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08 dezembro 2022

Três livros de Sidney Sheldon com o poder de transformá-lo em fã de carteirinha do autor

Aqueles que acompanham o “Livros e Opinião” sabem o quanto gosto de Sidney Sheldon. Amo os seus enredos. Sheldon era tão produtivo quanto Stephen King; uma verdadeira máquina de lançar obras literárias, uma atrás do outra, mas também, a exemplo de King, uma “máquina” que só colocava no mercado obras de qualidade ou pelo menos, a maioria delas. Aliás, Sheldon vai um pouco mais além já que todos os seus 18 livros lançados, ao longo de sua carreira de escritor, ocuparam as principais listas de mais vendidos pelo mundo afora, incluindo o cobiçado toplist do jornal The New York Times. Viram o que eu escrevi acima? Eu “disse” todos os seus livros lançados e não alguns. Cara, qual escritor consegue lançar uma batelada de livros e colocar toda essa batelada, sem exceções, na lista de mais vendidos? Difícil, né? Pois é, mas para Sheldon, não. Ele conseguiu essa proeza.

Portanto, considero difícil selecionar cinco, oito ou dez de seus melhores livros, mesmo assim, topei encarar o desafio, mais que isso: dificultar esse desafio ao máximo e escolher os três melhores livros do autor.

Antes que alguns leitores critiquem as minhas escolhas, gostaria de lembrar que toda e qualquer lista sempre é pessoal pois reflete a opinião de quem a elaborou, por isso jamais pode ser considerada a última cereja do bolo ou então a “única das únicas”. Pode ser que as minhas três melhores leitura de Sheldon não sejam as suas três melhores. Mas tudo bem, chega de enrolação e vamos com as obras do autor que marcaram a minha vida de devorador de livros e que servirão para transformar muitos leitores em grandes fãs de Sheldon.

01 - O Outro Lado da Meia-Noite

A maioria avassaladora de leitores, além dos críticos consideram O Outro Lado da Meia-Noite a obra-prima de Sidney Sheldon, o seu melhor livro. Portanto, quem sou eu parta discordar; além do mais, eu amei o enredo. Na minha opinião, as personagens Noelle Page, Catherine Douglas e Larry Douglas são três dos personagens mais marcantes criados pelo autor. O romance publicado originalmente em 1973 foi o segundo livro lançado por Sheldon. O Outro Lado da Meia Noite é tão bom, mas tão bom, que até os personagens coadjuvantes se sobressaem, podendo assim, se equiparar aos protagonistas. Que o digam o “bandidaço” Constantin Demeris e o impagável Napoleon Chotas, um advogado muito peculiar. Adorei os dois.

Outro detalhe que torna esse livro diferenciado é o seu prólogo. A cena que marca o início do julgamento de Noelle Page é primorosa. Sheldon, de fato, estava inspirado quando escreveu aquele prólogo arrasador.

O Outro Lado da Meia-Noite é o tipo de história que ‘chupa’ o leitor para interior de suas páginas. É aquele enredo que você não lê, mas devora. Sheldon foi muito feliz na composição de seus personagens. Ele criou um triangulo amoroso avassalador. De um lado temos Noelle Page, do outro, Catherine Alexander e, no meio, Larry Douglas.

O enredo do livro tem traições, vingança, mentiras, inveja e mais um arsenal capaz de prender a atenção dos leitores mais dispersos. Ambientado nas décadas de 30 e 40, O outro lado da meia noite narra as histórias de duas mulheres muito diferentes - que têm em comum o amor pelo mesmo homem. A sensual Noelle é uma famosa atriz que sai dos bairros pobres de Marselha para o sucesso no cinema. A americana Catherine é uma profissional bem-sucedida, mas totalmente insegura com o sexo masculino em geral.

O piloto e herói de guerra Larry Douglas, por quem as duas se apaixonam em diferentes épocas de suas vidas, fecha o triângulo amoroso que desperta o ódio do magnata grego Constatin Demiris, amante de Noelle, um homem que não esquece nem perdoa.

Sem dúvida alguma, um livraço que muitos reputam como o melhor escritor por Sheldon.

02 – Lembranças da Meia-Noite

Não dá para desvincular O Outro Lado da Meia-Noite de Lembranças da Meia-Noite. Os dois são carne e unha.  Quando Sidney Sheldon lançou o primeiro, em 1973, o livro tornou-se uma verdadeira febre mundial, transformando-se em Bestseller da noite para o dia. A história das personagens Noelle Page e Catherine Alexander, de personalidades tão distintas, encantou milhares de leitores, incluindo o “menino” aqui. Portanto, uma continuação da história estava mais do que “na cara” e foi o que acabou acontecendo. Mas cá, entre nós, essa sequência demorou um bocado para chegar. Ela só foi publicada após 17 anos, ou seja, em 1990.

No meu caso, precisava, demais, saber como seria a vida de Catherine Douglas a partir do momento em que Sheldon escreveu a última linha de O Outro Lado da Meia-Noite onde vemos uma Catherine ingênua, fraca e sem amor próprio, mas que vai crescendo aos poucos com o virar das páginas. Os tombos, decepções e rasteiras acabam transformando a personagem numa outra pessoa: esperta, corajosa, astuciosa e até mesmo ambiciosa. Em Lembranças da Meia-Noite também temos um outro personagem muito marcante: Constantin Demiris, o todo poderoso magnata grego, que quer a submissão de todos aqueles que um dia cruzam o seu caminho. Lembrando que ele teve um papel decisivo no primeiro livro.

Além de Demiris e Catherine, há outros personagens marcantes na história como Napoleon Chotas (que retorna), Spyros Lambrou e Melina; o primeiro, advogado; o segundo, cunhado e a terceira, esposa de Demiris. E coincidentemente, os três que resolvem peitar Demiris. Grande parte do enredo se resume no embate entre Spyros e Demiris, dois dos maiores armadores gregos, donos de frotas e mais frotas de navios; um querendo engolir o outro. Enquanto Demiris se encaixa na pele de vilão, Sheldon deu à Spyros o papel de bom moço no enredo.

Prestem atenção no plano armado por Melina para incriminar o seu marido. Cara! Fiquei de boca aberta! Após se cansar de apanhar de Demiris ela decide colocar em prática o ditado grego popular: “Os gregos nunca esquecem”.

Considero Lembranças da Meia-Noite uma leitura obrigatória para todos aqueles que leram e se deliciaram com O Outro Lado da Meia-Noite.

03 – O Reverso da Medalha

Fecho o triunvirato das melhores obras escritas por Sheldon com o fantástico O Reverso da Medalha. Que história... impagável!

Na minha opinião, esse livro pode ser considerado o melhor de toda a brilhante carreira de Sidney Sheldon. Considero-o uma ‘obra épica’, já que aborda os dramas, alegrias, conquistas e derrotas de quatro gerações de uma poderosa família: os Blackwell.

A narrativa de Sheldon começa em 1883, quando o patriarca dos Blackwell, Jamie McGrecor, ainda adolescente, decide deixar a sua família na Escócia e seguir  para um distante povoado na África do Sul em busca de diamantes. O seu sonho é ficar rico, aproveitando o período da ‘febre dos diamantes’ que invade as terras africanas. Jamie come o pão que o diabo amassou e paga um preço altíssimo para conseguir o seu objetivo: ficar multimilionário. O capítulo em que Jamie e o seu fiel escudeiro Panda roubam os diamantes de uma mina super-protegida e até aquele momento inexpugnável é de tirar o fôlego.

Kate Blackwell – uma das personagens mais incríveis criadas pelo autor – é filha de Jamie McGrecor. Sheldon explora todas as fases da vida de Kate: desde a sua infância até a fase adulta, quando ela se casa com David Blackwell, um dos empregados de seu pai, bem mais velho do que ela, mas a quem amou desde criança. Nem por isso, ela deixa de transformar David num joguete visando apenas a expansão de seu império.

Desde o momento que aparece pela primeira vez na história, Kate domina as páginas do romance de Sheldon, graças a sua personalidade forte. Ela não é muito diferente de Jamie McGregor, já que é capaz de fazer coisas terríveis para o bem da Kruger-Brent, conglomerado de empresas que herdou de seu pai. Para ela, a Krueger-Brent está acima do marido, dos filhos e dos netos. Durante as páginas do romance aprendemos a amar e também odiar Kate Blackwell.

O Reverso da Medalha é um livrão para ser devorado em poucas horas. Um enredo que prende o leitor da primeira a última página, bem diferente do desastroso A Senhora do Jogo, de Tilly Bagshawe, considerado a sequência da obra- prima e épica de Sheldon. Se você está pensando em se iniciar no chamado “Universo Literário Sheldon” nada melhor do que começar pelos seus três melhores livros.

Vamos que vamos!

Taí galera,

10 setembro 2022

Seis personagens femininas antológicas criadas por Sidney Sheldon

Não é novidade para ninguém que acompanha esse blog que eu sou um grande fã de Sidney Sheldon. Amo os seus livros, amo os seus prólogos e amo os seus personagens. E é sobre os personagens incríveis criados pelo mestre Sheldon que gostaria de escrever, hoje. À princípio pretendia fazer um post sobre os 10 melhores livros escritos pelo autor mas depois acabei mudando de ideia. Após dar uma zapeada pela Net, percebi que que existem muitas postagens desse tipo, por isso, resolvi dar uma invertida; fazer algo diferente ou pelo menos próximo do diferente (rs) e assim surgiu esse post. Espero que gostem.

Os seus enredos contam com mulheres fortes, batalhadores e que sempre conseguem dar a volta por cima, enfrentando as piores dificuldades. Sheldon sempre optou por mulheres para protagonizar as suas histórias. Quanto aos personagens masculinos, bem... quase sempre meros coadjuvantes. Nesta postagem escolhi 10 mulheres que arrebentaram a boca do balão nos livros escritos pelo autor. Na minha opinião, elas merecem e, muito fazer parte dessa top list. Vamos que vamos.

01 – Tracy Whitney

Livro: Se Houver Amanhã (1985)

Fodástica. Esta é a melhor palavra para definir Tracy Whitney. Cara, que mulher! Bonita – bonita não; linda, ou... melhor ainda: estonteante. Mas a beleza é apenas um tempero para as suas qualidades. A personagem criada pelo autor é inteligente, perspicaz e corajosa. 

Ela é a personagem principal do romance Se Houver Amanhã publicado pela primeira vez em 1985 e que arrebentou em vendagens. Adorei o enredo. Eletrizante demais!

O sucesso do livro foi tanto que no ano seguinte a trama ganhou uma adaptação para a televisão. A minissérie televisiva teve Madolyn Smith Osborne, Liam Neeson e Tom Berenger no elenco principal.

No início da trama, Tracy tem uma vida dos sonhos: está noiva de um cara que aparenta ser o chamado “homem dos sonhos”, casamento marcado, além de saber que vai ser mãe. O casal feliz “é todo comemoração”. Este cenário perfeito acaba se desmoronando quando a personagem é presa injustamente e vai parar numa penitenciária estadual, passando a ter uma nova vida. Ela é uma condenada da justiça e passa a viver entre criminosas perigosas. Tracy é estuprada pelas colegas de cela, perde o filho, passa a ser perseguida por outras presas que desejam o seu corpo.  Tudo isso quebraria ao meio a maioria de outras pessoas que estivessem em seu lugar, mas pensam que ela se encolheu? Entrou em pânico? Chorou? Ah, tá!

Nada disso. Tracy, enfrentou as dificuldades com coragem e perspicácia, mostrando toda a sua força.

E quando ela consegue escapar, vem a vingança contra aqueles que tramaram essa sórdida armadilha contra ela. Uma vingança terrível.

Eitcha mulherão fodástica!

02 – Noelle Page

Livro: O Outro Lado da Meia-Noite (1973)

O Outro Lado da Meia Noite, lançado em 1973 foi o segundo livro escrito por Sheldon. A obra alcançou o 1º lugar na lista de Best-sellers do New York Times e acabou sendo transformado em um filme de 1977 e seguido por uma sequência literária escrita por Sheldon intitulada Lembranças da Meia-Noite.

O Outro Lado da Meia-Noite conta com duas protagonistas femininas: Noele Page e Catherine Douglas. Amo as duas, mas nesse livro quem se sobressai, de fato, é Noelle. Aos 17 anos, ela já era a mulher mais linda de Marselha, no sul da França. Filha de pescador, cresceu perto do cais, em meio à pobreza e a homens que passavam metade da vida no mar. Em 1939 arranjou emprego como modelo numa loja, e depois de ser assediada por seu patrão, conseguiu fugir para Paris.

Na capital francesa, Noelle conheceu o militar Larry Douglas, americano que estava combatendo na Guerra junto à aviação britânica. A paixão intensa durou dias, até que Larry precisou ir a Londres, deixando a francesa perdida de amor e a promessa de voltar logo, mas o sujeito deu o “nó” e sumiu, se apaixonando por Catherine. Os dois acabam se casando. Então, o caldo engrossa. Noelle que já é uma atriz famosa trama a sua vingança contra o homem que a deixou na mão. Uma vingança que também pode prejudica-la, mas mesmo assim, ela segue em frente.

03 - Catherine Douglas

Livro: Lembranças da Meia-Noite (1990)

Comprei o livro Lembrançasda Meia-Noite porque precisava demais, saber como seria a vida de Catherine Douglas a partir do momento em que Sheldon escreveu a última linha de sua obra prima O Outro Lado da Meia-Noite.

Confesso que a personagem que acabou me conquistando, por completo, na obra de Sheldon foi Catherine e não Noelle que por sua vez pode ser considerada a protagonista da história. Noelle sempre foi ambiciosa, corajosa, sensual e sem medo de encarar desafios. Esses adjetivos já nasceram com ela e percebemos isso, logo nas primeiras páginas de O Outro Lado da Meia Noite, com uma Noelle ainda criança.

Costumo dizer que tais virtudes e defeitos já estavam impregnados na personagem ainda dentro da barriga de sua mãe. Quanto a Catherine a situação é diferente. Ela me cativou porque foi conquistando essas características ao longo da história, de acordo com o que a vida lhe oferecia. O Outro Lado da Meia Noite começa com uma Catherine ingênua, fraca e sem amor próprio. Com o ‘rolar’ das páginas, a personagem vai crescendo, se desenvolvendo. Como já disse, a própria vida se encarrega desse trabalho. Os tombos, decepções e rasteiras acabam  transformando-a numa outra pessoa: esperta, corajosa, astuciosa e até mesmo ambiciosa.

Há um determinado momento do romance que ela resolve sair ‘peitando’ todos aqueles que a espezinharam, querendo dar o troco em Larry Douglas e, por tabela, na própria Noelle, mas é em Lembranças da Meia-Noite que Catherine se transforma por completo mostrando toda a sua força. Mais uma personagem fortíssima criada por Sheldon.

03 - Kate Blackwell

Livro: O Reverso da Medalha (1982)

A melhor definição para Kate Blackwell, protagonista de O Reverso da Medalha publicado em 1982 é: ‘uma mulher forte e que sabe o que quer’. Com a morte do pai e depois do marido, Kate Blackwell assume todos os seus negócios, inclusive a direção de uma enorme multinacional, tornando-se uma administradora de sucesso, expandindo a companhia, incluindo a fabricação de armas que abastecem as grandes guerras.

Kate Blackwell é sinônimo de poder e prosperidade. No mundo dos negócios, ela conseguiu manter a solidez do império financeiro que herdou do pai – uma fortuna construída com a exploração e o comércio de diamantes na África do Sul. Mas luxo e riqueza não são os únicos elementos que fazem parte de sua história – a tragédia também acompanhou a trajetória de quase todos os seus familiares, como um legado de maldição. Agora, ao comemorar 90 anos, Kate é obrigada a lidar com os fantasmas de uma vida de chantagens e assassinatos. Fantasmas de um império fundamentado em pura ambição.

Kate é o tipo de personagem que nós, leitores, amamos ou odiamos. Ela pode ser bondosa e também inescrupulosa, interferindo na vida dos filhos, netos, empregados, tudo isso para conseguir os seus objetivos. Mas apesar disso não podemos negar que a personagem idealizada por Sheldon é um símbolo do sucesso; uma linda mulher que transformou sua herança em um império internacional – uma personalidade misteriosa, envolta por milhares de perguntas sem respostas. Detentora de uma posição de destaque entre os ricos e famosos, ela é uma sobrevivente assim como seu incansável pai – que arriscou a própria vida para extrair uma fortuna em diamantes da inóspita África do Sul.

05 – Jennifer Parker

Livro: A Ira dos Anjos (1980)

Jennifer Parker, protagonista de A Ira dos Anjos, é uma advogada recém-formada que deixa o interior para iniciar sua carreira em Nova York. Seu primeiro emprego é como assistente distrital de um renomado promotor do condado de Nova York, mas em menos de 24 horas no cargo, tudo o que ela conquistou acaba indo pelo ralo.

Logo em seu primeiro dia, ela cai em uma armadilha preparada por um mafioso que é acusado de vários crimes e graças a ela, é libertado por falta de provas. Depois disso, a vida de Jennifer vira um inferno. A advogada se transforma numa escória no meio jurídico. Com uma carreira promissora pela frente, ela vê tudo se esvaindo, mas Jennifer não se abate e após muita luta consegue se reerguer até se transformar numa advogada de sucesso. Mas outros revesses ainda estão reservados para a sua vida, os quais terá de usar toda a sua coragem e inteligência para superá-los.

A luta da personagem e a forma destemida com que ela enfrenta tantos desafios é inspirador e encantador. Ela passa por tantas dificuldades e provações e nunca desiste, segue sempre em frente e tentando fazer o melhor.

Considero Jennifer Parker lima das personagens mais resilientes da galeria de protagonistas criadas por Sheldon.

06 – Dana Evans

Livro: O Céu Está Caindo (2000)

Muitos leitores de Sidney Sheldon julgam a jornalista Dana Evans a melhor personagem feminina criada pelo autor. Lembrando que ela já havia aparecido como uma coadjuvante no romance O Plano Perfeito (1997). Agora, em O Céu Está Caindo, após ter acabado de voltar para sua cidade natal depois de alguns meses cobrindo notícias em uma zona de guerra em Sarajevo, onde acabou adotando um problemático menino de 12 anos que perdeu sua família no conflito, ela se vê no meio de trama ardilosa.

Dana se depara com um fato inusitado e que desperta a sua atenção e os seus sentidos de jornalista. Ela descobre que o último descendente de uma família tradicional dos Estados Unidos foi assassinado a tiros em um aparente assalto em sua casa. O estranho em tudo isso é que dentro de um ano os cinco membros da família foram mortos. Os pais em um incêndio, a irmã em um acidente de esqui, o irmão em um acidente de carro e agora o último assassinato.

Será muita coincidência toda uma família morrer em um ano? Ou ainda o assalto à casa do último membro ter sido para lá de estranho já que os ladrões não levaram joias e apenas uns quadros que não tinham tanto valor assim em vista de outros que tinham na casa. Com essas informações Dana começa a investigar o caso na esperança de desmascarar algo que esteja por trás disso.

Uma mullher fantástica que entra, tranquilamente, no rol das personagens mais carismáticas do autor.

Inté!

21 julho 2022

“Nada Dura Para Sempre” de Sidney Sheldon: uma releitura que amei!

Não tem como não reler Sidney Sheldon. Os enredos bem construídos, os prólogos incomparáveis – os melhores em toda a história da literatura de romance, na minha opinião – e os personagens muito bem construídos e carismáticos atraem os devoradores de livros, como um imã. Então, fica difícil ler apenas uma vez; e assim, nascem as releituras: uma, duas, três, enfim, quantas vezes forem necessárias até “matar” a nossa vontade insaciável. Já deu para perceber que não fiquei imune a essa atração. Acredito que Sheldon é o autor que eu mais reli em toda a minha vida de leitor. Amo os seus livros. Não dá pra negar que ele era um verdadeiro gênio da escrita.

Nesta minha fase nostálgica em que bateu uma vontade enorme de reler algumas obras de autores diversos, já ataquei três de Sheldon: O Reverso da Medalha, A Ira dos Anjos e agora, mais recentemente, Nada Dura para sempre.

Apesar de já ter resenhado esse livro (ver aqui), gostaria de escrever novamente sobre ele. A história é marcante e fluida e os seus personagens muito carismáticos, nada caricaturais. Tudo isso, certamente, vale uma segunda resenha. Vou mais além, cada releitura merece uma resenha. E veja, que poucas, mas muito poucas obras merecem esse tratamento vip.

O livro é tão bom que apesar do leitor conhecer o desfecho de alguns personagens importantes, ele acaba ficando com uma vontade enorme de reencontrá-los novamente. Senti isso na pele (rs). Quando li Nada Dura para Sempre pela primeira vez, me apaixonei pelas três protagonistas do romance, as médicas: Paige Taylor, Kate Hunter e Betty Lou Taft. Amei cada uma delas de uma maneira diferente: drª Taylor pela sua competência, idealismo, amor e dedicação aos seus pacientes; drª Hunter, por ser uma mulher forte e independente que conseguiu superar obstáculos e traumas terríveis em sua infância e adolescência até se tornar uma respeitada neurocirurgiã; quanto a drª Taft... Aaaaah... drª Taft... bem, posso definir o meu relacionamento com ela como uma espécie de amor bandido; daqueles que você começa odiando e termina amando de paixão. No início, a suas atitudes para se manter no quadro de médicos residentes de um hospital público me irritavam, e muito; mas depois, ao conhecer a barra que ela enfrentou em sua infância sendo obrigada a conviver com uma família tão escrota, cheguei à conclusão de que ela não tinha outra maneira de vencer na vida. Drª Taft ou simplesmente, Honey, acabou conquistando, também, o meu coração.

Temos ainda o irascível Dr. Lawrence Baker, mentor de Page Taylor, que vive uma relação conflituosa com a médica residente, quase sempre criticando os seus procedimentos, fazendo-a se sentir inferior. Pois é, até acho que nos tempos de hoje, as atitudes do Dr. Baker seriam consideradas assédio moral. Sheldon conduz o leitor a odiar o experiente médico, querer arrancá-lo das páginas e esganá-lo, então no final, o autor reserva uma verdadeira bomba para os seus leitores, deixando-os de boca aberta. Uma revelação bombástica que muda todo o enredo envolvendo a Drª Taylor. Vale lembrar que Lawrence Baker é a chave principal nesta reviravolta final.

Fiquei tão pasmado com essa mudança brusca no final do enredo que mesmo sabendo do desfecho da história – por já ter lido o livro - tive uma vontade enorme de reviver aquele momento, muito emocionante, por sinal.

Nada Dura Para Sempre, lançado originalmente em 1994, narra a história dessas três amigas: Paige Taylor, Betty Lou Taft (Honey) e Kate Hunter (Kat). Elas são as únicas médicas em um grupo de residentes do Hospital Público Embarcadero, em São Francisco. Apesar de terem personalidades muito diferentes, as três compartilham situações insólitas e marcantes.

Cada uma das três amigas tem personalidades distintas, chegando a ser destoantes, mas apesar desse detalhe, elas são grandes amigas.

Elas dividem os problemas típicos da profissão; contudo, parece que o destino reservou a cada uma delas um novo desafio. Agora, as três deverão enfrentar situações de vida ou morte.

Adorei a releitura!

11 maio 2022

A Ira dos Anjos

Os livros de Sidney Sheldon são fodásticos. Até aqueles com enredos mais fracos conseguem fisgar os leitores, imaginem então, as narrativas mais apuradas como O Reversoda Melha, O Outro Lado da Meia Noite, Lembranças da Meia-Noite, Nada Dura Para Sempre e este que eu acabei de ler há alguns dias chamado A Ira dos Anjos. L-i-v-r-a-ç-o!! Um dos melhores de Sheldon. O livro é tão bom que chego a ter medo de escrever essa resenha pelo simples fato de liberar spoilers, os menores que sejam. Por isso serei breve.

Acho que bastaria apenas dizer escrever: “o livro é ótimo” e ponto final. Mesmo assim vou tentar avançar para aguas mais profundas sem estragar o enredo. Vou começar pelos personagens tão bem estruturados criados pelo autor. Cada um deles tem o seu carisma próprio que acaba conquistando o leitor durante o desenrolar da trama. Aliás, Sheldon era um dos poucos autores que tinha a capacidade de desenvolver vilões tão elaborados ao ponto de fazerem com que os leitores torcessem por eles na trama, apesar de algumas de suas atitudes não serem tão “santas”. Por outro lado, o autor também tinha o dom de compor vilões tão maldosos e mocinhos ou mocinhas com tantas virtudes sem transformá-los em personagens caricaturais. Porque isso ocorria? Simples. O autor não mostrava só os defeitos do vilão ou só as qualidades do mocinho (a). Capiche? Acho que isso explica tudo. Não preciso dizer mais nada com relação aos personagens de A Ira dos Anjos, apenas que eles irão criar um vendaval de emoções. Isto significa que vocês irão amá-los e odiá-los, torcer por eles e depois querer que eles se chafurdem na lama e por aí afora. Mas uma coisa é certa: os leitores jamais irão esquecê-los.

Quanto a trama, me prendeu do início ao fim, tanto é que citei no início dessa postagem que considero A Ira dos Anjos um dos melhores livros de Sheldon. O romance pode ser incluído na lista daqueles que fazem parte da chamada “Época de Ouro Sheldoniana” quando o autor escreveu os seus melhores romances.

A obra narra a saga de Jennifer Parker, uma brilhante advogada em ascensão. Entretanto menos de 24 horas após ingressar na Promotoria Distrital de Manhattan, em Nova York, a jovem vê sua promissora carreira ser fortemente ameaçada. Com isso, a brilhante ascensão da jovem dura pouco – tempo suficiente apenas para cair em uma cilada durante o primeiro julgamento no novo cargo.

De repente, ela vê seus planos irem por água abaixo e sua vida sofrer uma inesperada reviravolta: além do risco de ter a sua licença cassada, Jennifer ainda pode ir para a cadeia.

Em meio a tudo isso, a bela advogada também precisa lidar com as questões de seu coração dividido entre dois homens poderosos e com personalidades distintas. Ela terá que dar a volta por cima e buscar a sua redenção, mas conseguirá?

O livro lançado pela editora Record em 2014 tem mais de 550 páginas, mas consegui devorá-las em apenas quatro dias. Recomendo e muito.

17 junho 2021

Sidney Sheldon vicia véi... Tá loco sô!

- Sidney Sheldon vicia véi... Tá loco sô! – Sempre que me lembro dessa frase, incluindo os seus vícios de linguagem, dou boas risadas. E como dou! Ela foi dita há alguns anos pelo João Neto um amigo dos tempos de universidade. Quando o encontrei no terminal rodoviário de Bauru, antes dessa pandemia infernal, enquanto relembrávamos os velhos tempos escolares vividos no início dos anos 80, ele acabou soltando essa pérola. Na oportunidade nem sabia que ele era fã de Sidney Sheldon.

16 setembro 2020

Escrito nas Estrelas


Galera, às vezes do nada aparece aquela vontade incontrolável de ler ou reler um livro antigo de Sidney Sheldon. Então leio o livro, passam-se alguns meses ou muitos meses e lá vem a tal vontade incontrolável, novamente. Será que já aconteceu algo semelhante com você que lê esse post agora? Engraçado é que não tenho esse tesão pelos livros mais novos do autor, apenas pelos mais antigos, os da chamada “época de ouro” de Sheldon que durou de 1970 até o meio da década de 1990, período em que foram lançadas verdadeiras obras primas. Depois disso, na minha opinião, os seus enredos foram ficando cada vez mais água com açúcar.

Olha, já li e reli AOutra Face, Um Capricho dos Deuses, Nada Dura para Sempre, Se Houver Amanhã, O Reverso da Medalha, além de outros e posso garantir que cada leitura representa uma viagem especial com personagens carismáticos e suas sagas inesquecíveis.

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