Hoje, completam-se 10 anos que li o primeiro livro
da ‘Saga Crepúsculo” da escritora americana Stephenie Meyer. Na época nem
imaginava ter um blog literário, tanto é que o ‘Livros e Opiniões’ só surgiria,
aproximadamente, quatro anos depois. Talvez
por isso, nunca fiz uma resenha de toda a saga que li e amei naquela
época; à exemplo de muitos outros livros antigos que já havia devorado bem
antes da chegada do blog e que só agora decidi resenhá-los. Sei lá, vai
entender o que se passa em nossas cabeças.
Mas vamos ao que interessa: os livros de Mayer. Para
ganhar tempo e espaço vou resenhar ‘numa tacada só’ todos os quatro livros que
compõem a ‘Saga Crepúsculo’ – “Crepúsculo”, “Lua Nova”, “Eclipse” e
“Amanhecer”.
Li todos eles e como já disse acima, amei. Ainda me
lembro que na época, alguns amigos tiravam o sarro na minha cara, dizendo: -
Não acredito! Você, tiozão, lendo um livro de menininha apaixonada – Pois é
galera, tinha de aturar essas gozações, mas juro que não ficava chateado ou envergonhado,
porque estava adorando a história. E quando a magia da leitura começa a te
envolver, você esquece todo o resto.
Não sei se hoje teria pique e vontade para reler os
quatro livros ou um deles que seja. Acho que comecei a ler a saga no momento
certo, ou seja, bem antes do lançamento dos filmes que modificaram muito o
enredo de Mayer - na minha opinião, para pior - e também da invasão de livros
sobre vampiros apaixonados. Na realidade, não dá para explicar o desapego com a
saga. O que posso dizer é que existem enredos – livros e filmes – que te
envolvem totalmente num primeiro momento, o qual você vive intensamente e
apaixonadamente, mas depois... a magia termina e você segue a sua vida
normalmente sem vontade de revivê-los. ‘Crepúsculo’ teve esse efeito em mim.
Os quatro livros se resumem a uma história de amor.
Terror mesmo, praticamente nada, servindo apenas de pano de fundo para o tema
principal - meio que “Love Story moderno” - de Isabella Swan, uma garota de 17
anos e que nunca havia vivido grandes emoções em sua vida, e que acaba se
apaixonando por Edward Cullen, um rapaz que esconde um terrível segredo. O cara
é um vampiro, mas do ‘bem’.
Em “Crepúsculo”, primeiro volume da saga, somos
apresentados a Isabella ou Bella que sai de Phoenix para ir morar com o seu pai
no estado de Washington, numa pequena cidade chamada Forks.
Autora Stephenie Meyer |
Neste livro conhecemos também Edward e o terrível
segredo que envolve a sua família. Os dois se apaixonam e passam a viver um amor
proibido, o que os faz se aproximarem ainda mais um do outro.
Não dá para negar que a história de amor de Edward e
Bella é por demais envolvente e prende o leitor a cada página. Cara, é algo
meio viciante, já que você passa a
torcer desesperadamente pelos dois. Sabem aquela palavrinha chamada “química”?
Entonce, Mayer criou um casal com uma química perfeita. A garota bonita e
inteligente que se apaixona pelo rapaz também bonito e inteligente, mas que
carrega uma maldição: se alimentar de sangue para se manter sempre amável e
controlado.
Em “Lua Nova”, o clima de romance proibido continua,
mas com ênfase maior para outro personagem masculino: Jacob Black. Neste livro
sai um vampiro e entra um lobisomem, já que Jacob pertence a segunda categoria
de “seres sobrenaturais”. Edward aparece muito pouco na história já que no
primeiro livro aconteceram eventos que o obrigaram... digamos, sumir de cena.
Este fato inesperado abre caminho para
que Jacob - que já tinha uma queda por Bella - passe a lutar pelo amor da
garota. Pronto! Esta formado o triangulo amoroso. Bella tenta se manter firme,
mesmo sabendo que Edward pode não voltar nunca mais, mas as investidas de Jacob
são bem estratégicas, então já viu, né?
Edward e Bella |
No terceiro livro da saga, Edward reaparece,
deixando Bella numa situação muito difícil: escolher seu amigo e lobo Jacob ou
o seu namorado oficial para juntar os trapos e passar o resto de sua vida. Por
isso, o lobo Jacob e o vampiro Edward passam a viver constantes discussões –
quase chegando as vias de fato – por causa de Bella e também porque vampiros e
lobos são inimigos mortais desde o início dos tempos. Este climão, somado a uma
batalha épica no final, faz de “Eclipse” um dos livros mais tensos de toda a
saga.
Além do triangulo amoroso: sanguessuga-humana-lobisomem,
a obra ainda apresenta outro mote bem inquietante que é o surgimento de um
exército de vampiros do ‘mal’ recém-criados que começa a matar várias pessoas
em Seattle, uma cidade perto de Folks, colocando a segurança de Bella em
perigo.
Com relação ao ultimo livro da saga, o ritmo é bem
mais lento do que os três anteriores e não tem como fugir disso, já que
“Amanhecer” é uma obra de definição. Como a autora foi deixando para trás muitas
pontas soltas em “Crepúsculo”, “Lua Nova” e principalmente “Eclipse”, ela usou
o livro seguinte para amarrar essas pontas. O ritmo lento é compensado com os
momentos tensos das páginas finais e que culmina com um desfecho do tipo
“felizes para sempre”.
Em “Amanhecer” Bella e Edward se casam e
repentinamente descobrem que serão pais, já que Bella está grávida. Edward tem
medo de que a criatura mate a sua mulher e não quer que o bebê nasça. Bella, no
entanto, não abre mão de ter o filho.
Quando uma família, responsável em ditar as normas e
leis no mundo dos vampiros exige que a criança seja sacrificada, pronto! É
armado o estopim para a batalha final.
Há anos, gostei muito da saga de Mayer, mas hoje, os
quatro livros já não me atraem tanto.
Inté!
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