10 livros completamente diferentes dos filmes

07 setembro 2019

Até hoje, mesmo já tendo passado mais de uma década, me lembro do choque que tive após ter lido “O Concorrente”, um dos livros lançados por Stephen King com o pseudônimo de Richard Bachman. O motivo do espanto foram as diferenças absurdas existente entre a obra literária e a sua adaptação cinematográfica.
Eu lembro, perfeitamente, que na década de 80 assisti ao filme “O Sobrevivente” - com um Arnold Schwarzenegger ainda jovem e no auge da fama - duas vezes no cinema da minha cidade. Na primeira vez, fiquei P... da vida com um casal que ficava se agarrando nas duas poltronas da frente. Quando fui chamar o lanterninha para controlar o ímpeto da dupla fogosa e e alertá-los de que eles estavam no lugar errado, pois é... cadê o lanterninha? Ele já tinha ido embora por um problema de saúde. Nem mesmo o gerente estava por lá, só o bilheteiro que não quis se envolver. Resultado: quando voltei para a sala de exibição o casal continuava por lá, se agarrando mais do que nunca, e outra... a minha poltrona, outrora vazia, já tinha um novo dono. Como o cinema estava lotado, fui embora.
No dia seguinte, quando retornei, o casal maledeto não apareceu, pelo menos na minha frente, e assim, pude curtir o filme tranquilamente.
Este foi o motivo de eu ter assistido o “O Sobrevivente” por duas vezes.
Pois bem, gostei muito da produção cinematográfica, tanto é verdade que algum tempo depois, não saía das saudosas locadoras de vídeo sem antes ter um VHS do filme na sacola. Mas após ter lido o livro de King em 2006, relançado pela Suma de Letras, tive o tal choque que citei no início do post. Cara, o enredo das páginas é completamente diferente do enredo das telas. Naquela época ainda tinha o pensamento um tanto inocente de que os roteiristas hollywoodianos não fugiam de uma maneira exacerbada dos enredos originais. Talvez, se tivesse lido a “Trilogia Identidade Bourne” e assistido aos dois primeiros filmes do personagem de Robert Ludlum, antes de ter tido contato com o livro de King, o choque seria menor.
Neste final de semana, enquanto aguardo um prato especial preparado por Lulu – costelinha de porco com couve – Uhhhmmm, adoro! – lembrei-me dos anos 80, do filme do Schwarznegger, do livro de Bachman e, claro, do casal se agarrando na poltrona do cinema; e com isso tudo, resolvi escrever um post sobre as diferenças significativas existentes entre alguns livros e filmes que eu li ou pesquisei. Vamos a elas.
01 – O Concorrente (Richard Bachman)
Filme: O Sobrevivente (1987)
Começando pelo filme que inspirou a introdução desse post. Como já disse acima, tudo, absolutamente tudo é diferente nesta adaptação cinematográfica de 1987.
Antes de ter lido o livro, até gostei do filme, mas depois que li a obra, odiei a sua adaptação para as telonas. Mudaram tudo e para pior, aliás, muito pior.
“O Concorrente” é fantástico e não é a toa que o próprio Stephen King o considera o melhor dos cinco livros escritos pelo seu alter ego Richard Bachman.
Utilizando-se de uma narrativa extremamente vigorosa e realista, Bachman, transporta o leitor para um mundo futurista, em 2025, dominado pelos meios de comunicação onde a televisão é a grande vedete. Ela invade os lares americanos saciando o desejo de sangue dos telespectadores através de uma rede de TV especialista em promover jogos bem sui generis onde o vencedor ganha como prêmio a vida e o perdedor, a morte. A impressão que temos, ao ler o livro, é que estamos retrocedendo à Roma dos gladiadores, mas à uma Roma do futuro.
A Co-Op City, empresa que domina os canais de televisão em 2025 leva ao ar vários reality shows, cada um mais bizarro que o outro, entre os quais, a “Esteira para a Grana”, onde os concorrentes devem correr sob uma esteira – semelhante aquelas encontradas em academias – ao mesmo tempo em que respondem à perguntas de um apresentador. Detalhe obrigatório: os participantes devem ter, obrigatoriamente, graves problemas cardíacos ou respiratórios. É declarado vencedor aquele que não morrer durante a prova. Outros jogos extravagantes são “Cave a sua sepultura”, “Quanto calor você agüenta”, “Nade nos crocodilos”, “Corra para as suas armas” e o “Foragido”.
Ainda neste mundo bizarro criado por Bachman, os entorpecentes são vendidos em máquinas automáticas e o ar puro é privilégio de poucos já que é comercializado por valores altíssimos.
Leu o livro? Agora, vai assistir ao filme? Ok; então prepara-se para uma quinada de 360 graus, à começar pelo nome do livro que foi alterado nas telonas. Sai “O Concorrente” e entra “O Sobrevivente”. Outra coisinha: o jogo mortal do qual o personagem Ben Richard participa é muuuuiiito diferente. Pra início de conversa, os caçadores que perseguem Richards na obra literária são homens normais, corruptos, mas normais. Usam armas convencionais e se valem apenas de seu treinamento, perspicácia e inteligência para localizar e conter o foragido. Já no filme de Paul Michael Glaser... Caramba, o que foi aquilo que eu vi nas telas nos anos 80?!!
O estranho caçador do filme que parecia uma árvore de Natal ambulante
Os caçadores do filme são verdadeiras aberrações! Parece que eles saíram de um manicômio ou então de um circo de horrores. Na época, quando assisti, até gostei, mas hoje, após ter tido contato com o enredo de Bachman, percebo o tamanho da minha ingenuidade juvenil.
Ainda me recordo de algumas “peças raras”. Tinha japonês balofo e mudo caracterizado como jogador de hóquei que ao invés de usar o taco para movimentar o disco, o utilizava como arma para matar os participantes do jogo. Outra “figura” era um homem de meia idade, que saia voando graças a um equipamento esquisito amarrado em suas costas e que utilizava um lança-chamas para transformar os foragidos em churrasquinhos. Ah! Tinha ainda um branquelo obeso que usava uma roupa energizada, cheia de luzes e neon, dirigindo um carro esquisito e soltando raios pelas pontas dos dedos!
A motivação para Richards participar desse jogo mortal também é muito diferente. No filme, ele é preso por descumprir ordens militares, já livro, as razões são outras.
02 – A Supremacia Bourne (Robert Ludlum)
Filme: A Supremacia Bourne (2004)
Toda a trilogia de livros sobre o personagem Jason Bourne difere muito dos filmes, mas com uma ressalva: ao contrário de “O Concorrente / Sobrevivente”, os filmes são tão bons quanto as obras literárias nas quais foram baseados.
É importante frisar que os três filmes da franquia foram baseados apenas na premissa original, ou seja, excetuando o nome do personagem principal, quase nada é semelhante ao enredo literário desenvolvido por Robert Ludlum.
Em “A Supremacia Bourne” essas diferenças são ainda mais evidentes porque enquanto no filme temos apenas um Bourne, no livro temos dois! Um falso e outro, verdadeiro. Explicando melhor: na história de Ludlum, um impostor que se passa pelo Bourne verdadeiro pretende desencadear um conflito entre os Estados Unidos e a China. O clima fica tenso quando um conhecido diplomata chinês é assassinado pelo falso agente. Agora a missão do verdadeiro Bourne é encontrar o impostor antes que o conflito entre americanos e chineses acabe desencadeando uma guerra.
O impostor tem habilidades parecidas com as do seu rival, já que recebeu treinamento semelhante. Este ‘mote’ criado por Ludlum cria uma expectativa enorme no leitor que não vê a hora da chegada do confronto entre os dois ‘Bournes’. 
Quanto ao filme, os agentes parecidos, esqueça o conflito entre Estados Unidos e China, esqueça a possibilidade de uma guerra nuclear, enfim, esqueça todo o resto.
No filme “A Supremacia Bourne”, Jason Bourne e sua namorada vivem tranqüilos e escondidos numa pequena cidade costeira na Índia. O sossego acaba quando um grupo de mafiosos utilizam sua verdadeira identidade para desviar a atenção da CIA sobre os reais responsáveis de uma conspiração. Assim, uma nova caçada por Jason Bourne começa por parte da CIA.
Como você podem ver, tratam-se de dois enredos bem diferentes, mas nem por isso, sendo um deles ruins. Pelo contrário, Tanto livro quanto filmes são fantásticos.
03 – Elite da Tropa (Luiz Eduardo Soares, André Batista e Eduardo Pimentel)
Filme: Tropa de Elite (2007)
Elite da Tropa”, publicado em 2006, foi o livro que deu origem ao filme “Tropa de Elite”, um ano depois, e que consagrou o ator Wagner Moura no papel do antológico “Capitão Nascimento”. A exemplo de “A Supremacia Bourne”, as diferenças entre texto e imagens são gritantes, mas nem por isso, ambos deixam de ser excelentes.
O livro é dividido em duas partes. Na primeira, chamada “Diários de Guerra”, um capitão do BOPE sem nome, negro e estudante de Direito, conta episódios envolvendo o batalhão. Algumas situações foram vivenciadas por ele diretamente, outras indiretamente. Ele narra ainda casos ocorridos com amigos, traficantes ou policiais corruptos. Os assuntos são os mais diversos: tráfico, bandidagem, incursões em pontos de drogas, interceptação e corrupção.
Esta parte do livro pode ser considerada o cotidiano do BOPE em suas operações nas favelas do Rio de Janeiro, vivenciadas  pelos PMs André Batista e Rodrigo Pimentel que já autuaram no BOPE e na PM carioca. O personagem que narra essas histórias em primeira pessoa pode ser considerado o alter ego dos dois autores.
Quanto a segunda parte chamada “Dois anos depois: a cidade beija a lona” e que tem mais de 60 personagens, mostra o esquema de corrupção dentro do governo do Rio de Janeiro, envolvendo governador, secretários, prefeito e outras pessoas importantes e influentes da sociedade fluminense que mantem acordos com facções criminosas como Comando Vermelho ou Terceiro Comando, roubando ou desviando dinheiro público para causas próprias.
Podemos definir a primeira parte de “Elite da Tropa” real e a segunda parte, inteiramente ficcional. Quanto ao filme gira em torno do personagem de Wagner Moura, o famoso e fictício Capitão Nascimento, da Força especial da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que treina dois recrutas novatos para que possam sucedê-lo. Esta vertente principal do filme sequer é citada no livro.
04 – Forrest Gump (Winstom Groom)
Filme: Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994)
Sabiam que Winstom Groom odiou o filme baseado em seu livro? Parece difícil afirmar isso de uma produção que conquistou vários Oscars, além de ter sido unanimidade entre crítica e público. Pois é, mas aconteceu. O motivo do ódio de Groom foram as mudanças drásticas que os roteiristas da Paramount fizeram tanto nas características do personagem principal quanto no enredo.
Enquanto o Forrest Gump de Tom Hanks é infantilizado e idiota não entendendo a maioria das coisas que acontecem a sua volta, deixando de perceber a proporção e o absurdo das situações em que se envolve; o personagem do livro é maroto, ácido e sacana, se aproximando muito de um anti-herói.
Ele tem uma visão muito mais científica de sua condição de idiota, que é bem explicada num capítulo no qual o protagonista cursa uma disciplina em Harvard chamada “O papel do idiota na literatura”. Gump mostra, a partir daí, o quanto os personagens à sua volta, tidos como “normais”, são os verdadeiros idiotas. Outro detalhe que foi ocultado no filme é que Gump é um verdadeiro gênio da matemática.
Os roteiristas do filme optaram por excluir vários trechos interessantes do livro como por exemplo a viagem de Gump para o espaço em um foguete da Nasa, acompanhado por uma astronauta séria e um chimpanzé mal educado, e o momento em que ele joga xadrez com canibais na Guiné. Enquanto o filme procura inserir Forrest Gump em vários momentos históricos norte-americanos, utilizando efeitos visuais considerados revolucionários há quase 25 anos, o livro de Groom é uma crítica a cultura dos Estados Unidos, incluindo Guerra do Vietnã, vários presidentes e até mesmo a Nasa.
E antes que me esqueça, pode apagar da sua mente aquele Gump que aparece correndo em alta velocidade no filme. O livro não mostra e tampouco explica isso.
05 – Primeiro Sangue (David Morrell)
Filme: Rambo – Programado Para Matar (1982)
Como já escrevi anteriormente (ver aqui), se você está ansioso para ler “Primeiro Sangue”, de David Morrell, lançado em 1972, livro que deu origem a série Rambo nos cinemas, esqueça o John Rambo de Sylvester Satolle. No romance policial de Morrell, o ex-boina verde é encrenqueiro, problemático, turrão, prepotente, além de querer que a sua palavra sempre seja a última. Pois é, não lembra em nada o herói de guerra vivido por Stallone nos cinemas que visita uma pacata cidade na esperança de reencontrar um velho amigo que lutou ao seu lado nas forças especiais contra os vietcongs. Ele só se rebela após ser humilhado e espizinhado pelo xerife da localidade. 
O Rambo das páginas é totalmente o inverso. Morrel não cita que ele seja um herói de guerra, apenas um combatente altamente treinado que esteve no Vietnã. E como já disse no início desse post, o sujeito é por demais encrenqueiro e questionador. Na cadeia, após ser preso para averiguação, ele é obrigado a tomar uma “chuveirada” e quando lhe pedem para fechar a torneira, pois o seu tempo já acabou, Rambo finge que não ouve e continua se lavando. Antes disso, o xerife pede que ele tire a roupa para ser revistado. No início, ele “bate o pe´” e diz que não irá atender a ordem do policial, só concordando em ficar nu após algumas ameaças.
Diferente do primeiro filme, o personagem do livro não pensa duas vezes em puxar o gatilho para eliminar quem entrar em seu caminho; para ele a sua única amiga é a liberdade e para alcançá-la é capaz de tudo. O Rambo das páginas provoca várias mortes, incluindo pessoas inocentes, tudo para conseguir fugir e se ver livre.
Quanto ao final. Uhuhuhuhu!! Se você achou o “The End” da produção cinematográfica dramático, bem... leia o do livro e depois me conte.
06 - Viva e Deixe Morrer (Ian Fleming)
Filme: Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973)
Viva e Deixe Morrer” virou picadinho nas mãos dos roteiristas e produtores. O livro emprestou fragmentos de sua história para três filmes: “Com 007 Viva e Deixe Morrer”, “Somente para Seus Olhos” e “Licença para Matar”. Com relação à “Viva e Deixe Morrer”, os fragmentos emprestados foram maiores, entre eles: as características pessoais de Mr. Big – excetuando a sua doença no coração, já que no livro de Fleming, o vilão tinha o coração inchado. A Bond-girl Solitaire também é bem parecida com a personagem do filme. Ah! Aqueles lances de vodu e macumba também são muito parecidos. No mais. Zefini. As semelhanças terminam por aí.
Esqueça a cena de Bond pisando nas cacundas dos crocodilos, aquilo foi pura invenção do diretor Guy Hamilton; esqueça também a ameaça (apenas ameaça) do capanga de Mr. Big/ Dr. Kananga em quebrar ou decepar um dos dedos das mãos de Bond após a sua captura, porque no livro, o agente secreto tem, de fato, o dedo quebrado.
Vale lembrar que na produção cinematográfica, Solitaire salva 007 de perder um dos dedinhos. A morte de Mr. Big também é completamente diferente daquela que você assistiu nas telonas.
Como escrevi acima, os produtores do filme fizeram picadinho do livro de Fleming.
07 – Tubarão (Peter Benchley)
Filme: Tubarão (1975)
Se você ainda não leu o livro ou não assistiu ao filme – o que acho muito difícil – quero alertar que os spoilers serão pesados. Dado o aviso, vamos para a análise.
Quase todos os personagens do livro são antipáticos, o que obrigou o diretor Steven Spielberg a alterar a personalidade de alguns para causar mais empatia com o público.
No filme, o xerife Martin Brody e sua mulher se dão bem, já no livro sua mulher se sente presa em seu casamento tanto é que acaba tendo um caso com o oceanógrafo Matt Hooper. E por falar em Hooper, enquanto no filme, ele é brincalhão e muito simpático, no livro ele odeia qualquer um que tenha uma opinião contrária à sua.
A morte do tubarão no final do filme é completamente diferente do enredo da obra literária. Ah! Mais uma coisinha: aqueles que leram o livro de Benchley sabem que um personagem de destaque morre nas últimas páginas enfrentando o tubarão, mas no filme, ele consegue escapar com vida.
08 – O Iluminado (Stephen King)
Filme: O Iluminado (1980)
No livro, o hotel Overlook, localizado numa região isolada, é um personagem que manipula todos aqueles que freqüentam as suas dependências – desde hóspedes a funcionários – e instiga o zelador Jack Torrance voltar a beber álcool, além de tentar assassinar a esposa e o filho. Não vemos o hotel como hotel, mas como uma entidade do mal que manipula as pessoas. Resumindo, na obra escrita, ao contrário do filme, o Overlook é o verdadeiro vilão da história. Na verdade, no final do enredo, entendemos tudo isso, pois passamos a ver o hotel como um ser maligno, algo físico mesmo, parecido com a casa mal-assombrada de “Terror em Amityville”.
Outra grande mudança é com relação a personagem Wendy Torrance que foi totalmente descaracterizada no filme de Stanley Kubrick. No livro, Wendy é submissa em alguns momentos, mas nunca por covardia. Prova disso é que ela demonstra a sua força e coragem quando é necessário, principalmente quando seu filho Danny está em perigo. Nessas horas, ela se transforma numa guerreira. Já no filme, a personagem foi transformada em uma mulher fraca, irritante e completamente sem personalidade.
Cara, a Wendy idealizada pelo cineasta Stanley Kubrick só sabe gritar, tremer de medo e gritar novamente. Stephen King, autor de “O Iluminado” – que odiou o filme – disse que a Wendy das telonas “está lá basicamente para gritar e ser estúpida e esta não é a mulher sobre a qual eu escrevi”.
09 – Eu Sou a Lenda ( Richard Matheson)
Filme: Eu Sou a Lenda (2007)
O livro escrito por Richard Matheson em 1954 já ganhou quatro adaptações para o cinema, sendo o filme estrelado por Will Smith em 2007 o mais  conhecido.
Na obra literária, uma pandemia mundial transforma todas as pessoas do mundo em vampiros. Um único ser humano chamado Robert, que consegue escapar da infecção, passa os dias de sua vida tentando manter os vampiros-zumbis afastados de sua casa. Robert – que antes da pandemia, era um simples operário de colarinho azul - é alcóolatra e depressivo por causa do isolamento em que vive e das situações perigosas que é obrigado enfrentar todos os dias.
As criaturas do livro tem todos os atributos que caracterizam um vampiro: saem somente depois que o Sol se põe e são combatidas com alho, estacas, crucifixos e espelhos.
Durante o romance, Robert decide estudar as causas da pandemia, de forma a encontrar uma forma definitiva de extermínio das criaturas. Os dois ‘Roberts’ são muito diferentes. O do livro, como já disse, é um operário de colarinho azul, enquanto o do filme vivido por Will Smith é um cientista com um grande conhecimento prévio da praga zumbi que destruiu a sociedade moderna.
As criaturas do filme, por sua vez, não tem nada a ver com as criaturas do livro, pois se parecem com zumbis. Outra mudança significa está relacionada com a pandemia. Os motivos são completamente distintos.
O final do filme também é muuuito diferente.
10 – Guerra Mundial Z (Max Brooks)
Filme: Guerra Mundial Z (2013)
A única coisa que livro e filme tem em comum é o título, e Zefini! Ambos não se misturam como o óleo e a água. versão escrita conta como um homem é forçado, através de investigações e entrevistas feitas com sobreviventes de um estranho vírus com uma mutação zumbi, a encontrar a origem e a cura da infecção. Quanto ao filme com Bratt Pitt, a narrativa se resume em como um homem, no meio de uma guerra contra zumbis, consegue impedir a expansão pré-apocalíptica no mundo.
Um detalhe curioso é que a produção cinematográfica traz zumbis super rápidos e cenas de ação com muita correria e muitas explosões mas sem sangue, abrindo assim, uma brecha para que os adolescentes também pudessem se divertir um pouquinho nos cinemas. De acordo com os produtores, se a história fosse muito violenta com sangue espirrando e ossos quebrando, a classificação da faixa etária seria muito alta, resultando em pouca arrecadação.
Pois é, mas se pouparam sangue e ossos esmigalhados no filme, bem... no livro a ‘coisa’ já muda de figura, afinal de contas, o autor não tinha de se preocupar com isso. Por isso, ao contrário do filme, nas páginas o negócio ferve. Brooks faz menções detalhadas a sangue, carne em decomposição e ossos expostos.
Enfim, diferenças, diferenças e mais diferenças entre livro e filme.
Galera, por hoje é só.
Espero que tenham gostado.
Inté!

2 comentários

  1. Outro filme que tem pouca coisa a ver com o livro é "Blade Runner", baseado em "Do androids dream of electric sheeps?", de Philip K. Dick. Só que nesse caso, o filme é muitíssimo melhor do que o livro.

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    1. Bem lembrado Glaidson.
      As diferenças da obra de Philip K. Dick para a sua adaptação cinematográfica são gritantes.
      Valeu por ter mencionado:)

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