O livro tem porradas para nocautear qualquer leitor.
Quando digo ‘porradas’ estou me referindo as reviravoltas na trama. E essas
três porradas de “Eles Merecem a Morte”, com certeza, vão deixar o leitor completamente
desorientado e de queixo caído. Peter Swanson, no início de seu enredo, nos
conduz para um desfecho dentro da normalidade, ‘entonce’, a partir da página
136, de sopetão, vem a primeira pancada. Esta primeira reviravolta mexe com
toda a trama e modifica o chamado ‘modus operandi’ de alguns personagens. Também
é nesta parte do romance que você conhece... bem vou ficar na minha, para não
liberar spoilers, por mínimos que sejam, para não estragar a história. Basta
dizer que fiquei impactado.
As duas outras porradas no decorrer do romance não
tiram o chão do leitor, como a primeira, mas também são ‘trucões pesados’ e
desnorteiam. O autor faz você pensar que vai acontecer algo, mas esse algo não
acontece. Então, você para e diz: “ué, cadê?!” Quando se recupera dessa
surpresa e prossegue com a leitura, chega o ‘golpaço’ inesperado.
Além dessas três reviravoltas maiores em “Eles Merecem
a Morte”, nós ainda somos brindados com várias outras surpresas, incluindo o
final, que transformam o livro de Swanson numa verdadeira caixinha de surpresas.
E por falar no “The End”, se prepare para o parágrafo final, onde está
reservada uma nova e definitiva guinada no enredo. Resumindo: mais porrada.
Aliás, Swanson foi um gênio, pois em apenas oito linhas, ele conseguiu,
novamente, deixar o leitor boquiaberto, arrematando a história.
Quando decidi ler o livro já tinha conhecimento das
várias mudanças no desenrolar da trama, por isso, nos intervalos da leitura – enquanto
comia ou trabalhava – ficava imaginando algumas mudanças absurdas no livro,
tentando descobrir o que escritor norte-americano reservava para os seus
personagens. Quando tomava conhecimento das reviravoltas, chegava a conclusão o
quão longe estavam as minhas deduções.
No livro, em um voo atrasado de Londres para Boston,
Ted Severson conhece a bela e misteriosa Lily Kintner. Depois de vários martinis,
os dois estranhos decidem fazer um jogo: cada um deve contar os seus segredos
mais íntimos a respeito de si mesmo. Ted revela, então, que está sendo traído
por sua esposa, Miranda. Porém, o que começa apenas como uma brincadeira
inocente entre dois desconhecidos acaba tomando proporções perigosas quando Ted
sugere que sente vontade de matar a sua mulher, e Lily surpreendentemente
decide ajuda-lo.
Acredito que contar mais do que isso, abriria espaço
para os malditos spoilers. Portanto, resumidamente esse é o plot do thriller
psicológico que vem ganhando rasgados elogios tanto da crítica especializada
quanto do público. E diga-se, muito merecidos.
A história é narrada em primeira pessoa, a partir do
ponto de vista dos personagens, incluindo Ted, Lily, vítimas, polícia e
algozes. Esta narrativa ocorre de maneira alternada: ora um, ora outro
personagem. Geralmente, as reviravoltas acontecem no final ou início de cada
capítulo, mas nada impede, também, de que ocorram no meio. Como já disse anteriormente,
o romance é uma caixinha de surpresas.
Li o livro em apenas três dias, pois a sua leitura
tornou-se algo viciante. Simplesmente não queria parar até saber o que iria
acontecer com determinados personagens nos capítulos seguintes, e assim, fui
virando página atrás de página.
Fantastic!
Com certeza, a galera irá gostar.
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