Infelizmente temos vários livros que fizeram um baita
sucesso mas acabaram ficando apenas no primeiro, ou seja, os seus autores
optaram por não escrever uma sequência. Bom... pode ter acontecido algo pior
como por exemplo, os herdeiros do autor morto terem autorizado um outro
escritor “meia-boca” escrever a continuação de uma verdadeira obra de arte,
entonce... acaba acontecendo o inevitável: o “pedreiro” (com todo o respeito a
esses profissionais) vai lá e jogo uma pá de cal, areia e cimento em cima
daquela obra de arte, matando a história.
Ahahahaha! Neste caso, fico imaginando os autores
originais desses livros se remexendo no túmulo - querendo sair da sua cova de
qualquer maneira, somente para esganar todos os seus familiares que autorizaram
essa atrocidade em conluio com o “escritor-pedreiro” que matou a sua história.
Na postagem de hoje, selecionei cinco livros
maravilhosos que mereciam uma sequência, mas por algum motivo os seus autores
preferiram parar no enredo original, optando por não sequencia-lo. Cara, fico
imaginando como seria uma continuação de O
Reverso da Medalha escrito por Sidney Sheldon e não por Tilly Bagshawe ou
ainda, um prolongamento de um enredo de Michael Crichton como por exemplo...
deixe-me ver... Mundo Perdido! Isso
mesmo! Acho que seria o máximo.
Pois é galera, não custa nada sonhar, portanto vamos fazer
isso com essas cinco sequências que, infelizmente, jamais serão escritas pelos
seus autores já que eles nos deixaram para sempre.
01
– O Planeta dos Macacos (Pierre Boulle)
A franquia de filmes que leva o mesmo título do livro,
chegou aos cinemas em 1968. Desde então, mais oito filmes da série já foram
lançados, entre sequências, remakes e reboots da trama. A franquia Planeta dos
Macacos possui ao todo, nove filmes divididos em uma série principal de cinco
longa-metragens, um remake único de 2001 e uma trilogia reboot iniciada em 2011.
Infelizmente nas páginas, O Planeta dos Macacos ficou apenas no primeiro, já que Pierre Boulle achou por bem não
escrever uma continuação para o seu enredo de ficção científica. Putz, uma
pena!
Gostaria de saber como seria o tom que o escritor
daria para a sua sequência. Será que ela fugiria muito da temática dos filmes
dirigidos por Ted Post (“De volta ao planeta dos macacos”) ou de Matt Reeves (“Planeta
dos macacos: o confronto” e “Planeta dos macacos: a guerra”).
Este romance de ficção de fantasia conta a história de
três exploradores humanos da Terra que visitam um planeta que orbita a estrela
Betelgeuse, na qual os grandes símios são as espécies inteligentes e
civilizadas dominantes, enquanto os humanos são reduzidos a um estado selvagem
animal.
Pierre Boulle morreu em Paris em 1994, após uma
carreira de escritor que durou mais de 40 anos e resultou em cerca de 30 romances
e coletâneas de contos, entre os quais A
Ponte Sobre o Rio Kwai e, claro, O
Planeta dos Macacos, ambos adaptados para o cinema.
02
– O Reverso da Medalha (Sidney Sheldon)
Esqueça A Senhora do Jogo escrito por Tilly Bagshawe, escritora escolhida pelos donos
do espólio de Sidney Sheldon para dar sequência aos seus títulos literários. A
joia lapidada se chama O Reverso da Medalha e como toda joia lapidada de rara beleza é impossível copia-la, a
não ser, o seu próprio ourives.
Bagshawe exagerou muito nas cenas de sexo – e bota
sexo nisso - deixando de lado detalhes que poderiam ter sido mais explorados.
Senti muita falta da empatia entre os personagens principais. Definitivamente,
não gostei.
A
Senhora do Jogo conta a história dos herdeiros jovens de
Kate Blackwell: os primos Max Webster e Lexi Templeton. O primeiro, filho da
diabólica Eve Blackwell e a segunda, filha da meiga, doce e também ingênua
Alexandra Blackwell, ambas netas da poderosa Kate, heroína de O Reverso da Medalha, criadora do império
multinacional Krueger-Brent. Em resumo, a obra escrita por Bagshawe, conta o
embate de Max e Lexi em assumir o controle da Krueger-Brent nem que para isso
tenham de chegar as últimas consequências, até mesmo matar.
O meu sonho seria ver Sidney Sheldon escrevendo uma
continuação para um de seus melhores enredos, senão o melhor. Tenho certeza de
que essa sequência seria tão boa quanto foi Lembranças da Meia-Noite, a continuação da saga de Noelle Page e Catherine Alexander
em O Outro Lado da Meia-Noite.
03
– O Mundo Perdido (Michael Crichton)
Dentro do contexto dessa postagem, O Mundo Perdido de Michael Crichton vive
uma situação análoga ao Planeta dos
Macacos de Pierre Boulle. À exemplo da saga dos símios, os ‘dinos’ tiveram
várias sequencias nos cinemas; para ser exato: um total de seis filmes. Pena
que só tivemos dois livros escritos por Crichton: O Parque dos Dinossauros e O
Mundo Perdido. A pergunta que fica no ar é a seguinte: Como seria uma
sequência literária da saga dos dinossauros que teve apenas dois livros?
Vale lembrar que Crichton morreu em 2008 aos 66 anos
de idade por conta de um linfoma.
O
Parque dos Dinossauros e O Mundo Perdido foram adaptados com enorme sucesso para o cinema
sob a direção de Steven Spielberg, dando prosseguimento a uma franquia que
ainda hoje atrai uma multidão de fãs no mundo inteiro.
Em O Mundo
Perdido, seis anos se passaram desde os trágicos acontecimentos que decretaram
o fim de um sonho extraordinário – o Jurassic Park está fechado; suas atrações,
fatalmente perdidas. Mas nem todos os segredos de John Hammond foram revelados…
Desta vez, o cético Ian Malcolm – cientista que previu
e viveu o desastre no parque dos dinossauros – retorna à Costa Rica para
resgatar um colega e desvendar um mistério: como os animais pré-históricos
simplesmente ressurgiram em outra ilha, e sem a ajuda humana?
Cara, que sequência os fãs de Crichton (assim como eu)
teriam.
04
– Invasores de Corpos (Jack Finney)
Imagine um grande grupo de alienígenas discretamente
se apropriando dos corpos das pessoas e se infiltrando na nossa sociedade.
Arrepia, não é? Pois é, esse é o plot do livro Invasores de Corpos de Jack Finney lançado em 1955. Se ainda hoje,
essa situação, mesmo que imaginária, ainda provoca calafrios, imagine, então,
na época do lançamento do livro.
A proposta de Finney ainda causa tanto medo justamente
pela sutileza da invasão: não é nada tão bombástico como em “Independence Day”.
Os alienígenas já estariam por aqui, operando discretamente e pegando os seres
humanos desprevenidos quando já fosse tarde demais.
O livro ganhou várias adaptações para o cinema
provando a importância do enredo criado por Finney. Só faltou uma sequência literária,
a qual, tenho certeza, seria um grande sucesso, desde que fosse escrita por
Finney.
As adaptações cinematográficas mais famosas foram
“Vampiros de Almas” (1956) e “Invasores de Corpos” (1978).
05
– Eu Sou a Lenda (Richard Matheson)
Nesta semana fiquei sabendo que a Warner Bros anunciou
a sequência de “Eu Sou a Lenda” que contará com o retorno de Will Smith, além
da presença de Michael B. Jordan (Creed, Pantera Negra).
No longa Robert Neville é o único sobrevivente de uma
epidemia que transformou os humanos em mutantes sedentos por sangue. Andando
pela cidade de Nova York, ele procura por outros possíveis sobreviventes e
tenta achar a cura da praga usando seu próprio sangue, que é imune.
Pronto, bastou saber do lançamento da sequência do
filme para que eu já imaginasse como seria uma continuação do livro homônimo
escrito por Richard Matheson no qual o filme foi baseado.
Eu Sou a Lenda também conhecido por A Última Esperança Sobre a Terra foi publicado em 1954. A obra foi
influente no desenvolvimento do gênero zumbi e na popularização do conceito de
um apocalipse em todo o mundo devido a uma doença.
O livro se tornou um grande sucesso e foi adaptado
para o cinema como “The Last Man on Earth” (O Último Homem na Terra), em 1964,
como “The Omega Man”, em 1971, e como “Eu Sou a Lenda”, em 2007. O romance
também inspirou o roteiro do filme “A Noite dos Mortos Vivos”, de George Romero
(1968).
Como Matheson morreu em 2013, ter uma sequência de seu
livro tornou-se impossível. O jeito é torcer para uma continuação nos cinemas.
Fazer o quê? (rs).
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