26 junho 2016

Duro de Matar

Há muitos anos – ainda na época do VHS – após assistir “Duro de Matar” com Bruce Willis, fiquei sabendo que o filme havia sido adaptado de um livro desconhecido lançado, sem nenhum alarde, no Brasil. Como gostei ‘pacas’ do filme resolvi sair à caça da obra de Roderick Thorp. Queria saber se o ritmo trepidante das telas se repetia nas páginas e também se o diretor John Mc Tiernan havia feito uma adaptação cinematográfica fiel ao texto de Thorp.
Ao encontrar o livro num sebo não pensei duas vezes e comprei. Queria matar a minha curiosidade o mais rápido possível.
A partir do momento que um grupo de terroristas toma um prédio onde se encontra, por acaso, o policial Joe Leland, já é possível perceber que Mc Tiernan mudou pouquíssima coisa do enredo original. Portanto, posso garantir que a adaptação feita para as telonas é muito fiel ao livro.
Pouca coisa foi alterada, entre elas, o nome do personagem principal: sai Joe Leland e entra John McClane. O Leland da obra escrita é bem mais velho e sisudo do que o detetive John McClane interpretado por Buce Willis no filme. O clima do romance policial também é muito pesado, com Leland e os terroristas assumindo um duelo psicológico perturbador nos intervalos dos tiroteios e explosões. Já nas telonas, McClane é bem mais jovem e humorado. Quanto ao duelo psicológico, existe, mas de uma maneira mais moderada, com o diretor preferindo dar ênfase para a ação. Outra mudança é com relação a mulher de McClane. No livro, ela não é esposa, mas sim a sua filha. 
Excetuando essas diferenças, o filme é muito fiel ao texto de Thorp, inclusive, o leitor tem a impressão que várias cenas de ação contidas nas páginas da história foram adaptadas integralmente para o cinema.
Gostei do livro e li rapidinho. Bastaram dois dias para devorar suas 192 páginas. Thorp cria um clima tenso entre Leland e os 12 terroristas que invadem o prédio onde se encontra a sua filha. A ‘guerra de nervos’ entre Leland e o chefão da gang, Anton Gruber - apelidado de “Pequeno Tony Vermelho’- de fato, prende o leitor, até bem mais do que os trechos de luta, tiros e explosões. O final da obra é bem realista, fugindo dos clichês “felizes para sempre”.
A curiosidade é que o livro de Thorp não se chamava “Duro de Matar”, mas sim “Nada é Para Sempre” (Nothing Last Forever) e na época de seu lançamento, 1979, passou completamente despercebido nas livrarias. Quer dizer... até surgirem os produtores Lawrence Gordon e Joel Silver que se interessaram pela história. Após o lançamento de “Duro de Matar nos cinemas, em 1988, e o seu estrondoso sucesso, as novas de edições de “Nada é Para Sempre” passaram a ser “batizadas” com o mesmo nome do filme. Mesmo assim, o livro não vingou, entrando para o rol das obras que ficaram desconhecidas através dos tempos.
Uma pena, já que o livro é muito bom.

Inté!

23 junho 2016

5 livros de terror que provocaram situações de pânico em seus leitores

Ler um livro de terror a noite não é uma tarefa fácil. Durante a madrugada, então, piorou. Mas quer ver a situação sair de controle? Experimente ler uma obra ‘arrebenta peito’, sozinho, à meia noite, após ter assistido um filme do gênero – tipo ‘Invocação do mal’. Uuuhhhhh!! Amigo, vai me desculpar, mas acho essa missão impossible.
Mas, acredito que todos nós leitores inveterados já passamos por uma situação semelhante; pelo menos uma vez na vida. Daquelas em que no momento da leitura de um livro do gênero, pimba!!! Acontece algo inusitado, provocando uma descarga de adrenalina em suas veias.
Quer um exemplo? Ok. Eu dou. Logo no início da reforma de minha casa, resolvi reler alguns contos do livro do Almirante: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!” Cara, se arrependimento matasse... Entonce, era uma noite de segunda-feira, chuvosa, pra variar. Os móveis da minha casa estavam todos amontoados na cozinha, só restando o meu quarto com alguma coisa em ordem. Poderia ter ido dormir na casa de Lulu, mas o ‘machão’, aqui, quis ficar no seu ‘mausoléu’, todo bagunçado, para ler. No meio do conto “Palavra Assumida” aconteceu algo inusitado que me provocou um medo ‘congelante’. Pera, pêra aí. Estou colocando o carro na frente dos bois. Antes de contar a minha experiência nada agradável que vivi altas horas da noite de uma segunda-feira chuvosa, deixe-me explicar o propósito desse post.
Enquanto escrevo essas linhas, estou no conforto da residência de Lulu – sim, moramos em casas separadas e com certeza, esse é o segredo da nossa “longevidade amorosa” – enquanto a minha humilde e bagunçada residencia enfrenta os resquícios finais de uma reforma. E nesta tranqüilidade reconfortante, lembrei daqueles leitores que estão vivendo uma situação inversa: sozinhos, de madrugada (como eu, agora) e lendo alguma obra do gênero terror. Santo Calafrio! Que  histórias eles terão para contar futuramente aos seus amigos? Quais lembranças aquele livro ou conto lhe trará daqui há 10 ou 20 anos? Interessante, não acham?
Por isso, resolvi escrever um post sobre o assunto. Decidi selecionar cinco situações nada agradáveis que provocaram medo, terror ou pânico nos leitores que decidiram quebrar três regras importantes da literatura de terror que jamais podem ser desafiadas: 01 – Ler sozinho durante a madrugada; 02 – Ler de noite sem antes olhar debaixo da cama e 03 – Jamais ler um livro após ter assistido, sozinho, um filme de terror.
Bem, agora posso voltar a narração da minha experiência bem azeda daquele início de semana. Afinal, a escolhi para abrir o post. Vamos à ela.
01 – O falso machado
Livro: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!”  
Eu e Lulu, havíamos acabado de passar uma noite agradável com alguns amigos: barzinho, chopinho e papo legal. Como a minha casa está em reforma, decidi aproveitar para encaixotar alguns livros, deixando assim, a minha estante livre para pintura. Putz, porque não ouvi o conselho de uma mulher mais centrada do que eu naquela noite. – “Deixe isso pra amanhã que eu lhe ajudo. Agora, tô muito cansada; quero mais é cair na cama e apagar”, disse Lulu. Ocorre que o “Sr. Teimoso”, não estava com um pingo de sono. Por isso, resolvi adiantar o que tinha que fazer. E lá vou eu.
Cara, a minha casa estava parecendo um museu do terror. Toda bagunçada, somente o meu quarto escapava da baderna e ainda assim, ‘meia-boca’. Ao começar a encaixotar os livros, vi na estante uma coletânea de contos de terror do Almirante chamado: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!”. E lá vou eu folhear algumas histórias. Cara, a obra é viciante. Quando percebi já estava compenetrado na leitura e ao mesmo tempo incomodado. É verdade, as historietas do Almirante te incomodam muito.
Quando cheguei no conto “Palavra Assumida” –  que conta narra o ‘causo’ de um
sujeito que após abrir a porta de sua casa dá de cara com um amigo que morreu recentemente e que decidiu  lhe fazer uma visitinha inesperada - começou a chover com direto a alguns relâmpagos e trovões. Foi nessa hora que aconteceu algo aterrorizante e que me congelou o sangue. O portão do quintal de casa se abriu, passos pesados subiram a escada e arrastaram algo metálico no chão como um machado ou facão riscando o piso da varanda. Mêo, você já viu um grito mudo? Se esse tipo de grito existir eu o soltei naquele dia.  Depois que descobri a origem do barulho, morri de vergonha. Os  passos pesados eram do Tigrão (ver aqui), um sujeito hiper-legal que estava passando sinteco no piso de casa. Ele havia esquecido a sua máquina no quintal e saiu debaixo da tempestade para recolhê-la até a varanda, pois caso contrário, havia o risco de estragá-la. Portanto, o machado ou facão ‘triscando’ o chão da varanda, era somente a enorme lixadeira do Tigrão.
02 – Cuidado com o tapa na cara!
Livro: “O Exorcista”
Meu amigo Marcos tem uma faxineira que é muito supersticiosa. Dona Deusiléia, além de supersticiosa é uma contadora de ‘causos’. Ocorre que o Marcos é uma pessoa muito impressionável. Inteligente à beça, um gênio, mas capaz de ficar cismado com uma simples besteira. E foi uma dessas besteiras contadas pela ‘senhorinha’ Deusiléia que quase matou meu amigo de pavor.
A faxineira disse à ele, que depois do que ocorreu com a sua comadre, ela jamais olhou, novamente, debaixo da cama após a meia noite. A pobre mulher, antes de se deitar, sempre tinha esse hábito – confesso que eu também tenho, quero dizer, tinha, porque depois da história da Deusiléia, mudei de idéia – mas certa noite quando foi para a cama após a zero hora, ao se abaixar para cumprir o seu ritual, acabou levando um tapa no rosto. Quem deu o tapa? Ninguém sabe, ninguém viu! Um duende? Um anão macabro? Um... um... sei lá e pra ser sincero nem quero saber.
Já antecipo para a galera que o Marcos tem o mesmo hábito da comadre de Deusiléia.
No dia 29 de dezembro do ano passado, o meu amigo estava em sua casa, sozinho – ele iria se encontrar com os seus pais em Camboriú onde passariam o réveillon juntos – quando teve a ‘brilhante’ idéia de ler “O Exorcista”. Ao terminar a leitura de um capítulo, já com sono, e impressionado com o início do ritual de exorcismo dos padres Merrin e Karras, ele foi para cama, não sem antes olhar debaixo da cama.  “Tabéfiti!!” Marcos disse que não chegou a fazer xixi no pijama, mas revela que pelo menos algumas gotas escaparam. No exato momento em que se abaixou para verificar se não havia ‘nadica de nada’ debaixo de sua cama, o celular que estava ao lado do travesseiro disparou ao som do refrão de “Shot To Thrill” do AC/DC, tema de Homem de Ferro 2. Quem ligou? O Sr. ‘Engano”. – “Alô, Everton? É você?”
Marcos me disse, algumas semanas depois que a vóz sensual da mina que ligou querendo saber sobre o tal Everton, serviu para amenizar, pelo menos um pouco, o seu estado de pânico.
03 – A casa com barulhos estranhos
Livro (Revista): Kripta
Após visitar a casa de uma vizinha, dona Elza (nome fictício – como não a encontrei, achei melhor não citar o seu nome verdadeiro) ficou vidrada no brilho do piso da sala. A vizinha havia acabado de passar sinteco nos tacos e o chão reluzia. Depois de algum tempo, dona Elza resolveu fechar negócio com o Tigrão para também ‘sintecar’ a sua residência. O ‘causo’ que se segue foi contado por ela: dona Elza.
O ajudante do Tigrão era um garoto, dos seus 17 anos,  que adorava ler histórias de terror, mas daquelas antigas, dos anos 70. Pelo que fiquei sabendo, o seu pai tinha uma coleção das revistinhas “Kripta” e “Calafrio”. Tudo indica que o filho acabou herdando do pai o gosto pela leitura dessas revistinhas.
Pois bem, segundo dona Elza, Tigrão tinha o hábito de trabalhar até as 22 ou 23 horas. Certa noite, ele pediu ao garoto que o substituísse – já que teria de resolver alguns problemas particulares. Tigrão, acrescentou, dizendo que o esperasse para ajudar a recolher o material. Pois bem, como o menino havia terminado a sua ‘missão’, optou por retirar da sacola, uma das famosas revistinhas para matar o tempo, enquanto aguardava o retorno de seu patrão. De repente, ele começou a ouviu estalos pavorosos no interior da casa, parecidos com traques ou bombinhas de festa junina. Os ‘efeitos sonoros’ ocorriam de maneira espaçada, mas eram assustadores.
Ao chegar na casa da dona Elza; pouco mais das 22 horas, Tigrão não encontrou o seu ajudante. Ele havia fugido com os cabelos arrepiados e gemendo de medo, pensando que a casa era mal assombrada.
Tigrão esqueceu de avisar o seu novo funcionário que ao receber várias camadas de verniz, os tacos feitos de Madeira de Lei costumam ‘estalar’, geralmente a noite quando a temperatura cai. Infelizmente, o garoto não sabia desse detalhe.
Dona Elza, concluiu dizendo que um dia após a ‘tragédia’, encontrou uma revistinha abandonada no chão da cozinha. Era o exemplar número dois da revista “Kripta” com o título “A Noite dos Demendes”. A capa trazia um monstrengo todo azul com as mãos acorrentadas e uma cobra enorme tentando devorar uma mulher viva no cemitério. Arghhhh!!
04 – O zumbi do furgão da funerária
Livro: “O Guia de Sobrevivência a Zumbis – Proteção total contra os mortos vivos”
Este fato é recente e aconteceu no ano passado com o Martonelli, um ex-colega de universidade que aceitou o convite para trabalhar, temporariamente, como frentista cobrindo o horário de um funcionário que havia acabado de entrar em férias . Ele teria que fazer o segundo turno da noite num velho posto de gasolina localizado nas margens da SP-300, próximo a Penápolis. Durante a noite, o local era brabo. Abandonado e mal iluminado, poucos caminhoneiros se arriscavam a parar no posto durante a madrugada para descansar. O medo de assaltos era enorme. Portanto, o frentista de plantão tinha pouco serviço no horário noturno. No caso de Martonelli, fã incondicional de Stephen King, matava o tempo lendo as histórias do autor sentado na guarita do posto.
Mas naquela noite, ele dispensou a companhia do mestre do terror para ler um novo livro que havia acabado de adquirir: “O Guia de Sobrevivência a Zumbis – Proteção total contra os mortos vivos”.
Martonelli que devorava as páginas sobre os mortos vivos foi obrigado a parar a leitura para abastecer um furgão funerário que havia acabado de parar. Enquanto o motorista do veículo foi ao toalete para dar uma aliviada, o desafortunado frentista ficou sozinho abastecendo o furgão.
De repente, ele ouviu um barulho estranho na carroceria do furgão e ao levantar os olhos viu uma cena horripilante: o cadáver, que estava sendo transportado, se levantando do caixão!! PQP! O Martoneli não gritou de medo, ele simplesmente uivou de pavor! Soltou a mangueira de abastecimento que acabou se soltando do tanque de combustível do furgão funerário. Por sorte, a pistola de abastecimento estava travada ao cair, evitando assim, que a gasolina se espalhasse pelo chão. Ensandecido, Martonelli gritava para o agente funerário que uma ‘coisa’ parecida com um zumbi havia se levantado do caixão.
Caindo na gargalhada, o homem explicou que o morto-vivo, na realidade, era o seu ajudante que tinha o hábito de tirar uma soneca no esquife quando viajavam de noite para atender algum chamado fúnebre.
Segundo Martoneli, o tal ajudante era muito feio, mas muito feio, de fato.
05 – O Gato do Supermercado
Livro: A Coisa (Stephen King)
Esta história foi narrada pelo Joanes. É sobre o seu irmão, Ílídio; um leitor inveterado de Stephen King. Ele trabalhava como vigia noturno num supermercado de sua cidade. Como seu turno era bem tranqüilo, Ilídio “matava” o tempo lendo; de preferência livros do mestre do terror Stephen King.
Naquela ‘fatídica’ noite de 2014, o parceiro de Ilídio, acabou ficando doente e por isso, a segurança to supermercado (bem grandinho, aliás) coube inteiramente ao rapaz.
Como sempre fazia ao chegar no serviço, ele sacou o seu livro da mochila e mergulhou de cabeça na história. Tratava-se de “A Coisa” que tinha como protagonista o palhaço maldito Pennywise. A leitura prosseguia sem nenhum contratempo, até que de madrugada, Ilídio ouviu um barulho estranho no depósito e resolveu – muito a contragosto – ir averiguar. Não encontrou absolutamente nada o que o deixou muito cabreiro. Ao retornar a sua leitura, ele ouviu novamente o barulho, mas dessa vez muito diferente. Algo que lhe provocou um calafrio da base da espinha até a ponta da nuca.
O pobre rapaz se mandou! Abandonou o seu posto de vigia no meio da madrugada, passou a chave nas portas supermercado e se refugiou em sua casa.
Joanes teve que tranqüilizar o irmão assustado, explicando que o barulho que Ilídio havia ouvido, não passava de uma suruba de gatos, mas daquelas bem escandalosas, onde miados se transformam em gemidos, gritos e uivos tenebrosos. Tudo ‘junto e misturado’. Joanes sabia disso porque já havia trabalhado como vigia naquele mesmo local e na época foi alertado por alguns funcionários.
Rindo, Joanes me disse que o seu irmão pode ter associado o ‘namoro escandaloso’ dos felinos ao palhaço monstruoso do livro de King.
É mole?!

Taí galera. Por hoje é só!

18 junho 2016

“O Demonologista” de Ed e Lorraine Warren chega ao Brasil pela DarkSide depois de 36 anos

Man!Man! Depois de uma ‘comida de bronha’ macabra, eis me aqui novamente em busca de redenção. Pois é, em novembro de 2014 escrevi um post, dizendo que o tão aguardado livro “O Demonologista” (The Demonologist) de Gerald Brittle, que narra as aventuras do casal paranormal Ed e Lorraine Warren, seria lançado brevemente no Brasil. Ocorre que o brevemente nunca chegava! Ao final, acabou desembarcando por aqui um outro Demonologista, o de Andrew Pyper. Um bom livro, mas não com o status de antológico. Com isso, a galera que acompanha o “Livros e Opinião” caiu matando no blog. “Mêo, não é esse livro, você postou errado!”; “Cara, O Demonoliogista de Pyper não me interessa, quero o de Brittle”; “De onde você tirou essa informação? A DarkSide não sabe de nada!”.
Fui bombardeado com uma avalanche de comentários na minha caixa postal eletrônica. Todas elas querendo informações e esclarecimentos sobre a data exata da chegada do livro.
As fontes que utilizei para escrever o post eram quase todas de outros países; sites que davam como certos a vinda de “O Demonologista” de Brittle no Brasil, mas confesso que eles falharam e eu, falhei por tabela, juntamente com eles.
Mas agora chegou o momento da redenção. Um momento especial e que vale ‘um danado de um bom’ Iahuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!! Cara, estou me sentindo o próprio Cavaleiro das Trevas que após ter a sua espinhela esmigalhada pelo bombado Bane numa derrota humilhante, retorna do mundo dos esquecidos para dar a volta por cima.
Galera, retorno para anunciar que, finalmente, o tão aguardado livro de Brittle já tem data definitiva para desembarcar aqui na terrinha. Ele chega nas livrarias tupiniquins em outubro para comemorar o aniversário de fundação da DarkSide
O livro que será lançado no Brasil com o título de  “Ed e Lorraine Warren – Demonologistas”  promete ser um verdadeiro arrasa-quarteirões, daqueles, cuja primeira edição traduzida para o português se esgotam num piscar de olhos, levando a editora responsável  a programar novas e mais novas edições. Po isso, é bom a Darkside ir prepando as impressoras ou rotativas.
Men! Pode acreditar: “O Demonolista” é um daqueles livros raros que você pensa que jamais irá ganhar uma tradução para o português, então passam-se anos e até mesmo décadas e de repente vem a notícia de que a obra será lançada no Brasil.
“O Demonologista” foi lançado originalmente em 1980 e até então permanecia inédito no Brasil. Ninguém imaginava que após tanto tempo, a obra antológica de Brittle chegasse em nossa terrinha.  Mas eis que num belo e inesquecível dia, a DarkSide solta a bomba de que estará bancando a edição em português do livro. Resumindo: Após mais de 35 anos de seu lançamento original, “O Demonologista” ganhará um versão brazuca!
“Ed & Lorraine Warren – Demonologistas” é, sem dúvida, o mais completo dossiê sobre os exorcistas/caçadores de fantasmas mais famosos do mundo. Virou o livro de cabeceira do diretor James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal 1 e 2, Annabelle), além de servir de fonte de inspiração para Vera Farmiga, que interpreta a sra. Warren no cinema.
Nas páginas do livro, o leitor acaba se tornando um pouco mais íntimo de Lorraine Rita e Edward Warren Miney. Duas almas gêmeas que se completavam ao dividir, entre tantas coisas, a mesma vocação: oferecer ajuda espiritual aos possuídos e atormentados.
Segundo release distribuído pela DarkSide, em “Ed & Lorraine Warren: Demonologistas”, o autor desvenda alguns dos principais casos reais vividos pelos Warren. Consta que Ed e Lorraine permitiram ao autor acesso exclusivo aos seus arquivos sobrenaturais, que incluem relatos extraordinários de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas. O resultado é um livro rico em detalhes como nenhum outro.
Vale lembrar que Não é de hoje que os fãs do terror conhecem Ed Warren e sua esposa, Lorraine. O casal foi retratado em filmes de grande sucesso, como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville.
Portanto, agora é só aguardar com aquele bruta ansiedade a chegada de outubro.

E que venha logo!

16 junho 2016

Editora libera o primeiro capítulo do livro “Invocadores do Mal”

Ed e Lorraine Warren
O livro "Invocadores do Mal" sobre o casal de pesquisadores paranormais Ed e Lorraine Warren já entrou na ponta das listagens dos mais vendidos no Brasil. A boa notícia para os fãs do gênero é que a editora Pensamento liberou gratuitamente a publicação nas redes sociais do primeiro capítulo da obra dwe Cheryl A. Wicks .
O trecho liberado dá informações importantes sobre Ed e Lorraine, dando a oportunidade dos leitores conhecerem um pouco mais a fundo o famoso casal de caçadores de poltergeist.
Confesso que mergulhei na leitura. Antes não tivesse lido, pois foi o mesmo que tirar pirulito da boca de criança. Quando terminei o primeiro capítulo queria muito mais, o que era impossível já que o meu livro deve demorar, ainda, um pouquinho para chegar, provavelmente, só na próxima semana.
Mas chega de lero, lero e blá-blá-blá e vamos logo ao endereço do link para que vocês possam acessar o primeiro capitulo de “Invocadores do Mal”.
Inté!

Endereço do link:
https://issuu.com/grupoeditorialpensamento/docs/1___cap__tulo_-_invocadores_do_mal-

Detalhes da obra
Título: Invocadores do Mal
Editora: Pensamento
Autores: Cheryl A. Wicks com a participação de Ed e Lorraine Warren
Idioma: Português
Tipo de Capa: Brochura
Edição: primeira

14 junho 2016

Livro Invocadores do Mal mostra os casos paranormais desvendados pelo casal Ed e Lorraine Warren

Juro que fiquei muito escaldado após acessar alguns sites e blogs americanos e obter a informação quase unânime de que o livro da dupla de investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren seria lançado no Brasil. Fui pesquisando e aqui e acolá e como a maioria dos internautas gringos dava como certa a vinda de “O Demonologista” para o Brasil, decidi escrever um post sobre o assunto. Para tirar a prova dos nove, consultei também algumas páginas, aqui da terrinha, que davam como certo o lançamento da obra. E assim, lá vai o inocente, todo belo e formoso, escrever o post. Resultado: levei uma baita rasteira. Daquelas que você quebra todos os ossos e mais um pouco.
Man! Man! Man! Confundiram tudo! Quando publiquei o post, em 2014, a obra que iria ‘desembocar’ era, de fato, “O Demonologista”, mas não dos Warrens. Acredito que a vontade de ler o livro com os casos desvendados pela dupla de videntes era tão grande que muitos blogueiros –inclusive eu, admito – confundiram o livro de Ed e Lorraine com o de Andrew Pyper, que por sinal é muito bom.
Por isso, para não comer bronha novamente – expressão usada pelo saudado Kid Tourão – ao tomar conhecimento de que a editora Pensamento iria lançar “Invocadores do Mal” que prometia mostrar aos leitores os casos desvendados pelo casal Warren e mais do que isso: os próprios investigadores paranormais revelando como conseguiram esclarecer esses casos, resolvi aguardar na minha toca até que o sinal verde fosse dado. Pensei comigo: - “E se for novamente de um alarme falso?”. Cara, não poderia colocar, de nooovo, a reputação do blog em jogo, não é mesmo? (rs)
Mas agora que o livro acabou de cair nas prateleiras das lojas físicas e virtuais, já posso soltar a garganta e não correr o risco de decepcionar a vasta legião de fãs de Ed e Lorraine Warren.
Invocadores do Mal (Ghost Tracks) escrito  por Cheryl A. Wicks e traduzido para o português por Martha Argel e Humberto Moura Neto foi  lançado pela Pensamento no final de maio.
A obra, de 280 páginas, explora os casos paranormais pelo famoso casal, conhecidos mundialmente pelas investigações que fizeram, pelo museu de ocultismo e pelos filmes de terror inspirados em suas aventuras.
Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren
Para quem não sabe, A médium clarividente Lorraine Warren e seu marido, o respeitado demonologísta Ed Warren, estudaram, por mais de meio século, fenômenos paranormais ao redor do mundo. Seus casos inspiraram os filmes: Invocação do Mal, Amityville e Annabelle.
A obra de Wicks reúne as cinco décadas de experiência em investigação de campo desse casal, juntamente com as suas perspectivas histórica, científica e religiosa, revelando que até mesmo o que é considerado paranormal não pode ser ignorado, pois tem padrões de comportamento previsíveis e pode ser mensurado cientificamente. 
Por meio de milhares de palestras, estudos de caso e análise de cartas de clientes, eles revelam o que é conviver com fantasmas, poltergeists e infestações malignas, como investigá-los e solucionar seus mistérios.

Com certeza, já entrou em minha lista de leituras.

10 junho 2016

Autor de Trainspotting lança A vida sexual das gêmeas siamesas. Obra editada pela Rocco já está à venda

Autor Irvine Welsh
Um livro lançado, recentemente, no Brasil pela editora Rocco está sendo considerado o ‘bam-bam-bam’ do momento: o assunto principal nas rodinhas literárias. Estou me referindo “A vida sexual das gêmeas siamesas”. Caraca, todo mundo está falando, gritando ou cochichando sobre a obra de Irvine Welsh. Acredito que esse estardalhaço se deva a “Trainspotting”, lançado em 1993. O livro narra a vida destrutiva de um grupo de amigos viciados em heroína e se tornou extremamente popular graças à sua adaptação para o cinema, sob direção de Danny Boyle. Que filmaço!!
Depois do lançamento de “Trainspotting”, os leitores de todo o mundo se acostumaram a ficar na expectativa toda vez que o escritor escocês anunciava o lançamento de um novo livro. Ocorre que nenhum deles conseguiu suplantar a aura mágica de “Trainspotting”, nem mesmo a seqüência “Pornô” (2002) e a pré-sequencia Skagboys (2012) que mostra o que aconteceu antes  e depois com os pirados do primeiro livro.

“Trainspotting” é excelente e os dois livros citados acima, apesar de serem muito bons, não chegam aos pés do original.
Agora, a esperança da galera é a de que “A vida sexual das irmãs siamesas” consiga se igualar a obra de estréia de Welsh.
O nono romance do autor escocês lançado pela Rocco, conta com duas protagonistas: Lucy e Lena. A primeira uma professora de academia bissexual e fissurada pelo corpo, praticamente uma nazista da boa forma, a segunda uma jovem artista insegura e acima do peso. O livro começa com um encontro casual entre as duas: Lucy enfrenta um sujeito armado, e Lena acaba filmando a cena com seu celular, uma imagem que depois vai parar em todas as TVs e torna Lucy uma celebridade passageira. Na história, enquanto uma fica obcecada pela outra, a mídia acompanha atentamente o caso de uma irmã siamesa que quer sair com um namorado, mas obviamente não consegue fazer isso sozinha.
Lucy e Lena são dois opostos, quase extremos. Welsh explica que as pessoas tendem a dizer que Lucy é terrível, “é quase uma nazista, e Lena é tão legal. Mas você pode enxergar o contrário”. Ele conclui dizendo que quem adora fazer ginástica costuma adorar a Lucy. Já as irmãs siamesas, o autor vê como uma tragédia de duas pessoas que não podem fazer nada separadas.
Com certeza, irei comprar o livro e acrescentá-lo na minha já abarrotada lista de leituras..

Inté!

06 junho 2016

A história de um armário muito louco, seus livros e gibis maravilhosos

E o ‘pega pra capa’ continua rolando solto lá em casa. Graças a Deus, a reforma está chegando ao fim. Entramos agora na fase da limpeza e arrumação dos móveis. Amanhã, pretendo começar a organizar os livros nas estantes. Este é o momento mais complicado do período pós-refrorma, mas com a ajuda de Lulu, com certeza, conseguirei realocar as minhas obras favoritas que no momento encontram-se “desacomodadas’, provisoriamente num sofá e também no chão da minha sala de leitura.
Mas no post de hoje, gostaria de falar sobre a descoberta de um outro armário. Apesar de não ter nada de secreto, como o saudoso armário de meu irmão (ver aqui), ele me presenteou com verdadeiras jóias raras que eu julgava perdidas.
Este armário fica na cozinha de casa e é enooorme! O engenheiro que fez o projeto da ‘obra’ deve ser um alien, daqueles que vivem em nosso planeta disfarçadamente, fingindo pertencer a raça dos terráqueos, como no filme “Homens de Preto” com Will Smith.
Mêo, o sujeito conseguiu embutir um armário gigante e profundo numa parede pequena e rasa! Certo dia, entrei no armário e comecei a medir a sua largura e profundidade. Caraca, parecia que a minha fita métrica era uma sonda de plataforma exploradora de petróleo e o tal armário, o próprio oceano! Imediatamente me lembrei daquela sala secreta da Escola de Bruxaria de Hogwarts, onde Harry Potter costumava guardar seus badulaques. Lembram-se dela? Quanto mais coisas o Potter guardava, mais coisas ali cabiam.
Acredito que ‘seo’ Basílio, o engenheiro que projetou o armário famoso tenha utilizado tecnologia alienígena. Tanto que acredito que ele não morreu, mas simplesmente retornou para o seu planeta de origem.
Dona Táta que contratei para fazer a faxina de casa, sentiu na pele o que é desafiar o desconhecido. Quando ela começou a limpar o armário do ‘seo’ Basílio quase teve um piripaque. – “PQP! Que armário #@&*%$#@*!! Quanto mais eu retiro as coisas, mais badulaqueira aparece!” – trovejou a faxineira. – “Parece que essa joça ta parindo”! – completou.
Acontece que a dona Táta é uma verdadeira boca-santa, um poço de tranqüilidade. Desde que a conheço, nunca a ouvi pronunciar um xingamento, uma ofensa qualquer. Mas o armário do ‘seo’ “Basílio, O Extraterrestre” conseguiu tirar aquela mulher do sério.
Para cada panela que ela tirava, surgiam outras três e assim, dona Táta foi entrando em pânico e ficando nervosa. Com isso, foi perdendo as estribeiras até deixar de ser a famosa boca-santa.
Vendo o seu desespero, eu e Lulu decidimos ajudá-la a ‘parir’ o armário com DNA Alien. Quando já estávamos quase vencendo-o  pelo cansaço, eis que descubro em um de seus compartimentos uma caixa de madeira, tipo bauzinho, pronta para ser explorada. Ao abrir a caixa, quase tive um ataque cardíaco, mas de emoção. Ali dentro estavam verdadeiras relíquias literárias que devorei a exaustão em minha infância e adolescência.
Não me perguntem como alguns livros e revistas foram parar num armário de cozinha junto com um monte de panelas. Não sei explicar. Talvez tenha sido mais uma das peças pregadas pela ‘caixa secreta’ de seu Basílio (rs).
Só posso dizer que sou grato por essa descoberta, independente de quem tenha guardado o baú com o seu rico conteúdo no famoso armário.
E vamos as descobertas!
01 – Almanaque O Homem Aranha (1972)
Cara, palavra. Fiquei muito emocionado quando o armário de ‘seo’ Basílio pariu o primogênito. E este primogênito foi ninguém menos do que o super “Almanaque O Homem Aranha”. Trata-se do sonho de consumo de 10 em cada 10 fãs do cabeça de teia. O gibizão lançado pela Ebal em 1972 pode ser considerado um produto antológico. Por quê? Man, ele foi inteiramente desenhado pelo mago John Romita. Sob seu pincel, a revista do Aranha se tornou a mais vendida da empresa no período de 1967 a 1968. E o almanaque que descobri amoitado no famoso armário foi publicado originalmente em 1968 ou seja, quando as histórias do amigão da vizinha estavam no auge dos auges.
É evidente que naquela época – com os meus 11 anos - eu não tinha noção sobre nada disso, na realidade eu só queria devorar aquelas histórias cheias de ação e repletas de ilustrações fantásticas do aracnídeo.
O almanaque tem três histórias: “O Estigma do Lavador de Cérebros”, “Amarga Vitória” e “Perdidos na Teia”. Os enredos são interligados e abordam de um modo geral o tumultuado romance de Peter Parker com Gwen Stacy.
02 – Gibi Jerônimo – O Herói do Sertão (1957)
Cara, estou emocionado. Verdade. Durante a exploração ao armário do ‘seo’ Basílio, topei com uma relíquia raríssima que pertenceu ao meu saudoso pai, o Kid Tourão que ilustrou tantos posts nos quase cinco anos de vida desse blog. Putz, que saudades. Porra, essas lágrimas que insistem em cair enquanto digito essas linhas são fod...
Pois é, prosseguindo: encontrei um gibi que certamente pertenceu ao meu pai.
Eu soube – por intermédio de minha mãe - que o velho Kid era fã de “Jerônimo, O Herói do Sertão” e vibrava com os capítulos da radionovela que a Rádio Nacional levou ao ar de 1953 a 1967. Depois passou adquirir os gibis do rei do gatilho tupiniquim lançados pela Rio Gráfica Editora em 1957. Nem mesmo Francisco Di Franco di Franco, o intérprete de Jerônimo na TV Tupi, escapou do grande Kid que passou a acompanhar a novela religiosamente.
  A capa traz o nosso herói do sertão lutando com o crocodilo E que surpresa agradável ao descobrir quase depois de seis décadas desses gibis que certamente, um dia, o meu velho pai pegou em suas mãos para lê-lo. Com o título de “Rio das Sombras”, a capa traz o nosso herói lutando com um crocodilo no fundo do rio. Nem preciso dizer que essa relíquia foi imediatamente para a minha estante de livros.
03- Robinson Crusoé
Robinson Crusoé fez parte da minha infância. Lembro ter lido o livro de Daniel Defoe traduzido por Monteiro Lobato na biblioteca da escola primária da minha cidade. Isto no início dos anos 70. Gostei tanto da história que mesmo após décadas, ainda lembro de detalhes da obra lançada pela editora Brasiliense em 1968. O enredo era no formato corrido, ou seja, não tinha capítulos. A escrita de Lobato me enfeitiçava. Como o livro estava proibido de sair da biblioteca, aproveitava para lê-lo durante o recreio.
Recordo que um dia cheguei para minha mãe e disse-lhe que estava lendo um livro muito legal, mas que não podia trazê-lo para casa por causa das normas internas da biblioteca. Então, ‘mami’ fez questão de comprar uma edição semelhante a da escola para me presentear. Só faltei plantar bananeira quando ganhei aquela jóia rara.
O tempo passou, eu cresci e o livro sumiu. Bem, sumiu até o momento em que resolvi explorar o armário alien. Ele estava lá, muito bem guardadinho. Não me pergunte como ele foi parar naquele espaço. Com certeza, não saberei responder.
04 – Perdidos no Espaço (Álbum de figurinhas)
“Perigo, perigo, Will Robinson!” Esta frase antológica marcou a minha infância. Eu era super-fã do seriado “Perdidos no Espaço”. Não saia de frente da TV enquanto não terminasse o capítulo do dia. Fantástico! Gostava tanto do seriado que acabei ganhando de presente de meu irmão mais velho, um álbum de figurinhas da patota do Dr. Smith.
Grande parte da minha mesada gastava na compra de figurinhas para completar o álbum. Quantos “bafos” joguei com os meus amigos de infância na esperança de faturar os cromos que faltavam para completar o álbum! Colocávamos quatro ou cinco figurinhas viradas para baixo e batíamos nelas com a mão em forma de concha. Aqueles que conseguissem virá-las  passavam a ser os seus proprietários. Rapaz! E a emoção ao abrir um maço de figurinhas que havia acabado de comprar na banca! Ficava torcendo para ser contemplado com "uma difícil”.
Fiquei muito feliz quando localizei esse álbum jogado no fundo do armário gigante.
05 – Almanaque do Mancha Negra
Quando pensei que o armário de seu Basílio já tinha esgotado as suas surpresas, eis que encontro uma nova preciosidade: um almanaque do Mancha Negra lançado pela Editora Abril em 1984. E mais: trata-se do primeiro número!!
Nos meus tempos de universitário, gostava muitos dos gibis da galera da Disney. Eu acabava indo sempre na contramão, preferindo a patota que não era assim, digamos... tão certinha. Mancha Negra, Irmãos Metralha e Bafo-de-Onça eram aqueles que eu mais curtia. Eles eram muito engraçados, apesar de sempre se darem mal no final.
O mancha Negra era o tradicional inimigo de Mickey, conhecido por assaltar bancos, deixando como marca pessoal uma mancha de tinta preta. Mickey sempre o apanha em flagrante.
O almanaque da Abril é ‘coisa do outro mundo’ e eu não o via há aproximadamente 32 anos. Mal sabia que ele estava muito bem guardado – quero dizer, escondido – no armário de “ Basílio, o Extraterrestre”.

Galera, inté!

02 junho 2016

10 heroínas da literatura que arrebentaram a boca do balão

Elas são decididamente fantásticas! Corajosas e arrojadas, espertas e dissimuladas, astutas e inteligentes. É a mais pura hipocrisia pensar que a literatura é um campo exclusivamente masculino. As mulheres também conquistaram o seu espaço e nas ultimas décadas assumiram o controle das páginas de diversos romances nacionais e internacionais, fazendo dos personagens masculinos meros coadjuvantes.
O que seria de Artur na lendária Batalha do Monte Badon se não fosse a intervenção de Guinevere? Quantas vezes Hermione livrou Harry Potter de enrascadas cruéis? E quanto a Hester Prynne que teve coragem suficiente para enfrentar uma sociedade purina nos primórdios da colonização da América do Norte por causa de um amor impossível?
Estas heroínas de “As Crônicas de Artur”, “Harry Potter” e “A Letra Escarlate” colocaram muitos heróis machões da literatura embaixo do braço. O post de hoje pertence exclusivamente a elas.
01 – Guinevere
Livro: “As Crônicas de Artur” (Trilogia)
Esqueça aquela princesinha ‘lesmatóide’, aculturada, romântica e que só sabe arrastar asas para o valente e bonitão guerreiro Lancelot, homem de confiança de Artur. A Guinevere de “As Crônicas de Artur” é uma mulher forte, corajosa e que assume as suas decisões. Enquanto a princesinha das lendas arturianas tradicionais tem pavor de armas; a personagem criada por Bernard Cornwell é uma caçadora talentosa e ao longo da história, desenvolve as suas habilidades, vindo se tornar uma guerreira nata, daquelas que encaram um campo de batalha forrado de brutamontes.
A participação de Guinevere na Batalha do Monte Badon foi decisiva para a vitória de Artur. Com sua armadura reluzente e seu arco, conseguiu derrubar vários inimigos, ajudando Artur a vencer esse sangrento combate em “Excalibur”, livro que encerra a trilogia arturiana escrita por Cornwell.
02 – Hester Prynne
Livro: A Letra Escarlate
A personagem do romance de Nathaniel Hawthorne pode ser considerada uma das mulheres mais corajosas da história da literatura. Apesar de ter comido o pão que o diabo amassou, sendo humilhada e espezinhada por uma sociedade puritana, Hester Prynne, jamais baixou a cabeça para nenhum homem ou mulher. Ela nunca abandonou suas convicções, a troco de nada. Aqueles que leram “A Letra Escarlate” sabem disso.
Na rígida comunidade puritana de Boston do século XVII, a jovem Hester Prynne tem uma relação adúltera que termina com o nascimento de uma criança ilegítima. Desonrada e renegada publicamente, ela é obrigada a levar sempre a letra “A” de adúltera bordada em seu peito.
Hester  se vale de sua força interior e de sua convicção de espírito para criar a filha sozinha, lidar com a volta do marido e proteger o segredo acerca da identidade de seu amante.
03 - Katniss Everdeen
Livro: Jogos Vorazes (Trilogia)
Graças a Suzanne Collins, os leitores teens ganharam uma das heroínas mais ‘fuçadas’ dos últimos tempos. Katniss Everdeen é quem dá as cartas na trilogia “Jogos Vorazes” adaptada com grande sucesso para as telonas.
Após a morte do pai, Katniss, então com 16 anos, foi obrigada a assumir a sua família, passando a cuidar da  mãe e da irmã. Munida apenas de arco e flecha, ela começou a caçar animais selvagens para o sustento de todos.
Depois desse teste, a garota teria ainda de enfrentar mais uma prova de fogo: participar de uma competição mortal, juntamente com outros jovens, chamada de Jogos Vorazes, onde apenas um conseguiria sair vivo Katniss vence a competição e ainda arruma tempo para liderar uma rebelião contra o sistema que promove tais jogos.
Que garota!
04 – Lisbeth Salander
 Livro: Trilogia Millennium
Cara, como sou fã dessa menina ousada! Lisbeth Salander é a protagonista da “Trilogia Millennium” do autor sueco Stieg Larsson. Ela e seu parceiro Mikael Blomkvist apareceram pela primeira vez no romance “Os homens que não amavam as mulheres”; depois vieram: “A menina que brincava com fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”.
Lisbeth é uma hacker. Não uma qualquer, mas uma das melhores. Toda tatuada, cheia de piercings e com  um visual punk, ela conquistou uma infinidade de leitores em todo o mundo.
A garota parece frágil e indefesa, mas não se enganem porque no fundo ela é fera. A personagem de Larsson faz justiça utilizando-se dos meios tecnológicos e não mede esforços para conseguir a “sua”  justiça. Lisbeth enfrentou e venceu muitos momentos difíceis em sua vida: conseguiu escapar de uma clinica psiquiátrica após ter sido injustamente internada, passou por abusos sexuais, um lar instável, foi enterrada viva, mas voltou ao mundo dos vivos e sofreu chantagens de seu tutor. Todos que a fizeram sofrer receberam o troco.
05 – Sherazade
Livro: As Mil e Uma Noites
As Mil e Uma Noites, uma das mais conhecidas obras da literatura mundial, provoca interesse por parte do ocidente desde quando o orientalista Antoine Galland recebeu manuscritos em árabe contando essas histórias, e decidiu traduzi-los para o francês, no início do século XVIII. A personagem principal desse romance antológico chama-se Sherazade. Considero-a uma das mulheres mais inteligentes e astutas dos enredos literários. Sabem como ela conseguiu ‘dobrar’ o poderoso sultão Sheriar que a queria matar? Contando histórias. Verdade! Não só ‘dobrou’ o sujeito como o fez se apaixonar perdidamente por ela. Vai ser boa de papo assim lá na Conchinchina!!
No livro “As Mil e Uma Noites”, o sultão está desiludido com as mulheres, pois acredita que todas elas são inféis. Por isso, para se vingar do gênero, decide desposar cada dia uma jovem e matá-la no dia seguinte da noite de núpcias. É nesse exato momento que Sheherazade, a filha do vizir, aparece como uma heroína que tenta salvar as demais mulheres do reino e recobrar a razão do rei. Ela solicita ao pai para desposar o sultão assassino e, na noite de núpcias, pede para contar histórias, pela última vez, para a sua irmã mais nova. Quando a manhã chega, ela interrompe a sua narrativa no clímax da ação, fazendo com que o sultão fique com muita curiosidade, e a deixe viver por mais um dia, com o objetivo de finalizar os seus contos. E é assim que ela sobrevive noite após noite, contando com a curiosidade do sultão para ganhar mais um dia de vida, desenrolando várias histórias para entreter o seu esposo. No milésimo primeiro dia, a raiva de Sheriar é abrandada e ele desiste de seu plano assassino.
Esperta ela, não acham?
06 – Mãe Joad
Livro: As Vinhas da Ira
O romance "As Vinhas da Ira", do escritor norte-americano John Steinbeck,  se desenvolve no período da Grande Depressão nos anos de 1930, no qual o flagelo de um país debilitado causava dramas naturais, como a miséria e o desemprego. O autor utiliza a família Joad como instrumento para contar o drama de milhares de pequenos agricultores americanos que durante o período pós- depressão foram obrigados a migrar da costa leste para a oeste, principalmente para o estado da Califórnia.
Mãe Joad é a força da família e, mesmo diante das dificuldades, consegue solucionar os problemas, mesmo sendo realista e sabendo das dificuldades nas quais a família está inserida.
A mulher é uma rocha e não esmorece, apesar dos grandes problemas que enfrenta. No enredo de John Steinbeck, Mãe Joad vive uma existência de perdas: perde a terra, a família e o filho querido. São perdas concretas insubstituíveis. Mas, mesmo assim ela é uma fortaleza, pois a união de sua família tem um valor enorme. No final do filme, ela diz: “...a mulher se adapta melhor que o homem. Um homem vive meio que, bem, aos solavancos. Bebês nascem e alguém morre, isso é um solavanco. Ele compra um sitio ou o perde, isto é um solavanco. Com a mulher, é constante como um riacho. Pequenos redemoinhos e cascatas, mas o rio continua.” Esta frase deixa evidente que mãe Joad não veio para brincadeiras em “As Vinhas da Ira”. A matriarca dos Joad possui uma percepção de gênero que transcende a dimensão de classe. É uma percepção concreta que incute uma sabedoria popular, de que a força está com a mulher. 
07 – Scarllet O’Hara
Livro: E O Vento Levou
Costumo dizer que Scarllet é capaz de tudo para conseguir os seus objetivos. Ela é fantástica a sua maneira. Concordo que Scarllet não agradou todos os leitores ou cinéfilos, mas independente disso, não podemos negar a sua coragem.
De menina mimada a heroína. Scarllet matou, roubou e enganou uma batelada de pessoas, principalmente homens, os quais mantinha sob os seus pés. Apesar de tantos defeitos, jamais abandonou a sua família e foi responsável pelo seu sustento durante o período pós-guerra.
"mocinha" corajosa e obstinada , porém, cheia de defeitos como qualquer pessoa real. Scarlett bebe , se insinua para um homem casado, come demais em público, negocia com os inimigos , cobra as dívidas dos amigos , aceita dançar mesmo estando de luto, enfim, desafia toda uma moral severamente respeitada pela sociedade a que pertence.
Esta é Scarllet O’Hara, uma das maiores musas da literatura, personagem principal do romance “E O Vento Levou” de Margaret Mitchell.
08 – Celie
Livro: A Cor Púrpura
Celie, personagem principal do livro “A Cor Púrpura” de Alice Walker, é uma mulher de fibra. Em 1909, numa pequena cidade americana, Celie, uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã. E para complicar, é doada para um sujeito bruto que a trata simultaneamente como escrava e companheira.
Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África.  Com o virar das páginas, Celie vai conquistando o seu espaço num ambiente preconceituoso, revelando o seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.
Uma mulher resiliente que jamais se quebra diante das adversidades da vida. Verdadeira vencedora.
09 – Hermione Granger
Livro: Harry Potter (Saga)
Talvez Harry Potter não estivesse mais no mundo dos vivos s e não fosse sua inseparável amiga Hermione Granger. Cara! Ela salvou o menino-bruxo de cada enrascada. Muitas vezes quando ‘o negócio’ esquentava era Hermione quem assumia o comando da situação. – “Exaaa comigooo!” Eta menininha porreta! Ela utiliza suas habilidades para ganhar independência, estando sempre pronta para aceitar novas responsabilidades. Inteligente, voluntariosa, esperta e muito corajosa. Parabéns para J.K. Rowling por ter criado uma personagem tão supimpa.
Hermione, sempre Hermione.
10 – Aethelflaed
Livro: Crônicas Saxônicas
A personagem do romance de Bernard Cornwell é simplesmente fantástica. Um exemplo de mulher. Além de muito bonita, Aethelflaed é corajosa, intrépida, inteligente e guerreira. A princesa de Crônicas Saxônicas usa toda sua perspicácia em “O Trono Vazio” visando tomar o trono da Mércia. Para conseguir o seu objetivo, ela passou, até mesmo, por cima de seu ardiloso marido, Ethelred que já estava com um pé na cova. Desta maneira, a filha do Rei Alfredo consegue uma verdadeira proeza: ser a primeira mulher em toda a história da Mércia a assumir o trono.
Aethelflaed é fodástica. Não tem como não se apaixonar por essa mulher. Enquanto seu marido Ethelred é um covardão de ‘mão cheia’, ela é uma guerreira completa; uma combatente de fazer inveja para muitos brutamontes com escudo e machado nas mãos. Como não bastasse, ela ainda é inteligente e perspicaz. Cornwell faz questão de destacar todos esses atributos da moça em “O Trono Vazio. É ela que salva Uhtred, em cima da hora, da humilhação de ter de se entregar – juntamente com as suas tropas – para um asqueroso inimigo à mando de Ethelred. Cara, ela sozinha, somente com a sua espada e a sua formosa égua branca Gast,  esculhamba o sujeito e seus homens, mandando-o seguir as suas ordens e não as de Ethelred.
Aethelflaed é fera!
Por hoje é só.

Fui, galera!

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