27 outubro 2013
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (Livro III)
Sabe qual a vantagem de escrever uma trilogia? É que no
último volume, o escritor não precisa se preocupar com as descrições de
personagens e lugares. Se preocupar porque?? Eles já estão compostos, formados!
Portanto, no livro final o autor pode deslanchar, bagunçar, pintar o sete,
enfim, fazer o que bem entender com o enredo. Ele deve dizer: - “Que se dane o
mundo! Demorei a vida toda compondo essa cambada de personagens, agora eu quero
é zuar! Dar asas a minha imaginação!”. J.R.R Tolkien deve ter dito isso – em
outras palavras, é claro - quando chegou a hora de fechar a sua trilogia. Não
só deve ter dito, como chegou á fazer.
Em “O Retorno do Rei”, Tolkien cria um clima de expectativa
em torno da batalha final pelo trono de Gondor; expectativa que vai crescendo a
cada página até atingir o clímax da grandiosa batalha sem se preocupar com os
dramas existenciais da “cambada da Terra Média”.
Não há mais tempo a perder. O Anel precisa ser destruído,
imediatamente. Após a batalha pelo Abismo de Helm, no qual o exército de
Saruman fora derrotado, Gandalf, Aragorn e o rei Théoden seguem para Minas
Tirith, cidade que Sauron planeja atacar, mas desta vez, com toda sua força.
Agora é a luta pelo o Um Anel. O Anel do poder. E Sauron deseja tê-lo
ardentemente.
Apesar da coragem e bravura de seus homens, o exército do rei
Théodon é ínfimo se comparado as forças de Sauron e a derrota é quase certa.
Por isso, o mago Gandalf e o próprio Aragorn iniciam uma “campanha”, pedindo ajuda
a outros povos para se unirem e lutarem contras as forças de Sauron. O convite
para participar da batalha pelo lado “do bem” é aceito por homens, anões e
elfos que enfrentarão juntos os exércitos poderosos de Mordor.
Enquanto isso, Frodo e Sam continuam a sua jornada até o Monte
da Perdição com o objetivo de destruir o anel – conhecido por ‘Um Anel’ – que
se cair nas mãos de Sauron lhe dará o poder de escravizar toda a Terra Média.
Mas apesar do apoio de Sam, seu inseparável amigo e escudeiro, Frodo começa a
fraquejar e com isso, o anel pode deixar de ser destruído.
Cara, pára vai! É muito clímax no enredo! E então quando a
batalha explode... Sai de baixo!
Bem, como posso dizer... Mais ou menos assim: estando livre
das amarras para compor e estruturar um grupo de personagens e o mundo estranho
onde vivem, Tolkien direcionou a sua atenção para o suspense e a aventura da
trama.
Sei que muitos leitores continuaram achando “O Retorno do
Rei” descritivo demais e cansativo, mas comigo foi diferente. Não sei se por
ter mergulhado de cabeça na história da Terra Média e de seus personagens, não
me incomodei nem um pouco com as ‘famosas descrições de Tolkien’. Pra ser sincero,
nem percebi que existiam, mas quando percebia algumas, até gostava delas! Já li
muitos livros nos quais os autores enterraram a sua história com descrições
enfadonhas, mas também já vi várias obras literárias e descritivas que me
encantaram. E é evidente que Tolkien se encaixa nessa segunda categoria.
Em “O Retorno do Rei”, cada capítulo nos traz uma surpresa
diferente, por isso mesmo, é impossível parar de ler. O livro é dividido em
duas partes. Na primeira temos a “Guerra do Anel” descrita pelo ponto de vista de
Aragorn, Legolas, Gimli e dos hobbits Pippin e Merrin. Já na segunda parte, o
autor narra a saga de Frodo e Sam, a caminho da Montanha da Perdição, em
Mordor, com o firme propósito de destruir o anel do poder.
Para aqueles que criticam os “devaneios descritivos” de
Tolkien, aconselho que embarquem nessas descrições, mas com um pequeno detalhe:
‘sem pressa de ficar pulando páginas para o momento da ação’. Cara! Estas
descrições tem muitas informações interessantes e que prendem a atenção do
leitor. Aliás, a trilogia “ O Senhor dos Anéis” é uma saga para se ler sem
afobamento e preocupações particulares. É uma obra para curtirr num momento
‘Up’ de sua vida e em um lugar tranqüilo. Ah! E com tempo de sua parte,também.
Talvez, aqueles que acharam, em alguns momentos, a escrita de
Tolkien chata, cansativa e descritiva em excesso, leram a obra no momento
errado ou então com a cabeça em outro lugar: nos problemas “da vida e da lida”.
Dessa forma, meu amigo, você não conseguirá, de fato, ingressar no mundo mágico
da Terra Média.
E voltando as tão polêmicas descrições de Tolkien, gostaria
de dizer escrever que na minha humilde opinião, a trilogia “O Senhor dos
Anéis” é descritiva sim – não há como negar isso – mas jamais
c-a-n-s-a-t-i-v-a.
Inté galera!!
23 outubro 2013
O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (Livro II)
Costumo dizer que a “Trilogia Tolkniana” – como afirmava
meu ex-professor – é ascendente, ou seja, um livro é melhor do que o outro: “ASociedade do Anel” é ótimo, “As Duas Torres”, excelente e por fim “O Retorno do
Rei” que é formidável. E nada mais prazeroso do que uma leitura constante, sem
altos e baixos, onde o enredo consegue manter o ritmo como um cavalo de
corrida. Sei que a comparação pode parecer esdrúxula para algumas pessoas, mas
é assim que vejo os três livros da saga “O Senhor dos Anéis”: um cavalo
manga-larga que mantém o seu ritmo, sem diminuir a corrida.
“A Sociedade do Anel”- mesmo sendo um livro de
introdução à saga, onde J.R.R Tolkien leva maior parte do tempo apresentando a
Terra Média e descrevendo as características dos seus personagens principais –
consegue manter aceso o interesse dos leitores. Frodo, Sam, Gandalf, Aragorn e
Cia são por demais interessantes e ‘gastar’, ou melhor, ‘ganhar’ tempo
descrevendo-os não é pecado nenhum.
Em “As Duas Torres”, Tolkien estava livre para
mergulhar de cabeça nas aventuras e peripécias de seus personagens, pois tudo o
que tinha de ser explicado sobre a Terra Média e seus habitantes foi feito em
“A Sociedade do Anel”. Assim, as páginas de “As Duas Torres” oferece de bandeja
para a galera batalhas épicas, com atos de bravura, heroísmo e redenção. A
coisa pega quando o Mago Saruman resolve unir-se às forças de Sauron (O Senhor
da Escuridão) para que juntos possam dominar a Terra Média.
Se em “A Sociedade do Anel” tínhamos apenas Sauron
como vilão, em “As Duas Torres”, Tolkien brinda os seus leitores com os dois
cascas grossas: Sauron e Saruman.
Após a ruptura da “Sociedade do Anel”, os seus
membros se dividem em dois grupos que seguem caminhos diferentes. Esta foi a
deixa para que Tolkien também optasse em dividir a história em duas partes. Por
isso mesmo, “as Duas Torres” tem dois ‘capitulões’. O primeiro totalmente
direcionado aos hobitts Merry e Pippin, juntamente com os seus amigos Legolas,
Aragorn e Gimli; e o segundo ‘capitulão’ voltado para Frodo e seu inseparável amigo Sam.
Na história, enquanto Frodo e Sam seguem juntos em
direção à Mordor com o objetivo de destruir o anel que pode trazer a guerra
para toda a Terra Média; Aragorn, Legolas e Gimli seguem em busca de Merrin e
Pippin que foram seqüestrados pelos orcs,
Não posso também deixar de citar a presença de dois personagens
especiais que contribuem para deixar o enredo ainda mais atrativa: Smeagol que
passa a seguir Frodo e Sam em sua viagem à Montanha da Perdição em Mordor; e os
Ents que se juntam a Merry e Pippin no combate à Saruman.
Não vou ficar entrando em detalhes da história,
mesmo porque, com certeza, a maioria da galera já leu a trilogia completa de “O
Senhor dos Anéis”, incluindo, é claro, “As Duas Torres”. Dessa maneira,basta dizer
escrever apenas: “leiam e se realizem!”
Fui!
21 outubro 2013
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (Livro I)
Li a trilogia “O Senhor os Anéis” muito antes de “inaugurar” esse blog. Juro que
nem passava pela minha cabeça que um dia teria o ‘Livros e Opinião’. E lá vai o
tonto aqui. Tonto? Por que? Simples: comecei a ler “A Sociedade do Anel”, como
posso explicar... é... digamos que temeroso. Isso mesmo, temendo encontrar pela
frente o que mais detesto numa obra literária: descrições em excesso. Coisa do
tipo, explicar nos mínimos detalhes como surgiu tal povoado ou então dar a
árvore genealógica completa das famílias dos personagens principais. Man! Pode
acreditar: eu fujo disso como o diabo foge da cruz!
Então, num belo dia, há anos atrás, quando
manifestei o desejo de embarcar no mundo da Terra Média criado pelo mestre
J.R.R. Tolkien, eis que um ex-professor joga um balde de água fria em minha
cabeça tascando: “- Filho, se você pretende ler a trilogia tolkiana – era dessa
forma que ele chamava os três livros da série “O Senhor dos Anéis – deve estar
preparado para enfrentar uma leitura cansativa e muito descritiva; mas no
entanto, prazerosa”.
Caraca! Pensei comigo: “O teacher pirou! Como uma
leitura descritiva ao extremo e ainda por cima cansativa poderia ser
prazerosa?!” Resultado: Quase desisti de ler essa obra prima e quando resolvi
ler, a minha expectativa com relação a história estava lá no chão. Mesmo assim,
criei coragem e comecei a ler. “Professor FDP!!!” Não fico com remorso ao
xingar o teacher, mesmo porque sempre fui um aluno educado e atencioso; portanto,
creio que estou com crédito. O cara quase me fez boicotar a leitura dessa jóia
rara!
Falando escrevendo, inicialmente, sobre “A
Sociedade do Anel” (primeiro livro da trilogia), a escrita e o enredo
desenvolvidos por Tolkien são fantásticos. Li o livro em apenas quatro dias.
Não conseguia parar! Lembro que passei duas madrugadas devorando as aventuras
de Frodo, Sam, Gandalf e Cia. Não entendo como o meu ex-professor não se deixou
envolver pela história.
Quanto a ser um livro muito descritivo não como
negar; mas afirmar que a história é cansativa?! Man! Man and Man!! Não dá para soltar
uma blasfêmia dessas. Os três livros da trilogia (“A Sociedade do Anel”, “As DuasTorres” e “O Retorno do Rei”) tem o dom de prender a atenção dos leitores como
uma teia de aranha. Agora, voltando a essa celeuma de ser muito descritivo;
cara, não há outro jeito!! Vejam bem, Tolkien criou um novo mundo, habitado por
novas criaturas que vivem num tempo diferente daquele que conhecemos. Mêu! O
cara tinha de explicar tudo isso, antes de entrar nos conflitos e sentimentos
vividos por cada um de seus personagens!! Aqueles que quiserem ler ‘porradas’, ‘chutes’,
socos’, cabeçadas’, rasteiras’, ‘facadas’ e tiros pra todos os lados procurem
uma novelização dos filmes “Resident Evil” ou sei lá... aquelas edições de
bolsos de faroeste ou qualquer outro pulp-fiction do gênero.
É mais do que óbvio que Tolkien teria de descrever
com minúcias de detalhes o que vinha a ser um Hobbit, qual o seu comportamento
e etc e tal. Também teria de fazer a mesma coisa com a Terra Média, ou seja,
como surgiu, as suas características e por aí afora.
Resumindo tudo isso: “Não tinha outra maneira de
Tolkien escrever a sua trilogia. Capiche!! Por tudo isso é que o autor
britânico foi considerado um gênio que continua sendo respeitado até nos tempos
atuais. Ele, simplesmente, conseguiu escrever uma história fora do nosso
contexto, com novas formas de vida e que vivem num mundo estranho. Quer mais?
Vamos lá! Por todas essas inovações literárias, ele foi o escritor mais
descritivo do mundo, sem se tornar cansativo. E olha galera, já vi muitos
autores contemporâneos escreverem histórias ‘simplizinhas’ e com uma encheção
de lingüiça descomunal, tentando ser descritivos sem saber ser descritivos.
Em “A Sociedade do Anel”, a história se inicia com o
centésimo décimo primeiro aniversário de Bilbo Bolseiro, tio de Frodo, que misteriosamente desaparece diante da presença de todos seus convidados.
Frodo, estranhando a reação de seu avô, vai até a toca dele a fim de
encontrá-lo; porém, ao entrar, acaba encontrando um anel, o que para ele, como
um simples hobbit, seria apenas um anel qualquer. Gandalf, o Mago, que viera
até ao Condado dos Hobbits para celebrar o aniversário de seu antigo amigo,
revela a Frodo o segredo que há por trás deste anel.
Gandalf pede para que Frodo abandonasse O Condado e
fugisse com o anel o mais rápido possível, pois sabia que criaturas do mal já
estariam procurando, ferozmente, por tal objeto precioso. O pequeno hobbit
parte sem pestanejar, confiando nas palavras do Mago Gandalf, deixando para
trás sua terra, O Condado, sem saber se um dia voltaria a vê-lo novamente.
Frodo, então, é encarregado de destruir o Um Anel,
um objeto que tem um poder maligno, capaz de aprisionar todo aquele que tentar
tomá-lo para si. Para isso, Frodo conta com um número de companheiros
que o ajudarão a cumprir esta grandiosa missão. São eles: O Mago Gandalf,
Aragorn, o elfo Légolas, o anão Gimli, Boromir, e os hobbits Merry, Pippin e o
sábio Sam.
Juntos eles partem em direção à Mordor, com a missão
de dar uma nova esperança àqueles que desejam viver em paz. Uma longa jornada
os espera, repleta de inúmeras batalhas e monstros, além de terem a companhia
de uma misteriosa criatura, que silenciosamente os seguem.
Bem resumidamente, esta é a essência do primeiro
livro da trilogia “O Senhor dos Anéis”.
E aqui vai um conselho: esqueça os devaneios do meu
ex-professor e leia toda a trilogia. Com certeza, você irá se deliciar, se
lambuzar com a história, mesmo sendo tão descritiva (rss).
Inté!
19 outubro 2013
As 10 feras assassinas mais sanguinárias dos livros
Cara, desculpe-me se você acha que apelei na hora de
escolher o título do post. Sei que nesse momento, muitos leitores estão me
taxando de sensacionalista: “PQP! Assassinas e ainda por cima sanguinárias?! Etcha
título apelativo!” Galera, juro que não teve outro jeito. Como já escrevi na
Fan Page do blog, tinha de escolher um título que retratasse toda a essência do
assunto que iria postar. Em outras palavras, tinha que ser sincero e quer
queiram ou não, as 10 feras que os leitores passarão a conhecer nesse post
foram cruéis ao extremo; mas tão cruéis que não encontrei outros termos mais
adequados para se usar do que “assassinas” e “sanguinárias”.
É importante frisar que as feras que fazem parte
desse post são, de fato, animais que agem por instinto. Não tem nada de “Homem
Mosca”, “Homem-Cavalo”, “Homem Galinha”. Feras hibridas ou criadas em
laboratórios não entram nessa relação; elas devem fazer jus ao nome, brotando
da Srª Natureza. Talvez, a única exceção seja o alien do livro “O Oitavo
Passageiro” que tem um pouco de hibrido já que, tanto na obra literária quanto
no filme, nasce das entranhas de um ser humano.
Cara, quer saber mais? Deixe-me acelerar o texto porque o aroma do
grude da Lulu está fatal. Ao chegar em casa, fiquei sabendo que o cardápio será
lasanha de quatro queijos com molho branco de palmito e champignon. Mêo, que
tormento!! E para aumentar ainda mais o meu suplício, tenho de ficar agüentando
as provocações do Kid Tourão: -“Enquanto você mata a sua fome no computador, eu
vou matar a minha na panela! Viu só papudo!”
Viu só? É mole ou quer mais? Portanto, vamos
acelerando, acelerando e acelerando, porque juro que ‘tá’ difícil suportar o
tormento desse cheirinho. Huummm...
E vamos prá lista das feras!
01
– Tubarão (“Tubarão”)
Autor:
Peter Benchley
Ano:
1974
A fera dos mares idealizada por Peter Benchley já
aparece logo de cara no livro e fazendo estragos. Uma incauta banhista que decide
tomar um banho de mar em uma praia deserta, numa madrugada de muito calor, dá
de cara com o grande tubarão branco que, literalmente, a estraçalha. Sobra para
o ajudante novato do chefe Brody, considerado o xerifão dessa pequena cidade de
veraneio nos Estados Unidos. O miliciano ao ver os restos mortais do corpo semi
devorado da turista, ‘coloca pra fora’ o café da manhã, almoço, lanche da
tarde, jantar e até mesmo o chá da meia noite de três dias atrás! Por muito
pouco, o cara não sofre um surto de pânico.
Durante o romance de Benchley, a fera continua
fazendo vítimas e mais vítimas. Uma das cenas antológicas do filme de Spielberg
- baseado no livro – é o ataque do tubarão num banhista que está sobre uma
prancha. ‘Ai meu Dios!” Spielberg faz questão de dar um close com a sua câmera
maligna na sobra da refeição da fera que nada mais é do que a perna da pobre
vítima! Quem assistiu ao filme sabe do que estou falando escrevendo:
aquela cena em que uma perna branquela com um tênis (Aiiiii meu Diosssss, até
do tênis me lembro!!!) vai afundando aos poucos na telona.
O tubarão – no livro e no cinema – provoca um banho
de sangue, até que o chefe Brody decide, juntamente com mais dois sujeitos
corajosos (um caçador de tubarões e um oceanógrafo) sair em mar aberto à caça
do monstro. Aí meu amigo... a coisa pega.
Quem quiser saber mais detalhes sobre o livro de
Benchley acesse aqui. Está bem explicadinho.
02
– Velociraptor (O Parque dos Dinossauros)
Autor:
Michael Crichton
Ano:
1990
A exemplo de Peter Benchley; Michael Crichton já
apresenta o protagonista de seu romance logo no início. Aliás, em minha
opinião, o prólogo de “O Parque dos Dinossauros” é a melhor parte do livro. Em
apenas quatro páginas já temos uma noção do que aquele dinossauro carnívoro, de
quase dois metros de altura e que se locomove sobre duas ‘pernas’ é capaz. O
prólogo nos prepara para o estrago e banho de sangue que o tal ‘animalzinho’
vai promover durante toda a história.
Sente só o
título do prólogo do livro de Crichton: “A Mordida do Raptor”. Será que
preciso dizer escrever mais alguma coisa?! Quer ‘sentir’ um trechinho do
drama? Ok. Lá vai: “Uma laceração larga começava no ombro e terminava no torso
do homem. No final do ferimento, a carne se reduzira a tiras. No centro, o
ombro fora deslocado, expondo os ossos claros. Um segundo golpe...”
Arghhhhhh!!!! Éca! Éca! Éca! Mil vezes Éca!! Deixe-me parar por aqui, mas aviso
para aqueles que forem ler as primeiras páginas de “O Parque dos Dinossauros”
que se preparem porque a apresentação do velociraptor ou raptor (para os mais
íntimos) é f-o-d-á-s-t-i-c-a.
Para finalizar, esqueça o grandalhão do Tiranossauro
Rex, o ‘cara’ da hora em “O Parque dos Dinossauros” sempre foi e sempre será o
temível velociraptor.
03
– Tiranossauros Rex (Mundo Perdido)
Autor:
Michael Crichton
Ano:
1995
Se os Tiranossauros Rex (plural porque eram dois e
não um) de “Jurassic Park”, não me impressionaram muito; o mesmo não aconteceu com
o casal de dinos de “Mundo Perdido”, livro de Crichton que dá seqüência a
história original.
Sabe qual a pior coisa do mundo; muito pior do que
ver a sua namorada com corpo e rosto de miss – capaz de fazer você carregar nas
costas uma carreta cheia concreto – lhe
traindo com o vizinho bonito, com pinta de modelo, que mal te olha na cara? Ok.
Eu lhe digo. É topar com os Tiranossauros Rex do livro “Mundo Perdido”,
principalmente o macho! E foi isso o que aconteceu com um cientista paspalho
que resolveu entrar no ninho dos Rex para roubar um ovo chocado do animal. O
sujeito teve a ‘brilhante’ idéia de criar o ‘dininho’ e transformá-lo numa
atração especial. Cara, quando ele entra no ninho, juntamente com os seus
capangas – diga-se de passagem nada inteligentes – e se apropria do ovo. Ai...
ai... ai... ai!! Quando o casal de dinossauros descobre, ficam irados e saem na
caça dos ladrões.
O trecho em que o Rex macho sai mastigando um dos caras,
cuspindo pedaços da vítima pra todos os lados é de embrulhar o estômago do
leitor. Crichton faz questão de descrever em detalhes o ataque do Rex aos
pobres coitados, quer dizer ao pobre coitado. Não vou falar o nome do
personagem, é claro, para não revelar spoiler. Digo apenas, leiam o livro. Para
os interessados que quiserem conhecer mais detalhes sobre “Mundo Perdido”,
basta acessar aqui.
04
– Lula (A Besta)
Autor:
Peter Benchley
Ano:
1979
Dêem uma olhadinha na capa do livro de Peter
Benchley. Viram só o tamanho do tentáculo da lula gigante? Chegaram a compará-lo
com o tamanho do barquinho que também está na capa? Pois é, a ilustração da
obra literária reproduz de maneira fiel a essência da história. A fera horripilante
sai numa matança desenfreada numa cidade litorânea dos Estados Unidos.
Benchley descreve com riqueza de detalhes como é a
besta de seu livro. Os seus tentáculos possuem ganchos, tão letais como aqueles
que encontramos nas duas patas – ou pernas, sei lá – dos velociraptores de
Crichton. Imagine centenas desses ganchos distribuídos ao longo de dois
tentáculos ultra-flexíveis!! Eu heinn!
A lula assassina do livro “A Besta” afunda navios, mata
pessoas e chega até mesmo a destruir um mini-submarino com toda a sua
tripulação. Enfim, uma verdadeira fera assassina dos mares.
05
– Lula (Esfera)
Autor:
Michael Crichton
Ano:
1987
A lula gigantesca do livro “Esfera” que também foi
adaptado para o cinema é medonha. Não importa que seja no livro ou no filme, a
fera faz o mais corajoso e duro dos homens se borrar inteirinho.
Na história de Crichton, um grupo de cientistas é
convocado pelo exército americano para estudar uma nave – que todos acreditam
ser alienígena – encontrada no fundo do oceano. Ao terem contato com o
misterioso artefato, os pesquisadores começam a transformar em realidade os
seus piores medos. E adivinha qual é a fobia de um dos caras? Se você respondeu
uma lula gigante acertou. E bota gigante nisso! Tão gigante que no filme só
aparece os tentáculos que tomam toda a tela.
A cena em que a tripulação da estação submarina
encontra o corpo de um dos cientistas todo pulverizado com as marcas dos
tentáculos do monstro é impressionante. Outra passagem que mete medo é o do
ataque da lula ao habitat dos cientistas.
Palavra que fiquei muito impressionado com livro e
filme. Uma das feras mais aterrorizantes da literatura.
06
– Laracna (O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei)
Autor:
J.R.R. Tolkien
Ano:
1954
A terrível aranha de Mordor! Essa fera é, de fato,
uma fera. A aranha gigante descendente de Ungoliant e que vivia no labirinto de
uma caverna fez várias vítimas e quase matou Frodo e Sam. No livro “O Senhor
dos Anéis – O Retorno do Rei” de J.R.R. Tolkien, os leitores puderam conhecer
Laracna à fundo. Uma aranha má, perversa e assassina. Quando o personagem Sam se
muniu de toda coragem e entrou no labirinto de Laracna decidido a salvar Frodo,
ele também conseguiria colocar um ponto final no reinado de pavor do monstro.
Após feri-la gravemente com ‘Ferroada’, a espada que Bilbo dera de presente à
Frodo, Laracna passaria a se rfecolherf nas profundezas de sua morada, onde
ficou por anos recolhida para curar e lamentar a sua dor.
Antes de encontrar Sam pela frente, Laracna havia
espalhado o terror em Mordor, matando cruelmente todos aqueles que ousavam
invadir a sua ‘casa’.
07
– Baleia Orca (Orca, A Baleia Assassina)
Ano:
1978
Autor:
Arthur Herzog
Apesar de ter encurtado a vida de muitos
marinheiros, a baleia orca criada pelo escritor americano Arthur Herzog só agiu dessa maneira porque lhe perturbaram.
Pois é, como ‘cutucaram a onça com a vara curta’, os marujos tiveram de sentir na pele a fúria da fera.
Tudo começou quando o capitão Nolan, responsável por
um navio pescador de crustáceos,
aceitou uma proposta em dinheiro para capturar um tubarão brancopara o aquário da cidade. Durante a navegação, eles avistam um tubarão sendo
atacado por orcas. Os marujos do navio, então atiram em uma delas como arpão e não
percebem que isso foi um erro fatal: o arpão passa de raspão na nadadeira de
uma orca macho e atinge em cheio a sua companheira que estava prenha. Ao ser
trazida para o navio, a orca aborta o embrião. O
macho assiste, da água, a todo o fim da sua família e observa o capitão do
navio pesqueiro com um ódio mortal, passando a marca-lo para o resto de sua
vida..
A orca macho, então, ataca o navio que, danificado,
tem que retornar ao porto. Enquanto o navio sofre
reparos, a orca vingativa começa a perseguir o capitão e sua tripulação, que
não podem se aproximar da água sem que sofram ataques. A população fica
assustada e pressiona Nolan para que ele expulse a orca dali, pois o animal
está afastando os peixes,
além de causar outros danos à cidade. Ao capitão não resta outra saída senão ir
atrás do animal, mas logo percebe que a inteligente orca quer atraí-lo para uma
armadilha mortal. A partir daí ‘a coisa pega’.
08
– Cão São Bernardo (Cujo, Cão Raivoso)
Autor:
Stephen King
Ano:
1981
Esqueça aquele cão São Bernardo dócil e amigo, com
um barrilzinho pendurado no pescoço, pronto para salvar qualquer pessoa que
tenha ficado perdido numa nevasca. O “cãozinho” de Stephen King é horripilante.
O São Bernardo chamado Cujo é um animal sanguinário,
enlouquecido e assassino que sai por aí promovendo um festival de matanças. O
São Bernardo que é o xodó de uma família que se muda para a fictícia cidade de
Castle Rock, ao sair para caçar um coelho nos campos perto da casa de seus
donos, acaba sendo mordido por um morcego infectado com raiva. Cujo, então vai
sucumbindo aos poucos pela doença e enlouquecido estraçalha qualquer um que
encontre pela frente. Eu heinnn... O livro fez tanto sucesso que acabou sendo
adaptado para o cinema, mas como a maioria dos filmes de King, se tornou um verdadeiro
fiasco. Por outro lado, o livro, foi um sucesso total.
09
– Alien (“O Oitavo Passageiro”)
Autor:
Dean Foster
Ano:
1979
O livro de Dean Foster é uma novelização do filme
fantástico de Ridley Scott com a também fantástica Signourney Weaver. Quem
assistiu ao filme sabe que o tal alien deu trabalho e promoveu uma carnificina
no interior da nave Nostromo em sua viagem de volta a Terra.
A criatura alienígena altamente agressiva perseguiu
e matou toda a tripulação da nave, menos a personagem de Weaver que encarou a
fera de frente e conseguiu eliminá-la.
Um dos momentos mais angustiantes no livro e também
no filme é o instante em que a criatura ainda em desenvolvimento (na fase
embrionária), literalmente gruda no rosto de um dos tripulantes. Depois de
pouco tempo ela se solta sozinha, mas então, o tripulante vivido por John Hurt
começa a ter convulsões durante o jantar e, de repente, a criatura alienígena
abre um buraco em seu peito, matando-o, e fugindo pela nave. A partir daí, o
alien vai crescendo rapidamente e quando atinge a fase adulta começa a caçar os tripulantes da Nostromo,
eliminando-os um a um.
10
– Abelhas africanas (O Enxame)
Autor:
Arthur Herzog
Ano:
1974
E para fechar a nossa listinha nada mais justo do
que algumas ferinhas pequeninas, mas que ao se juntarem se tornam letais ao extremo.
As abelhas africanas do romance “O Enxame”, de Arthur Herzog são terríveis e
matam sem piedade.
Os ataques começam em pequenas cidades americanas e
depois se espalham, até se transformar em pânico nacional. As abelhas
assassinas não escolhem as suas vítimas: desde animais a crianças, quem surja em
seu caminho acaba sendo eliminado. Devido ao pânico que toma conta do País, o
governo americano recruta um grupo de renomados cientistas e entomologistas na
esperança de encontrar um meio de conter a fúria assassina das abelhas. Mas nem
mesmo a união de mentes brilhantes é capaz de deter o avanço do enxame.
Aqueles que quiserem saber mais sobre essas ferinhas
assassinas podem conferir o post que escrevi, há algum tempo, sobre a obra de
Herzog.
Bem, galera, tai a relação das dez feras assassinas
mais sanguinárias dos romances. Elas deram trabalho para muitos “mocinhos”. Muito
trabalho...
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