Galera, momento desabafo no ar, please. Sei que este
espaço é para escrever sobre livros, mas...cara, hoje tô precisando falar de
uma outra coisa. Lulu, minha fiel escudeira, meu amor, minha paixão e etc e
mais etc, não está, aqui, comigo. Foi viajar, a trabalho. Entonce, estou em
casa, sozinho e com uma dor no ombro do caralh... Ooops! Do caramba, assim é
melhor (rs). Ainda hoje, antes da viagem, disse para Lulu que o meu ombro é um
baita de um vilão manipulador e sem vergonha. Na sua esperteza maléfica, ele
conseguiu ‘ganhar’ a confiança do meu pescoço para que ele também aderisse a
sua grevezinha ou revolta pessoal. Resultado: uma dor excruciante nestas duas
partes do meu corpo. PQP, e que dooor!!
Acho que os dois – o ombro mau caráter e o pescoço sem
personalidade – ficaram revoltados – quero dizer, o ombro ficou revoltado e
depois com a sua lábia habitual convenceu o pescoço a também ficar revoltado –
por causa do excesso de serviço, o qual eles classificaram como trabalho
escravo.
Pois é, apesar de estar P. da vida com os dois, não
posso negar que eles tem um pouco de razão. Confesso que abusei. Exercer a
minha profissão e ainda encontrar tempo para escrever alguns posts está ficando
muito difícil, pelo menos neste primeiro trimestre.
Qualquer mesa, pedaço de
concreto ou madeira que encontro durante o dia – num restaurante, hotel, consultório
médico, etc – já uso como apoio para abrir o meu notebook ou sacar o meu tablet
e digitar alguma pauta atrasada ou concluir uma reportagem. O segundo tempo dessa
bnatalha recomeça em casa. Chegando lá, tomo um banho e pimba! Parto para
desktop do meu quarto para escrever um ou dois posts. Tempo para ler? Bem...
como costumo dizer: as madrugadas existem para isso.
Acreditem, estou nesse ritmo alucinante desde o início
do ano e há cerca de três dias, o meu ombro enfezou. – Tá pensando que eu sou
teu escravo!! – gritou – Você não me conhece ‘rapaizinhu’, se não me der uma
folga, prometo que vai receber o troco! – concluiu.
Como vocês já devem ter notado, não atendi a sua
reivindicação e deu no que deu: três madrugadas com dores lancinantes,
incluindo a de ontem que, juro, quero esquecer. Na realidade, não tiro a razão
do meu ombro esquerdo. Em julho de 2018 fui diagnosticado com uma lesão do tipo
Slap. Naquela época não conseguia erguê-lo e tampouco fazer movimentos de
rotação. O médico ortopedista me passou um coquetel de anti-inflamatórios, além
de sessões intermináveis de fisioterapia. Disse-me ainda que se eu não melhorasse,
a solução seria uma artroscopia ou cirurgia.
Cara, me revoltei com os medicamentos que estavam
detonando o meu estômago e por isso fiquei só com a ‘fisio’ somadas a aulas de Pilates.
Melhorei do problema, até... começar a abusar novamente da boa sorte. Foi então
que o moleque malvado e dominador chamado ‘Ombrito” decidiu motinar.
Ontem, como estava com muita dor fui a um médico,
amigo meu, que apesar de ser especialista em gastro e dos bons, também atende
outras especialidades. Como não fazia o exame de toque retal há algum tempo,
decidi ir para a luta. Com a próstata tudo OK, mas – Putz, já pararam prá pensar
como esse tal “mas” é o oráculo da desgraça na maioria das frases. Quando ele
surge sorrateiramente, quase boa coisa não é (rs) – o médico descobriu juma
fístula anal.
- Beleza, tem como cauterizar isso aí? – perguntei ao
médico, amigo meu. Ele parou e me olhou bestamente – Cauterizar?!! Cê tá
brincando né? Isto é caso cirúrgico. – Como a machadada desferida pelo meu
médico não foi suficiente, ele apelou para o golpe de misericórdia – Olha, mas
fique tranquilo, internamos você, na boa; a anestesia é peridural, riscos mínimos; vamos
abrir a fístula, curetar o seu canal; você não vai sentir nada, quero dizer na
hora da cirurgia. Dor mesmo, só depois, durante um três, quatro ou cinco dias.
Ah! A recuperação é um pouquinho demorada porque tenho que deixar o buraco da
fístula aberto para que ele feche de dentro prá fora. O tempo de cicatrização
demora um pouquinho, mais ou menos um mês. Outra coisa...
Ele não parava mais de me explicar as fases da tortura
medieval pela qual eu passaria. Nesta hora, imaginei o meu ombro morrendo de
rir – Hahahahahahaha!!! Bem feito papudo! Tá pagando tudo o que fez pra gente!!
– E ao seu lado, também imaginei a besta do meu pescoço, sem personalidade,
gargalhando por tabela.
Marquei a cirurgia para o mês de julho quando entrarei
de férias. Ihauuuuuu!! E que férias: rabo picotado e aberto! Ooops! Novamente,
desculpe. Acho que pintou um segundo de revolta com a situação, mas já passou.
Galera, então é isso aí. Sei que o post fugiu
totalmente da proposta do blog, mas como disse no início, precisava ‘conversar’
com alguém para dividir as minhas aventuras e desventuras. Poderia, ter saído
com alguns amigos, ido a um barzinho ou lanchonete e fazer dessa história um
dos assuntos da nossa conversa de botequim. Com certeza daríamos muitas
risadas, apesar do mau humor do meu ombro. Mas, não sei porque, decidi compartilhar essa história
com todos vocês que já acompanham o trabalho do “Livros e Opinião” há algum
tempo.
Prometo que da próxima vez não irei fugir do assunto.
Com certeza, irei ‘falar’ sobre livros.
Inté e... torçam por mim
Fui!
2 comentários
Minha nossa, Jam...
ResponderExcluirFiquei assustado com o relato. De fato, às vezes ignoramos os sinais e sintomas de problemas maiores, e acabamos aprendendo da pior forma que mexer com a saúde não é brincadeira.
Tenha confiança que a cirurgia e a recuperação ocorrerão bem.
Ficarei na torcida.
Forte abraço.
Pois é Tex, infelizmente sou um pouco displicente com a minha saúde. Reconheço que tenho que mudar alguns de meus hábitos. Quanto a cirurgia em julho, preocupado, principalmente com o pós-operatório, mas confiante. Obrigado pela torcida.
ExcluirAbcs!!