Lady Killers – Assassinas em Série

08 março 2019

Falar do layout dos livros da Darkside é chover no molhado. Todos nós já sabemos do esmero com que a editora trata dos seus “bebês”. Prova disso é “Lady Killers – Assassinas em Série”, seu mais recente lançamento. Capa dura com detalhes em rosa, branco e preto; páginas com lombadas laterais e centrais em preto; trechos importantes do texto grifados em rosa, como se a autora Tori Telfer estivesse com uma caneta de ponta porosa nas mãos destacando as partes do enredo que ela julgasse fundamentais; ilustrações com detalhes artesanais e mais isso e aquilo que dão a obra um ar todo vintage. Um autêntico e imperdível lançamento de colecionador. Definitivamente, amei!
Mas chega. Não vou perder tempo escrevendo sobre algo que o leitor já tem certeza que irá encontrar nos lançamentos da caveirinha. Quero abordar o conteúdo de “Lady Killers – Assassinas em Série”. E o conteúdo, também segue as mesmas diretrizes do visual do livro, ou seja, perfeito.
Telfer caprichou. Acredito que ela gastou muito tempo em suas pesquisas para montar o seu enredo. Escrever sobre assassinas em série, de um modo geral, já é difícil devido a falta de material  sobre o assunto, o que não acontece quando tema diz respeito à assassinos. Por algum motivo, o material sobre homens que matam em série é muito mais amplo do que aqueles que se referem sobre o mesmo tema, mas tendo o sexo oposto sob os holofotes.
Pois é, a autora foi mais além, indo ‘buscar’ referencias de assassinas em série do passado, algumas de um passado bem distante, do tipo séculos XVII e até mesmo XVI ou XV. ‘Cê’ pensa que é fácil?! Ok, então, vamos lá. Tente encontrar alguma coisa sobre mulheres que se enquadrem no perfil de serial killers dessas épocas? Cara, é muito difícil. Telfer conseguiu traçar o perfil psicológico de 14 serial killers de diversas épocas distantes, quando o Brasil nem sequer ainda era Brasil. Numa escrita fluida e dinâmica – sem nenhuma enrolação – o leitor fica sabendo tudo sobre a infância, juventude e velhice dessas mulheres, além dos traumas responsáveis pela modificação dos seus caracteres. 
Apesar da maioria dos casos tratar de serial killers que utilizavam veneno em seus crimes, a leitura não cai na ‘mesmice’, pois cada criminosa tinha o seu modus operandi de agir.
Telfer narra os casos de uma maneira leve e até mesmo brincalhona, mas sempre centrada na realidade, de mulheres psicopatas que faziam coisas inacreditáveis em suas épocas. Uma frustração na cama com o amante ou então um fora do namorado já era motivo para a ‘vítima’ planejar a morte do infeliz. Um detalhe curioso abordado pela autora é como a aparência física dessas mulheres interferiram, algumas vezes, em seus julgamentos.
Os casos mais violentos e que chamaram a minha atenção foram aqueles envolvendo Elizabeth Bathory, a condessa sangrenta, que tinha o hábito de banhar-se, numa banheira, com o sangue de suas vítimas; Lizzie Halliday, considerada a pior mulher do mundo, leiam e vocês saberão o porquê desse apelido, arghhhhh; Mary Ann Cotton, que ganhou o apelido, diga-se merecido, de ‘mulher maldita’, que fez um festival de ‘maridos e amantes cadáveres’, matando-os de uma maneira torpe, cruel e sem piedade; e por fim, Darya Nikolayevna Saltykova, a ‘atormentadora’,vichiii, arrepiei-me com as maldades dessa russa; Deus me livre. Além dessas ‘beldades’ que prenderam a minha atenção, as outras ‘meninas’ descritas por Telfer, de fato, provocam calafrios; calafrios do tipo: jamais quero ficar um segundo, sequer, ao lado dessa ‘diaba’.
O livro traz ainda, resumidamente, uma galeria de outras 14 assassinas em série contemporâneas, entre as quais: Aileen Wuornos que foi glamourizada no filme “Monster” (2003) com Charlize Theron e Christina Ricci. E por falar em filmes, “Lady Killers – Assassinas em Série” também tem um capítulo específico sobre filmes e series de TV famosos sobre a vida de várias serial killers abordadas na obra.
Enfim, um livraço que não pode faltar em sua biblioteca.


5 comentários

  1. Ótima Resenha, Pretendo adquirir em breve!

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    1. Olá Luis,
      Feliz que tenha gostado da resenha. Evitei, ao máximo, revelar spoilers (rss).
      Com certeza irá gostar do livro
      Abraços!

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  2. Ontem desvirginei com a Amazon, he, he. Eu explico: é, comprei pela primeira vez lá. Eu estava de olho num livro da Darkside, e quase comprei no site oficial. Até simulei uma compra lá, e depois recebi um e-mail divertido deles perguntando porque desisti da compra. Não desisti, apenas dei uma pesquisada nos preços antes e fui seduzido por uma oferta da Amazon. Além de achar os livros um tantinho mais baratos, tinha a oferta, comprando quatro, o mais barato seria de graça ( fora o frete grátis). Daí comprei, e acabei levando o UltraCarnem de graça. Tremenda economia. Espero ter feito boas escolhas. Até!

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    1. Li UltraCarnem do César Bravo. Livraço. Gostei muito. Inclusive, tem uma resenha no blog.
      Abcs!

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  3. Sim, já tinha lido tua resenha. Em meio a tantos livros interessantes da Darkside, o livro UltraCarnem não tinha chamado minha atenção nem pelo título, nem pela capa. E por isso sequer eu tinha lido a sinopse. E foi justamente depois de ler tua resenha que despertou meu interesse em ler o livro. Também comprei N de Stephen King e O Mundo de Lore.
    Bom final de semana!

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