Cinco livros incríveis que mereciam uma continuação, mas... infelizmente os seus autores morreram

16 julho 2023

Infelizmente temos vários livros que fizeram um baita sucesso mas acabaram ficando apenas no primeiro, ou seja, os seus autores optaram por não escrever uma sequência. Bom... pode ter acontecido algo pior como por exemplo, os herdeiros do autor morto terem autorizado um outro escritor “meia-boca” escrever a continuação de uma verdadeira obra de arte, entonce... acaba acontecendo o inevitável: o “pedreiro” (com todo o respeito a esses profissionais) vai lá e jogo uma pá de cal, areia e cimento em cima daquela obra de arte, matando a história. 

Ahahahaha! Neste caso, fico imaginando os autores originais desses livros se remexendo no túmulo - querendo sair da sua cova de qualquer maneira, somente para esganar todos os seus familiares que autorizaram essa atrocidade em conluio com o “escritor-pedreiro” que matou a sua história.

Na postagem de hoje, selecionei cinco livros maravilhosos que mereciam uma sequência, mas por algum motivo os seus autores preferiram parar no enredo original, optando por não sequencia-lo. Cara, fico imaginando como seria uma continuação de O Reverso da Medalha escrito por Sidney Sheldon e não por Tilly Bagshawe ou ainda, um prolongamento de um enredo de Michael Crichton como por exemplo... deixe-me ver... Mundo Perdido! Isso mesmo! Acho que seria o máximo.

Pois é galera, não custa nada sonhar, portanto vamos fazer isso com essas cinco sequências que, infelizmente, jamais serão escritas pelos seus autores já que eles nos deixaram para sempre.

01 – O Planeta dos Macacos (Pierre Boulle)

A franquia de filmes que leva o mesmo título do livro, chegou aos cinemas em 1968. Desde então, mais oito filmes da série já foram lançados, entre sequências, remakes e reboots da trama. A franquia Planeta dos Macacos possui ao todo, nove filmes divididos em uma série principal de cinco longa-metragens, um remake único de 2001 e uma trilogia reboot iniciada em 2011. Infelizmente nas páginas, O Planeta dos Macacos ficou apenas no primeiro, já que Pierre Boulle achou por bem não escrever uma continuação para o seu enredo de ficção científica. Putz, uma pena!

Gostaria de saber como seria o tom que o escritor daria para a sua sequência. Será que ela fugiria muito da temática dos filmes dirigidos por Ted Post (“De volta ao planeta dos macacos”) ou de Matt Reeves (“Planeta dos macacos: o confronto” e “Planeta dos macacos: a guerra”).

Este romance de ficção de fantasia conta a história de três exploradores humanos da Terra que visitam um planeta que orbita a estrela Betelgeuse, na qual os grandes símios são as espécies inteligentes e civilizadas dominantes, enquanto os humanos são reduzidos a um estado selvagem animal.

Pierre Boulle morreu em Paris em 1994, após uma carreira de escritor que durou mais de 40 anos e resultou em cerca de 30 romances e coletâneas de contos, entre os quais A Ponte Sobre o Rio Kwai e, claro, O Planeta dos Macacos, ambos adaptados para o cinema.

02 – O Reverso da Medalha (Sidney Sheldon)

Esqueça A Senhora do Jogo escrito por Tilly Bagshawe, escritora escolhida pelos donos do espólio de Sidney Sheldon para dar sequência aos seus títulos literários. A joia lapidada se chama O Reverso da Medalha e como toda joia lapidada de rara beleza é impossível copia-la, a não ser, o seu próprio ourives.

Bagshawe exagerou muito nas cenas de sexo – e bota sexo nisso - deixando de lado detalhes que poderiam ter sido mais explorados. Senti muita falta da empatia entre os personagens principais. Definitivamente, não gostei.

A Senhora do Jogo conta a história dos herdeiros jovens de Kate Blackwell: os primos Max Webster e Lexi Templeton. O primeiro, filho da diabólica Eve Blackwell e a segunda, filha da meiga, doce e também ingênua Alexandra Blackwell, ambas netas da poderosa Kate, heroína de O Reverso da Medalha, criadora do império multinacional Krueger-Brent. Em resumo, a obra escrita por Bagshawe, conta o embate de Max e Lexi em assumir o controle da Krueger-Brent nem que para isso tenham de chegar as últimas consequências, até mesmo matar.

O meu sonho seria ver Sidney Sheldon escrevendo uma continuação para um de seus melhores enredos, senão o melhor. Tenho certeza de que essa sequência seria tão boa quanto foi Lembranças da Meia-Noite, a continuação da saga de Noelle Page e Catherine Alexander em O Outro Lado da Meia-Noite.

03 – O Mundo Perdido (Michael Crichton)

Dentro do contexto dessa postagem, O Mundo Perdido de Michael Crichton vive uma situação análoga ao Planeta dos Macacos de Pierre Boulle. À exemplo da saga dos símios, os ‘dinos’ tiveram várias sequencias nos cinemas; para ser exato: um total de seis filmes. Pena que só tivemos dois livros escritos por Crichton: O Parque dos Dinossauros e O Mundo Perdido. A pergunta que fica no ar é a seguinte: Como seria uma sequência literária da saga dos dinossauros que teve apenas dois livros?  

Vale lembrar que Crichton morreu em 2008 aos 66 anos de idade por conta de um linfoma.

O Parque dos Dinossauros e O Mundo Perdido foram adaptados com enorme sucesso para o cinema sob a direção de Steven Spielberg, dando prosseguimento a uma franquia que ainda hoje atrai uma multidão de fãs no mundo inteiro.

Em O Mundo Perdido, seis anos se passaram desde os trágicos acontecimentos que decretaram o fim de um sonho extraordinário – o Jurassic Park está fechado; suas atrações, fatalmente perdidas. Mas nem todos os segredos de John Hammond foram revelados…

Desta vez, o cético Ian Malcolm – cientista que previu e viveu o desastre no parque dos dinossauros – retorna à Costa Rica para resgatar um colega e desvendar um mistério: como os animais pré-históricos simplesmente ressurgiram em outra ilha, e sem a ajuda humana?

Cara, que sequência os fãs de Crichton (assim como eu) teriam.

04 – Invasores de Corpos (Jack Finney)

Imagine um grande grupo de alienígenas discretamente se apropriando dos corpos das pessoas e se infiltrando na nossa sociedade. Arrepia, não é? Pois é, esse é o plot do livro Invasores de Corpos de Jack Finney lançado em 1955. Se ainda hoje, essa situação, mesmo que imaginária, ainda provoca calafrios, imagine, então, na época do lançamento do livro.  

A proposta de Finney ainda causa tanto medo justamente pela sutileza da invasão: não é nada tão bombástico como em “Independence Day”. Os alienígenas já estariam por aqui, operando discretamente e pegando os seres humanos desprevenidos quando já fosse tarde demais.

O livro ganhou várias adaptações para o cinema provando a importância do enredo criado por Finney. Só faltou uma sequência literária, a qual, tenho certeza, seria um grande sucesso, desde que fosse escrita por Finney.

As adaptações cinematográficas mais famosas foram “Vampiros de Almas” (1956) e “Invasores de Corpos” (1978).

05 – Eu Sou a Lenda (Richard Matheson)

Nesta semana fiquei sabendo que a Warner Bros anunciou a sequência de “Eu Sou a Lenda” que contará com o retorno de Will Smith, além da presença de Michael B. Jordan (Creed, Pantera Negra).

No longa Robert Neville é o único sobrevivente de uma epidemia que transformou os humanos em mutantes sedentos por sangue. Andando pela cidade de Nova York, ele procura por outros possíveis sobreviventes e tenta achar a cura da praga usando seu próprio sangue, que é imune.

Pronto, bastou saber do lançamento da sequência do filme para que eu já imaginasse como seria uma continuação do livro homônimo escrito por Richard Matheson no qual o filme foi baseado.

Eu Sou a Lenda também conhecido por A Última Esperança Sobre a Terra foi publicado em 1954. A obra foi influente no desenvolvimento do gênero zumbi e na popularização do conceito de um apocalipse em todo o mundo devido a uma doença.

O livro se tornou um grande sucesso e foi adaptado para o cinema como “The Last Man on Earth” (O Último Homem na Terra), em 1964, como “The Omega Man”, em 1971, e como “Eu Sou a Lenda”, em 2007. O romance também inspirou o roteiro do filme “A Noite dos Mortos Vivos”, de George Romero (1968).

Como Matheson morreu em 2013, ter uma sequência de seu livro tornou-se impossível. O jeito é torcer para uma continuação nos cinemas. Fazer o quê? (rs).

 

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