Pois é galera, o Dia dos Namorados está chegando e como
não poderia deixar de ser, várias listas de livros românticos para marcar a
data já começaram a pipocar na maioria
dos blogs literários. Entonce... por aqui, também não é diferente. Na
realidade, eu comecei a escrever sobre os casais mais emblemáticos dos livros românticos,
mas quando já estava no terceiro casal, lembrei-me de que já havia publicado
algo “meio” que parecido (veja aqui) por isso fui obrigado a dar uma invertida
no post. Ai! Que raiva!! (rs). Assim, tive que refazer o meu projeto inicial o
que deu origem a esse texto que você lê, agora. Espero que gostem. Nele, ao
invés de indicar dez casais da literatura que adorei, selecionei dez livros
românticos que fizeram ou ainda estão fazendo um baita sucesso.
São 10 obras românticas, algumas delas para ler com o
lencinho na mão, o que certamente faá jus a data que marca o dia dos casais
apaixonados. Gostaria de lembrar que como toda e qualquer lista sempre é
pessoal; essa aqui não é diferente, por isso talvez alguns livros desse post
não agradem os leitores, mas no meu caso, conheço todos eles e amei os enredos
e claro, amei também os casais e suas particularidades.
São dez sugestões de obras para os leitores presentearem
aquele alguém tão especial que está guardado no coração. Agora, se você ainda
não encontrou esse alguém, sem problemas, nessa situação, leia você mesmo as
indicações até que esse alguém surja. Vamos aos livros.
01
– Diário de uma paixão (Nicholas Sparks)
Abro a nossa lista com o livro de Nicholas Sparks que considero
uma das obras mais românticas que já li. Um livro daqueles que fazem o seu
coração verter em lágrimas. Putz! Que livro! Uma das mais emocionantes e
intensas histórias de amor que você lerá na vida...
O enredo é o retrato de uma relação rara e bela, que
resistiu ao teste do tempo e das circunstâncias. Com um encanto que raramente é
encontrado na literatura atual. Os personagens Noah e Allie se tornaram os meus
preferidos e até agora posso afirmar que nenhum outro conseguiu desbancar essa
posição.
Achei o livro, melhor do que o filme – mesmo o filme
sendo muuuito bom. O final da narrativa é completamente diferente daquele que foi
apresentado nas telonas dos cinemas. Cara, o “The End” do livro arrebenta o seu
coração. Caráculas, o que foi aquilo?!
Não quero dar detalhes sobre Diário de uma paixão, por menores que sejam, pois acredito que
estaria cometendo uma baita sacanagem com os leitores que ainda não tiveram
oportunidade de ler o livro. Basta dizer que é uma história de amor entre duas
almas gêmeas e que nem mesmo as piores dificuldades enfrentadas na juventude e
também na velhice foram capazes de separá-los. Pelo contrário, esses obstáculos
serviram para uni-los ainda mais. Pronto! Isso basta para resumir a história de
Noah e Allie cujo romance vendeu aproximadamente 12 milhões de cópias e foi
traduzido para mais de 20 línguas.
02
– Como eu era antes de você (Jojo Moyes)
Em Como eu eraantes de você, Jojo Moyes conta a história de Louisa Clark, ou simplesmente
Lou, uma garota de 26 anos sem muitas ambições. Ela mora com ao pais, a irmã
solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde
que sofreu um derrame. Sua vidinha ainda inclui o trabalho como garçonete num
café de sua pequena cidade – um emprego que não paga muito, mas ajuda com as
despesas – e o namoro com um cara chato e arrogante ‘pra mais de metro’ chamado
Patrick, um triatleta que não parece muito interessado nela. Não que ela se
importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a
procurar emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de
um tetraplégico. Will Traynor tem 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado.
Preso a uma cadeira de rodas depois de ter sido atropelado por uma moto, o
antes ativo e esportista Will agora desconta toda a sua amargura em quem estiver
por perto. Sua vida parece sem sentido e dolorosa demais para ser levada
adiante. Obstinado, ele planeja com cuidado uma forma de acabar com esse
sofrimento. Só não esperava que Lou aparecesse em sua vida. Entonce, tem início
uma emocionante história de amor com todos os prós e contras que uma boa
história de amor deve ter.
03
– Love Story – Uma história de Amor (Erich Segal)
Não é novidade para nenhum dos leitores que seguem o “Livros
e Opinião” que eu detesto novelizações, mas como para tudo nesse mundo existem
as exceções, nesse caso não é diferente; e uma das novelizações que eu gostei
muito foi Love Story de Erich Segal que
no Brasil recebeu o título de Uma história
de amor.
O romance lançado em 1970 foi o livro mais vendido nos
Estados Unidos e traduzido para 33 idiomas. Na época as livrarias enfrentaram
filas gigantescas de leitores que de tão desejosos em adquirir a obra chegaram
a dormir nas portas das lojas.
Então, como explicar toda essa histeria por uma
novelização? Bem, para decifrar esse mistério temos que voltar para 1969, ou
seja, um ano antes do lançamento do filme. Pois é, Segal havia escrito um
roteiro sobre o envolvimento de um rapaz rico com uma garota pobre que sofre de
doença terminal. Os executivos da Paramount ‘amaram’ o enredo lacrimoso e sem
pestanejar compraram o texto. Frisando:
isto, em 1969. Para reforçar a
divulgação do filme, a produtora pediu que o autor escrevesse também um livro
baseado no roteiro cinematográfico, para ser lançado nas lojas no Dia dos
Namorados do ano seguinte, semanas antes de o longa ir para os cinemas. A
estratégia funcionou.
Love
Story, estourou em vendagens e o filme com Ryan O’Neal e
Ali MacGraw se tornou a sexta maior bilheteria na história do cinema americano.
A frase dita pela personagem de MacGraw no filme: “amar é jamais ter que pedir
perdão” se tornou antológica e uma marca registrada para aquela geração.
04
– Orgulho e preconceito (Jane Austen)
Para quem aprecia os chamados romances de época, Orgulho e Preconceito, da escritora
inglesa Jane Austen, não pode faltar na estante. A obra foi lançada originalmente
em 1813 e ao longo de dois séculos ganhou inúmeras edições. O empoderamento de
Orgulho e Preconceito é tão grande que mesmo tendo passado mais de 200 anos de
seu lançamento, a história continua ganhando novas edições, além de adaptações
para o cinema.
Além do mais, a autora criou um dos personagens
masculinos mais famosos de todos os tempos; o protótipo do homem perfeito, a
tampa de panela que toda mulher sonha encontrar. Estou me referindo a
Fitzwilliam Darcy ou simplesmente Mr. Darcy.
O livro conta também com uma série de personagens
inesquecíveis e um enredo memorável. Austen nos apresenta Elizabeth Bennet como
heroína irresistível e seu pretendente aristocrático, o sr. Darcy. Nesse
romance, aspectos diferentes são abordados: orgulho encontra preconceito,
ascendência social confronta desprezo social, equívocos e julgamentos
antecipados conduzem alguns personagens ao sofrimento e ao escândalo. O livro
pode ser considerado a obra-prima da escritora.
05
– O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Bronthe)
Trata-se de uma história de amor diferente. Vejam vem,
diferente, mas não ruim; pelo contrário, O
Morro dos ventos uivantes é um dos melhores livros de todos os tempos tanto
é verdade que ganhou o status de antológico. O que estou tentando explicar é
que o enredo é muito denso e tenso, recheado de vinganças, amores mal
resolvidos, raiva, cólera, ofensas, xingamentos, seres humanos destruídos em
seu amor próprio, mortes e por aí afora.
Sai de cena a mocinha frágil e amorosa e em seu lugar,
entra a mocinha forte e com personalidade indomável, inclusive no amor. Sai, o
galã atencioso, conquistador e de bom coração e entra o galã – se é que podemos
chamá-lo assim – bruto, vingativo e com uma maneira sui generis de amar.
Por tudo isso, O
Morro dos Ventos Uivantes não foi bem aceito numa época acostumada a
histórias de amor convencionais e estereotipadas. Emily Bronthë rompeu todos
esses arquétipos, mandando-os para o PQP. A sua obra só começaria a conquistar
o respeito merecido após a sua morte.
Pena que a escritora britânica morreu ainda jovem, aos 30 anos
(1818-1848), e assim, não pode ver o sucesso de sua criação, nem teve tempo de
escrever novos livros. Podemos dizer que esse livro é o seu ‘filho único’.
O enredo desenvolvido por Bronthë ganhou várias
adaptações para a televisão e o cinema, além de ter servido de inspiração para
a criação do sucesso “Whutering Heights”, composta e interpretada por Kate
Bush.
06
– Novembro de 63 (Stephen King)
Acredito que muitos de vocês que estão lendo essa postagem,
nesse momento devem estar exclamando: “O cara pirou! Colocou nessa lista de
livros românticos uma obra do Stephen King”! Pera aí galera, pirei não; o livro
é esse mesmo. Acontece que dentro do enredo tenso escrito por Stephen King
sobre um professor de história que viaja no tempo para tentar evitar o
assassinato de John Kennedy, existe uma história de amor incrível. Estou me
referindo ao casal Jake Jake Epping e Sadie Dunhill.
Em Novembro de
63, King narra a história de Epping, um professor de inglês de uma cidade
no Maine, quando Al, dono da lanchonete da cidade, o recruta para assumir a
missão que se tornou a obsessão de sua vida: deter o assassinato de John
Kennedy. Como? Atravessando um portal na despensa da lanchonete que o
transporta para o ano de 1958, a época de Eisenhower e Elvis, carrões
vermelhos, meias soquete e fumaça de cigarro. Jake logo se vê na calorosa
cidadezinha de Jodie, no Texas, onde dá início a uma nova vida e às suas
investigações.
Nesta pequena cidade, ele conhece a bela bibliotecária
Sadie pela qual acaba se apaixonando, mas acontece que o “Sr. Passado” é
obstinado e não aceita ser mudado o torna a missão de Epping ainda mais
difícil. Conseguirá? Torci muito pelo casal ficar junto no final do romance,
mas vocês não imaginam o quanto. Bem, adianto que o final do livro é triste mas
ao mesmo tempo feliz. Como assim? Bem.. leiam e entenderão (rs).
07
– O Diário de Suzana para Nicolas (James Patterson)
Devorei o livro de James Patterson. A narrativa de O Diário de Suzana para Nicholas é muito
emocionante e envolvente. Preparem os lencinhos para as lágrimas que certamente
virão em abundância.
No romance, depois de quase um ano juntos, o poeta
Matt Harrison acaba de romper com Katie Wilkinson. A jovem editora, que não
tinha qualquer dúvida quanto ao amor que os unia, não consegue entender como um
relacionamento tão perfeito pôde acabar tão de repente. Mas tudo está prestes a
ser explicado. No dia seguinte ao rompimento, Katie encontra um pacote deixado
por Matt na porta de sua casa. Dentro dele, um pequeno volume encadernado traz
na capa cinco palavras, escritas com uma caligrafia que ela não reconhece:
“Diário de Suzana para Nicolas”. Ao folhear aquelas páginas, Katie logo
descobre que Suzana é uma jovem médica que, depois de sofrer um infarto,
decidiu deixar para trás a correria de Boston e se mudar para um chalé na
pacata ilha de Martha’s Vineyard. Foi lá que conheceu Matt. E lá nasceu o filho
deles, Nicolas. Por que Matt teria lhe deixado aquele diário? Agora, confusa e
sofrendo pelo fim do relacionamento, é nas palavras de outra mulher que Katie
buscará as respostas para sua vida. O diário de Suzana para Nicolas é uma
história de amor que se constrói ao virar de cada página.
08
– Um dia: Vinte anos, duas pessoas (David Nicholls)
Taí mais um livro e mais um casal que certamente irão
conquistar os leitores que apreciam uma história de amor de qualidade. O final
derruba qualquer leitor por mais insensível que ele seja. Defina como quiser:
soco no estômago, tapa na cara, sem chão para cair, sei lá; o “The End” de Um dia: Vinte anos, duas pessoas te
arrebenta. Pena que ao ler um comentário no portal Skob levei uma ducha de água
fria em pleno inverno quando uma infeliz – por maldade ou inocência – revelou o
final da história sem colocar o alerta de spoiler. PQP!
No enredo de David Nicholls, os anos se passam e os
personagens Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que
eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que
os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os
dois.
Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do
relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho.
Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas,
risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é
desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria
vida.
O enredo é simples, mas muito realista e os fatos
narrados pelo autor acontecem ou podem acontecer a qualquer um de nós. Dexter e
Emma são uma verdadeira montanha russa de emoções e mexem com os nossos
sentimentos.... novamente, lencinhos nas mãos.
09
– Tartarugas até lá embaixo (John Green)
Tartarugas
até lá embaixo foi o primeiro livro de John Green publicado
logo depois do mega-sucesso A Culpa é dasEstrelas – do qual inclusive não gostei muito ver aqui. A história gira em
torno de uma menina de dezesseis anos, Aza Holmes, uma estudante que vive com
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), que tenta resolver um mistério. Qual? Eu
conto: ela sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem
encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro.
Falando sobre o livro, John Green afirmou: "Esta
é minha primeira tentativa de escrever diretamente algo sobre doenças mentais
que tem afetado minha vida desde pequeno, então, embora a história seja
fictícia, ela é bem pessoal". Para quem não sabe, Green sofreu de
transtorno obsessivo compulsivo (T.O.C.) na infância e adolescência, na verdade
ele ainda sofre, mas hoje o autor tem mais experiência e faz tratamento para
conseguir controlar seus pensamentos até hoje.
O livro recebeu resenhas majoritariamente positivas
por parte da crítica especializada. O The New York Times elogiou afirmando ser
"surpreendente e tocante" e escreveu que "você não precisa
sofrer como Aza para se identificar com ela. Só é preciso ser humano". Muitos
críticos notaram o talento de Green para fazer observações, salientado pela
própria luta do autor com TOC, o transtorno mental abordado no livro.
RTaí, vale a leitura ou então o presente para a
namorada e... porque não para o namorado.
10
– Morte e vida de Charlie St. Cloud (Bem Sherwood)
Pense numa história de amor que tenha todos os
ingredientes que uma verdadeira história de amor deve ter e, um pouco mais.
Pronto! Você está pensando em Morte e Vida de Charlie St. Cloud de Ben
Sherwood. Faço uma ressalva apenas para o final que achei muito previsível, mas
excetuando isso, trata-se um excelente livro.
O escritor americano foi além ao desenvolver dois plots
diferentes, mas que acabam se cruzando no decorrer da história. O primeiro é a
relação entre dois irmãos, cujo amor e respeito ganha a simpatia dos leitores
logo nas primeiras páginas. O segundo está relaciondo a ligação de um casal
‘tão da hora’, mas tão da hora que você torce loucamente para que eles terminem
a história juntos. Como definir esse ‘tão da hora’? Fácil: Charlie e Tess são
muito diferentes entre si, mas ambos respeitam essas diferenças e aceitam os
limites um do outro. Eles vão mais além e transformam esses limites em grandes
virtudes.
Imagine quando esses dois plots se cruzam e tornam-se
um só. Neste ponto, o enredo fica ainda mais emocionante porque Sherwood
acrescenta muita aventura, suspense e uma baita virada no meio do romance que
certamente impactará o leitor.
Muito bom, mesmo, tão bom que a narrativa merecia um
final melhor.
Taí galera, boa leitura no Dia dos Namorados prá você
ou sua namorada.
Valeu!
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