28 junho 2015

A Garota na Teia de Aranha (4º volume da Saga Millennium) chega em agosto nas livrarias, após acirrada disputa judicial. Livro já está em pré-venda.

Segundo a editora Companhia das Letras, no dia 27 de agosto, as livrarias estarão recebendo um verdadeiro arrassa-quarteirões. Estou me referindo ao tão aguardado lançamento do quarto livro da Saga Millennium: ‘A Garota na Teia de Aranha’ e que marca o retorno da dupla Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist.
A expectativa dos leitores que são fãs da hacker Lisbeth e do jornalista Mikael é enorme porque dessa vez, o romance não foi escrito pelo sueco Stieg Larsson (idealizador da série) e que morreu prematuramente, aos 50 anos, em 2004, após sofrer um ataque cardíaco fulminante, mas pelo seu conterrâneo David Lagercrantz, um jornalista muito respeitado na Suécia e que decidiu se enveredar pelo mundo literário.
Quer saber a minha opinião sobre esse ‘lance’ de Lagercrantz ter pego o bonde andando, ou seja, assumido personagens complexos que foram criados por outro escritor, por outra cabeça pensante? Confira aqui, pois já escrevi um post dando a minha opinião sobre o assunto.
Os apaixonados por Lisbeth e Michael, por muito pouco não sofreram uma grande desilusão, já que “A Garota na Teia de Aranha” passou pelo prelo raspando. Isto porque, após a morte de Larsson, teve início uma acirrada disputa judicial pelos direitos de sua obra envolvendo de um lado, Eva Grabielsson ‘companheira’ do autor há 30 anos (eles não eram casados) e do outro, pai e irmão do escritor, Joakim e Erland Larsson. Como costumava dizer o Kid Tourão, ‘essa pendenga fedeu chifre queimado’. A briga foi feia!
Eva Gabrielsson foi uma verdadeira titã, lutando de maneira aguerrida para manter o controle sobre a obra, mas acabou perdendo.  É importante frisar que a lei sueca não dá a ela qualquer direito sobre o espólio de companheiro por não terem sido casados legalmente, independentemente de quantos anos viveram juntos. Mas pensam que ela desistiu após essa derrota?  Nada disso; logo depois, ela se recusou a ceder os escritos de seu companheiro para um quarto livro.
Epa, pêra ái? Como assim, “se recusou ceder os escritos de seu companheiro para um quarto livro”? Ok, eu explico melhor. É que Larsson, antes de morrer, já havia começado a escrever o quarto livro da saga Millennium. Quer mais? Pois é, o enredo estava quase concluído, restando menos de 100 páginas, o que levou Gabrielsson a pensar em concluir a obra, ela mesma. Depois, acabou mudando de idéia, afirmando que a obra de Larsson foi encerrada com a sua morte. Ela jamais concordou em ceder para a editora os originais desse quarto livro que estão no notebok do ‘marido’, o qual ela guardou a sete chaves. Bem, dessa maneira, só restou a Lagercrantz escrever a sequencia da trilogia contando apenas com os seus recursos. Vale lembrar que ele chegou a afirmar em várias entrevistas que preferia, de fato, começar da estaca zero. Será que falou a verdade?
Mas, de todo esse angu, fica uma dúvida: será que Lagercrantz vai conseguir com a sua "Garota na Teia de Aranha" repetir o sucesso da trilogia idealizada e escrita por Larsson? 
Galera, juro que tenho minhas dúvidas. O ‘Universo Millennium’ conta com temas e personagens complexos. Cara, tem de tudo nesse contexto criado por Larsson, desde misoginia, psicopatia, prostituição e por aí afora. Larsson tratou tudo isso de uma maneira peculiar que agradou em cheio os seus leitores; resta saber se a forma como Lagercrantz desenvolverá essa gama de temas, também irá conquistar, pelo menos, uma parte dos fãs de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist. Afinal, são duas cabeças, duas ideologias, duas maneiras de escrever completamente diferentes.
Vamos esperar o mês de agosto para saber se a nova Lisbeth e o novo Mikael irão agradar ou decepcionar os fãs. De uma forma ou de outra, fique certo de que o livro, á exemplo dos anteriores, irá parar nas telonas dos cinemas. Duvida? 

27 junho 2015

Escritora brasileira de 22 anos lança seu primeiro romance de ficção científica. “Irmandade de Copra” tem invasão alienígena, colônias extraterrestres e embates entre humanos e aliens

Vocês não imaginam como fico feliz quando um novo escritor brasileiro dá as caras por aqui, lançando o seu livro. E quando escrevo “dar as caras por aqui”, estou querendo dizer dar as caras para o Brasil, quebrando um pouco a invasão de autores americanos e europeus que tomaram conta do nosso espaço, do nosso País. Cara, acho que o Brasil é um dos países onde se lê mais autores gringos do que os nativos, aqui, da terrinha. Culpa de quem? Ora, das editoras, é claro! Elas preferem investir num escritor (a) americano desconhecido e apenas razoável do que apostar as suas fichas numa jovem promessa brasileira. Então, fico pensando naqueles escritores que ficaram desiludidos ao ver as suas histórias rejeitadas por uma dessas editoras. Pois é, saibam que essa recusa fez com que muitos talentos precoces parassem de escrever, acreditando não serem tão bons ao ponto de publicar um livro.
Mas apesar dessa avalanche de autores estrangeiros, o Brasil tem conseguido mostrar o seu talento na literatura com nomes como César Bravo (que eu considero verdadeira referência no gênero terror no Brasil), Camila Moreira, Estevão Ribeiro, Luisa Gesleir (de apenas 19 anos) e Raphael Montes, entre outros. São autores envolvidos numa luta surreal para ver os seus nomes reconhecidos em seu próprio País.
Agora esta lista de nomes pode ser engrossada por Caroline Defanti, uma carioca de 22 anos que estará lançando o seu primeiro livro: “Irmandade de Copra”.
Ela teve a sua história aprovada pela editora Arwen (especializada em autores nacionais) que decidiu apostar no sucesso de um enredo de ficção científica recheado de invasões alienígenas, colônias extraterrestres povoadas por homens e embates acirrados entre humanos e aliens. A editora optou também por assumir a divulgação do livro, algo raro quando o assunto é ‘escritor iniciante’, ainda mais sendo brasileiro.  Toda essa aposta da Arwen nesta jovem promessa de 22 anos, só aumenta a expectativa dos leitores do gênero de ficção científica. Agora, quanto ao sucesso, tudo vai depender da aceitação de seu livro pelos apreciadores ultra-exigentes’ desse gênero literário. Temos que admitir, que pelo menos, o início da carreira de Defanti foi avassalador, já conseguindo, logo de cara, uma editora conceituada para publicar o seu primeiro romance.
Autora Caroline Defanti
A autora explica que a Arwen não foi a primeira editora para a qual enviou o seu livro para ser analisado, mas eles foram os primeiros a aceitar. Ela diz que a aprovação de sua obra foi um dos momentos mais felizes de sua vida. “Eu lembro que só conseguia pensar que alguém havia gostado do meu trabalho e que não sou um fracasso completo (risos)! E, até hoje, essa felicidade permanece, só que se tornou uma coisa mais comum, felizmente”.
A trama de “Irmandade Copra” se passa em um futuro longínquo, onde a raça humana está à beira da extinção, tendo que lutar pela sobrevivência dos que restaram. Devido a semi-destruição do nosso planeta, essas pessoas são obrigadas a viver em colônias extraterrestres. A partir do momento em que os alienígenas assumem o controle da Terra e a curam, os homens decidem lutar para ter o planeta e suas vidas de volta, mas, para isso, eles terão que criar soldados para enfrentar essa nova raça. Nasce assim, a “Irmanda de Copra”.
É evidente que não podemos julgar um livro pela sinopse de sua história, mas, inicialmente, a premissa de “Irmandade de Copra parece ser bem interessante. Aguardemos.

O livro de 432 páginas já está em pré-venda na livraria virtual da Arwen por R$ 36,90. O seu lançamento oficial, ou seja, a sua chegada às livrarias deve acontecer já no início de julho.

24 junho 2015

Depois de “O Chamado do Cuco” e “O Bicho-da-Seda”, J.K. Rowling confirma o lançamento de um terceiro livro com o detetive Cormoran Strike

Eu tenho alguns amigos que são verdadeiras figuras, mas daquelas bem raras e que na maioria das vezes ficam faltando para completar o álbum. O Cipozinho é uma delas. Quando ele vê alguém com um automóvel há muito tempo, já solta a sua frase marcante: “Esse sujeito vai acabar ‘casando’ com esse carro!”. E como não bastasse, ele ainda completa: “E já sabe né? Depois que você casa não larga mais!”
Acho que se o Cipozinho gostasse de ler e curtisse a escritora J.K. Rowling, com certeza, diria há alguns anos atrás: “Essa mulher vai acabar se casando com o Harry Potter!”. E prá ser sincero galera, juro que a partir do lançamento do quarto livro da saga de Potter, eu cheguei a pensar a mesma coisa. Acreditava que Rowling iria viver gravitando em torno do menino bruxo, mas acabei me enganando e feio!
Quando a escritora anunciou o fim da saga, pensei que ela iria sobreviver dos dividendos dos sete livros escritos e, então, quando alguns dólares escapassem do seu cofrinho milionário, ela ‘enganaria’ os eleitores com alguma sub-estória ou sub-produto da saga como fez com “Os Contos de Beedle – O Bardo” e “Animais Fantásticos e Onde Habitam”.
Mas, quando menos se esperava, ela lança o suspense “Morte Súbita”, um gênero totalmente diferente do mundo mágico e ilusório de Potter. Um ano depois, Rowling atacaria de “O Chamado Cuco”, criando um personagem tão cativante quanto Harry Potter: o detetive Cormoran Strike. A autora ainda tentou se esconder atrás do pseudônimo Roger Galbraith, mas uma amiga da onça acabou revelando para a imprensa o seu segredinho. Mas, independente disso, o livro foi um sucesso, tanto de crítica quanto de público. A empatia dos leitores com o novo personagem desenvolvido por Rowling foi tanta, que eles chegaram a pedir uma segunda estória com Cormoran. E advinhem só, Rowling decidiu atendê-los. Desta maneira, em 2014, o astucioso e insistente detetive voltaria em “O Bicho da Seda”.
Quando a sua imensa legião de fãs e seguidores acreditavam que Rowling havia sossegado o facho, eis que ela revela que estará lançando, brevemente, uma terceira sequência envolvendo o empático personagem. Portanto, fãs de Cormoran Strike, podem comemorar a vontade porque, ele estará de volta.
Segundo a editora Little Brown, Rowling, novamente, estará assinando a obra com o pseudônimo de Robert Galbraith. O livro se chamará “Career of Evil” que na tradução literal significa “Carreira do Mal”. Nele, Robin Ellacott (assistente do famoso investigador) recebe um pacote com a perna de uma mulher decepada e Cormoran tem quatro principais suspeitos que podem ter cometido o crime. Quem será?
Career of Evil chegará nas livrarias do Reino Unido no dia 22 de outubro, mas ainda não há previsão de lançamento por aqui.
Ah! Antes que me esqueça! O Chamado do Cuco e O Bicho-da-Seda estarão sendo adaptados para televisão pela BBC One.

Quanto ao lançamento no Brasil de “Career of Evil”, não estou preocupado, pois vale lembrar que ao contrário das obras de Stephen King que demoram  ‘trizilhões’ de anos para chegar aqui na terrinha, os livros de Rowling tem os seus lançamentos vapt-vupt no Brasil.
Sendo assim, como também diz o Cipózinho: "Fique frio... fique frio..."

22 junho 2015

Finalmente Joyland chega ao Brasil. Obra de Stephen King já está em pré venda nas principais livrarias virtuais

Iahuuuuuuu!! Podem gritar, berrar, cantar, uivar, gargalhar e se quiserem até mesmo zurrar! Vale tudo para expressar aquela alegria incomensurável. Uma alegria que ribomba no peito de todos os fãs de Stephen King que não viam a hora de “Joyland” ganhar uma capa brasileira. E este dia está bem próximo: a Suma de Letras confirmou que o tão aguardado livro aterrissa nas livrarias tupiniquins em 3 de julho.
Podemos dizer que esta é a data oficial, já que foram divulgadas muitas outras pelas redes sociais. Sites especializados em publicações ‘Kingnianas’ anuncicaram que a obra chegaria por aqui em 1º de julho, enquanto as livrarias que colocaram o produto em pré-venda ‘cravaram’ 18 de julho como a data certa. Galera, esqueçam as especulações, o livro cairá em nossas mãos no dia 03 de julho, uma sexta-feira que se tornará inesquecível para muitos fãs do mestre do terror.
Aqueles que não estão suportando a expectativa de manusear essa jóia rara, poderão ‘disfarçar’ essa vontade louca garantindo a compra do livro que já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais. Depois é só contar nos dedos a chegada do aguardado 3 de julho.
Caraca! Como “Joyland” demorou para chegar ao Brasil! Aliás, isso acontece com a maioria das obras de King. O livro foi lançado em junho de 2013 nos Estados Unidos pela Hard Case Crime, selo da editora Titan Books, e somente  agora, após dois anos, ganha a sua tradução em português.
O enredo se passa numa cidade pequenina da Carolina da Norte e o cenário é um parque de diversões sinistro do ano de 1973. E bota sinistro nisso!
Confira a sinopse oficial do livro: 
Um pequeno conselho: não se aventure na roda-gigante em uma noite chuvosa. 
Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. 
Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria.   O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais.”

Tenso, não?
O livro lançado pela Suma de Letras terá 244 páginas e custará R$ 29,90. Garanta logo o seu. O meu já está mais do que garantido em pré-venda. Agora, só resta esperar esse ‘demorado’ 03 de julho. 

21 junho 2015

As lendárias capas dos fascículos da enciclopédia Conhecer

Que saudades das capas da enciclopédia Conhecer!
Alguns podem considerar estranha a minha afirmação, já que o correto seria escrever: “Que saudades da enciclopédia Conhecer!”, quero dizer saudades de um todo (texto e imagens) e não só das capas. Não resta dúvidas que os assuntos abordados pela enciclopédia da Abril Cultural eram o ‘máximo do máximo’ e com certeza, ajudaram muitos estudantes do ginasial em suas pesquisas, mas as capas dos fascículos eram um show a parte.
É difícil explicar, mas as ilustrações daquelas capas fantásticas que vinham  acompanhadas de uma pequena introdução sobre o assunto principal, faziam com que eu me transportasse para o contexto das imagens, como se eu estive lá. Lembro que após comentar isso – décadas e décadas atrás - com uma saudosa professora de literatura, ela acabou me esclarecendo que somente os leitores ávidos tem o dom de interagir não só com os textos, mas também com as ilustrações. Se isto que a minha ex-teacher disse - ainda nos anos 70 - for verdade, posso afirmar com plena convicção que já naqueles idos tempos, eu era o mais inveterados dos leitores.
Recordo que todas as semanas, o meu irmão chegava em casa com um novo fascículo de “Conhecer” e imediatamente guardava em seu armário secreto. Cara, que bruta ansiedade ver aquilo! Queria desesperadamente ler aquela jóia rara, mas o medo de levar uma bronca era maior. Então, era obrigado a esperar que o mano fosse dar as suas voltinhas para que eu pudesse “assaltar” o seu esconderijo. O tal armário me proporcionou momentos literários marcantes; fiz muitas ‘viagens’ inesquecíveis graças à ele. O conteúdo desse armário foi tão importante em minha vida de leitor que, há algum tempo, decidi escrever um post inteiramente dedicado á ele (ver aqui)
Os artigos de “Conhecer” me transportavam para o mundo mágico do saber; enquanto as suas capas me levavam para lugares deliciosamente surreais. A vontade que eu tinha era a de penetrar naquelas gravuras com temas dramáticos ou históricos e fazer parte do seu contexto.
Quando o meu irmão concluiu a montagem dos treze volumes, eu praticamente já tinha lido todos os fascículos da enciclopédia.
Por “Conhecer” ter feito parte da minha vida, nada mais justo que escrever um post dedicado inteiramente à ela e é claro, às suas famosas capas que me enfeitiçavam.
Esta enciclopédia antológica da Abril Cultural foi lançada no longínquo 27 de setembro de 1966. Pelo que eu pesquisei, a enciclopédia chegava nas bancas de jornais e revistas todas as terças-feiras e a cada 15 fascículos com 20 páginas, o colecionador podia comprar uma capa dura vermelha. De posse  dos 15 fascículos e da famosa capa vermelha, ele ia correndo até uma gráfica para providenciar a encadernação dos fascículos. Pronto! Estava montada a enciclopédia!


Futuramente, estarei dando mais detalhes sobre “Conhecer” num post específico sobre enciclopédia que deixaram saudades. Por enquanto, fico apenas com a nostalgia das capas lendárias dessa preciosidade.

15 junho 2015

10 personagens que 'arrebentaram' nas pulp fictions

Posso afirmar, sem medo de errar, que as pulp fictions fizeram parte da minha puberdade e mais ainda da minha adolescência. No ano passado, escrevi um post onde conto em detalhes os assaltos que fazia na calada da noite ao armário secreto de meu irmão (ver aqui). Foi naquele saudoso esconderijo que comecei a ganhar o gosto pela leitura. Cara, o meu irmão guardava um verdadeiro ‘arsenal de guerra’ no local, desde gibis, enciclopédias, livros, almanaques e é claro as pulp ficitons. Como eu devorava tudo aquilo!! Se hoje, sou um leitor inveterado, devo tudo aquele armário que hoje, infelizmente, não existe mais.
De todas as revistas e livros que ali ficam ‘acomodadas’; as pulps eram as que eu mais gostava. Os livrinhos de bolso editados em papel jornal, principalmente os da Brigitte Montfort eram incomparáveis. Ah! Tinha ainda o “Sombra”, “Coyote”, “Conan”. Iahuuuu!! Cara, estou delirando enquanto recordo aquela época. Fantastic!
Na semana passada, após chegar em casa, depois de um dia estafante de trabalho, pensei comigo: - “Já que devo, em grande parte, às pulp fictions o meu hábito pela leitura, nada mais justo do que escrever um post sobre esses livrinhos que marcaram época”. Decidi, então, postar um texto sobre os heróis e heroínas desse gênero literário que fizeram a minha cabeça.
Anotem aí, galera, os 10 personagens das pulp fictions que marcaram época.
01 – Brigitte Montfort
Mêo, não tem como deixar de começar esse post  por ela... Esta mulher estonteante conquistou, de cabo à rabo, marmanjos e adolescentes da minha geração. Brigitte Montfort ou simplesmente “Baby” é uma agente da Cia letal até a ‘última gota’.  Perita no manejo de vários tipos de armas, desde as mais simples até as mais bélicas, também fala fluentemente vários idiomas. Quer mais? Ok, lá vai:  é especialista no combate corpo a corpo dominando várias técnicas de luta, desde o karatê até a capoeira; além de pilotar qualquer tipo de aeronave.
A famosa personagem - criada pelo escritor espanhol Antônio Vera que assinava suas histórias com o pseudônimo de Lou Carrigan - foi considerada o principal produto da Monterrey, editora especializada na publicação de livrinhos de bolso em papel jornal, autênticos pulp-fictions. Se o miolo desses livros era ‘vagabundérrimo’, suas capas, por outro lado, eram ‘xiques nu urtimo e urtimo grau’.
As capas das histórias de Brigitte Monfort eram produzidas por um dos maiores ilustradores brasileiros do século XX: José Luiz Benício.
A espiã “Baby” marcou tanto a minha adolescência que decidi fazer dois posts inteiramente dedicados à ela. Confiram aqui e aqui.
Com absoluta certeza: essa mulher escultural pode ser considerada um verdadeiro ícone das pulp-fictions.
02 – Buck Rogers
Não tive a oportunidade e tampouco a felicidade de ler Buck Rogers, mas em compensação matei a vontade de assistir Buck Rogers. Pelo que sei o personagem estreou nas pulp fictions em 1928 numa estória escrita por Phillip Francis Nowlan para a revista Amazing Stories, e intitulada Armaggedon 2429 AD. Logo depois vieram os quadrinhos e a seguir os programas de rádio em 1932. E nesta época, o ‘menino aki’ nem sonhava em nascer, já que os meus pais ainda eram crianças (rs). Imagine, sequer, ler uma revistinha pulp da Amazing Stories! Não tinha como!
Por outro lado, a minha fiel companheira Srª Televisão quebrou o meu galho. Em 1979, ela me presenteava, uma vez por semana, com o seriado “Buck Rogers no Século 25”.
As aventuras de Buck Rogers, seja sob a forma de pulp fictions, histórias em quadrinhos, filmes, rádio ou televisão, tornaram-se parte importante da cultura pop dos Estados Unidos. Os americanos tem um respeito muito grande pelo personagem, considerado o primeiro herói espacial do mundo.
03 – O Sombra
Aquela gargalhada sinistra sempre me intrigou. Caraca! Eu achava algo macabro. A primeira vez que conheci essa marca registrada do Sombra foi nos quadrinhos oitentistas da Editora Abril. Adorava as histórias do personagem. Tudo bem que o sujeito jamais errava um tiro com aqueles dois pistolões e ainda conseguia ficar invisível com a sua capa, mas a tal gargalhada era demais. Até hoje, tenho duas dessas revistinhas do personagem, as quais ‘volta e meia’ me vejo folheando e matando saudades.
Mas enganam-se aqueles que pensam que O Sombra teve origem nos quadrinhos. Nada disso. Ele nasceu de um programa de rádio na década de 30, criado por Walter Brown Gibson, onde o ator e diretor Orson Welles lhe emprestava a voz e é claro a gargalhada macabra. Depois, O Sombra passou a integrar o contexto das pulp fictions, ou seja, as mesmas “Amazing Stories” da qual Buck Rogers fez parte. Somente anos depois, ele viria migrar para a TV, quadrinhos e finalmente cinema. Um detalhe que poucos sabem é que O Sombra também apareceu em algumas tiragens de um pulp brasileiro chamado Contos Magazine que circulou com grande sucesso, aqui na terrinha, no período de 1937 a 1945, trazendo histórias de ficção científica, piratas, etc.
O alter ego do personagem nas pulps era Kent Allard e no rádio, cinema e quadrinhos, Lamont Cranston. Suas características principais era o nariz aquilino e olhos negros ameaçadores. Ele sempre usava chapéu, casaco e capa pretos, um anel com um rubi enorme e tinha a boca coberta por um pano vermelho. Seus poderes era o controle da mente e o dom da invisibilidade, além de ser um exímio atirador.
04 – Solomon Kane
Solomon Kane é um puritano do XVI que vaga pelo mundo caçando, monstros, demônios e feiticeiros, armado somente com uma espada e uma pistola. O cara é fera mêo! Enfrentou, sem pestanejar, até o Conde Drácula!
O personagem que fez sucesso nas pulp fictions americanas nasceu em 1926 das mãos (ou da cabeça, tanto faz) do escritor texano Robert E. Howard que seis anos depois brindaria o mundo das pulp com outro presentão: “Conan”. Depois de dominar as revistinhas baratas, Kane migrou para os quadrinhos e finalmente para os cinemas numa produção de 2010.
Nobre deserdado pelo pai, Solomon Kane é um homem cruel e vingativo, saqueador de castelos, que, depois de escapar de um encontro com um intermediário do diabo, decidiu que era hora de mudar de vida. Acolhido por padres, recolhe-se à meditação e abandona as armas, mas algum tempo depois, decide sair vagando pelo mundo com a única vontade de eliminar o mal em todas as suas formas; para tal Kane enfrenta demônios, feiticeiros, vampiros e outras criaturas sobrenaturais.
Creio que as pulp fictions do herói não chegaram a ser publicadas no Brasil, mas em contrapartida, a versão em quadrinhos de suas aventuras circulou por aqui nas décadas de 80 e 90 na revista “Espada Selvagem de Conan”.
05 – Conan
 “Conan, O Bárbaro” ou “Conan, O Cimério” nasceu em 1932 e como já disse escrevi acima, pelas mãos de Robert E. Howard, o mesmo criador de Solomon Kane.
Conan apareceu pela primeira vez na revista pulp “Weird Tales” no conto “The Phoenix on the Sword” (A Fênix na Espada). A história fez um grande sucesso entre os leitores da época e serviu para catapultar o personagem na preferência popular. Esta aceitação, estimulou Howard a escrever novas histórias e assim, surgiram  mais dezenove contos e um romance estrelado pelo personagem. Três desses contos só foram publicados após a morte do autor.
‘O Cimério’ ou ‘Conan’, como queiram, fez tanto sucesso nas pulp, mas tanto sucesso, que no fim da década de 60, a editora Marvel Comics adquiriu os direitos de publicação de suas histórias em quadrinhos. E por uma ironia do destino, esse meio de publicação foi a forma pela qual o personagem ficou conhecido em todo o mundo, superando as pulps, consideradas o seu berço de nascimento. Interessante, não acham?
Pensou que o sucesso do sujeito parou por aí? Que nada! Conan ainda foi adaptado para o cinema por três vezes nas produções “Conan, O Bárbaro (1982), “Conan, O Destruidor” (1984) e “Conan, O Bárbaro” (2001). Os dois primeiros filmes foram interpretados por Arnold Schwarzenegger, já o terceiro contou com o americano Jason Mamoa, que fará o Aquaman em “Batman versus Superman”.
Agora, diga-me pra mim, um personagem que arrebentou nas pulp, romances, quadrinhos, revistas e nos cinemas por três vezes não merece estar nesta lista?
06 – Tarzan
Quando Edgar Rice Burroughs publicou a primeira história de Tarzan, tinha 37 anos e nem ele e seus editores imaginariam que o legado do “homem macaco” se transformasse num verdadeiro império.
Tudo teve início com as revistinhas de papel jornal que tornaram Tarzan um personagem popular. Depois vieram os quadrinhos, revistas, livros, televisão e finalmente cinema.
O personagem fez sua primeira aparição na edição de outubro de 1912 da revista Pulp All-Story e foi um grande sucesso de vendas. A partir daí, a criação de Burroughs não parou mais de crescer.
Uma curiosidade interessante é que o autor nunca esteve na África, por isso, logicamente, não tinha noção alguma daquele continente, mas isso não o impediu de criar um mundo nas selvas com civilizações perdidas, aborígines, tribos de canibais e criaturas exóticas.
Tarzan é filho  de aristocratas ingleses que desembarcam em uma selva africana após um motim. Com a morte de seus pais, Tarzan é criado por macacos na África. Seu verdadeiro nome é John Clayton III, Lorde Greystoke. Tarzan é o nome dado a ele pelos macacos e significa "Pele Branca".
Por ter sobrevivido na selva desde sua infância, Tarzan mostra habilidades físicas superiores às de atletas do "mundo civilizado", além de poder se comunicar com os animais.
07 – Doc Savage
O personagem criado por Henry W. Ralston e o editor John L. Nanovic da Street and Smith Publications conquistou gerações de leitores. O Homem de Bronze, como o herói era conhecido, fez tanto sucesso que teve uma revista só sua chamada “Doc Savage Magazine”. Ao todo foram 181 edições lançadas de 1933 a 1949.
A popularidade do herói, à exemplo de Tarzan, extrapolou as páginas baratas das pulp fictions e invadiu os livros, TV e quadrinhos.
Doc Savage era um aventureiro que foi criado desde seu nascimento para fazer apenas uma coisa: perseguir super-vilões. Ele foi treinado diariamente utilizando uma técnica que não apenas desenvolveu seus músculos, mas também seus cinco sentidos e seu cérebro. Nutrindo verdadeiro desprezo pelas armas (apesar de ser um atirador profissional), Doc inventava aparatos que o auxiliavam em suas batalhas, sendo que algumas de suas invenções estavam muito à frente de sua época, como pequenas bolas de vidro repletas de gás paralisante e binóculos infravermelhos. 
O herói vivia no 86º sexto andar de um arranha-céu, em Nova York e era auxiliado por um grupo de cinco pessoas: um químico, um advogado, um mago da eletrônica, um engenheiro e um arqueólogo.
08 – Zorro
Taí meu herói de infância preferido. Todos os dias me ajeitava na frente da TV em preto e branco na sala da casa de meus pais e engolia com os olhos cada minuto do seriado “O Zorro”. Essa paixão prosseguiu na adolescência, fase adulta e, também, agora na era balzaquiana com o Zorro debochado de Antônio Banderas que eu achei o máximo.
Só me arrependo de não ter tido a oportunidade de ler as pulp fictions do personagem, incluindo a antológica “A Maldição de Capistrano” que deu origem ao herói mascarado. Nem tinha como realizar esse desejo já que a história foi publicada em 1919 numa revista de papel jornal chamada “All Story Weekly”.
Há mais de 95 anos, quando o escritor Johnston McCulley criava o Zorro, os meus pais nem sonhavam em vir ao mundo, muito menos eu. Por isso, só fui realizar o meu sonho – quero dizer, parte dele – há poucos anos atrás  quando adquiri o livro “Zorro” escrito por McCulley e baseado na história pulp “A Maldição de Capistrano”.
A maior prova de que “A Maldição de Capistrano” foi um fenômeno de vendas, naquela época, é que o ator Douglas Fairbank, após ler o conto, decidiu adapta-lo para o cinema. Nascia assim, “A Mascara do Zorro”: primeiro filme do personagem. A película se tornou um ‘arrasa-quarteirões’, o que foi fundamental para o sucesso inicial do personagem. Depois vieram outras produções cinematográficas menos famosas, todas elas baseadas em “A Maldição de Capistrano”..
Zorro não dominou apenas nas pulp fictions, televisão e cinemas; ele também fez muito sucesso nos livros e nas histórias em quadrinhos.
09 – O Coyote
Se o Zorro, ao longo dos anos, ficou conhecido por marcar os seus inimigos com a letra Z; O Coyote adquiriu fama ao disparar um tiro na orelha daqueles que ousassem cruzar o seu caminho. Mas afinal de contas, quem é esse tal Coyote?
Como já expliquei no post “O Coyote: O herói emblemático daspulp fiction que fez história na Editora Monterrey”, ele pode ser considerado o pai dos livros de bolso no Brasil, já que tudo teve início com ele. Em 1956 - logo após a sua fundação – a editora Monterrey lançaria o formato pulp fiction no Brasil tendo como protagonista o justiceiro mascarado. Brigitte Montford só apareceria anos depois. Por isso, o Coyote foi o grande desbravador do gênero livro de bolso com páginas em papel jornal, aqui, na terrinha.
Tanto Brigitte Montford quanto o Coyote foram os grandes responsáveis pelo sucesso editorial da Monterrey, dando aos seus criadores, respectivamente, Lou Carrigan e José Mallorqui o status de grandes estrelas, responsáveis pelo sucesso de vendas da editora. 
Sei não cara, mas acho que Mallorqui era um baita fã do Zorro porque o seu Coyote foi criado à imagem e semelhança de Don Diego de La Veja. Se não vejamos: Dom César de Echagüe, filho homónimo de um rico fazendeiro californiano, regressa a suas terras em 1851, recentemente incorporada aos Estados Unidos. A novela retrata uma Califórnia habitada por uma próspera sociedade hispana mas recém conquistada pelos invasores yanquis, que tratam de se apoderar por todos os meios das minas de ouro que os californianos ocultam. César de Echague é desprezado por todos na California que acreditam ser ele covarde e afeminado. O rapaz é depreciado até mesmo pela sua noiva Leonor de Acevedo e pelo próprio pai, Dom César. Ele não sabem que o jovem César - tido como covarde e afeminado - na realidade, leva uma vida dupla como O Coyote, um justiceiro mascarado que luta pelos direitos dos hispanos.
Ehehehe!!! E aí? O que acham? Acredito que se trocarmos a espada pelos dois revólveres teremos um Zorro genérico. Mas esquecendo as brincadeiras e também as comparações, não há como negar que “O Coyote” ou “El Coyote” foi ao lado de Brigitte Montfort, os dois ‘carros-chefes’ de venda da Monterrey. Mais do que isso, foram responsáveis pela sobrevivência da editora no mercado.
10 - Flash Gordon
Flash Gordon é considerado o segundo herói espacial, depois de Buck Rogers. Ele foi criado para rivalizar com o próprio Rogers e também com Tarzan. Ok, eu explico melhor: Em 1933, a King Features Syndicate abriu um concurso para descobrir personagens de quadrinhos que pudessem competir com Buck Rogers e Tarzan  de sua concorrente,  a Pulitzer Syndicate. Alex Raymond se inscreveu e ganhou, passando a desenhar Flash Gordon e Jim das Selvas (que completava a página) para o New York American Journal. Pronto! Nascia, assim, mais um grande heróis das pulp!
No Brasil, o primeiro capítulo de Flash Gordon no Planeta Mongo foi publicado no nº 3 do Suplemento Infantil do jornal A Nação, do Rio de Janeiro,  em 28 de março de 1934.
O enredo girava em torno das aventuras de Flash Gordon, cujo nome batizava a série, e seus acompanhantes, Dr. Hans Zarkov e Dale Arden. A história começa com o Dr. Zarkov inventando um foguete, no qual os três fazem uma viagem ao planeta Mongo, onde naufragam. Mongo é habitado por várias culturas diferentes, algumas tecnologicamente avançadas, que têm caído uma a uma sob o domínio do cruel tirano Ming, o Impiedoso.
Logo após sua chegada, os três terrestres fazem amizade com o príncipe Barin, herdeiro legítimo do trono usurpado por Ming. Ming baniu o príncipe e seus seguidores — incluindo a própria filha, Aura, noiva de Barin — para o reino florestal de Arboria. Flash, Dale e Zarkov juntam-se então à luta de Barin para recuperar o trono.
Com o passar do tempo, as pulp fictions ficaram pequenas para a fama de Gordon que acabou migrando para os quadrinhos, televisão e cinema.

Taí galera, por hoje é só!

14 junho 2015

Os livros nascem, crescem e morrem por isso, se você tiver que comprá-los aproveite enquanto estão vivos

Os livros são como pessoas: nascem, crescem e morrem. Eles nascem quando são lançados; crescem quando estão sendo vendidos, se espalhando pelo mundo afora e morrem quando se esgotam, ou seja, no momento em que desaparecem das livrarias. Muitos leitores não entendem esse processo e acreditam que podem encontrar - a qualquer hora - aquele livro que viram, certo dia, 'dando sopa' numa estante. Eu pensava dessa maneira e por isso, acabei perdendo muitas oportunidades e quantas... Hoje lamento a ausência de verdadeiras jóias lapidadas em minha sala de leitura porque não as adquiri no auge de suas vidas. Quando decidi ir ao seu encontro, elas já haviam ‘morrido’, ficando apenas uma amarga lembrança.
Me lembro de ter visto “Os Livros de Bachman” sobrando em várias estantes de sebos – e acredite, em algumas ‘prateleiras’ tinham vários volumes – por isso, não esquentei a cabeça e pensei que poderia ter o livro assim que estalasse os dedos. Quando a minha vontade se tornou incontrolável já era tarde demais: a obra de Stephen King estava esgotada. Hoje, localizar esse livro se tornou algo surreal. Cara, a obra custa em média R$ 800,00 no Mercado Livre! Quanto aos mais de 1.300 sebos inscritos no portal da Estante Virtual, esqueça, nenhum deles tem o livro.
Com relação a “Casa Infernal” de Richard Matheson fui mais esperto. Tão logo a editora Novo Século relançou o livro em 2009, ‘fui rápido no gatilho’ e comprei. Quer saber o que teria acontecido se tivesse deixado pra depois? Nem preciso responder, não é?
Hoje, “A Casa Infernal”, literalmente, sumiu das livrarias físicas e virtuais. Esqueça Mercado Livre, esqueça Estante Virtual, esqueça sebos, esqueça aquela lojinha escondida nos confins do mundo. Simplesmente, você não vai encontrar mais o livro. A realidade nua e crua é essa. Experimente digitar o nome da obra de Matheson no “Santo Google”, com certeza, o resultado irá partir o seu coração. Só resta, rezar e pedir a intercessão de todos os santos para que a Novo Século ou então, outra editora promova um novo relançamento da obra, o que eu acho difícil.
Citei apenas esses dois exemplos para que os leitores entendem que os livros não esperam a vida toda pelos nossos desejos.
Há algum tempo escrevi um post sobre obras raras, as quais por insolência ou displicência, tanto faz, acabei perdendo a oportunidade de tê-las (ver aqui). Hoje, decidi complementar aquele post para alertar a galera que está ‘morgando’ pra comprar o livro de seus sonhos.
Encerro contando o que respondi para um amigo que me expôs a sua dúvida ‘se deveria comprar “A Coisa” de Stephen King’ ou esperar um pouquinho mais’.
“- Vai besta, espera um pouquinho mais!”

Simples, não?

08 junho 2015

“Grey”, novo livro da série “Cinquenta Tons de Cinza”, será lançado no dia 18 de junho nos Estados Unidos


Ainda não há previsão de quando será lançada uma versão traduzida da obra para o português

Afirmar que eu goste da trilogia “50 Tons de Cinza” é mentir; dizer que eu assisti ao filme é mentir mais ainda. Acho um tremendo golpe baixo esse lance de  apelar ao erotismo para conquistar leitores teens. É braba a coisa. O autor ou pra ser mais específico, a autora, cria um fio narrativo perrenga, amparado por uma muleta chamada erotismo e pronto vai pra guerra. De cada dez páginas lidas, nove e meia é dedicada a um autentico ‘forrobodó’ entre os personagens. E o tal forrobodó é descrito, sem censuras, em ações ou em pensamentos. Quanto ao enredo, propriamente dito, se restringe apenas ao meio por cento restante.
Tudo bem que eu não goste, que ache uma tremenda apelação, mas não posso ser hipócrita ao ponto de afirmar que tais sagas são verdadeiros fiascos. Não cara, não são. Por algum motivo inexplicável, esses livros se transformaram em verdadeiros arrassa-quarteirões, vendendo milhares de exemplares. Não pergunte como um enredo desgraçadamente ruim, amparado por uma carga incomensurável de erotismo conseguiu fazer tanto sucesso. Como já disse, não dá para explicar o inexplicável.
Prova de que a fama dessas obras extrapola os limites da realidade é que mesmo após fechar a sua trilogia dos “Cinquenta Tons de Cinza”, a escritora E.L. James não pensou duas vezes em escrever um novo livro ligado a essa mesma saga. Trata-se de “Grey” que será narrado a partir do ponto de vista do rico e poderoso empresário Christian Grey, e não mais sob a perspectiva da estudante Anastasia Steele.
Segundo publicou o site "Deadline", a data de lançamento da publicação nos Estados Unidos coincidirá com o "aniversário" do fictício personagem Grey. De acordo com a autora, esse foi um pedido dos fãs, e o público agora terá a chance de entrar na cabeça do bilionário e entender melhor suas ideias e preferências sadomasoquistas.
James espera repetir o êxito de sua trilogia e com isso entrar para o seleto rol das escritoras multimilionárias, e tudo graças aos chicotinhos, máscaras, lingeries sensuais e demais acessórios sado.
Pra vocês terem uma idéia do poder de fogo da franquia “Cinquenta Tons de Cinza”, basta dizer que os três livros anteriores – "Cinquenta Tons de Cinza", "Cinquenta Tons Mais Escuros" e "Cinquenta Tons de Liberdade" – já venderam mais de 125 milhões de exemplares em todo o mundo (mais de 5,5 milhões só no Brasil) desde que foram publicados. Isso torna a trilogia um dos maiores sucessos literários de todos os tempos.
O primeiro filme da série lançado em fevereiro de 2015, foi a produção mais vista no Brasil no primeiro trimestre do ano, segundo dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema). O longa custou US$ 40 milhões e já arrecadou quase US$ 560 milhões.
“Grey” será lançado nos Estados Unidos no dia 18 de junho. Quanto a sua chegada ao Brasil, os fãs de Grey e Anastasia terão de esperar um bom período. Talvez meses, anos... sei lá.


07 junho 2015

Fim do mistério: Saga Crossfire só vai para as telinhas em 2016. Pelo menos é o que afirma Sylvia Day

Em julho do ano passado  publiquei um post no blog sobre os livros que poderiam ser transformados em séries de TV em 2014 e 2015. Desde então, surgiram muitos questionamentos de leitores sobre a saga "Crossfire" de Sylvia Day. A galera está me cobrando mesmo! (rs). Coisas do tipo: - “E aí, José Antônio? Você não anunciou que os livros da Sylvia Day irão para a TV? E então, quando é que sai essa adaptação?!"
Caramba! Estou me sentindo encurralado (rs). Só restou-me partir para uma pesquisa profunda, e 'bota' profunda nisso! Nos sites, blogs e também jornais, revistas e demais publicações eletronicas "from Brazil" que visitei, pouco se fala. A notícia sobre a 'transformação' da saga em série ou minissérie caiu nas redes sociais no começo de 2013 como um caldeirão com óleo fervendo 'a 10 mil graus centígrados', mas então, esse óleo foi esfriando, esfriando e pufffti! congelou, se transformando em gordura.
As notícias veiculadas por aqui, algumas bem recentes, dizem que a tal série pode sair em janeiro, abril ou maio. Mas só um intantezinho.... janeiro foi embora e agora nós já estamos em maio!!!!! My God! Isto quer dizer que a série não saí este ano??!!!! Gente, sinceridade? Não sei. É, não sei mesmo. Por isso, comecei a vasculhar ‘tudo o que é site’ que aparecia na minha frente. Parecia um daqueles cavalos que viveram quase a vida inteira num pasto ralo e sem capim, mas que de repente descobre um Oasis verdejante. Fui que fui, mas as informações desencontradas eram as mesmas, então parti para as páginas especializadas em cinemas, séries de TV e finalmente naquelas de outros países.
As notícias de sites como “Omelete”, “Estadão”, “Extra”, O Globo”, “Folha”, etc e mais etc, datavam de 2013 ou comecinho de 2014. Resumindo: nada atualizado que valesse uma divulgação. Pôxa, eu queria algo do tipo: - “Definida a data de estréia de Cross Fire na TV. Série estréia no começo de julho”. Ohohohoh!! Aí seria demais né galera (rs)? Tudo bem... que fosse, então: “Crossfire vai mesmo para a TV. Teste para a escolha de atores principais já começou”.
Não encontrando nada por essas bandas, decidi ir para as bandas de lá. Fui entupindo os meus dois navegadores com janelas e mais janelas abertas até o processador do meu PC gritar em agonia desesperadora: “Chegaaaaaaaaaa seu FDP insensível de uma figa!!! Quer que eu morra?!!”. E numa dessas páginas abertas encontrei a jóia que tanto procurava; quer dizer, uma jóia meia boca, mas que nem por isso deixa de ser uma jóia.
Com o título em letras garrafais: “Crossfire:Sylvia Day dévoile de nouveaux détails sur l’a adaptatiom télé”, o site de variedades francês TVQC (não confundir com CQC) mostra uma entrevista  de Silvia Day, autora da coletânea Crossfire (Toda Sua, Profundamente Sua, Pra Sempre Sua e Somente Sua) onde ela confirma que a Lionsgate, de fato, adquiriu os diretos de filmagem para a televisão de sua obra e que a série será lançada somente em 2016. Pronto!! O mistério, finalmente, foi desvendado e com palavras que saíram da boca da própria autora da saga. Ela anunciou ainda que os produtores pretendem dedicar uma temporada inteira para o primeiro volume, no caso, “Toda Sua”. Quanto as próximas temporadas, tudo irá depender da aceitação do público. Por isso, não está confirmado que todos os livros de Crossfire serão adaptados para a telinha; por enquanto, como já disse, apenas o primeiro tem essa garantia. Mas, cá entre nós, você está descrente de que a primeira temporada vai naufragar? Cara, com a Sylvia Day inspecionando o roteiro de perto não dá pra acreditar que isso ocorra, por mais ‘pedreiro’ que seja o diretor. A mulher cuida da sua obra como uma mãe cuida de seus filhos. Por isso, você que é fã da ‘tia do erotismo’ pode ficar em paz.
Quanto a atores e diretor, esqueça; não há nada definido. Tudo o que você leu por aí não passa de especulações.
Capiche?

Inté.

05 junho 2015

Cimarron

Ontem, estava dando uma espanadinha no pó da minha estante quando me deparei com um livro esquecido há ‘milênios’. Ele estava lá, num cantinho, isolado, tombado e todo menosprezado. Ao ver a sua capa, lembrei-me de sua origem. “- Caraca! Este é aquele livro que ganhei daquela pessoa que me ‘doou’ uma caixa cheia de revistas antigas!”, exclamei. Pois é galera, “Cimarron”, de Edna Ferber veio junto com um monte de revistas rasgadas e velhinhas, sem utilidade pra nada. Do quase presente de grego que ganhei; o livro e, acho que, duas revistinhas ‘Seleções’ foram as únicas coisas que se salvaram.
Achei a capa bonita e o coloquei na estante, apenas para fazer número. O motivo da falta de interesse na obra de Ferber (escrita originalmente em 1929 – a minha edição é um relançamento do Círculo do Livro) é que nunca senti amores por livros de faroeste. E foi aí que cometi um erro crasso, já que “Cimarron não pode ser considerada uma obra tradicional do gênero, ou seja, do tipo ‘cospe bala’ para todos os lados. Após ter lido e gostado da obra, posso dizer que a essência do enredo diz respeito ao desbravamento do território de Oklahoma, representando uma fase da história dos Estados Unidos.
Aí você, com certeza, afirmará: - “Pô, se for assim, o enredo deve ser muito descritivo e cansativo!”. Não. Não é. Por acaso, você achou “As Vinhas da Ira” John Steinbeck cansativo? Os dois livros abordam momentos diferentes da história americana. Steinbeck explora a Grande Depressão dos anos 30 que destruiu fazendas, despejou famílias e deixou milhões de desempregados nos Estados Unidos. O desespero levou os pequenos arrendatários que perderam as suas propriedades a realizar um verdadeiro êxodo para a Califórnia em busca de emprego. Terra, que segundo eles, corria o leite e o mel, mas ao chegarem lá, acabam conhecendo a dura realidade e foram obrigados à enfrentá-la.
Já “Cimarron” aborda um período bem mais remoto da história da ‘Terra do Tio Sam’: a colonização do estado de Oklahoma que começou no início do século XIX.
Posso garantir que as duas obras, apesar de descritivas, tem enredos por demais atraentes, além de contar com personagens muito carismáticos. Se em “As Vinhas da Ira” temos a família Joad; em “Cimarron” temos os Yancey. Cada um, à sua maneira, tentando derrubar muros considerados intransponíveis, erguidos por grupos de pessoas poderosas.
Ferber conta a saga do advogado, ex-jornalista e aventureiro Yancey "Cimarron" Cravat que em 1889 se casa com uma dama do Sul e resolve retornar ao Oeste, tentando conseguir as terras com as quais sonhara construir um rancho e criar gado, aproveitando a "Corrida pela terra" iniciada com a concessão do governo americano de vários hectares  de Oklahoma para a colonização, adquiridos dos índios. E assim, o casal acaba se transformando em pioneiros do novo estado americano. Além dos Yancey, são vários os competidores pelas terras, alguns, ao logo da jornada acabam se tornando seus amigos, enquanto outros viram inimigos.
Dentro desse contexto, ocorrem as brigas, trocas de tiros, romances, desavenças e traições. O que me chamou a atenção é que a autora soube dosar com perfeição, romance, drama, descrição e ação; da mesma maneira que Steinbeck também procedeu com o seu “Vinhas da Ira”.
Os personagens que vão desfilando nas páginas de “Cimarron” acabam conquistando os leitores; até mesmo os vilões e vilãs tem o seu charme.
Para aqueles que ainda relutam ler a saga dos Yancey, posso tentar convencê-los, usando o argumento de que a história de Ferber serviu de roteiro para dois verdadeiros clássicos do cinema. O primeiro “Cimarron” que passou nos cinemas em 1931 com Richard Dix e a ultra famosa e disputadíssima, naquela época, Irene Dunne conquistou as estatuetas de melhor filme, direção de arte e roteiro adaptado. Recebeu ainda indicações nas categorias de melhor ator, atriz, diretor e fotografia. Quanto ao “Cimarron” de 1960, apesar de  mais modesto, ainda conseguiu ser indicado ao Oscar por ‘Melhor Direção de Arte’ e ‘Melhor Som’.
Se apesar de todos esses argumentos, você ainda continuar na dúvida quanto a leitura do livro, só posso dizer: paciência.

Inté! 

02 junho 2015

Depois do sucesso de cães e filhotes nadando, fotógrafo ‘ataca’ de “Bebês Submarinos”

Se existe um cara em todo o mundo que pode fazer jus ao famoso jargão do personagem Chaves – “Não contavam com a minha astúcia” – ele se chama: Seth Casteel. Este fotógrafo americano é muito esperto, aliás, vivíssimo e graças a essa ‘astúcia’, resolveu lançar três livros que nem mesmo o mais ogro dos homens poderá deixar de comprar. Quanto as mulheres, então, nem se fale, a invasão às livrarias deverá ser em massa.
Você deve estar curioso pra saber quais livros são esses. Ok, eu conto. Na realidade, são ensaios fotográficos de cães adultos e filhotes, e agora, mais recentemente, bebês bricando ou nadando – como quiserem – debaixo d’água!!
E quando escrevi acima que nem mesmo o mais ogro dos homens poderá resistir a essa investida do fotógrafo, tomo eu mesmo por parâmetro. Cara, cachorro prá mim, só de longe. É verdade! Talvez devido as minhas frustrantes experiências passadas com cães, adquiri certa desconfiança com os bichinhos; mas ao ver o livro de Casteel, comecei a babar e acreditem, voltei a morrer de amores por esse animal.
Ver as fotos daqueles filhotes nadando com as mais variadas expressões é divinamente encantador: alguns com estilo e sarcasmo, outros desajeitados e assustados.
Em “Filhotes Submarinos”, lançado pela editora Intrínseca, o público se surpreende com belos registros de mais de 70 cachorrinhos. O livro é uma sequência de “Cachorros Submarinos”, da mesma editora, também de Casteel, lançado no ano passado. 
Os famosos personagens do livro são das mais variadas raças, entre os quais labradores, border collies, pit bulls, boxers, pastores alemães, dálmatas, entre outros, com idades entre seis semanas e seis meses. 
Eles se divertem na água com bolinhas de tênis e bambolês
. Todos os filhotes – grande parte deles disponíveis para adoção – já sabiam nadar o que facilitou o trabalho do fotógrafo.
Agora, como não bastassem esses dois livros, o sujeito dá o seu tiro de misericórdia, fazendo com que os mais duros corações - que já tinham ficado amolecidos com as fotos dos animais – se derretessem de vez.
No próximo dia 20 de junho está programado o lançamento no Brasil do livro “Bebês Submarinos” que traz as fotos de aproximadamente 60 crianças em seus primeiros meses de vida... nadando numa piscina!! Alguns até debaixo d’água. E todos eles com expressões da mais pura e inocente alegria. Agora responde com toda sinceridade: “Qual coração agüenta esse ‘golpe baixo’? Cara, o livro deve ser encantador!
Para chegar ao resultado esperado das fotos selecionadas, Casteel acompanhou aulas em diversas escolas de natação. Os bebês tinham de 4 a 17 meses e mergulhavam por poucos segundos. Com essa limitação, o profissional declarou que as fotos tinham que ser tiradas de forma muito ágil.
A obra de 112 páginas que será lançada no dia 20 de junho, já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais por R$ 27,90.
Não custa nada você já garantir o seu.
Segue os detalhes técnicos do livro:
Título: Bebês Submarinos
ISBN: 9788580577556
Idioma: Portiguês
Encadernação: Brochura
Formato: 112 páginas
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