Em 02 de outubro de 1992, 111 presos foram mortos
após uma briga generalizada no Pavilhão 9 da penitenciária do Carandiru, em São
Paulo. A polícia tentou conter e foi autorizada a invadir pelo coronel da
reserva Ubiratan Guimarães, falecido em 2006. Ele comandou os policiais e foi
condenado a 632 anos de prisão. Hoje completam-se 27 anos da invasão.
Acredito que esse assunto sempre continuará atual,
além de servir, por muitos anos ainda, como tema de teses de doutorado ou
mestrado, livros e filmes.
Como citei no início, a confusão começou na manhã de
2 de outubro de 1992, após um briga entre detentos se generalizar pelo Pavilhão
9. Cerca de 300 policiais foram chamados pelo diretor da casa de detenção,
Ismael Pedrosa. A partir desse momento, iniciara um dos mais marcantes flagelos
da história brasileira.
Os presos começam a entregar as armas para negociar
o fim da rebelião. Contudo, a PM rompeu a barricada feita pelos detentos e
entrou abruptamente no Pavilhão. As investigações do caso revelaram que, com
ordem do então governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho (MDB) e do
comandante da PM, Ubiratan Guimarães, os policiais entram atirando.
A partir daí um verdadeiro cenário de terror se instalou no presídio. A chacina deu origem a um rio de sangue que fez com que os próprios presos carregassem corpos de todos os assassinados até o primeiro andar. Segundo a denúncia do processo, os PMs dispararam sobretudo na cabeça e no tórax dos detentos.
Diante da violência da PM, alguns presidiários
tiveram de se jogar sobre os corpos que estavam no chão, fingindo-se de mortos,
para conseguir sobreviver. Os presos que não estavam no interior das celas
fugiram pelos corredores. A prisão foi desativada e parcialmente demolida em
2002.
Em 29 de setembro de 2017 publiquei uma postagem no
blog, dando maiores detalhes sobre esse fato triste na história do País. Na oportunidade,
indiquei cinco livros que exploram o tema sob diversos ângulos.
Como nesta quarta-feira, dia 02, completam-se 27
anos do massacre do Carandiru – nome dado, na época, pela imprensa ao fato –
achei oportuno escrever algumas linhas sobre essa tragédia, bem como deixar o
link da postagem que publiquei no blog, há poucos mais de dois anos, onde
indico cinco livros sobre o tema.
Os leitores interessados poderão acessar aqui.
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