Falar do layout dos livros da Darkside é chover no
molhado. Todos nós já sabemos do esmero com que a editora trata dos seus “bebês”.
Prova disso é “Lady Killers – Assassinas em Série”, seu mais recente lançamento.
Capa dura com detalhes em rosa, branco e preto; páginas com lombadas laterais e
centrais em preto; trechos importantes do texto grifados em rosa, como se a
autora Tori Telfer estivesse com uma caneta de ponta porosa nas mãos destacando
as partes do enredo que ela julgasse fundamentais; ilustrações com detalhes
artesanais e mais isso e aquilo que dão a obra um ar todo vintage. Um autêntico
e imperdível lançamento de colecionador. Definitivamente, amei!
Mas chega. Não vou perder tempo escrevendo sobre algo
que o leitor já tem certeza que irá encontrar nos lançamentos da caveirinha.
Quero abordar o conteúdo de “Lady Killers – Assassinas em Série”. E o conteúdo,
também segue as mesmas diretrizes do visual do livro, ou seja, perfeito.
Telfer caprichou. Acredito que ela gastou muito tempo
em suas pesquisas para montar o seu enredo. Escrever sobre assassinas em série,
de um modo geral, já é difícil devido a falta de material sobre o assunto, o que não acontece quando
tema diz respeito à assassinos. Por algum motivo, o material sobre homens que
matam em série é muito mais amplo do que aqueles que se referem sobre o mesmo
tema, mas tendo o sexo oposto sob os holofotes.
Pois é, a autora foi mais além, indo ‘buscar’
referencias de assassinas em série do passado, algumas de um passado bem
distante, do tipo séculos XVII e até mesmo XVI ou XV. ‘Cê’ pensa que é fácil?!
Ok, então, vamos lá. Tente encontrar alguma coisa sobre mulheres que se
enquadrem no perfil de serial killers dessas épocas? Cara, é muito difícil.
Telfer conseguiu traçar o perfil psicológico de 14 serial killers de diversas
épocas distantes, quando o Brasil nem sequer ainda era Brasil. Numa escrita
fluida e dinâmica – sem nenhuma enrolação – o leitor fica sabendo tudo sobre a
infância, juventude e velhice dessas mulheres, além dos traumas responsáveis
pela modificação dos seus caracteres.
Apesar da maioria dos casos tratar de serial killers
que utilizavam veneno em seus crimes, a leitura não cai na ‘mesmice’, pois cada
criminosa tinha o seu modus operandi de agir.
Telfer narra os casos de uma maneira leve e até mesmo
brincalhona, mas sempre centrada na realidade, de mulheres psicopatas que
faziam coisas inacreditáveis em suas épocas. Uma frustração na cama com o
amante ou então um fora do namorado já era motivo para a ‘vítima’ planejar a
morte do infeliz. Um detalhe curioso abordado pela autora é como a aparência física
dessas mulheres interferiram, algumas vezes, em seus julgamentos.
Os casos mais violentos e que chamaram a minha atenção
foram aqueles envolvendo Elizabeth Bathory, a condessa sangrenta, que tinha o
hábito de banhar-se, numa banheira, com o sangue de suas vítimas; Lizzie
Halliday, considerada a pior mulher do mundo, leiam e vocês saberão o porquê
desse apelido, arghhhhh; Mary Ann Cotton, que ganhou o apelido, diga-se merecido,
de ‘mulher maldita’, que fez um festival de ‘maridos e amantes cadáveres’,
matando-os de uma maneira torpe, cruel e sem piedade; e por fim, Darya
Nikolayevna Saltykova, a ‘atormentadora’,vichiii, arrepiei-me com as maldades
dessa russa; Deus me livre. Além dessas ‘beldades’ que prenderam a minha
atenção, as outras ‘meninas’ descritas por Telfer, de fato, provocam calafrios;
calafrios do tipo: jamais quero ficar um segundo, sequer, ao lado dessa ‘diaba’.
O livro traz ainda, resumidamente, uma galeria de
outras 14 assassinas em série contemporâneas, entre as quais: Aileen Wuornos
que foi glamourizada no filme “Monster” (2003) com Charlize Theron e Christina
Ricci. E por falar em filmes, “Lady Killers – Assassinas em Série” também tem
um capítulo específico sobre filmes e series de TV famosos sobre a vida de
várias serial killers abordadas na obra.
Enfim, um livraço que não pode faltar em sua
biblioteca.
5 comentários
Ótima Resenha, Pretendo adquirir em breve!
ResponderExcluirOlá Luis,
ExcluirFeliz que tenha gostado da resenha. Evitei, ao máximo, revelar spoilers (rss).
Com certeza irá gostar do livro
Abraços!
Ontem desvirginei com a Amazon, he, he. Eu explico: é, comprei pela primeira vez lá. Eu estava de olho num livro da Darkside, e quase comprei no site oficial. Até simulei uma compra lá, e depois recebi um e-mail divertido deles perguntando porque desisti da compra. Não desisti, apenas dei uma pesquisada nos preços antes e fui seduzido por uma oferta da Amazon. Além de achar os livros um tantinho mais baratos, tinha a oferta, comprando quatro, o mais barato seria de graça ( fora o frete grátis). Daí comprei, e acabei levando o UltraCarnem de graça. Tremenda economia. Espero ter feito boas escolhas. Até!
ResponderExcluirLi UltraCarnem do César Bravo. Livraço. Gostei muito. Inclusive, tem uma resenha no blog.
ExcluirAbcs!
Sim, já tinha lido tua resenha. Em meio a tantos livros interessantes da Darkside, o livro UltraCarnem não tinha chamado minha atenção nem pelo título, nem pela capa. E por isso sequer eu tinha lido a sinopse. E foi justamente depois de ler tua resenha que despertou meu interesse em ler o livro. Também comprei N de Stephen King e O Mundo de Lore.
ResponderExcluirBom final de semana!