Um Capricho dos Deuses

11 março 2019
A minha estante está repleta de livros de Sidney Sheldon. Todos ele já lidos, mas às vezes ‘bate’ aquela vontade meio que “desenfreada de reler alguns deles. E assim, lá estou eu, geralmente durante a noite, pegando um dos meus bebês novamente. Garanto prá toda a galera que cada releitura que faço é uma sensação incrível, daquelas que só os devoradores de livros que são fãs de Sheldon conseguem entender.
Há alguns dias, escolhi “Um Capricho dos Deuses”. Já tinha lido a obra há muito tempo e não me lembrava de vários detalhes, inclusive do final.
Peguei o livro as 19 horas e só larguei a uma hora da madrugada, incluindo um rápido espaço para um lanchinho e claro, dormir. No dia seguinte, como era sábado, terminei de lê-lo pela manhã. Resumindo: demorei menos de dois dias para terminar.
O enredo de Sheldon é viciante e as pistas daqueles que estão tramando contra a vida da personagem principal são cheias de nuances, o que faz com que o leitor mude a sua opinião com frequência com relação aos vilões. Estas mudanças deixam o enredo ainda mais atrativo, com o suspense crescendo a cada página. Por isso, sempre faço questão de destacar a idiossincrasia dos enredos do autor.
“Um Capricho dos Deuses’ foi o oitavo livro de Sheldon, publicado em 1987, e a exemplo dos anteriores tornou-se um grande sucesso de público. Nele o autor apresenta como personagem principal mais uma mulher corajosa e de personalidade forte. Mary Ashley leciona na Universidade de Kansas e é especialista em assuntos da Europa Ocidental. Como o novo presidente dos Estados Unidos tem a intenção de estreitar as relações diplomáticas com a Romênia, que andam meio abaladas, ele acaba convidando Ashley para assumir a Embaixada dos estados Unidos naquele país.
Inicialmente, ela rejeita o convite por ser casada e ter dois filhos menores, mas após a morte de seu marido num acidente de carro, Ashley acaba aceitando a oferta. A partir desse momento, surge a primeira dúvida: será que o acidente foi algo normal ou fez parte de uma conspiração para que a professora universitária aceitasse ser embaixadora dos estados Unidos na Romênia? Garanto que outros questionamentos acabam surgindo no decorrer da trama, fazendo o leitor coçar as orelhas.
Sem saber, ao concordar com o convite do presidente americano, Ashley passa a viver uma situação de extremo perigo, colocando a sua vida em risco, já que uma sinistra organização formada por políticos e empresários desejam sabotar o plano do presidente americano em se aproximar da Romênia, nem que para isso tenham que matar a nova embaixadora. Os interesses dessa organização não são nada salutares já que eles pretendem provocar uma grande catástrofe mundial visando apenas interesses próprios.
No meio de tanto perigo e duvidas, Ashley acaba se envolvendo com dois homens enigmáticos, E novamente, surgem mais dúvidas para os leitores coçarem as orelhas, os bigodes, as pestanas, seja lá o que quiserem coçar: será que os dois são amigos ou inimigos da mulher? Será que apenas um deles está do seu lado? Em qual deles, ela deve confiar?
Sheldon é um verdadeiro mestre em escrever tramas conspiratórias e “Um Capricho dos Deuses” é a prova disso. Quando li, a ansiedade foi tanta que a minha vontade era pular as páginas para saber qual personagem estava conspirando e qual estava sendo sincero.
No final dessa postagem não poderia deixar de mencionar o vilão do enredo: “Angel”, o codinome do assassino profissional – que nunca falha em suas missões - contratado para eliminar Ashley. O sujeito é tão estranho que chega a ser icônico.
Tudo bem que ele apareça pouco, mas as vezes em que dá as caras na trama, consegue prender a atenção do leitor. Além de muito ardiloso e enigmático, ‘Angel’ esconde um segredo que só é descoberto no final. Quando ele revela a sua identidade, caraca! O queixo do leitor, literalmente, cai.
O final de “Um Capricho dos Deuses” é de tirar o fôlego: muita ação, além de revelações surpreendentes. Uma leitura que vale muito a pena.
Inté!

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