Cinco obras que me deixaram com uma profunda 'Depressão Pós Livro'

11 agosto 2022

Vocês já tiveram “Depressão Pós Livro” ou simplesmente DPL? Eu já. Aliás, tenho certeza, que todos os leitores de carteirinha tiveram. Esta síndrome acontece quando não conseguimos aceitar o fim de um livro incrível, então, ficamos incapacitados de começar um outro. Como já expus acima, todos os leitores já sofreram de DPL ao se agarrar à história e não saber mais viver sem ela. Para combater esse mal só mesmo um novo livro, um novo enredo, tão bom quando aquele que causou a DPL.

Nesta postagem vou publicar cinco livros que me causaram uma DPL profunda e difícil de curar. Fica, aqui, o conselho para a galera que lê esse post: se não quiserem ganhar uma Depressão Pós Livro profunda, fujam dessas cinco indicações literárias, mas se por outro lado, desejarem ‘topar’ com narrativas maravilhosas e que certamente irão lhe proporcionar uma viagem inesquecível, fiquem à vontade para encarar essas obras. Vamos a elas.

01 – Mentirosos (E. Lockhart)


Existem finais de livros que ficam guardados em nossa memória por toda a vida. Nós podemos ficar velhos, e diga-se, muito velhos, e mesmo assim aquele final sempre fará parte das nossas recordações. Aliás, os meus olhos se encheram de lágrimas por dois finais trucões: Mentirosos de E. Lockhart e Marina de Carlos Ruiz Zafon.

Vou escrever primeiramente sobre Mentirosos, cujo ‘The End” me arrebentou e foi o principal culpado pela minha DPL. Posso dizer que já me emocionei com muitos livros e com certeza irei me emocionar com outros, mas até agora, Mentirosos está um passo à frente, até mesmo de Marina.

Além do final emocionante, se preparem, também, para uma virada avassaladora na história, daquelas viradas que tiram o chão do leitor. A tal virada acontece no último capítulo intitulado ‘Verdade’. Posso garantir que é algo bombástico. É a partir daí que todos os esclarecimentos chegam à tona. Mesmo a autora, em alguns trechos da trama, liberando algumas pistas sobre esse final surpresa, certamente a galera nem irá imaginar o que o último capítulo lhes reserva. É algo... sei lá, que não passa pela cabeça de nenhum leitor. E quando você descobre a verdade, o seu queixo cai.

Olha...Até agora, a DPL causada pela obra de Lockhart foi a mais difícil de superar.

02 – Marina (Carlos Ruiz Zafon)

Taí outro enredo que me deixou com os olhos úmidos. Infeliz hora que decidi ler as últimas páginas de Marina num clube de campo da minha cidade que estava lotado num domingo. As lágrimas vieram e acabei passando ‘carão, pois quem não é leitor de verdade nunca vai aceitar que algumas páginas de uma narrativa ficcional tenha o poder de fazer alguém chorar.

Acreditem, os três últimos capítulos da obra de Carlos Ruiz Zafon arrebentam o mais duro dos corações. É nessa hora que todo o mistério envolvendo a personagem Marina é revelado.

Sei que é estranho alguém derramar lágrimas ao ler um enredo criado por um autor especialista em tramas de suspense, mistério sobrenatural como aconteceu nos Best-Sellers A Sombra do Vento e O Jogo do Anjo. Ocorre que Marina é uma obra que foge, um pouco, das características de Zafon. Tudo bem que ele mantenha o seu estilo narrativo direcionado para o suspense e o sobrenatural, mas por outro lado, também acrescenta um outro elemento desconexo de suas obras tradicionais: o amor incondicional.

03 – O Reverso da Medalha (Sidney Sheldon)

Na minha opinião trata-se do melhor livro de Sidney Sheldon. Uma saga maravilhosa que faz o leitor mergulhar de cabeça no enredo querendo que a narrativa nunca termine.

Classifico O Reverso da Medalha como uma ‘obra épica’, já que aborda os dramas, alegrias, conquistas e derrotas de quatro gerações de uma poderosa família: os Blackwell.

Trata-se de um livrão para ser devorado em poucas horas. Um enredo que prende o leitor da primeira à última página, bem diferente do desastroso A Senhora do Jogo, de Tilly Bagshawe, considerado a sequência oficial da obra prima de Sheldon.

Prestem atenção no prólogo da história, talvez, um dos melhores se não o melhor de todos os livros de Sheldon. Aliás, o autor é mestre em escrever prólogos. A cena em que Kate já bem velhinha reúne todos os familiares em sua mansão para revelar um grande segredo é fantástica.

“O Reverso da Medalha” é DPL garantida.

04 – Presa (Michael Crichton)

Caramba! Como esse livro me fisgou! O curioso é que se trata de uma das obras menos conhecidas de Michael Crichton que morreu em 2008, aos 66 anos, quando se encontrava no auge de sua carreira. Mais curioso ainda que é uma das postagens menos acessadas aqui no blog. Apesar dessas agravantes, Presa foi um dos melhores livros que li.

A obra é um thriller tecnológico de tirar o folego, algo... sei lá, frenético. Ainda me lembro que demorei menos de dois dias para ler o livro que tem mais de 450 páginas. Cara, eu não conseguia parar, simplesmente isso. Gostei tanto que já reli a história diversas vezes e não me canso de indica-la para os meus amigos e também para os leitores do blog.

Na história, acompanhamos o casal Jack e Julia. Jack é um programador desempregado, pai de família e dono de casa. Já a sua esposa, é vice-presidente de uma empresa de tecnologia chamada Xymos e está participando de um projeto envolvendo inteligência artificial, nanotecnología e biotecnología.

A tecnologia se refere a nano máquinas ou micro robôs, que juntas formariam uma câmera que poderia ser usada para vasculhar a corrente sanguínea ou todo o corpo humano. O problema é que os militares querem usar esse conhecimento para fins bélicos. Então num “belo dia”, num descuido de um grupo de cientistas, uma nuvem dessas nanopartículas inteligentes escapam de um laboratório localizado no deserto de Nevada espalhando o pânico.

Simplesmente, não conseguia parar de ler. Resultado: ganhei mais uma DPL.

05 – Eles Merecem a Morte (Peter Swanson)

Aqueles que acompanham o “Livros e Opinião” há algum tempo já sabem que eu adoro histórias com plot twists. Por isso, já li muitos livros com essa característica, mas nenhum deles superou, pelo menos até agora, Eles Merecem a Morte de Peter Swanson.

A obra tem porradas para nocautear qualquer leitor. Quando digo ‘porradas’ estou me referindo as reviravoltas na trama. E três dessas porradas, com certeza, deixarão a galera completamente desorientada e de queixo caído.

Logo no início de seu enredo, Swanson nos conduz para um desfecho dentro da normalidade, ‘entonce’, a partir da página 136, de sopetão, vem a primeira pancada. Esta primeira reviravolta mexe com toda a trama e modifica o chamado ‘modus operandi’ de alguns personagens.

As outras duas outras porradas, no decorrer do romance, não tiram o chão do leitor, como a primeira, mas também são ‘trucões pesados’ e desnorteiam. O autor faz com que você pense que irá acontecer algo, mas esse algo não acontece. Então, você para e diz: “ué, cadê?!” Quando se recupera dessa surpresa e prossegue com a leitura, chega o ‘golpaço’ inesperado: Páaaaaahh!! Pancadaço de tirar de fôlego.

Eles Merecem a Morte conta a história de Ted Severson que em um voo atrasado de Londres para Boston acaba conhecendo a bela e misteriosa Lily Kintner. Depois de vários martinis, os dois estranhos decidem fazer um jogo: cada um deve contar os seus segredos mais íntimos a respeito de si mesmo. Ted revela, então, que está sendo traído por sua esposa, Miranda. Porém, o que começa apenas como uma brincadeira inocente entre dois desconhecidos acaba tomando proporções perigosas quando Ted sugere que sente vontade de matar a sua mulher, e Lily surpreendentemente decide ajuda-lo.

Um livro recheado de plot twists que garantem uma DPL para ninguém botar defeito.

E aí pessoal? Prontos para sofrer um pouquinho? No bom sentido, claro (rs).

 

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