Antes de incluir “A Liga dos Corações Puros: A Chama” - do escritor e roqueiro paulistano César
Dabus - na categoria cult, gostaria primeiramente de dar uma definição para
essa palavra. Afinal, o que vem a ser cult? Bem, pense da seguinte forma: um
grupo grande ou pequeno de pessoas que prefere coisas alternativas em vez de
coisas mais comuns, isso vale para músicas, filmes e modo de vida num geral.
O livro de Dabus não é nada comum, pelo contrário, a
obra foge totalmente dos conceitos da literatura tradicional. O enredo que saiu
da cabeça do autor é muito louco, algo transcendental. Se você está acostumado
com enredos lineares, personagens bem definidos e plots pouco incomuns, ao ler
as primeiras páginas de “A Liga dos Corações Puros: A Chama” poderá ter um
piripaque. Certamente, exclamará – PQP! O cara que escreveu essa história
endoidou!!
Lendo tudo isso que escrevi até agora no post, você
pode achar que o livro é uma porcaria, uma barca furada. E eu respondo – Não. Não
é. Pelo contrário, a história idealizada pelo autor é fantástica, mas... desde
que você abra sua mente e fuja das formalidades.
Portanto, por ser uma leitura alternativa e ter um
enredo muito incomum, “A Liga dos Corações Puros: A Chama” pode ser considerado,
de fato, um romance cult.
No bom sentido, Dabus viajou em seu enredo. Ele
misturou num ‘caldeirão’: literatura, poesia, espiritualidade e rock’n’roll. Como
não bastasse, ele ainda juntou nessa mistura nada homogênea outros quatro
ingredientes: autoconhecimento, meditação, chakras e até mesmo alquimia! “A
Liga dos Corações Puros” é a mistura disso tudo numa coisa só.
César Dabus |
O enredo do romance se passa num lugar denominado universo Flor Estelar que vive um intenso
conflito. Neste local duas forças antagônicas se enfrentam: o exército do
Rock’n’roll e o exército do Ruído. Esqueça as armas convencionais. Esta é uma
história onde atiram Rock’n’roll com instrumentos musicais. Sim, os próprios
instrumentos “atiram”. Os ruidosos querem continuar causando desarmonia
espiritual para propagar o materialismo, enquanto os roqueiros querem trazer
harmonia espiritual de volta ao universo. E foi nessa sociedade onde Zakzor
nasceu; e desde pequeno fora condicionado, robotizado, para servir ao
desarmônico sistema do Exército do Ruído. Porém, Zakzor tinha poderes
mediúnicos, também conhecido como Intuição. Em outras palavras, sua Voz
Interior. E isso era “errado”.
Você não podia viver conforme a “sua Voz Interior”.
Você devia viver conforme “Voz-do-mundo”, a Voz Exterior. A voz social que te
conduz, que te robotiza a fazer aquilo que “foi condicionado como certo”.
Ouvindo Intuição, Zakzor chega à Liga dos Corações Puros, onde é recebido por
sete mestres que o guiam numa jornada interior de autoconhecimento para o
despertar de sua consciência e encontrar a harmonia espiritual dentro de si
mesmo.
A Chama é o primeiro livro de uma saga. Este primeiro
volume tem muitas batalhas, sofrimento, meditação e cantorias.
Acabei de ler “A Liga... há poucas horas e confesso
que estou pasmado com o enredo, novamente, no bom sentido.
Inté!
Detalhes técnicos
Editora: Chiado Books
Edição: 1
Ano: 2018
Autor: Cesar Dabus
Formato: Brochura
Páginas: 486
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