29 abril 2018

Vem aí três lançamentos de Stephen King em 2018


Stephen King é uma verdadeira máquina de escrever, apesar de lançar novos livros em curto espaço de tempo, essas obras ainda tem o poder de alvoroçar o mercado literário. Se King conseguisse colocar nas livrarias um livro por dia, esse alvoroço não mudaria em nada.
Prova disso é que mal caiu nas mãos dos leitores “A Incendiária” que faz parte do 4º volume da coleção “Biblioteca Stephen King”, a galera já está toda agitada com o anúncio de três novos livros do autor que poderão aterrissar por aqui. Isso mesmo gente. Eu disse três!
As redes sociais são quase unânimes em afirmar que a Suma de Letras deverá colocar no mercado em 2018, duas obras inéditas e uma reimpressão de King. As inéditas são: “The Outsider” e “Gweendy’s Button Box”, quanto ao relançamento fica por conta de “Celular”.
“The Outsider” será lançado em junho nos Estados Unidos e chega ao Brasil no mesmo mês, conforme foi confirmado no Twitter da Suma. Neste livro - como fez com a trilogia Bill Hodges (“Mr. Mercedes”, “Achados e Perdidos” e Último Turno”) – o autor deixa de lado o terror clássico de seus livros dos anos 80 e 90 para abraçar o suspense.
“The Outsider” conta a história de um garoto de onze anos que é assassinado em um parque da cidade.  Após investigações e coleta de impressões digitais a polícia chega a Terry Maitland, treinador da ‘Liga da Meninas’, professor, marido e pai de duas garotas. Uma pessoa bem relacionada na comunidade.
Coube a Ralph Anderson detetive e conhecido de Maitland, já que seu filho foi um dos alunos do professor, resolver o caso. Ralph manda prender o suspeito de forma rápida e para muitos arbitrária. Mesmo com um álibi, amostras de DNA e as digitais, os argumentos do professor acabam caindo por terra. Testemunhas garantem que Maitland é culpado, mas ele tem um álibi infalível, com imagens para provar que ele estava em outra cidade quando o crime foi cometido. Mesmo assim, ninguém acredita em sua inocência. Seria ele o verdadeiro culpado?
A edição americana já está em pré-venda no site da Amazon e conta com ‘generosas’ 576 páginas para deleite dos fãs do mestre do terror e suspense.
No outro inédito de King que deve desembarcar por aqui neste ano, o autor se une a Richard Chizmar – um amigo de longa data – para escrever uma novela de terror.
Em “Gweendy’s button box”, King retorna a antológica e icônica cidade fictícia de Castle Rock, presente na maioria de suas obras do passado.
Confira a sinopse da editora: “Existem várias maneiras para chegar até o Mirante Castle da cidade de Castle Rock, entre elas: Route 117, Pleasant Road e os Degraus Suicidas. Todos os dias do verão de 1974, Gwendy Peterson, de doze anos, subia os degraus, que são seguros por fortes pregos de ferro (mesmo corroídos pelo tempo) e ziguezagueando por uma lateral precária da montanha.
Então numa tarde quando Gwendy chega no topo do Mirante Castle, depois de pegar fôlego e escutar os gritos das crianças no playground embaixo, um estranho chama por ela. Lá em um banco, nas sombras, está sentado um homem de jeans preto com uma capa escura e camisa branca desabotoada. Na sua cabeça, um pequeno chapéu preto. A partir dessa visão, Gwendy passa a ter pesadelos terríveis com o homem do chapéu.
Capa da edição de 2007 da editora Objetiva
Quem será esse misterioso personagem? Qual a sua ligação com a garota?
Contrastando com “The Outsider” e as suas 576 páginas, “Gweendy’s Button Box” é uma história curta de terror, pouco mais de 150 páginas, ou seja, se assemelha mais com um conto do que com um romance.
E fechando a lista para este ano, temos “Celular” que foi lançado originalmente em 2007 pela Objetiva e atualmente encontra-se fora de catálogo. Desta vez, a obra aterrissará em terras tupiniquins com nova capa e novos padrões gráficos. Enfim, aquele layout caprichado que já se tornou tradição nas reimpressões feitas pela Suma.
Em “Celular acompanhamos a trajetória de Clay, Tom e Alice que enfrentam um verdadeiro caos a partir do momento em que um estranho pulso é transmitido pelas linhas de celular. Todos aqueles que estavam usando telefones celulares no dia 1º de outubro às 15:03 tornaram-se seres descontrolados, extremamente violentos, aparentemente, clássicos zumbis. Apenas os três personagens citados acima não foram afetados pelo misterioso pulso por não terem atendido o celular naquele horário.
O livro foi adaptado para os cinemas em 2016 e teve nos papéis principais: John Cusack, Samuel Lee Jackson e Isabelle Fuhrman.
Taí, fãs do grande King. Sem duvido, trouxe boas notícias
Inté!


26 abril 2018

“A Assombração da Casa da Colina”: compro ou não compro?

Foto publicada no twitter da Suma de Letras

Comprar ou não comprar, eis a questão. Este é o meu dilema com relação ao livro “A Assombração da Casa da Colina’ de Shirley Jackson. Cara, to perdidinho. Nunca vi uma obra literária provocar tantas divergências de opiniões. Alguns amaram, outros odiaram.
Logo que a editora Suma de Letras anunciou o seu relançamento, comecei a acompanhar as resenhas do Skoob e também de alguns blogs. Juro que fiquei pasmo com a falta de consenso nas opiniões. É evidente que deve haver uma diversidade de pontos de vista, isso contribui para a formação de opinião do chamado ‘leitor virgem’, ou seja, aquele que ainda não teve contato com o livro. São esses comentários favoráveis e desfavoráveis que farão com que o leitor decida se compra ou não a obra de determinado escritor. Só que no momento em que as opiniões positivas são extremas e as negativas também, a obra literária passa a ser enquadrada no gênero: “me ame ou me deixe”. E é nesta categoria que “A Assombração na Casa da Colina”  se encaixa.
Alguns acham a história desesperadamente morna, chegando a dar sono, enquanto outros a colocam no pedestal das obras primas do terror. Entre aqueles que consideram o livro de Jackson fenomenal, está o mestre Stephen King. E confesso que foi a opinião de King que fez com que eu decidisse comprar o relançamento da Suma de Letras. Quer dizer... até  ter encontrado, casualmente, um amigo que detonou o livro. – Tão ruim que eu cheguei a doar o ‘distinto’ para uma biblioteca! – disse ele. Quero lembrar que  meu amigo tinha a publicação raríssima da coleção “Mestres do Horror e da Fantasia”  da editora Francisco Alves. Mesmo assim, carimbou a venda.
- Caraca! O livro é tão ruim que ele se defez dele!!! – exclamei. Depois desse encontro fatídico com o sujeito voltei a ficar na dúvida, mesmo porque já tinha lido um comentário, quase que parecido, de um blogueiro que crucificou a história.
Então, hoje pela manhã, zapeando o meu Twitter dei de cara com a foto publicada pela Suma de Letras em sua página. – O quêeee!!! A Suma vai relançar a história da tal assombração polêmica em capa dura! – a minha surpresa foi grande quando vi o tuite.
Cara, admito que esta famosa foto pesou muito em minha decisão. Acho que vou acabando comprando... e rápido, antes que mude de idéia, novamente.
O produto que será lançado em 1º de maio está em pré venda nas principais livrarias virtuais.
Fui!



22 abril 2018

Autor brasileiro lança livro sobre os segredos da caserna. “O Bisonho” já está à venda pela Chiado Editora


Conheci Pipe Floriani virtualmente, através do blog e por troca de mensagens e e-malis. Se existe um grupo de pessoas que conseguiu ler todas as postagens do blog em seus mais de sete anos de atividade, certamente Floriani faz parte dessa turma. Sei disso porque ele comenta comigo cada post dando a sua opinião e colaborando com sugestões de novas postagens. Floriani optou por ler o blog de trás para frente, ou seja, a partir de sua primeira postagem publicada em 16 de março de 2011, o que achei bem original.
Neste contato que mantemos com frequencia, percebi que ele é muito meticuloso e observador, por isso quando me disse que pretendia lançar um livro, antevi que a obra seria muito bem escrita. No final, eu estava certo. “O Bisonho” que acabei de ler há uma semana, lançado pela Editora Chiado, leva o leitor para dar um passeio nos bastidores do Exército.
O livro segue a mesma linha de “Memórias da Caserna – No tempo da Ditadura Militar” de Antônio Luiz Gomes. A diferença é que Floriani optou por deixar de lado detalhes referentes ao tempo da ditatura e procurou centrar mais nas situações engraçadas que viveu durante os 365 dias que serviu um batalhão de infantaria - instituição militar do Exército Brasileiro encarregada de formar soldados e cabos de primeira categoria. 
Durante um ano, o autor  narra como foi a sua convivência com outros recrutas engajados em sua turma, alguns soldados e oficiais. Relembra ainda  fatos pitorescos ocorridos no quartel nesse período.  De maneira humorada o leitor viaja nos ‘causos’ contados por Floriani. Alguns desses ‘causos’ são tão trágicos ou deprimentes que tornam-se  hilários como no capítulo em que um sargento durão ensina uma lição de ordem para um recruta completamente gago.
“O Bisonho” é dividido em três partes. Na primeira – “Fora dos muros do batalhão” - o autor explica os motivos que o levou a se alistar no Exército e também como são os procedimentos de alistamento, como exames médicos, entrevistas, etc. Neste capítulo inicial dei boas risadas com os golpes que alguns recrutas tentavam aplicar nos oficiais médicos na esperança de escaparem do serviço militar obrigatório. O mais comum deles foi o golpe do cego – utilizado até nos dias de hoje – em que o recruta no momento do exame clinico, garante que não enxerga direito.
Na segunda parte – “As semanas mais difíceis e fora do comum de toda uma vida” – o leitor começa a ter contato com a rotina inicial de um recruta do Exército. Sargentos durões, castigos, erros e atrapalhadas dos infantes aprendizes compõem o contexto dessa parte do livro.
E finalmente na terceira e última parte – “Preparação para o campo” – o autor conta como é a preparação de um recruta no campo, fora dos muros do batalhão, numa simulação de combate.  E toma mais cenas hilárias!
Diverti-me muito lendo “O Bisonho”, além da oportunidade de conhecer os bastidores de uma caserna, já que não pude servir o Exército. Ah! Antes que alguém me pergunte; não cheguei a aplicar nenhum golpe, na realidade fui dispensado por excesso de contingente. Parece que na minha época, todos – ao contrário de mim – estavam querendo viver numa caserna.
Valeu!

19 abril 2018

A Cabana


Tenho este livro há muito tempo em minha estante. Também já o li há muito tempo, mas resenhá-lo, demorou e muito! O motivo da demora?  Não me peça para explicar porque simplesmente não saberia responder. Gostei do livro, reli várias vezes, recomendei para amigos, mas a tal resenha nunca havia pintado por aqui.
Entonce numa bela noite fui assistir ao filme “A Cabana” com ‘Lulu My Love’ e cai na real. Ao sair do cinema, disse para ela – Caraca Lulu, tenho esse livro e nunca o resenhei! – ela olhou-me com um ar curioso e disse apenas – Que lento!
- Lulu, pera aí, você está me chamando de lerdo? É isso? – perguntei, assim meio que chateado, sendo que ela me devolveu na lata – Você precisou assistir à um filme para descobrir que tem um baita livro na estante?!!
Kabruuuummmm!! A pancada, explosão, tabefe, soco ou o ‘seja lá o que o parta’ me atingiu no queixo. Resultado: nocaute e dos bravos. Daqueles que o lutador só vai acordar no vestiário e ainda completamente grogue.
Foi preciso que a Lulu disparasse o petardo para que eu percebesse o quanto morguei para escrever a resenha de um dos melhores livros que tenho na estante.
Galera, tanto o livro quanto o filme são ótimos. Fiquei feliz que o roteiro da produção cinematográfica não  fugiu do enredo do escritor William P. Young.
Cena do filme A Cabana
“A Cabana”, lançado no Brasil em 2008, conta a história de um homem muito religioso chamado Mackenzie Allen Philip que acaba tendo uma de suas filhas pequenas raptadas durante um acampamento. A menina foi morta por um serial killer que sumiu com o corpo e deixou apenas o  seu vestido todo ensangüentado dentro de um cabana, onde supostamente teria levado e assassinado a vítima. O serial killer nunca foi encontrado pela polícia.
Cartaz do filme
Muito tempo depois e ainda sofrendo e não aceitando a perda de sua filha querida, Mack recebe um bilhete que lhe convidando a voltar ao lugar que destruiu a sua vida: a cabana onde sua filha teria sido morta. A carta tinha como remetente  o nome de Deus.  Após muitas dúvidas e questionamentos, ele resolve aceitar o convite e ao chegar na cabana, qual não é a sua surpresa ao saber que foi o próprio Deus que enviou a carta. É a partir daí que a história deslancha.
Não quero soltar spoilers nesta resenha para não estragar as surpresas dos leitores que ainda não leram o livro de Young e dos cinéfilos que ainda não assistiram ao filme, mas basta dizer que Jesus ou melhor a Santíssima Trindade são tratados de maneiras bem peculiares, muito diferente do modo tradicional que os cristãos – me incluo no grupo - conhecem.
Esta caracterização, como já disse, bem peculiar causou muitas controvérsias entre os religiosos, principalmente os mais fundamentalistas, que chamaram tais mudanças de blasfêmias. Outros foram mais a fundo e chegaram a chamá-las de heresia.
No meu caso, não vi nada disso, pelo contrário, achei que a idéia do autor foi uma forma a mais de nos conectarmos com Deus, principalmente os mais jovens.
Autor William P. Young
O contato de Mack com Deus, Jesus e o Espírito Santo é emocionante e essa emoção só vai crescendo com o virar das páginas. “A Cabana” é um livro sobre perdão, superação e crescimento e que emociona pra caramba e com direito a lágrimas e lencinhos nas mãos durante a leitura.
Os diálogos ‘deliciosamente saborosos’ entre Mark e a Trindade faz com que o leitor passe a refletir sobre a sua própria vida.
Enfim, o livro é tão bom que detoná-lo com spoilers seria o maior pecado, por isso, fica a indicação para que vocês o leiam, sem receio, pois certamente irão gostar.
Encerro essa resenha com duas frases marcantes na história de  “A Cabana”:
1º - “O perdão existe em primeiro lugar para aquele que perdoa, para libertá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente...”
2º - “Bom, às vezes a vida é dura, mas eu tenho muita coisa para agradecer”
Galera, inté!

15 abril 2018

O Terror


Algumas vezes sempre paguei caro pela minha sinceridade: ou perdi amigos, ou levei broncas imerecidas, ou fui taxado de ignorante ou tudo isso junto num balaio só. O Por que desse desabafo? É simples: por causa de “O Terror” de Dan Simmons. Na semana passada, após ouvir a minha opinião sobre o livro, uma antiga colega de escola soltou o torpedo: - “Para de falar bobagem, leia o livro direito, ele é ótimo!”. Este míssil disparado pela Sandra (nome verdadeiro da leitora – ela autorizou colocá-lo no post) foi pior do que um soco na ponta do queixo. Só não fui a nocaute porque o espírito do Muhammad Ali – que assimilava golpes dos adversários com uma resiliência incrível – baixou em mim naquela hora.
Por isso, depois da ‘rajada’ atirada pela Sandra fiquei meio cabreiro antes de escrever esse post. Na realidade, fiquei na dúvida: “escrevo ou não?”
- Quantas ‘Sandras’ irão ler o meu post? – pensei comigo. – Bem, seja o que Deus quiser; vou escrever e pronto. – conclui.
Como o livro vem sendo endeusado por críticos e leitores, talvez o que eu diga sobre o final da obra provoque a ira de ambos, como provocou a ira da Sandra.. Mas prefiro ser honesto com os seguidores desse blog – escrevendo o que, de fato, achei da obra – do que embarcar na onda e começar a falar bem de algo só porque quase todos estão falando bem desse algo.
Em tão vamos lá: as últimas páginas de “O Terror” mataram um enredo que vinha sendo desenvolvido de maneira magistral. As fatídicas últimas páginas foram um desastre. A história de Simmons tinha tudo o que é necessário para prender  a atenção leitor: ação, drama, mistério, pitadas de terror e algo mágico chamado ‘mesclagem de ficção com realidade’. Cara, Simmons fez algo de gênio.  Ele reinventou uma das mais fascinantes histórias da exploração marítima no século XIX.
O autor remonta com toques ficcionais a história real do evento que ficou conhecido como Expedição de John Franklin, ocorrida em 1845, uma das mais alucinantes odisséias marítimas da história, envolvendo uma tripulação de mais de 128 homens da marinha britânica em uma grande tragédia.
O explorador britânico, Sir John Franklin que comandava a expedição, e que partiu com dois navios – HMS Erebus e HMS Terror – buscava descobrir uma rota polar entre Atlântico e o Pacífico, bem acima do Círculo Polar Ártico. As embarcações afundaram no Ártico e só reapareceram em 2014 e 2016, respectivamente.
O destino do Erebus e do Terror permaneceu um mistério por 15 anos, até um barco contratado pela viúva de Franklin encontrar uma mensagem na ilha do Rei William, no extremo norte do Canadá, que dizia que seu marido e 23 membros de sua tripulação morreram no dia 11 de junho de 1847, em circunstâncias não especificadas.
Segundo dados colhidos por historiadores, constam que os 105 tripulantes sobreviventes seguiram a pé, mas diante da falta de suprimentos, também não conseguiram sobreviver.
Um grupo de pesquisadores canadenses encontrou na década de 1980, na região da ilha de Beechey, elementos da expedição que revelaram que os tripulantes morreram de frio, fome ou intoxicação por metais da comida enlatada. Havia também sinais de canibalismo.
Cara, imagine esse fato recheado com toques de ficção, além de personagens reais interagindo com outros inventados pelo autor?! Se a mistura for bem feita o resultado é um bolo de primeira qualidade. E foi isto que realmente aconteceu. Só que esse bolo preparado de maneira brilhante por Simmons ficou muito tempo no forno e assim, o seu desfecho acabou queimando.
O livro se desenrola de forma não linear entre cenas do primeiro inverno vivido pela equipe no mar e o período limite após uma decisão equivocada do comandante Sir Franklin em que os tripulantes acabam enfrentando barreiras gigantescas de gelo. Depois de uma série de acontecimentos sinistros, com o ambiente já beirando a insanidade, os navios passam a ser capitaneados por Francis Crozier, que precisa enfrentar, além do frio, da escassez de mantimentos e do desespero da própria tripulação, um inimigo perturbador - um predador desconhecido que fica a espreita no gelo, caçando e devorando as suas vítimas; uma criatura terrível e inteligente que está sempre um passo á frente das armadilhas preparadas pelos marinheiros.
A tal criatura do livro – apesar de reservar para os leitores muita ação e sustos – não passa de um pequeno complemento para o enredo de Simmons, onde o mais importante são os conflitos enfrentados pela tripulação dos navios Erebus e Terror. Temos o comandante que quer fazer da expedição um motivo para a redenção de um erro cometido no passado, por isso passa a tomar decisões precipitadas e que colocam em risco a segurança de todos os seus homens; temos o capitão linha dura que luta contra o alcoolismo e que  após uma série de tragédias passa a assumir o comando da expedição; temos o maléfico casal sodomita de marinheiros capaz de fazer as mais absurdas maldades, até mesmo matar por simples prazer; temos a mulher esquimó sem língua e com um misterioso passado; temos o médico humano e idealista que sempre encontra soluções de ultima hora para salvar vidas. Galera são muitos personagens fantásticos criados pelo autor.
Não existe nada mais maravilhoso no livro do que sentir a interação desses personagens tão ricos em sua essência. Os conflitos, as traições, as brigas, as reconciliações; os gestos de altruísmo, de amizade, enfim, um enredo inebriante. Quer dizer... até chegar o final insosso e decepcionante.
Na minha cabeça se passavam ‘mil e um finais’ diferentes para o Capitão Crozier – que assumiu o comando da expedição após uma série de eventos – e seus homens que conseguiram sobreviver durante parte da travessia do deserto ártico.
A união de Crozier com outro personagem acabou matando a história, pois a partir daí, o enredo começou a ganhar ‘ares’ mitológicos e abstratos, abandonando aquela realidade temperada com pequenos toques de ficção e que vinha predominando na obra. 
Achei um absurdo aquele ‘culto da língua’ perto final envolvendo esses dois personagens. Da mesma forma, também considerei patético o destino dado à criatura predadora – que destino? –  além da explicação para a sua origem. Resumindo moeram a linha real do romance e o transformaram num conto de “As Mil e Uma Noites”.
Se quiserem ler “O Terror”, leiam, pois trata-se de um livro fantástico; exceto o seu final murcho de decepcionante.

12 abril 2018

Saga Percy Jackson e Os Olimpianos (“O Ladrão de Raios”, “O Mar de Monstros”, “A Maldição do Titã”, “A Batalha do Labirinto” e “O Último Olimpiano”)


E lá vamos nós! Eis que continuo vasculhando o meu baú literário de obras que li há muito tempo, mas por algum motivo o qual não sei explicar, ainda não resenhei. Agora chegou a vez de “Percy Jackson e Os Olimpianos”.
Tenho os cinco livros da saga e os guardo em lugar de destaque em minha estante. Podem acreditar: eles merecem todo esse zelo.
Cara, você aprende mitologia grega brincando. Verdade! Quanto aos leitores que já tem uma noção sobre o assunto, simplesmente eles ganham mais gosto pelos mitos e procuram se aprofundar ainda mais em seus estudos e pesquisas. Foi o que aconteceu comigo. Apaixonei-me pelas histórias de vários semideuses da mitologia grega e assim, comecei a estudá-los de maneira mais profunda o que acabou rendendo um post no ‘Livros e Opinião (esse aqui).
Costumo dizer que o autor Rick Riordan ensina mitologia grega da maneira mais sedutora possível, atualizando os mitos para o século XXI. Até mesmo quando desvia de contextos clássicos sobre a mitologia, fazendo adaptações livres sobre o tema – como no caso dos 12 chalés, um para cada deus  – ele consegue ‘ganhar’ o leitor. Aliás, o autor brinca com a mitologia de uma maneira gostosa o que a torna ainda mais atrativa para os leitores contemporâneos, como por exemplo, ao mudar o Monte Olimpo (a famosa  morada dos deuses) para Nova York.
Uma saga com tantas qualidades, não poderia deixar de ser resenhada no blog; ao contrário dos dois filmes lançados que foram verdadeiros fiascos e passam longe dos livros de Riordan.
Tudo começou com “O Ladrão de Raios”, lançado em 2005, primeiro volume da saga e que atingiu os primeiros lugares na lista dos livros mais vendidos do “The New York Times”. Neste volume, ao autor introduz o personagem central, Percy Jackson no contexto da mitologia grega readaptada para o nosso século. Ele é um garoto de 12 anos com dislexia e que estuda numa escola de primeiro grau para crianças problemáticas. O que o garoto desconhece é que ele é filho de um famoso deus do Olimpo e por isso acaba sendo transferido para um acampamento meio sangue  - um tipo de escola em tempo integral onde ficam outros filhos de deuses gregos. “O Ladrão de Raios” serve de introdução para todos os outros quatro livros e por isso pode ser considerado o mais importante de toda a coleção. Nele, o raio-mestre de Zeus é roubado, e é Percy quem deve resgatá-lo. Para restaurar a paz no Olimpo, ele e seus amigos heróis precisarão fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: Percy terá de encarar o pai, resolver o enigma do Oráculo e desvendar uma traição que ameaça a harmonia dos deuses do Olimpo.
No segundo volume, “O Mar de Monstros”, Percy e seus amigos saem em busca do velocino de ouro, único artefato mágico capaz de proteger o acampamento meio sangue da destruição. É com essa missão que ele e outros campistas partem para uma perigosa viagem pelo Mar de Monstros, onde deparam com seres fantásticos, perigos e situações inusitadas, que põem à prova seu heroísmo e herança. Antes, porém, o herói precisará confrontar um mistério sobre sua família – algo que o fará questionar se ser filho de um poderoso deus do Olimpo é uma honra ou uma terrível maldição.
O terceiro volume, “A Maldição do Titã” foi lançado em 2007, quatro anos antes do surgimento do blog Livros e Opinião – um dos motivos que explica o atraso dessa resenha. Nele conhecemos Nico e Bianca que são filhos de um dos grandes deuses gregos. Percy e sua parceira inseparável, a semideusa Anabeth tentam ajudar os dois irmãos, mas o que eles não sabem é que a trama faz parte de um plano de Cronos (Senhor dos Titãs) para se vingar de Percy e todos os seus amigos.
Em “A Batalha do Labirinto”, que surgiu um ano depois de “A Maldição do Titã”, Cronos, o maléfico vilão que no livro anterior foi destronado e destruído pelos 12 deuses do Olimpo se prepara para retornar. Achei o livro fantástico. Bem tenso, mesmo. O leitor  fica naquela aflição para saber se o plano de Cronos em destruir o acampamento meio sangue dará certo ou não. Para assegurar que o refugio de semideuses não seja invadido, Percy e seus amigos-guerreiros tentam a qualquer custo deter as forças do poderoso titã, antes que se aproximem do acampamento. Para isso, será necessário sobreviver ao emaranhado de corredores do temido Labirinto de Dédalo – um interminável universo subterrâneo que a cada curva revela as mais terríveis surpresas.
Autor Rick Riordan
Em 2009, Riordan concluiu a sua saga literária com “O Último Olimpiano”. Mais um livraço que foi lançado no Brasil em 2010 pela editora Intrínseca. A obra marca o desfecho da saga.
Os meios-sangues passaram o ano inteiro preparando-se para a batalha contra os titãs e sabem que as chances de vitória são pequenas. O exército de Cronos está mais poderoso que nunca, e cada novo deus ou semideus que se une à causa confere mais força ao vingativo titã. Cronos avança em direção ao Monte Olimpo que está precariamente vigiado, enquanto apenas Percy Jackson e seu exército de heróis podem detê-lo. Nesse quinto livro da série, o combate que pode acarretar o fim da civilização ocidental ganha as ruas de Manhattan, levando muita ação e suspense aos leitores.
Cinco grandes livros.
Leiam, aprendam mitologia grega e divirtam-se!


08 abril 2018

“A Assombração da Casa da Colina” será relançado pela Suma de Letras. Livro já está em pré-venda


Acredito que a partir de agora, o meu sonho de ver republicado o livro “Depois da Meia-Noite” de Stephen King ficou mais fácil de tornar-se realidade. O motivo da minha esperança é a decisão supimpa da Suma de Letras em relançar um verdadeiro clássico da literatura de terror que estava há muito tempo no rol das obras em fase de extinção. Estou me referindo ao clássico “A Assombração da Casa da Colina” escrito por Shirlley Jackson em 1959 e que voltará as prateleiras das principais livrarias do país no próximo dia 1º de maio. Quer mais uma boa notícia? Ok, eu conto. O livro já está em pré-venda nas livrarias virtuais, o que significa que os mais apressadinhos já podem reservar o seu exemplar.
Bem, se a Suma conseguiu relançar um livro tão raro quanto este, o que a impede de trazer novamente para o mundo dos vivos o antológico “Depois da Meia-Noite”? Sé resta aguardar e torcer. Mas agora, vamos nos ater a obra de Jackson que para o deleite dos fãs da literatura de terror estará de volta no início de maio. A autora que faleceu há quase 53 anos, continua sendo uma das mais respeitadas por escritores do gênero. Basta dizer que ela é vista por mestres como Stephen King e Neil Gaiman como a rainha do terror.
“A Assombração da Casa da Colina” fez tanto sucesso que já ganhou duas adaptações cinematográficas – “A Casa Maldita” (1963) e “A Casa Amaldiçoada” (1999) – além de planos para a produção de uma série de TV na Netflix, cujo cronograma já está na escolha dos artistas para os papéis principais.  
No livro, a autora conta a história de Eleanor que após ficar sozinha no mundo, acaba recebendo uma carta de um misterioso dr. Montague convidando-a para passar um tempo na Casa da Colina, um local conhecido por suas manifestações fantasmagóricas. O mesmo convite é feito a Theodora, uma alma artística e "sensitiva", e a Luke, o herdeiro da mansão. Mas o que começa como uma exploração bem-humorada de um mito inocente se transforma em uma viagem para os piores pesadelos de seus moradores. Com o tempo, fica cada vez mais claro que a vida e a sanidade, de todos estão em risco.
Agora, só resta aguardar a chegada de 1º de maio para começar a devorar “A Assombração da Casa da Colina”, enquanto isso, aproveitem para reservar o livro na pré-venda.
Detalhes técnicos
Título: A Assombração da Casa da Colina
Autora: Shirlley Jackson
Editora: Suma de Letras
Páginas: 200
Ano: 2018
Genero: Terror





05 abril 2018

Às Portas da Fantasia – Dez histórias escolhidas de ficção científica


“Dos dez, somente cinco”. Se tivesse de resumir, em poucas palavras, o livro “Às Portas da Fantasia – Dez histórias escolhidas de ficção científica”, a definição chegaria dessa maneira. Sem tirar, nem pôr. A seleção de contos escritos por Robert Bloch e Ray Bradbury e organizados por Kurt Singer dá para o gasto. Só isto. Até mesmo entre as cinco historietas - que na minha opinião, passaram no teste - existem três que apesar de boas não merecem estar na galeria das melhores antologias de terror dos dois autores. Portanto, para não ficar enrolando muito, “Às Portas da Fantasia” oferece apenas duas histórias fantásticas: “Os Títeres se Vingam” e “A Vez do Lobo”.
Acho muito pouco para uma obra que reúne novelas de dois grandes mestres da ficção científica e da literatura fantástica. Bloch além de roteirista, e dos bons, também criou em 1959 a sua obra máxima, Psicose, considerada uma referencia no gênero terror/suspense. Quando a Bradbury, dispensa comentários, ou será que vocês não leram ainda “Fahrenheit 451” e “Um Som de Trovão”? – o primeiro, livro; o segundo, conto.
E foi com essa expectativa que não pensei duas vezes para comprar “Às Portas da Fantasia – Dez histórias escolhidas de ficção científica”. Pensei comigo: “Caramba! Não posso perder 10 contos dessas duas feras da literatura fantástica!”. Ao terminar o livro, a sensação foi de decepção, pois não queria ter encontrado apenas cinco histórias boas, mas dez!  Na pior das hipóteses, até oito serviriam; mas somente cinco?! E entre elas, apenas duas excelentes?!! Putz...
O livro da editora Expressão e Cultura foi lançado em 1970 e apesar de ter o subtítulo “Dez histórias escolhidas de ficção científica”, todos os seus 10 contos não tem elementos desse gênero literário. Singer optou por selecionar histórias de terror e suspense, mas isso em nada desmerece os cinco contos que considerei bons. Sei lá, acho apenas, que o subtítulo não tem nada a ver com o conteúdo da obra.
Tá vendo só? Falei, falei; escrevi, escrevi e acabei não revelando quais foram os outros três contos do livro que me agradou, além de “Os Títeres se Vingam” e “A Vez do Lobo”. Ehehehe, já ia dando bom dia a cavalo. Ok, então anotem: “O Campanário das Trevas”, “O Vampiro Zombeteiro” e “O Manipulador”. Confiram  um breve resumo das histórias:
01 – O Campanário das Trevas (Robert Bloch)
O curioso nesse conto de Bloch, escrito em 1950, é que ele transforma o escritor H.P. Lovecraft - com quem trocou cartas e de quem recebeu incentivos em relação a seus primeiros contos – em um dos personagens centrais. Um jovem escritor chamado Robert Blake visita um templo em ruínas onde no passado um grupo de fanáticos fazia sacrifícios sangrentos considerados terríveis. Orientado por Lovecraft, Blake faz descobertas assustadoras. O conto atinge a sua tensão máxima nas páginas finais. Fiquei animado com a história, acreditando que as próximas novelas do livro também seriam boas. E assim, na sequencia chegou “Os Microespiões”, entonce... a casa começou a cair.
02 – Os Microespiões (Ray Bradbury)
A história de William Tinsley, um rico empresário, que investiu um milhão de dólares em inseticidas, papel para pegar moscas e toda sorte de preparados para acabar com as baratas, por achar que esses insetos estavam preparando uma espécie de armadilha para ele, até empolga no começo, mas a partir do meio do conto, quando os micróbios entram em ação e fica explicado quais são as verdadeiras intenções desses micróbios no enredo, a história degringola. Uma pena.
03 – O Vampiro Zombeteiro (Robert Bloch)
Cara, que conto! Amei e... me assustei! Não imaginava aquele final. O conto é narrado por um médico psiquiatra que se encontra internado num asilo de loucos, já que ninguém acredita na horripilante história que ele garante ter vivido. Tudo começa quando o psiquiatra recebe em seu consultório um homem estranho que diz ter alucinações tão medonhas que já estão influenciando em sua sanidade mental. Todas as noites, o paciente sonha estar caminhando entre os tumulo de um cemitério, até descobrir a passagem secreta de uma catacumba onde entra e vê coisas de arrepiar.O médico tenta esclarecer que tudo não passa de alucinações, até que...
04 – Os Títeres se Vingam (Robert Bloch)
Fantastic! Man, que conto de terror! Um famoso neurocirurgião é encarcerado num asilo por ser considerado louco. No passado, ele atendia soldados em campos de batalha e após um bombardeio, do qual só ele conseguiu escapar com vida, acabou  ficando perturbado mentalmente e assim, foi trancafiado num asilo de loucos sob os cuidados de um sádico psiquiatra. O neurocirurgião descobre que pode criar bonecos de barro que adquirem vida, prontos para fazer tudo o que ele ordenar. Esta história serviu de base para o episódio final de “O Asilo do Terror”, filme britânico do gênero feito pela Amicus Productions em 1972 e considerado um verdadeiro clássico.
05 – Um Delírio Metaléptico (Ray Bradbury)
Um menino fica doente e com muita febre. Resultado: cama. O garoto percebe que começa a perder o controle dos braços, depois das pernas e finalmente de todo o corpo. O problema é que tanto os seus pais quanto o seu médico não acreditam nele. Então algo inesperado acontece. Não gostei.
06 – A Maldição do Druídas (Robert Bloch)
Conto que peca pelo mesmo defeito de “Os Microespiões”, ou seja, começa bem, com expectativas, mas depois... O mote de “A Maldição dos Druidas” – um fazendeiro cético descobre um altar pagão localizado no meio de suas terras, recentemente adquiridas, e assim, resolve destruí-lo, sem dar ouvidos aos clamores dos moradores nativos - é fantástico, mas a conclusão é simplória e triste.  Fiquei com a impressão de que o autor abriu um buraco (literalmente falando) e como não conseguiu encontrar um ‘the end’ mais adequado, jogo todo mundo dentro do buraco.
07 – O Morto (Ray Bradbury)
O responsável pela seleção dos contos de  “Às Portas da Fantasia” não foi feliz na escolha das histórias de Bradbury – das quatro, apenas uma se salvou (“O Manipulador”).  “O Morto” é o pior conto do livro: sem terror, sem sustos, sem medo e principalmente entediante ao extremo. Bradbury fala de um cara  que se finge de morto numa pequena cidade e acaba se transformando em motivo de chacotas dos moradores. Êta historinha chata!
08 – Uma Questão de Regulamento (Robert Bloch)
E vamos para o terceiro caso de mais uma história com começo avassalador e repleta de expectativas, mas que, infelizmente, morre no meio do caminho. Um recenseador demográfico que está colhendo dados dos moradores de uma cidade, acaba batendo na porta da casa de uma bruxa. Ao entrar, começa a escutar as histórias da mulher e acredita que ela sofra de algum transtorno mental, mas após presenciar algumas atitudes incomuns, é obrigado a acreditar no impossível. O final insosso arrebentou o conto.
09 – O Manipulador (Ray Bradbury)
O desenrolar cômico e sombrio da história contrasta com o seu final trágico e sangrento. Bradbury foi muito feliz no final aberto que decidiu reservar aos seus leitores. Benedict é um agente funerário, motivo de chacotas dos moradores de sua cidade. Humilhado e desrespeitado pelos vivos, Benedict resolve dar o troco nessas mesmas pessoas, mas somente após elas morrerem! Um conto de humor negro muito legal.
10 – A Vez do Lobo (Robert Bloch)
Depois de “Os Títeres se Vingam”, este é o outro conto fora de série da coletânea selecionada por Singer. Uma autentica e verdadeira história de lobisomens, como deve ser: com sustos, amores impossíveis, muito sangue e um enredo que foge do ‘basicão’ das histórias de licantropia. A mulher de um escritor de novelas de terror tem convicção de que  está sendo perseguida por um lobisomem, mas o seu marido não acredita. No desenrolar da trama vão surgindo surpresas atrás de surpresas, deixando o leitor também surpreso. Bloch foi feliz ao finalizar a obra. Um ‘the end’ que vai jus as melhores histórias de lobisomens.
Taí galera. Se estiverem a fim de um livro com dez contos, onde apenas cinco valem a pena serem lidos, comprem logo.
Inté!

01 abril 2018

A Profecia – Conflito Final


Ok, Ok... não vou repetir tudo o que já escrevi nos posts sobre os dois livros anteriores da saga “A Profecia” (ver aqui e aqui). Basta apenas dizer: é uma cópia do roteiro do filme de 1981. Aliás, um copião descarado: nomes de personagens, diálogos, cor das roupas, atitudes e tudo mais que você possa imaginar.
Como eu não me recordava mais da história, resolvi fazer a seguinte experiência: li pouco mais da metade do livro, parei em determinado capítulo, depois assisti ao filme e na sequencia conclui a leitura da obra. Resultado: a metade do livro que havia lido era idêntica às tomadas do filme também em sua primeira metade. Cara, que decepção! Depois disso, perdi todo o tesão de concluir a leitura, por isso, fui apenas folheando até o final, lendo uma passagem aqui e acolá. Ler pra quê, se já havia assistido ao filme?
Talvez essa seja uma das resenhas mais curtas que escrevi em todo o blog porque não há mais nada para escrever. Capisce? 
Após ter assistido ao filme e lido só a metade do livro, quis saber quem havia escrito a novelização, ou melhor, copiado o roteiro do cinema para as páginas. Trata-se de Gordon McGill, um autor britânico especialista em escrever novelas de filmes.
Além de “A Profecia III – Conflito Final”, ele fez algo semelhante também com outros filmes como: “Os Espiões Que Entraram Numa Fria”, de John Landis (1985), “O Pequeno Buda”, de Bernardo Bertolucci (1993). “O Traidor”, de Stephen Frears (1984), além de outros.
Deu prá entender que esse tal Gordon McGill só faz adaptações de roteiros de filmes para as páginas, verdadeiros copiões.
Para quem não conhece a história de “A Profecia – Conflito Final”, vamos lá. Damien Thorn, o Anticristo, tem agora 32 anos, e se transformou num ser frio e calculista, cujo credo é o mal, cuja ambição é a dominação do mundo e cuja lealdade exclusiva é para consigo mesmo e para com o tinhoso a quem ele serve. Para atingir seus objetivos, ele mata qualquer um que esteja em seu caminho, seja ele amigo, inimigo, discípulo ou amante Apenas um dedicado padre, cuja missão é destruir o Anticristo e que controla as sete adagas de Megido, está entre Damien e seu desejo de levar o mundo ao caos total.
Taí galera, livro ou filme? Não percam tempo assistindo aos dois, apenas um já é o suficiente.

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