28 fevereiro 2017
Os 15 livros mais vendidos nos dois primeiros meses de 2017
E aí galera, começaram 2017 lendo muito? No post de
hoje vou publicar os livros mais vendidos nestes dois primeiros meses do ano;
aqueles que conquistaram a preferência popular.
Fiz a pesquisa baseada no portal Publishnews que
elabora o seu ranking a partir da soma simples das vendas de todas as livrarias
consultadas. São elas: Argumento, Cultura, Curitiba, FNAC, Laselva, Leitura,
Livaria da Vila, Martins Fontes-SP, Nobel, Saraiva, SuperNews e Travessa.
Considero as pesquisas da Publishnews e também da Veja,
as mais confiáveis. Geralmente utilizo o ‘paradão’ da Veja quando publico um
toplist referente a alguma categoria (fição, autoajuda, etc), mas como hoje
optei por uma lista geral, achei que a pesquisa da Publish cairia bem. Vamos a
ela.
Ah! Antes que me esqueça, não avaliei pessoalmente
nenhuma dessas obras. As informações foram fornecidas pelas próprias editoras.
15º
Lugar: O Poder da Ação
Autor:
Paulo Vieira
Editora:
Gente
Páginas:
256
Preço:
R$ 29,90
Categoria:
Autoajuda
Neste livro, Paulo Vieira convida o leitor a quebrar
o ciclo vicioso e iniciar um caminho de realização. Para isso, ele apresenta o
método responsável por impactar 250 mil pessoas ao longo de sua carreira - e
que pode ser a chave para o que o leitor tanto procura. No decorrer destas
páginas, o autor entrega uma bússola. E para conseguir se guiar por ela, o
leitor terá de assumir um compromisso com a mudança.
14º
Lugar: Sapiens – Uma Breve História da Humanidade
Autor:
Yuval Noah Harari
Editora:
L&PM
Páginas:
464
Preço:
R$ 47,90
Categoria:
Não Ficção
O livro aborda a História da Humanidade desde a
evolução arcaica da espécie humana na idade da pedra, até o século XXI. Seu
principal argumento é que o Homo sapiens
domina o mundo porque é o único animal capaz de cooperar de forma flexível em
largo número e o faz por ser a única espécie capaz de acreditar em coisas que
não existem na natureza e são produtos puramente de sua imaginação, tais como
deuses, nações, dinheiro e direitos humanos. O autor afirma que todos os
sistemas de cooperação humana em larga escala - incluindo religiões, estruturas
políticas, mercados e instituições legais - são, em última instância, ficção.
Outros argumentos relevantes do livro são os de que
dinheiro é um sistema de confiança mútua; o capitalismo é uma
religião e não apenas uma teoria econômica; o império tem
sido o sistema político mais bem sucedido dos últimos 2000 anos; o tratamento
dado a animais domésticos está entre os piores crimes da História;
as pessoas hoje não são necessariamente mais felizes que no passado e os
humanos estão atualmente em um processo de modernização de seus deuses.
13º
Lugar: O Poder do Hábito
Autor:
Charles Duhigg
Editora:
Objetiva
Páginas:
408
Preço:
R$ 44,90
Categoria:
Autoajuda
Com base na leitura de centenas de
artigos acadêmicos, entrevistas com mais de trezentos cientistas e executivos,
além de pesquisas realizadas em dezenas de empresas, o repórter investigativo
do New York Times Charles Duhigg elabora, em O poder do
hábito, um argumento animador: a chave para se exercitar regularmente, perder
peso, educar bem os filhos, se tornar uma pessoa mais produtiva, criar empresas
revolucionárias e ter sucesso é entender como os hábitos funcionam.
Transformá-los pode gerar bilhões e significar a diferença entre fracasso e
sucesso, vida e morte. Duhigg conclui por que algumas pessoas e empresas têm
tanta dificuldade em mudar, enquanto outras o fazem da noite para o dia.
12º
Lugar: O Poder do Agora
Editora:
Sextante
Páginas:
224
Preço:
R$ 24,90
Categoria:
Autoajuda
Combinando conceitos do
cristianismo, do budismo, do hinduísmo, do taoísmo e de outras tradições
espirituais, Tolle elaborou um guia para a descoberta do nosso potencial
interior. Segundo a editora, este livro é um manual prático que nos ensina a
tomar consciência dos pensamentos e emoções que nos impedem de vivenciar
plenamente a alegria e a paz que estão dentro de nós mesmos.
11º
Lugar: Novos Caminhos, Novas Escolhas
Editora:
Objetiva
Páginas:
176
Preço:
R$ 34,90
Categoria:
Não Ficção
Neste livro, Abílio Diniz narra
pela primeira vez suas lutas recentes e os novos caminhos que descobriu nos
últimos anos. De acordo com release fornecido pela Sextante, Abilio está sempre
inovando, se aperfeiçoando. Não só no trabalho, mas na forma como pratica
esportes, se alimenta e organiza sua rotina. Está sempre em busca de
autoconhecimento e equilíbrio. Novos caminhos, novas escolhas permite ao leitor
conhecer mais uma faceta de um dos maiores empresários do Brasil.
10º
Lugar: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
Editora:
Rocco
Páginas:
352
Preço:
R$ 49,50
Categoria:
Infantojuvenil
Sempre foi difícil ser Harry Potter
e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério
da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida
com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve
lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que
passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem
uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.
09º
Lugar: Como Eu era Antes de Você
Editora:
Intrínseca
Páginas:
320
Preço:
R$ 29,90
Categoria:
Ficção
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem
muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno
e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além
disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar
de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece
interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou se
vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete
consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos,
é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um
acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura
em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will
não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois
desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
08º
Lugar: Depois de Você
Editora:
Intrínseca
Páginas:
320
Preço:
R$ 39,90
Categoria:
Ficção
Em Depois de você, Lou ainda não
superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como
garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do
terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas
também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com
a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la. Ao se
recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba
entrando para um grupo de terapia de luto.
07º
Lugar: Rita Lee – Uma Autobiografia
Editora:
Globo Livros
Páginas:
296
Preço:
R$ 44,90
Categoria:
Não Ficção
Do primeiro disco voador ao último
porre, Rita é consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Segundo a editora ao ler
o livro, várias vezes o leitor tem a sensação de estar diante de uma biografia
não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias. A obra aborda a infância e
os primeiros passos na vida artística; sua prisão em 1976; o encontro de almas
com Roberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos
clássicos; os tropeços e também as glórias.
06º
Lugar: Propósito
Editora:
Sextante
Páginas:
160
Preço:
R$ 29,90
Categoria:
Autoajuda
Em Propósito, Sri Prem Baba expande
o diálogo amoroso a que sempre se propôs, abordando temas que têm a ver com os
anseios mais íntimos do ser humano. A sinopse da Sextante aponta que o livro fará com que o leitor
vislumbre o horizonte de um trajeto precioso que o levará ao interior de si
mesmo. Quando chegar ao seu destino, encontrará o Propósito de sua existência.
Essa viagem será vigorosa, transformadora e única, mas poderá ser realizada com
serenidade.
05º
Lugar: Quatro Vidas de um Cachorro
Editora:
Harper Collins
Páginas:
288
Preço:
R$ 34,90
Categoria:
Ficção
Esta é a inesquecível história de
um cão que após renascer várias vezes imagina que haja uma razão para seu
retorno, um propósito a cumprir, e que, enquanto não o alcançar, continuará
renascendo. Narrado pelo próprio animal, Quatro vidas de um cachorro aborda a
questão mais básica da vida "Por que estamos aqui?". De acordo com o
release, o enredo é emocionante e com boas doses de humor. Quatro vidas de um
cachorro mostra o olhar de um cão sobre o relacionamento entre as pessoas e os
laços eternos entre os seres humanos e seus animais.
04º
Lugar: Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século
Editora:
Saraiva
Páginas:
160
Preço:
R$ 14,90
Categoria:
Autoajuda
Neste livro, o conceituado
psiquiatra e psicoterapeuta Augusto Cury apresenta a Síndrome do Pensamento
Acelerado (SPA), uma das doenças mais penetrantes da atualidade. Ainda pouco
conhecida por psicólogos e psicopedagogos, não raro a SPA é confundida com
hiperatividade ou transtorno do déficit de atenção. Nesta obra, o leitor
conhecerá os sintomas e as consequências desse mal bem, como as técnicas para
enfrentá-lo e recuperar sua tranquilidade, emocional e mental.
03º
Lugar: Por que Fazemos o que Fazemos?
Editora:
Planeta do Brasil
Páginas:
176
Preço:
R$ 31,90
Categoria:
Autoajuda
O filósofo e escritor Mario Sergio
Cortella desvenda em Por que fazemos o que fazemos? as principais preocupações com relação
ao trabalho. Dividido em vinte capítulos, ele aborda questões como a
importância de ter uma vida com propósito, a motivação em tempos difíceis, os
valores e a lealdade - a si e ao seu emprego. O livro funciona como um manual
para as pessoas que tem uma carreira mas vivem se questionando sobre o presente
e o futuro.
02º
Lugar: O Garoto do Sonho
Editora:
Astral Cultural
Páginas:
128
Preço:
R$ 34,90
Categoria:
Infantojuvenil
Maria Clara é uma jovem com uma
vida comum, com pensamentos e rotina de uma vida comum. No seu primeiro dia de
férias, presencia um acontecimento que a faz questionar a razão da vida. Sem
encontrar respostas em sua própria mente, Maria Clara então abre espaço para se
relacionar com quem tem respostas. Em um sonho, conhece um garoto chamado Eryn,
que é de outro planeta, um representante de uma Nova Cultura que lhe mostra uma
nova visão de mundo, Deus, a Vida e o Amor.
01º
Lugar: O Homem Mais Inteligente da História
Editora:
Sextante
Páginas:
272
Preço:
R$ 29,90
Categoria:
Ficção
Considerado por Augusto Cury a obra
mais importante de sua carreira, este é o primeiro volume de uma coleção que,
segundo a Sextante, vai abalar nossas convicções e transformar nossa visão do
personagem que julgávamos conhecer tão bem. Psicólogo e pesquisador, Dr. Marco
Polo desenvolveu uma teoria inédita sobre o funcionamento da mente e a gestão
da emoção. Após sofrer uma terrível perda pessoal, ele vai a Jerusalém
participar de um ciclo de conferências na ONU e é confrontado com uma pergunta
surpreendente: Jesus sabia gerenciar a própria mente? Ateu convicto, Marco Polo
responde que ciência e religião não se misturam. No entanto, instigado pelo
tema, decide analisar a inteligência de Cristo à luz das ciências humanas.
Por hoje é só pessoal!
24 fevereiro 2017
DarkSide lança em março mais um livro da coleção DarkLove: ‘A Guerra Que Salvou a Minha Vida’
Vem aí mais um lançamento da DarkSide; dessa vez
para o mês de março. Para ser mais exato: no dia 22 de março. A boa notícia é
que o livro já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais e aqueles
que curtiram ‘Em Algum Lugar nas Estrelas’, ‘A Menina Submersa: Memórias’ e ‘Onde
Cantam os Pássaros’, certamente, também, irão gostar de ‘A Guerra Que Salvou a
Minha Vida’. Por que? Simples meu caro Watson, o novo lançamento da editora da caveirinha
também faz parte da coleção ‘Dark Love’ e por isso, tem muitas semelhanças com
os seus... hãaaaa... digamos, antepassados.
O que estou querendo dizer é que o estilo narrativo de ‘A Guerra que
Salvou a Minha Vida’ é muito parecido com ‘Em Algum Lugar nas Estrelas’ e as
outras obras que integram a série Darklove.
É evidente que ainda não li o livro – mesmo porque o
‘dito cujo’ nem sequer foi lançado – por isso vou me abster de opinar, mas
segundo release fornecido pela DarkSide, Kimberly Brubaker Bradley, a autora da
obra, consegue ir muito além do que se convencionou chamar “história de
superação”. Seu livro é um registro emocional e historicamente preciso sobre a
Segunda Guerra Mundial e de como os grandes conflitos armados afetam a vida de
milhões de inocentes, mesmo longe dos campos de batalha.
Pelo o que eu entendi, após ler o release, Bradley
mostra a guerra pelos olhos de uma menina ao invés de explorar o ponto de vista
de um soldado ou comandante de batalhão.
Achei interessante essa premissa porque a maioria
dos livros sobre a 2ª Guerra, sejam eles de ficção ou não, dificilmente abordam
o tema pelos olhos de uma criança; mas quando decidem fazê-lo brindam os seus
leitores com verdadeiras jóias raras. Foi assim com ‘O Diário de Anne Frank’ e ‘A
Menina Que Roubava Livros’. Por isso, confesso, que estou com uma certa
expectativa com relação a ‘A Guerra que Salvou a Minha Vida’.
Bradley conta a história de uma menina de dez anos
chamada Ada e que nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos
outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer
criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto”
como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha,
além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe.
A proximidade de uma guerra envolvendo um grande
numero de países, além do risco de bombardeios por parte dos alemães, acabam se
tornando a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e
partirem para o interior, em busca de uma vida melhor.
‘A Guerra que Salvou a Minha Vida’ foi eleito entre
os melhores livros de 2015 pelo Wall Street Journal, a revista Publishers
Weekly, a New York Public Library e a Chicago Public Library, entre outros; sem
contar que chegou a ser adotado em diversas escolas nos Estados Unidos.
Vamos aguardar 22 de março para sabermos se valeu a
pena tanta expectativa.
Inté!
19 fevereiro 2017
‘Frankenstein’ e ‘Edgar Allan Poe’ - série Medo Clássico da DarkSide - provocam frisson nos leitores
Cara, tô pasmado! Mal a DarkSide colocou nas bancas
os seus dois primeiros livros da nova coleção “Medo Clássico”, as obras
sumiram! ‘Edgar Allan Poe’ e ‘Frankenstein, ou o Prometeu Moderno’ foram
lançados, respectivamente, nos dias 5 e 6 de fevereiro, mas em menos de duas
semanas, ambos se esgotaram.
Ontem à noite estava dando a minha tradicional
zapeada pelas livrarias e sebos virtuais quando percebi que os dois lançamentos
encontravam-se esgotados na Submarino e Americanas. Já na Livraria da Folha era
possível encontrar somente a obra de Mary Shelley. Nos demais portais, os dois
livros ainda podem ser localizados, mas com certeza dentro de pouco tempo:
pluft, sumirão das estantes.
Como explicar um fenômeno desses? Man, é simples. A
cada novo lançamento, a DarkSide capricha ainda mais no layout. Não venha me
dizer que você acredita que seja o conteúdo da obra o grande responsável pelo
estrondoso índice de vendas?! Ah! Tá bom. Então, você acha que os milhares de
leitores brasileiros que adquiriram, recentemente, os livros ‘Psicose’ e
‘Tubarão’ republicados pela DarkSide nunca tinham lido as histórias de Robert
Bloch e Peter Benchley? Galera, pára com isso! A grande maioria desses leitores
já conhecia o enredo de trás para frente, mas o visual das obras foi tão
‘turbinado’ que tornou-se impossível resistir ao seu apelo mercadológico. E
assim, lá vai dinheiro para fora e livro para dentro da bolsa.
A editoria carioca fez uma jogada de mestre.
Selecionou bestsellers que marcaram época há muito tempo atrás e, simplesmente,
os reatualizaram. E como foi essa tal reatualizada? Nova capa, detalhes de
bastidores (no caso do livro ter sido filmado), fotos, páginas em papel de
altíssima qualidade, marcadores de páginas chamativos e é claro, uma baita
campanha de marketing. Agora me responda uma cosita: nesta relação, consta o
enredo? Ele não ‘consta’ porque não sofreu nenhuma modificação; o conteúdo das
obras ficou inalterado.
E foi
exatamente isso que ocorreu com ‘Edgar Allan Poe’ e ‘Frankenstein, ou o
E foi
exatamente isso que ocorreu com ‘Edgar Allan Poe’ e ‘Frankenstein, ou o
Prometeu Moderno’. Bem, para não ser injusto, ‘digamos’ que em Frankenstein, a
editora incluiu além da história principal, outros cinco contos desconhecidos
de Shelley – ‘Mortal imortal: um conto’, ‘Transformação’, ‘Roger Dodsworth: O
inglês reanimado’, ‘O sonho’ e ‘Valério: O romano reanimado’.
E já que estou falando da famosa escritora britânica,
aproveito para ressaltar que a sua obra máxima relançada pela DarkSide é
arrebatadora. O tipo de livro que você compra, literalmente, pela capa. Que
capaça, meu!! Pois, entonce, você começa a ler a obra e exclama: Pera ai, tá
diferente! Man, é claro que está! A tradução é outra; foi adaptada para os
nossos tempos – neste caso, confesso, o conteúdo sofreu discretas modificações.
A DarkSide não poupou esforços para contratar Márcia
Xavier de Brito, uma das principais tradutoras de bestsellers no Brasil. Além
da tradução atualizada e dos contos inéditos de Shelley, a editora ainda brinda
os seus leitores com capa dura e ilustrações feitas por Pedro Franz, artista
visual e autor de quadrinhos reconhecido internacionalmente. Ah! Tem mais: o livro
é impresso em duas cores: preto e sangue.
Quanto a ‘Edgar Allan Poe: Medo Clássico’, as
novidades também são especiais. Pela primeira vez numa edição nacional, os
contos estão divididos em blocos temáticos que ajudam a visualizar a enorme
abrangência da obra. A morte, narradores homicidas, mulheres imortais,
aventuras, as histórias do detetive Auguste Dupin, personagem que serviu de
inspiração para Sherlock Holmes.
O livro traz ainda o prefácio do poeta Charles
Baudelaire, admirador confesso de Poe e o primeiro a traduzi-lo para o francês.
‘Edgar Allan Poe: Medo Clássico’ apresenta ainda ‘O Corvo’ na sua versão
original, em inglês, além de reunir suas mais importantes traduções para o
português: a de Machado de Assis (1883) e a de Fernando Pessoa (1924).
Quer mais? Ok, eu digo. A DarkSide já começou a
organizar o volume 2 de ‘Edgar Allan Poe: Medo Clássico’.
E aguardem porque ‘Medo Clássico’ promete para os
próximos meses feras: Lovecraft e Bram Stocker.
Fantastic, concordam?
15 fevereiro 2017
Quatro Estações
‘Quatro Estações’ é um livro atípico de Stephen
King. Ahaaaaã!! Com certeza, você já está pensando que ele é atípico por não
ter elementos de terror, gênero que consagrou King. Estou certo? Pois é, sinto
dizer, mas você ‘dançou’. Nada disso man; ‘Quatro Estações” é uma obra atípica
porque foge totalmente dos limites de contos e também dos limites de romance.
Ok, vou explicar melhor; as quatro histórias que
fazem parte do livro são muito compridas para se encaixarem categoria de contos.
Elas extrapolam 35 mil palavras, como o próprio King afirma no posfácio de
‘Quatro Estações’. “Eles são longos demais para serem contos, mas por outro
lado, também são curtos demais para serem realmente longos”. Palavras do
mestre, sem tirar nenhuma vírgula. Resumindo galera, as histórias não são nem
contos, nem romances; estão no limbo.
Mas ocorre que estamos falando de Stephen King, um
dos escritores mais respeitados em todo o mundo, uma verdadeira lenda viva da
literatura, e que pode se dar ao luxo de escrever enredos, independentemente do
número de linhas. No caso de qualquer outro autor, os editores o teriam obrigado
a escrever um número pré-estabelecido de linhas para que a sua história pudesse
ser publicada como conto ou romance.
Capiche? É por isso que ‘Quatro Estações’ é uma obra
atípica de SK. Ela não se enquadra em nenhuma dessas duas categorias literárias
e apesar disso, editores de todo o mundo brigaram entre si para publicá-las,
pois sabiam que tinham um verdadeiro tesouro nas mãos.
Quanto ao outro assunto, ou seja, a falta de
elementos de terror nos “contos” - ‘Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank’
(Primavera Eterna), ‘Aluno Inteligente’ (Verão da Corrupção), ‘O Corpo’ (Outono
da Inocência) e ‘O Método Respiratório’ (Inverno no Clube) – nada a ver galera!
Tem terror sim. Tudo bem que seja nas entrelinhas, mas tem, pô!
Cara, o trecho de “O Corpo” sobre as sanguessugas
que atacam os quatro amigos num lago é assustador; bem como o relacionamento
doentio de um adolescente com o seu vizinho idoso que tem um passado de
envolvimento com o nazismo. “O Método Respiratório”, nem se fale! É terror puro
e como não bastasse, com doses macabras. Acredito que somente ‘Rita Hayworth e
a Redenção de Shawshank’ não apresenta pitadas de terror em seu enredo, apesar
de sua narrativa tensa.
O que importa é que com terror ou sem terror, muitas
ou poucas linhas, os ‘contos’ de ‘Quatro
Estações’ são estupendos. Prova disso é que três deles – ‘O Corpo’, ‘Rita Hayworth e a Redenção de
Shawshank’ e ‘Aluno Inteligente’ - se tornaram filmes de grande sucesso nas
décadas de 80 e 90.
Em ‘‘Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank’ temos
Andy Dufrene, um banqueiro condenado injustamente a duas prisões perpétuas,
consecutivas, pelas mortes de sua esposa e de seu amante. Porém, só Andy sabe
que ele não cometeu os crimes. No presídio, durante 19 anos, ele faz amizade
com Red, sofre toda espécie de brutalidade, mas consegue se adaptar a sua nova
vida, descobrindo meios de colocar em suas mãos os guardas, detentos e até
mesmo diretores do presídio. Não posso revelar qual é o grande objetivo de Andy
– que consegue ser cumprido de forma espetacular – pois estaria revelando um
spoiler gigantesco sobre a história. Quem assistiu ao filme “Um Sonho de
Liberdade” com Tim Robbins e Morgan Freeman até o final sabe à que estou me
referindo.
O conto “O Aluno Inteligente” traz a tona um dos
períodos mais tristes da história mundial: o nazismo. Nele, um garoto de 13
anos, viciado em histórias sobre a 2ª Guerra Mundial, tem uma obsessão sobre
campos de concentração que dizimaram milhares de judeus. Com exceção dessa
estranha mania, Todd Bowden é um aluno exemplar, até conhecer um Dussander, um
velho general nazista fugitivo e que coincidentemente passou a residir próximo
a sua casa.
O garoto descobre que no passado, o idoso torturou
inúmeros prisioneiros dos campos de concentração, então ele chantageia o
general, dizendo que não revelará a sua identidade para as autoridades
americanas com uma condição: que ele conte em detalhes histórias sobre os
campos de concentração. A relação entre o menino e o nazista vai causar uma
mudança drástica no comportamento de ambos.
‘O Corpo’ ou ‘Outono da Inocência’ foi o conto que
mais gostei. Nele, um escritor chamado Gordie Lachance recorda de um
acontecimento que viveu ao lado de três inseparáveis amigos de infância, no
verão de 1959, quando tinha doze anos. Certo dia, os quatro garotos saem juntos em busca do corpo de um adolescente que
estava desaparecido na mata há mais de três dias. O que eles não imaginavam é
que esta aventura se transformaria em uma jornada de auto-descoberta, que os
marcaria para sempre. O filme de 1986, baseado nesse conto, apesar do baixo
orçamento, foi um enorme sucesso de publico e crítica.
Quanto a ‘O Método Respiratório’, King deixa de
explorar o terror apenas nas entrelinhas para torná-lo escancaradamente
visível. A trama começa em
um clube de cavalheiros de Nova York, que os afiliados pagam para frequentar
contando histórias sinistras.
A história
envolvendo o "método de respiração" em questão aconteceu nos anos
1930, quando uma mulher decide dar à luz uma criança ilegítima, apesar do
estigma social da época. Preocupada, ela procura a ajuda do médico Dr. Emlyn
McCarron, que formulou a teoria que ajuda grávidas a parir melhor com uma
técnica de respiração. Os dois se aproximam, e McCarron percebe que a mulher
está mesmo determinada a ser mãe, mesmo depois que um acidente terrível coloca
a gestação em risco.
Man, man, que loucura! Trata-se, sem nenhuma dúvida,
de um verdadeiro livraço que não merece ser lido, mas devorado.
Inté!
11 fevereiro 2017
Livro que teria inspirado ‘O pequeno Príncipe’ será publicado no Brasil
O que vocês acham de “O Pequeno Príncipe” de Antoine
de Saint-Exupéry? Com certeza, amam, estou certo? Pois é, e se eu lhes
dissesse que esse autor francês encontrou inspiração para escrever “O Pequeno
Príncipe” graças a uma obra desconhecida e que se perdeu através dos tempos?
Que coisa, não é?! Muitos leitores tem a convicção
de que Saint-Exupéry não se inspirou em nenhuma outra obra, manuscrito, papiro,
pergaminho ou o escambau a quatro para compor o seu famoso princepizinho em
1943. Mas a realidade pode ter sido outra. Saint-Exupéry teria se inspirado em
outro menino chamado Patachou para escrever o seu livro. Mas enquanto “O
Pequeno Príncipe” rompeu a ‘barreira do som’ se tornando um clássico da
literatura mundial, sendo traduzido para mais de 200 idiomas e chegando a
vender uma média de 300 mil exemplares por ano só no Brasil, as obras “Patachou, Petit Garçon” e “Les
Histoires de Patachou” fizeram sucesso somente na França a partir do final dos
anos 1920 – mas acabaram pouco conhecidas fora do país, incluindo a nossa amada
terrinha, sem traduções para o
português.
As coletâneas de contos que inspiraram o autor Saint-Exupéry
foi escrita pelo poeta francês Tristan Dèreme que narra várias histórias de um
menino chamado Patachou (Patachu na tradução para o português). Depois de
fazerem muito sucesso, e de serem publicadas em versões ilustradas pelo artista
André-Hellé, as histórias de Patachu ficaram perdidas. No Brasil, por exemplo,
ninguém ouviu falar delas. Bem... pelo menos até agora, já que a Editora Piu
iniciou há algum tempo uma vaquinha virtual – que inclusive, termina nesta
terça-feira, dia 12 – com o objetivo de publicar os dois volumes escritos por Dèreme.
As histórias criadas pelo poeta francês falam de
Patachou, um garoto que ganhou esse apelido porque, um belo dia, foi
surpreendido com o dedo em uma pâte à choux (uma massa francesa que é base para
várias receitas de confeitaria). Os livros são divididos em pequenos contos que
misturam prosa e poesia, trazem brincadeiras e revelam a descoberta do mundo
pelos olhos da infância.
“O texto é de 1929, mas, assim como outros tantos
livros clássicos, ele aborda questões universais que são comuns a crianças de
todas as épocas, culturas e lugares. O autor enfatiza a imaginação, o ritmo, a
musicalidade, o humor e, ao mesmo tempo, uma pitada de melancolia. Dizem que
Saint-Exupéry se inspirou justamente nesse estilo”, diz a escritora Paula
Taitelbaum, que está à frente da editora Piu e do financiamento coletivo para
trazer a obra ao Brasil.
E aqueles que estão aguardando com expectativa a
publicação dessa coletânea já podem comemorar, porque tudo indica que a
vaquinha vitual que tinha por objetivo arrecadar R$ 34 mil, deu certo. Até
agora, a arrecadação está na casa dos R$ 37 mil. Portanto, com certeza teremos
o lançamento das aventuras de Patachu no Brasil.
Valeu!
08 fevereiro 2017
Conte-me Seus Sonhos
E tome posts com mais livros de Sidney Sheldon! Sabe
o que é galera? Li muitas obras do autor, bem antes de começar o blog, e não
sei porque – não me peça para explicar – não fiz a resenha de várias delas, o que
confesso foi uma grande injustiça. Agora, após o peso de consciência bater bem
lá no fundo, estou tentando reparar o meu erro, aliás, um grande erro. Taí o
motivo de ter publicado, na sequencia, três posts de obras do autor.
Hoje é a vez de “Conte-me Seus Sonhos”.
C-a-r-a-c-a!! Que final! Aliás, Sheldon foi o autor de finais antológicos em
muitas de suas obras e “Conte-me Seus Sonhos” faz parte dessa galeria. Mêo,
derruba o seu queixo, literalmente.
Ele narra uma série de assassinatos brutais onde as vítimas são mortas
de maneira cruel. Os crimes ganham repercussão mundial e após várias
investigações, a polícia chega a uma suspeita em potencial: Ashley Patterson,
de 20 anos. Uma moça de bom coração, uma verdadeira samaritana. Resumindo: a
moça é presa e vai a julgamento. De um lado, um promotor que afirma ter provas
ferrenhas de que ela é a criminosa e por isso, exige a pena de morte. Do outro
lado; um jovem advogado que coloca a sua carreira em jogo por defender Ashley,
mas acredita veemente em sua inocência.
Com o “andar da carruagem”, surgem mais duas lindas mulheres que também
podem estar envolvidas nos crimes: Toni Prescott e Allete Peters. Todas jovens
e sem antecedentes criminais. A grande pergunta é quem cometeu os crimes
brutais?
Bem, o autor poderia matar a sua história com um epílogo simples e
frouxo. Coisa do tipo: uma das três foi a assassina e pronto! Simples, não? Absolutamente
não; seria muito simplório, desde que o escritor não fosse Sidney Sheldon. Ele
reserva um final impensável aos seus leitores.
Considero esse livro, lançado em 1988, um dos mais
pessoais de Sheldon – excetuando a sua obra biográfica “O Outro lado de Mim:
Memórias” – onde ele confessa nas entrelinhas, usando-se de uma personagem, ser
portador de um distúrbio mental. Sheldon que sofria de esquizofrenia paranóide
criou em “Conte-me Seus Sonhos” uma personagem com distúrbios psicológicos. Os
mais chegados do autor dizem que essa ‘sacada’foi baseada em sua vida. Será?
Bem, independente dessa polêmica, o que importa é
que o enredo da obra é espetacular.
Vale muito a pena ser devorado.
05 fevereiro 2017
O Outro Lado da Meia-Noite
My God! Os prólogos de Sidney Sheldon! Sempre esses
prólogos! Costumo dizer que os famosos prólogos do autor, muitas vezes, já
valem a obra inteira, sem dizer que deixam os leitores com uma vontade enorme
de ‘engolir’ as páginas que restam até chegar no bendito trecho estampado na cara
do livro.
E, confesso galera, foi assim com “O Outro Lado da
Meia-Noite”; a cena que marca o início do julgamento de Noelle Page... PQP!! É
uma obra prima! Sheldon, de fato, estava inspirado quando escreveu aquele
prólogo arrasador.
“O Outro Lado da Meia-Noite” – escrito em 1974 e
adaptado para os cinemas em 1977 - é o tipo de história que ‘chupa’ o leitor
para interior de suas páginas. É aquele enredo que você não lê, mas devora. Sheldon
foi muito feliz na composição de seus personagens. Ele criou um triangulo
amoroso avassalador. De um lado temos Noelle Page, do outro, Catherine
Alexander e, no meio, Larry Douglas.
É difil dizer qual dos personagens do autor foi a
sua melhor criação, mas se fossemos estabelecerr um ranking, na minha opinião, Page
e Alexander estariam nas primeiras posições.
Ambas, são mulheres completamente diferentes como água e vinho. Noelle é
tempestade e Catherine é calmaria. O leitor fica dividido, pois passa a gostar
das duas. Quanto a Douglas, leva o Oscar de cafajeste e com uma mão nas costas,
mas como todo mau caráter tem o dom de conquistar donzelas, sejam elas fracas
ou fortes, lá está o famoso Dom Juan aprontando das suas.
A obra é uma das poucas que não tem personagens
secundários. Verdade! Eles foram tão bem elaborados que não dá para
considerá-los meros coadjuvantes. São os casos de Bill Fraser, Constantin
Demiris e o impagável Napoleon Chotas, um advogado muito peculiar. Estes
personagens “secundários” foram tão importantes em “O Outro Lado da Meia-Noite”
que voltaram como personagens principais na sequência da história conhecida
como “Lembranças da Meia- Noite”.
O enredo do livro tem traições, vingança, mentiras,
inveja e mais um arsenal capaz de prender a atenção dos leitores mais
dispersos; sem contar o prólogo. Ihh! Olha eu, novamente com o tal prólogo aí!
Ambientado nas décadas de 30 e 40, O outro lado da
meia noite narra as histórias de duas mulheres muito diferentes - que têm em
comum o amor pelo mesmo homem. A sensual Noelle é uma famosa atriz que sai dos
bairros pobres de Marselha para o sucesso no cinema. A americana Catherine é
uma profissional bem-sucedida, mas totalmente insegura com o sexo masculino em
geral.
O piloto e herói de guerra Larry Douglas, por quem
as duas se apaixonam em diferentes épocas de suas vidas, fecha o triângulo
amoroso que desperta o ódio do magnata grego Constatin Demiris, amante de
Noelle, um homem que não esquece nem perdoa.
A inocente Catherine comete o maior erro de sua vida
ao apaixonar-se pelo piloto Douglas. Ela não imaginava que o herói de guerra
tivesse uma história de amor mal resolvida com Noelle, atriz francesa em
ascensão, que não quer ser o lado mais fraco desse triângulo amoroso.
Para atingir seus objetivos e conquistar Larry de
vez, Noelle se envolve com o poderoso magnata Constantin Demiris. A atriz
começa então a planejar sua terrível vingança, que mudará para sempre o destino
de todos os envolvidos nesta história.
Leituraça! Vale a pena!
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