08 junho 2025

Novo livro de Dan Brown, “O Segredo Final”, chega em setembro nas livrarias brasileiras, mas a obra já está em pré-venda

Os fãs de Dan Brown, mas aqueles fãs do tipo que amanhecem nas portas das livrarias em dia de lançamento de livros do autor estão em êxtase total. E por um bom motivo, melhor, por um excelente motivo, pelo menos para os leitores que devoraram O Código da Vinci, Anjos e Demônios, O Símbolo Perdido, e por aí afora; o novo livro do escritor norte-americano já tem data definida para chegar às livrarias físicas e virtuais: 9 de setembro. Mas o melhor de tudo é que a obra já está em pré-venda nos principais portais literários, entre os quais o da Amazon.

A história será lançada no Brasil pela Arqueiro, selo da Editora Sextante, e deve seguir a fórmula já consagrada do autor, que une suspense, teorias conspiratórias e segredos perigosos. Em outras palavras, não espere um Brown inovador em O Segredo Final porque a velha fórmula dos livros anteriores também estará presente e acompanhada do bom e velho Robert Langdon com todas as suas manias e trejeitos. Aliás, o famoso professor de simbologia religiosa da Universidade de Harvard volta para o convívio dos leitores brasileiros após oito anos ausente, desde o lançamento de Origem.

E já que citei Origem; em 2017, a obra garantiu o segundo lugar em Ficção na Lista Anual de Mais Vendidos do portal Publishnews com 121 mil exemplares naquele ano apenas nas livrarias brasileiras. Em 2018, foram mais 100 mil exemplares.

Agora, na nova trama, Langdon viaja para Praga com a acadêmica Katherine Solomon, que foi convidada a ministrar uma palestra e está prestes a publicar um livro com descobertas surpreendentes sobre a natureza da consciência humana. O que era para ser uma simples apresentação muda de figura quando um assassinato brutal acontece e Katherine desaparece junto com o manuscrito de seu livro, colocando Langdon na mira de uma poderosa organização. “É um campo de batalha diferente de tudo que ele já viveu e Langdon não terá que lutar só pela própria vida, mas também pelo futuro da humanidade”, diz a descrição da editora, que relançará, também em setembro, todas as obras de Brown com capas inéditas.

Pois é, quando setembro chegar... será só alegria para os devoradores de livros, mas os devoradores de obras de Dan Brown.

07 junho 2025

Qual é a melhor forma de ler a saga “Hannibal Lecter”? Respeitando a ordem cronológica dos fatos ou a ordem de lançamento dos 4 livros?

A “Quadrilogia Hannibal Lecter” é uma das sagas literárias que eu mais gosto. Tanto é verdade que já perdi a conta das vezes que reli os livros Dragão Vermelho, O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Hannibal, A Origem do Mal do escritor norte-americano Thomas Harris. Amei e viajei todas as vezes que reli. 

Conheci a obra de Harris através do filme hiper-premiado “O Silêncio dos Inocentes” do diretor Jonathan Demme. Estávamos no comecinho da década de 90 quando um serial killer vivido pelo gênio Anthony Hopkins despertou o interesse - e acredite - despertou a simpatia de milhares de cinéfilos. O tal Hannibal Lecter, com fama de canibal, era um famoso médico psiquiatra, muito fino, inteligente e com um Q.I acima da média, mas tinha um hábito nada recomendável: ele degustava aqaueles pacientes que não correspondiam ao tratamento. E foi assim que ele ganhou o apelido de “Hannibal, o canibal” ou “Dr. Lecter, o canibal”.

Após ter assistido ao filme, quis na mesma hora ler o livro para comparar os enredos e descobri que livro e filme são praticamente iguais com pouquíssimas diferenças, exceto a descrição detalhada dos personagens na obra literária o que não acontece nas telonas.

No livro, uma agente novata do FBI chamada Clarice Starling é destacada para encontrar um assassino, Búfalo Bill, conhecido por arrancar a pele de suas vítimas. Para entender como o serial killer pensa, ela procura um perigoso psicopata, encarcerado sob a acusação de canibalismo. É aí que entra o famoso Dr. Lecter que decide ajudar na caça ao assassino, “emprestando” o seu intelecto acima da média, mas com uma condição... desde que a agente do FBI concorde em ser analisada por ele como se fosse sua paciente.

Gostei tanto do que vi nas páginas e também nas telonas que decidi comprar todos os livros que seriam lançados futuramente, além de assistir aos outros filmes baseados nessas obras.

Na primeira vez que li a quadrilogia procurei seguir a ordem de lançamento dos livros, mesmo porque não havia um outro jeito, já que naquela época havia sido publicado apenas O Silêncio dos Inocentes e Dragão Vermelho. Mas quando completei a saga, fiz a experiência de ler os quatro livros respeitando a ordem cronológica dos fatos. E é sobre isso quero “falar” nesta postagem porque já vi alguns questionamentos nas redes sociais sobre como obter a melhor experiência, o maior nível de satisfação ao ler a saga.

Posso garantir que independentemente da galera ler a “Quadrilogia Hannibal Lecter” na ordem de lançamento das obras ou então de “trás para frente”, a experiência será a mesma, ou seja, saborosamente deliciosa. As duas maneiras tem as suas nuances, vantagens, e porque não, desvantagens, também. Vou tentar explicar melhor.

Se a sua opção for pela ordem cronológica dos fatos, você iria entender detalhadamente o que transformou uma criança dócil e inocente num perigoso e temido serial killer. Também iria conhecer como foram os primeiros anos de Hannibal Lecter na faculdade de medicina, os seus amores, as suas paixões e os gatilhos que fizeram com que ele optasse por  seguir o lado do crime. Certamente, o leitor que escolhesse essa sequência de leitura, iria desenvolver sentimentos de empatia e muita empatia com o personagem o que poderia torná-lo menos assustador nos livros seguintes.

Dessa forma, o leitor teria de pagar um preço considerável por conhecer, em primeira mão, os fatos que levaram o Dr. Lecter a se tornar um criminoso, incluindo algo que marcou profundamente, a sua infância. O preço, como já citei acima, seria um Lecter menos sombrio, assustador e até mesmo, menos impactante, ao longo do outros livros.

Cara, você vai amar o Dr. Lecter de Hannibal, A Origem do Mal e se não tomar cuidado... vai até mesmo querer adotar aquela criancinha inocente.

Agora se a galera começar a sua leitura por Dragão Vermelho, o primeiro livro da série lançado em 1981, o bicho pega. Na obra que abre a saga, Harris nos mostra um Lecter demoníaco, muito longe daquela criança inocente de Hannibal, A Origem do Mal e também daquele Lecter sutil e charmoso de O Silêncio dos Inocentes. O serial killer canibal aparece pouco na trama, já que o livro é focado em Will Graham, agente do FBI, que se vê obrigado a voltar a trabalhar para prender um assassino em série conhecido como Fada do Dente. Tudo seria muito fácil para Graham, se não tivesse passado por situações extremamente traumáticas enquanto atuava no FBI.

O enredo mostra como Graham conseguiu prender o Dr. Lecter, no passado; mas agora, ele precisa recorrer ao canibal para que o serial killer lhe ajude com o seu intelecto a prender o Fada do Dente.

Mesmo aparecendo pouco no enredo, Lecter mostra para o que veio. O autor narra em detalhes como foi a prisão traumática do personagem e como o agente do FBI quase pagou com a própria vida por isso. Aliás, ele continuará pagando e com um risco maior, após procurar o canibal na prisão para pedir ajuda. Como disse, ele encontrará um Lecter demoníaco e impiedoso.

No terceiro livro da saga, o personagem se mostra menos odioso e cruel. Estas duas características cedem espaço para o charme, a sutilidade, a inteligência e o finesse que fizeram de Hannibal Lecter um dos serial killers mais queridos da literatura ficcional.

Muitos fãs da saga perguntam como esse personagem caiu tanto no agrado dos leitores apesar de ser um perigoso assassino. Na minha opinião, um dos motivos foi o fato desses leitores terem lido primeiro “O Silêncio os Inocentes” e não “Dragão Vermelho” que mostra toda a faceta do mal do icônico personagem. Apesar de ter sido lançado sete anos antes de “O Silêncio dos Inocentes”, “Dragão Vermelho” passou praticamente despercebido dos leitores que só despertaram interesse pelo Dr. Lecter com o lançamento do filme de Jonathan Demme.

Quanto a ordem de leitura da saga, não sei se consegui esclarecer, mas vamos lá. Quer seguir a ordem cronológica dos fatos - mas ciente de que ao conhecer o personagem já adulto transformado num perigoso serial killer, o impacto será menor? Ok. Então leia respeitando essa sequência: Hannibal: A Origem do Mal, Dragão Vermelho, O Silêncio dos Inocentes e Hannibal. A outra opção é fazer a leitura de acordo com a ordem de publicação dos livros – Dragão Vermelho, O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Hannibal: A Origem do Mal, ciente de que irá encontrar, inicialmente, um Dr. Lecter maldoso, visceral e demoníaco, muito diferente daquele que você viu nas telas.

Há também uma terceira pção para ler a saga, começando pelo seu segundo livro, Silêncio dos Inocentes e depois seguindo a ordem normal de publicação, ou seja: Dragão Vermelho, Hannibal e A Origem do Mal. Aqueles que optarem por essa sequência conhecerão, primeiramente, um Lecter menos cruel e mais finesse, o que atenuará o choque do Lecter de Dragão Vermelho.

Taí, escolham de que forma desejam ler uma das sagas mais famosas da literatura e dos cinemas. Qualquer uma delas será benvinda e não atrapalhará o entendimento da trama.

 

01 junho 2025

A Empregada está de olho

Começo essa postagem já pedindo aos fãs da saga A Empregada de Freida McFadden para que esqueçam – mas um ‘esqueçam’ com todas as letras maiúsculas – da Millie dos dois primeiros livros (A Empregada e O Segredo do Empregada). A Millie de A Empregada Está de Olho é muito diferente; ela mudou demais. E na minha opinião, mudou para pior. Neste terceiro livro da saga não vemos aquela personagem ativa, arrojada, sem medo, perspicaz, capaz de enfrentar qualquer desafio. Pois é... a nossa Millie mudou.

No enredo de A Empregada Está de Olho já se passaram 20 anos dos acontecimentos do primeiro livro. E após essas duas décadas vemos uma Millie matrona, casada com Enzo e mãe de dois filhos: Nico, de 9 anos e Ada, de 11. Ela deixou para trás toda a sua impetuosidade e perspicácia. E foi justamente dessa impetuosidade e perspicácia que eu, como leitor, senti falta. Para se ter uma ideia do quanto ela mudou, em determinado capítulo, a personagem ficou embasbacada, completamente sem resposta, ao ser desafiada por um encanador que a acusava aos gritos – como não bastasse, ainda perto daquela víbora chamada Suzete - de lhe ter dado um cheque sem fundos. E para completar a humilhação, Suzete ainda fez questão de pagar o encanador e depois tirar um sarrinho na cara da Millie. Juro que fiquei puto da vida e exclamei: PQP! Cadê a minha Millie?!!!!!”

E já que mencionei a víbora da tal Suzete, aproveito também para acrescentar uma outra personagem – que se não víbora, pelo menos uma cobrinha – de nome Janice, ou seja, as duas novas vizinhas da nossa Empregada. Fiquei constrangido todas as vezes que as duas humilharam Millie. Suzete, aliás, chegou ao ponto de dar em cima do Enzo e na cara da Millie!!!

Fico imaginando o que teria acontecido com Suzete e Janice nos ‘velhos tempo’; as respostas afiadas que elas receberiam e que lhe fariam fechar a boca na hora.

Saudades de você Millie, mas da Millie do passado e não dessa nova versão, mas... tudo na vida muda, né? Fazer o que?!

Agora querem saber se eu gostei do livro? Gostei. - Ôpa!! Mas espera aí cara? Depois de tudo o que você escreveu acima, você ainda afirma que gostou da história? É muita incoerência!

Galera, calma aí; eu vou explicar porque essa linha de raciocínio não é assim tão incoerente. A Empregada Está de Olho é um dos raros livros em que você, apesar de se decepcionar com o personagem (s) principal (s) não se decepciona com o enredo; e o enredo desse – pelo menos, até agora - último livro da saga é muito bom. McFadden criou pequenas reviravoltas no decorrer do enredo quem conseguem manter os leitores ligados; plot twists pequenos, mas deliciosos. Outro  detalhe positivo é que alguns personagens não são o que aparentam ser; é aquela ‘coisa’ do tipo: “Putz, o cara fez isso?! Não acredito!!”. E, no meu caso, gosto muito de ser enganado pelo personagem de uma história; de ter sido feito bobo por ele. Adoro quando eu exclamo durante a leitura: “Caráculas! Não pode ser verdade!”. E o enredo desse terceiro livro da saga “A Empregada” tem pelo menos três surpresas que valem o selo “Não pode ser verdade!”: duas no meio da trama e outra no seu final.

Sydney Sweeney será Millie nos cinemas. O filme estreia nos Estados Unidos em dezembro de 2025

Por isso, não tem como eu criticar o enredo desenvolvido por McFadden; ele é muito bom, muito bem escrito. O que eu quis explicar logo no início do post é que fiquei decepcionado em ver uma Millie matrona, sossegada e sem aquela perspicácia que eu aprendi a definir como “perspicácia bandida” que desnorteava os seus ou as suas rivais.

Mas não fiquem pensando que ela amoleceu totalmente. No final, pelo menos ela mostra um pouco – não tudo, mas um pouco – dessa perspicácia ao confrontar a sua oponente. Tudo bem que ela não fez isso sozinha, mas com a ajuda de um parceiro (que por sinal, não foi o Enzo) mas, pelo menos, fez; e serviu para uma redenção da personagem, digamos que... meia boca.

Neste último livro da saga, como citei ,logo no início, já se se passaram 20 anos dos eventos que ‘rolaram’ no primeiro livro. Millie, agora casada com Enzo e com filhos, continua a enfrentar situações que a levam a questionar o que acontece ao seu redor, incluindo os seus vizinhos.

Nessa nova trama acompanhamos Millie e sua família se mudando para sua casa dos sonhos no subúrbio, onde acabam descobrindo que a vida fora da cidade grande não é tão tranquila quanto parece, muito menos segura.

Com a estranha família Lowell e sua empregada na casa ao lado, uma vizinha bisbilhoteira e paranóica do outro lado da rua, barulhos assustadores durante a madrugada e todos os membros da família mudando de comportamento sem motivo aparente, Millie começa a se perguntar se tomou a decisão certa ao se mudar.

Quando a empregada dos Lowells abre a porta, de avental branco e os cabelos presos num coque apertado, Millie está decidida a ser simpática, afinal, sabe exatamente como é estar nessa posição. Só que o olhar insistente dela lhe dá calafrios. E essa não é a única coisa esquisita no novo bairro. Millie passa a ver uma figura sinistra sempre à espreita, observando sua família, e, para piorar, seu marido começa a fazer passeios noturnos misteriosos. Como se não bastasse, a vizinha do outro lado da rua a adverte: “Se eu fosse você, tomaria cuidado com aquela mulher.”

Enfim, trata-se de um bairro muito louco, com vizinhos estranhos, com alguns deles guardando segredos perigosos, aliás... muito perigosos.

Enfim, é isso aí. Não gostei da nova versão da Millie, mas gostei do enredo.

Inté!

28 maio 2025

Seis livros de terror e suspense, lançados recentemente ou em pré-venda, com chances de agradar os leitores

Acredito que os gêneros de terror e suspense são os mais populares entre os leitores de romances. Quando o assunto são livros de ficção – mesmo com a febre da literatura voltada para reinos mágicos, espadas encantadas, príncipes, princesas, reis e rainhas – o terror e o suspense sempre estarão no topo das listas literárias de grande parte dos devoradores de livros. 

Para atender a essa galera leitora, na manhã de hoje, acordei disposto a fazer uma pesquisa nas redes sociais de várias editoras e livrarias para descobrir quais livros desses dois gêneros foram lançados recentemente e outros que apesar de ainda não terem aterrissado nas livrarias físicas ou virtuais já entraram na fase de pré-venda.

Selecionei seis lançamentos que pela sinopse das editoras e comentários dos leitores prometem provocar muitos arrepios de medo e tensão. Vamos a eles.

01 – A sete chaves (Freida McFadden)

Lançamento: 2 de junho de 2025

Abro a nossa lista com o fenômeno literário chamado Freida McFadden, criadora da trilogia literária A Empregada que tem como protagonista a personagem enigmática chamada Millie que conquistou um turbilhão de leitores.

Agora, a escritora norte-americana estará apresentando no próximo dia 2 de junho uma nova personagem que a exemplo de Millie tem todas as chances de conquistar a simpatia da galera: Nora Nierling.

Em seu novo romance que mistura terror, suspense e também thriller policial – portanto, um verdadeiro mix de gêneros – McFadden nos apresenta Nora.

Quando tinha 11 anos, ela nem imaginava que, enquanto fazia os deveres de casa no quarto, seu pai matava mulheres no porão. Até o dia em que encontrou a porta destrancada e resolveu descobrir por que o pai passava tanto tempo lá.

Décadas depois, o pai de Nora, Aaron Nierling está atrás das grades – onde vai ficar para sempre – enquanto ela é uma cirurgiã bem-sucedida, que leva uma vida tranquila mas solitária. Ninguém sabe que Nora é filha de um famoso serial killer. E ela pretende continuar assim.

Um dia, porém, Nora fica sabendo que uma de suas pacientes foi assassinada. E o mais chocante: do mesmo modo único e terrível que o pai dela usava com suas vítimas.

Alguém sabe quem Nora é e quer que ela pague por esse crime. Só que ela não é uma assassina como o pai. A polícia não tem como culpá-la por nada. Desde que não entre em seu porão.

Achei a sinopse bem interessante; e vocês?

02 – William (Mason Coile)

Lançamento: 31 de março

Se o seu conceito de livros sobre casas mal-assombradas envolvem espíritos maus de pessoas que viveram na tal casa ou então foram libertados através de um portal aberto com a ajuda de uma Tábua de Ouija – aliás, cá entre nós, a maioria dos escritores do gênero terror que envolvem casas mal-assombradas adoram usar esse artefato em seus enredos – esqueça essa ideia ao ler William. Mason Cole passou uma borracha nessa velha e já ultrapassada ideia de casas mal-assombrada. Ah! Antes que me esqueça, Mason Coile é o pseudônimo de Andrew Pyper, autor do best-seller O demonologista.

Em seu novo livro William, Coile troca a Tabua Ouija pela tecnologia, com ênfase para a Inteligência Artificial (IA). E parece que essa mudança deu certo porque o livro da editora Planeta Minotauro, lançado no final de março, caiu no agrado dos leitores que derramaram elogios nas redes sociais. Sem contar uma crítica hiper-favorável publicada no jornal The New York Times.  

Como citei acima, o aspecto misterioso da IA ​​está em destaque em William. O personagem-título é um robô construído para abrigar uma IA experimental. Tudo começa quando Henry, um engenheiro brilhante, faz a maior descoberta de sua carreira: uma consciência artificial chamada William que é programada para proteger a casa onde ele e a esposa grávida, Lily, moram. William é equipado com uma das tecnologias mais avançadas do mundo, mas algo acaba ‘saindo dos trilhos’ e a partir daí tudo toma um rumo sombrio e perigoso.

Henry e Lily descobrem que as atualizações de segurança, que deveriam protegê-los, na verdade os aprisionaram dentro da própria casa. E talvez eles nunca mais consigam sair vivos dessa prisão que criaram para si mesmos.

03 – O ritual da meia-noite (Lucy Foley)

Lançamento: 3 de fevereiro de 2025

O Ritual da Meia-Noite é o mais novo livro da autora Lucy Foley, conhecida por títulos de sucesso como A Lista de Convidados, A Última Festa e O Apartamento de Paris, todos lançados no Brasil pela editora Intrínseca.

O suspense acompanha a história de Francesca Meadows, uma mulher ansiosa pela inauguração do seu novo hotel de luxo no interior da Inglaterra. Com uma vista deslumbrante, o local possui uma decoração sofisticada, hóspedes exclusivos e uma floresta centenária que adiciona um toque rústico à experiência. Com grandes ambições, ela acredita que a festa de inauguração o colocará no mapa dos melhores hotéis do país.

Francesca seria capaz de tudo para alcançar o que deseja, e apenas uma coisa pode detê-la: seu passado nebuloso. Do outro lado, temos Bella, uma hóspede misteriosa que sabe muito bem o que está escondido por trás da fachada de mulher bem-sucedida e plena de Francesca. A dona do hotel esconde segredos terríveis, e finalmente chegou a hora de eles virem à tona.

A grande inauguração pode se tornar um grande desastre. Antigos amigos e inimigos circulam entre os convidados e todos parecem estar escondendo algo. O passado invadiu a festa. E a comemoração poderá acabar em morte.

O livro recebeu dos leitores excelentes avaliações na Amazon e avaliações entre regulares e boas no portal literário Skoob.

04 – Sanatório (Ricardo Valverde)

Lançamento: 20 de junho

E tem autor brasileiro em nossa lista de lançamentos literários de terror. Ricardo Valverde é professor, ufólogo e escritor. Para ser sincero, não conheço o autor e também não tive oportunidade de ler os seus livros, mas dei uma ‘zapeada’ no portal da Amazon e, apesar das poucas avaliações, aqueles que leram gostaram. Portanto, acho que vale a pena arriscar, principalmente se você curte o gênero terror psicológico.

Na trama de Valverde que será publicada pela editora Novo Século, o personagem Edmond Beaumont vive recluso em um sanatório, em Paris, desde que perdeu a família em um acidente e encontrou sua noiva enforcada.

Diagnosticado com transtornos neurológicos e incapaz de distinguir realidade e ilusão, vê sua situação se agravar com a chegada de Mabelle, uma jovem com Transtorno de Borderline. Unidos por uma paixão avassaladora, enfrentam juntos seus fantasmas.

Quando Mabelle parte, Ed mergulha em dúvidas sobre o que é real, enquanto se aproxima de Jaime, um misterioso hóspede que pode estar ligado a eventos violentos no local.

Pois é, pela sinopse da editora parece ser um terror psicológico com uma trama bem pesadona. Fica a dica para os leitores que apreciam o gênero.

05 – Ninguém nunca vai saber (Rose Carlyle)

Lançamento: 10 de fevereiro

Se você leu e gostou de A Garota do Espelho com certeza irá amar Ninguém nunca vai saber; não pela semelhança dos enredos, mas pela autora Rose Carlyle que escreveu os dois livros. Capiche? Carlyle que bombou nas listagens de obras mais vendidas em 2022 com o seu A garota do Espelho voltou a atacar neste ano de 2025 com um novo livro: Ninguém vai saber que apesar do pouco tempo de lançamento (10 de fevereiro) se transformou numa verdadeira febre dos tiktokers literários. Já na Amazon, com menos de três meses em suas prateleiras virtuais já abiscoitou mais de 270 avaliações de leitores, 90% delas positivas. Vale ou não vale a leitura? Acho que vale.

Desta vez, Rose Carlyle narra a saga da personagem Eve Sylvester que se vê completamente desamparada após perder o namorado em um trágico acidente de carro. Grávida e sem qualquer respaldo financeiro, ela aceita a proposta de ser a babá do filho de um rico casal que vive em uma isolada e paradisíaca ilha na costa da Tasmânia.

Na sinopse da editora Astra Cultural distribuída para as livrarias virtuais e blogues parceiros (lembrando que o ‘Livros e Opinião’ não tem parcerias):

“a oferta tentadora para Eve Sylvester vem acompanhada de um estranho pedido: não fale com ninguém sobre o trabalho. Julia e Cristopher Hygate são conhecidos por serem bastante discretos, e preferem que os funcionários sigam o mesmo perfil reservado, quase como se não existissem. E é por isso que Eve é a candidata ideal para a função. A jovem não possui nenhum parente vivo e há muito tempo não tem contato com os amigos. E, o mais importante, ela está grávida.

Para a garota, o emprego é bom demais para ser verdade. Porém, ela não pode deixar de se perguntar por qual motivo os Hygate contratariam alguém sem experiência profissional e ainda mais grávida? Mas já é tarde demais para fazer perguntas. Conforme Eve se infiltra na vida do casal, ela percebe que a intenção de Julia e Cristopher esconde muito mais do que aparenta. E que, se alguma coisa acontecer com ela, ninguém nunca vai saber.

06 – Imagens estranhas (Uketsu)

Lançamento: 10 de abril de 2025

Segundo alguns críticos literários, Imagens Estranhas”, publicado no Brasil a pouco tempo, é um livro de suspense macabro que conquistou o Japão de ponta a ponta. A obra de Uketsu traz imagens aparentemente simples e inocentes que envolvem o leitor em uma rede perturbadora de mistérios não resolvidos. O livro conquistou o Japão.

Mas afinal quem é esse escritor misterioso que se apresenta apenas como Uketsu? Vamos lá. Ele é um autor e youtuber japonês conhecido por suas histórias de mistério e terror e por seus vídeos enigmáticos, em que aparece sempre de máscara branca e roupas pretas, além de usar um efeito para distorcer a sua voz. Uketsu é considerado um dos maiores nomes da literatura de horror do Japão e mantém em segredo sua verdadeira identidade.

A Suma está apostando todas as suas fichas nesse livro lançado em abril. Na sinopse fornecida pela conceituada editora: “As ilustrações feitas por uma gestante e publicadas por seu marido em um blog escondem um alerta temeroso. O desenho que uma criança faz da própria casa carrega uma mensagem sombria. O retrato feito por uma vítima de assassinato em seus momentos finais conduz um detetive amador em uma caçada eletrizante.

Com uma história estruturada por desenhos com aspecto infantil ― todos com sua própria pista perturbadora ―, Uketsu convida os leitores a montar o quebra-cabeça por trás de cada imagem e o grande arco que as conecta.

Best-seller internacional com mais de três milhões de exemplares vendidos no Japão e direitos de publicação adquiridos em mais de trinta territórios, Imagens estranhas, de acordo com a editora, é um livro inquietante, em que elementos triviais assumem um sentido macabro e desenhos ingênuos escondem realidades aterrorizantes.

Se de fato, o livro é tudo isso que foi descrito no release de divulgação da Suma, só mesmo lendo para saber. Mas tem um outro detalhe importante: a obra de Uketsu tem apenas 184 páginas e custa R$ 57,00, sem computar o frete. Aqueles leitores que quiserem arriscar a compra, fiquem à vontade.

 

23 maio 2025

Seis livros e filmes que a geração dos loucos anos 60 amaram. Obras que continuam bombando no presente

Já escrevi sobre os livros dos anos 70, 80, 90 e... faltou publicar algo sobre os anos 60. Aliás cheguei a me referir a década de 1980 como os loucos anos 80 (ver aqui) devido as suas mudanças inovadoras (para aquela época) promovidas pela chamada “Geração Y”. Mas acredito que mais loucos ainda, foram os anos 60 vividos pelas gerações “Baby Boomers” e “X”.

Cara, foi uma geração bem maluquete aquela (rs), bem mais do que a dos anos 80. Foi a geração movida a sexo, drogas e rock’n’roll, ao amor livre, aos cabelos compridos, às calças jeans, aos tênis e camisetas, ao flower power, ao “paz e amor”, à cultura pop, à contracultura, à contestação do establishment e do sistema, à admiração pelo socialismo e por figuras como Che Guevara e que recomendava não confiar em ninguém com mais de 30. Mas como nada é eterno ou se preferirem, tudo e todos envelhecem um dia; essa geração com os seus hábitos envelheceu, mas não podemos negar que apesar dos anos que rolaram, muitas coisas boas vividas por essa geração rebelde conseguiram vencer o tempo e ainda continuam sendo lembradas, algumas delas chegaram a ganhar o status de cult ou seja, passaram a ser cultuadas por gerações posteriores, incluindo aqueles da “Geração Alpha” que nasceram a partir de 2010. Temos músicas marcantes que faziam a alegria dos babyboomers e dos X que continuam sendo ouvidas – muito ouvidas, aliás – e respeitadas pela “Geração Alpha”; e temos ainda os livros que continuam sendo lidos e amados.

Como o nosso blog é um portal literario, resolvi selecionar seis livros marcantes dos loucos anos 60 que renderam filmes também marcantes naquela época. Vamos nessa?

01 – Um Estranho no Ninho (Ken Kesey)

Tudo bem que o filme com Jack Nicholson foi lançado em 1976, mas o livro de Ken Kesey foi publicado pela primeira vez em 1962 e fez a alegria da geração de leitores rebeldes daquela época. Aliás, ninguém melhor do que o personagem Randle McMurphy - um meliante que após ser preso, se finge de louco para ir para um hospital psiquiátrico e assim esquivar-se de uma porção de trabalhos forçados na prisão – para representar a altura a geração rebelde dos anos 60.

Os “babyboomers” e os “X” foram premiados com dois grandes presentes: o livro de Kesey e o filme dirigido por Milos Forman. Ambos fizeram tanto sucesso que continuam sendo lembrados até hoje.

Querem saber como Kesey teve a ideia de escrever esse livro? Ok; eu conto. A ideia brotou quando ele nem sonhava ser um escritor famoso.

Tudo começou quando Kesey resolveu de se inscrever para ser monitor de um hospício em San Francisco. Ele queria ter uma noção de como os internos daquela instituição se sentiam ficando ali isolados do mundo. Foi nesse momento que esse autor desconhecido começou a imaginar como seria a vida de uma pessoa excêntrica e normal, mas considerada louca por causa de sua excentricidade, se fosse parar num hospício. Como ela se sentiria? Como seria o seu relacionamento com os outros internos? ‘Entonce’, ele resolveu colocar essa ideia no papel. Pronto! Nascia assim, o livro Um Estranho no Ninho e ao mesmo tempo começava a surgir um escritor famoso chamado Ken Kesey.

02 – O Planeta dos Macacos (Pierre Boulle)

O Planeta dos Macacos pelo autor francês, Pierre Boulle foi publicado em 1963; cinco anos depois seria lançado nos cinemas o filme homônimo baseado na obra literária e que se tornaria um clássico da ficção científica. O filme com Charlton Heston – um ator já consagrado naquela época – lotou as salas exibidoras de todo o país e ganhou o status de antológico. Prova disso é que rendeu mais nove filmes, além de duas séries de TV.

Quanto ao livro de Boulle se tornou uma das obras mais comentadas pelas gerações dos loucos anos 60. Uma obra que nunca perdeu a sua atualidade; prova disso é que continua sendo relançada com novos layouts até hoje; os mais recentes pela editora Aleph.

Dando uma pequena pincelada no enredo da obra: no ano de 2.00, o professor Antelle, o físico Levain e o jornalista Ulysse Mérou resolvem deixar a Terra. Eles embarcam numa espaçonave cósmica, em direção ao sol vermelho Betelgeuse, na constelação de Órion. O destino encontra-se a 300 anos-luz e até atingi-lo passam-se, em nosso planeta, cerca de três séculos e meio, enquanto os viajantes, devido a dilatação do tempo, tem a sensação de passarem apenas dois anos. Finalmente, eles se surpreendem ao aterrissar em um planeta com cidades, casas, florestas, enfim, um planeta igual a Terra. Quer dizer, quase. Existe uma diferença: neste planeta, os macacos reinam e os homens vivem em estado selvagem, quando não estão enjaulados e escravizados.

03 – À Sangue Frio (Truman Capote)

Truman Capote narra a história a história do assassinato da família Clutter, uma das mais influentes na pequena cidade de Holcomb, no Kansas, onde residiam apenas 270 habitantes.

Poucos crimes na história chocaram tanto a população como o massacre dos quatro membros dessa família. Em 1959, na casa dos Clutter, onde estavam o casal Herbert e Bonnie e os filhos adolescentes Nancy e Kenyon, os ladrões Eugene Hickcock e Perry Smith, após invadir a residência, decidiram matar os quatro membros da família para não deixar testemunhas.

Capote passou seis anos levantando informações e investigando passo a passo tudo o que ocorreu em Holcomb. Depois de muito trabalho, em 1965, ele publicou a sua obra prima A Sangue Frio, livro que criaria um novo estilo literário com uma onda de seguidores que ficou conhecida como “new journalism”.

O autor narra o crime da sua concepção à execução, além de fazer com que os leitores entrem na cabeça dos criminosos e conheçam os motivos que os levaram a cometer tal assassinato. Em 1967, o livro seria adaptado para s telonas.

A Sangue Frio conseguiu vencer a barreira do tempo e assim continuar despertando o interesse de outras gerações, mas tudo começou com os nossos rebeldes “babyboomers” e “X”.

04 – O sol é para todos (Harper Lee)

O livro da escritora americana Harper Lee, publicado em 1960, sobre a segregação racial no sul dos Estados Unidos marcou gerações de norte-americanos. 

A obra foi um sucesso instantâneo, tornando-se um dos maiores clássicos da literatura norte-americana moderna dos anos 60. Deu origem a um filme homônimo, vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado em 1962.

O Sol é para Todos foi publicado na era da luta pelos direitos civis e se transformou em algo mais do que um romance. A obra literária fez tanto sucesso que acabou recebendo o prêmio Pulitzer, vendendo mais de 30 milhões de exemplares.

A história é ambientada no Sul dos Estados Unidos da década de 1930, região envenenada pela violência do preconceito racial. Harper mostra através de sua narrativa, um mundo de grande beleza e ferozes desigualdades vista pelos olhos de uma menina de inteligência viva e questionadora, enquanto seu pai, um advogado local, arrisca tudo para defender um homem negro injustamente acusado de cometer um terrível crime.

A prova de que esse livro que conquistou a “Geração Paz e Amor” - nascida nos anos 60 - é que ele continua sendo lido, hoje, inclusive nas escolas.

05 – O Poderoso Chefão (Mário Puzo)

O livro de Mario Puzo foi lançado no crepúsculo dos anos 60 se tornou a sensação da dos “babyboomers” e também de parte da “Geração X”. Fez tanto sucesso que acabou adaptado para o cinema em 1972. A produção cinematográfica com Marlon Brando e Al Pacino renderia ainda mais dois filmes, transformando-se numa das trilogias mais famosas da sétima arte.

Em seu romance (ver resenha aqui), Puzo narra a saga sobre uma família de mafiosos de origem siciliana que imigra para os Estados Unidos. O livro ficou na lista literária do The New York Times Best Seller durante 67 semanas entre 30 de março de 1969 e 5 de julho de 1970 e vendeu mais de nove milhões de cópias em dois anos.

A obra foi o primeiro romance a introduzir a realidade da máfia, tornando usuais termos como omertà, consigliere, e outros, típicos da Cosa Nostra.

06 – A Fantástica Fábrica de Chocolate (Roald Dahl)

Encerro a nossa lista com o livro de Roald Dahl. A história de A Fantástica Fábrica de Chocolate (no original, Willy Wonka & the Chocolate Factory) tem suas raízes nos loucos anos 60, tanto no livro de Dahl publicado em 1964, como no filme  de Mel Stuart lançado no final da década de 60 e início dos anos 70. A geração dos anos 60, marcada por movimentos sociais e culturais, também viu a popularidade do livro e do filme crescer.

A história e a atmosfera da fábrica de chocolate do personagem Willy Wonka, com suas cores vibrantes e inventos tecnológicos, ressoaram com a geração dos anos 60, que estava aberta a novas experiências e ideias.

A história do menino pobre que ganha um bilhete dourado e entra na fábrica de chocolate tornou-se icônica. Ela transmite valores como a importância da família, a valorização da honestidade e a busca por um futuro melhor, que ressoam com os valores da época.

Tanto livro quanto filme continuam populares e recordados com carinho pela geração dos anos 60, que viu a história pela primeira vez e se apaixonou pelo enredo e seus personagens.

Taí galera! Que tal devoramos esses livros e filmes que bombaram nos anos 60?

19 maio 2025

Conclave

Se você já assistiu “Conclave” de Edward Berger, filme indicado em oito categorias no Oscar 2025, incluindo a de “Melhor Filme” e “Melhor Roteiro Adaptado”, não perca o seu tempo lendo o aclamado livro homônimo de Robert Harris publicado originalmente em 2016 e que deu origem a produção cinematográfica. Não estou querendo “dizer” que a obra literária é ruim; longe disso. Quero apenas alertar: como o livro foi adaptado ao pé da letra para as telonas – com exceção dos nomes e nacionalidades de alguns personagens – as reviravoltas que deixam a trama interessante e com a capacidade de, com toda a certeza, surpreender o ‘leitor-cinéfilo’ perderão todo o seu impacto. Esses plot twists são semelhantes, ou seja, o que você assistiu no filme também irá ler no livro, sem mudanças, por mais sutis que sejam.

Feito essa ressalva, o livro de Harris é excelente e consegue prender a atenção dos leitores com a sua linguagem fluida e reviravoltas surpreendentes. Sendo mais específico: duas revelações envolvendo dois personagens e uma reviravolta bombástica (um verdadeiro soco no fígado) que acontece, somente, no final do livro. Para ser mais exato, esse “soco” é desferido nas últimas quatro páginas do romance. No meu caso, como ainda não tinha assistido ao filme, fiquei boquiaberto. Jamais pensei naquela reviravolta e olha que eu sou bom para descobrir plot twists por antecipação.

A trama de Conclave gira em torno da morte de um papa reformista e consequentemente do intrigante e misterioso processo de escolha de um novo líder da Igreja Católica.  Dias depois da morte do papa, mais de cem cardeais do mundo todo se reúnem para eleger seu sucessor. São todos homens santos, mas têm rivalidades, ambições e fraquezas, e, nas próximas setenta e duas horas, um deles se tornará a figura espiritual mais poderosa da Terra. A tarefa não se mostrará nada simples, pois entre os elegíveis e os grupos que se formam em torno deles há diferenças inconciliáveis: globalistas e isolacionistas, os que clamam pelo primeiro papa negro, religiosos com fortes opiniões sobre o papel das mulheres e do casamento gay, as correntes conservadoras e os reformistas, os que rejeitam a riqueza e os que abraçam o luxo. E, para completar, surge a notícia de que o falecido papa elegeu em segredo um cardeal até então desconhecido de todos.

O encarregado de executar e coordenar essa reunião confidencial do colégio de cardeais (Conclave) é cardeal italiano Lomeli que nos cinemas foi vivido pelo famoso ator Ralph Fiennes.

Os quatro principais candidatos a suceder o papa morto são Aldo Bellini, da Itália, um liberal na linha do falecido Papa; Joshua Adeyemi, da Nigéria, um conservador social; Joseph Tremblay, do Canadá, um moderado dentro da Igreja; e Goffredo Tedesco, da Itália, um tradicionalista convicto.

A linguagem do romance é tão fluida que o autor consegue fazer com que os leitores mergulhem dentro da história, por isso, temos a impressão de estar alí, no Conclave, no meio dos cardeais participando de suas tramas, alianças e reuniões secretas visando a escolha de um novo papa. Aliás, a descrição dos detalhes de como é organizado um conclave, além dos rituais de votação dos cardeais é perfeito. Fiquei imaginando se tudo aquilo não passava de invenção, bem longe da realidade, saída da cabeça de um escritor de ficção; mas no final do livro quando Robert Harris faz os seus agradecimentos as pessoas que colaboraram com a obra, ele ressalta que entrevistou um cardeal que já participou de um Conclave, no entanto, como as suas conversas foram não oficiais, ele optou por não citar o nome desse cardeal. O autor cita também que no início de suas pesquisas para escrever o livro, ele pediu permissão ao Vaticano para visitar as locações usadas durante um Conclave e que ficam permanentemente fechadas ao público. Esta permissão, segundo Harris, foi concedida por um monsenhor do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. Assim, está explicado o motivo da fluidez na construção da trama, principalmente, no que se refere a organização, realização e execução de um Conclave.

Mas vamos às três surpresas da trama que valem a pena ser destacadas. Sem spoilers, é claro. A primeira delas envolve o cardeal canadense Tremblay; a segunda, o cardeal nigeriano Adeyemi e o soco no fígado envolve o cardeal Benítez, cuja existência era desconhecida de todos os cardeais e que havia chegado ao Vaticano apenas poucas horas antes do Conclave. Não posso revelar mais do que isso, senão acabaria estragando um plot twist bombástico daqueles que desnorteiam qualquer leitor.

Enfim, é isso galera. Leiam o livro e somente depois assistam ao filme... se quiserem, porque, acredito, que apenas o livro já basta.

 

 

17 maio 2025

Saiu o desempate da releitura de “Os Três Mosqueteiros”; Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan venceram

Saiu o desempate. Os mosqueteiros venceram. Os leitores do blog que estavam acompanhando a minha saga particular com relação ao livro de Alexandre Dumas estavam curiosos para saber se eu havia gostado ou não da releitura desse clássico. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ler essa postagem (ver aqui), aconteceu mais ou menos assim, de forma bem resumida: havia lido Os Três Mosqueteiros pela primeira vez – há ‘muuuitos’ anos - e adorado o enredo, mas agora, recentemente, na segunda vez que li, a leitura não foi tão prazerosa. Por isso resolvi “tirar os noves fora” fazendo uma terceira leitura do conhecido clássico ou, se preferirem, uma segunda releitura. Bem resumidamente foi isso que aconteceu. E como já citei acima, dessa vez, o livro de Dumas venceu a minha indiferença.

No post anterior, referente a esse assunto, havia citado dois motivos que poderiam ter dispersado a minha atenção e contribuído para não ter apreciado a releitura. É importante lembrar que a segunda vez que li Os Três Mosqueteiros encarei a edição luxuosa da Zahar com texto integral e as suas notas de rodapé. E acredito que essas notas de rodapé foram o primeiro motivo que implodiu a minha releitura da trama. Elas acabaram truncando a leitura. Isso aconteceu porque eu tenho o hábito de ler simultaneamente enredo e as explicações do autor que são publicadas no rodapé das páginas; e confesso que as tais notas da edição da Zahar são longas ao extremo. Por isso, toda vez que a leitura do enredo engatava uma quinta marcha, lá vinham as notas de rodapé e assim, essa quinta marcha era abruptamente reduzida para uma primeira. ‘Entonce’ meu amigo, até você conseguir buscar a quinta marcha perdida, demorava e muito.

Nesta terceira leitura que valeu o desempate, optei por abolir as notas de rodapé. Em outras palavras: joguei todas elas para escanteio e lí apenas o enredo. Pensei com os meus botões: “Se na primeira vez, apenas a história escrita por Dumas foi suficiente para encantar um garoto muito seletivo e exigente quanto a enredos literários, agora, esse mesmo texto teria a capacidade de despertar o interesse de um leitor que ficou menos implicante, ao se aproximar da terceira idade. Assim... adeus notas de rodapé. E posso garantir que das 688 páginas da edição comentada da Zahar, grande parte delas são dedicadas as explicações históricas de alguns trechos da trama.

Vejam bem, não estou criticando as notas de rodapé. Elas são importantes para aqueles leitores que querem conhecer detalhes históricos do enredo de Dumas, pois sabemos que as obras do escritor francês sempre mesclaram ficção com realidade. Mas dessa vez, no meu caso, não estava interessado nesses detalhes históricos, querias apenas “viajar” no enredo de Os Três Mosqueteiros como se estivesse lá “dentro do livro” presenciando as peripécias de Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan, além das tramas diabólicas de Milady.

Garanto que essa escolha valeu muito a pena. A minha leitura fluiu e se tornou tão prazerosa quanto a primeira vez em que li o livro.

Vamos agora para o segundo motivo que pode ter prejudicado a minha releitura da trama.

Quando li a obra de Dumas atravessava um período atribulado. Estava enfrentando alguns problemas no setor profissional e também com a minha saúde. Hoje, tenho certeza de que essas preocupações colaboraram para desviar a minha atenção e assim, acabei perdendo o foco da leitura. E cá, entre nós, querem um conselho de ‘amigo-leitor’? Quando vocês forem ler um clássico, façam isso num período tranquilo de suas vidas para que outras preocupações (família, saúde, trabalho) não interfiram na leitura.

Para ler um clássico da literatura, é crucial ter atenção, pois eles frequentemente apresentam linguagens complexas, contextos históricos e temas que exigem uma leitura mais aprofundada e reflexiva. Dessa forma temos que estar com a cabeça livre de preocupações e focado, apenas, na leitura desse clássico. Pois é... comigo aconteceu, exatamente, o contrário. Por isso, nessa terceira vez, procurei reler o clássico de Dumas numa fase mais tranquila de minha vida. E, confesso: deu resultado.

Mais do que ter satisfeito a curiosidade da galera que vinha acompanhando essa minha saga com Os Três Mosqueteiros espero ter colaborado com algumas dicas para aqueles que pretendem ler a edição comentada de “Os Três Mosqueteiros” lançada pela Zahar ou então outros clássicos literários.

Valeu galera!

10 maio 2025

Seis thrillers psicológicos com a mesma vibe de "Verity" de Colleen Hoover

Confesso que não sou fã das obras de Colleen Hoover, mas também confesso que adorei Verity com exceção de seu final que na minha opinião estragou um excelente thriller psicológico (conto mais nessa resenha da obra que escrevi em 2022). O livro – até a chegada daquele final murcho – prende muito a atenção do leitor; eu ficava inquieto conforme as páginas iam sendo viradas. As situações vividas pelos personagens são macabras, estranhas, inquietantes, enfim nos deixa cada vez mais curiosos para saber o desfecho, entonce... chega a bomba daquele final.

Se levarmos em conta os comentários de leitores publicados nas redes sociais literárias, chegaremos a fácil conclusão que a galera, simplesmente, amou Verity.

Se levarmos em conta os comentários de leitores publicados nas redes sociais literárias, chegaremos a fácil conclusão que a galera, simplesmente, amou Verity.

Se você faz parte dessa categoria de leitores, pronto; essa postagem é sua. Preparei um texto especial para a galera que devorou o primeiro thriller psicológico escrito por Hoover. Nele, vocês encontrarão 10 sugestões literárias com enredos que se aproximam daquele que consagrou a escritora texana.

Garanto que esses livros tem a mesma pegada de Verity e deixarão os leitores tensos com o enredo inquietante que mexe com o nosso psicológico. Vamos a eles.

01 – Garota Exemplar (Gillian Flynn)


Ahahaha!! Que baita coincidência! E coincidência das grandes, senão vejamos: um thriller psicológico impactante, mas com um final broxante; ou seja, “irmão gêmeo” de Verity. Pois é; Garota Exemplar tem um plot que faz com que os leitores devorem as suas páginas com avidez, mas o “twist”, de fato, deixa a desejar.

O enredo tem viradas inesperadas que surpreendem; a primeira delas, inclusive, merece o status de “derruba queixo” já que muda tudo o que você pensava sobre determinado personagem. Aliás, Gillian Flynn provou ser uma manipuladora de leitores. Ela vai te conduzindo por um caminho e faz com que você acredite que ele seja seguro, então, em cima da hora, você percebe que esse caminho te conduz para uma curva fechada, a qual você não esperava encontrar. Ao topar com essa curva, o leitor exclama: “Puxa! A autora me enganou direitinho!” O livro tem muitas armadilhas. Uma pena que o final decepcione.

A obra gira em torno de um casamento que sai tragicamente do eixo. A história começa no dia do quinto aniversário de casamento de Nick e Amy Dunne, quando a linda e inteligente esposa de Nick desaparece da casa deles às margens do rio Mississippi. Sinais indicam que se trata de um sequestro violento e Nick rapidamente se torna o principal suspeito. Assim, ele passa a viver sob pressão da polícia, da mídia e dos ferozmente amorosos pais de Amy. Nick, seria mesmo um assassino? Ao mesmo tempo, passagens do diário de Amy revelam um casamento tumultuado ― mas ela estaria contando toda a história?

Um livraço. Infelizmente, não posso dizer o mesmo de seu final.

02 – A Paciente Silenciosa (Alex Michaelides)

A Paciente Silenciosa não foi o que eu esperava. Apesar da sua narrativa fluida e capítulos curtos, o enredo trabalha somente com um plot twist e na minha opinião, apenas razoável. Querem saber se me surpreendi? Sim; me surpreendi, mas pouco. Foi o tipo da reviravolta que o leitor diz ao final: - Putz, só isto! – Foi assim que me senti no momento da solução do mistério que envolve os personagens principais. Mas, por outro lado, tenho que ser justo e afirmar que o enredo tem a “pegada” de Verity, ou seja, um thriller ´psicológico que prende muito a atenção.

Alex Michaelides narra a história de uma pintora famosa chamada Alicia Berenson que é acusada de matar o seu marido com cinco tiros no rosto. Ele é encontrado com os pés e mãos amarrados numa cadeira e com a cabeça esfacelada. O detalhe é que ela o amava muito. Depois do crime, a artista nunca mais disse uma palavra.

A sua recusa em falar ou dar qualquer explicação transformou essa tragédia doméstica em algo muito maior – um mistério que atrai a atenção do público e aumenta ainda mais a fama da pintora. No entanto, ao mesmo tempo que seus quadros passam a ser mais valorizados do que nunca, ela é levada para um hospital psiquiátrico judiciário.

Theo Faber é um psicoterapeuta forense que espera há muito tempo por uma oportunidade de trabalhar com Alícia. Ele tem certeza de que é a pessoa certa para lidar com o caso e tentar fazer com que ela volte a falar e assim, conseguir desvendar os segredos de toda essa tragédia.

03 – Não Conte a Ninguém (Harlan Coben)

Agora, vamos dar um tempo nos finais mal resolvidos e escrever sobre enredos bombásticos num todo, incluindo “The End”. Daqueles finais que deixam os leitores boquiabertos. Tudo bem, vamos lá: lhes apresento Não Conte a Ninguém de Harlan Coben. Cara, que livro! 

Imagine um bolo com várias camadas e em cada camada um recheio diferente; e por isso, em cada uma dessas camadas uma surpresa para o seu paladar. Esta foi a melhor definição que encontrei, mesmo que a grosso modo, para Não Conte a Ninguém, considerado, até agora o melhor livro de toda a carreira de Coben.

A história é repleta de plot twists dando a leitura um ritmo frenético porque o leitor quer descobrir logo o que aconteceu com determinados personagens ou então porque fulano ou ciclano tomou certa atitude, e por aí afora. Um thriller psicológico fantástico.

Coben escreve sobre um jovem casal apaixonado: Dr. Beck e Elizabeth que no momento em que comemoram o aniversário de seu primeiro beijo, sofrem um terrível ataque. Ele foi golpeado na cabeça e caiu no lago, inconsciente. Ela foi raptada e brutalmente assassinada por um serial killer. Mas já alerto a galera: nem tudo é o que parece. Sabe né? Coisas de Coben.

04 – Até Você Ser Minha (Samantha Hayes)

Um thriller psicológico muito parecido com Verity, mas ao mesmo tempo inverso ao livro de Colleen Hoover. Vou explicar melhor: o enredo de Até Você Ser Minha tem as mesmas características de Verity – tensão e dúvidas aparecem em abundância na trama – mas por outro lado enquanto Verity tem um enredo que prende atenção; Até Você Ser Minha tem muita enrolação o que acaba dispersando a atenção do leitor. Já quando nos referimos ao final, a “coisa” muda. Enquanto o livro de Hoover tem um fim decepcionante; o ‘The End’ de Até Você Ser Minha derruba o queixo de qualquer leitor. Caráculas! Que final foi aquele?!!

O livro de Selma Hayes tem uma trama muito arrastada e cansativa em vários momentos. Achei que a autora enrolou demais com descrições, além de detalhes bobos que não acrescentam nada na interação entre os personagens. Muitos diálogos são jogados fora em conversas bobas durante o café da manhã ou no trabalho dos personagens, e por aí afora. Outra falha que deixa a trama em marcha lenta, é a ênfase dada pela escritora para  personagens secundários.

Só continuei a leitura porque queria conhecer o tal plot twist do século como as redes sociais alardeavam naquela época. E então, chega a hora do tão comentado final. PQP!!! O meu queixo caiu!

Na trama, a assistente social Claudia Morgan-Brown está prestes a realizar o sonho de sua vida: vai dar à luz uma menininha. Apesar da ausência do marido ao longo da gravidez – James é oficial da Marinha e fica semanas e até meses longe de casa –, ela mal pode esperar para segurar seu bebê nos braços após várias tentativas e perdas.

Porém, as diversas tarefas de Claudia, além da responsabilidade de cuidar dos gêmeos Oscar e Noah, filhos do primeiro casamento de James, deixam o casal preocupado. A próxima partida de James se aproxima, e eles decidem contratar uma babá.

Zoe Harper quer muito o emprego. Com as melhores recomendações, ela conquista os gêmeos e se muda para o lar do casal. Mas Claudia logo percebe que a mulher tem outros motivos para se aproximar da família.

As suspeitas de Claudia se transformam em verdadeiro terror quando começa a ocorrer uma série de ataques brutais a mulheres grávidas na cidade. Bem, só posso contar até aí para não estragar o ‘plotaço final’.

05 – O Casamento Perfeito (Jeneva Rose)

Este livro me obrigou a quebrar uma regra que eu preservo há muito tempo que é a de não comentar sobre obras que eu ainda não li. Mas o livro de Jeneva Rose está recebendo tantos elogios nas redes sociais, se tornando quase uma unanimidade, que eu acabei optando por cometer essa heresia (rs). Pesou ainda na balança o fato de um amigo meu – que já me indicou livros fantásticos – ter lido a obra e adorado. “O Casamento Perfeito conseguiu me tirar de uma ressaca literária brabíssima, além do mais o seu enredo tem a ‘vibe’ de Verity”, disse ele. Portanto, resolvi incluí-lo nessa lista, mesmo ainda não o tendo lido.

Não há como negar que a sinopse da obra publicada nos releases promocionais da Darkside tem, de fato, uma vibe semelhante ao thriller psicológico de Colleen Hoover. Confiram aí e depois me respondam se concordam ou não.

Sarah e Adam têm uma vida aparentemente perfeita em Washington, capital dos Estados Unidos. Vivem em um local seguro e confortável, usam roupas refinadas, frequentam bons restaurantes e podem se dar ao luxo de manter uma segunda casa, à beira de um lago. No entanto, sob a superfície, nem tudo é tão perfeito quanto parece.

Sarah é uma das melhores advogadas de defesa criminal da cidade. Com um impecável histórico de casos, e tendo sido nomeada sócia da firma antes dos 35 anos de idade, sua vida está indo exatamente como planejou. Por outro lado, o mesmo não pode ser dito sobre seu marido, Adam, um escritor fracassado que começa a se ressentir com o sucesso meteórico da esposa, e acha que isso aconteceu à custa do relacionamento dos dois.

Durante quase dois anos, Adam manteve um segredo muito bem guardado, mas tudo muda quando o corpo de uma mulher é descoberto na casa do lago do casal e Adam é preso sob suspeita de assassinato. Sarah agora se vê diante do caso mais desafiador de sua carreira, uma vez que se compromete a defender o marido, mesmo depois de descobrir o que está por trás desse segredo, pois acredita em sua alegação de inocência.

Meu amigo leitor me disse que a escrita de Jeneva Rose faz com que você desconfie de todos os personagens. Acrescentou ainda que o final é chocante.

Pois é, já inclui em minha lista de leituras.

06 – As Sobreviventes (Riley Sager)

Finalizo a nossa toplist com esse livro de Riley Sager que eu li no final de 2022. Trata-se de um bom livro e com algumas semelhanças com Verity.

No enredo escritor por Sager, a personagem Quincy Carpenter sobreviveu a um crime terrível há dez anos, quando era estudante universitária. Ela se tornou parte de um grupo de garotas sobreviventes com histórias similares: Lisa, que perdeu nove amigas esfaqueadas, e Sam, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava. No entanto, Quincy bloqueou suas memórias daquela noite traumática e seguiu em frente com uma vida aparentemente normal.

Agora, quando Lisa é encontrada morta e Sam ressurge em busca de respostas, Quincy é forçada a confrontar o passado e desvendar a verdade. Recuperar suas memórias pode revelar segredos assustadores que ela preferia não conhecer. Neste thriller psicológico, a busca pela verdade coloca Quincy em perigo, enquanto ela luta para escapar da mídia e da polícia e desvendar os mistérios que cercam sua vida e a de suas companheiras sobreviventes.

As Sobreviventes pode ser definido como um livro sobre três mulheres, que apesar de estranhas, são unidas por um laço macabro.

Taí; os leitores que adoraram Verity e agora, estão à procura de enredos com a mesma ‘vibe’, com certeza encontrarão o que procuram nessas seis indicações literárias.

Bora ler?

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