, quanto ao
sucesso, tudo vai depender da aceitação de seu livro pelos apreciadores
ultra-exigentes’ desse gênero literário. Temos que admitir, que pelo menos, o
início da carreira de Defanti foi avassalador, já conseguindo, logo de cara,
uma editora conceituada para publicar o seu primeiro romance.
Autora Caroline Defanti |
A autora explica que a Arwen não
foi a primeira editora para a qual enviou o seu livro para ser analisado, mas
eles foram os primeiros a aceitar. Ela diz que a aprovação de sua obra foi um
dos momentos mais felizes de sua vida. “Eu lembro que só conseguia pensar que
alguém havia gostado do meu trabalho e que não sou um fracasso completo
(risos)! E, até hoje, essa felicidade permanece, só que se tornou uma
coisa mais comum, felizmente”.
A trama de “Irmandade Copra” se
passa em um futuro longínquo, onde a raça humana está à beira da extinção,
tendo que lutar pela sobrevivência dos que restaram. Devido a semi-destruição
do nosso planeta, essas pessoas são obrigadas a viver em colônias
extraterrestres. A partir do momento em que os alienígenas assumem o controle
da Terra e a curam, os homens decidem lutar para ter o planeta e suas vidas de
volta, mas, para isso, eles terão que criar soldados para enfrentar essa nova
raça. Nasce assim, a “Irmanda de Copra”.
É evidente que não podemos julgar um
livro pela sinopse de sua história, mas, inicialmente, a premissa de “Irmandade
de Copra parece ser bem interessante. Aguardemos.
O livro de 432 páginas já está em
pré-venda na livraria virtual da Arwen por R$ 36,90. O seu lançamento oficial, ou seja, a
sua chegada às livrarias deve acontecer já no início de julho.
24 junho 2015
Depois de “O Chamado do Cuco” e “O Bicho-da-Seda”, J.K. Rowling confirma o lançamento de um terceiro livro com o detetive Cormoran Strike
Eu tenho alguns amigos que são verdadeiras figuras,
mas daquelas bem raras e que na maioria das vezes ficam faltando para completar
o álbum. O Cipozinho é uma delas. Quando ele vê alguém com um automóvel há
muito tempo, já solta a sua frase marcante: “Esse sujeito vai acabar ‘casando’
com esse carro!”. E como não bastasse, ele ainda completa: “E já sabe né?
Depois que você casa não larga mais!”
Acho que se o Cipozinho gostasse de ler e curtisse a
escritora J.K. Rowling, com certeza, diria há alguns anos atrás: “Essa mulher
vai acabar se casando com o Harry Potter!”. E prá ser sincero galera, juro que
a partir do lançamento do quarto livro da saga de Potter, eu cheguei a pensar a
mesma coisa. Acreditava que Rowling iria viver gravitando em torno do menino
bruxo, mas acabei me enganando e feio!
Quando a escritora anunciou o fim da saga, pensei que
ela iria sobreviver dos dividendos dos sete livros escritos e, então, quando
alguns dólares escapassem do seu cofrinho milionário, ela ‘enganaria’ os
eleitores com alguma sub-estória ou sub-produto da saga como fez com “Os Contos
de Beedle – O Bardo” e “Animais Fantásticos e Onde Habitam”.
Mas, quando menos se esperava, ela lança o suspense “Morte
Súbita”, um gênero totalmente diferente do mundo mágico e ilusório de Potter. Um
ano depois, Rowling atacaria de “O Chamado Cuco”, criando um personagem tão
cativante quanto Harry Potter: o detetive Cormoran Strike. A autora ainda
tentou se esconder atrás do pseudônimo Roger Galbraith, mas uma amiga da onça
acabou revelando para a imprensa o seu segredinho. Mas, independente disso, o
livro foi um sucesso, tanto de crítica quanto de público. A empatia dos
leitores com o novo personagem desenvolvido por Rowling foi tanta, que eles
chegaram a pedir uma segunda estória com Cormoran. E advinhem só, Rowling
decidiu atendê-los. Desta maneira, em 2014, o astucioso e insistente detetive
voltaria em “O Bicho da Seda”.
Quando a sua imensa legião de fãs e seguidores
acreditavam que Rowling havia sossegado o facho, eis que ela revela que estará
lançando, brevemente, uma terceira sequência envolvendo o empático personagem.
Portanto, fãs de Cormoran Strike, podem comemorar a vontade porque, ele estará
de volta.
Segundo a editora Little Brown, Rowling, novamente,
estará assinando a obra com o pseudônimo de Robert Galbraith. O livro se
chamará “Career of Evil” que na tradução literal significa “Carreira do Mal”.
Nele, Robin Ellacott (assistente do famoso investigador) recebe um pacote com a
perna de uma mulher decepada e Cormoran tem quatro principais suspeitos que
podem ter cometido o crime. Quem será?
Career of Evil chegará nas livrarias do Reino Unido
no dia 22 de outubro, mas ainda não há previsão de lançamento por aqui.
Ah! Antes que me esqueça! O Chamado do Cuco e O
Bicho-da-Seda estarão sendo adaptados para televisão pela BBC One.
Quanto ao lançamento no Brasil de “Career of Evil”,
não estou preocupado, pois vale lembrar que ao contrário das obras de Stephen
King que demoram ‘trizilhões’ de anos
para chegar aqui na terrinha, os livros de Rowling tem os seus lançamentos
vapt-vupt no Brasil.
Sendo assim, como também diz o Cipózinho: "Fique frio... fique frio..."
22 junho 2015
Finalmente Joyland chega ao Brasil. Obra de Stephen King já está em pré venda nas principais livrarias virtuais
Iahuuuuuuu!! Podem gritar, berrar, cantar, uivar,
gargalhar e se quiserem até mesmo zurrar! Vale tudo para expressar aquela
alegria incomensurável. Uma alegria que ribomba no peito de todos os fãs de Stephen
King que não viam a hora de “Joyland” ganhar uma capa brasileira. E este dia
está bem próximo: a Suma de Letras confirmou que o tão aguardado livro
aterrissa nas livrarias tupiniquins em 3 de julho.
Podemos dizer que esta é a data oficial, já que
foram divulgadas muitas outras pelas redes sociais. Sites especializados em
publicações ‘Kingnianas’ anuncicaram que a obra chegaria por aqui em 1º de
julho, enquanto as livrarias que colocaram o produto em pré-venda ‘cravaram’ 18
de julho como a data certa. Galera, esqueçam as especulações, o livro cairá em nossas
mãos no dia 03 de julho, uma sexta-feira que se tornará inesquecível para
muitos fãs do mestre do terror.
Aqueles que não estão suportando a expectativa de
manusear essa jóia rara, poderão ‘disfarçar’ essa vontade louca garantindo a
compra do livro que já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais.
Depois é só contar nos dedos a chegada do aguardado 3 de julho.
Caraca! Como “Joyland” demorou para chegar ao Brasil!
Aliás, isso acontece com a maioria das obras de King. O livro foi lançado em
junho de 2013 nos Estados Unidos pela Hard Case Crime, selo da editora Titan
Books, e somente agora, após dois anos,
ganha a sua tradução em português.
O enredo se passa numa cidade pequenina da Carolina
da Norte e o cenário é um parque de diversões sinistro do ano de 1973. E bota
sinistro nisso!
Confira a sinopse oficial do livro:
Um
pequeno conselho: não se aventure na roda-gigante em uma noite chuvosa.
Carolina
do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no
parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é
outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial
killer.
Linda
Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra
o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria
investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está
à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta
com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria. O
destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste
eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre
aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a
morte lhes chegou cedo demais.”
Tenso, não?
21 junho 2015
As lendárias capas dos fascículos da enciclopédia Conhecer
Que saudades das capas da enciclopédia Conhecer!
Alguns podem considerar estranha a minha afirmação,
já que o correto seria escrever: “Que saudades da enciclopédia Conhecer!”,
quero dizer saudades de um todo (texto e imagens) e não só das capas. Não resta
dúvidas que os assuntos abordados pela enciclopédia da Abril Cultural eram o
‘máximo do máximo’ e com certeza, ajudaram muitos estudantes do ginasial em
suas pesquisas, mas as capas dos fascículos eram um show a parte.
É difícil explicar, mas as ilustrações daquelas
capas fantásticas que vinham acompanhadas de uma pequena introdução sobre o
assunto principal, faziam com que eu me transportasse para o contexto das
imagens, como se eu estive lá. Lembro que após comentar isso – décadas e
décadas atrás - com uma saudosa professora de literatura, ela acabou me esclarecendo
que somente os leitores ávidos tem o dom de interagir não só com os textos, mas
também com as ilustrações. Se isto que a minha ex-teacher disse - ainda nos
anos 70 - for verdade, posso afirmar com plena convicção que já naqueles idos tempos,
eu era o mais inveterados dos leitores.
Recordo que todas as semanas, o meu irmão chegava em
casa com um novo fascículo de “Conhecer” e imediatamente guardava em seu
armário secreto. Cara, que bruta ansiedade ver aquilo! Queria desesperadamente
ler aquela jóia rara, mas o medo de levar uma bronca era maior. Então, era
obrigado a esperar que o mano fosse dar as suas voltinhas para que eu pudesse
“assaltar” o seu esconderijo. O tal armário me proporcionou momentos literários
marcantes; fiz muitas ‘viagens’ inesquecíveis graças à ele. O conteúdo desse
armário foi tão importante em minha vida de leitor que, há algum tempo, decidi
escrever um post inteiramente dedicado á ele (ver aqui)
Os artigos de “Conhecer” me transportavam para o
mundo mágico do saber; enquanto as suas capas me levavam para lugares
deliciosamente surreais. A vontade que eu tinha era a de penetrar naquelas gravuras
com temas dramáticos ou históricos e fazer parte do seu contexto.
Quando o meu irmão concluiu a montagem dos treze volumes, eu
praticamente já tinha lido todos os fascículos da enciclopédia.
Por “Conhecer” ter feito parte da minha vida, nada
mais justo que escrever um post dedicado inteiramente à ela e é claro, às suas
famosas capas que me enfeitiçavam.
Esta enciclopédia antológica da Abril Cultural foi
lançada no longínquo 27 de setembro de 1966. Pelo que eu pesquisei, a
enciclopédia chegava nas bancas de jornais e revistas todas as terças-feiras e
a cada 15 fascículos com 20 páginas, o colecionador podia comprar uma capa dura
vermelha. De posse dos 15 fascículos e
da famosa capa vermelha, ele ia correndo até uma gráfica para providenciar a
encadernação dos fascículos. Pronto! Estava montada a enciclopédia!
Futuramente, estarei dando mais detalhes sobre “Conhecer”
num post específico sobre enciclopédia que deixaram saudades. Por enquanto,
fico apenas com a nostalgia das capas lendárias dessa preciosidade.
15 junho 2015
10 personagens que 'arrebentaram' nas pulp fictions
Posso afirmar, sem medo de errar, que as pulp fictions
fizeram parte da minha puberdade e mais ainda da minha adolescência. No ano
passado, escrevi um post onde conto em detalhes os assaltos que fazia na calada
da noite ao armário secreto de meu irmão (ver aqui). Foi naquele saudoso
esconderijo que comecei a ganhar o gosto pela leitura. Cara, o meu irmão
guardava um verdadeiro ‘arsenal de guerra’ no local, desde gibis,
enciclopédias, livros, almanaques e é claro as pulp ficitons. Como eu devorava tudo
aquilo!! Se hoje, sou um leitor inveterado, devo tudo aquele armário que hoje,
infelizmente, não existe mais.
De todas as revistas e livros que ali ficam ‘acomodadas’;
as pulps eram as que eu mais gostava. Os livrinhos de bolso editados em papel
jornal, principalmente os da Brigitte Montfort eram incomparáveis. Ah! Tinha
ainda o “Sombra”, “Coyote”, “Conan”. Iahuuuu!! Cara, estou delirando enquanto
recordo aquela época. Fantastic!
Na semana passada, após chegar em casa, depois de um
dia estafante de trabalho, pensei comigo: - “Já que devo, em grande parte, às
pulp fictions o meu hábito pela leitura, nada mais justo do que escrever um
post sobre esses livrinhos que marcaram época”. Decidi, então, postar um texto
sobre os heróis e heroínas desse gênero literário que fizeram a minha cabeça.
Anotem aí, galera, os 10 personagens das pulp
fictions que marcaram época.
01
– Brigitte Montfort
Mêo, não tem como deixar de começar esse post por ela... Esta mulher estonteante conquistou,
de cabo à rabo, marmanjos e adolescentes da minha geração. Brigitte Montfort ou
simplesmente “Baby” é uma agente da Cia letal até a ‘última gota’. Perita no manejo
de vários tipos de armas, desde as mais simples até as mais bélicas, também fala
fluentemente vários idiomas. Quer mais? Ok, lá vai: é especialista no combate corpo a corpo
dominando várias técnicas de luta, desde o karatê até a capoeira; além de
pilotar qualquer tipo de aeronave.
A famosa personagem - criada pelo
escritor espanhol Antônio Vera que assinava suas histórias com o pseudônimo de
Lou Carrigan - foi considerada o principal produto da Monterrey, editora
especializada na publicação de livrinhos de bolso em papel jornal, autênticos
pulp-fictions. Se o miolo desses livros era ‘vagabundérrimo’, suas capas, por
outro lado, eram ‘xiques nu urtimo e urtimo grau’.
As capas das histórias de Brigitte
Monfort eram produzidas por um dos maiores ilustradores brasileiros do século
XX: José Luiz Benício.
A espiã “Baby” marcou tanto a minha adolescência que
decidi fazer dois posts inteiramente dedicados à ela. Confiram aqui e aqui.
Com absoluta certeza: essa mulher escultural pode
ser considerada um verdadeiro ícone das pulp-fictions.
02
– Buck Rogers
Não tive a oportunidade e tampouco a felicidade de
ler Buck Rogers, mas em compensação matei a vontade de assistir Buck Rogers.
Pelo que sei o personagem estreou nas pulp fictions em 1928 numa estória
escrita por Phillip Francis Nowlan para a revista Amazing
Stories, e intitulada Armaggedon 2429 AD. Logo depois vieram os quadrinhos e a
seguir os programas de rádio em 1932. E nesta época, o ‘menino aki’ nem sonhava
em nascer, já que os meus pais ainda eram crianças (rs). Imagine, sequer, ler
uma revistinha pulp da Amazing Stories! Não tinha como!
Por outro lado, a minha fiel companheira Srª
Televisão quebrou o meu galho. Em 1979, ela me presenteava, uma vez por semana,
com o seriado “Buck Rogers no Século 25”.
As aventuras de Buck Rogers, seja
sob a forma de pulp fictions, histórias em quadrinhos, filmes, rádio ou
televisão, tornaram-se parte importante da cultura pop dos Estados Unidos. Os americanos
tem um respeito muito grande pelo personagem, considerado o primeiro herói
espacial do mundo.
03
– O Sombra
Aquela gargalhada sinistra sempre me intrigou.
Caraca! Eu achava algo macabro. A primeira vez que conheci essa marca
registrada do Sombra foi nos quadrinhos oitentistas da Editora Abril. Adorava
as histórias do personagem. Tudo bem que o sujeito jamais errava um tiro com
aqueles dois pistolões e ainda conseguia ficar invisível com a sua capa, mas a
tal gargalhada era demais. Até hoje, tenho duas dessas revistinhas do
personagem, as quais ‘volta e meia’ me vejo folheando e matando saudades.
Mas enganam-se aqueles que pensam que O Sombra teve
origem nos quadrinhos. Nada disso. Ele nasceu de um programa de rádio na década
de 30, criado por Walter Brown Gibson, onde o ator e diretor Orson Welles lhe
emprestava a voz e é claro a gargalhada macabra. Depois, O Sombra passou a
integrar o contexto das pulp fictions, ou seja, as mesmas “Amazing Stories” da
qual Buck Rogers fez parte. Somente anos depois, ele viria migrar para a TV,
quadrinhos e finalmente cinema. Um detalhe que poucos sabem é que O Sombra também
apareceu em algumas tiragens de um pulp brasileiro chamado Contos Magazine que
circulou com grande sucesso, aqui na terrinha, no período de 1937 a 1945,
trazendo histórias de ficção científica, piratas, etc.
O
alter ego do personagem nas pulps era Kent Allard e no rádio, cinema e
quadrinhos, Lamont Cranston. Suas características principais era o nariz aquilino e olhos negros ameaçadores. Ele sempre usava
chapéu, casaco e capa pretos, um anel com um rubi enorme e tinha a boca coberta
por um pano vermelho. Seus poderes era o controle da mente e o dom da
invisibilidade, além de ser um exímio atirador.
04 – Solomon Kane
Solomon Kane é um puritano do XVI
que vaga pelo mundo caçando, monstros, demônios e feiticeiros, armado somente
com uma espada e uma pistola. O cara é fera mêo! Enfrentou, sem pestanejar, até
o Conde Drácula!
O personagem que fez sucesso nas
pulp fictions americanas nasceu em 1926 das mãos (ou da cabeça, tanto faz) do
escritor texano Robert E. Howard que seis anos depois brindaria o mundo das
pulp com outro presentão: “Conan”. Depois de dominar as revistinhas baratas,
Kane migrou para os quadrinhos e finalmente para os cinemas numa produção de
2010.
Nobre deserdado pelo pai, Solomon
Kane é um homem cruel e vingativo, saqueador de castelos, que, depois de
escapar de um encontro com um intermediário do diabo, decidiu que era hora de
mudar de vida. Acolhido por padres, recolhe-se à meditação e abandona as armas,
mas algum tempo depois, decide sair vagando pelo mundo com a única vontade de
eliminar o mal em todas as suas formas; para tal Kane enfrenta
demônios, feiticeiros, vampiros e outras criaturas sobrenaturais.
Creio que as
pulp fictions do herói não chegaram a ser publicadas no Brasil, mas em
contrapartida, a versão em quadrinhos de suas aventuras circulou por aqui nas
décadas de 80 e 90 na revista “Espada Selvagem de Conan”.
05 – Conan
“Conan, O Bárbaro” ou “Conan, O Cimério”
nasceu em 1932 e como já disse escrevi acima, pelas mãos de Robert E.
Howard, o mesmo criador de Solomon Kane.
Conan apareceu
pela primeira vez na revista pulp “Weird Tales” no conto “The Phoenix on the
Sword” (A Fênix na Espada). A história fez um grande sucesso entre os leitores
da época e serviu para catapultar o personagem na preferência popular. Esta
aceitação, estimulou Howard a escrever novas histórias e assim, surgiram mais dezenove contos e um romance estrelado
pelo personagem. Três desses contos só foram publicados após a morte do autor.
‘O Cimério’ ou
‘Conan’, como queiram, fez tanto sucesso nas pulp, mas tanto sucesso, que no
fim da década de 60, a editora Marvel Comics adquiriu os direitos de publicação
de suas histórias em quadrinhos. E por uma ironia do destino, esse meio de
publicação foi a forma pela qual o personagem ficou conhecido em todo o mundo,
superando as pulps, consideradas o seu berço de nascimento. Interessante, não
acham?
Pensou que o
sucesso do sujeito parou por aí? Que nada! Conan ainda foi adaptado para o
cinema por três vezes nas produções “Conan, O Bárbaro (1982), “Conan, O
Destruidor” (1984) e “Conan, O Bárbaro” (2001). Os dois primeiros filmes foram
interpretados por Arnold Schwarzenegger, já o terceiro contou com o americano
Jason Mamoa, que fará o Aquaman em “Batman versus Superman”.
Agora, diga-me
pra mim, um personagem que arrebentou nas pulp, romances, quadrinhos, revistas
e nos cinemas por três vezes não merece estar nesta lista?
06 – Tarzan
Quando Edgar
Rice Burroughs publicou a primeira história de Tarzan, tinha 37 anos e nem ele
e seus editores imaginariam que o legado do “homem macaco” se transformasse num
verdadeiro império.
Tudo teve
início com as revistinhas de papel jornal que tornaram Tarzan um personagem
popular. Depois vieram os quadrinhos, revistas, livros, televisão e finalmente
cinema.
O personagem fez sua primeira
aparição na edição de outubro de 1912 da revista Pulp All-Story e foi um grande
sucesso de vendas. A partir daí, a criação de Burroughs não parou mais de
crescer.
Uma
curiosidade interessante é que o autor nunca esteve na África, por isso,
logicamente, não tinha noção alguma daquele continente, mas isso não o impediu
de criar um mundo nas selvas com civilizações perdidas, aborígines, tribos de
canibais e criaturas exóticas.
Tarzan é filho de aristocratas ingleses que
desembarcam em uma selva africana após um motim. Com a morte de seus
pais, Tarzan é criado por macacos na África. Seu verdadeiro nome é John
Clayton III, Lorde Greystoke. Tarzan é o nome dado a ele pelos macacos e
significa "Pele Branca".
Por ter sobrevivido na selva desde sua infância,
Tarzan mostra habilidades físicas superiores às de atletas do "mundo
civilizado", além de poder se comunicar com os animais.
07
– Doc Savage
O personagem criado por Henry W. Ralston e o editor
John L. Nanovic da Street and Smith Publications conquistou gerações de
leitores. O Homem de Bronze, como o herói era conhecido, fez tanto sucesso que
teve uma revista só sua chamada “Doc Savage Magazine”. Ao todo foram 181
edições lançadas de 1933 a 1949.
A popularidade do herói, à exemplo de Tarzan,
extrapolou as páginas baratas das pulp fictions e invadiu os livros, TV e
quadrinhos.
Doc Savage era um aventureiro que foi criado desde
seu nascimento para fazer apenas uma coisa: perseguir super-vilões. Ele foi
treinado diariamente utilizando uma técnica que não apenas desenvolveu seus
músculos, mas também seus cinco sentidos e seu cérebro. Nutrindo verdadeiro
desprezo pelas armas (apesar de ser um atirador profissional), Doc inventava
aparatos que o auxiliavam em suas batalhas, sendo que algumas de suas invenções
estavam muito à frente de sua época, como pequenas bolas de vidro repletas de
gás paralisante e binóculos infravermelhos.
O herói vivia no 86º sexto andar de um arranha-céu,
em Nova York e era auxiliado por um grupo de cinco pessoas: um químico, um
advogado, um mago da eletrônica, um engenheiro e um arqueólogo.
08
– Zorro
Taí meu herói de infância preferido. Todos os dias
me ajeitava na frente da TV em preto e branco na sala da casa de meus pais e engolia
com os olhos cada minuto do seriado “O Zorro”. Essa paixão prosseguiu na
adolescência, fase adulta e, também, agora na era balzaquiana com o Zorro
debochado de Antônio Banderas que eu achei o máximo.
Só me arrependo de não ter tido a oportunidade de
ler as pulp fictions do personagem, incluindo a antológica “A Maldição de
Capistrano” que deu origem ao herói mascarado. Nem tinha como realizar esse
desejo já que a história foi publicada em 1919 numa revista de papel jornal
chamada “All Story Weekly”.
Há mais de 95 anos, quando o escritor Johnston McCulley
criava o Zorro, os meus pais nem sonhavam em vir ao mundo, muito menos eu. Por
isso, só fui realizar o meu sonho – quero dizer, parte dele – há poucos anos
atrás quando adquiri o livro “Zorro”
escrito por McCulley e baseado na história pulp “A Maldição de Capistrano”.
A maior prova de que “A Maldição de Capistrano” foi
um fenômeno de vendas, naquela época, é que o ator Douglas Fairbank, após ler o
conto, decidiu adapta-lo para o cinema. Nascia assim, “A Mascara do Zorro”:
primeiro filme do personagem. A película se tornou um ‘arrasa-quarteirões’, o
que foi fundamental para o sucesso inicial do personagem. Depois vieram outras
produções cinematográficas menos famosas, todas elas baseadas em “A Maldição de
Capistrano”..
Zorro não dominou apenas nas pulp fictions,
televisão e cinemas; ele também fez muito sucesso nos livros e nas histórias em
quadrinhos.
09
– O Coyote
Se o Zorro, ao longo dos anos, ficou conhecido por
marcar os seus inimigos com a letra Z; O Coyote adquiriu fama ao disparar um
tiro na orelha daqueles que ousassem cruzar o seu caminho. Mas afinal de
contas, quem é esse tal Coyote?
Como já expliquei no post “O Coyote: O herói emblemático daspulp fiction que fez história na Editora Monterrey”,
ele pode ser considerado o pai dos livros de
bolso no Brasil, já que tudo teve início com ele. Em 1956 - logo após a sua fundação
– a editora Monterrey lançaria o formato pulp fiction no Brasil tendo como
protagonista o justiceiro mascarado. Brigitte Montford só apareceria anos
depois. Por isso, o Coyote foi o grande desbravador do gênero livro de bolso
com páginas em papel jornal, aqui, na terrinha.
Tanto Brigitte Montford quanto o
Coyote foram os grandes responsáveis pelo sucesso editorial da Monterrey, dando
aos seus criadores, respectivamente, Lou Carrigan e José Mallorqui o status de
grandes estrelas, responsáveis pelo sucesso de vendas da editora.
Sei
não cara, mas acho que Mallorqui era um baita fã do Zorro porque o seu Coyote
foi criado à imagem e semelhança de Don Diego de La Veja. Se não vejamos: Dom César de Echagüe, filho homónimo de um rico fazendeiro
californiano, regressa a suas terras em 1851, recentemente incorporada aos
Estados Unidos. A novela retrata uma Califórnia habitada por uma próspera
sociedade hispana mas recém conquistada pelos invasores yanquis, que tratam de se apoderar por todos os meios das minas de ouro que os californianos ocultam. César de Echague é desprezado por todos na California que acreditam ser ele covarde e afeminado. O rapaz é depreciado até mesmo pela sua noiva Leonor de Acevedo e pelo próprio pai, Dom César. Ele não sabem que o jovem César - tido como covarde e afeminado - na realidade, leva uma vida dupla como O Coyote, um justiceiro mascarado que luta pelos direitos dos hispanos.
Ehehehe!!! E aí? O que acham?
Acredito que se trocarmos a espada pelos dois revólveres teremos um Zorro
genérico. Mas esquecendo as brincadeiras e também as comparações, não há como
negar que “O Coyote” ou “El Coyote” foi ao lado de Brigitte Montfort, os dois ‘carros-chefes’
de venda da Monterrey. Mais do que isso, foram responsáveis pela sobrevivência
da editora no mercado.
10 - Flash Gordon
Flash Gordon é considerado o
segundo herói espacial, depois de Buck Rogers. Ele foi criado para rivalizar
com o próprio Rogers e também com Tarzan. Ok, eu explico melhor: Em 1933, a King Features Syndicate abriu um
concurso para descobrir personagens de quadrinhos que pudessem competir com Buck Rogers e Tarzan de
sua concorrente, a Pulitzer Syndicate. Alex
Raymond se inscreveu e ganhou, passando a desenhar Flash Gordon e Jim das Selvas (que completava a página) para o New York American
Journal. Pronto! Nascia, assim, mais um grande heróis das pulp!
No Brasil, o primeiro capítulo de Flash Gordon no Planeta Mongo foi
publicado no nº 3 do Suplemento Infantil do jornal A Nação, do Rio de Janeiro, em 28 de março de 1934.
O enredo girava em torno das aventuras de Flash Gordon, cujo nome batizava a série, e seus acompanhantes, Dr. Hans Zarkov e Dale Arden. A história começa com o Dr. Zarkov inventando um foguete, no qual os três fazem uma viagem ao planeta Mongo, onde naufragam. Mongo é habitado por várias culturas diferentes, algumas tecnologicamente avançadas, que têm caído uma a uma sob o domínio do cruel tirano Ming, o Impiedoso.
O enredo girava em torno das aventuras de Flash Gordon, cujo nome batizava a série, e seus acompanhantes, Dr. Hans Zarkov e Dale Arden. A história começa com o Dr. Zarkov inventando um foguete, no qual os três fazem uma viagem ao planeta Mongo, onde naufragam. Mongo é habitado por várias culturas diferentes, algumas tecnologicamente avançadas, que têm caído uma a uma sob o domínio do cruel tirano Ming, o Impiedoso.
Logo após sua chegada, os três terrestres fazem
amizade com o príncipe Barin, herdeiro legítimo do trono usurpado por Ming.
Ming baniu o príncipe e seus seguidores — incluindo a própria filha, Aura,
noiva de Barin — para o reino florestal de Arboria. Flash, Dale e Zarkov juntam-se
então à luta de Barin para recuperar o trono.
Com o passar do tempo, as pulp fictions ficaram
pequenas para a fama de Gordon que acabou migrando para os quadrinhos, televisão
e cinema.
Taí galera, por hoje é só!
14 junho 2015
Os livros nascem, crescem e morrem por isso, se você tiver que comprá-los aproveite enquanto estão vivos
Os livros são como pessoas: nascem, crescem e
morrem. Eles nascem quando são lançados; crescem quando estão sendo vendidos, se
espalhando pelo mundo afora e morrem quando se esgotam, ou seja, no momento em
que desaparecem das livrarias. Muitos leitores não entendem esse processo e
acreditam que podem encontrar - a qualquer hora - aquele livro que viram, certo
dia, 'dando sopa' numa estante. Eu pensava dessa maneira e por isso, acabei
perdendo muitas oportunidades e quantas... Hoje lamento a ausência de
verdadeiras jóias lapidadas em minha sala de leitura porque não as adquiri no
auge de suas vidas. Quando decidi ir ao seu encontro, elas já haviam ‘morrido’,
ficando apenas uma amarga lembrança.
Me lembro de ter visto “Os Livros de Bachman” sobrando
em várias estantes de sebos – e acredite, em algumas ‘prateleiras’ tinham
vários volumes – por isso, não esquentei a cabeça e pensei que poderia ter o
livro assim que estalasse os dedos. Quando a minha vontade se tornou
incontrolável já era tarde demais: a obra de Stephen King estava esgotada.
Hoje, localizar esse livro se tornou algo surreal. Cara, a obra custa em média
R$ 800,00 no Mercado Livre! Quanto aos mais de 1.300 sebos inscritos no portal
da Estante Virtual, esqueça, nenhum deles tem o livro.
Com relação a “Casa Infernal” de Richard Matheson
fui mais esperto. Tão logo a editora Novo Século relançou o livro em 2009, ‘fui
rápido no gatilho’ e comprei. Quer saber o que teria acontecido se tivesse
deixado pra depois? Nem preciso responder, não é?
Hoje, “A Casa Infernal”, literalmente, sumiu das
livrarias físicas e virtuais. Esqueça Mercado Livre, esqueça Estante Virtual,
esqueça sebos, esqueça aquela lojinha escondida nos confins do mundo.
Simplesmente, você não vai encontrar mais o livro. A realidade nua e crua é
essa. Experimente digitar o nome da obra de Matheson no “Santo Google”, com
certeza, o resultado irá partir o seu coração. Só resta, rezar e pedir a
intercessão de todos os santos para que a Novo Século ou então, outra editora
promova um novo relançamento da obra, o que eu acho difícil.
Citei apenas esses dois exemplos para que os leitores
entendem que os livros não esperam a vida toda pelos nossos desejos.
Há algum tempo escrevi um post sobre obras raras, as
quais por insolência ou displicência, tanto faz, acabei perdendo a oportunidade
de tê-las (ver aqui). Hoje, decidi complementar aquele post para alertar a
galera que está ‘morgando’ pra comprar o livro de seus sonhos.
Encerro contando o que respondi para um amigo que me
expôs a sua dúvida ‘se deveria comprar “A Coisa” de Stephen King’ ou esperar um
pouquinho mais’.
“- Vai besta, espera um pouquinho mais!”
Simples, não?
08 junho 2015
“Grey”, novo livro da série “Cinquenta Tons de Cinza”, será lançado no dia 18 de junho nos Estados Unidos
Ainda não há previsão de quando será lançada uma
versão traduzida da obra para o português
Afirmar que eu goste da trilogia “50 Tons de Cinza” é
mentir; dizer que eu assisti ao filme é mentir mais ainda. Acho um tremendo
golpe baixo esse lance de apelar ao erotismo
para conquistar leitores teens. É braba a coisa. O autor ou pra ser mais específico,
a autora, cria um fio narrativo perrenga, amparado por uma muleta chamada
erotismo e pronto vai pra guerra. De cada dez páginas lidas, nove e meia é dedicada
a um autentico ‘forrobodó’ entre os personagens. E o tal forrobodó é descrito,
sem censuras, em ações ou em pensamentos. Quanto ao enredo, propriamente dito,
se restringe apenas ao meio por cento restante.
Tudo bem que eu não goste, que ache uma tremenda
apelação, mas não posso ser hipócrita ao ponto de afirmar que tais sagas são
verdadeiros fiascos. Não cara, não são. Por algum motivo inexplicável, esses
livros se transformaram em verdadeiros arrassa-quarteirões, vendendo milhares
de exemplares. Não pergunte como um enredo desgraçadamente ruim, amparado por
uma carga incomensurável de erotismo conseguiu fazer tanto sucesso. Como já
disse, não dá para explicar o inexplicável.
Prova de que a fama dessas obras extrapola os limites
da realidade é que mesmo após fechar a sua trilogia dos “Cinquenta Tons de
Cinza”, a escritora E.L. James não pensou duas vezes em escrever um novo livro
ligado a essa mesma saga. Trata-se de “Grey” que será narrado a partir do ponto
de vista do rico e poderoso empresário Christian Grey, e não mais sob a
perspectiva da estudante Anastasia Steele.
Segundo publicou o site "Deadline", a data
de lançamento da publicação nos Estados Unidos coincidirá com o
"aniversário" do fictício personagem Grey. De acordo com a autora,
esse foi um pedido dos fãs, e o público agora terá a chance de entrar na cabeça
do bilionário e entender melhor suas ideias e preferências sadomasoquistas.
James espera repetir o êxito de sua trilogia e com
isso entrar para o seleto rol das escritoras multimilionárias, e tudo graças
aos chicotinhos, máscaras, lingeries sensuais e demais acessórios sado.
Pra vocês terem uma idéia do poder de fogo da
franquia “Cinquenta Tons de Cinza”, basta dizer que os três livros anteriores –
"Cinquenta Tons de Cinza", "Cinquenta Tons Mais Escuros" e
"Cinquenta Tons de Liberdade" – já venderam mais de 125 milhões de
exemplares em todo o mundo (mais de 5,5 milhões só no Brasil) desde que foram
publicados. Isso torna a trilogia um dos maiores sucessos literários de todos
os tempos.
O primeiro filme da série lançado em fevereiro de
2015, foi a produção mais vista no Brasil no primeiro trimestre do ano,
segundo dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema). O longa custou US$ 40
milhões e já arrecadou quase US$ 560 milhões.
“Grey” será lançado nos Estados Unidos no dia 18 de
junho. Quanto a sua chegada ao Brasil, os fãs de Grey e Anastasia terão de
esperar um bom período. Talvez meses, anos... sei lá.
07 junho 2015
Fim do mistério: Saga Crossfire só vai para as telinhas em 2016. Pelo menos é o que afirma Sylvia Day
Em julho do ano passado publiquei um post no blog sobre os livros que
poderiam ser transformados em séries de TV em 2014 e 2015. Desde então, surgiram
muitos questionamentos de leitores sobre a saga "Crossfire" de Sylvia
Day. A galera está me cobrando mesmo! (rs). Coisas do tipo: - “E aí, José
Antônio? Você não anunciou que os livros da Sylvia Day irão para a TV? E então,
quando é que sai essa adaptação?!"
Caramba! Estou me sentindo encurralado (rs). Só restou-me
partir para uma pesquisa profunda, e 'bota' profunda nisso! Nos sites, blogs e
também jornais, revistas e demais publicações eletronicas "from
Brazil" que visitei, pouco se fala. A notícia sobre a 'transformação' da
saga em série ou minissérie caiu nas redes sociais no começo de 2013 como um
caldeirão com óleo fervendo 'a 10 mil graus centígrados', mas então, esse óleo
foi esfriando, esfriando e pufffti! congelou, se transformando em gordura.
As notícias veiculadas por aqui, algumas bem
recentes, dizem que a tal série pode sair em janeiro, abril ou maio. Mas só um intantezinho....
janeiro foi embora e agora nós já estamos em maio!!!!! My God! Isto quer dizer
que a série não saí este ano??!!!! Gente, sinceridade? Não sei. É, não sei
mesmo. Por isso, comecei a vasculhar ‘tudo o que é site’ que aparecia na minha
frente. Parecia um daqueles cavalos que viveram quase a vida inteira num pasto
ralo e sem capim, mas que de repente descobre um Oasis verdejante. Fui que fui,
mas as informações desencontradas eram as mesmas, então parti para as páginas
especializadas em cinemas, séries de TV e finalmente naquelas de outros países.
As notícias de sites como “Omelete”, “Estadão”, “Extra”,
O Globo”, “Folha”, etc e mais etc, datavam de 2013 ou comecinho de 2014.
Resumindo: nada atualizado que valesse uma divulgação. Pôxa, eu queria algo do
tipo: - “Definida a data de estréia de Cross Fire na TV. Série estréia no
começo de julho”. Ohohohoh!! Aí seria demais né galera (rs)? Tudo bem... que
fosse, então: “Crossfire vai mesmo para a TV. Teste para a escolha de atores
principais já começou”.
Não encontrando nada por essas bandas, decidi ir
para as bandas de lá. Fui entupindo os meus dois navegadores com janelas e mais
janelas abertas até o processador do meu PC gritar em agonia desesperadora: “Chegaaaaaaaaaa
seu FDP insensível de uma figa!!! Quer que eu morra?!!”. E numa dessas páginas
abertas encontrei a jóia que tanto procurava; quer dizer, uma jóia meia boca,
mas que nem por isso deixa de ser uma jóia.
Com o título em letras garrafais: “Crossfire:Sylvia
Day dévoile de nouveaux détails sur l’a adaptatiom télé”, o site de variedades
francês TVQC (não confundir com CQC) mostra uma entrevista de Silvia Day, autora da coletânea Crossfire (Toda
Sua, Profundamente Sua, Pra Sempre Sua e Somente Sua) onde ela confirma que a
Lionsgate, de fato, adquiriu os diretos de filmagem para a televisão de sua
obra e que a série será lançada somente em 2016. Pronto!! O mistério,
finalmente, foi desvendado e com palavras que saíram da boca da própria autora
da saga. Ela anunciou ainda que os produtores pretendem dedicar uma temporada
inteira para o primeiro volume, no caso, “Toda Sua”. Quanto as próximas temporadas,
tudo irá depender da aceitação do público. Por isso, não está confirmado que
todos os livros de Crossfire serão adaptados para a telinha; por enquanto, como
já disse, apenas o primeiro tem essa garantia. Mas, cá entre nós, você está descrente
de que a primeira temporada vai naufragar? Cara, com a Sylvia Day inspecionando
o roteiro de perto não dá pra acreditar que isso ocorra, por mais ‘pedreiro’
que seja o diretor. A mulher cuida da sua obra como uma mãe cuida de seus
filhos. Por isso, você que é fã da ‘tia do erotismo’ pode ficar em paz.
Quanto a atores e diretor, esqueça; não há nada definido.
Tudo o que você leu por aí não passa de especulações.
Capiche?
Inté.
05 junho 2015
Cimarron
Ontem, estava dando uma espanadinha no pó da minha
estante quando me deparei com um livro esquecido há ‘milênios’. Ele estava lá,
num cantinho, isolado, tombado e todo menosprezado. Ao ver a sua capa,
lembrei-me de sua origem. “- Caraca! Este é aquele livro que ganhei daquela
pessoa que me ‘doou’ uma caixa cheia de revistas antigas!”, exclamei. Pois é
galera, “Cimarron”, de Edna Ferber veio junto com um monte de revistas rasgadas
e velhinhas, sem utilidade pra nada. Do quase presente de grego que ganhei; o
livro e, acho que, duas revistinhas ‘Seleções’ foram as únicas coisas que se
salvaram.
Achei a capa bonita e o coloquei na estante, apenas
para fazer número. O motivo da falta de interesse na obra de Ferber (escrita
originalmente em 1929 – a minha edição é um relançamento do Círculo do Livro) é
que nunca senti amores por livros de faroeste. E foi aí que cometi um erro
crasso, já que “Cimarron não pode ser considerada uma obra tradicional do
gênero, ou seja, do tipo ‘cospe bala’ para todos os lados. Após ter lido e
gostado da obra, posso dizer que a essência do enredo diz respeito ao desbravamento
do território de Oklahoma, representando uma fase da história dos Estados
Unidos.
Aí você, com certeza, afirmará: - “Pô, se for assim,
o enredo deve ser muito descritivo e cansativo!”. Não. Não é. Por acaso, você
achou “As Vinhas da Ira” John Steinbeck cansativo? Os dois livros abordam momentos
diferentes da história americana. Steinbeck explora a Grande Depressão dos anos
30 que destruiu fazendas, despejou famílias e deixou milhões de desempregados
nos Estados Unidos. O desespero levou os pequenos arrendatários que perderam as
suas propriedades a realizar um verdadeiro êxodo para a Califórnia em busca de
emprego. Terra, que segundo eles, corria o leite e o mel, mas ao chegarem lá, acabam
conhecendo a dura realidade e foram obrigados à enfrentá-la.
Já “Cimarron” aborda um período bem mais remoto da
história da ‘Terra do Tio Sam’: a colonização do estado de Oklahoma que começou
no início do século XIX.
Posso garantir que as duas obras, apesar de descritivas,
tem enredos por demais atraentes, além de contar com personagens muito carismáticos.
Se em “As Vinhas da Ira” temos a família Joad; em “Cimarron” temos os Yancey. Cada
um, à sua maneira, tentando derrubar muros considerados intransponíveis,
erguidos por grupos de pessoas poderosas.
Ferber conta a saga do
advogado, ex-jornalista e aventureiro Yancey "Cimarron" Cravat que em
1889 se casa com uma dama do Sul e resolve retornar ao Oeste, tentando
conseguir as terras com as quais sonhara construir um rancho e criar gado,
aproveitando a "Corrida pela terra" iniciada com a concessão do
governo americano de vários hectares de
Oklahoma para a colonização, adquiridos dos índios. E assim, o casal acaba se
transformando em pioneiros do novo estado americano. Além dos Yancey, são
vários os competidores pelas terras, alguns, ao logo da jornada acabam se
tornando seus amigos, enquanto outros viram inimigos.
Dentro desse
contexto, ocorrem as brigas, trocas de tiros, romances, desavenças e traições.
O que me chamou a atenção é que a autora soube dosar com perfeição, romance,
drama, descrição e ação; da mesma maneira que Steinbeck também procedeu com o
seu “Vinhas da Ira”.
Os personagens que
vão desfilando nas páginas de “Cimarron” acabam conquistando os leitores; até
mesmo os vilões e vilãs tem o seu charme.
Para aqueles que
ainda relutam ler a saga dos Yancey, posso tentar convencê-los, usando o
argumento de que a história de Ferber serviu de roteiro para dois verdadeiros
clássicos do cinema. O primeiro “Cimarron” que passou nos cinemas em 1931 com
Richard Dix e a ultra famosa e disputadíssima, naquela época, Irene Dunne conquistou
as estatuetas de melhor filme, direção de arte e roteiro adaptado. Recebeu
ainda indicações nas categorias de melhor ator, atriz, diretor e fotografia. Quanto
ao “Cimarron” de 1960, apesar de mais
modesto, ainda conseguiu ser indicado ao Oscar por ‘Melhor Direção de Arte’ e ‘Melhor
Som’.
Se apesar de todos
esses argumentos, você ainda continuar na dúvida quanto a leitura do livro, só
posso dizer: paciência.
Inté!
02 junho 2015
Depois do sucesso de cães e filhotes nadando, fotógrafo ‘ataca’ de “Bebês Submarinos”
Se existe um cara em todo o mundo que pode fazer jus ao
famoso jargão do personagem Chaves – “Não contavam com a minha astúcia” – ele
se chama: Seth Casteel. Este fotógrafo americano é muito esperto, aliás,
vivíssimo e graças a essa ‘astúcia’, resolveu lançar três livros que nem mesmo
o mais ogro dos homens poderá deixar de comprar. Quanto as mulheres, então, nem
se fale, a invasão às livrarias deverá ser em massa.
Você deve estar curioso pra saber quais livros são esses. Ok,
eu conto. Na realidade, são ensaios fotográficos de cães adultos e filhotes, e
agora, mais recentemente, bebês bricando ou nadando – como quiserem – debaixo d’água!!
E quando escrevi acima que nem mesmo o mais ogro dos homens
poderá resistir a essa investida do fotógrafo, tomo eu mesmo por parâmetro.
Cara, cachorro prá mim, só de longe. É verdade! Talvez devido as minhas frustrantes
experiências passadas com cães, adquiri certa desconfiança com os bichinhos; mas
ao ver o livro de Casteel, comecei a babar e acreditem, voltei a morrer de
amores por esse animal.
Ver as fotos daqueles filhotes nadando com as mais variadas
expressões é divinamente encantador: alguns com estilo e sarcasmo, outros
desajeitados e assustados.
Em “Filhotes Submarinos”, lançado pela
editora Intrínseca, o público se surpreende com belos registros de mais de 70
cachorrinhos. O livro é uma sequência de “Cachorros Submarinos”, da mesma
editora, também de Casteel, lançado no ano passado.
Os famosos personagens do livro são das mais
variadas raças, entre os quais labradores, border collies, pit bulls, boxers, pastores
alemães, dálmatas, entre outros, com idades entre seis semanas e seis meses.
Eles se divertem na água com bolinhas de tênis e bambolês. Todos os filhotes – grande parte deles disponíveis para adoção – já sabiam nadar o que facilitou o trabalho do fotógrafo.
Eles se divertem na água com bolinhas de tênis e bambolês. Todos os filhotes – grande parte deles disponíveis para adoção – já sabiam nadar o que facilitou o trabalho do fotógrafo.
Agora, como não bastassem esses dois livros,
o sujeito dá o seu tiro de misericórdia, fazendo com que os mais duros corações
- que já tinham ficado amolecidos com as fotos dos animais – se derretessem de
vez.
No próximo dia 20 de junho está programado o
lançamento no Brasil do livro “Bebês Submarinos” que traz as fotos de aproximadamente
60 crianças em seus primeiros meses de vida... nadando numa piscina!! Alguns
até debaixo d’água. E todos eles com expressões da mais pura e inocente
alegria. Agora responde com toda sinceridade: “Qual coração agüenta esse ‘golpe
baixo’? Cara, o livro deve ser encantador!
Para chegar ao resultado esperado das fotos selecionadas, Casteel
acompanhou aulas em diversas escolas de natação. Os bebês tinham de 4 a 17
meses e mergulhavam por poucos segundos. Com essa limitação, o profissional
declarou que as fotos tinham que ser tiradas de forma muito ágil.
A obra de 112 páginas que será lançada no dia 20 de junho, já
está em pré-venda nas principais livrarias virtuais por R$ 27,90.
Não custa nada você já garantir o seu.
Segue os detalhes técnicos do livro:
Título: Bebês Submarinos
ISBN: 9788580577556
Idioma: Portiguês
Encadernação: Brochura
Formato: 112 páginas
Edição: 1ª
Assinar:
Postagens (Atom)