Tenho este livro há muito tempo em minha estante. Também
já o li há muito tempo, mas resenhá-lo, demorou e muito! O motivo da demora? Não me peça para explicar porque simplesmente
não saberia responder. Gostei do livro, reli várias vezes, recomendei para
amigos, mas a tal resenha nunca havia pintado por aqui.
Entonce numa bela noite fui assistir ao filme “A
Cabana” com ‘Lulu My Love’ e cai na real. Ao sair do cinema, disse para ela –
Caraca Lulu, tenho esse livro e nunca o resenhei! – ela olhou-me com um ar
curioso e disse apenas – Que lento!
- Lulu, pera aí, você está me chamando de lerdo? É
isso? – perguntei, assim meio que chateado, sendo que ela me devolveu na lata –
Você precisou assistir à um filme para descobrir que tem um baita livro na
estante?!!
Kabruuuummmm!! A pancada, explosão, tabefe, soco ou
o ‘seja lá o que o parta’ me atingiu no queixo. Resultado: nocaute e dos
bravos. Daqueles que o lutador só vai acordar no vestiário e ainda
completamente grogue.
Foi preciso que a Lulu disparasse o petardo para que
eu percebesse o quanto morguei para escrever a resenha de um dos melhores
livros que tenho na estante.
Galera, tanto o livro quanto o filme são ótimos. Fiquei
feliz que o roteiro da produção cinematográfica não fugiu do enredo do escritor William P. Young.
Cena do filme A Cabana |
“A Cabana”, lançado no Brasil em 2008, conta a
história de um homem muito religioso chamado Mackenzie Allen Philip que acaba
tendo uma de suas filhas pequenas raptadas durante um acampamento. A menina foi
morta por um serial killer que sumiu com o corpo e deixou apenas o seu vestido todo ensangüentado dentro de um
cabana, onde supostamente teria levado e assassinado a vítima. O serial killer
nunca foi encontrado pela polícia.
Cartaz do filme |
Muito tempo depois e ainda sofrendo e não aceitando
a perda de sua filha querida, Mack recebe um bilhete que lhe convidando a
voltar ao lugar que destruiu a sua vida: a cabana onde sua filha teria sido
morta. A carta tinha como remetente o
nome de Deus. Após muitas dúvidas e
questionamentos, ele resolve aceitar o convite e ao chegar na cabana, qual não
é a sua surpresa ao saber que foi o próprio Deus que enviou a carta. É a partir
daí que a história deslancha.
Não quero soltar spoilers nesta resenha para não
estragar as surpresas dos leitores que ainda não leram o livro de Young e dos
cinéfilos que ainda não assistiram ao filme, mas basta dizer que Jesus ou
melhor a Santíssima Trindade são tratados de maneiras bem peculiares, muito
diferente do modo tradicional que os cristãos – me incluo no grupo - conhecem.
Esta caracterização, como já disse, bem peculiar
causou muitas controvérsias entre os religiosos, principalmente os mais
fundamentalistas, que chamaram tais mudanças de blasfêmias. Outros foram mais a
fundo e chegaram a chamá-las de heresia.
No meu caso, não vi nada disso, pelo contrário,
achei que a idéia do autor foi uma forma a mais de nos conectarmos com Deus,
principalmente os mais jovens.
Autor William P. Young |
O contato de Mack com Deus, Jesus e o Espírito Santo
é emocionante e essa emoção só vai crescendo com o virar das páginas. “A
Cabana” é um livro sobre perdão, superação e crescimento e que emociona pra
caramba e com direito a lágrimas e lencinhos nas mãos durante a leitura.
Os diálogos ‘deliciosamente saborosos’ entre Mark e
a Trindade faz com que o leitor passe a refletir sobre a sua própria vida.
Enfim, o livro é tão bom que detoná-lo com spoilers
seria o maior pecado, por isso, fica a indicação para que vocês o leiam, sem
receio, pois certamente irão gostar.
Encerro essa resenha com duas frases marcantes na
história de “A Cabana”:
1º - “O perdão existe em primeiro lugar para aquele
que perdoa, para libertá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua
alegria e capacidade de amar integral e abertamente...”
2º - “Bom, às vezes a vida é dura, mas eu tenho
muita coisa para agradecer”
Galera, inté!
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