Pense numa história de amor que tenha todos os
ingredientes que uma verdadeira história de amor deve ter e, um pouco mais.
Pronto! Você está pensando em “Morte e Vida de Charlie St. Cloud” de Ben
Sherwood. Bem... excetuando o final. Por que? Achei o “The End” muito comum e
previsível, e por isso mesmo: fraco. Galera, resumindo: o desfecho da história
não esteve à altura de todo o enredo maravilhosamente engendrado por Sherwood.
Cara, e que enredo!
O escritor americano foi além ao desenvolver dois
plots diferentes, mas que acabam se cruzando no decorrer da história. O
primeiro é a relação entre dois irmãos, cujo amor e respeito ganha a simpatia
dos leitores logo nas primeiras páginas. O segundo está relaciondo a ligação de
um casal ‘tão da hora’, mas tão da hora que você torce loucamente para que eles
terminem a história juntos. Como definir esse ‘tão da hora’? Fácil: Charlie e
Tess são muito diferentes entre si, mas ambos respeitam essas diferenças e
aceitam os limites um do outro. Eles vão mais além e transformam esses limites
em grandes virtudes.
Imagine quando esses dois plots se cruzam e tornam-se
um só. Neste ponto, o enredo fica ainda mais emocionante porque Sherwood
acrescenta muita aventura, suspense e uma baita virada no meio do romance que
certamente impactará o leitor. Admito que a tal virada derrubou o meu queixo; e
é a partir dessa reviravolta que o leitor passa a torcer desesperadamente para
que algo aconteça na vida do casal. Com isso, cada virar de página acaba se
transformando numa agonia e ao mesmo tempo numa torcida para que uma situação
se concretize.
Não há como negar que o autor foi muito feliz na
criação do enredo de “Morte e Vida de Charlie St, Cloud”, mas ‘entonce’ vem o
final, e juro que após tanta torcida, tanta agonia, tanta aventura e até mesmo,
algumas lágrimas, esperava bem mais do “The End”. Achei a conclusão da história
muito simples, sem tempero, sei lá. Apenas, esperava mais. A impressão que
ficou é que o final foi escrito meio que as pressas, mas isso não tira os
méritos da história. Aliás, eu seria um hipócrita se dissesse que “Morte e Vida
de Charlie St, Cloud” foi um fiasco, unicamente por culpa do seu “The End”.
Afinal, quantos livros ótimos – verdadeiras obras primas – que Stephen King
escreveu, mas cujas conclusões foram decepcionantes? Pois é, isso acontece com
qualquer um, até mesmo com os melhores escritores.
Cena do filme baseado no livro |
Achei apenas que Sherwood poderia caprichar um pouco
mais nas ultimas páginas de sua trama para coroar aquela reviravolta inesperada
e fantástica que acontece no meio do livro. Mas, quem sabe, talvez, o “The End”
de “Morte e Vida de Charlie St. Cloud” acabe agradando os leitores que apreciem
finais comuns.
O livro conta a história de Charlie St. Cloud, um
jovem que não consegue superar a morte de seu irmão mais novo, após um acidente
de carro do qual ele julga ser o principal culpado. Tanto é que ele aceita um
emprego como zelador do cemitério onde seu irmão está enterrado, simplesmente
para ficar perto dele. Charlie acaba adquirindo um dom, o qual faz com que
todas as noites ele se encontre com o espírito do irmão e juntos os dois possam
se divertir e matar as saudades. Mas Charlie conhece uma menina chamada Tess e
se apaixona por ela. Agora ele precisa escolher entre continuar com seu irmão
ou ir atrás da garota que ele ama.
Sua bela e incomum ligação o leva a uma corrida contra o tempo e a uma escolha entre a vida e a morte, entre o passado e o futuro, entre apegar-se ou deixar o passado para trás – e a descoberta que milagres podem acontecer se nós simplesmente abrirmos nossos corações.
Sua bela e incomum ligação o leva a uma corrida contra o tempo e a uma escolha entre a vida e a morte, entre o passado e o futuro, entre apegar-se ou deixar o passado para trás – e a descoberta que milagres podem acontecer se nós simplesmente abrirmos nossos corações.
O livro escrito em 2004 foi adaptado para os cinemas
seis anos depois em uma produção que contou com Zac Efron no papel de Charlie
St. Cloud.
Ainda não tive oportunidade de assistir ao filme, mas
gostei muito do livro, apesar do final.
Inté!
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