Quando eu gosto de um livro, certamente ele será
relido uma, duas ou três vezes; quem sabe... até mais. Não sei se acontece com
você, mas tenho o hábito de ir relendo e pesquisando os pontos mais importantes
de uma obra. Quando leio quero apenas viajar nas asas da imaginação, mas quando
releio, desempenho essa tarefa com ‘ares’ de pesquisador visando me aprofundar
nos detalhes do enredo. Sei lá; como diz aquele velho ditado popular: cada
louco com a sua mania.
E para variar, terminei neste instante a releitura
de “Elvis e Eu” com um bloquinho de anotações do meu lado e o “santo” Google em
minha frente. Após reler a obra de Priscilla Beaulieu Presley e Sandra Harmon
não modifico em nada a minha opinião sobre o enredo. Como já disse neste post, “Elvis
e Eu” pode ser considerado o livro mais sério e confiável sobre a vida do rei
do rock.
Mesmo separados, após um relacionamento tempestuoso,
Elvis e Priscilla continuaram sendo verdadeiros amigos, com o cantor dando uma
importância enorme aos conselhos de Priscilla, e vice-versa.
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Elvis e Priscilla saindo do tribunal de Santa Mônica após a separação |
Você pode até mesmo pensar que já que ambos respeitavam-se
tanto, o livro deve ser uma verdadeira rasgação de seda. Mero engano. Priscilla
abre as comportas de seu coração e conta tudo: os momentos bons e também os
péssimos. Porque ela fez isso? Sinceramente, não sei; aliás só ela deve saber
esses motivos. Já há algum tempo, acompanhei uma entrevista de Priscilla, onde revelou
que optou por escrever o livro para que os fãs conhecessem o Elvis verdadeiro
em sua intimidade com as suas virtudes, mas também com os seus defeitos. Na
época, Priscilla deixou no ar que temia que autores oportunistas lançassem
obras mentirosas e sensacionalistas “criando um
Elvis” e não “escrevendo sobre
Elvis”. E olha que tivemos uma ‘infinidade’ de livros sensacionalistas sobre a
lenda do rock; verdadeiras bombas (ver aqui).
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Os noivos Elvis e Priscilla |
Nesta releitura de “Elvis e Eu” percebi o quanto ele
era dependente de seu empresário Coronel Tom Parker. Priscilla disse que o
astro não admitia que o seu ponto de vista sobre qualquer assunto fosse
contrariado. Quando isso acontecia, ele tinha verdadeiras explosões de mau
humor, ferindo com palavras quem estivesse a sua frente. O único que podia discordar
de tais opiniões era o coronel. Além disso, Elvis seguia tudo o que o seu
empresário determinava, mesmo contrariado. O domínio de Parker era tão grande
que ele chegou ao ponto de influenciar na preparação do casamento de seu pupilo
com Priscilla, determinando se haveria festa ou não, como os noivos deveriam
agir, quem seriam os convidados, etc.
Apesar do gênio explosivo do cantor, a autora fez
questão de ressaltar o seu lado humanitário. Ela narra em determinado trecho de
sua obra que Elvis chegou ao ponto de entregar todo o dinheiro que trazia com
consigo para um soldado que retornava do Vietnã. Quando foi questionado por
seus seguranças, Elvis disse simplesmente: “Ele precisa muito mais do que eu”.
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Elvis e seu empresário "Coronel" Tom Parker |
Relendo a obra, também me atentei nos detalhes da
polêmica visita que o cantor fez à Richard Nixon na Casa Branca. Priscilla
narra como foi esse encontro e como Elvis reagiu ao momento.
Assessorado pelo ‘santo’ Google e carregando o meu
fiel bloquinho fui a fundo em minhas pesquisas sobre os filmes de Elvis.
Segundo Priscilla, ele detestava essas produções cinematográficas, taxando-os
de verdadeiras porcarias, excetuando “Love Me Tender”. Todas as vezes que tinha
de partir para Hollywood onde passaria semanas gravando as películas, a
tristeza invadia a alma do artista.
Cara, o livro tem muitas outras revelações, sendo que
grande parte delas eu já havia me esquecido, mas agora, tive a oportunidade de
me atualizar novamente.
Enfim, adorei ter relido “Elvis e Eu”. Valeu muito a
pena.
Yes! Inté galera.
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