Cara, nesses últimos dias estou saudosista, mas muito
saudosista. Tão saudosista que Lulu vive dizendo para mim – Jam, vou comprar
uma máquina do tempo para você ficar resgatando as suas lembranças, menos as
amorosas de muitas décadas atrás das quais não participei – depois me olha com
aquele jeito matreiro que eu amo e cai na risada. Respondo para ela ficar
tranquila porque as minhas recordações são apenas de filmes que marcaram os
anos 80. Ela, imediatamente responde rindo – Piorou, não sei o que rolou na
poltrona do cinema durante o filme e se é esse “durante” que é o verdadeiro
motivo da sua viagem – e tornamos a rir muito.
Lulu não tem nada de ciumenta, pelo contrário, posso
fazer o que quiser, desde que respeite os limites do bom senso que sempre deve prevalecer
no relacionamento de um casal que se ama e se respeite. Também penso da mesma
forma: o respeito, a confiança e o amor são os principais alicerces de um
relacionamento; e o nosso alicerce está bem sólido, por isso brincamos tanto
com temas que as vezes podem acabar provocando brigas ou desentendimentos em
outros casais que optem por ultrapassar esses limites do bom senso num
relacionamento.
Mas deixe-me voltar ao tema principal dessa postagem.
Parei no momento em que estava ‘dizendo’ que resgatava as recordações de filmes
que marcaram a geração dos anos 80, filmes que pelo menos para mim, foram
fantásticos, tão fantásticos que mesmo após décadas ainda sinto uma baita
saudade.
Mas como o nosso blog aborda temas literários resolvi,
como diz o ditado popular, ‘unir o útil ao agradável’ e escrever um post de livros
conhecidos que deram origem a filmes famosos nos anos 80. E assim, surgiu essa
lista que você lê agora. Pretendo elaborar, também, uma lista específica para
os anos 90. Aliás, na minha opinião essas duas décadas foram as melhores no que
se refere a lançamentos de filmes. Tivemos verdadeiras joias raras, produções
cinematográficas – muitas delas baseadas em livros – que podem, tranquilamente,
ganhar o status de antológicas.
E vamos com a nossa top list de livros que viraram
filmes marcantes nos anos de 1980.
01
– Os Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas (Philip K. Dick)
Filme:
Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982)
Vários filmes de sucesso foram adaptados dos livros
escritos por Philip K. Dick mas nenhum deles foi tão comentado, tão elogiado e
tão icônico quanto “Blade Runner: O Caçador de Andróides”. Esta produção
cinematográfica de 1982 que teve nos papéis principais Herrison Ford, Rutger
Hauer e Daryl Hannah foi a primeira adaptação de um livro de K. Dick que
inclusive não chegou a ver nenhuma das adaptações de suas obras literárias. Ele
morreu quase quatro meses antes de Blade Runner que estreou nos Estados Unidos
no dia 25 de junho de 1982.
O filme foi baseado no livro Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? relançado pela Editora
Aleph há quatro anos – a publicação original é de 1968. A trama do livro se
passa em um planeta Terra devastado por uma guerra atômica, grande parte da
população sobrevivente emigra para os mundos-colônias, fugindo da poeira
radioativa que extinguiu inúmeras espécies de animais e plantas. Toda criatura
viva se torna, então, um objeto de desejo para aqueles que permaneceram, mas
esse é um privilégio de poucos. Para a maioria que não pode pagar por um
espécime autêntico, empresas começam a desenvolver réplicas eletrônicas e
incrivelmente realistas de pássaros, gatos, ovelhas... e até mesmo de seres
humanos.
Rick Deckard é um caçador de recompensas. Seu
trabalho: eliminar androides que vivem ilegalmente na Terra. Livro e filmes tem
muitas diferenças. No livro, por exemplo, Dick apresentou um cenário social
mais amplo sobre a sociedade pós-apocalíptica, mostrando os costumes, o
cotidiano, o comportamento e as crenças das pessoas que permaneceram na Terra.
Há dilemas morais e religiosos envolvidos, que trazem camadas diferentes para a
estória. No filme, o foco ficou na personagem de Deckard e em seu
relacionamento com os andróides.
02
– O Iluminado (Stephen King)
Filme:
O Iluminado (1980)
Tudo bem que Stephen King tenha odiado o filme
dirigido pelo gênio Stranley Kubrick e que a atriz Shelley Duval, intérprete da
personagem Wendy Torrance, tenha gritado e se encolhido de pavor durante o
filme todo, mas que o tal filme fez um baita sucesso, isso fez sim.
Apesar do sucessaço de público e crítica, o mestre do
terror excomungou a produção cinematográfica de 1980, principalmente a Wendy
reinventada por Kubrick. King afirmou que não é fã dessa versão de Wendy, muito
mais pela forma que foi escrita no filme do que pela atuação da intérprete:
“Uma das personagens mais misóginas já colocadas em um filme. Ela basicamente
está lá para gritar e ser estúpida. Essa não foi a mulher que eu escrevi.”
Mas apesar da esculachada de King, “O Iluminado” de
Kubrick acabou se transformando numa produção cult, num dos maiores filmes de
terror de todos os tempos.
Tanto livro quanto filme contam a saga de Jack
Torrance (Jack Nicholson) um homem que durante o inverno é contratado para
ficar como vigia em um hotel no Colorado e vai para lá com a mulher Wendy
Torrance (Shelley Duvall) e seu filho Danny Torrance(Danny Lloyd). Porém, o
contínuo isolamento do hotel começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele
vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo em que seu
filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também
foram causados pelo isolamento excessivo.
03
– Primeiro Sangue (David Morrell)
Filmes:
Rambo: Programado para matar (1982), Rambo 2: A missão (1985) e Rambo 3 (1988)
Se existe uma saga cinematográfica que foi cultuada
por várias gerações de cinéfilos, esta saga se chama “Rambo”. Seus três filmes
produzidos na década de 80 se tornaram verdadeiros ícones do cinema de ação,
além de consolidar a carreira de Sylvester Stallone como um dos maiores nomes
das produções do gênero em Hollywood. O que poucas pessoas sabem é que essa
trilogia de sucesso nos cinemas (isso mesmo, eu disse trilogia porque é para
esquecer os outros dois filmes de 2008 e 2019 que foram verdadeiros fiascos),
principalmente o primeiro filme, foi baseada em um livro escrito por David
Morrel chamado Primeiro Sangue.
A obra foi lançada no Brasil pela editora Record em
1972 e na época passou até que desapercebida pelos leitores, só ganhando o status
merecido dez anos depois com o lançamento do filme com Stallone. Em 1988, a
editora Nova Cultural que havia adquirido os direitos de publicação da obra,
relançou o livro com a capa do filme que fez parte da coleção chamada “Campeões
de Bilheteria” com narrativas que deram origem a filmes de sucesso.
O contexto de livro e filme são bem diferentes e
acredito que Morrell ao roteirizar “Rambo – Programado para Matar” (sim, ele
também escreveu o roteiro desse primeiro filme) aproveitou muito pouco o conteúdo
de sua história escrita. Um desses raros trechos é aquele em que Rambo consegue
derrubar um helicóptero com uma pedra.
E como não poderia ser diferente, o livro é muito mais
profundo do que o filme dando ao leitor um perfil completo dos principais
personagens. No caso de Rambo ficamos sabendo alguns detalhes de sua infância e
o que serviu de gatilho para que ele entrasse no exército.
Morrell ainda escreveria outros dois livros sobre o
personagem que não passaram de simples novelizações de Rambo II e III e por
isso ficaram muito longe do sucesso de Primeiro
Sangue.
04
– Duro de Matar (Roderick Thorp)
Filme:
Duro de Matar (1988)
Podem acreditar é a mais pura verdade: o filme “Duro
de Matar” com Bruce Willis foi baseado em um livro. Acredito que muitos desconheciam
este lado da produção que passou nos cinemas em 1988 e acabaria se
transformando numa das sagas de ação mais badaladas de todos os tempos; tanto é
que ganhou mais quatro sequencias além do filme original – “Duro de Matar 2”
(1990), “Duro de Matar: A Vingança” (1995), “Duro de Matar 4.0” (2007) e “Duro
de Matar: um bom dia para morrer” (2013).
"Duro de matar" fez de Bruce Willis uma
estrela de Hollywood — até então, ele era mais conhecido por seu papel cômico
como um detetive particular na série "A gata e o rato" (1985-89),
contracenando com Cybill Shepherd. O longa ainda consagrou internacionalmente o
britânico Alan Rickman (1946-2016), por sua atuação memorável como o grande
vilão Hans Gruber.
Na minha opinião, pouca coisa foi alterada do livro
para o filme, entre elas, o nome do personagem principal: sai Joe Leland e
entra John McClane. O Leland da obra escrita é bem mais velho e sisudo do que o
detetive John McClane interpretado por Buce Willis no filme. O clima do livro
policial também é muito pesado, com Leland e os terroristas assumindo um duelo
psicológico perturbador nos intervalos dos tiroteios e explosões. Já nas
telonas, McClane é bem mais jovem e humorado. Quanto ao duelo psicológico,
existe, mas de uma maneira mais moderada, com o diretor preferindo dar ênfase
para a ação. Outra mudança é com relação a mulher de McClane. No livro, ela não
é esposa, mas sim a sua filha.
Excetuando essas diferenças, o filme é muito fiel ao
texto de Roderick Thorp, inclusive, o leitor tem a impressão que várias cenas
de ação contidas nas páginas da história foram adaptadas integralmente para o
cinema.
NothingLasts Forever foi publicado originalmente em 1979 mas só
chegou ao Brasil - quase dez anos depois, na época do lançamento do filme - por
intermédio da editora Record, inclusive a editora aproveitou a imagem de uma
cena do filme para ilustrar a capa da obra literária.
05
– A Hora da Estrela (Clarice Lispector)
Filme:
A Hora da Estrela (1985)
“A Hora da Estrela” é uma adaptação do romance
homônimo da escritora e jornalista brasileira nascida na Ucrânia, Clarice
Lispector, considerada um dos nomes mais respeitados da terceira fase do modernismo
brasileiro, chamada de "Geração de 45". Recebeu diversos prêmios,
dentre eles o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça
Aranha.
A
Hora da Estrela foi o último livro lançado em vida por
Clarice Lispector e ganhador do Jabuti de melhor romance. A autora conta a
história de uma alagoana órfã que vai morar no Rio de Janeiro e trabalha como
datilógrafa. Virgem, ingênua e solitária, Macabéa apenas vê a vida passar sem
compreender muito bem o que lhe acontece.
Em sua narrativa, já doente e ciente que a morte
estava próxima, Clarice coloca um pouco de si em Macabéa e em Rodrigo,
narrador-personagem da história, e nos revela seu processo de criação, assim
como suas angústias sobre a morte.
A adaptação cinematográfica, a exemplo do livro,
alcançou um enorme sucesso e conquistou alguns dos principais prêmios no
Festival de Brasília, em 1995, como o de Melhor filme, Melhor ator (José
Dumont), Melhor atriz (Marcélia Cartaxo), Melhor fotografia, Melhor diretor (Suzana
Amaral) e Melhor edição. No exterior, recebeu o prêmio de Melhor diretor no
Festival de Havana. Marcélia Cartaxo ainda recebeu o Urso de Prata em Berlim,
por sua interpretação de Macabéa. Enfim, tanto livro quanto filme bombaram – no
bom sentido, claro.
Clarice faleceu em 9 de dezembro de 1977, um dia antes
de seu 57° aniversário. Ela foi hospitalizada, com um câncer de ovário
detectado tarde demais e inoperável. A doença se espalhara por todo o seu
organismo.
06
– O Nome da Rosa (Umberto Eco)
Filme:
O Nome da Rosa (1986)
O
Nome da Rosa do escritor italiano Umberto Eco foi
publicado em 1980. Seis anos depois foi lançado o filme homônimo dirigido pelo
francês Jean-Jacques Annaud e contando com Sean Connery e Christian Slater nos
papéis principais.
A narrativa se passa na Itália no período medieval. O
cenário é um mosteiro beneditino, onde um frei é chamado para fazer parte de um
concílio do clero que investiga crimes de heresia. Entretanto, assassinatos
misteriosos começam a ocorrer.
Essa história se tornou um clássico, mesclando romance
investigativo com inspiração em Sherlock Holmes, mais: religião, erotismo,
violência e um toque de humor em plena Idade Média.
A obra alcançou enorme reconhecimento e projetou
Umberto Eco como um célebre escritor. O filme também foi um sucesso, embora
tanto o público como a crítica especializada tenham achado o livro melhor do
que o filme.
07
– Os eleitos (Tom Wolfe)
Filme:
Os eleitos onde o futuro começa (1983)
O filme “Os Eleitos: Onde o futuro começa” baseado no
livro homônimo de Tom Wolfe, de 1979, conta a história real de um grupo de
astronautas do final dos anos 40, no início da Guerra Fria, onde estavam
começando os programas espaciais das potências da época, Estados Unidos e União
Soviética. O foco principal do filme e também do livro está na vida real e
frustrações dos astronautas americanos com os seus fracassos e sucesso parcial
dos soviéticos. A história também explora os dramas desses pioneiros espaciais
com a família, esposa e outros dilemas.
Livro e filme são muito parecidos. Wolfe escolheu como
protagonistas os sete primeiros astronautas da história dos Estados Unidos,
selecionados em 1959 para participar do projeto Mercury. Os chamados “Mercury
Seven” tinham muitas coisas em comum, como a experiência com voos militares na
Segunda Guerra Mundial ou na Guerra da Coreia, a relativa juventude —a maioria
estava na casa dos 30 anos— e alguma ligação com a cultura dos pilotos de
testes, embora nem todos fizessem parte da elite dessa profissão.
O fato de que alguns dos principais pilotos de testes
americanos não tenham sido escolhidos para integrar os “Mercury Seven” talvez
explique por que os que continuaram a pilotar aviões experimentais torciam o
nariz para os astronautas.
Wolfe também dedica grande parte de sua narrativa em Os Eleitos a Chuck Yeager. Com Ele não
só foi o primeiro piloto a quebrar a barreira do som – e vale dizer que nessa
altura ninguém sabia dizer se um ser humano sobreviveria a tal velocidade –
como estabeleceu várias outras marcas fundamentais para a aviação.
Apesar de ter achado livro e filme um pouco
cansativos, ambos foram endeusados pelos críticos literários e
cinematográficos.
08
– As minas do rei Salomão (H. Rider Haggard)
Filme:
As minas do rei Salomão (1985)
Muitos preferem o filme original de 1950 com Stewart
Granger como o explorador Allan Quatermain e a excelente Deborah Kerr como sua
companheira de aventuras, mas na realidade o remake de 1985 com Richard
Chamberlain e a estonteante (na época) Sharon Stone acabou sendo o filme mais
comentado por causa do seu clima de aventura que é uma verdadeira montanha
russa de emoções.
Tudo bem que a produção de 1950 venceu o Oscar nas
categorias de melhor fotografia colorida e melhor montagem, além de ter sido
indicado para melhor filme, mas não podemos desprezar o filme com Chamberlain e
Stone que fez num enorme sucesso nos anos 80.
As duas películas foram baseadas no livro homônimo
britânico de 1885 escrito por Henry Rider Haggard. As Minas do Rei Salomão não se trata apenas de um bom, mas sim de um
ótimo livro de ação.
Se você amou A
terra que o tempo esqueceu, de Edgar Rice Burroughs; O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle; King Kong, de Edgar
Wallace; e O homem que queria ser rei,
de Rudyard Kipling, com certeza, também irá amar o livro escrito por H. Rider
Haggard.
A obra literária narra uma jornada ao coração da
África feita por um grupo de aventureiros liderados por um caçador de elefantes
e também exímio conhecedor do território africano chamado Allan Quatermain em
busca das lendárias Minas do rei Salomão.
Já no filme de 1985, o enredo muda um pouquinho. Nele,
Allan Quatermain (Richard Chamberlain) concorda em se unir a bela Jesse Huston
(Sharon Stone) em uma missão para localizar o seu pai arqueólogo, que foi
raptado pelo seu conhecimento das minas lendárias do rei Salomão. Como os
sequestradores viajam pelas selvas da África, Allan e Jesse tem que ir atrás
deles lutando com nativos ferozes e perigosas criaturas, entre outros
obstáculos.
09
– Nascido para matar (Gustav Hasford)
Filme:
Nascido para matar (1987)
O diretor Stanley Kubrick tomou como base para
“Nascido para matar” o romance The
Short-Timers que Gustav Hasford publicou em 1979, narrando suas
experiências durante a Guerra do Vietnã como jornalista militar e
correspondente de guerra. Na adaptação que fez para o cinema, o diretor
escreveu o roteiro em colaboração com Michael Herr e também com o próprio autor
da história.
Kubrick dividiu “Nascido Para Matar” em dois atos. No
primeiro, seguindo fielmente o livro, acompanhamos o treinamento de um pelotão
de fuzileiros navais, comandado por um sargento tirano que submete os seus
recrutas a uma série de humilhações, principalmente verbais. Joker e Pyle são os
dois recrutas que mais sofrem com a tirania do sádico sargento.
Na segunda parte, o personagem Joker experimenta a guerra
em todas as suas facetas, incluindo as violentas ruas de Saigon. “Nascido para
matar” é considerado um dos grandes filmes sobre a Guerra do Vietnã, juntamente
com “Platoon” e “Apocalypse Now”.
10
– As Quatro Estações – conto “O corpo” (Stephen King)
Filme:
Conta comigo (1986)
“Conta Comigo” que ganhou rasgados elogios dos
críticos cinematográficos e também dos cinéfilos foi baseado no terceiro conto
do livro Different Seasons de Stephen
King, lançado no Brasil com o título de As Quatro Estações.
A história é narrada em primeira pessoa por Gordie
Lachance, um escritor famoso que começa a recordar do verão de 1960. Naquele
ano, aos 12 anos, ele e três amigos - Chris, Teddy e Vern - saem em uma
aventura para encontrar o corpo de um menino que estava desaparecido e teria
sido morto atropelado por um trem. O que eles não poderiam imaginar é que esse
passeio mudaria a vida deles para sempre.
Perdi as contas das vezes que assisti esse filme
maravilhoso, aliás, uma magia de filme que retrata o verdadeiro valor da
amizade, essa que dificilmente encontramos nos dias de hoje. O conto do livro As Quatro Estações, a exemplo dos demais
que compõem a coletânea – também é soberbo.
Vale a pena ler e assistir.
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