Há muitos anos – ainda na época do VHS – após assistir
“Duro de Matar” com Bruce Willis, fiquei sabendo que o filme havia sido
adaptado de um livro desconhecido lançado, sem nenhum alarde, no Brasil. Como gostei
‘pacas’ do filme resolvi sair à caça da obra de Roderick Thorp. Queria saber se
o ritmo trepidante das telas se repetia nas páginas e também se o diretor John
Mc Tiernan havia feito uma adaptação cinematográfica fiel ao texto de Thorp.
Ao encontrar o livro num sebo não pensei duas vezes
e comprei. Queria matar a minha curiosidade o mais rápido possível.
A partir do momento que um grupo de terroristas toma
um prédio onde se encontra, por acaso, o policial Joe Leland, já é possível
perceber que Mc Tiernan mudou pouquíssima coisa do enredo original. Portanto,
posso garantir que a adaptação feita para as telonas é muito fiel ao livro.
Pouca coisa foi alterada, entre elas, o nome do
personagem principal: sai Joe Leland e entra John McClane. O Leland da obra
escrita é bem mais velho e sisudo do que o detetive John McClane interpretado
por Buce Willis no filme. O clima do romance policial também é muito pesado,
com Leland e os terroristas assumindo um duelo psicológico perturbador nos
intervalos dos tiroteios e explosões. Já nas telonas, McClane é bem mais jovem
e humorado. Quanto ao duelo psicológico, existe, mas de uma maneira mais
moderada, com o diretor preferindo dar ênfase para a ação. Outra mudança é com
relação a mulher de McClane. No livro, ela não é esposa, mas sim a sua filha.
Excetuando essas diferenças, o filme é muito fiel ao
texto de Thorp, inclusive, o leitor tem a impressão que várias cenas de ação
contidas nas páginas da história foram adaptadas integralmente para o cinema.
Gostei do livro e li rapidinho. Bastaram dois dias
para devorar suas 192 páginas. Thorp cria um clima tenso entre Leland e os 12
terroristas que invadem o prédio onde se encontra a sua filha. A ‘guerra de
nervos’ entre Leland e o chefão da gang, Anton Gruber - apelidado de “Pequeno Tony
Vermelho’- de fato, prende o leitor, até bem mais do que os trechos de luta,
tiros e explosões. O final da obra é bem realista, fugindo dos clichês “felizes
para sempre”.
A curiosidade é que o livro de Thorp não se chamava
“Duro de Matar”, mas sim “Nada é Para Sempre” (Nothing Last Forever) e na época
de seu lançamento, 1979, passou completamente despercebido nas livrarias. Quer
dizer... até surgirem os produtores Lawrence Gordon e Joel Silver que se
interessaram pela história. Após o lançamento de “Duro de Matar nos cinemas, em
1988, e o seu estrondoso sucesso, as novas de edições de “Nada é Para Sempre”
passaram a ser “batizadas” com o mesmo nome do filme. Mesmo assim, o livro não
vingou, entrando para o rol das obras que ficaram desconhecidas através dos
tempos.
Uma pena, já que o livro é muito bom.
Inté!
5 comentários
Também sou fã do filme. Comprei o livro, depois de saber que se tratava de um romance responsável pelo surgimento do maior filme de ação da história.
ResponderExcluirAcredito que irá gostar do livro, já que o filme com Bruce Willis é bem fiel a obra de Roderick Thorp.
ExcluirAbcs!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTbm comprei o livro pra saber se a história é fiel ao livro. Duro de Matar é o maior fime de ação policial de todos os tempos. Já assisti mais de 50 vezes.
ResponderExcluirOlá Conrado,
ExcluirComo disse na postagem, livro e filme tem várias diferenças, tanto nos personagens quanto na história, mas ambos são excelentes. Torço para que goste do livro.
Abraço!