Juro, juro, mas juro mesmo que este texto deveria
ter sido postado ontem para combinar com o Dia dos Namorados, mas... – Putz, já pararam pra pensar como essa
palavrinha “mas” pode ser considerada uma arauta do contra, da disgrama, do revés,
do desfavorável e por aí afora? Sei lá, ela é inoportuna, aliás, muito
inoportuna. Vejam só: “fulana é bonita, mas...”, “fulano é um homem
trabalhador, mas...”. Ela também sabe ser cínica ou soar como falsa, muitas
vezes: “fulana é feia, mas...”, fulano é um homem preguiçoso, mas...”; e agora
cá estou, no blog, pedindo arrego para essa tal “mas”, para que ela me ajude a
justificar algo que deveria ter feito e não fiz.
Pois é, mas como vinha explicando antes das minhas costumeiras
divagações, é que após ter programado escrever esse post desde o começo da
semana passada; de repente começou a chover tarefas e mais tarefas sobre a
minha mesa, as quais só foram parar na sexta-feira (12). Cara, mal tinha tempo
pra respirar e com isso, confesso, não tive tempo de escrever o post que deveria
ser publicado no dia programado. Resultado: Acabei substituindo-o por outro
mais curto e simples, no caso o lançamento do novo livro da saga “Jogos Vorazes”.
Ok, mas como na minha opinião, achei o tema dessa
postagem – que você lê agora – muito criativo resolvi escrevê-la neste domingo
à noite. Então vamos que vamos!
Galera, tenho certeza que a maioria dos leitores
adoram um romance. Quem nunca se viu torcendo por determinado casal fictício?
Para que o tão esperado beijo entre eles aconteça; ou então para que um dos
dois descubra a trama ardilosa engendrada pelo vilão para separá-los? Não vai
me dizer que você deixou de virar páginas e mais páginas, freneticamente, para descobrir
se o seu personagem preferido conseguiu superar os obstáculos para perpetuar
esse amor?
Pensando nisso, resolvi fazer uma lista com os dez
casais mais icônicos da literatura e que conquistaram o meu coração, pelo menos
dos livros que eu li. Vamos a eles:
Livro:
Romeu e Julieta
Imagine só se eu não iria abrir essa galeria com um
casal que se tornou icônico no gênero romance e que serviu de inspiração para
muitos outros escritores contemporâneos.
Os personagens criados por William Shakespeare entre
1591 e 1595, nos primórdios de sua carreira literária, conseguiram vencer a
barreira do tempo e se tornarem ícones de gerações e mais gerações,
permanecendo vivos até hoje.
Romeu e Julieta se apaixonam em meio às desavenças
de suas famílias, os Montecchios e os Capuletos. Apesar de se amarem
perdidamente um pelo outro, o ódio entre as duas famílias, torna-se uma
barreira para a felicidade do casal que mesmo assim, não desistem de lutar para
ficarem juntos
Mais uma bela história de amor com um final trágico,
que está marcada para sempre no imaginário popular.
02
- Allie Nelson e Noah Calhoun
(Nicholas Sparks)
Livro:
Diário de Uma Paixão
Diário da Paixão foi um dos livros mais emocionantes que li. Em vários momentos da
história, Allie Nelson e Noah Calhoun conseguiram me fazer chorar e com direito
a lencinho na mão para enxugar algumas lágrimas. Verdade pessoal, fiquei com os
olhos úmidos em diversas passagens. Que casal especial! Eles representam a
prova do verdadeiro amor, do amor incondicional. Aquele amor que vale não só
para o momentos de felicidade, mas principalmente para momentos tristes.
Allie e Noah, são dois jovens que descobrem o
verdadeiro significado da paixão, mas são separados por uma série de obstáculos
e mal-entendidos. Muitos anos depois, a vida dá conta de uni-los novamente e a
paixão volta com todo o seu fulgor. Já noiva de um bem-sucedido advogado, Allie
precisa optar entre manter o rumo estável de sua vida ou se entregar ao
verdadeiro amor, correndo todos os riscos ao lado de Noah.
Diário
de Uma Paixão foi o primeiro livro publicado por Nicholas
Sparks e considerado por muitos o seu melhor trabalho. A obra foi adaptada com
muito sucesso para os cinemas em 2004.
03
– Scarlett O’Hara e Rhett Butler (Margaret Mitchell)
Livro:
E O Vento Levou
Scarlett O’Hara é uma jovem impetuosa e cheia de
personalidade que vive uma relação de amor e ódio com o cínico e aventureiro Rhett
Butler. Já imaginaram um casal assim? Ela impetuosa e as vezes chatinha e ele, cínico,
arrogante e outras ‘cositas mas’. O tipo de química que tinha tudo para dar
errado nas páginas e também nos cinemas, mas na realidade acabou tanto
certíssimo e transformou Scarlett e Butler num dos casais mais queridos da
literatura.
Conforme vamos virando as páginas, vemos a
impressionante transformação de Scarlett de jovem mimada e impulsiva em mulher
prática e disposta a tudo para conseguir o que deseja. Butler, por sua vez,
esquece um pouco de seu cinismo e arrogância para se tornar um homem forte e
amoroso.
Na história de Margaret Mitchel, frustrada por não
conseguir se casar com Ashley Wilkes, a jovem Scarlett acaba se envolvendo com
o charmoso aventureiro Rhett Butler, com quem viverá uma das histórias de amor
mais célebres e conturbadas da literatura.
E O Vento Levou que tem como pano de fundo a Guerra
Civil norte-americana conquistou o prêmio Pulitzer de 1937.
04
– Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy (Jane Austen)
Livro:
Orgulho e Preconceito
Eles formam um dos casais mais queridinhos da
literatura e também dos cinemas, já que foram parar nas telonas em 2005 com Keira
Knightley e Matthew MacFadyen vivendo respectivamente Elizabeth e Darcy.
A escritora inglesa Jane Austen, de fato, caprichou
em Orgulho e Preconceito criando dois
personagens fantásticos, um casal que a exemplo de Romeu e Julieta conseguiu
romper a barreira do tempo e conquistar várias gerações de leitores. Vale
lembrar que Orgulho e Preconceito foi
escrito em 1813.
Esperta e independente, Elizabeth não dá a mínima
para os costumes matrimoniais da Inglaterra Georgiana, ao invés disso, ela
prefere ajudar a vida amorosa de suas irmãs. Porém, tudo isso muda quando entra
em cena um personagem chamado Darcy ou Sr. Darcy. Elizabeth acredita que ele
seja o último homem na terra com quem ela poderia se casar um dia. Mas quando
suas vidas se tornam entrelaçadas em uma inesperada aventura, ela se descobre
cativada pela pessoa que jurou desprezar por toda eternidade.
05
– Derfel Cadarn e Ceinwyn de Powys (Bernard Cornwell)
Livros:
As Crônicas de Artur (O Rei do Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur)
Como não se apaixonar por este casal?! A história de
amor de Derfel Cadarn - um dos principais guerreiros de Artur - e de Ceinwyn,
conhecida com a ‘Estrela de Powys’ é pura poesia. Derfel rompeu todos os
paradigmas daquela época ao desposar a filha de um dos senhores mais poderosos da
Bretanha e que já estava prometida para um outro pretendente. Mas o corajoso e
apaixonado guerreiro, mesmo não sendo um nobre, não se importou com esse
detalhe e moveu “céus e terra” para ficar ao lado de sua amada. E o mais
importante: Ceinwyn correspondeu a esse amor.
Após se unirem, o casal se completou: corpo e alma. Cara,
demais! Veja só o trecho de um dos livros das Crônicas de Artur que tem Derfel por narrador, onde ele conta como conheceu
e se apaixonou pela “Estrela de Powys”: “Ceinwyn entrou no salão alguns
instantes depois. Desde nossa chegada a Caer Sws ela estivera escondida nos
aposentos das mulheres ... Confesso que a maioria de nós esperava se
desapontar com a estrela de Powys, mas na verdade ela brilhava mais do que
qualquer estrela. Entrou no salão com suas damas de companhia e a
visão da princesa tirou o fôlego de meus homens. Tirou o meu. Um harpista
tocou, os homens aplaudiram e Ceinwyn, a linda e prateada Ceinwyn, chorou e riu
pela alegria de sua alma. Perdi o coração para Ceinwyn naquela noite.
Fantástico, não acham?
06 - Catherine
Earnshaw e Heathcliff (Emily Bronte)
Livro: O Morro dos Ventos Uivantes
Catherine
Earnshaw e Heathcliff fogem do padrão de casal feliz e apaixonado. Nada disso: os
personagens criados por Emily Bronte em O Morro dos Ventos Uivantes,
publicado originalmente na Inglaterra em 1847, vive a chamada relação “amor e
ódio”, mas nem por isso deixaram de ser um casal antológico na literatura e nos
cinemas.
De um lado a tempestuosa e as vezes colérica Cathy,
e do outro lado o frio e vingativo Heathcliff. Esses dois personagens abalaram
as estruturas e trouxeram uma verdadeira destruição entre as suas famílias.
Tudo isso porque mergulharam num relacionamento distorcido e sombrio, mesmo se
amando muito! Essa obra-prima de Emily Bronté brinca de amarelinha em cima da
tênue linha entre o amor e o ódio. Acrescentem um pouquinho de racismo (de
alguns personagens) e algumas mortes aqui e ali e temos essa relação química
explosiva desse trágico casal.
07
– Eugênio e Margarida (Bernardo Guimarães)
Livro:
O Seminarista
Este casal passou um verdadeiro perrengue para ficarem
juntos, mas apesar de toda a luta...
Em O
Seminarista, Eugênio, filho de um fazendeiro, convive na infância com
Margarida, filha de um agregado da fazenda. Fruto desta aproximação, nasce o
amor entre os jovens.
Os pais de Eugênio mandam o filho ao seminário como
forma de romper o namoro. Eugênio não esquece Margarida e os pais criam a
notícia de um falso casamento da moça, o que leva Eugênio a se decidir
pela vida
eclesiástica.
Margarida, que estava doente,
é encontrada por Eugênio em uma das visitas do seminarista à cidade natal. É
descoberta, então, a trama que levou à expulsão da moça, que ainda continuava
solteira, da fazenda. Entonce...
Devido ao tema polêmico, O Seminarista de Bernardo Guimarães teve uma grande repercussão na
época de seu lançamento.
08
– Hazel Grace e Augustus Waters (John Green)
Livro:
A Culpa é das Estrelas
Tudo bem que ACulpa é das Estrelas é uma história de amor muito adocicada, chegando a ser
enjoadinha, mas o casal até que é simpático e tem uma química muito boa.
Hazel Grace tem 16 anos e o câncer da sua tireóide
evoluiu para uma metástase no pulmão. Augustus Waters é um ex-jogador de
basquete que perdeu uma perna para o osteosarcoma. Os dois se conhecem durante
as reuniões de um grupo de apoio a jovens com câncer. Embora com visões muito
diferentes de suas doenças, pois Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá
causar aos outros e Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo, eles
se sentem atraídos e acabam se apaixonando.
O filme baseado no livro de Green foi lançado nos
cinemas brasileiros em junho de 2014 e teve uma recepção positiva da crítica.
09
– Bella Swan e Edward Cullen (Stephenie Meyer)
Livro:
Saga Crepúsculo (Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer)
Evidente que eles não poderiam faltar nesta lista. Bella
Swan e Edward Cullen foram amados e adorados por milhares de leitores, mas principalmente
leitoras, durante mais de quatro anos, período em que foram lançados Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer, os quatro livros da saga. De
2005 a 2008 eles foram considerados um dos casais mais populares da literatura
e também dos cinemas.
Logo que chegou às livrarias, em 2005, o livro “Crepúsculo”
virou um fenômeno mundial. A série da autora Stephenie Meyer se tornou uma
febre não apenas entre leitores, mas também entre fãs de cinema. O sucesso da
saga foi tanto que não demorou muito (cerca de 3 anos, mais precisamente) para
a história de amor de uma adolescente tímida e atrapalhada com um vampiro bonito,
sedutor e inteligente conquistasse as telonas.
10
– Oliver Barrett IV e Jennifer Cavalleri (Erich Segal)
Livro:
Love Story: Uma História de Amor
O casal Oliver e Jennifer imortalizaram a frase “amar
é jamais ter que pedir perdão". Eles arrancaram lágrimas de uma geração de
leitores e cinéfilos dos anos 70. Quantas pessoas foram obrigadas a enxugar as
lágrimas com um lenço após terem lido a obra de Segal ou assistido ao filme de
1970 com Ryal O’Neal e Ali MacGraw.
Aliás, LoveStory: Uma História de Amor lançado em 1970 foi o livro mais vendido nos
Estados Unidos e traduzido para 33 idiomas. Na época, as livrarias enfrentaram
filas gigantescas de leitores que de tão desejosos em adquirir a obra chegaram
a dormir nas portas das lojas.
Na trama temos um rapaz rico que estuda direito em
Harvard e uma garota de classe baixa que dá um duro danado para pagar uma
faculdade de menor prestígio. A família dele se opõe ao romance, mesmo assim,
eles se casam e Oliver perde a ajuda financeira paterna.
Tempos depois, o choque: ela tem uma doença incurável. O roteiro não deixa claro, mas é leucemia. Quando a doença se agrava, ele acaba se reaproximando do pai que por sua vez, revê a sua forma de encarar o relacionamento do casal. Mas, já é tarde demais.
Tempos depois, o choque: ela tem uma doença incurável. O roteiro não deixa claro, mas é leucemia. Quando a doença se agrava, ele acaba se reaproximando do pai que por sua vez, revê a sua forma de encarar o relacionamento do casal. Mas, já é tarde demais.
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