Oito livros para presentear os vários estilos de pai no seu dia

08 agosto 2022

O Dia dos Pais está chegando e o nosso blog não poderia deixar passar em branco essa data tão importante para nós que somos filhos. No meu caso, não tenho mais o meu velho por perto. Neste momento ele se encontra nos braços do Pai. Putz, que saudades do Kid Tourão. O meu pai era uma parte de mim, prova disso é que dediquei várias postagens a ele. Quer ler algumas delas? Então é só acessar aqui, aqui e mais aqui.

Você que tem o privilégio de ter o seu pai ao seu lado, poder abraça-lo, beijá-lo, enfim, desfrutar da sua companhia, aproveite cada momento. O post de hoje tem endereço certo. Vai para os filhos que tem pais leitores. Isso mesmo, pais que adoram ler. Neste caso que presente melhor para marcar essa data do que um livro?

Selecionei oito obras literárias de gêneros diferentes para pais com gostos diferentes. Seu pai adora livros de autoajuda? Seu pai é fã de Stephen King? Seu pai tem como hobby cozinhar? Fiquem tranquilos porque nessa lista tem livros para todos os “tipos” de papais. Espero que as sugestões atendam as expectativas dos seguidores do blog que estão à procura de uma obra para presentear o seu ‘pai-devorador de livros’.  Vamos com a nossa lista.

01 – Comida Caseira (Jamie Oliver)

Os pais que adoram cozinhar irão amar esse livro. Nele, o chef inglês Jamie Oliver selecionou 100 receitas de comida caseira, que recolheu entre companheiros de gastronomia, amigos, além das redes sociais. Também recheou o livro com sua experiência afetiva, adicionando relatos pessoais aos pratos com os quais cresceu e, segundo ele, foram responsáveis pela sua paixão pela cozinha.

Comida caseira é um livro para ser aproveitado com paciência e envolvimento. As receitas são pensadas para momentos especiais: trata-se da perfeição dos pratos, de como servi-los, com quais acompanhamentos, em que momento, onde e para quem.

A obra é dividida em um capítulo para cada emoção: Nostalgia, Para ficar feliz, Mais saúde e energia, Ritual, Prazeres secretos e Doces indulgências. Tudo para garantir uma experiência em família e a delícia de saborear um prato especial.

02 – Histórias Lindas de Morrer (Ana Cláudia Quintana Arantes)

A Drª Ana Cláudia Quintana Arantes é médica geriatra formada pela USP e especialista em Cuidados Paliativos e Suporte ao Luto. Ela é a autora da trinca de livros de autoajuda mais badalada do momento: A morte é um dia que vale a pena viver, Para a vida toda vale a pena viver e Histórias lindas de morrer. Os três livros são fantásticos, mas o último dessa lista é insuperável. Livraço! A obra é tão boa que até mesmo aqueles leitores que não apreciam histórias de autoajuda irão gostar, imagine, então, se o seu pai for um fã incondicional do gênero literário. Nesse caso, o presente, com toda a certeza vai atingir o alvo.

Os depoimentos de pacientes – através das palavras da autora - que estão em fase terminal de determinadas doenças são por demais emocionantes e nos ensinam muitas lições, entre elas, a importância do perdão e do amor incondicional. Dedicada a quebrar o tabu sobre a morte no Brasil, Ana Claudia nos traz uma coleção de emocionantes histórias reais, colhidas em sua prática diária, em que a proximidade do fim nos revela em toda a nossa profundidade.

São pacientes de várias idades, crenças e origens que estão em fase terminal e mesmo assim, deixam aos leitores verdadeiras lições de vida.

03 – O Papai é Pop (Marcos Piangers)

O livro de Marcos Piangers lançado há cinco anos provou que continua sendo sucesso entre todos os tipos de pais: os de primeira viagem e aqueles já com uma certa experiência. Trata-se de um presente certeiro para o seu velho. Ele irá adorar a escrita inteligente e humorada de Piangers.

O autor revela que ao descobrir que ia ser um pai jovem começou a ficar preocupado porque teria que comprar uma casa maior para que a criança tivesse mais espaço, além de um quarto novo no apartamento; pensou também que o berço teria que ser novo e não aquele que a vizinha se dispôs a emprestar; o carro teria que ser trocado por outro mais novo e seguro, de preferência com seis airbags e ar condicionado de fábrica; e por aí afora.

Mas o que Pingers descobriu ao ser pai jovem é que essas preocupações não fazem diferença nenhuma. O que vale mesmo não é pagar pela melhor creche, se você é o último a buscar seus filhos. Não é comprar os melhores brinquedos, porque as crianças gostam mesmo é das brincadeiras que não custam nada. No fundo, o que importa, de fato, como os textos divertidos e emocionantes de O Papai é Pop mostram, é você estar com seus filhos, não pensando em outra coisa, mas estar lá. De verdade.

04 – John Lennon em Nova York (James A. Mitchell)

Seu papai é ligado num som? Gosta de música? Bem... se ele for fã dos Beatles, melhor ainda. Agora... se ele achava John Lennon, o máximo do máximo, fechô!!

O livro de James A. Mitchell revela como foi a pouco conhecida fase pós-Beatles vivida por um dos maiores artistas do século XX. O ativismo político, a evolução musical, a relação com a esposa Yoko Ono e com os antigos companheiros de banda foram alguns dos temas abordados com deliciosas minúcias pelo autor.

Mitchell revela em seu livro que em 1971, Lennon se mudou para Nova York na expectativa de assumir o papel de artista solo e produtor, ávido por se juntar à luta por justiça social e pelo fim da Guerra do Vietnã. Acolhido pelos líderes do movimento contra a guerra, estabeleceu-se no Greenwich Village e rapidamente tornou-se porta-voz do Movimento, inspirando solidariedade e defendendo causas.

Visto como salvador por uma geração carente de heróis culturais, foi perseguido por Nixon e um governo sedento por silenciar seus inimigos e temeroso de que Lennon pudesse influenciar decisivamente a eleição presidencial que se avizinhava. Na mesma época, Lennon aprendeu a defender os ideais feministas e lançou “Imagine” e “Some Time in New York City”.

Esta biografia ilustrada se baseia em entrevistas inéditas feitas pelo autor com os membros da banda underground norte-americana de Lennon, a Elephant’s Memory; com a escritora e líder feminista Gloria Steinem; com o cofundador da Bancada Negra do Congresso, Ron Dellums; com o veterano dos “Sete de Chicago” Rennie Davis; com o advogado especializado em imigração Leon Wildes; além de muitas outras pessoas ilustrres que tiveram a oportunidade de conviver com o ex-Beatle.

05 – Realidades Adaptadas (Philip K. Dick)

 


Nenhum autor contemporâneo foi mais roteirizado do que Philip K. Dick, nem mesmo mestres do gênero como Isaac Asimov e Arthur C. Clarke. Pouco conhecido no Brasil por sua obra literária, Dick é um sucesso entre as plateias de cinema, que vai muito além de “Blade Runner - O caçador de androides”, ícone cult dos anos 1980 inspirado em um de seus romances. 

Por esse motivo, Realidades Adaptadas é o presente ideal para pai que é leitor e também cinéfilo e que curte o gênero ficção científica. Por que para o pai “leitor e cinéfilo? Simples: Todos os contos desse livro foram transformados em filmes de grande sucesso nos cinemas. Os papais que curtiram os filmes: “O Vingador do Futuro”, “Minority Report”, “O pagamento”, “Os agentes do destino”, “O Vidente”, “Impostor” e “Screamers” terão a oportunidade de conhecer as histórias escritas por K. Dick que serviram de inspiração para a produção desses filmes.

Mesmo os contos guardando pouquíssima semelhança com as adaptações cinematográficas, a premissa que permeia a obra é bem interessante.

06 – Ainda Estou Aqui (Marcelo Rubens Paiva)

Marcelo Rubens Paiva conta em Ainda Estou Aqui uma parte da história dramática de sua família durante o período da ditadura quando seu pai, o deputado federal paulista Rubens Paiva, foi dado como desaparecido num dos períodos mais tristes da história do Brasil.

Sua morte só foi confirmada 40 anos após o sumiço, depois de serem prestados depoimentos dos ex-militares envolvidos no caso, à Comissão Nacional da Verdade.

Paiva foi torturado e assassinado nas dependências de um quartel militar entre 20 e 22 de janeiro de 1971, seu corpo foi enterrado e desenterrado diversas vezes por agentes da repressão até ter seus restos jogados ao mar, na costa da cidade do Rio de Janeiro, em 1973, dois anos após sua morte.

Em Ainda Estou Aqui, o autor revela a luta de sua mãe, Eunice Paiva, nesse período. Marcelo Rubens Paiva diz que ela é uma mulher de muitas vidas. Eunice esteve ao lado do marido quando ele foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto.

Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento negro da história recente brasileira para contar – e tentar entender – o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.

07 – Fusca: O Carro Mais Popular do Mundo (Richard Copping)

Este livro vai agradar em cheio os pais que gostam de carros. Richard Copping conta a história do veículo mais querido do mundo, o Fusca. Ele narra a trajetória do carro desde a Segunda Guerra Mundial até seus últimos dias de vida no Brasil, durante os anos 1990.

Imagens de toda sua estrutura abrangem e deixam ainda mais bela a história do carro, que ainda possui uma legião de fãs e é um marco da história automotiva.

A trajetória do Fusca é uma das mais complexas e longas da história do automóvel. Diferente da maioria dos outros carros, o projeto do Fusca envolveu várias empresas e até mesmo o governo da Alemanha, e levaria à fundação de uma fábrica inteira de automóveis no processo.

Uma curiosidade muito interessante é que o carro deveria carregar dois adultos e três crianças (uma típica família alemã da época, já que Hitler não queria separar as crianças de seus pais). Copping conta tudo isso em seu livro e muito mais.

08 – Creepshow (Stephen King)

Encerro essa lista com uma sugestão para os pais que são fãs de histórias de terror, principalmente aquelas escritas por Stephen King. Creepshow é uma excelente ideia para presentear o papai que adora o mestre o terror. 

Creepshow é considerada a primeira História em Quadrinhos (HQ) escrita pelo autor. Tudo começou em 1982 quando King juntou forças com outro gênio do terror, o diretor George A. Romero (“A Noite dos Mortos-Vivos”), para realizarem um filme inspirado em quadrinhos clássicos dos anos 1950, como “Contos da Cripta”, da EC Comics.

O longa-metragem marcou a estreia de King como roteirista ― e, curiosamente, sua segunda aparição como ator. “Creepshow” (que no Brasil ganhou o subtítulo Show de Horrores) se tornaria um cult movie instantâneo. E, no mesmo ano, Stephen King quis deixar ainda mais explícita sua homenagem à fonte original. Assim, ele adaptou seu roteiro de cinema para os quadrinhos, contando com a arte do magistral Bernie Wrightson, um dos criadores e primeiro ilustrador de O Monstro do Pântano, e capa de Jack Kamen, autor da EC Comics.

A história em quadrinhos era a maneira perfeita para os fãs reviverem todos os pesadelos do filme em casa. Quarenta anos depois, seu pai poderá fazer o mesmo ― até porque o mais provável é que a fita VHS do velho já esteja desmagnetizada.

Creepshow vai deixar os pais fãs de King piradíssimos! Pode acreditar, será um presentaço.

E para encerrar essa postagem desejo, de coração, um feliz Dia dos pais para toda a galera que segue o Livro e Opinião: no blog e também nas redes sociais.

Valeu!

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