“Elvis e Eu”, uma releitura que valeu a pena

20 agosto 2018

Quando eu gosto de um livro, certamente ele será relido uma, duas ou três vezes; quem sabe... até mais. Não sei se acontece com você, mas tenho o hábito de ir relendo e pesquisando os pontos mais importantes de uma obra. Quando leio quero apenas viajar nas asas da imaginação, mas quando releio, desempenho essa tarefa com ‘ares’ de pesquisador visando me aprofundar nos detalhes do enredo. Sei lá; como diz aquele velho ditado popular: cada louco com a sua mania.
E para variar, terminei neste instante a releitura de “Elvis e Eu” com um bloquinho de anotações do meu lado e o “santo” Google em minha frente. Após reler a obra de Priscilla Beaulieu Presley e Sandra Harmon não modifico em nada a minha opinião sobre o enredo. Como já disse neste post, “Elvis e Eu” pode ser considerado o livro mais sério e confiável sobre a vida do rei do rock.
Mesmo separados, após um relacionamento tempestuoso, Elvis e Priscilla continuaram sendo verdadeiros amigos, com o cantor dando uma importância enorme aos conselhos de Priscilla, e vice-versa.
Elvis e Priscilla saindo do tribunal de Santa Mônica após a separação
Você pode até mesmo pensar que já que ambos respeitavam-se tanto, o livro deve ser uma verdadeira rasgação de seda. Mero engano. Priscilla abre as comportas de seu coração e conta tudo: os momentos bons e também os péssimos. Porque ela fez isso? Sinceramente, não sei; aliás só ela deve saber esses motivos. Já há algum tempo, acompanhei uma entrevista de Priscilla, onde revelou que optou por escrever o livro para que os fãs conhecessem o Elvis verdadeiro em sua intimidade com as suas virtudes, mas também com os seus defeitos. Na época, Priscilla deixou no ar que temia que autores oportunistas lançassem obras mentirosas e sensacionalistas “criando um
Os noivos Elvis e Priscilla
Elvis” e não “escrevendo sobre Elvis”. E olha que tivemos uma ‘infinidade’ de livros sensacionalistas sobre a lenda do rock; verdadeiras bombas (ver aqui).
Nesta releitura de “Elvis e Eu” percebi o quanto ele era dependente de seu empresário Coronel Tom Parker. Priscilla disse que o astro não admitia que o seu ponto de vista sobre qualquer assunto fosse contrariado. Quando isso acontecia, ele tinha verdadeiras explosões de mau humor, ferindo com palavras quem estivesse a sua frente. O único que podia discordar de tais opiniões era o coronel. Além disso, Elvis seguia tudo o que o seu empresário determinava, mesmo contrariado. O domínio de Parker era tão grande que ele chegou ao ponto de influenciar na preparação do casamento de seu pupilo com Priscilla, determinando se haveria festa ou não, como os noivos deveriam agir, quem seriam os convidados, etc.
Apesar do gênio explosivo do cantor, a autora fez questão de ressaltar o seu lado humanitário. Ela narra em determinado trecho de sua obra que Elvis chegou ao ponto de entregar todo o dinheiro que trazia com consigo para um soldado que retornava do Vietnã. Quando foi questionado por seus seguranças, Elvis disse simplesmente: “Ele precisa muito mais do que eu”.
Elvis e seu empresário "Coronel" Tom Parker
Relendo a obra, também me atentei nos detalhes da polêmica visita que o cantor fez à Richard Nixon na Casa Branca. Priscilla narra como foi esse encontro e como Elvis reagiu ao momento.
Assessorado pelo ‘santo’ Google e carregando o meu fiel bloquinho fui a fundo em minhas pesquisas sobre os filmes de Elvis. Segundo Priscilla, ele detestava essas produções cinematográficas, taxando-os de verdadeiras porcarias, excetuando “Love Me Tender”. Todas as vezes que tinha de partir para Hollywood onde passaria semanas gravando as películas, a tristeza invadia a alma do artista.
Cara, o livro tem muitas outras revelações, sendo que grande parte delas eu já havia me esquecido, mas agora, tive a oportunidade de me atualizar novamente.
Enfim, adorei ter relido “Elvis e Eu”. Valeu muito a pena.
Yes! Inté galera.

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