Ansioso demais para adquirir “A Herança”, sequência de “Tempo de Matar”

05 março 2019

Antes de escrever sobre o assunto proposto, posso dar uma divagada? É... viajar um pouquinho; introduzir no post algo que não tenha nada a ver com aquilo que, necessariamente, vou abordar. Às vezes, gosto de fazer isso. É como se estivesse dividindo com vocês alguns segredos ou determinadas situações que estou vivendo. Prometo que serei breve.
Enquanto escrevo esse post estou ouvindo o trio elétrico local que anima o carnaval de rua em minha cidade. Que trio animado! Eles só tocam e cantam marchinhas antigas; e muito bem! Com um pequeno detalhe: o vocalista do grupo é gago. Calma, calma aí galera. Quando ele está cantando é perfeito, tanto é, que o público não percebe nenhum sinal de gagueira, por menor que seja. E o cara dá um verdadeiro show no palco.
Bem... o problema é quando ele tem que interagir com a multidão de foliões, como por exemplo, falar alguma coisa, brincar com o povo, chamar algum convidado ou autoridades municipais no palco. Nestas horas, o ‘galo canta’, quero dizer, o ‘galo mia’. Então, a estratégia dos organizadores é deixar sempre alguém por perto do vocalista para fazer essa interação.
Neste exato momento, ele está cantando “Saca Rolha”. E olha que ele não enrosca nem mesmo naquela parte do refrão onde o intérprete tem que dar uma enroscadinha proposital no estribilho. Naquela parte:
“As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca saca saca rolha”
Pode parecer que não, mas garanto que no momento que a marchinha vai se aproximando o tal do “saca-saca-saca”, uma agonia toma conta de mim. Fico torcendo para que o ‘seo’ Hélio não empaque e fique enroscado gaguejando no “saca, saca, saca”. Mas o cara é bom, porque ele passa como um trator no refrão, pelo menos até agora.
John Grisham
Sei lá, não me perguntem porque fugi totalmente do livro de John Grisham, apenas me deu vontade de dividir com vocês, esse momento que estou vivendo agora. Caso tivesse um blog de assuntos variados, esse post já estaria concluído e até com título: “O cantor gago que não gagueja”. Mas como tenho um blog literário, não posso fazer isso. Mas, deixando as divagações de lado, vamos ao que interessa.
Galera, apesar de ter lido e adorado “Tempo de Matar” de John Grisham, juro que não sabia que a história tinha uma continuação. Verdade! Jamais passou pela minha cabeça que Grisham havia escrito uma sequência para a saga que envolve os icônicos personagens: Jack Brigance e Carl Lee Hailey.
Tomei conhecimento dessa novidade, há pouco mais de um mês, quando havia concluído a leitura de “Tempo de Matar”. Não é necessário dizer que amei a descoberta. Cara, o enredo de “Tempo de Matar” é fantástico. A história engole o leitor; ele nunca mais quer sair dela, largar o livro. Escrevi um post sobre a obra onde revelo mais detalhes. Os leitores interessados podem acessar aqui.
“Tempo de Matar” foi lançado originalmente em 1989 e teve vendas modestas, mas depois que “A Firma” e “O Dossiê Pelicano”, outras obras de Grisham, fizeram sucesso no cinema, foi republicado e tornou-se um verdadeiro hit nas livrarias.
Em 1996, a história foi adaptada para o cinema, num longa com Matthew McConaughey, Sandra Bullock e Samuel Lee Jackson. A bilheteria do filme ultrapassou US$ 108 milhões. Resumindo: um grande sucesso de bilheteria.
“A Herança” foi escrito 24 anos depois de  seu antecessor e pelo que eu vi em matérias de jornais da época e também nos blogs literários que visitei, o livro repetiu o êxito da história de 1989. Foram muitos os elogios para “A Herança”.
O enredo deste novo livro se passa logo após os fatos ocorridos em “Tempo de Matar”. Um homem se suicida, e deixa um testamento escrito a mão com instruções sobre o seu sepultamento e a divisão dos seus bens. Todos ficam surpresos com o conteúdo de seu testamento que não deixa absolutamente nada de sua herança para os seus familiares. Em contrapartida, uma quantia considerável é destinada para sua empregada negra.
O que o levou a agir dessa maneira num período em que o racismo ainda predominava nos Estados Unidos? Com certeza, mais uma história polêmica de Grisham.
Confesso que estou ansioso para ler a obra, mesmo porque Jack Brigance já entrou para a galeria dos meus personagens literários preferidos. Cara, estou tão ansioso que pretendo adquirir “A Herança”, apesar de toda essa confusão envolvendo a alteração de cep’s da minha cidade (ver aqui). Acho que vou encarar, mesmo assim.
Desejem-me sorte.
Abraços!

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